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Sérgio Rodrigues de Souza Fundamentos de engenharia de transportes e de tráfego © 2016 by Universidade de Uberaba Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de sistema de armazenamento e transmissão de informação, sem prévia autorização, por escrito, da Universidade de Uberaba. Universidade de Uberaba Reitor Marcelo Palmério Pró-Reitor de Educação a Distância Fernando César Marra e Silva Editoração Produção de Materiais Didáticos Capa Toninho Cartoon Edição Universidade de Uberaba Av. Nenê Sabino, 1801 – Bairro Universitário Catalogação elaborada pelo Setor de Referência da Biblioteca Central UNIUBE Sérgio Rodrigues de Souza Possuo graduação em Logística e Transportes pela UNESP - Uni- versidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2005) e mes- trado em Engenharia Urbana pela Universidade Estadual de Marin- gá (2012). Atualmente, sou professor da UNINGÁ - FACULDADE MARINGÁ e da FATECIE - Faculdade do Norte do Paraná. Sou Diretor Geral da ESA Engenharia. Tenho experiência na área de Engenharia de Transportes, Logística, Operações de Transportes e mobilidade, administração de obras e execuções de obras, atu- ando principalmente nos seguintes temas: Plataformas logísticas, gerenciamento de projetos, tecnologia de sistemas para transpor- tes, ciclo PDCA, PEAD, Pesquisa com Rodovias e infraestruturas, Transporte Ferroviário com ligações Intermodal e Multimodal, Ca- deia de suprimentos e Pesquisa operacional. Sobre os autores A necessidade de conquistar novos territórios fez o homem desenvol- ver toda a tecnologia que conhecemos atualmente. Podemos ainda afirmar que o surgimento da roda seja considerado como o marco principal dessa evolução humana, pois com ela pode-se transportar de maneira mais cômoda e com maior quantidade alimentos e pesso- as. Sendo um elemento indispensável até as datas atuais. Para o crescimento de um determinado Estado, Região e/ou País, é necessário o transporte de materiais, pessoas tecnica- mente qualificadas de outras localidades, para que esse proces- so aconteça é imprescindível o uso dos meios de transportes. Não apenas para transporte de pessoas ou matéria-prima, mas também o transporte de tecnologias. Diante desse quadro, surgem os Sistemas de transportes, meios que o homem desenvolve para melhorar suas condições de sobre- vivência, ampliar seus conhecimentos. Cada um com uma caracte- rística distinta e específica. Mas cada Sistema de Transporte exige uma infraestrutura distinta com características especificas uma mais complexas do que ou- tras, mas todas com o mesmo objetivo proporcionar o crescimen- to econômico de determinado local. Dessa forma os Sistemas de Transportes estão diretamente com a Economia de todas as na- ções, sendo alguns administrados por órgãos locais e outros por órgãos internacionais, de acordo com a sua proporção de impor- tância na economia global. Apresentação A implantação de cada processo exige estudos e planejamento, definidos neste conteúdo como Estudos de Tráfego, neste tópico podemos entender porque em algumas regiões os estudos de de- manda se tornam tão importantes para o crescimento de determi- nada região, como fazer a mobilidade de produtos e pessoas com conforto, segurança e agilidade. Mas todo sistema bem estruturado precisa de padronizações, nor- mas regulamentadoras e órgãos fiscalizadores, sendo assim temos os procedimentos de Sinalização que procuram garantir tomadas de decisão dos usuários de forma antecipada, rápida e segura para si e para os demais usuários dos Sistemas de Transportes. Sérgio Rodrigues de Souza Introdução Defi nições de sistemas de transportes Capítulo 1 Projetar um Sistema de Transporte é muito mais do que apenas mais um trabalho de um profi ssional técnico da área de transportes, é poder proporcionar à determinada região um crescimento populacional e/ou de produtos e tecnologias. As defi nições de divisas territoriais fazem com que seja feita um breve refl exo sobre as necessidades de cada território e como fazer com que essas difi culdades sejam transpostas, como melhorar e otimizar os processos de negociações entre países. Toda a barreira que deverá ser quebrada por meio dos Sistemas de Transportes, como fazer uma ligação rápida, segura e acima de tudo econômica. Conhecer a necessidade de cada modalidade utilizada em Sistemas de Transportes, a importância da intermodalidade para facilitar e agilizar os processos de transportes de pessoas e/ou bens de consumo. Dessa forma, toda matéria- prima benefi ciada e transformada em produto para que seja rentável ao seu fornecedor deve ser adequadamente transportada e distribuída, tanto no âmbito nacional como internacional e assim garantir o crescimento econômico desta localidade produtora e também da região consumidora. 