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9º TÓPICO - CPR

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DIREITO EMPRESARIAL II – 9º tópico
CÉDULA DE PRODUTO RURAL (CPR) – Lei 8.929/1994
O Mercado de Balcão é um mercado primário e secundário. Ele subscreve valores mobiliários, além de comercializá-los. Nele são efetuadas todas as operações financeiras que envolvem os valores mobiliários e que não são de competência da Bolsa de Valores. Diferentemente da Bolsa de Valores, o Mercado de Balcão é uma venda direta; alguém está vendendo diretamente a outro alguém.
A CPR é uma promessa de entrega de produtos rurais com ou sem garantia real cedularmente constituída. É um título líquido, certo e exigível pela quantidade e qualidade de produto nela previsto.
- Ela desempenha um papel muito importante aos agricultores, como a duplicata o faz aos empresários;
- Ela operacionaliza um contrato de compra e venda de produtos rurais.
- Além disso, ela tem natureza do título de credito.
- Emitente – produtor rural, suas associações e cooperativas;
- Tomador – aquele que adquire o produto.
>> É negociável, transferida por endosso em preto;
>> É um título causal, vinculado ao negócio que lhe deu origem;
>> É um título formal, com requisitos essenciais:
a) Denominação “Cédula de Produto Rural”;
b) Data da entrega;
c) Nome do credor e cláusula à ordem;
d)Promessa pura e simples de entregar o produto, sua indicação e as especificações de qualidade e quantidade;
e) Local e condições de entrega;
f) Descrição dos bens cedularmente vinculados em garantia;
g) Data e lugar da emissão;
h) Assinatura do emitente.
>> Cobrança através de ação de execução para entrega de coisa incerta.
>> Pode ser negociada na Bolsa de Valores;
Do registro
Com o registro da CPR, objetiva-se principalmente, dar conhecimento que o emitente vendeu a quantidade de produto expresso na cédula, dessa forma, protegendo o direito do credor e operando o efeito erga omnes. O registro constitutivo das garantias é acessório, mas o registro da cédula é o principal.
O art. 12 da Lei 8.929/94 define que “a CPR, para ter eficácia contra terceiros, inscreve-se no Cartório de Registro Imóveis do domicílio emitente.” Observa-se que o registro é necessário quanto à eficácia contra terceiros, pois para validade entre as partes não há necessidade, contudo, sem o registro, não será documento hábil para ajuizamento de processo de execução.
Outro aspecto importante do registro da cédula é para que o credor possa ter a garantia de que o emitente não venda a mesma safra mais de uma vez. Para certificar-se quanto à safra já comprometida, o credor poderá solicitar “Certidão de Penhor de Safra” junto ao Registro de Imóveis da comarca competente, do local de formação da lavoura. Dessa forma o credor poderá constatar a real capacidade de pagamento da cédula ora emitida.
CPR Financeira
>> Com a lei 10.200/2001, a CPR passou a ter a possibilidade de liquidação financeira (pagamento em dinheiro); neste caso, o produto que representa o título será transformado em dinheiro, assemelhando-se a uma nota promissória.
>> Ela não é o instrumento de um contrato de compra e venda, mas sim de um contrato de financiamento;
>> Ela é uma promessa de pagamento e não uma promessa de entrega de produto rural; ela se submete à execução pro quantia certa e não à execução para entrega de coisa incerta; 
Garantias 
Quanto às garantias, como prevê o art. 1º da Lei 8.929/94, a Cédula de Produto Rural pode ser emitida “com ou sem garantia cedularmente constituída”. Tais garantias podem ser reais ou pessoais. 
As garantias reais tem previsão legal no art. 5º da Lei supracitada, nestes termos: “A garantia cedular da obrigação poderá consistir em: I – hipoteca; II – penhor; III – alienação fiduciária.” 
A garantia real ocorre quando determinado bem visa a assegurar o cumprimento de uma obrigação ou a preservação de um direito. A CPR caracteriza-se como uma promessa de entrega de produtos rurais, contudo, tal compromisso pode ser reforçado, através de garantias reais. Dessa forma, além da obrigação direta, resultante do próprio título, o emitente assume uma segunda obrigação, caso a primeira não seja cumprida.
Já como garantia pessoal, o aval, tem larga utilização na CPR. 
A garantia pessoal, também chamada fidejussória, se dá pela formação de um vínculo obrigacional, em virtude do qual o garante deverá cumprir a obrigação, caso essa não seja cumprida pelo devedor.
Da Hipoteca
Em se tratando de garantia hipotecária, o art. 6º da Lei 8.929/94, preceitua que “podem ser objeto de hipoteca cedular imóveis rurais e urbanos”. Portanto, apesar de a cédula representar uma promessa de entrega de produto rural, não há obrigatoriedade de que o bem dado em garantia seja um imóvel rural.
Em relação ao bem oferecido em garantia, deverá o emitente prestar informações verdadeiras, de forma exata e sem omissões, pois do contrário, poderá incorrer na prática de estelionato, conforme disposto no art. 17 da Lei 8.929/94.
O legislador também procurou preservar os bens empenhados em favor do credor da Cédula de Produto Rural. Os bens vinculados à CPR não podem ser penhorados ou sequestrados por outras dívidas do emitente ou terceiro que prestou a garantia real, em conformidade com o art. 18, da Lei 8.929/94.
Do Penhor
O penhor, como forma de garantia real na CPR, está previsto no inciso II do art. 5º e art. 7º da Lei 8.929/94, onde o emitente ou terceiro poderão oferecer bens como garantia adicional. 
O penhor torna mais seguro o compromisso do emitente do título, só perdendo em valoração para a hipoteca. 
