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TÉCNICAS EM CINESIOTERAPIA: movimentos passivos e ativos Prof. MSc. Eduardo Lama Amplitude de Movimento Amplitude de Movimento ADM normal: estruturas articulares e musculares sejam movimentadas periodicamente. Estruturas articulares > movimento > produção de líquido sinovial > lubrificação da articulação e nutrição da cartilagem articular > mantém a integridade da articulação. Estruturas musculares > movimento > mantém a contratilidade, elasticidade e extensibilidade do tecido muscular. Amplitude de Movimento Todas as estruturas afetadas pelo movimento do segmento ao longo da sua ADM: músculos, superfícies articulares, cápsulas, ligamentos, fáscias, vasos e nervos. Fatores que diminuem a ADM: Doenças articulares, neurológicas, musculares, cirurgias; Lesões cirúrgicas ou traumáticas; Imobilização ou inatividade prolongada. Tipos de Exercícios de ADM Tipos de Exercícios de ADM PASSIVA: dentro da ADM livre, produzida por uma força externa (terapeuta, aparelho, gravidade), sem contração muscular voluntária. Auto-assistido ADM Passiva ≠ Alongamento Passivo ATIVA-LIVRE: dentro da ADM livre produzida pela contração ativa dos músculos que cruzam a articulação. Tipos de Exercícios de ADM ATIVA-ASSISTIDA: força externa manual ou mecânica quando os músculos precisam de ajuda para completar o movimento. ATIVA-RESISTIDA: são realizados movimentos com resistência manual ou mecânica. Técnica de ADM Passiva Inflamação tissular ( após cirurgia ou lesão- 2 a 6 dias), movimentação ativa pode ser prejudicial. Quando o paciente não for capaz ou não puder mover ativamente um segmento. Ex: paciente em coma, paralisado ou em repouso ↓ das complicações que poderiam ocorrer com a imobilização (degeneração de cartilagem, aderência e formação de contraturas e estagnação da circulação) Consciência do movimento Manter integridade articular Minimizar contraturas Manter a elasticidade mecânica INDICAÇÕES Objetivos Outros usos da ADM Passiva Avaliação de Estruturas Inertes: determinar limitações nos movimentos, estabilidade articular e elasticidade dos músculos – princípio de Cyriax Ensinamento de um programa de exercícios ativos Preparação para o alongamento Técnica de ADM Ativa Sempre que for capaz de contrair os músculos ativamente e mover um segmento, com ou sem assistência. Dificuldade progressiva. Programas de condicionamento aeróbico. Acima e abaixo de segmento imobilizado. Se não houver inflamação ou contra-indicação, são as mesmas da ADM passiva. Favorecer circulação e prevenir formação de trombos. Desenvolver a coordenação e habilidades motoras para atividades funcionais. Benefícios fisiológicos da contração muscular ativa: Manter elasticidade e contratilidade; Feedback sensorial; Estímulo para integridade dos ossos e articulações; INDICAÇÕES Objetivos Limitações dos Exercícios de ADM Difícil de executar com paciente consciente. Não previne atrofia muscular; Não aumenta a força ou resistência à fadiga; Não auxilia a circulação na mesma forma que a contração muscular ativa, voluntária. Em músculos fortes, a ADM ativa não mantém ou aumenta a força; também não desenvolve habilidade ou coordenação, exceto nos padrões de movimento usados. PASSIVA ATIVA Precauções e Contra-indicações dos Exercícios de ADM Não devem ser feitos quando interferirem de modo negativo no processo de cicatrização. Movimento controlado e cuidados são benéficos à cicatrização e recuperação inicial. Sinais de movimento excessivo ou errado incluem aumento de dor e inflamação. Não devem ser feitos quando a resposta do paciente ou sua condição colocarem em risco de vida. Passiva nas grandes articulações e ativa no tornozelo e pé minimizam estase venosa e formação de trombos. Pós cirurgia: monitoramento cuidadoso dos sintomas. PASSIVA e ATIVA Medição de ADM Técnica de Goniometria: avalia ângulos articulares usando um goniômetro. Avaliação e Plano de Tratamento Determinar o comprometimento e o grau de