10 UNIUBE • Conhecer o surgimento e desenvolvimento dos Sistemas de Transportes; • Relacionar como pode acontecer a interação entre os Sistemas de Transportes; • Otimizar cada modal de transporte, afim de obter o máximo lucro possível do mesmo. • Modais de Transporte • Ligações entre Divisas • Histórico do Sistema de Transporte • Componentes que Compõem o Sistema Objetivos Esquema Modais de transporte1.1 Em primeiro lugar, devemos fazer algumas considerações sobre a função transporte. Conforme Manuais do DNIT, a função transporte trata-se da área de deslocamento de pessoas e cargas, sejam es- tes de produtos acabados ou mesmo de produtos semiacabados. A execução do transporte pode ser feita por meio de frotas próprias, de operadores logísticos, empresas transportadoras (aéreas, por exemplo) em geral, ou por meio de transportadores autônomos. Sendo assim o transporte depende de uma infraestrutura que ca- paz de atender de forma eficiente e eficaz aos interesses de em- presas ou consumidores em geral. Toda a infraestrutura de transporte será condicionada aos modais de transportes, ou seja: os terminais, portos, centros de armazena- gem e outros elementos. UNIUBE 11 1.1.1 Ligações entre divisas A integração entre países permite a permuta de bens, informa- ções e tecnologias. O Brasil é contemplado com alguns pontos distribuídos em estados, pontos de ligação com alguns países sul americanos. No estado do Paraná ocorre a integração com o País vizinho Argentina, distribuídos em três pontos de acesso, Foz do Iguaçu, Santo Antônio do Sul do Oeste, Barracão. Guaíra com País vizinho Paraguai. Fronteira de Foz do Iguaçu – Pr. Fronteira Santo Antônio do Sul do Oeste – Pr. 12 UNIUBE Fronteira de Barracão – Pr. Fronteira de Guaíra – Pr. Figura 1 – Representação da ligação de cidades do Estado do Paraná com o país vizinho Argentina Fonte: adaptado de Google Maps (2016) UNIUBE 13 O estado de Santa Catarina comtempla com o País vizinho Argentina, distribuídos em dois pontos, Paraíso e Princesa. Fronteira de Paraíso – Sc. Fronteira de Princesa – Sc. Figura 2 – Representação da ligação do Estado de Santa Catarina com o país vizinho Argentina Fonte: adaptado de Google Maps (2016) O estado do estado do Rio Grande Sul comtempla com o País vizinho Argentina, distribuídos em sete pontos, Doutor Mauricio Cardoso, Porto Mauá, Porto Vera Cruz, Porto Xavier, São Borja, Itaqui e Uruguaiana. Barra do Quaraí, Quaraí, Santana do Livramento, Jaguarão e Chuí com País vizinho Uruguai. 14 UNIUBE Fronteira de Dr. Mauricio Cardoso – Rs. Fronteira de Porto Mauá – Rs. Fronteira de Porto Vera Cruz – Rs. UNIUBE 15 Fronteira de Porto Xavier – Rs. Fronteira de São Borja – Rs. Fronteirade Itaqui – Rs. 16 UNIUBE Fronteira de Uruguaiana – Rs. Fronteira de Barra do Quaraí – Rs. Fronteira de Quaraí – Rs. UNIUBE 17 Fronteira de Santana do Livramento – Rs. Fronteira de Jaguarão – Rs. Fronteira de Chuí – Rs Figura 3 – Representação da ligação do Estado do Rio Grande do Sul com o país vizinho Argentina Fonte: adaptado de Google Maps (2016) 18 UNIUBE O estado do estado do Acre comtempla com o País vizinho Bolívia, distribuídos em um ponto, Capixaba. Cruzeiro do Sul com o País vizinho Peru. O acesso ocorre pelo transporte Aéreo devido as con- dições precárias das rodovias. Fronteira de Capixaba – Ac. Fronteira de Cruzeiro do Sul – Ac Figura 4 – Representação da ligação do Estado Acre com o país vizinho Bolívia Fonte: adaptado de Google Maps (2016) O estado do estado de Rondônia comtempla com o País vizinho Bolívia, distribuídos em um ponto, Guajará Mirim. O acesso ocorre pelo transporte Aéreo devido as condições precárias das rodovias. UNIUBE 19 Fronteira de Guajará Mirim – RO. Figura 5 – Representação da ligação do Estado de Rondônia com o país vizinho Bolívia Fonte: adaptado de Google Maps (2016) O estado do estado do Mato Grosso comtempla com o País vizinho Bolívia, distribuídos em um ponto, Cáceres. Fronteira de Cáceres – MT. Figura 6 – Representação da ligação do Estado do Mato Grosso com o país vizinho Bolívia Fonte: adaptado de Google Maps (2016) 20 UNIUBE O estado do estado do Mato Grosso do Sul comtempla com o País vizinho Paraguai, distribuídos em um ponto, Corumbá Bela Vista e Ponta Porã com o País vizinho Paraguai. Fronteira de Corumbá – MS. Fronteira de Bela Vista – MS. UNIUBE 21 Fronteira de Ponta Porã – MS. Figura 7 – Representação da ligação do Estado do Mato Grosso do Sul com o país vizinho Paraguai Fonte: adaptado de Google