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Professora Débora Silva Fisioterapeuta - Especialista Doutora em Ciências Cardiovasculares (PGCCV) Faculdade de Medicina Hospital Universitário Antônio Pedro Universidade Federal Fluminense Laboratório Multiusuário de Pesquisa Biomédica (LMPB) Pesquisadora CNPQ Calor profundo Ou aquecimento profundo Forma terapêutica em que uma forma de energia é convertida em calor nos tecidos Pode ultrapassar a barreira térmica Modalidade terapêutica que utiliza de vibrações mecânicas com fins terapêuticos Conceito Tipo de vibração mecânica, produzida eletricamente, que é, essencialmente, a mesma das ondas sonoras, porém de frequência mais alta Sua frequência é acima da amplitude do som Frequências na faixa dos mega-hertz são usadas terapeuticamente Características biofísicas Ondas sônicas são séries de compressões e rarefações mecânicas na direção do curso da onda Chamadas de ondas longitudinais Direção da vibração coincide com a direção da propagação Características biofísicas Produzidas pelos cristais piezoelétricos que mudam sua densidade de acordo com a tensão aplicada Características biofísicas Compressões oscilatórias são aplicadas a intervalos regulares e a perturbação resultante é propagada a uma velocidade fixa que depende da natureza do meio Características biofísicas A energia é transmitida por moléculas que empurram as moléculas vizinhas de uma forma oscilatória, e esta é uma perturbação pela qual a energia é propagada e transmitida. Características biofísicas Impedância acústica ▪ Resistência oferecida pelos tecidos à passagem das ondas de ultrassom, sendo diferente em cada tecido Características biofísicas Reflexão ▪ Onda emitida volta ao meio de origem, conservando sua frequência e velocidade ▪ Ocorre quando a impedância acústica dos meios for diferente ▪ Caso os meios possuam a mesma impedância acústica, isto não ocorrerá Características biofísicas Reflexão ocorrida entre alguns limites entre interfaces com impedância acústica ≠ Características biofísicas Refração ▪ Uma onda emitida passa para outro meio, sofrendo mudanças na sua velocidade, mas conservando sua frequência Características biofísicas Absorção ▪ Uma onda sonora atravessa qualquer material e a energia é dissipada ou atenuada ▪ Capacidade de retenção da energia acústica do meio exposto às ondas do ultrassom, que são absorvidas e transformadas em calor ▪ É ↑ em tecidos com maior quantidade de proteína e menor conteúdo de água Características biofísicas Absorção Características biofísicas Efeito tixotrópico ▪ Consiste na propriedade que o ultrassom tem de mudar a viscosidade do tecido Características biofísicas Atenuação ▪ Quando se tem a penetração da onda do ultrassom no tecido, há perdas na capacidade terapêutica A amplitude e intensidade ↓ à medida que as ondas de ultrassom, sob sua forma de feixe, passam através de qualquer meio Ou seja Características biofísicas Atenuação ▪ Quando se tem a penetração da onda do ultrassom no tecido, há perdas na capacidade terapêutica A amplitude e intensidade ↓ à medida que as ondas de ultrassom, sob sua forma de feixe, passam através de qualquer meio Ou seja Conceitos Efeito piezoelétrico ▪ Caracterizado pela mudança da energia elétrica que atua nos cristais piezoelétricos e transformam essa energia em energia mecânica (vibração) ▪ O cristal vibrará na frequência aplicada. Conceitos Efeito piezoelétrico ▪ Caracterizado pela mudança da energia elétrica que atua nos cristais piezoelétricos e transformam essa energia em energia mecânica (vibração) ▪ O cristal vibrará na frequência aplicada. Conceitos Cavitação ▪ Formação de microbolhas de gás nos tecidos, como resultado da vibração do ultrassom ▪ Relevância clínica da cavitação parece mínima Durante aplicações subaquáticas de ultrassom Quando bolhas se formam entre o cabeçote de tratamento e a pele Podendo obstruir sua transmissão Exceto Conceitos Cavitação Conceitos Cavitação Conceitos Ondas estacionárias ▪ Ocasionadas por ondas refletidas sobrepondo-se a ondas incidentes Ajuste das ondas estacionárias com picos de alta pressão, metade de um comprimento de onda separado, entre os quais estão as zonas de baixa pressão Resultado Conceitos Ondas estacionárias ▪ Relevância clínica limitada por duas razões Formação de onda estacionária é improvável em tecido vivo Movimento do cabeçote de tratamento cujas ondas estacionárias não se manteriam na mesma posição durante um certo tempo Devido as formas das estruturas subjacentes Têm maior probabilidade de refletir e absorver