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LEI DE INTRODUÇÃO AO CÓDIGO CIVIL 
 
 A Lei de Introdução ao Código Civil agora chama-se Lei de Introdução Às Normas do Direito 
Brasileiro - LINDB. Esta lei é uma norma de aplicabilidade sobre todo o ordenamento brasileiro (direito 
público e direito privado), salvo disposição em contrário. 
 
 
 A LINDB é uma norma sobre direito, e regula a aplicação das outras leis no tempo e no espaço. 
 
 
 Como ocorre o início e o fim da vigência de uma lei / No que consiste o termo Vacatio Legis, e qual a sua 
finalidade. 
 
 
 Com a promulgação da lei, que é o ato do chefe do Poder Executivo que autentica a Lei e determina 
sua observância, a mesma, salvo disposição em contrário, começa a vigorar em todo o território 
nacional quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada. Importante salientar que a publicação 
da lei no Diário Oficial é requisito para sua vigência. 
 
 O intervalo entre a data da publicação da lei e a de sua entrada em vigor chama-se Vacatio Legis. 
 
 Entretanto, a maioria das leis contém em seu texto a data em que passará a viger – essa é vacatio 
legis indireta – em geral coincide com a data de sua publicação. Mas pode ocorrer que uma outra 
norma disponha sobre o prazo e vacatio legis de uma lei- a chamada vacatio legis direta. 
 
 Se a Lei produzir efeitos no estrangeiro, o período de vacatio legis será de 03 meses. 
 
 Se ocorrer alteração na lei durante a vacio legis, será contado mais 45 dias da data da publicação da 
mudança como novo prazo e Vacatio Legis. 
 O prazo da Vacatio Legis segue o princípio da vigência sincrônica, ou seja, é um prazo único e 
simultâneo. Desta maneira, a lei entra em vigor ao mesmo tempo em todo o território nacional. 
 
 É sabido que algumas leis trazem em seu bojo o prazo de sua vigência, restando revogada ao fim do 
referido prazo. Mas na maioria das vezes a lei não contem um termo fixo duração, sendo feita para viger 
por tempo indeterminado, e assim só perder a sua eficácia se outra lei posterior a modificar ou revogar. 
 
 Em sendo a revogação o ato de retirar a vigência da lei, só será possível através de outra lei. 
Existem dois tipos de revogação, a saber: 
 
 a) ab-rogação: revogação total da norma. Exemplos: Constituição Federal de 1.988 
 b) Derrogação: revogação parcial da norma. : Código Civil de 2.002 e o Código Comercial. 
 
 Nesse sentido, artigo segundo e parágrafos da LINDB: 
 Art. 2o Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou 
revogue. 
 § 1o A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela 
incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior. 
 § 2o A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não 
revoga nem modifica a lei anterior. 
 § 3o Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora 
perdido a vigência. 
 Uma terceira forma de revogação seria a Repristinação, que significa recuperar a vigência de uma 
norma anteriormente revogada. Em regra não ocorre, mas não é proibida no Brasil. Para que ocorra 
deve haver determinação expressa por parte do legislador. 
 
1.2 - O juiz pode deixar de julgar um caso a ele submetido? 
 
 O juiz não pode deixar de julgar nenhum caso a ele submetido, sob pena de conturbar-se a ordem 
social, pois compete ao Estado, através do Poder Judiciário, solucionar os conflitos de interesses entre 
particulares, e a esse propósito não poderá fugir. 
 
 Quando a lei é omissa sobre algum problema, ou sobre a solução de alguma relação jurídica, ocorre 
a chamada lacuna na lei, ou seja, a ausência de norma jurídica que regule determinado fato concreto. 
 
 Ocorre então, o princípio do Non Liquet, que é uma proibição, e dispõe que o Juiz não pode deixar 
de julgar omissão, lacuna ou obscuridade de lei. 
 
 O artigo 4º da LINDB soluciona essa questão, trazendo uma ordem a ser seguida pelo Juiz, qual seja: 
 
 “Art.4º - Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes 
e os princípios gerais de direito.” 
 
 
 ​Vejamos qual o significado de cada item citado no artigo supracitado​: 
 
 a) Analogia: É a aplicação da norma jurídica a uma hipótese distinta, porém semelhante, ou seja, onde 
existe a mesma razão deve existi o mesmo direito (princípio da isonomia ou igualdade). 
 
 
 b) Costumes: É a conduta pública, geral e reiterada de um determinado ato com a convicção de sua 
obrigatoriedade jurídica. 
 Os costumes podem ser: 
 
 
 1) “Secundum Legem”: costume segundo a lei. Ex: artigo 113 do código civil. 
 
 
 2) “Preater Legem”: costume além da lei. Ex: cheque pós – datado. 
 
 
 
 3) “Contra Legem”: costume contrário á lei. Não é aceito no ordenamento jurídico brasileiro. 
 
 c) Princípios Gerais do Direito: Regras norteadoras do ordenamento jurídico universalmente aceitas. 
Ex: princípio da legalidade e princípio da igualdade. 
 
A alegação de desconhecimento da lei e seu descumprimento 
 
 O artigo 3º da LINDB dispõe sobre o princípio da obrigatoriedade da lei, dizendo que “ninguém se 
escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece”. 
 
 O referido artigo de lei quer dizer que a lei entra em vigor e vincula a todas. Portanto, ninguém 
pode fugir de cumpri-la, ainda que ignorando sua existência. Desta maneira, o legislador presume, de 
maneira incontestável, que todos têm conhecimento da lei. 
 
 Segundo Silvio Rodrigues (2.003), “como a lei pretende a todos vincular e de todos exigir 
obediência, ela presume que cada um a conheça, não admitindo alegação de sua ignorância.”. 
 
1.4- Como a Lei de Introdução ao Código Civil disciplina a aplicação da lei no espaço. 
 
 A LINDB trata sobre a vigência da Lei no espaço em seus artigos 7º ao 19º, dispondo se as normas 
de um país podem ter eficácia fora de seu território. 
 
 
 
 Silvio Rodrigues (2003) nos ensina que: 
 
 “O Estado politicamente organizado tem, sobre o seu território e sobre os seus habitantes, um 
poder que não conhece outro maior, chamado soberania. Neste poder se inclui, naturalmente, o 
normativo, isto é, a prerrogativa de ditar leis que vinculem a todos... O problema, toda via, do 
cosmopolitismo e o da mobilidade dos homens conduziram os Estados a transigir com aquela posição 
rígida e intolerante. Pareceu-lhes conveniente anuir em atribuir eficácia a normas estrangeiras dentro 
de suas fronteiras, quando se trata-se de regular relações entre estrangeiros aí localizados. Essa 
transigência, aliás recíproca, não traz qualquer diminuição à soberania dos Estados. Desse modo, o país 
soberano vai permitir em alguns casos, que a lei estrangeira tenha eficácia dentro de seu território.” 
 
