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CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA

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CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA 
EVOLUÇÃO HISTÓRICA NO BRASIL 
A Contribuição de Melhoria, enquanto espécie do gênero tributo, surge no Brasil na Constituição Federal de 1934. Porém diz-se que a primeira utilização equiparada a ela ocorreu no século XIX, em 1812, na Bahia, durante o domínio português. Também em Minas Gerais exigia-se o que chamavam de fintas na edificação de obras públicas, com a Constituição Federal de 1937, a expressão fica pouco utilizada, quase a transformaram em taxa, mesmo tendo o Supremo Tribunal Federal reconhecido a constitucionalidade do tributo. Na Constituição Federal de 1946, a Contribuição de Melhoria volta a superior valor, mencionando pela primeira vez os limites de cobrança individual e global. Com a criação do Código Tributário Nacional, em 1966, foram reafirmados os limites citados na Constituição de 1946; após quatro meses, fora publicado um Decreto-Lei que detalhou o tributo; A Carta Magna de 1967 manteve a espécie como tributo em seu textoPor fim, a Constituição Federal de 1988 mencionou o tema em seu artigo 145, inciso III, muito breve e superficialmente.
CODIGO TRIBUTARIO NACIONAL 
art. 145 - A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos:
III - Contribuição de Melhoria, decorrente de obras públicas.
art. 81 - A Contribuição de Melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado.
art. 82 – A lei relativa à Contribuição de Melhoria observará os seguintes requisitos mínimos:
I- publicação prévia dos seguintes elementos:
a) memorial descritivo do projeto;
b) orçamento do custo da obra;
c) determinação da parcela do custo da obra a ser financiada pela contribuição;
d) delimitação da zona beneficiada;
e) determinação do fator de absorção do benefício da valorização para toda a zona ou para cada uma das áreas diferenciadas, nela contidas;
II - fixação de prazo não inferior a 30 (trinta) dias, para impugnação, pelos interessados, de qualquer dos elementos referidos no inciso anterior;
III - regulamentação do processo administrativo de instrução e julgamento da impugnação a que se refere o inciso anterior, sem prejuízo da sua apreciação judicial.
§ 1º - a contribuição relativa a cada imóvel será determinada pelo rateio da parcela do custo da obra a que se refere a alínea c, do inciso i, pelos imóveis situados na zona beneficiada em função dos respectivos fatores individuais de valorização.
§ 2º - por ocasião do respectivo lançamento, cada contribuinte deverá ser notificado do montante da contribuição, da forma e dos prazos de seu pagamento e dos elementos que integraram o respectivo cálculo.
O Código Tributário Nacional não define concretamente a Contribuição de Melhoria, trazendo desde já seu primeiro ponto controvertido. Porém, em seu artigo 81, traz elementos para essa definição; Contribuição de Melhoria, nos artigos 81 e 82 do Código Tributário Nacional, cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiadoTrata-se de um mecanismo especial de tributo vinculado a uma atuação estatal; tem uma caracterização própria que a distingue das outras espécies tributárias: a construção de obra pública que acarreta valorização imobiliária ao patrimônio do particular. Desta forma, é um tributo decorrente de obra pública que gera valorização em bens imóveis do sujeito passivo.
DOUTRINADORES DEFINI, COMO:
Ruy Barbosa Nogueira É a disciplina da relação entre Fisco e Contribuinte, resultante da imposição, arrecadação e fiscalização dos impostos, taxas e contribuições.
Paulo de Barros Carvalho É o ramo didaticamente autônomo do direito, integrado pelo conjunto das proposições jurídico normativas que correspondam, direta ou indiretamente, à instituição, arrecadação e fiscalização de tributos
Hugo de Brito Machado O ramo do Direito que se ocupa das relações entre o fisco e as pessoas sujeitas a imposições tributárias de qualquer espécie, limitando o poder de tributar e protegendo o cidadão contra abusos desse poder.
