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ESCOLA SUPERIOR DA AMAZÔNIA - ESAMAZ Professora: TELMA NAZARÉ DE SOUSA PEREIRA Curso: PÓS GRADUAÇÃO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM SERVIÇO SOCIAL E PRÁTICAS EM SAÚDE BÁSICA E HOSPITALAR Aluna: MARLUCIA LOBATO LEÃO Município: Belém Turma: ESPSBH003 Disciplina: Metodologia da pesquisa cientifica Data: 19 de outubro 2019 Atividade extra classe – Leitura e elaboração de Fichamento/síntese Livro: Métodos e Técnicas de Pesquisa Social Autor: GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social / Antônio Carlos Gil. - 6. ed. - São Paulo: Atlas, 2008. Atividade 1-Leia o capitulo 3 – Pesquisa Social (p.45) Síntese Elabore uma síntese sobre definição de pesquisa como o processo formal e sistemático de desenvolvimento do método científico, Finalidades, Níveis de pesquisas, Envolvimento do pesquisador na pesquisa e Etapas da pesquisa. SINTESE PESQUISA SOCIAL O autor define pesquisa como o processo formal e sistemático de desenvolvimento do método científico. Dessa forma, pode-se determinar pesquisa social de modo que o processo que permite a obtenção de novos conhecimentos no campo da realidade social, utilizando a metodologia científica. A finalidade da pesquisa social pode decorrer de razões de ordem intelectual. podem ser pura ou aplicada. A pesquisa pura tem a curiosidade intelectual como motivação, visa desenvolver teorias e leis. Ex.: Pesquisas que têm por objetivo o desenvolvimento de novas linguagens de programação e sistemas operacionais. A pesquisa aplicada, por sua vez, apresenta o objetivo de resolver problemas concretos. Soluções mais imediatas. Diferem pelos objetivos que pretendem atingir (aplicar as teorias às necessidades humanas). Ex.: Elaboração e produção (desenvolvimento) de softwares aplicados a soluções de problemas operacionais e de melhoria da produtividade. Com relação aos níveis de pesquisa, cada pesquisa social tem um objetivo específico. Do ponto de vista de seus objetivos, as pesquisas podem ser classificadas em exploratória, descritiva e explicativa, de acordo com Selltiz et al. (1967). As Pesquisas exploratórias, têm como principal finalidade desenvolver, explicitar e modificar conceitos e ideias, para que se possa construir hipóteses explicativas, envolve levantamento bibliográfico, entre vistas com pessoas que têm ou tiveram experiências práticas como problema a ser pesquisado. No geral, assumem a forma de pesquisas bibliográficas e estudos de caso. De todos os tipos de pesquisa, são as que apresentam menor rigidez no planeja mento, desenvolvendo-se com o objetivo de proporcionar visão geral a cerca de determinado fato e constituem a primeira etapa de uma investigação mais ampla. As pesquisas descritivas têm como objetivo descrever as características de determinadas populações ou fenômenos ou a identificação da relação entre variáveis. Uma de suas peculiaridades está na utilização de técnicas padronizadas de coleta de dados, tais como o questionário e a observação sistemática: pesquisa referente à idade, sexo, procedência, nível de escolaridade, estado de saúde, etc. Algumas pesquisas descritivas vão além do simples reconhecimento da existência de relações entre variáveis, almejando determinara natureza dessa relação. Neste caso, tem-se uma pesquisa descritiva que se a próxima da explicativa. De outro ponto de vista, existem pesquisas que, a pesar de definidas como descritivas conforme seus objetivos, acabam servindo mais para proporcionar uma nova visão do problema, o que as aproximam das pesquisas exploratórias. Já às explicativas, tem como objetivo básico a identificação dos fatores que determinam ou que contribuem para a ocorrência de um fenômeno. É o tipo de pesquisa que mais aprofunda o conhecimento da realidade, pois tenta explicar a razão e as relações de causa e efeito dos fenômenos. Segundo o auto o envolvimento do pesquisador na pesquisa, em se tratando em modelo clássico de pesquisa, deve-se utilizar de procedimentos severamente experimentais, a fim de obter uma pesquisa objetiva. ‘’Tratar os fatos sociais como coisas.”