Embora possa ser dada por terceiro, a regra é de que o bem apenhado seja de propriedade do emitente da CPR, o que de certa forma torna mais seguro o compromisso do emitente do título. É um contrato de cunho real, embora acessório, pelo qual o devedor, ou terceiro, entrega ao credor, uma coisa móvel, que é por ele retida com o fim de assegurar ou garantir, preferencialmente, o cumprimento da dívida contraída.
O penhor rural possui traços distintos do penhor civil, principalmente no que tange à posse da coisa apenhada, pois conforme depreende-se do § 1º do art. 7º da Lei 8.929/94, “os bens apenhados continuam na posse imediata do emitente ou do terceiro prestador da garantia”, enquanto que o art. 1.433 do Código Civil, preceitua que o credor pignoratício tem direito à posse da coisa empenhada e à retenção dela.
Essa distinção, deve-se ao fato de que o emitente, produtor rural, não poderá prescindir do bem apenhado, mantendo-se na posse, pois esses bens são indispensáveis ao desenvolvimento da atividade produtiva. Sua tradição poderia incorrer no comprometimento do processo produtivo, impossibilitando que o emitente cumpra com a sua obrigação principal, que é a entrega do produto constante da cédula. 
Da Alienação Fiduciária
A alienação fiduciária também integra o rol de garantias reais da Cédula de Produto Rural. Define-se como “o ato que tem por escopo transferir o domínio da coisa de uma pessoa para outra, em garantia, com a restituição após o adimplemento”. E, ao diferenciar a hipoteca e o penhor com relação à alienação fiduciária, destaca que nesta última, “o direito dominicial é alienado e ingressa na esfera jurídico-patrimonial do credor.”
A alienação fiduciária é das possibilidades de garantia acessória, em que o emitente da cédula aliena um bem móvel ao financiador, até que se extinga a obrigação, onde a posse direta continua com o alienante.
* No caso da não-entrega dos produtos rurais ou de qualquer outra forma de inadimplemento de obrigações assumidas pelo emitente, por força do art. 14, da Lei nº 8.929/94, a CPR poderá ser considerada vencida, permitindo a sua cobrança através de ação de execução para entrega de coisa incerta, sendo também possível ação cautelar de busca e apreensão, se a CPR é garantida através do instituto da alienação fiduciária.
Do Aval
Apesar de algumas divergências doutrinárias com relação ao instituto do aval, o certo é que esta forma de garantia tem sido muito utilizada na emissão de CPRs. 
Trata-se de um terceiro que torna-sedevedor solidário que, da mesma forma que o avalizado, torna-se responsável pelo pagamento do título de crédito. Aquele que avalizar, assume a mesma obrigação que o avalizado. 
* Não admite-se a fiança na CPR.
O aval é uma típica garantia pessoal, autônoma em relação ao título avalizado, onde o avalista torna-se devedor solidário, tendo as mesmas responsabilidades que o emitente. Destaca-se que para o aval não há benefício de ordem, prerrogativa esta, admitida somente nos efeitos da fiança.
Do Endossso
Assim como os demais títulos de crédito, a CPR é passível de endosso, podendo ser transmitida a vários endossatários. Tal característica assegura circulação à Cédula de Produto Rural. Para tanto, a Lei 8.929/94, exige que na sua emissão, esteja expresso à cláusula “à ordem”, conforme inciso III do art. 3º da citada Lei. Também dispõe a mesma, que “os endossos devem ser completos” e em preto.
A cláusula “à ordem” produz maiores facilidades à circulação dos títulos de crédito, uma vez que possibilita sua transferência a terceiros por meio de endosso. A cláusula “não à ordem”, ao contrário, veda a transmissibilidade dos títulos por endosso. A transferência só pode se efetuar pela forma e com os efeitos de uma cessão ordinária de crédito.
O artigo 10 da Lei 8.929/1994 (BRASIL, 2012), preceitua que os endossos devem ser completos, ao passo que os endossantes respondem somente pela existência da obrigação:
Art. 10. Aplicam-se à CPR, no que forem cabíveis, as normas de direito cambial, com as seguintes modificações:  I - os endossos devem ser completos;  II - os endossantes não respondem pela entrega do produto, mas, tão-somente, pela existência da obrigação; III - é dispensado o protesto cambial para assegurar o direito de regresso contra avalistas.
Tal disposição não cria obstáculo à circulação da CPR, por diminuição da solidariedade cambial, das garantias ao portador, ao se equiparar o endosso da cédula a uma cessão civil. Pois, de outra forma, muitos possíveis endossantes deixariam de celebrar contratos e operações comerciais utilizando a CPR, pelo fato de terem que garantir a entrega de um produto que eles não produzem.
Da Ação Cambiária
A CPR, se não for paga no vencimento firmado, poderá o credor promover a execução judicial de seu crédito, contra qualquer devedor cambial, desde que observadas às condições de exigibilidade, por meio de ação de execução de entrega de coisa incerta.
O art. 15 da Lei 8.929/94 define que “para cobrança da CPR, cabe a ação de execução para entrega de coisa incerta”. A definição de coisa incerta é dada pelo Código Civil, no art. 243: “a coisa incerta será indicada, ao menos, pelo gênero e pela quantidade”.
O produto rural prometido à entrega, na emissão da CPR, qualifica-se como fungível. Desta forma, no âmbito do processo civil, o credor deverá adotar o procedimento de execução para entrega de coisa incerta, para forçar o devedor a cumprir sua obrigação.