Luciano Amaro O Direito Tributário é a disciplina jurídica dos tributos
Kiyoshi Harada Direito Tributário é o direito que disciplina o processo de retirada compulsória, pelo Estado, da parcela de riquezas de seus súditos, mediante a observância dos princípios reveladores do Estado de Direito. É a disciplina jurídica que estuda as relações entre o fisco e o contribuinte.
No polo ativo encontramos o credor, o Fisco. Conforme preceitua o artigo 119 do Código Tributário Nacional, “sujeito ativo da obrigação é a pessoa jurídica de direito público titular da competência para exigir o seu cumprimento”.
No passivo encontramos o devedor, o contribuinte ou o responsável, conforme preceitua o artigo 121 do Código Tributário Nacional, a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade tributária, o sujeito da obrigação principal diz I- Contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador; II- Responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de disposição expressa em lei.
A capacidade tributária é a aptidão que tem o ser para figurar no polo passivo ou ativo da relação jurídica. A capacidade tributária passiva é independente, pois o tributo é uma obrigação que decorre da lei.
FATO GERADOR
Só há fato gerador da Contribuição de Melhoria se a propriedade do contribuinte for valorizada em decorrência de obra pública, ou seja, valorização imobiliária decorrente de obra dessa natureza. É preciso haver a relação obra pública e valorização imobiliária; Pode-se traduzir por Obra Pública a efetivação do trabalho feito pela administração estatal, na consecução de seus fins e em atendimento aos interesses da sociedade. No entendimento de Geraldo Ataliba,
SUJEITO ATIVO
Definidos no art. 145 da Constituição Federal de 1988 e art. 3º do Decreto-lei n.º 195/76, os sujeitos ativos são os entes competentes para instituir e exigir a contribuição de melhoria, que são: a União, os Estados membros, o Distrito Federal e os Municípios.Esta competência é comum e somente pode ser conferida pela Constituição, pois o princípio federativo é o seu fundamento. Isto porque a competência tributária se caracteriza pela repartição do poder tributário entre os entes da Federação.
A Contribuição de Melhoria a ser exigida pela União, Estado, Distrito Federal e Municípios, para fazer face ao custo das obras públicas, será cobrada pela Unidade Administrativa que as realizar, adotando-se como critério o benefício resultante da obra, calculado através de índices cadastrais das respectivas zonas de influência.O instituto será cobrado dos proprietários de imóveis do domínio privado, situados nas áreas direta e indiretamente beneficiadas pela obra.
SUJEITO PASSIVO
O sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade pecuniária. O sujeito da obrigação principal diz-se contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador.
O sujeito passivo é o proprietário do imóvel valorizado. Só se cobra Contribuição de Melhoria de imóvel privado valorizado. Entende-se que é possível enquadrar-se no polo passivo os enfiteutas, ou titulares de domínio útil e os demais possuidores que, mesmo não estando descritos nos artigos 81 e 82, pertinentes à Contribuição de Melhoria, constam no CTN ao tratar de ITR e IPTU, nos artigos 29 e 32.
REQUISITOS PARA INSTITUIÇÃO
Paraa cobrança da Contribuição de Melhoria é necessária observância de um processo rigoroso sob pena de anulação do lançamento.
Há uma sequência que não pode ser burla, indispensável para se exigir o tributo
Para cobrança da Contribuição de Melhoria, a Administração competente deverá publicar o Edital, contendo:
delimitação das áreas direta e indiretamente beneficiadas e a relação dos imóveis nelas compreendidos;
memorial descritivo do projeto;
orçamento total ou parcial do custo das obras e
determinação da parcela do custo das obras a ser ressarcida pela contribuição, com o correspondente plano de rateio entre os imóveis beneficiados.
Tal exigência aplica-se também aos casos de cobrança da Contribuição de Melhoria por obras públicas em execução, constantes de projetos ainda não concluídos.
Segundo o STF, o edital deve ser prévio em relação à cobrança, mas pode ser posterior à obra.

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