função/disfunção do paciente; Determinar precauções e plano de tratamento; Habilidade do paciente, tipo de ADM a utilizar; Padrões dos exercícios; Monitorar após a aplicação do exercício: Sinais vitais, calor, coloração e dor no segmento tratado. Preparo do Paciente Descrever o plano e as metas do tratamento; Liberar as vestimentas apertadas na região a ser tratada; Posicionamento, alinhamento e estabilização confortáveis. O Fisioterapeuta deve posicionar-se junto ao paciente utilizando a mecânica corporal adequada. Aplicação Técnica Segurar o membro em torno das articulações; Dar suporte as áreas com pouca integridade; Mover o segmento por toda a amplitude livre de dor, sem forçar o movimento; Movimentar de forma suave e rítmica, com 5 a 10 repetições (sugestão). Técnicas de ADM OMBRO: FLEXÃO Técnicas de ADM OMBRO: EXTENSÃO Técnicas de ADM OMBRO: ABDUÇÃO Técnicas de ADM OMBRO: ROTAÇÃO INTERNA (MEDIAL) E EXTERNA (LATERAL) Técnicas de ADM OMBRO: ABDUÇÃO E ADUÇÃO HORIZONTAL Técnicas de ADM Escápula: elevação/depressão, prostração/retração e rotação SUPERIOR/INFERIOR Técnicas de ADM COTOVELO: FLEXÃO E EXTENSÃO Técnicas de ADM ANTEBRAÇO: PRONAÇÃO E SUPINAÇÃO Técnicas de ADM PUNHO: FLEXÃO, EXTENSÃO E DESVIOS Técnicas de ADM MÃO: ACHATAMENTO e ARQUEAMENTO Técnicas de ADM Dedos e Punho Técnicas de ADM QUADRIL E JOELHO COMBINADOS: FLEXÃO E EXTENSÃO Técnicas de ADM QUADRIL: EXTENSÃO Técnicas de ADM QUADRIL: ABDUÇÃO/ADUÇÃO Técnicas de ADM QUADRIL: ROTAÇÃO INTERNA (MEDIAL) E EXTERNA (LATERAL) Técnicas de ADM TORNOZELO: DORSIFLEXÃO/FLEXÃO PLANTAR E INVERSÃO/EVERSÃO e DEDOS DOS PÉS. Técnicas de ADM CERVICAL: FLEXÃO/EXTENSÃO E ROTAÇÃO Técnicas de ADM LOMBAR: FLEXÃO/EXTENSÃO (DV) E ROTAÇÃO Mobilização da ADM Auto-assistida Paciente sob cuidados pessoais – fraqueza ou paralisia unilateral Após cirurgia ou lesão traumática: proteger os tecidos que estão regenerando – contração muscular intensa é contra-indicada O movimento é sensível aos efeitos da ação da gravidade 35 Técnicas de Exercícios de ADM Auto-assistida Formas de Exercícios de ADM Auto-assistida Manual Equipamento: Bastão em T, Escadas de dedos, rolamento de bola, Polias, Skate para exercícios/mesa deslizante 36 Diretrizes de Exercícios de ADM Auto-assistida Orientar o paciente sobre a importância do exercício Ensinar sobre alinhamento e estabilização Corrigir qualquer movimento substitutivo ou arriscado Equipamentos: aplicação segura Fornecer ilustrações e instruções – número de repetições e frequências FLEXÃO E EXTENSÃO DO OMBRO/ROTAÇÃO MEDIAL E LATERAL DO OMBRO FLEXÃO E EXTENSÃO DE PUNHO/ FLEXÃO E EXTENSÃO DE DEDOS FLEXÃO DE QUADRIL/ABDUÇÃO E ROTAÇÃO LATERAL DO QUADRIL BASTÃO FLEXÃO/ADUÇÃO E ABDUÇÃO HORIZONTAL/ ROTAÇÃO DO OMBRO ESCADA DE PAREDE OU ESCADA DE DEDOS E POLIAS Mobilização Passiva Contínua (MPC) Movimento passivo feito por um dispositivo mecânico – move a articulação de modo lento e contínuo por uma ADM controlada Efeitos benéficos na regeneração de estruturas e tecidos moles lesados ou doentes Parâmetros não definidos Curto prazo: ganho mais rápido de ADM e alta hospitalar mais cedo Longo prazo: iguais a outras técnicas Benefícios da MPC Prevenir aderências, contraturas e rigidez articular Estimular a regeneração de tendões e ligamentos Lubrificação de fluido sinovial na articulação, velocidade de cura e regeneração da cartilagem intra-articular Prevenir efeitos degradadores da imobilização Retorno mais rápido à ADM normal Diminuir a dor pós-operatória Diretrizes da MPC Aplicado logo após a cirurgia com paciente anestesiado ou mais cedo possível Arco de movimento: Início com 20 a 30 graus, progredindo 10 a 15 graus por dia Determinar a velocidade do movimento: 1 ciclo por 45 segundos ou 2 minutos Tempo: varia de acordo com os protocolos- contínua 24h, até por uma 1h 3 vezes ao dia Tratamentofisioterapêutico: não está em MPC, exercícios ativo-assistivo e isometria Ajustáveis e controlados
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