Maps (2016) O estado do estado do Amazonas comtempla com o País vizinho Colômbia, distribuídos em um ponto, Benjamin Constant. Fronteira de Benjamin Constant – AM. Figura 8 – Representação da ligação do Estado do Amazonas com o país vizinho Colômbia Fonte: adaptado de Google Maps (2016) 22 UNIUBE O estado do estado de Roraima comtempla com o País vizinho Guiana – Francesa, distribuídos em um ponto, Bonfim. Pacaraima com País vizinho Venezuela. Fronteira de Bonfim – RR. Fronteira de Pacaraima – RR. Figura 9 – Representação da ligação do Estado de Roraima com o país vizinho Guiana Francesa. Fonte: adaptado de Google Maps (2016) UNIUBE 23 O estado do estado do Amapá comtempla com o País vizinho Guiana – Francesa, distribuídos em um ponto, Oiapoque. Fronteira de Oiapoque – AP. Figura 10 – Representação da ligação do Estado do Amapá com o país vizinho Guiana Francesa Fonte: adaptado de Google Maps (2016) 1.1.1.1 Histórico do sistema de transporte O sistema de transporte inicia suas atividades com o sistema de nave- gação por embarcações, hoje definido como sistema aquaviário, inicial- mente com o surgimento de canoas, botes usados para atravessais de curta distâncias em rios e lagos, no caso, troncos de madeira, bambus e juncos, qualquer material de densidade aceitável para flutuação. Após surge o transporte terrestre puxado por animais como sistema de tração motora, neste caso, trenó, prancha de madeira puxada 24 UNIUBE por um animal doméstico, até mesmo por outras pessoas. A partir do vínculo doméstico como outros animais inovou o transporte ter- restre, cavalos, burros, camelos e bois, passa a ser usados para fa- cilitar a locomoção. A necessidade de deslocamento, tanto de pes- soas e/ou mercadorias melhora o sistema com novas tecnologias, construção de estradas, inicia a construção vias pavimentadas com pedras, veículos com rodas para diversos tipos de pavimentos, por fim, surge novas estruturas definidas, como, social, econômica e política a partir a construção civil. A estrada inicia com os Egípcios, os Romanos aperfeiçoaram com a ideia de criar rotas definidas, como a ligação de Roma aos territórios conquistados pelo império. O primeiro transporte mecânico surge no século XVIII com o sistema ferroviário e marítimo a vapor durante a re- volução industrial. A ferrovia desta neste período, considerada o trans- porte mais rápido e de grande capacidade volumétrica, ainda neste período acontece a ligação Europeia entre Países com o surgimento da rede ferroviária. No século XX vem os motores a explosão, surge a era dos automóveis, duas décadas depois o transporte aéreo principal modal utilizado após a Primeira Guerra Mundial. Fonte: Guararema (2016) Fonte: Grande Bahia (2016) UNIUBE 25 Fonte: Freitas (2016) Figura 11 – Características de transportes 1.1.1.2 Componentes que compõem o sistema Pereira et al. (2013) afirma que Sistema é um grande conjunto coisas que se interagem de forma a atingir um determinado fim, de acordo com um plano ou princípio. Em transportes os principais elementos são: o meio ambiente, a entrada (recursos) e saídas (resultados). E ainda, sistemas de transportes serão compostos por: vias, ve- ículos, terminais. Essa interação entre os elementos citados pro- movem o deslocamento espacial de pessoas e mercadorias. Uma definição que deve ficar bem clara é a via, pois é o local onde os veículos transitam, ou seja, são elementos que promovem o trans- porte e dependem do terminal, onde ocorrerá a carga e/ou descar- ga e armazenamento de mercadorias. Figura 12 – Fluxo que compõem o sistema de transporte Fonte: Pereira et al. (2013). 26 UNIUBE Reflita A necessidade de ampliar as fronteiras fez com que mui- tos povos migrassem dos seus locais de origem para no- vas terras, com essas mudanças surge a necessidade de transportar bens e pessoas, de um local para o outro e com isso inicia-se o surgimento dos meios de transportes, inicialmente ape- nas por terra ou marítimo. PARADA OBRIGATÓRIA Para um maior aprofundamento no tema discutido, aces- se: <http://www.dtt.ufpr.br/Sistemas/Arquivos/apostila-sis- temas-2013.pdf>. SINTETIZANDO O tema está relacionado à infraestrutura de transportes, atuação dos gestores públicos, tipos de veículos, classificação das vias, ter- minais de acesso, fiscalização e pontos de transbordo. O principal desafio está relacionado ao aperfeiçoamento entre mo- dais que exigem uma atuação firme e resoluta, como: planejamen- to, níveis de investimentos, expansão e interligação possibilitando uma integração capaz de favorecer todo o processo, contribuindo para eliminar diferenças entre modalidades, permitir o desenvolvi- mento