Para instruir a ação de execução, faz-se necessário que o credor esteja em posse da cédula original, pois é vedado o uso de cópias, mesmo que autenticadas. Tal requisito está amparado no princípio da cartularidade, o qual é de grande importância, pois o emitente somente pagará o título ao portador do documento original, evitando-se que terceiros munidos de fotocópias possam alegar serem beneficiários do título.
CÉDULA DE PRODUTO RURAL - nº 010/2012
 87.600 Kg de SOJA
 Vencimento: 30/03/2013 
Aos 30 (trinta) dias do mês de Março de 2013 (dois mil e treze), eu(nós), PAULO DAMASSENO, produtor(es) rural(is), brasileiro, casado, domiciliado(s) no local da lavoura abaixo discriminado, entregarei(mos), nos termos da presente e na forma da Lei 8929, de 22.08.94, à SCS Comércio de Produtos para Lavoura Ltda, com sede na Av. Flores da Cunha, 1111 – Carazinho RS, inscrita no CNPJ sob nº 00.111.222/0001-33, ou à sua ordem, o seguinte:
1 – PRODUTO: SOJA NACIONAL, A GRANEL, TIPO EXPORTAÇÃO, DA SAFRA 2012/2013.
2 – QUANTIDADE: 87.600 Kg, equivalentes a 1.460 sacas de 60 Kg cada.
3 – CARACTERÍSTICAS: Padrão CONCEX, com até 14% de umidade; base de 1% de impurezas, máximo de 8% de avariados, estes com até 5% de ardidos; e ainda com máximo de 10% de grãos verdes e 30% de grãos quebrados.
4 – LOCAL e FORMAÇÃO DE LAVOURA: Área de terras de cultura com 125,50 hectares, denominada Fazenda Bela Safra, na localidade de Bela Vista, município de Carazinho, Estado do Rio Grande do Sul, imóvel devidamente registrado no Cartório de Registro de Imóveis de Carazinho - RS, na matrícula 111.111 – livro 2 - RG.
5 – ÁREA A SER PLANTADA E PRODUÇÃO ESTIMADA:
50 (cinquenta) ha, com produção estimada em 150.000 (cento e cinquenta mil) Kg de Soja, equivalentes a 2.500 Sc. de Soja.
6 – CONDIÇÕES DE ENTREGA:
PERÍODO DE ENTREGA: 01/03/2013 à 30/03/2013.
LOCAL DE ENTREGA: BUNGE ALIMENTOS S/A, CNPJ: 22.333.444/0001-55, retirará a quantidade especificada na Cláusula dois, junto ao armazém do emitente, situado na localidade de Bela Vista, município de Carazinho RS.
MULTA: Se o produto não for entregue até a data do vencimento desta Cédula, incidirá multa não compensatória equivalente a 10% (dez por cento) sobre o valor principal, além de juros de mora de 1% a.m. (um por cento ao mês).Tais encargos deverão ser pagos em produto do mesmo gênero e qualidade especificados nesta Cédula.
7 – DESCONTOS: Caso o produto, na data de sua entrega, apresente características diferentes daquelas acima estabelecidas, poderá ser recusado, ou, a critério da CREDORA, ser recebido com os descontos, a saber:
I - UMIDADE:
Acima de 14,0%, será procedido o desconto de 2,0% (dois por cento) de cada unidade excedente, respeitando o limite máximo de 20,0% (vinte por cento).
II – IMPUREZAS
Acima de 1,0%, o desconto será de 1,0% (um por cento) para cada unidade excedente, respeitando limite máximo de 2,0% (dois por cento).
III - ARDIDOS E/OU AVARIADOS
Acima de 8,0%, o desconto será de 1,0 % (um por cento) para cada unidade excedente, respeitando o limite máximo de 5,0 % (cinco por cento) para grãos ardidos.
IV – GRÃOS VERDES:
Acima de 10,0 %, o desconto será de 1,0% (um por cento) para cada unidade excedente.
8 – DESPESAS COM A CONSERVAÇÃO DO PRODUTO: Até a data de vencimento das obrigações desta Cédula, as despesas com a manutenção, conservação, armazenagem, transportes e outras, se houver, relativamente ao produto, correrão por conta do EMITENTE, sendo certo que, após a entrega do Produto, tais despesas serão de responsabilidades da CREDORA.
9 – DESPESAS TRIBUTÁRIAS: Os tributos incidentes sobre a mercadoria, ICMS e INSS (ex-Funrural), ou qualquer outra espécie de tributo que possa incidir, referente a presente negociação, correrá por conta do EMITENTE. 
10 – DESPESAS COM A COLHEITA: Havendo necessidade de participação direta da CREDORA na colheita do produto, todas as despesas (administrativas, financeiras, tributárias, sociais, etc.), serão de responsabilidade exclusiva do EMITENTE. Todas as despesas eventualmente pagas pela CREDORA, serão automaticamente convertidas em quantidades de produto até o montante necessário ao seu total ressarcimento e serão imediatamente entregues pelo EMITENTE.
  11 – GARANTIA CEDULAR: Os bens vinculados a esta Cédula são os seguintes:
Em garantia do fiel cumprimento desta cédula, o EMITENTE dá em PENHOR RURAL DE PRIMEIRO GRAU e sem concorrência de terceiros à CREDORA a quantidade de 87.600 Kg. equivalente à 1.460 sacas de SOJA de 60 Kg cada, safra 2012/2013, Padrão CONCEX, com até 14% de umidade; base de 1% de impurezas, máximo de 8% de avariados, estes com até 5% de ardidos; e ainda com máximo de 10% de grãos verdes e 30% de grãos quebrados, com colheita pendente, em área plantada conforme descrito na cláusula 4 desta Cédula.
O EMITENTE permanecerá na posse imediata do produto ora dado em penhor, que se encontra cultivado em área de propriedade do emitente, local da plantação como descrito na cláusula 4 desta Cédula.
Em razão do penhor acima ajustado, fica indicado como FIEL DEPOSITÁRIO até a entregado produto dado em garantia, o Sr (a) PAULO DAMASSENO, brasileiro, agricultor, casado, inscrito no CPF/MF sob nº 514.726.350-00, que para tal finalidade também assina o presente instrumento nos termos do parágrafo §1º do artigo 7º da Lei 8929/94. O FIEL DEPOSITÁRIO ainda declara, expressamente, aceitar e assumir tal obrigação, responsabilizando-se por todos os riscos, e sujeitando-se ás cominações impostas ao depositário infiel 12 – TRANSFERÊNCIA:
O EMITENTE, desde já, declara-se ciente de que o presente título será endossado a favor da SYN PROTEÇÃO DE CULTIVOS LTDA.
 