 
 Nesse mesmo sentido dispõe o artigo 9º da LINDB: 
 
 “Art. 9º - Para qualificar e reger as obrigações aplicar-se-á a lei do país em que constituírem”. 
 
 
 § 1º - Destinando-se a obrigação a ser executada no Brasil e dependendo de forma essencial, 
será esta observada, admitidas as peculiaridades da lei estrangeira. 
 
 
 § 2º - A obrigação resultante do contrato reputa-se constituída no lugar em que residir o 
proponente.” 
 
 
 O referido dispositivo nos ensina que o ordenamento jurídico brasileiro permite que seja aplicada a 
lei estrangeira no caso de obrigações contraídas no estrangeiro. 
 
 Tais questões sobre a aplicação da lei no espaço são resolvidas pelo direito internacional privado. 
Que é o conjunto de princípios que determina os limites no espaço da competência legislativo dos 
Estados, quando tem de aplicá-las àsrelações jurídicas que podem ser submetidas a mais de uma 
legislação (Rodrigues, 2003, pg. 29). 
 
 Em suma: o princípio adotado pelo Brasil quanto à vigência da lei no espaço foi o Princípio da 
Territorialidade Moderada ou Temperada, ou seja, em regra é aplicada à lei brasileira em nosso 
território, mais eventualmente é admitida à aplicação da lei estrangeira, como por exemplo, nos casos 
supracitados, e também como no caso do artigo 7º da LINDB que dispõe que: “a lei do país em que for 
domiciliada a pessoa determina as regras sobre o começo e o fim da personalidade, o nome, a 
capacidade e os direitos de família.”. 
 
Aplicação da lei e fins sociais 
 
 O artigo 5º da LINDB dispõe que: “Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se 
dirige e ás exigências do bem comum.” 
 
 Isso quer dizer que o juiz ao aplicar a lei ao caso concreto deve fazer uma interpretação teleológica 
da lei, ou seja, deve verificar cada caso de per si, pesar e ponderar, e decidir qual será o melhor caminho 
para resolver a lide e caminhar para um futuro melhor, preservando sempre o bem comum, para que 
prepondere o melhor para a sociedade, apesar dos interesses individuais de cada ser humano, afinal a 
vida em sociedade gera uma relação de interdependência. Portanto deverá sempre prevalecer à decisão 
que preze por esta. Uma decisão judicial jamais deve ser anti social! 
 
 Neste sentindo Anderson Santana Pedra: 
 
 Ausente a definição legal de "fim social" o intérprete-aplicador em cada caso concreto deverá 
averiguar se a norma a ser aplicada atende a finalidade social, que varia no tempo e no espaço, 
aplicando o critério teleológico na interpretação da lei, sem desprezar os demais processos 
interpretativos. 
 Considerar-se-á assim como fim social o objetivo de uma sociedade, encerrado na somatória 
de atos que constituíram a razão de sua composição, abrangendo assim o útil, a necessidade social, seus 
anseios, o equilíbrio de interesses e etc. 
 "A atitude do direito é construtiva: sua finalidade, no espírito interpretativo, é colocar o 
princípio acima da prática para mostrar o melhor caminho para um futuro melhor, mantendo a boa-fé 
com relação ao passado. É, por último, uma atitude fraterna, uma expressão de como somos unidos pela 
comunidade apesar de divididos por nossos projetos, interesses e convicções. Isto é, de qualquer forma, 
o que o direito representa para nós: para as pessoas que queremos ser e para a comunidade que 
queremos ter." 
 
 
1.6– No que consistem os temos: ato jurídico perfeito, direito adquirido e coisa julgada? 
 O artigo 6º da LINDB nos traz os conceitos de ato jurídico perfeito, direito adquirido e coisa julgada, 
assim dispondo: 
 Art. 6º - A lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, direito 
adquirido e a coisa julgada. 
 
 
 § 1º - Reputa-se ato jurídico perfeito o já consumado segundo a lei vigente ao tempo em que 
se efetuou. 
 § 2º - Consideram-se adquiridos assim os direitos que o seu titular, ou alguém por ele, possa 
exercer, como aqueles cujo começo do exercício tenha termo prefixo, ou condição preestabelecida 
inalterável, a arbítrio de outrem. 
 § 3º - Chama-se coisa julgada ou caso julgado a decisão judicial de que já não caiba recurso. 
 Visto o conceito legal, veremos agora conceitos doutrinários: 
 Ato Jurídico Perfeito: é aquele já realizado, acabado segundo a lei vigente ao tempo em que se 
efetuou, pois já satisfez todos os requisitos formais para gerar a plenitude dos seus efeitos, tornando-se 
portanto completo ou aperfeiçoado. Sua importância para o direito é a proteção dada à pessoa da 
imutabilidade da situação jurídica que de boa-fé foi realizada dentro dos parâmetros legais quando 
sobrevém nova lei. 
 Exemplo: A lei prevê que o prazo para se contestar uma ação é de 15 dias. Posteriormente surge 
uma lei dizendo que o prazo é de 5 dias, mas o ato que já foi praticado na lei vigente de 15 dias não será 
afetado. (http://pt.wikipedia.org/wiki/Ato_jur%C3%ADdico_perfeito). 
 Direito Adquirio: espécie de direito subjetivo definitivamente incorporado pois, adquirido ao 
patrimônio jurídico do titular sujeito de direito, já consumado ou não , porém exigível na via 
jurisdicional, se não cumprido voluntariamente pelo obrigado sujeito de dever. 
 Diz-se que o titular do direito adquirido está, em princípio, protegido de futuras mudanças 
legislativas que regulem o ato pelo qual fez surgir seu direito, precisamente porque tal direito já se 
encontra incorporado ao seu patrimônio jurídico — plano/mundo do dever-ser ou das normas jurídicas 
— ainda que não fora exercitado, gozado — plano/mundo do ser, ontológico. 
 
 
 O titular do direito adquirido extrairá os efeitos jurídicos elencados pela norma que lhe conferiu o 
direito mesmo que surja nova lei contrária à primeira. Continuará a gozar dos efeitos jurídicos da 
primeira norma mesmo depois da revogação da norma. Eis o singelo entendimento do direito adquirido, 
conformado pela ortodoxia das ciências jurídicas. (http://pt.wikipedia.org/wiki/Direito_adquirido). 
 
 
 Coisa julgada: é a qualidade conferida à sentença judicial contra a qual não cabem mais recursos, 
tornando-a imutável e indiscutível. Sua origem remonta ao direito romano (res judicata), onde era 
justificada principalmente por razões de ordem prática: pacificação social e certeza do final do processo. 
Atualmente tem por objetivos a segurança jurídica e impedir a perpetuação dos litígios. O instituto da 
coisa julgada está presente em praticamente todos os sistemas de direito ocidentais. 
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Coisa_julgada). 
 