e resolver à precariedade em determinadas regiões quanto ao predomínio do transporte, seja rodoviário, ferroviário, aeroviário, aquaviario e dutoviário. UNIUBE 27 DICAS Verificar cada ponto que trata de infraestrutura, tipos de modais, PNLT – Plano Nacional de Logística e Transportes e o mais importante, ava- liar cada etapa que define a matriz de transporte Brasileira. AMPLIANDO O CONHECIMENTO Para quem quiser conhecer um pouco mais sobre transportes, um site que é imprescindível conhecer é do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes – DNIT, com todas as publicações que são referências obrigatórias para todos os profissionais da área de transportes. <http://ipr.dnit.gov.br/normas-e-manuais/manuais/publicacoes>. Saiba mais Para um maior aprofundamento no tema discutido, acesse: <http:// www.dtt.ufpr.br/Sistemas/Arquivos/apostila-sistemas-2013.pdf>. Considerações finais O crescimento de um país depende diretamente dos bens produ- zidos e consumidos, mas tanto para a os produtos industrializados como o seu consumo é necessário o transporte e distribuição dos mesmos, pois a produção excessiva de produtos industrializados28 UNIUBE sem a sua devida distribuição unicamente fará com que esses pro- dutos em excesso no mercado percam seu valor agregado, enfra- quecendo a economia local. Já com a utilização dos modais de transportes, os produtos gera- dos em determinadas regiões podem ser transportados em gran- des quantidades para todo o território nacional e até mesmo inter- nacional, e assim favorecendo a todas as unidades consumidoras. Dessa forma, temos o surgimento e crescimento dos Sistemas de Transportes e sua influência direta na economia local ou global. Sérgio Rodrigues de Souza Introdução Sistema de transporte rodoviário Capítulo 2 O Sistema de Transporte Rodoviário pode-se dizer que iniciou com o surgimento da roda aproximadamente a 3500 a.C, ali foi o começo dos transportes de carga por via terrestre. Com o passar dos séculos, tivemos a em Roma o uso de carroças e a criação dos primeiros leitos carroçáveis, o surgimento das vias. Já na Revolução Industrial surgem os veículos automotores, nossa Presidente da Republica Whashington Luís, entre 1926 – 1930, afi rma que “Governar é Construir Estradas”, impulsionando o desenvolvimento das estradas pavimentadas no Brasil. Com o desenvolvimento do Sistema de Transporte Rodoviário, o Brasil teve um grande crescimento econômico, o fortalecimento de mercados competitivos, distribuição de produtos em grande área territorial. Quanto maior o crescimento da economia, mais surgem as necessidades de distribuições de mais produtos e com isso uma maior variedade de veículos com capacidades de carga cada vez maiores e melhores. Neste capitulo, entenderemos como defi nir a escolha de um veículo de transporte para determinado tipo de carga. Afi m de obter o menor custo possível, levando mais produtos a regiões mais carentes. • Definir Ligações porta-a-porta. • Explicar o funcionamento de transportes com alto nível de flexibilidade e mobilidade. • Definir transportes para curtas distâncias. • Sistema Rodoviário • Veículos Rodoviários • Tipos de Veículos Rodoviários • Característica do Transporte • Malha Rodoviária • Infraestruturas Comerciais • Sistemas de Operações Objetivos Esquema Sistema rodoviário2.1 O transporte rodoviário permite integrar todos os modais com alto desempenho em mobilidade e acesso, não depende de infraestru- tura para transbordo, podendo realizar suas atividades em qual- quer ponto dentro do percurso em desenvolvimento. Uma das ca- racterísticas principais do modal está nas ligações entre terminais intermediários e outros modais dependentes de infraestruturas, como: transporte ferroviário, hidroviário e naval. Ao obter melhor mobilidade entre todos os meios de transporte, o ro- doviário acaba ocupando alta taxa de equivalência em uso e aplica- ção, atingindo 60% dentro da plataforma nacional de transportes, seja na exportação ou na importação. A classificação do sistema rodoviário está ligada diretamente na infraestrutura das vias, quanto à sua utiliza- ção, podem receber diversas denominações, entre elas: UNIUBE 31 a. Estradas vicinais: utilizadas no interior para o escoamento da produção, em geral, são caminhos sem pavimentação; b. Rodovias comuns, com passagens em áreas urbanas; c. Rodovias de alta velocidade ou autoestradas, com acessos específicos; d. Rodovias abertas, sem pavimentação, geralmente em obras, são denominadas de “implantadas”. 