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Analise do Filme - Quanto vale ou é por quilo

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ANALISE DO FILME: QUANTO VALE OU É POR QUILO?
O filme faz a analogia entre a época da escravidão e a atualidade, entre o antigo trabalho escravo e a exploração da miséria, no decorrer da trama podemos identificar vários tipos de desigualdades sociais. Antigamente toda a classe denominada oprimida era considerada minoria, composta por pobres e negros que eram os escravos. E a classe opressora eram os fazendeiros, donos de terras e dos próprios escravos. Atualmente por mais que a mídia e o governo tentem encobrir, ela está cada vez mais numerosa. Já a classe opressora devido aos processos de marketing social e ideologia, nos dias atuais são constituídos por políticos, capitalistas, empresários e etc. que oferecem contribuições à sociedade com a intenção de melhorar as relações, diminuir a desigualdade e ajudar os mais necessitados, porém estão interessados apenas em lucrar divulgando a pobreza, ganhando títulos e aumentando a sua visibilidade. Além disso, temos as ONG’s que estão sendo descaracterizadas, pois se preocupam mais com a popularidade e com o enriquecimento do que em exercer a cidadania para um bem comum.
Apesar de vivermos em uma época com muita informação, com campanhas de incentivo, instituições de auxílios, palestras e doações, sabemos que muitas pessoas em nossa sociedade, necessitam de itens considerados básicos para ter qualidade de vida, como por exemplo, estudo, trabalho, moradia e transporte. Chegamos nessa situação, pois o governo não tem mais condições de manter os itens considerados mínimos, os quais nós contribuímos com altos impostos a fim de tentar mantê-los e mesmo assim as informações que temos é que não existem mais verbas para os custos em questão. Fazendo um comparativo com o filme, na cena em que os cálculos dos custos para adquirir os equipamentos de informática da Ong foram superfaturados, aumentando assim os lucros da empresa que fez a doação. Se colocássemos na ponta do lápis todo dinheiro desviado dos cofres públicos, a fim do enriquecimento próprio de governantes, poderíamos ter condições melhores de vida, com ensino e escolas de qualidade, saneamento básico para todos, sistema de saúde eficiente, oportunidades de emprego com boa remuneração, além de moradia para todos. Isso se os impostos arrecadados fossem distribuídos e investidos corretamente.
Em outra cena, que retrata situações do século XVIII, uma escrava se empenha em guardar dinheiro para ter sua alforria, trabalhando anos para tal conquista e mesmo assim não conseguindo alcançar seu objetivo. Foi então que sua “amiga” fez a proposta de compra-la do seu proprietário defendendo a ideia de que sua liberdade aconteceria mais rápido. Após três anos trabalhando na casa da amiga, servindo a mesma, a escrava conseguiu guardar a quantia necessária para que sua liberdade fosse comprada e ao dar o dinheiro a sua “amiga”, a mesma faz os cálculos dos lucros que obteve com a negociação. Em seguida a associação é feita com uma situação dos dias atuais, onde a amiga percebe a necessidade da outra e utiliza dessa oportunidade para propor que a mesma trabalhe em sua casa em troca de uma festa para sua filha, tornando-a “escrava” daquela circunstância, onde ela sempre dependeria da amiga. Os contextos apresentados nessas cenas, demonstram que os anos se passaram, mas a desigualdade continua presente na sociedade, as pessoas que tanto se esforçam para ter o que comer, sonham com a qualidade de vida na velhice, além das “amizades” que são mantidas com o propósito de obter lucro.
Os temas tratados no filme estão relacionados com a diversidade social do país. Sabemos que um grupo de pessoas é composto por vários indivíduos que carregam diferentes histórias, a relação que esse indivíduo vai ter com outras pessoas vai variar do ambiente em que está inserido, o mesmo tem grande influência sobre as ações de uma pessoa, o indivíduo só permanecerá nesse grupo se houver a identificação entres os integrantes, por isso podemos afirmar que ambos percorreram um caminho ao longo da vida muito parecido, e por isso são pertencentes a um mesmo grupo.
Nos dias atuais, encontramos diversas classes sociais, onde umas não se misturam com as outras, dificilmente vemos um indivíduo de classe baixa sendo inserido na classe alta, ou até mesmo sendo inserido em um grupo de classe média. Podemos identificar diversos tipos de classes, e em cada uma delas está presente a democracia, visto que os que tem poder mandam e os dependentes acatam as regras impostas sobre eles, e não é por falta de conhecimento sobre seus direitos e sua liberdade, mas sim pela sobrevivência e garantia de um amanhã para a sua família.
Portanto, percebemos ao longo do filme, que antigamente não havia interação entre o indivíduo escravo e a sociedade em si, pois sabemos que o mesmo não tinha qualquer direito de escolha sobre os seus atos. Nos dias atuais notamos maior interação entre o indivíduo e a sociedade, mostrando que os tempos mudaram e que hoje temos direta interação com o meio em que vivenciamos. É o que acontece com as diversas áreas da psicologia, onde basicamente encontram-se subdivisões de grupos sociais, dando enfoque a Psicologia Social Crítica, que melhor se encaixa no aspecto de ligação do indivíduo com o meio em que está inserido, ou seja, ambos só fazem sentido se trabalharem juntos, pois somente assim há a compreensão dos problemas acarretados pela sociedade. No entanto, sabemos que o homem por si só não pode se desenvolver se não houver condições biológicas para fazê-lo. Ele é considerado um ser social, pois com o tempo vai se construir tornando-se um indivíduo. Logo, o homem é necessariamente um ser natural, social e animal, agindo conforme os seus instintos e individualidades.
REFERÊNCIAS
BIANCHI, Sérgio. Quanto vale ou é por quilo? Direção: Sérgio Bianchi. Roteiro: Sérgio Bianchi, Eduardo Benaim e Newton Canito. Rio de Janeiro Europa Filmes, 2005.
FERREIRA, Maria Cristina. A Psicologia Social Contemporânea: Principais Tendências e Perspectivas Nacionais e Internacionais. Psicologia: Teoria e Pesquisa 2010, Vol.26 n. especial, pp.51-64. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ptp/v26nspe/a05v26ns.pdf 
Acesso em 03 de outubro de 2019.
LANE, Silvia Tatiana Maurer. O Que é Psicologia Social? São Paulo: Brasiliense, 2006. Disponível online em:
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/139985/mod_resource/content/1/O-que-%C3%A9-Psicologia-Social.pdf
Acesso em: 03 de outubro de 2019.
BORSOI, Izabel Cristina Ferreira. O homem (não) é um ser social: um debate superado? In. SENA E SILVA, Maria de Fátima de; AQUINO, Cássio Adriano Braz de. (Orgs.) Psicologia Social: Desdobramentos e aplicações. São Paulo: Escritras, Editora, 2004, p.17-33.
LANE, Silvia Tatiana Maurer. A psicologia Social e uma nova concepção do homem para a Psicologia. In. LANE, Silvia Tatiana Maurer; CODO, Wanderley. (Orgs.). Psicologia Social: o homem em movimento. São Paulo: Brasiliense, 2007.p.10-19.
LANE, Silvia Tatiana Maurer. Consciência/alienação: a ideologia no nível individual. In. LANE, Silvia Tatiana Maurer; CODO, Wanderley. (Orgs.). Psicologia Social: o homem em movimento. São Paulo: Brasiliense, 2007.p.40-47.

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