1.7- Quais os dispositivos constitucionais que cuidam da eficácia da lei? Consagram direios 
fundamentais? 
 Podemos dizer que a Nossa Carta Magna, ou seja, a nossa Constituição Federal como um todo cuida 
da eficácia das leis infraconstituicionais, pois nenhuma lei pode dispor sobre algum assunto que vá de 
encontro à alguma norma constitucional, sob pena de ser considerada inconstitucional, atráves de uma 
Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin). 
 Para entedermos melhor o tema sobre eficácia, traremos alguns conceitos para o nosso leitor: 
 Eficácia Jurídica: potencialidade que a norma jurídica tem de condicionar o ordenamento jurídico, 
seja tornando inconstitucional , seja proibindo uma legislação. Toda norma constitucional possui essa 
eficácia. Divide-se em: 
 
 a) Eficácia Plena: desde a sua promulgação, a norma está apta a produzir todos os seus efeitos, não 
necessitando de regulamentaao infraconstitucional. Exemplo: Normas constitucionais que atribue 
competência – artigo 102 da Constituição Federal. 
 
 
 b) Eficácia Contida: É aquela norma que desde a sua promulgação está apta a produzir todos os 
efeitos, mas poderá ter sua abrangencia reduzida por nomr infraconstitucinal. Exemplo: Atigo 5º, XIII, da 
Constituição Federal - Liberdade Profissional. 
 
 
 c) Eficácia Limitada: É aquela noma que desde a sua promulgação não está apta a produzir todos os 
seus efeitos, necessitando de regulamentação infração infra constitucional. Divide-se: 
 De Princípio Institutivo/ Organizativo: são normas de cunho meramente organizatório. Não 
implementa nenhum direito fundamental ao cidadão. Exemplo: artigo 33 da Constituição Federal 
 De Princípio Programático: normas que se revestem sob a forma de pomessas programas a serem 
implementados pelo Estado para a consecuução dos seus fin sociais – políticas públicas. 
 
 
2 – DAS PESSOAS 
2.1 – Diferença entre capacidade e personalidade 
 Para o direito, Personalidade Jurídica é o atributo ou aptidão da pessoa para ser titular dedireitos e 
deveres na ordem civil, ou seja, para ser sujieto de direito. Toda pessoa tem personalidade jurídica, não 
há a exigência de qualquer requisito. O sujeito que nasce com vida já é titular de direitos. 
 Já a Capacidade Jurídica é a medida da pesonalidade, isto é, o exercício da pesonalidade. A 
Capacidade divide-se em: 
 a) Capcidade de direito ou de gozo: é a aptidão para ser titular de direitos e deveres. É sinônimo de 
personalidade jurídica. Toda pessoa tem essa capacidade, independe de qualquer requisito. Tal 
capacidade não pode sofrer nenhuma limitação. 
 
 
 b) Capacidade de fato ou de exercício ou de ação: é a aptidão para exercer pessoalmente os atos da 
vida civil, ou seja, é a capacidade para o exercício de direitos. NEM TODA PESSOA POSSUI ESSA 
CAPACIDADE. Para tanto, é necessário o requisito do Discernimento além do maioridade civil. A 
maioridade é apenas uma presunção relativa de que a pessoa compeltou 18 anos e tem pleno 
discernimento. Essa presunção pode ser quebrada pela ação de intervenção. 
 
 
2.2 – Capacidade plena, incapacidade absoluta e incapacidade relativa 
 Podemos dizer que uma pessoa tem capacidade jurídica plena quando ela reúne as duas 
capacidades, ou seja, quando a pessoa tem a capcidade de direto e a capacidade de fato. 
 Ocorre que, se a pessoa tiver uma limitação de capcidade de fato, isto é, limitação para exercer seus 
direitos será considerada incapaz. Logo, a incapcidade é a falta de capacidade de fato. A incapacidade 
divide-se em: 
 a) Incapacidade absoluta: o artigo 3º do código civil dispõe que “são absolutamente incapazes de 
exercer os atos da vida civil os menores de 16 anos (menor impúbere); os que, por enfermidade ou 
deficiencia mental, não tiverem o necessário discernimento para a prática desses atos; e os que, mesmo 
por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade.” 
 Nesses casos, a vontade do incapaz não importa para o direito, devendo o mesmo ser representado, 
sob pena de nulidade absoluta. 
 b) Incapcidade relativa: o artigo 4º do código civil dispõe que “ são incapazes, relativamente a certos 
atos, ou a maneira de os exercer: os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos; os hébrios 
habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por deficiência mental, tenham o discernimento reduzido; os 
excepcionais, sem desenvolvimento mental completo; os pródigos. 
 Nesses casos, a vontade do incapaz importa para o direito, porém é insuficiente, devendo o mesmo 
ser assistido nos atos da vida civil sob pena de nulidade relativa. 
 
 Verificamos que a capcidade é a regra, e a incapacidade é a execeção. Outrossim, é importante 
frisar que a incapacidade é uma forma de proteção e não de sanção! 
 
 
2.3 – Maioridade civil 
 Segundo Silvio Rodrigues (2003, pag 54/55), aos 18 anos completos, acaba a menoridade, ficando 
habilitado o individuo para todos os atos da vida civil.” 
 Este é o preceito do artigo 5º do Código Civil: “ A menoridade cessa aos 18 (dezoito) anos 
completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil.” 
 Rodrigues (2003, pag. 55) ainda dispõe que, “por mais precoce que seja o menor, continuará ele 
incapaz (a menos que venha a ser emancipado), enquanto não completar 18 anos de idade.” 
 
 
 Vemos que, outra forma de se adquirir a maioridade civil antes de ter 18 anos completos é a 
EMANCIPAÇÃO, que significa a antecipação da capacidade civil a um menor de idade, ou ainda, a 
aquisição da capacidade civil antes da idade legal. Temos algumas espécies de emancipação, quais 
sejam: 
 1) Emancipação Voluntária – Pais – artigo 5º, inciso I, do Código Civil: É aquela concedida pelos pais 
aos filhos menores de idade, com pelo menos 16 anos completos. É feita através de escritura pública 
que não depende de homologação judicial, mas precisa ser registrada no registro civil. Se houver 
divergência entre os pais, deve ser requerida ao juiz. Se houver a recusa de ambos os pais, o juiz não 
poderá suprir a vontade. 
 Curiosidade: Os pais tem responsabilidade civil pelo ato do menor emancipado? De acordo com 
jurisprudência do STJ, em caso de emancipação voluntária, os pais continuam responsáveis pelo ato do 
filho menor emancipado. Essa é a chamda responsabilidade solidária. 
 
 
 2) Emancipação Judicial – Juiz - artigo 5º, inciso I, do Código Civil: É aquela conferida pelo juiz a um 
menor tutelado, que tenha pelo menos 16 anos completos. Nesse caso, o tutor pede para o juiz 
emancipar o menor. É realizada através de sentença, que deve ser registrada no registro civil. 
 