13 – CONDIÇÕES GERAIS:
Se no início da colheita da lavoura, seja em que momento for, os primeiros produtos colhidos não forem entregues no local avençado, ocorrerá o vencimento antecipado desta Cédula, legitimando a Credora a tomar as medidas judiciais cabíveis.
 Obriga-se o EMITENTE a formar lavoura para a obtenção do Produto ora negociado, na área e local determinados nesta Cédula.  
 Obriga-se o EMITENTE, durante a vigência deste título, a não gravar ou alienar em favor de terceiros, os produtos vinculados em garantias.
 
 A CREDORA terá livre acesso à propriedade onde está sendo cultivada a lavoura, onde estiver sendo armazenado o produto ou conservadas as garantias, com finalidade de fiscalização, podendo ainda acompanhar o transporte e armazenamento do mesmo, e demais providências atinentes à averiguação da regularidade de atendimento das condições estipuladas na presente cédula.
A CREDORA poderá, a qualquer momento, endossar o presente título a terceiros, aplicando-se as normas do direito cambiário. 
Esta Cédula poderá ser aditada, retificada ou ratificada no todo ou em parte, através de aditivos que passarão a integrá-la, devendo ser assinados e datados pelo EMITENTE e pela CREDORA.
Este instrumento obriga o total cumprimento não só pelas partes, assim como de seus herdeiros e s Este instrumento obriga o total cumprimento não só pelas partes, assim como de seus herdeiros e sucessores a qualquer título.
 Para dirimir qualquer questão oriunda da presente contratação fica eleito o Foro da Comarca de Carazinho-RS, ou o do domicílio do Réu.
 