a maior parte da energia incidente Seriam movidas ao redor dos tecidos O que impediria a formação de áreas com excesso de aquecimento Conceitos Intensidade ▪ É calculada em W/cm2 ▪ Varia entre 0,01 – 3,0 W/cm2 Potência ▪ É a energia total que se produz por segundo ▪ Medida em W Conceitos Frequência ▪ Atenuação do ultrassom ↑ com o ↑ da frequência Frequências mais baixas penetram mais e têm maior efeito em tecidos profundos Conceitos Frequência ▪ Uma porcentagem mais alta de energia transportada pelo ultrassom de 3 MHz é absorvida nos tecidos superficiais, considerando que o ultrassom de 1 MHz tem maior penetração tecidual. Conceitos Frequência ▪ A profundidade da penetração do tecido é determinada pela frequência do US e não pela intensidade Conceitos Regime de emissão de onda ▪ Modo contínuo Produzirá calor nos tecidos se a intensidade for alta o suficiente Considerando que o pulsado à mesma intensidade tem intensidade média temporal muito mais baixa e aquecimento menor ou, até mesmo, desprezível Conceitos Regime de emissão de onda Modo pulsado ↓ a intensidade média em determinado período Ciclo de trabalho ▪ Relação entre a duração do pulso e o período de repetição dos pulsos – 1:5; 1:10;... Quantidade de energia disponível para aquecer os tecidos consequentemente Assegurando que a energia disponível em cada pulso seja alta Expresso como porcentagem Exemplo de período de repetição dos pulsos Conceitos Campo próximo ▪ A placa metálica do ultrassom gera um fluxo de ondas de compressão que formam o feixe sônico De forma alguma é uniforme Conceitos Campo próximo ▪ Algumas ondas neutralizam-se mutuamente ▪ Outras se reforçam De modo que o resultado seja um padrão muito irregular de ondas sônicas na região próxima à face do transdutor Chama-se campo próximo ou zona de Fresnel Apresenta alta taxa de não uniformidade do feixe (BNR) Conceitos Campo próximo Conceitos Campo próximo Alta taxa de não uniformidade do feixe (BNR) Conceitos Campo distante ▪ O campo sônico se esparrama um pouco no sentido divergente dos pontos no transdutor Tornam-se insignificantes em distâncias maiores Apresentam baixa taxa de não uniformidade do feixe (BNR) Conceitos Campo distante Conceitos Efeitos Fisiológicos Efeitos térmicos ▪ Resultado da absorção do ultrassom nos tecidosOscilação de partículas É convertida em energia térmica É proporcional à intensidade do ultrassom Efeitos Fisiológicos Efeitos térmicos ▪ Se a temperatura local for ↑ até 40-45° C, ocorrerá hiperemia Para alcançar efeito terapêutico, temperatura tecidual tem que ser mantida entre estes valores por, pelo menos, 5 minutos Efeitos Fisiológicos Efeitos térmicos ▪ Aquecimento moderado pode: ▪ ↑ metabolismo celular ▪ ↑ discreto na maleabilidade do colágeno ▪ Vasodilatação ▪ Liberação de substâncias vasoativas ▪ ↑ atividade dos fibroblastos ▪ ↑ síntese proteica ▪ Estimulação da angiogênese ▪ ↑ atividade enzimática Efeitos Fisiológicos Efeitos não-térmicos ▪ Cavitação ▪ Ondas estacionárias ▪ Micromassagem ▪ ↑ permeabilidade da membrana celular Ondas de compressão e rarefação - Rápidas alterações de pressão nas estruturas celulares e teciduais Efeitos Terapêuticos Muito discutidos na literatura Consolidação de fraturas Reparo da cartilagem articular Reparo de feridas Reparo de lesões de tecidos moles Alívio da dor Alteração da extensibilidade do tecido cicatricial ↑ fluxo sanguíneo Efeito de aceleração do processo inflamatório Técnicas de Aplicação Profundidade de meio calor ▪ Distância pela qual metade da energia inicial foi absorvida ▪ Tabela de redução de 50% da potência de Hoogland (1986) Mas não há uma profundidade à qual toda a energia tenha sido absorvida Absorção de energia em tecidos ≠ depende da profundidade de meio valor e da quantidade de reflexão nas interfaces teciduais Dosimetria 3 fatores devem ser considerados ao se decidir a dose ▪ Tamanho da área a ser tratada ▪ Profundidade da lesão à superfície ▪ Fase e natureza da lesão Dosimetria Parâmetros que influenciam a dose incluem ▪ Modo ▪ Frequência ▪ Intensidade ▪ Outros fatores ▪ Equipamento específico ▪ Área efetiva de radiação – ERA – do cabeçote ▪ Duração, frequência, número total de sessões Contínuo ou pulsado 1 ou 3 MHz Cálculo Dosimetria A potência é mensurada em W/cm² É influenciada por vários fatores ▪ Fase da lesão ▪ Frequência ▪ Profundidade da lesão ▪ Tamanho da área Tempo de aplicação do ultrassom Área de Radiação Efetiva – ERA ▪ Onde há emissão de ondas sonoras Tempo de aplicação do ultrassom Calculado quando se faz o quociente entre a área a ser tratada