(Durkheim, 1973). “Ciência é uma disposição para aceitar fatos, mesmo quando eles se opõem ao desejo.” (Skinner, 1953). A objetividade é facilmente de ser adulterada, pois todo conhecimento é prejudicado pelo ponto de vista e inclinações pessoais dos observadores. Principalmente quando os cientistas ocupam-se de temas como personalidade, autoritarismo, criatividade, etc. Propõem o estudo dos fenômenos sociais da mesma forma utilizada pelas ciências naturais. Assim, o pesquisa dor deve manter o máximo de distanciamento do objeto pesquisado, conservando a sua atitude de neutralidade em relação ao fenômeno de pesquisa. Na pesquisa-ação e pesquisa participante as críticas têm sido feitas aos métodos clássicos de pesquisa empírica. Os julgamentos consistem em que os cientistas sociais presumam o significado de determinados conceitos, interferindo na construção das teorias e no modo como são tratadas. Pontuam que a investigação rigorosa, não apresenta resultados de qualidade muito superior à obtida pelo senso comum. Para obter efeitos mais relevantes, vêm sendo propostos alguns modelos alternativos de pesquisa: A Pesquisa-ação, segundo Thiollent(1985): É um tipo de pesquisa social que busca uma ação por parte das pessoas implicadas no processo investigativo, visto a partir de um projeto de ação social ou da solução de problemas coletivos e estar centrada no agir participativo e na ideologia de ação coletiva. A Pesquisa participante, de acordo com Fals Borda (1983):compreende as classes mais carentes na sociedade contemporânea que estão participando da pesquisa, contribuindo para o entendimento e o conhecimento destas de uma ação de mudança em seu benefício. Entende mos assim, que é um processo de conhecer e agir. Tanto a pesquisa-ação quanto a pesquisa participante se caracterizam pelo envolvimento dos pesquisadores e dos pesquisados no processo de pesquisa. Ambos ‘’acabam se identificando, sobretudo quando os objetos são sujeitos sociais também, o que permite desfazer a ideia de objeto que caberia somente em ciências naturais’’(Demo, 1984). As etapas da pesquisa, vimos que as pesquisas sociais são muito diferentes entre si. Diante disso, foi adotado um esquema que compreende nove etapas. Contudo algumas dessas fases não aparecem explicitamente em muitas pesquisas, pois diversos autores procedem à determinação das fases do estudo com certo capricho. 1. Formulação do problema; 2. Construção de hipótese ou determinação dos objetivos; 3. Delineamento da pesquisa; 4. Operacionalização dos conceitos e variáveis; 5. Seleção da amostra; 6. Elaboração dos instrumentos de coleta de dados; 7. Coleta de dados; 8. Análise e interpretação dos resultados; 9. Redação do relatório. Problemáticas relacionadas ao conteúdo exposto. Ficou claro a definição da pesquisa participante, porém devemos classificá-la como uma atividade educacional. Exercícios Analise a expressão: "Pesquisas descritivas referem-se ao que e explicativas ao porquê". Pesquisas descritivas refere-se à descrição das características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis, como sua distribuição por idade, sexo, procedência, nível de escolaridade, nível de renda, estado de saúde física e mental etc. Também visam descobrir a existência de associações entre variáveis, como, por exemplo, as pesquisas eleitorais que indicam a relação entre preferência político-partidária e nível de rendimentos ou de escolaridade. Algumas vãoalém da simples identificação da existência de relações entre variáveis, pretendendo determinar a natureza dessa relação. Já as Pesquisas explicativas refere-se ao porquê das coisas, explica a razão, que mais aprofunda o conhecimento da realidade, tem a preocupação central de identificar os fatores que determinam ou que contribuem para a ocorrência dos fenômenos. Sendo o tipo de pesquisa mais complexo e delicado, já que o risco de cometer erros aumenta