2.1.1 Veículos Rodoviários Conforme CONTRAN – Conselho Nacional de Trânsito, as características e especificações técnica de acordo com as configurações e condições de registro, como: Licenciamento e circulação de veículos nas vias públicas, estabelece os seguintes quesitos, obedecendo os limites referentes às dimensões e pesos para circulação de trânsito livre. Tabela 1 - Critérios e dimensões conforme normativas estabelecidas Fonte: CONTRAN – Conselho Nacional de Trânsito, Resolução Nº68/98 32 UNIUBE No caso de Combinação de Veículos de Carga – CVC, somente com a guia de autorização AET – Autorização Especial de Trânsito para circulação, conforme estabelece Resolução Nº68/98 – CONTRAN. Afirma que: Peso Bruto Total Combinado (PBTC) máximo de 74 toneladas, e comprimento total máximo de 30 metros. 2.1.1.1 Tipos de Veículos Rodoviário Basicamente são componentes de transportes para o desloca- mento entre dois intervalos (origem – destino), não importando sua classificação, somente a função para transportar, seja de pessoas e/ou cargas. As características dos veículos e proporção entre eles estabelece o dimensionamento geométrico de uma via, cada componente e sua es- trutura. A partir do dimensional do veículo em projeto é possível definir a largura da pista de rolamento, acostamentos, ramos, distância entre eixos, superlargura, raios mínimos, extensão das faixas de espera e capacidade da rodovia, ainda, a altura de gabarito vertical sob redes aéreas, viadutos, túneis, sinalizações verticais e semáforos. 2.1.1.2 Característica do transporte O transporte comporta em sua estrutura qualquer tipo de carga com ligação porta – porta capaz de trafegar por qualquer via terrestre, fato que corresponde em integrar regiões, mesmo as mais afasta- das. Por não se prender a trajetos fixos, apresenta uma flexibilidade UNIUBE 33 no qual somente sua característica o classifica, este modal compa- rado com outro viabiliza e justiça seu uso em percursos de menor no formato de ciclos. Segundo Professor Dr. Alfredo Boente, em suas anotações, o mo- dal é predominante devido sua flexibilidade, mas com restrições, a principal está na capacidade de carga por eixo tornando o trans- porte restrito em volumes. A partir da necessidade e dificuldade da carga a ser transportada, o veículo divide-se em estruturas especí- ficas. Para estruturas simples: a. Caminhão plataforma: veículo utilizado para transporte de contê- ineres e cargas de grande volume ou grande peso unitário; b. Caminhão baú: veículo cuja carroceria apresenta uma estru- tura semelhante à dos contêineres, cuja função é proteger de situações climáticas toda a carga transportada; c. Caminhão caçamba: veículo utilizado para o transporte de car- gas a granel, a descarga de suas mercadorias é por gravidade, ou seja, movimento de agitação (basculação) da caçamba; d. Caminhão aberto: veículo utilizado para o transporte de mer- cadorias não perecíveis e pequenos volumes. Em situações de chuva são cobertos com lonas encerados. e. Caminhão refrigerado: veículo utilizado para o transporte de gêne- ros perecíveis. Veículo com características igual ao caminhão baú com dispositivo refrigerador acoplado a refrigeração e manutenção da temperatura dos produtos no compartimento de carga; f. Caminhão tanque: veículo cuja carroceria é um reservatório cilíndrico, destinado ao transporte de líquidos a granel infla- máveis ou não; 34 UNIUBE g. Caminhão graneleiro ou silo: veículo cuja carroceria é ade- quada para transporte de produtos a granel no formato sólido. Sua descarga é por gravidade, ou seja, lançamento dos pro- dutos através de portinholas que se abrem. Estruturas especiais: a. Carreta heavy: veículos rebaixados e reforçados, usados no transporte de cargas pesadas b. MUNK: guindaste acoplados em suas carrocerias; c. Caminhões Cegonha: veículos projetados para o transporte de vários automóveis em uma única vez, para distâncias cur- tas ou longas; d. Semi-reboques: veículos de carrocerias, vários tamanhos e tipos, como diz o próprio nome, precisam ser rebocados por não possuem unidade motora. e. Contêineres: equipamento versátil de fácil mobilidade, o ve- ículo não está condicionado ao equipamento sem restrições em terminais de cargas, liberando o cavalo mecânico para prosseguir em outros serviços de transporte. Seu uso obtém excelentesresultados, menor custo de embalagem, maior rapidez nas operações de carregamento e descarga, menor número de avarias e extravio de carga. Hoje expressivo no transporte de longas distâncias, neste caso importações e ex- portações de produtos utilizados ou carga partilhada. O modal é definido para cada tipo de carga a partir do pavimen- to e força de tração, após define-se o volume de carga conforme NBR específica para o pavimento, por fim, o tamanho e