 
 3) Emancipação Legal – Lei - artigo 5º, incisos II ao V, do Código Civil: Ocorre automaticamente quando 
presentes uma das hipóteses do artigo 5º, incisos II ao V. Em suma o menor será emancipado 
legalmente pelo casamento; pelo exercício de emprego público efetivo; pela colação de grau em curso 
de ensino superior; e pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, 
desde que, em função deles, o menor com 16 (dezesseis) anos completos tenha economia própria. Essa 
espécie de emancipação não depende de sentença, escritura pública ou registro civil. 
2.4 – Quando começa e quando termina a personalidade civil e Ausência da pessoa natural. 
 Temos duas teorias que explicam o início da personalidade civil: 
 a) Teoria Natalista: De acordo com o artigo 2º do código Civil, a personalidade é adquirida com o 
nascimento com vida, ou seja, para iniciar a personalidadeo nascituro tem que nascer com vida, o que 
significa entrar ar no pulmão. 
 
 
 b) Teoria Concepcionista: Divide-se em: 
 Personalidade jurídica formal: aptidão para ser titular de direitos da personalidade – início: momento 
da concepção. 
 Personalidade jurídica material: aptidão para ser titular de direitos patrimoniais – início: nascimento. 
 O nascituro não tem direitos, mas sim expectativa de direitos, isto é, tem direitos sob condição 
suspensiva. Isto quer dizer que os direitos patrimoniais do nascituro estão condicionados ao nascimento 
com vida. Já os seus direitos da personalidade estão garantidos desde a sua concepção. 
 
 
 Já o fim da personalidade jurídica se dá com a morte da pessoa natural. O artigo 6º do Código Civil 
dispõe que: “ a existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta, quanto aos 
ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva.” 
 Verificamos que a morte é o fim da pessoa natural, e acarreta a extinção da personalidade jurídica. 
Temos 03 espécies de morte, quais sejam: 
 1) Morte Civil: É a extinção da personalidade jurídica de uma pessoa viva, ou seja, ela não existe mais 
mesmo estando viva. Exemplo: a escravidão. 
 Observação: Essa espécie de morte não vigora mais emm osso ordenamento jurídico. A exclusão por 
indignidade da herança é um resquício da morte civil em nosso ordenamento jurídico, pois a pessoa é 
considerada pré-morta. 
 2) Morte Real: É aquela comprovada através de atestado médico de óbto. É feita uma prova direta da 
morte. O requisito é ter o corpo de de cujus ou falecido. 
 3) Morte presumida: É aqula morte em que o corpo não foi encontrado. Existem dois tipos: 
 a) Morte presumda sem decretação de ausência: É a hipótese em que há uma enorme probabilidade 
da morte. As hipóteses de morte presumida sem decretação de ausencia estão elencada no artigo 7º do 
Código Civil, in verbis: 
 Art. 7o Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência: 
 I - se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida; 
 II - se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois 
anos após o término da guerra. 
 Parágrafo único. A declaração da morte presumida, nesses casos,somente poderá ser 
requerida depois de esgotadas as buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a data provável do 
falecimento. 
 
 
 O inciso I dispõe sobre os casos de catástrofes, como por exemplo enchente e acidente aéreo, e o 
inciso II nos fala sobre os casos de desaparecimento em Guerra, onde deve-se esperar até dois anos até 
o fim da guerra para ser declarada a morte presumida, e se o juiz não estiver convencido da morte, 
poderá também, requerer buscas e averiguações. 
 
 
 Neste caso, não é necessário um processo de decretação de ausência, mas sim haverá um processo 
de justificação. 
 
 
 b)Morte presumida com decretação de ausência: É a hipótese em que a pessoa desaparece de seu 
domicilio sem deixar noticias. Exemplo: Caso da Priscila Belfort, e Elisa Samúdio (ela pode ser declarada 
morta ainda este ano para que se possa chegar à condenação dos acusados). A morte presumida com 
decretação de ausência possui três fases, a saber: 
 
 
 1ª Fase: Curadoria dos bens do ausente 
 
 Curadoria dos bens do ausente ou “Cura Rei”, é a fase onde será nomeado judicialmente um 
curador para administrar provisoriamente os bens do ausente. 
 
2ª Fase: Sucessão Provisória 
 
 Nesta fase cessa a curadoria dos bens, o testamento é aberto, e é realizado o inventário. 
 
 Aqui os herdeiros recebem a posse da herança mediante caução. Descendentes, ascendentes e 
cônjuge estão dispensados de prestar caução. Esta fase pode ser aplicada por analogia ao companheiro. 
 
 
 
 
 
3ª Fase: Sucessão Definitiva 
 
 Aqui o ausente é declarado morto, e são levantadas as cauções. Os herdeiros recebem a 
propriedade resolúvel da herança. 
 
 Se o ausente regressar no período de até 10 anos da abertura da sucessão definitiva terá direito aos 
bens no estado em que se encontrarem, os sub-rogados em seu lugar, ou ao produto obtido com a 
venda destes. 
 
 4) Morte Simultânea: É a hipótese em que duas ou mais pessoas falecem em uma mesma ocasião sem 
que se possa determinar quem faleceu primeiro. Nesta situação deve ser aplicado o principio da 
comoriência, ou seja, que morreram ao mesmo tempo. 
 
 A importância da morte presumida está no direito das sucessões: não há sucessão entre 
comorientes, isto é, a sucessão de cada um é tratada como se o outro fosse pré-morto. 
 