consideravelmente. Pode-se dizer que o conhecimento científico está assentado nos resultados oferecidos pelos estudos explicativos. Uma pesquisa explicativa pode ser a continuação de outra descritiva, posto que a identificação dos fatores que determinam um fenômeno exige que este esteja suficientemente descrito e detalhado. Livro: Métodos e Técnicas de Pesquisa Social Autor: GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social / Antônio Carlos Gil. - 6. ed. - São Paulo: Atlas,2008. Capitulo 4 – Formulação do problema (p.52 a 58) FICHAMENTO DO TEXTO DE ANTÔNIO CARLOS GIL (CAPÍTULO 4). O autor inicia seu texto revisitando o capítulo anterior da sua obra, onde detalha o início de um projeto de pesquisa, que é a construção de um problema. Logo, se vamos expor um problema, devemos também propor uma solução, que seria a hipótese. A hipótese nós entendemos como uma solução provisória para o problema, já que ela deve ser testada e, ao fim do teste, será concluída como verdadeira e falsa. É nesse ponto que, em minha opinião, devemos ter bastante cuidado. O teste deve ser feito de forma mais profissional possível, sem deixar espaços para apegos à determinadas respostas. Por mais que tenhamos iniciado a pesquisa com uma hipótese em mente como a mais provável, devemos estar preparado para que ela seja negada e tida como falsa após todos os estudos necessários, pois esta é uma possibilidade tão real quanto a confirmação da hipótese como verdadeira. É exposta no texto uma definição de pesquisa proposta por Kerlinger, que acredita que temos uma hipótese quando se afirma que variações de uma variável correspondem a variações de outra. Sendo assim, a hipótese expõe relações de influência entre variáveis, fazendo-se importante lembrar que dificilmente uma variável dependente terá apenas uma variável independente como influenciadora. O mais comum é que tenhamos diversas causas para um só efeito, especialmente no campo das ciências sociais, como coloca o próprio autor. Esses diversos fatores que juntam tornam mais provável a ocorrência de um fenômeno estabelecem relações assimétricas, que podem ser classificadas, segundo Rosenberg, em seis tipos: associação entre estímulo e resposta, entre disposição e resposta, entre propriedade e disposição, relação imanente entre duas variáveis e relação entre meios e fins. Existe implicações na escolha do problema, pois No processo de investigação social, a primeira tarefa é escolher o problema a ser pesquisado. Esta escolha, por sua vez, conduz a indagações. A escolha do problema tem a ver com grupos, instituições, comunidades ou ideologias com que o pesquisador se relaciona. A pesquisa social visa fornecer respostas tanto a problemas determinados por interesse intelectual, quanto por interesse prático. Interessa, pois, na formulação do problema determinar qual a sua relevância em termos científicos e práticos. Um problema será relevante em termos científicos à medida que conduzir à obtenção de novos conhecimentos. Muitas vezes a escolha de um problema é determinada não por sua relevância, mas pela oportunidade que oferecem determinadas instituições. Há entidades que oferecem financiamento para pesquisas em determinada área. A escolha do problema de pesquisa sempre implica algum tipo de comprometimento. Quando o pesquisador está integrado como técnico numa organização, tende a desenvolver as pesquisas que lhe são propostas pela direção ou por seus clientes. Mesmo que a escolha do problema seja de livre escolha do pesquisador, o comprometimento pode estar ligado aos programas ou à ideologia da organização. É frequente ser a escolha de um problema determinada por modismo. Quando em países mais desenvolvidos são realizadas com sucesso investigações em determinada área, verifica-se a tendência para reproduzi-las em outros países. Esta situação pode ser claramente verificada no desenvolvimento da pesquisa social no Brasil. O sucesso dos estudos de comunidade nos Estados Unidos fez com que no Brasil fossem