área que UNIUBE 35 comportará a carga a ser transportada somados com o peso bruto total do veículo. Figura 13 – Exemplos de alguns modais de transporte rodoviário Fonte: Toda Matéria (2015) O modal se destaca por realizar o transito rodoviário entre exportador e importador, processo de translado, destaca-se com a retirada da carga em qualquer ponto de origem para qualquer ponto de destino, denominado transporte porta-a-porta (door to door). Neste caso, trata- se de segurança e qualidade devido ao menos manuseio da carga, característica vantajosa deste modal. Em contrapartida tem-se peque- na capacidade de carga, se comparado com outro modal conforme compatibilização de capacidade transportada entre veículos. 36 UNIUBE Figura 14 – Apresentação de dados relacionados a matriz de transpor- te nacional e a capacidade TKU – Tonelada transportada por km útil. Fonte: Fleury (2016) Devido baixo volume de carga transportada os custos são altos e sua estrutura faz um transporte relativamente oneroso. Além disso, geralmente, há gastos extras com a operação do veículo, tanto em sua estrutura, como manutenção, como devido aos congestiona- mentos e má conservação das rodovias, mesmo com a matriz ro- doviária ocupando 62% dentro do território nacional, desfavorece em muitas aplicações pelo elevado custo de operação com, segu- rança do veículo e da mercadoria, gerenciamento de riscos, uso de escolta de segurança e acompanhamento por satélite tornando o transporte rodoviário específicos para alguns casos. 2.1.1.3 Malha Rodoviária No Brasil as malhas rodoviárias estão distribuídas conforme clas- sificações do DNIT, além do tráfego, as rodovias constituem ele- mentos para seu enquadramento conforme classe de projeto. Na tabela a baixo representa as classes de definições relacionadas a infraestrutura viária de rodovias. UNIUBE 37 Tabela 2 – Classificação das Vias Classe de Projeto Características Critério de Classificação técnica 0 Via expressa. Controle total de acesso Decisão administrativa I A Pista dupla. Controle parcial de acesso Os volumes de tráfego previstos ocasionarem níveis de serviço em rodovia de pista simples inferiores aos níveis C ou D. B Pista simples. Controle par- cial de acesso Volume horário de pro- jeto (VMH)>200 Volume médio diá- rio (VMD)>1400 II Pista simples 700 < VMD ≤ 1400 veículos III Pista simples 300 < VMD ≤ 700 veículos IV A Pista simples 50 ≤ VMD ≤ 300 veículos B Pista simples VMD < 50 veículos Fonte: DNIT (2006). A distribuição da via e sua estrutura de rodagem conforme defini- ções estão distribuídas em sistemas como: 1. Radiais - Começam em Brasília, numeradas de 1 a 100; 2. Longitudinais - Sentido Norte-Sul, numeradas de 101 a 200; 3. Transversais – Sentido Leste-Oeste, numeradas de 201 a 300; 4. Diagonais – Sentido diagonal, numeradas 301 a 400, e; 5. De ligação – Unem as anteriores, numeradas de 401 a 500. 38 UNIUBE A infraestrutura Brasileira vem modificando os volumes de tráfego e exigências com maior frequência nos últimos anos, tipos de estra- das e sistemas de rodagem. Em alguns pontos não extintos as con- sagradas, "Expressway" – Via Expressa e "Freeway" – Vias Livres. É interessante observar que, pode a mesma estrada de rodagem na sua extensão territorial, ocupar várias classes, desde pista sim- ples à Via Expressa ou Autoestrada. Como: a. BR 101 – Cobre o litoral brasileiro desde a cidade de Osório (RS), passando por capitais litorâneas como Rio de Janeiro (RJ), Vitória (ES), Aracaju (SE), Maceió (AL), Recife (PE), e João Pessoa (PB), indo terminar em Natal (RN). b. BR 116 – Começa em Jaguarão (RS), na fronteira com Uruguai e corre paralela à BR 101, um pouco mais ao interior, passan- do por Porto Alegre (RS), Curitiba (PR), São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Minas Gerais (MG), Bahia (BA). c. BR 153 – a única que atravessa as cinco microrregiões do país, através de sua parte central, iniciando na cidade de Acegua (RS), na fronteira com o Uruguai, cruzando o território dos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Oeste de São Paulo e de Minas Gerais. 