Direitos da personalidade 
 Não só a pessoa natural possui tais direitos, mas também a pessoa jurídica, regra expressa do art. 52 do 
novo Código Civil, que apenas confirma o entendimento jurisprudencial anterior, pelo qual a pessoa 
jurídica poderia sofrer um dano moral, em casos de lesão à sua honra objetiva, com repercussão social 
(súmula 226 do STJ). 
O nascituro também possui tais direitos, devendo ser enquadrado como pessoa. Aquele que foi 
concebido mas não nasceu possui personalidade jurídica formal: tem direito à vida, à integridade física, 
a alimentos, ao nome, à imagem. Conforme bem salienta César Fiúza, professor da UFMG, sem dúvidas 
que faltou coragem ao legislador em prever tais direitos expressamente (Código Civil Anotado. 
Coordenador: Rodrigo da Cunha Pereira. Porto Alegre: Síntese, 1ª Edição, 2004, p. 23). Mas como a lei 
põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro, somos filiados aos concepcionistas (art. 2º do 
nCC). 
 Assim, não seria mais correta a afirmação de que o nascituro tem apenas expectativa de direitos. 
Já apersonalidade jurídica material, relacionada com os direitos patrimoniais, essa sim o nascituro 
somente adquire com vida. 
 A proteção dos direitos da personalidade do nascituro deve também ser estendida ao natimorto, 
que também tem personalidade, conforme reconhece o enunciado nº 1, aprovado na I Jornada de 
Direito Civil, promovida pelo Conselho da Justiça Federal em setembro de 2002, cujo teor segue: 
 "Art. 2º: a proteção que o Código defere ao nascituro alcança o natimorto no que concerne aos 
direitos da personalidade, tais como nome, imagem e sepultura". 
 Os direitos da personalidade são irrenunciáveis e intransmissíveis, segundo prevê o art. 11 do 
Código Civil de 2002. Assim, nunca caberá afastamento volitivo de tais direitos, como daquele atleta que 
se expõe a uma situação de risco e renuncia expressamente a qualquer indenização futura. Tal 
declaração não valerá! Mas sem dúvidas que o valor da indenização deve ser reduzido, diante de culpa 
concorrente da própria vítima, nos moldes dos arts. 944 e 945 da novel codificação. 
 A transmissibilidade dos direitos da personalidade somente pode ocorrer em casos excepcionais, 
como naqueles envolvendo os direitos patrimoniais do autor, exemplo sempre invocado pela doutrina. 
De qualquer forma, não cabe limitação permanente e geral de direito da personalidade, como cessão de 
imagem vitalícia, conforme reconhece o enunciado nº 4, também aprovado na I Jornada CJF, nos 
seguintes termos: 
 "Art.11: o exercício dos direitos da personalidade pode sofrer limitação voluntária, desde que não 
seja permanente nem geral". 
 Exemplificando, se fosse celebrado em nosso País, não teria validade o contrato celebrado pelo 
jogadorRonaldo com a empresa esportiva Nike, eis que nesse negócio, pelo menos aparentemente, há 
uma cessão vitalícia de direitos de imagem. 
 O art. 12 do novo Código Civil traz o princípio da prevenção e da reparação integral nos casos de 
lesão a direitos da personalidade. Continua a merecer aplicação a súmula 37 do Superior Tribunal de 
Justiça, pela qual é possível cumulação de pedido de reparação material e moral, numa mesma ação. 
Aliás, o próprio STJ tem dado uma nova leitura à essa ementa, pela possibilidade de cumulação de danos 
materiais, morais e estéticos. Esses últimos seriam, portanto, uma nova modalidade de prejuízo, 
conforme entendimento abaixo transcrito: 
 "Agravo regimental. Recurso especial não admitido. Dano moral e dano estético. Cumulação. 1. 
Possível a cumulação da indenização por dano moral com o dano estético. Precedentes. 2. A alegação de 
que a condenação por danos morais e estético, ainda que decorrentes do mesmo fato, não foi deferida 
em função de títulos diversos, é questão ausente do Acórdão recorrido, ficando impossibilitado o exame 
do tema face a ausência de prequestionamento". (Superior Tribunal de Justiça, ACÓRDÃO: AGA 
305666/RJ (200000439215), 374087 AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO, DATA DA 
DECISÃO: 29/08/2000, ORGÃO JULGADOR: - TERCEIRA TURMA, RELATOR: MINISTRO CARLOS ALBERTO 
MENEZES DIREITO, FONTE: DJ DATA: 23/10/2000 PG: 00141, VEJA: RESP 162566-SP, RESP 192823-RJ, 
RESP 219807-SP (STJ)). 
 Em complemento, sobre o art. 12 do nCC, foi aprovado enunciado na III Jornada de Direito Civil, 
realizada pelo mesmo Conselho da Justiça Federal, em dezembro de 2004, no sentido de que "a primeira 
parte do art. 12 do Código Civil refere-se às técnicas de tutela específica, aplicáveis de ofício, enunciadas 
no art. 461 do Código de Processo Civil, devendo ser interpretada com resultado extensivo". Desse 
modo, é plenamente possível a fixação de preceito cominatório, multa diária (astreintes), para fazer 
cessar a lesão a direitos da personalidade. 
 Esse mesmo art. 12 consagra os direitos do morto, prevendo o seu parágrafo único a legitimidade 
de ascendentes, descendentes, cônjuge e colaterais até quarto grau pleitearem indenização no caso de 
danos à personalidade de pessoa falecida. São os denominados lesados indiretos, que sofrem muitas 
vezes um dano reflexo, indireto, comumente denominado dano em ricochete. 
 Não se trata de legitimação concorrente, sendo certo que o parentesco mais próximo deve excluir 
o mais remoto, de acordo com as regras de direito sucessório. Mesmo não havendo previsão no 
dispositivo legal, estendemos a legitimidade também ao companheiro, assim comoo cônjuge, já que o 
convivente é também herdeiro pelo novo Código Civil, conforme o seu art. 1.790. 
 O art. 13 do novo Código veda a disposição de parte do corpo, a não ser em casos de exigência 
médica e desde que tal disposição não traga inutilidade do órgão ou contrarie os bons costumes. Esse 
artigo enquadra-se perfeitamente nos casos envolvendo o transexualismo. Mas leitura cuidadosa deve 
ser feita do dispositivo: havendo exigência médica, não se discute a segunda parte do comando legal. 
Sobre tal dispositivo, entendeu o corpo de juristas que participou da I Jornada do CJF que deve ser 
incluído o bem estar psíquico da pessoa que suportará a disposição (enunciado nº 6: "Art. 13: a 
expressão ‘exigência médica’, contida no art.13, refere-se tanto ao bem-estar físico quanto ao 
bem-estar psíquico do disponente"). 
 Aliás, quanto à situação do transexual, pessoa que tem a forma de um sexo (masculino), mas a 
mentalidade de outro (feminino), muito já evoluiu a jurisprudência. Hoje é comum que seja deferida a 
realização da cirurgia de mudança de sexo em nosso País, havendo julgados determinando a mudança 
de nome e registro do transexual, entendimento esse que merece aplausos. Diante da dignidade da 
pessoa humana, não se pode defender qualquer tipo de discriminação quanto à opção sexual. Quanto 
ao assunto, cabe transcrever julgado do Tribunal de Justiça de São Paulo: 
 "REGISTRO CIVIL - Retificação - Assento de nascimento - Transexual - Alteração na indicação do 
sexo - Deferimento - Necessidade da cirurgia para a mudança de sexo reconhecida por 
acompanhamento médico multidisciplinar - Concordância do Estado com a cirurgia que não se 
compatibiliza com a manutenção do estado sexual originalmente inserto na certidão de nascimento - 
Negativa ao portador de disforia do gênero do direito à adequação do sexo morfológico e psicológico e a 
conseqüente redesignação do estado sexual e do prenome no assento de nascimento que acaba por 
afrontar a lei fundamental - Inexistência de interesse genérico de uma sociedade democrática em 
impedir a integração do transexual - Alteração que busca obter efetividade aos comandos previstos nos 
artigos 1º, III, e 3º, IV, da Constituição Federal - Recurso do Ministério Público negado, provido o do 
