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CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DOS CAMPOS GERAIS FACULDADES INTEGRADAS DOS CAMPOS GERAIS CURSO DE AGRONOMIA MANEJO DE PLANTAS DANINHAS CAETANO ALBERTI NETO DAIANE DOS SANTOS PILLATI FRANCYS FRANÇA GESSYCA CRISTINA SOUVINSKI JÉSSICA HELOISA LOPES MATHEUS ROCHA QUANTIFICAÇÃO DO BANCO DE SEMENTES POR MEIO DE GERMINAÇÃO PONTA GROSSA – PR 2019 INTRODUÇÃO O banco trata-se de uma espécie de reserva de sementes viáveis, quando em contato com o solo, ou seja, é um conjunto de sementes não germinadas, que possuem capacidade de repor as plantas adultas anuais que vieram a morrer por morte natural ou não, ou plantas perenes suscetíveis a doenças ou algum outro fator que a levou à morte (LACERDA, 2007). O estudo da distribuição, quantificação e composição da população das sementes no solo, é um método para compreensão da evolução das espécies (MARTINS; SILVA, 1994). Segundo Monquero; Christoffoleti (2005), o banco de sementes retrata uma atribuição ecológica muito importante no fornecimento de uma nova população para comunidades vegetais. Nos agroecossistemas, o banco de sementes, comumente é um problema sério em relação às atividades agrícolas, pois assegura a infestação de plantas daninhas por um longo período de tempo, até quando é impedida a introdução de sementes novas na área. Na área agrícola, a determinação do banco de sementes é utilizada para estudos voltados às plantas daninhas, desta forma através de informações que permitem construir modelos de estabelecimentos populacionais ao longo do tempo, possibilitando assim programas com estratégias de controle dessas plantas invasoras (LACERDA, 2007). Geralmente, a dimensão do banco de sementes das plantas daninhas é, relativamente maior em áreas agrícolas, quando comparados a áreas não agrícolas. Isso se dá devido à estratégia dessas plantas daninhas em produzir enormes quantidades de sementes (MONQUERO; CHRISTOFFOLETI, 2005). OBJETIVO O presente trabalho tem por objetivo calcular o número de sementes viáveis não dormentes (emergidas), e quantificar o número de plantas daninhas que se desenvolveram em cada amostra de solo, em diferentes áreas de cultivo analisados. METODOLOGIA O experimento foi realizado na fazenda escola do Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais (CESCAGE), foram analisadas as áreas de cultivo de: Área de agricultura, área de pastagem perene, área de pomar, área de horta. Foram retirados com uso de uma cortadeira por volta de 5 kg de solo de cada área, sendo utilizado aproximadamente 3 kg para cada área de cultivo, divididos com cerca de 600 g em cada bandeja. As amostras foram distribuídas em 5 bandejas de plástico, com 5 repetições e 4 tratamentos, e destorroadas para que ficassem o mais uniforme possível, com finalidade que não houvesse interferência da germinação das sementes de plantas daninhas. Foram dispostas em uma área com tela sombrite com o intuito que houvesse a passagem de radiação solar. A cada sete dias eram realizadas as contagens de plantas daninhas monocotiledôneas e dicotiledôneas desenvolvidas em cada área de cultivo, e feito o revolvimento do mesmo para estimular novos fluxos de emergência. Após isso foi realizado o cálculo de sementes emergidas por m². Através da fórmula: , obtendo-se a conclusão do experimento. Figura 1. Amostras de solo de diferentes áreas, solo de horta, solo de agricultura, solo de pastagem e solo de pomar. Fonte: Os autores RESULTADOS Dados do dia 04/05/2019 Solo (Tipo) Dicotiledôneas Monocotiledôneas Área de pomar 8 plantas 0 plantas Área de pastagem 6 plantas 0 plantas Área de agricultura 15 plantas 0 plantas Área de horta 61 plantas 0 plantas Quadro 1 . Número de plantas dicotiledôneas e monocotiledôneas em diferentes amostras de tipos de solo Dados do dia 11/05/2019 Solo (Tipo) Dicotiledôneas Monocotiledôneas Área de pomar 5 plantas 6 plantas Área de pastagem 6 plantas 4 plantas Área de agricultura 8 plantas 3 plantas Área de horta 20 plantas 1 plantas Quadro 2 . Número de plantas dicotiledôneas e monocotiledôneas em diferentes amostras de tipos de solo Dados do dia 25/05/2019 Solo (Tipo) Dicotiledôneas Monocotiledôneas Área de pomar 8 plantas 2 plantas Área de pastagem 3 plantas 0 plantas Área de agricultura 6 plantas 1 plantas Área de horta 18 plantas 1 plantas Quadro 3 . Número de plantas dicotiledôneas e monocotiledôneas em diferentes amostras de tipos de solo Observação: no dia 18/05/2019 não foram realizadas a contagem dos dados, devido a condições climáticas que eram de chuva. Figura 2. Resultado da análise de plantas daninhas monocotiledôneas e dicotiledôneas, em diferentes tipos de áreas de cultivo . Obs: Os dados das plantas daninhas monocotiledôneas foram nulos. Figura 3 . Resultado da análise de plantas daninhas monocotiledôneas e dicotiledôneas, em diferentes tipos de áreas de cultivo . Figura 4 . Resultado da análise de plantas daninhas monocotiledôneas e dicotiledôneas, em diferentes tipos de áreas de cultivo . RESULTADOS E DISCUSSÕES Na data de 04/05/2019 a área coletada com solo de horta, obteve valores superiores de plantas dicotiledôneas emergidas em relação as demais datas e as outras áreas de cultivo. Em 11/05/2019 os valores que se mantiveram aproximados foram na área do pomar, em que as plantas daninhas monocotiledôneas e dicotiledôneas não tiveram diferenças significativas. Já nas outras áreas de cultivo as plantas daninhas dicotiledôneas se apresentaram em maiores quantidades. Por fim na última avaliação realizada em 25/05/2019 houve presença de plantas daninhas monocotiledôneas, porém em menor quantidade em relação ao dia 11/05/2019, nos cultivos de pomar, agricultura e horta. Já na área de pastagem o valor totalizado foi zero. As plantas daninhas dicotiledôneas se mantiveram em maior quantidade, logo foram reduzidas em relação ao segundo gráfico. CONCLUSÃO Ao término do experimento realizado concluiu-se que a área de solo da horta obteve maiores índices de plantas daninhas em todas as avaliações executadas e às demais áreas de cultivo submetidos a análise e ao cálculo de número de plantas. REFERÊNCIAS GASPARINO, D.; MALAVASI, C. U.; MALAVASI, M. M.; SOUZA, I. Quantificação do banco de sementes sob diferentes usos dosolo em área de domínio ciliar . Revista Árvore, Viçosa – MG, v. 30, n.1, p. 1 – 9, 2006. LACERDA, A. L. S. Banco de sementes de plantas daninhas. 2007. Artigo em Hypertexto. Disponível em:<http://www.infobibos.com/Artigos/2007_1/plantas_daninhas/index.htm>. Acesso em: 12/6/2019 MONQUERO, A. P.; CHRISTOFFOLETI, J. P. Banco de sementes de plantas daninhas e herbicidas como fator de seleção. Bragantia. Campinas, v.64, n.2, p. 203-209, 2005.
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