desenvolvidas inúmeras pesquisas similares. A adequada formulação de um problema de pesquisa não é tarefa das mais fáceis. Cohen e Nagel (1934, p. 2333) chegam a identificar a capacidade de formular problemas como sinal do gênio científico. Não basta, porém, a genialidade. Não existem regras absolutamente rígidas para a formulação de problemas. O que existe são recomendações baseadas na experiência de pesquisadores sociais que, quando aplicadas, facilitam a formulação do problema. A forma interrogativa apresenta a vantagem de ser simples e direta. As perguntas são um convite para uma resposta e ajudam a centrar a atenção do pesquisador nos dados necessários para proporcionar tal resposta. Pesquisadores iniciantes tendem a formular problemas tão amplos e genéricos que se torna inviável a realização da pesquisa. Já pesquisadores experientes preferem formular um problema amplo e, a seguir, mediante revisão da literatura e discussão com pessoas que tiveram experiência com o assunto, vão progressivamente tornando o problema mais específico. É preciso, portanto, rejeitar a ambição de formular um problema num curto espaço de tempo. Os termos utilizados na formulação do problema devem ser claros, deixando explícito o significado com que estão sendo utilizados. Convém, portanto, utilizar termos próprios do vocabulário científico. Um problema que envolva, por exemplo, o termo socialização, deve ser esclarecido. Em Sociologia esse termo refere-se ao processo de integração dos indivíduos aos grupos sociais. A acepção com que esse termo é mais utilizado, no entanto, é a de extensão de vantagens particulares à sociedade inteira. Há termos que podem ser considerados conceitualmente claros, mas não são precisos, pois não informam acerca dos limites de sua aplicabilidade. O conceito de socialização urbana, por exemplo, refere-se ao processo de integração dos indivíduos ao contexto urbano. Mas para ser utilizado numa pesquisa, torna-se necessário precisá-lo para conhecer os limites a partir dos quais uma população apresenta baixos ou altos níveis de socialização urbana. Por essa razão é que se torna vantajoso formular problemas com conceitos passíveis de mensuração. O autor fala que a observância deste critério nem sempre é fácil nas ciências sociais, pois estas lidam também com valores sociais. Há uma certa expectativa de que as pesquisas sociais possam fornecer respostas a juízos de valor. Por isso é comum apresentar aos cientistas sociais problemas do tipo: "A pena de morte deve se introduzida na legislação?", "O parlamentarismo é mais adequado que o presidencialismo?", "O consumo de drogas 'leves' deve ser discriminalizado?" Estes problemas envolvem considerações valorativas, não podendo, portanto, ser adequadamente submetidos a teste empírico. Cabe considerar, no entanto, que o empirismo nas ciências sociais constitui questão crítica. Há, por exemplo, autores no campo da Psicologia que seguem orientação subjetívista, queconsidera o conhecimento como pura atividade da consciência, negando-lhe o status de existência real. Para estes, o critério do empirismo não pode ser relevante. Que não basta formular um problema suficientemente delimitado. E preciso levar em consideração aspectos como o tempo para sua realização, existência de instrumentos adequados para a coleta de dados, recursos materiais, humanos e financeiros suficientes para levar a cabo a pesquisa. Pesquisas que envolvem seres humanos devem caracterizar-se pela observância a princípios éticos definidos por normas aceitas internacionalmente. Durante muito tempo admitiu-se que apenas pesquisas de natureza biomédica deveriam ser realizadas mediante observação de normas internacionais, como o Código de Nurenberg, que disciplina as pesquisas com seres humanos. Mas hoje há consenso por parte dos pesquisadores de que pesquisas sociais podem adotar procedimentos que são tão ou mais invasivos que os adotados em pesquisas biomédicas. Considere-se, por exemplo, uma pesquisa referente ao comportamento