autor para o fim de acolher integralmente o pedido inicial, determinando a retificação de seu assento de 
nascimento não só no que diz respeito ao nome, mas também no que concerne ao sexo". (Tribunal de 
Justiça de São Paulo, Apelação Cível n. 209.101-4 - Espirito Santo do Pinhal - 1ª Câmara de Direito 
Privado - Relator: Elliot Akel - 09.04.02 - V. U.) 
 O art. 14 da atual codificação veda qualquer disposição de parte do corpo a título oneroso, sendo 
apenas possível aquela que assuma a forma gratuita, com objetivo altruístico ou científico. A questão é 
ainda regulamentada pela legislação específica, particularmente pela Lei nº 9.437/97, que trata da 
doação de órgãos para fins de transplante. 
 Os direitos do paciente encontram-se consagrados no art. 15 do nCC, bem como o princípio da 
beneficência. Ninguém pode ser, assim, constrangido a tratamento médico ou intervenção cirúrgica que 
implique em risco de vida. Mais uma vez, leitura detalhada e cuidadosa deve ser feita desse dispositivo. 
Logicamente, se a pessoa está necessitando de uma cirurgia, à beira da morte, deve ocorrer a 
intervenção, sob pena de responsabilização do profissional de saúde, nos termos do art. 951 do mesmo 
diploma civil em vigor. 
 Mas, nesse mesmo exemplo, se o paciente, por convicções religiosas, nega-se à intervenção, 
mesmo assim, deve o médico efetuar a operação? Tal questão foi enfrentada por Pablo Stolze Gagliano 
e Rodolfo Pamplona Filho, apontando tais autores que "nenhum posicionamento que se adotar agradará 
a todos, mas parece-nos que, em tais casos, a cautela recomenda que as entidades hospitalares, por 
intermédio de seus representantes legais, obtenham o suprimento da autorização judicial pela via 
judicial, cabendo ao magistrado analisar, no caso concreto, qual o valor jurídico a preservar" (Novo 
Curso de Direito Civil. Volume I. São Paulo: Saraiva, 4ª Edição, p. 163). 
 Com todo o respeito em relação a posicionamento em contrário, entendemos que, em casos de 
emergência, deverá ocorrer a intervenção cirúrgica, eis que o direito à vida merece maior proteção do 
que o direito à liberdade, inclusive quanto àquele relacionado com a opção religiosa. Salientamos que 
esse exemplo não visa captar opiniões sobre o tema, mas somente demonstrar que um direito da 
personalidade pode ser relativizado, principalmente se entrar em conflito com outro direito da 
personalidade. No caso em questão, relembramos, foram confrontados o direito à vida e o direito à 
liberdade. 
 Quanto ao assunto, o Tribunal de Justiça de São Paulo tem seguido o posicionamento por nós 
defendido, afastando eventual direito à indenização do paciente que, mesmo contra a sua vontade, 
recebeu a transfusão: 
 "INDENIZATÓRIA - Reparação de danos - Testemunha de Jeová - Recebimento de transfusão de 
sangue quando de sua internação - Convicções religiosas que não podem prevalecer perante o bem 
maior tutelado pela Constituição Federal que é a vida - Conduta dos médicos, por outro lado, que 
pautou-se dentro da lei e ética profissional, posto que somente efetuaram as transfusões sangüíneas 
após esgotados todos os tratamentos alternativos - Inexistência, ademais, de recusa expressa a receber 
transfusão de sangue quando da internação da autora - Ressarcimento, por outro lado, de despesas 
efetuadas com exames médicos, entre outras, que não merece acolhido, posto não terem sido os 
valores despendidos pela apelante - Recurso não provido". (Tribunal de Justiça de São Paulo, Apelação 
Cível n. 123.430-4 - Sorocaba - 3ª Câmara de Direito privado - Relator: Flávio Pinheiro - 07.05.02 - V. U.) 
 Os arts. 16 a 19 confirmam a proteção do nome da pessoa natural, sinal que representa a mesma 
no meio social, bem como do pseudônimo, nome atrás do qual esconde-se o autor de uma obra cultural 
ou artística. Isso, em sintonia com as previsões anteriores da Lei de Registros Públicos (Lei nº 6.015/73) 
e da Lei de Direito Autoral (Lei nº 9.610/98). O nome, com todos os seus elementos, merece o alento 
legal, indeclinável, por ser direito inerente à pessoa. 
 O art. 20 consagra expressamente a proteção da imagem, sub-classificada em imagem 
retrato (aspecto físico da imagem, a fisionomia de alguém) e imagem atributo (repercussão social da 
imagem). Esse dispositivo tem redação truncada que merece ser esclarecida, com o devido cuidado. 
 Na verdade, a utilização de imagem retrato alheia somente é possível mediante autorização do 
seu legítimo detentor. Mas o comando legal prevê duas situações de exceção: a primeira nos casos 
envolvendo a administração da justiça, a segunda nos casos envolvendo a ordem pública. 
 Aqui, caberá discussão se a pessoa investigada ou que teve imagem exposta sem autorização 
interessa ou não à sociedade como um todo. Logicamente, caberá análise casuística pelo magistrado, 
que deverá utilizar-se da eqüidade, em ações em que se pleiteia indenização por uso indevido de 
imagem alheia ou exposição pública de determinada pessoa. 
 Mas não é só! Em se tratando de morto que sofreu lesão à imagem, terão legitimidade para 
promover a ação indenizatória os descendentes, ascendentes e o cônjuge, inserido o convivente pelo 
nosso entendimento. Curioso é que, no caso de lesão à imagem, a lei não reconhece legitimidade aos 
colaterais até quarto grau. Ora, elencada a imagem como direito inerente à pessoa natural, não poderia 
haver um tratamento diferenciado. Mas assim o é, infelizmente. 
 Necessária portanto uma confrontação entre os arts. 12, parágrafo único,e 20, parágrafo único, 
ambos do nCC, conforme quadro a seguir: 
 Art. 12, parágrafo único, nCC – direitos da personalidade em geral. 
Art. 20, parágrafo único, nCC – direito à imagem 
 Em se tratando de morto, terão legitimidade, pela lei, os descendentes, ascendentes, cônjuge 
e colaterais até quarto grau. Pelo nosso entendimento está incluído o companheiro ou convivente. Em 
se tratando de morto, terão legitimidade, pela lei, os descendentes, ascendentes e cônjuge. Pelo nosso 
entendimento está incluído o companheiro ou convivente. | 
 Apesar de com ela não concordar, essa a interpretação mais comum na doutrina, conforme 
reconhecido na I Jornada de Direito Civil do CJF, pelo teor do seu enunciado nº 5 pelo qual: "Arts. 12 e 
20: 1) as disposições do art. 12 têm caráter geral e aplicam-se inclusive às situações previstas no art. 20, 
excepcionados os casos expressos de legitimidade para requerer as medidas nele estabelecidas; 2) as 
disposições do art. 20 do novo Código Civil têm a finalidade específica de regrar a projeção dos bens 
personalíssimos nas situações nele enumeradas. Com exceção dos casos expressos de legitimação que 
se conformem com a tipificação preconizada nessa norma, a ela podem ser aplicadas subsidiariamente 
as regras instituídas no art. 12". 
 De qualquer forma, foi essa a opção do legislador: nos casos de lesão a direitos da personalidade 
– exceto de lesão à imagem -, os colaterais até quarto grau devem ser considerados como lesados 
indiretos. O Projeto de Lei 6.960/02 visa igualar tais dispositivos, incluindo também a legitimação do 
companheiro e convivente, o que é plenamente justificável, pela previsão constante do art. 226 da 
CF/887. 
 Finalizando o tratamento quando aos direitos da personalidade, confirma o art. 21 do novo 
Código Civil o direito à intimidade, já reconhecido na CF/88, sendo inviolável a vida privada da pessoa 
natural e cabendo sempre medidas visando proteger essa inviolabilidade. A intimidade não de ser 
concebida somente no plano físico, mas também no plano virtual, do ambiente da INTERNET, sendo 
inviolável o domicílio eletrônico de uma determinada pessoa 
 
