Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
1 INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE Curso: FARMÁCIA Disciplina: ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA Prof(a): Nome do aluno: RA: Turma: Resumo dos artigos: Interações medicamentosas de fitoterápicos e fármacos: Hypericum perforatum e Piper methysticum / Avaliação da qualidade de amostras de Senna alexandrina Miller comercializadas em três estabelecimentos de Feira de Santa, Bahia. A utilização de produtos naturais é bem mais antiga que à era medieval, sendo ainda muito utilizada nos dias de hoje, devido a população possuir conceitos equivocados que vieram do desenvolvimento da cultura humana. Considerando-os como medicamentos mais seguros do que os produtos sintéticos, não tendo conhecimento que podem causar interações medicamentosas com outros fármacos. O termo interações medicamentosas se refere à interferência de um fármaco na ação de outro, ou de um alimento ou nutriente na ação de medicamentos. Essas interações podem resultar em uma redução da atividade do medicamento, levando assim, a progressão da doença ou fracasso da terapia. A utilização de plantas para fins terapêuticos pela população vem crescendo devido a insatisfação de usuários e pesquisadores com a eficácia e o custo dos medicamentos sintéticos, e a dificuldade em se produzir em laboratórios substâncias presentes em espécies vegetais que possuem atividade terapêutica. As plantas medicinais são todas aquelas silvestres ou cultivadas, utilizadas como recurso para prevenir, aliviar, curar ou modificar um processo fisiológico normal ou patológico. Já os fitoterápicos, são produtos medicinais acabados e etiquetados, cujo principio ativo são material vegetal em estado bruto ou em forma de preparações vegetais. Entre as plantas medicinais, se encontram o sene de Alexandria, Hipérico ou erva-de-são-joão e a kava-kava, como são conhecidas popularmente. A espécie Hypericum perforatum L. pertence à família Guttiferae sendo conhecida popularmente como hipérico ou erva-de-são-joão, seus extratos são utilizado no tratamento da depressão leve a moderada, e é um dos antidepressivos mais utilizados na Europa. Existem evidências de que o hipérico reduza os níveis séricos de vários fármacos, provavelmente por indução das enzimas hepáticas (citocromo P450). E sintomas característicos da síndrome serotoninérgica central podem ser resultados do uso concomitante do hipérico com inibidores da receptação de serotonina ou agonistas serotoninérgicos. A espécie Piper metysticum G. Foster pertencente á família Piperaceae, é conhecida popularmente como pimenta intoxicante, kava-kava, pimenta Kava e raiz kava. Atualmente tem sido utilizada na medicina popular, para promove a cicatrização de feridas, no tratamento de enxaquecas e infecções do trato respiratório. É comprovado que a kava-kava possui uma variedade de efeitos sobre o sistema nervoso central, incluindo atividades ansiolíticas, sedativas, anticonvulsivante, anestésica local, espasmolítica e analgésica. Entretanto, como ocorre esse mecanismo de ação ainda é desconhecido. A utilização oral e isolada de preparações farmacêuticas a base de kava-kava, mostraram ser seguras, desde que utilizadas durante um curto período de tempo. A segurança é diminuída quando se considera altas doses ou períodos prolongados (1-3 meses), devido a kava-kava poder potencializar os efeitos prejudiciais no fígado quando associados com fármacos com potencial hepatotoxicidade, como paracetamol, AINES, entre outros. Já os depressores do SNC como etanol, benzodiazepínicos, barbitúricos, hipnóticos-sedativos, anti-histamínicos e neurolépticos, quando utilizados concomitantemente com kava-kava, provocam uma potencialização dos 2 efeitos depressores caracterizado por sedação, cansaço e diminuição dos reflexos. A kava-kava também associada com Inibidores da monoaminoxidase (IMAO),provocam uma inibição excessiva da MAO provocando um aumento da toxicidade da kava- kava. Existem relatos de que a kava-kava pode interagir com outros medicamentos à base de plantas medicinais. Já o sene de Alexandria ou sene, está classificado entre os laxativos antranóides, que são derivados das antraquinonas. Os componentes da matéria- prima que são utilizados são as folhas secas, que tem como principio ativos os senosídeos A e B que se comportam como pró-drogas naturais. É indicado na constipação por inércia intestinal e em situações em que se exige facilidade na defecção, como fissuras anais e hemorroidas. O Brasil possui uma legislação que estabelece critério de qualidade e normas para produção e comercialização de produtos obtidos de plantas. Mesmo assim, essas plantas têm sido comercializadas fora dos padrões estabelecidos. em mercados públicos e feiras livres, como é o caso do sene. Sendo necessária a utilização de métodos que permitam identificar, caracterizar e avaliar a qualidade de espécies vegetais. Na coleta de folíolos de sene, duas das amostras estavam sob a forma de pó e a outra amostra coletada na forma integra. Essas amostras forma submetidas a testes, alguns resultados foram insatisfatórios devido à falta de completude nos rótulos, principalmente em relação à orientação ao usuário sobre uso prolongado e superdosagem, informações sobre as contraindicações e modo de armazenamento. É necessário ressaltar a importância da analise microscópica que se refere à avaliação de qualidade da amostra, identificando adulterações ou possíveis contaminações, que poderiam prejudicar sua finalidade. E a necessidade de uma analise botânica que complementa os outros métodos de identificação. O controle de qualidade é um importante método utilizado para garantir a procedência e qualidade dos produtos comercializados, sendo assim, necessário para materiais vegetais. No entanto é preciso seguir um padrão de qualidade como a realização de testes indicados pela Farmacopeia Brasileira, como por exemplo, reação colorimétrica e microssublimação, para comparação de dados descritos na monografia da espécie. A técnica de microssublimação foi importante para caracterizar antraquinonas, que por meio de outros testes não foi possível observar. Portanto, manter um padrão de qualidade é indispensável na área farmacêutica, por questões éticas e morais, de modo a garantir a qualidade dos produtos naturais ofertados, priorizando a redução dos riscos à saúde da população. Sendo necessário que ocorra avanços nas pesquisas e nos investimentos e, também uma maior integração entre as indústrias farmacêuticas e com as universidades e com os centros de pesquisas. Isso aumentará o embasamento científico e as informações, ainda carentes, sobre a utilização, eficácia e segurança dos fitoterápicos.
Compartilhar