2.1.1.4 Infraestruturas comerciais Compostas por transportadoras, empresas intermediárias, pesso- as físicas autônomas, entre outros meios, com o objetivo de admi- nistrar cargas e veículos autônomos, seja na forma de cooperativa, como transporte terceirizado, considerado transporte Multimodal. UNIUBE 39 Considera-se transportador rodoviário de bens físicos e/ou jurídi- cos, com um ou mais veículos, devidamente cadastrado em órgão disciplinar competente, conforme legislação vigente considerando taxas e fretes a caráter. As atividades desenvolvidas dentro do território nacional comtemplam conforme lei de responsabilidade de transporte, disposta na Lei n.6.288, de 11.12.1975. De acordo com a Lei n 6.813/75, exploração de cargas seja privativo ou autônomos, atendam os seguintes requisitos: a. Tenham sede no Brasil; b. Pelo menos quatro quintos do capital social, com direito a voto, pertencentes a brasileiros; c. Direção e administração confiada exclusivamente a brasileiros; d. Conforme lei havendo sócio estrangeiro, por pessoa jurídica será obrigatoriamente constituída sob a forma de sociedade anônima, sendo que o capital social será representado por ações normativas. A partir das definições jurídicas, outro aspecto está no relaciona- mento com as obrigações do transportador que conduzir a carga ao seu destino, a responsabilidade do transportador limita-se no valor caso a carga seja produto comercial e na carga caso seja produtos especiais, neste caso produtos químicos e produtos controlados pelos órgãos responsável, exemplo, explosivos, solventes, farma- cêuticos, entre outros até a entrega ao destinatário ou depósito em juízo, se o mesmo não for encontrado. 40 UNIUBE 2.1.1.5 Sistemas de operações O transporte rodoviário fica de responsabilidade da ANTT - Agencia Nacional de Transportes Terrestres, seja atribuições, como uso e tra- fego em vias. As especificações do transporte rodoviário, promover estudos e levantamentos relativos à frota de caminhões, empresas constituídas e operadores autônomos. Para manter o sistema opera- cional do modal, terminais, plataformas intermediárias e acessos, o sistema depende de outras infraestruturas de apoio, como: 2.1.1.5.1 Operador de Transporte Multimodal - OTM O sistema Multimodal de Cargas acontece através da execução de um único contrato, distribuídos em duas ou mais modalidades de transporte, iniciando na origem até o destino, executado sob a res- ponsabilidade única do OTM – Operador de Transporte Multimodal. Conforme CTMC – Conhecimento de Transporte Multimodal de Cargas, define o contrato de transporte multimodal e estabelece toda a operação de transporte, desde o recebimento da carga até a sua entrega no destino, podendo ser negociável ou não negociável, a critério do expedidor. O operador assume a responsabilidade da execução do contrato, pelos prejuízos resultantes de perda, danos ou avaria das cargas sob sua custódia, assim decorrentes de atraso em sua entrega, quando houver prazo acordado. Fica por responsabilidade, não somente o transporte, mas o transbordo, serviços de coleta, uniti- zação, desunitização, consolidação, desconsolidação, movimenta-ção, armazenagem e entrega da carga ao destinatário. Classificado como pessoa jurídica contratada como principal para a realização UNIUBE 41 do Transporte Multimodal de Cargas, da origem até o destino, por meios próprios ou por intermédio de terceiros. O exercício da atividade depende da habilitação e registro na ANTT. Caso deseje atuar em âmbito internacional, deverá também se li- cenciar na Secretaria da Receita Federal. Essas habilitações serão concedidas por um prazo de 10 anos. A legislação para esta atividade está disposta no decreto nº 1.563, de 19 de julho de 1995, sobre a execução do Acordo de Alcance Parcial para a Facilitação do Transporte Multimodal de Mercadorias entre Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, de 30 de dezembro de 1994. Resolução º 794, de 22 de novembro de 2004. Dispõe sobre a habilitação do Operador de Transporte Multimodal, de que tratam a Lei nº 9.611, de 19 de fevereiro de 1988, e o Decreto º 1.563, de 19 de julho de 1995. Sua habilitação, procedimentos para uma pessoa jurídica nacional ou o representante de uma empresa estrangeira habilitar-se a Operador de Transportes Multimodal - OTM estão regulamentados no Brasil por meio da Resolução ANTT nº 794, de 22 de novembro de 2004. 2.1.1.5.2 Tecnologia da informação O avanço da TI – Tecnologia de Informação nos últimos anos vem permitindo as empresas executar operações expressivas, para o transporte rodoviário de cargas, principalmente a partir da con- solidação dos softwares e conceitos do TMS – Transportation Management System. Os novos conceitos são compostos por três módulos principais: planejamento, acompanhamento e controle. O fechamento do ciclo detende de estruturas paralelas e controle, 42 UNIUBE como sistemas de ERP e sistemas de coleta dos dados como ban- do de informações internas e externas. O planejamento é caracterizado pelo módulo roteirizador, utiliza mapas digitalizados, permite a identificação de restrições e alterna- tivas de trajetos. O objetivo está na otimização de recursos, ocupa- ção da capacidade e