pela área da ERA T=Área/ERA A literatura orienta multiplicar o valor da ERA por valores relacionados à fase da doença Fase subaguda Fase crônica Máximo efeito térmico Princípios de aplicação Transmissão adequada depende de um acoplador ▪ Deve fornecer uma boa aliança da impedância acústica entre o cabeçote do transdutor e a pele Não há transmissão da energia do ultrassom através do ar A energia é refletida de volta Causa seu aquecimento e, possivelmente, danifica o próprio transdutor Princípios de aplicação Princípios de aplicação Cabeçote sempre acoplado ao ser ligado ao US Princípios de aplicação Em todos os modos de aplicação O cabeçote de tratamento deve ser movido continuamente em relação aos tecidos Em todos os métodos de aplicação há necessidade de um meio acoplador Contínua ou pulsada O feixe de ultrassom é muito irregular no campo próximo ↑ intensidades podem provocar aquecimento local, causando dano ao tecido Gel ou água Princípios de aplicação Em todos os métodos de aplicação há necessidade de um meio acoplador Gel ou água Método de aplicação Contato direto ▪ Energia do ultrassom é transferida ao tecido por um meio acoplador ▪ São exigências do acoplador ▪ Ter impedância acústica semelhante a dos tecidos ▪ ↑ transmissibilidade para o US ▪ ↓ suscetibilidade para formação de bolhas ▪ Natureza quimicamente inativa ▪ Caráter hipoalergênico ▪ Relativa esterilidade Normalmente, gel tixotrópico Método de aplicação Aplicação com imersão em água ▪ Usa a água como único acoplador ▪ Dificuldade aparece na formação de bolhas entre o cabeçote de tratamento e a pele ▪ Estas bolhas bloqueiam e refletem o ultrassom ▪ A menos que sejam manualmente removidas ▪ Ferver a água Método de aplicação Aplicação com imersão em água Método de aplicação Aplicação com bolsa de água ▪ Utilização de bolsa plástica macia ▪ Superfícies irregulares ▪ Uma camada fina de acoplamento deve ser usada ▪ Entre a pele e a bolsa e entre o cabeçote e a bolsa Deformará, criando um molde nos contornos da pele e do cabeçote de tratamento assegurando uma transmissão eficiente de energia do US Eliminando qualquer espaço de ar Método de aplicação Aplicação com bolsa de água Método de aplicação Fonoforese ▪ Técnica específica de contato direto ▪ Utiliza medicamento em forma de gel como meio de acoplamento ▪ Indicado o modo contínuo Método de aplicação Fonoforese Método de aplicação A superfície da pele a ser tratada deve ser inspecionada Posicionar corretamente o cabeçote de tratamento Determinar a natureza do tecido e a fase da lesão Crônico Agudo Efeito térmico dominante Efeito mecânico dominante Método de aplicação Determinar a profundidade da lesão Determinar a espessura e natureza dos tecidos adjacentes Determinar a absorção dos tecidos adjacentes Em seguida, selecionar a intensidade desejada Método de aplicação Mover o cabeçote de tratamento ▪ Continuamente, sobre a superfície ▪ Com mesma pressão plana Superfície de emissão deve sempre ser mantida paralela à superfície da pele para excluir a presença de ar A velocidade do movimento deve ser lenta ▪ Bastante para permitir que os tecidos se deformem e permaneçam em contato completo com o cabeçote 4 cm/s Indicações Importante Conhecer o comportamento físico e fisiológico da interação do US com o corpo Para prescrição correta nas diversas situações Indicações Fraturas Dores musculares Processos fibróticos Lesões musculares Lesões ligamentares Lesões tendinosas Tecidos em cicatrização Fibroedema geloide (celulite) Gordura localizada Contra-Indicações e Precauções Importante Conhecer o comportamento físico e fisiológico da interação do US com o corpo Para prescrição correta nas diversas situações Contra-indicações e Precauções Tumores Útero gravídico Placas epifisárias Estudos sugerem que, mesmo em doses baixas, nunca deve ser aplicado em cima de um tumor ou numa possível área tumoral Há possível risco de divisão e diferenciação celular acelerada do embrião e feto Embora não seja uma contraindicação justificável, deve ser evitado sempre que possível Contra-indicações e Precauções Implantes eletrônicos Implantes metálicos Cimentos acrílicos de osso Marcapasso e outros estimuladores Não é uma contraindicação absoluta, mas o aquecimento gerado no metal é facilmente conduzido para outras áreas mais resfriadas Não são afetados pelo uso do US de acordo com a literatura Contra-indicaçõese Precauções Disseminação de infecção Problemas vasculares Sobre os olhos, gônadas Alteração de sensibilidade Osteoporose
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