de pessoas que passaram por situações de abuso sexual. Por essa razão, na maioria das universidades e instituições que realizam pesquisas com seres humanos existem comitês de ética, que têm como finalidade analisar previamente os projetos de pesquisa com vistas a identificar possíveis problemas de natureza ética em sua formulação e condução. Exercícios 1) Formule um problema de pesquisa referente a qualquer tema de seu interesse. O BULLYING O Bullying é um problema mundial e pode ocorrer em vários setores da atividade humana. Geralmente são estudadas duas formas de bullying: o bullying praticado na escola e aquele praticado no ambiente de trabalho. Ao longo dos anos, vários estudos foram desenvolvidos sobre o bullying, por instituições públicas ou privadas. No Brasil, enquanto o assunto vem ganhando espaço na mídia, as pesquisas e a atenção ao tema ainda estão passando por um estágio inicial. Durante muito tempo, comportamentos como o de apelidar e/ou “zoar” de alguém podem ter sido vistos como inofensivos ou naturais da infância e da relação entre as crianças e adolescentes na escola. Porém, esse tipo de conduta passou a ser seriamente considerada em decorrência de situações dramáticas que têm ocorrido em diversas partes do mundo envolvendo jovens que invadem escolas e matam pessoas e/ou cometem suicídio; situações que se apresentaram ligadas a maus-tratos entre pares na escola. O tema da violência na escola começou a ganhar repercussão e, a partir da década de 1970, estudos sobre agressões entre pares nas escolas vem sendo desenvolvidos, com o objetivo de conhecer a questão e caracterizar uma forma de violência entre pares que tem sido chamada Bullying. A violência escolar refere-se a todos os comportamentos agressivos e antisociais, que variam de conflitos interpessoais até atos criminosos de grande relevância. Muitas destas situações dependem de fatores externos, onde as intervenções podem estar além da responsabilidade e da capacidade das instituições de ensino e de seus funcionários. DAN OLWEUS (1993) um pesquisador da Universidade de Bergen na Noruega, foi um dos primeiros a realizar estudos sobre violência no ambiente escolar. Ele desenvolveu os primeiros critérios para a identificação do bullying na escola, diferenciando - o de outras possíveis interpretações sobre o comportamento dos escolares. Ele entrevistou 84.000 estudantes em diversos níveis e períodos escolares, 400 professores e cerca de 1.000 pais. Através desses estudos verificou-se que, a cada grupo de sete alunos, um estava envolvido em situações de bullying (FANTE, 2005). FANTE (2005) refere que segundo o professor Olweus os dados de outros países sobre a ocorrência de bullying indicam que esse tipo de conduta existe com relevância similar ou superior às da Noruega, como é o caso da Suécia, Finlândia, Inglaterra, Países Baixos, Japão, Irlanda, Espanha, Austrália, Canadá e Estados Unidos. De acordo com esta autora, pesquisadores de todo o mundo atentam para esse fenômeno e apontam aspectos preocupantes quanto ao seu crescimento e ao fato te atingir inclusive os primeiros anos de escolarização. Segundo essa autora, calcula-se que em torno de 5% a 35% das crianças em idade escolar estejam envolvidas de alguma forma em condutas agressivas na escola, atuando como vítimas ou agressoras. FERRER (2000), em artigo publicado no Jornal espanhol El País em janeiro de 2000, referia que um em cada quatro alunos britânicos do ensino primário relatou ter sofrido maus - tratos por parte de seus companheiros de ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, vol.7, N.12; 2011 Pág. 181 escola. Além do mais, o mesmo artigo afirma que em 1997, este tipo de violência foi citado como a principal causa de suicídio de 766 menores. OLWEUS apud FANTE (2005), em estudos longitudinais, observou um grupo de adolescentes com idades entre 13 e 16 anos que foram vítimas de Bullying, encontrando evidências de que um grande número desses alunos apresentava a probabilidade de virem