Carazinho RS, 20 de Abril de 2012. 
_______________________________________________
Por Emitente e Fiel Depositário:	PAULO DAMASSENO	
End: Bela Vista – Carazinho RS		
CPF: 555.666.777-88	 
_______________________________________________
Cônjuge do Emitente: SILVIA SILVA E SILVA
Endereço: Bela Vista – Carazinho RS
CPF: 777.888.999-00 
_______________________________________________
Por aval do Emitente: JOÃO SILVA E SILVA
Endereço: Bela Vista – Carazinho RS
CPF: 777.888.999-00
	Termo de Endosso 
 
Endossado à: Syn Proteção de Cultivos Ltda, CNPJ/MF: 00.999.888/0001-77, com sede na Av. Flores da Cunha, 10.000 – cidade de Carazinho RS, sendo esta, a partir de agora, credora de todos os direitos e demais condições previstas na CPR nº 010/2012, emitida por PAULO DAMASSENO, em 20 de Março de 2012.
 
Este presente instrumento passa a fazer parte integrante da CPR supracitada, formando um único e indivisível documento, para todos os fins de direito, devendo ser levado a registro no competente Cartório de Registro de Imóveis.
 
Carazinho RS, 20 de Março de 2012.
 
_________________________________________________
SCS COMÉRCIO DE PRODUTOS PARA LAVOURA LTDA
CNPJ: 00.111.222/0001-33
 
 
 
 
 .
>> Prorrogação de dívida de CPR é possível? Conselho Nacional Monetário não concedeu nenhuma prorrogação de dívida com base em CPR. O produtor deve pagar ou não? Se a safra foi frustrada?
Art. 4o-A.  Fica permitida a liquidação financeira da CPR de que trata esta Lei, desde que observadas as seguintes condições: (Incluído  pela Lei nº 10.200, de 2001)
        I - que seja explicitado, em seu corpo, os referenciais necessários à clara identificação do preço ou do índice de preços a ser utilizado no resgate do título, a instituição responsável por sua apuração ou divulgação, a praça ou o mercado de formação do preço e o nome do índice; (Incluído  pela Lei nº 10.200, de 2001)
        II - que os indicadores de preço de que trata o inciso anterior sejam apurados por instituições idôneas e de credibilidade junto às partes contratantes, tenham divulgação periódica, preferencialmente diária, e ampla divulgação ou facilidade de acesso, de forma a estarem facilmente disponíveis para as partes contratantes; (Incluído  pela Lei nº 10.200, de 2001)
        III - que seja caracterizada por seu nome, seguido da expressão "financeira". (Incluído  pela Lei nº 10.200, de 2001)
        § 1o  A CPR com liquidação financeira é um título líquido e certo, exigível, na data de seu vencimento, pelo resultado da multiplicação do preço, apurado segundo os critérios previstos neste artigo, pela quantidade do produto especificado.(Incluído  pela Lei nº 10.200, de 2001)
        § 2o  Para cobrança da CPR com liquidação financeira, cabe ação de execução por quantia certa. (Incluído  pela Lei nº 10.200, de 2001)
>> Garantia contra terceiros- necessário o registro no CRI.
>>   Art. 18. Os bens vinculados à CPR não serão penhorados ou sequestrados por outras dívidas do emitente ou do terceiro prestador da garantia real, cumprindo a qualquer deles denunciar a existência da cédula às autoridades incumbidas da diligência, ou a quem a determinou, sob pena de responderem pelos prejuízos resultantes de sua omissão.

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