A LEI DOS REGISTROS PUBLICOS (LRP) ​fala: pode –se alterar o nome quando este for vexatório, ou 
conter erro do cartorio 
A fase mais facil para se conseguir alterar o nome é entre os 18 e 19 anos. 
O nome só pode ser mudado nos casos citados. 
 
NÃO se usa mais o termo patronimico, q era qdo os reis preferiam ter filhos homens para que o nome 
fosse passando de pai para filho 
 
AGNOME: Junior, Neto, Filho; significa o mesmo nome na mesma familia. 
 
PSEUDONIMO: A lei proteje o uso de pseudonimos osmente para quemop usa para atividade lícita. (Ex: 
Xuxa, Pelé, Lula, Zico...) art 19 CC 
 
PESSOA JURIDICA 
Conceito são entidades em que a Lei empresta personalidade, capacitando-as a serem sujeitos de 
direitos e obrigações. Não possuem realidade física. 
 
 Pessoa Jurídica de Direito Público 
 
 • União; Estados; Municípios; Distrito Federal; Autarquias; Partidos Políticos; 
 
 Pessoa Jurídica de Direito Privado 
 
 • Sociedades Civis, religiosas, científicas, literárias; Associações de Utilidade Pública; Fundações; 
Sociedades Mercantis. 
 
Requisitos p/ a constituição da Pessoa Jurídica 
 
 • vontade humana - “affectio” - se materializa no ATO DE CONSTITUIÇÃO que se denomina Estatuto 
(associações sem fins lucrativos), Contrato Social (sociedades civis ou mercantis) e Escritura Pública ou 
Testamento (fundações). 
 
 • Registro - o ato constitutivo deve ser levado a Registro para que comece, então, a existência legal 
da pessoa jurídica de Direito Privado. Antes do Registro, não passará de mera “sociedade de fato”. 
 
 • Autorização do Governo - algumas pessoas jurídicas precisam de AUTORIZAÇÃO DO GOVERNO 
para existir. Ex.: seguradoras, factoring, financeiras, bancos, administradoras de consórcio, etc. 
 
Classificação da Pessoa Jurídica 
 
1. Quanto à nacionalidade: nacionais ou estrangeiras 
 
2. Quanto à função ou órbita de sua atuação: Direito Público ou Direito Privado 
 
 • Direito Público - Externo (as diversas nações, ONU, UNESCO, FAO, etc) e Interno (administração 
direta: União, Estados, Distrito Federal e Municípios; e administração indireta: autarquias, fundações 
públicas); 
 
 • Direito Privado - são as corporações (associações e sociedades civis e comerciais) e as fundações 
particulares. 
 
 Quanto à estrutura interna: Corporações e Fundações 
 
 • Corporações ( universitas personarum ) - Conjunto ou reunião de pessoas. 
 
 • Visam à realização de FINS INTERNOS, estabelecidos pelos sócios. 
 
 • Os objetivos são voltados para o bem de seus membros. 
 
 • Existe Patrimônio, mas ele é elemento secundário, apenas um meio para a realização de um 
fim. 
 
 Podem ser: 
 
 • Associações – não tem fins lucrativos, mas religiosos, morais, culturais, desportivos ou 
recreativos (Ex.: igrejas, clubes de futebol, clubes desportivos, etc.) 
 
 • Sociedades Civis - têm fins econômicos e visam lucro, que deve ser distribuído entre os sócios. 
(Ex.: escritórios contábeis, escritórios de engenharia e advocacia, etc). Podem, eventualmente, praticar 
atos de comércio, mas não alterará sua situação, pois o que se considera é a atividade principal por ela 
exercida. 
 
 • Sociedades Comerciais – Visam unicamente o lucro. Distinguem-se das sociedades civis porque 
praticam HABITUALMENTE, atos de comércio. 
 
 • A única diferença entre a Sociedade Civil e a Associação é a finalidade econômica. 
 Fundações ( universitas bonorum ) ( Conjunto ou reunião de bens; 
 
 • recebe personalidade para a realização de FINS PRÉ-DETERMINADOS; 
 • têm objetivos externos, estabelecidos pelo instituidor; 
 • o Patrimônio é o elemento essencial; 
 • Não visam lucro. 
 • São sempre civis. 
 
 ​Sua formação passa por 4 fases: 
 
 a) Dotação ou instituição - é a reserva de bens livres, com a indicação dos fins a que se destinam. 
Faz-se por escritura pública ou testamento. 
 
 b) Elaboração dos Estatutos – Pode ser direta ou própria (feita pelo próprio instituidor) ou 
fiduciária (feita por pessoa de sua inteira confiança, por ele designado). Caso não haja a elaboração do 
Estatuto, o Ministério Público poderá tomar a iniciativa de fazê-lo. 
 
 c) Aprovação dos Estatutos - São encaminhados ao Ministério Público, para aprovação. O objetivo 
deve ser LÍCITO e os bens suficientes. 
 
 d) Registro - Feito no Cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídicas. Só com ele começa a 
existência legal da Fundação. 
 
 ​Características das Fundações 
 
 • Seus bens são inalienáveis e impenhoráveis, exceto c/ autorização judicial; 
 • Os Estatutos são sua Lei básica; 
 • Os administradores devem prestar conta ao Ministério Público; 
 • Não existe proprietário, nem titular, nem sócios; 
 
 ​Extinção das Fundações 
 
 • No caso de se tornarem nocivas (objetivo ilícito); 
 • caso se torne impossível sua manutenção; 
 • se vencer o prazo de sua existência; 
 • Uma vez extinta uma fundação, o destino do seu patrimônio será o previsto nos estatutos. 
Caso os estatutos forem omissos, destinar-se-ão a outras fundações de fins semelhantes. 
 
 
 c) os produtos – são utilidades que se extraem da coisa. Ex.: pedras de uma pedreira, minerais de 
uma jazida, etc. 
 