a se tornar depressivos aos 23 anos como consequência de perdas na auto-estima. No que diz respeito ao Brasil, segundo FANTE (2005), o fenômeno bullying é uma realidade inegável nas escolas brasileiras independentemente de turno de estudo, localização da escola, tamanho da escola ou da cidade onde ela se localiza ou se são séries finais ou iniciais ou ainda se a escola é pública ou privada. Devido sua incontestável relevância, este tema vem despertando um interesse crescente nos meios acadêmicos, até mesmo por se tratar de uma questão de abrangência multidisciplinar, envolvendo diferentes ramos de atividade, como a educação, a saúde, e a área jurídica. Este artigo trata, portanto, do bullying escolar. O objetivo é contribuir para a compreensão deste fenômeno, refletindo sobre alguns de seus desdobramentos. Objetivando também pensar as possíveis consequências deste tipo de violência e suas formas de enfrentamento. O interesse pelo tema partiu das experiências dos autores deste trabalho, em escolas públicas e privadas, com alunos da educação básica e da Educação para Jovens e Adultos - EJA, além de cursos pré - vestibulares e cursos de nível técnico. O bullying é um forte fator de risco para comportamentos anti-sociais individuais geradores de violência na sociedade. Porém, ainda são poucos os artigos científicos brasileiros que tratam do tema, isto é, estudos empíricos ainda necessitam ser realizados em uma abrangência nacional, com dados de todas as regiões. Esta pesquisa encontra-se em fase inicial, e este artigo visa contribuir para estudos sobre a educação, a saúde e a sociedade, para uma compreensão local e global da problemática da violência na escola e de suas implicações individuais e coletivas. O bullying é um tipo de problema que se apresenta de forma diferente em cada situação. Sua prevenção entre estudantes constitui-se em uma medida capaz de possibilitar o pleno desenvolvimento de crianças e adolescentes, habilitando-os a uma convivência social sadia e segura. Para que haja maior interação entre professores, pais e alunos, o que reduz a possibilidade de ocorrência do bullying, propõe-se com uma intervenção na escola, uma efetiva prevenção deste tipo de violência, implantando-se uma política anti-bullying, onde todos contribuam para que este problema seja cada vez mais discutido pelo grande público. Portanto é necessária a cooperação de toda a sociedade, sobretudo: pais, alunos, professores, funcionários, enfim, todos que estão diretamente ligados com o contexto escolar para que o problema seja efetivamente controlado. É um fatoque o combate a esse tipo de violência escolar é uma importante colaboração para a construção de uma sociedade diferente e mais justa. Para tanto, é preciso que cada um faça sua parte, contribuindo para a formação de massa crítica que possa contribuir para uma sociedade melhor. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CALHAU, Lélio Braga. Bullying: o que você precisa saber: identificação, prevenção e repressão. Niterói, RJ: Impetus, 2009. http://www.conhecer.org.br/0conbras1/bullying.pdf> acesso em 18 out 2019 2) A seguir, faça a si mesmo as seguintes perguntas: 1) Que experiências de minha vida contribuíram para a escolha desse problema? R – É um tema rotineiro em nossas escolas, e pelo fato de termos filhos que estudam, é sempre bom se atualizar e poder usar do conhecimento para evitar que esse problema venha afetar nossos filhos. 2) Como meus valores pessoais influenciaram nessa escolha? R- influenciou pela sensibilidade, extinto protetora de mãe e a presença que temos no dia a dia de nossos filhos. 3) Que conhecimentos anteriores ajudaram na formulação do problema? R- A experiência de vida e por ser um tema presente no mundo em que vivemos. 4) Por que considero relevante este problema? R- Sua relevância diz respeito por ser um problema global, mais que nos países como o Brasil eles são mais presentes, e todo conhecimento a respeito são grande importância para tratar esse problema.