aproveitamento do tempo em percurso, após, obtemos redução da distância total percorrida e melhor precisão nos prazos de entrega. Resulta na redução de custos e um melhor nível de serviço, além de servir como referência para verificação de desvio pelo rastreador, como gerenciamento de riscos. O acompanhamento como unidade de rastreamento utiliza sinais de rádio via satélite GPS – Sistema de Posicionamento Global, ou antenas fixas de telefonia celular para possibilitar a localização e comunicação do veículo de transporte. Atende a dois aspectos: • Operações logísticas: controle de tráfego entre ciclos opera- cionais, tempos de carga e descarga, tempos de parada do motorista, solução on-line de problemas de manutenção, con- trole da temperatura do baú e integração com roteirizadores para indicar desvios; • Segurança: possibilita o acompanhamento para viagem, car- regando, viagem e/ou pátio. Evita roubo e possibilitar a loca- lização e recuperação da carga ou veículo existem diversos sensores com tal finalidade, como: portas da cabine e baú, ignição, bloqueador de combustível engate, etc. O controle, módulo de Gerência de Transportes, permite ao usuário visualizar e controlar todas as operações e custos de forma integra- da. Gestão de frotas, direcionamento para controles de cadastro, do- cumentação, manutenção, consumo de combustíveis, lubrificantes, UNIUBE 43 pneus e câmaras dos veículos, controle de funcionários, agregados e autônomos, estoques de peças, componentes e material de consumo e tacógrafo, etc. Gestão de fretes, permite o cadastro de transporta- doras e tabelas, cálculo dos fretes, valores provisionados para confe- rência, relatórios de desempenho das transportadoras, simulações e disponibiliza informações para divulgação via Internet. Reflita Conhecer sobre transporte rodoviário não é apenas saber que envolve uma via pavimentada em um meio urbano ou rural, mas saber definir os meios de transportes que a carac- terizam, conhecer sobre as estruturas que as envolvem para assim poder determinar com segurança e viabilidade econômica qual melhor modal de transporte irá atender as necessidades dos usuários. IMPORTANTE! Verificar os processos de multimodalidade e intermodalidade junta- mente com a função do OTM – Operador de transporte Multimodal. Saiba mais Leia o artigo: “Brasil e Paraguai assinam acordo para constru- ção de segunda ponte rodoviária entre os países”, acesse no Portal da PiniWeb: <http://infraestruturaurbana.pini.com.br/solucoes-tecnicas/ Transporte/brasil-e-paraguai-assinam-acordo-para-construcao-de- segunda-ponte-371477-1.aspx>. 44 UNIUBE SINTETIZANDO Transporte porta- a- porta, sem a necessidade de transbordo inter- mediários, maior rapidez e flexibilidade, embalagens simples, leves e baratas e permite serviços personalizados. DICAS Transporte utilizado em curtas distâncias com a finalidade principal de realizar o processo de multimodalidade e intermodalidade. AMPLIANDO O CONHECIMENTO Não é possível no Brasil falar em Transportes Rodoviários sem usar como referencial bibliográfico os Manuais do DNIT, dessa for- ma é imprescindível para maior aprofundamento do tema acessar: <http://ipr.dnit.gov.br/normas-e-manuais/manuais/publicacoes>. Considerações finais O Sistema de Transporte Rodoviário na matriz de transportes é o de maior importância se comprado com outros modais, pois ele o único capaz de integrar os demais modais devido seu nível de fle- xibilidade e locomoção. Porém foi possível verificar que, apesar de ocupar grandes extensões territoriais é um sistema oneroso fren- te às demais modalidades, aproximadamente 62% de ocupação, UNIUBE 45 ainda é o mais caro dentre todos, por representar a modalidade com menor capacidade de carga. Sendo assim, como desvantagem torna – se a o meio de Transporte com custo mais elevado, porém é o Sistema de Transporte mais difundido dentro do Território Brasileiro, é único capaz de fazer as ligações entre os terminais de carga com eficiência e eficácia, re- aliza o transporte porta – a – porta, ou seja, o produto é entregue diretamente à unidade consumidora, seja ela um distribuidor de pe- queno porte ou o consumidor final do produto. Com o avanço da tecnologia tem proporcionado aos usuários os chamados Sistemas de Transportes Inteligente, ou seja softwa- res que indicar melhores rotas mapeadas, controle de entregas de acordo com prazos e qualidade do transporte, menor tempo para entrega de produtos, dentre outros benefícios. Dessa forma, as empresas contam com melhores sistemas de lo- gísticas podendo majorar os lucros e minimizar os prejuízos.
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