Públicos - são os que pertencem a uma entidade de direito público. Exs.: bens pertencentes à 
União, ao Estado, aos Municípios; 
 
 • deuso comum do povo - os rios, os mares, ruas, praças, estradas, etc. 
 
 • de uso especial - são os bens públicos (edifícios, terrenos) destinados ao serviço público. Exs: 
prédio da Secretaria da Fazenda. 
 
A pessoa jurídica é um sujeito de direito personalizado, assim como as pessoas físicas, em 
contraposição aos sujeitos de direito despersonalizados, como o nascituro, a massa falida, ... etc. 
Desse modo, a pessoa jurídica tem a autorização genérica para a prática de atos jurídicos bem como 
de qualquer ato, exceto o expressamente proibido. Feitas tais considerações, cabe conceituar pessoa 
jurídica como o sujeito de direito inanimado personalizado. 
 
Pode-se então conceituar pessoa jurídica como sendo " a unidade de pessoas naturais ou de 
patrimônios, que visa à consecução de certos fins, reconhecida pela ordem jurídica como sujeito de 
direitos e obrigações." 
 
Em síntese, pessoa jurídica consiste num conjunto de pessoas ou bens, dotado de personalidade 
jurídica própria e constituido na forma da lei 
 
São três os requisitos para a existência da pessoa jurídica: organização de pessoas ou bens, liceidade 
de propósitos ou fins e capacidade jurídica reconhecida por norma. 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS PESSOAS JURÍDICAS 
Pessoas Jurídicas de Direito Público 
Representantes do estado, e seus desmembramentos. 
Municípios, autarquias, etc. 
Pessoas jurídicas de direito privado 
As demais entidades, desprovidas de “poder de império” e criadas por particulares. 
Associações, sociedades civis, e comerciais, fundações particulares. 
AS PESSOAS DE DIREITO PÚBLICO DIVIDEM-SE EM: 
a) Pessoas jurídicas de direito público externo 
Estados Estrangeiros 
Os organismos internacionais como a ONU. 
b)Pessoas jurídicas de direito público interno 
O próprio poder público (administração direta) em suas manifestações (União, Estados, Municípios, 
Distrito Federal) 
Os órgãos descentralizados (administração indireta) criados por lei, com personalidade jurídica 
própria, para desempenhar funções especiais de serviço público. 
Autarquias e Fundações de direito público. 
 
AS PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PRIVADO DIVIDEM-SE EM: 
Sociedades Simples: agrupamento de profissionais liberais 
Sociedades empresariais: grupo de empresa 
Associações: agrupamento de pessoas sem fins lucrativoa 
Fundações:agrupamento de bens sem fins lucrativos 
 
LIMITAÇÕES DA PESSOA JURÍDICA 
a) Decorrentes da sua natureza 
Não tem direito de família e sempre precisa ser representada para exercer suas atividades. 
b) Decorrentes de determinações legais 
Não pode propor ação popular, não pode contribuir com fundos para campanha política, e outros 
direitos criados por lei às pessoas jurídicas. 
 
INÍCIO E FIM DA PESSOA JURÍDICA 
a) As de direito público 
Origem, histórica, constituição, leis, por convenções e tratados. 
b) As de direito privado 
Varia conforme a legislação 
Requisitos p/ um Negócio Jurídico ser VÁLIDO 
 
 a) agente capaz - o agente deve estar apto a praticar os atos da vida civil. Os absolutamente 
incapazes devem ser representados e os relativamente incapazes devem ser assistidos; 
 
 b) Objeto Lícito e possível - o objeto do ato jurídico deve ser permitido pelo direito e possível de ser 
efetivado; 
 
 c) Forma Prescrita (estabelecida) ou não vedada em Lei - a forma dos atos jurídicos tem que ser a 
prevista em Lei, se houver esta previsão, ou não proibida. 
 
 • É nulo o ATO JURÍDICO ( Quando praticado por pessoa absolutamente incapaz ou quando não 
revestir a forma prescrita em lei ou quando o objeto for ilícito ou não possível. 
 
 • Os atos jurídicos a que não se impõe forma especial prescrita em lei, poderão provar-se 
mediante: confissão, atos processados em juízo, documentos públicos e particulares, testemunhas, 
presunção, exames, vistorias e arbitramentos. Face ao exposto, não podem ser admitidas como 
testemunhas: os loucos de todo gênero, os cegos e surdos (quando a ciência do fato, que se quer 
provar, dependa dos sentidos que lhes faltam), o interessado do objeto do litígio, bem como o 
ascendente e o descendente, ou o colateral, até 3º grau de alguma das partes, por consangüinidade, ou 
afinidade. 
 
 • A nulidade é um vício intrínseco ou interno do ato jurídico. 
 
 • O Ato jurídico é nulo quando: for preterida a forma que a lei considere essencial para a sua 
validade; for ilícito ou impossível o seu objeto; for praticado por pessoa absolutamente incapaz. 
 
 • O ato jurídico é anulável quando: as declarações de vontade emanarem de erro essencial, 
viciado por erro, dolo, coação ou simulação. 
 
 • A respeito da nulidade, pode-se afirmar que: opera de pleno direito; pode ser invocada por 
qualquer interessado e pelo Ministério Público; o negócio não pode ser confirmado nem prevalece pela 
prescrição. 
 
Formas prescritas nos Atos Jurídicos ( Locação, Mútuo, Comodato, Depósito, Fiança (Escrita ou 
verbal); Testamento (Escrita e exige cinco testemunhas); Pacto Antenupcial e Doação de Imóveis (só 
podem ser feitos por escritura pública); Procuração (Escrita e exige o reconhecimento de firma 
p/validade perante 3ºs). 
 
 • Se houver FORMA PREVISTA EM LEI, a desobediência ANULA o Ato. 
 
Os Atos Jurídicos podem ser: 
 • formais ou solares - casamento, testamento, compra/venda de imóveis, etc. 
 • não formais ou consensuais – locação, comodato, etc. 
 
Vícios ou Defeitos dos Negócios Jurídicos 
 
( Os Atos ou Negócios Jurídicos podem apresentar-se com vícios ou defeitos, que provocando a 
sua ineficácia tornam NULO o Negócio Jurídico. 
 
Vícios de Consentimento: ocorrem da própria vontade. Ex.: erro, dolo, coação. 
 
 • Podem ser objeto de ação anulatória; 
 • são prescritíveis após 4 anos; 
 
Erro: é a FALSA noção que se tem de um objeto ou de uma pessoa. Ocorre quando o agente pratica 
o ato baseando-se em falso juízo ou engano. A pessoa se engana sozinha, ninguém a induz a erro. Pode 
ser cometido por conta própria. 
 
 • Só anula o ato jurídico o erro SUBSTANCIAL ou essencial. Ex.: compra de um quadro de um autor 
como se fosse de outro. 
 
 • Não acarreta nulidade de um ato o erro acidental ou secundário. Ex.: comprar uma casa com seis 
janelas, pensando que tinha sete.

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