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1 IBMR – LAUREATE INTERNATIONAL UNIVERSITIES FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO PROFESSOR: FÁBIO BRANDÃO MÁRCIA LIMA JADER ALMEIDA LOHANY RAMOS SUB-CULTURAS CRENÇAS SOCIAIS 1 2 SUB-CULTURAS CRENÇAS SOCIAIS Trabalho apresentado a IBMR - Laureate International Universities, como requisito parcial para obtenção da nota referente a AV2 da disciplina Comportamento do Consumidor. 2 3 SUMÁRIO 1- Contextualização do tema............................................................................4. 2 - Referencial teórico (Desenvolvimento).......................................................5 2.1 - História sobre o tema.................................................................6,7,8,9,10 2.2 - Conceito /definição.................................................................................10 2.3 - Características/público alvo/modelo/tipos/etc....................................10,11 2.4 - Apresentação dos dados (Justificativa)...................................................11 2.5 - Oportunidades de negócios.....................................................................12 3 - Considerações finais...................................................................................12 4 – Referência.................................................................................................13 3 4 1 - CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA As pessoas possuem diferentes classes sociais e tendem a fazer escolhas diferentes em relação a suas roupas, decoração doméstica, uso do tempo de lazer, escolha dos meios de comunicação e padrões de gastos e poupanças. Uma das razões que as diferem na hora de realizar suas escolhas é baseada em suas crenças pessoais. Apresentaremos os conceitos de Sub-culturas, crenças, crenças sociais, e apontaremos de que forma esses conceitos influenciam o consumidor na hora de fazer suas escolhas. Apontaremos também através de que forma o Marketing se aproveita desse comportamento para criar um link (vínculo/empatia), com seu consumidor, com a intenção de alavancar vendas ou criar um relacionamento/engajamento. 2 - REFERENCIAL TEÓRICO (DESENVOLVIMENTO) O comportamento do consumidor é um conjunto de referências que servem de suporte para o conhecimento das culturas, valores, crenças e desejos. Para entender realmente como os consumidores tomam suas decisões de compra, as empresas devem identificar quem participa do processo de decisão e as pessoas que podem ser influenciadores ou usuárias (KOTLER, 1998). Richers (1984) caracteriza o comportamento do consumidor de acordo com as atividades mentais e emocionais devido ao uso dos produtos, serviços para a satisfação das necessidades e desejos. Para Kotler e Keller (2006) o propósito do Marketing é buscar atender e satisfazer as necessidades e desejos dos consumidores tornando-se fundamental entender e conhecer este tipo de comportamento. Uma das características marcantes deste século é a alta velocidade com que ocorrem as mudanças, sociais, econômicas, políticas e tecnológicas. Este cenário tem forçado as empresas a buscarem um diferencial competitivo, a terem um cuidado maior com a qualidade e preço buscando satisfazer as necessidades e desejos dos consumidores (RICHERS, 1984). Segundo Kotler (2000), o ponto de partida para conhecer e satisfazer as necessidades dos clientes alvos é tentar compreender o comportamento do consumidor e estudar como as pessoas, grupos e organizações selecionam, compram, usam e descartam serviço. Para Blackweell, Miniard e Engel (2005), o comportamento do consumidor é uma ciência que utiliza o conhecimento da Economia, Psicologia, Antropologia e outras disciplinas. Essas referências servem de suporte para o conhecimento de cultura, 4 5 valores, crenças e desejos, tudo aquilo que influencia o processo de decisão de compra. As empresas buscam diversas técnicas de marketing, para chamar a atenção dos consumidores, pois eles estão aptos a escolher estímulos que atenda suas necessidades e expectativas (NICKELS; WOOD, 1997). O consumo ocorre em momentos imediatos ou posteriores aos estímulos e gera uma valorização da marca como elemento exclusivo. 2.1 - HISTÓRIA SOBRE O TEMA “A cultura brasileira, assim como a formação étnica do povo brasileiro, é vasta e diversa. Nossos hábitos culturais receberam elementos e influências de povos indígenas, africanos, portugueses, espanhóis, italianos e japoneses, entre outros, devido à colonização, à imigração e aos povos que já habitavam aqui. São elementos característicos da cultura brasileira a música popular, a literatura, a culinária, as festas tradicionais nacionais, como o Carnaval, e as festas tradicionais locais, como as Cavalhadas de Pirenópolis, em Goiás, e o Festival de Parintins, no Amazonas. A religião, como elemento cultural, também sofreu miscigenação, formando o que chamamos de sincretismo religioso. O sincretismo religioso brasileiro reúne elementos do candomblé, do cristianismo e das religiões indígenas, formando uma concepção religiosa plural. ● Influência europeia 5 6 O carnaval, festival de origem pagã, e tão comemorado no Brasil, é também visto na tradição europeia, como é o caso do Festival de Veneza. A cultura europeia é uma das principais fornecedoras de elementos culturais para o Brasil. Foram os europeus que mais migraram para o país. Culinária, festas, músicas e literatura foram trazidas para o território brasileiro, fundindo-se com outros elementos de outros povos. Além da cultura popular dos países europeus, foi trazida também a cultura erudita, marca essencial das elites intelectuais e financeiras europeias. ● Influência indígena Atualmente há encontros indígenas pelo Brasil, nos quais a nossa cultura nativa é promovida por meio de exposições de dança, música, vestimenta etc. Hoje nós consumimos pratos típicos indígenas, além de incorporarmos em nosso vocabulário palavras oriundas da família linguística tupi-guarani. Palavras como caju, acerola, guaraná, mandioca e açaí têm origem indígena, além do hábito alimentar que desenvolvemos comendo esses frutos e da mandioca ter nascido na cultura indígena antes da chegada dos portugueses. ● Influência africana 6 7 No Brasil o Dia de Iemanjá é comemorado, em sua maior parte, por devotos do candomblé e da umbanda. Os africanos trouxeram para o Brasil as suas práticas religiosas expressas hoje, principalmente, pelo candomblé e pela umbanda, que mistura elementos do candomblé com o espiritismo kardecista. Também trouxeram pratos típicos de suas regiões e desenvolveram aqui pratos com inspiração naquilo que compunha a culinária africana dos locais de onde vieram. Todas essas influências alteram o comportamento do consumidor. As empresas de olho nesse comportamento se antecipam com ações paraalavancarem suas vendas. Alguns elementos culturais do século XX também resistem e colocam-se como fatores que ainda influenciam a cultura brasileira atual, como o carnaval, que movimenta grande parte da população brasileira entre os meses de fevereiro e março de cada ano. O Brasil para por quase uma semana para comemorar o carnaval. Diversos investimentos publicitários são realizados nessa época. As pessoas influenciadas por esta data comemorativa movimentam a economia em larga escala. Viagens, roupas e acessórios, comidas, bebidas, desfiles de carnaval são alguns exemplos de consumo nessa época. Já a influência indígena nos trouxe uma variedade de comidas e vocabulário que hoje representam mundialmente nosso País, exemplos disso: Praia de Copacabana, Ipanema entre outras. O Réveillon é outro grande exemplo de influência que altera comportamento do consumidor. Apesar da maioria dos Brasileiros serem católicos ( 64% da população), a grande maioria comemora o Réveillon cultivando crenças da Umbanda, como jogar flores para Iemanjá, mesmo não pertencendo a Umbanda. 7 8 Segundo o Jornal O Dia, o faturamento do setor religioso cresce 30% a cada ano com a compra de oferendas para Iemanjá no Réveillon e alguns itens, como a flor de palma chega a vender 300% a mais, se comparado a base do ano anterior. ● Superstições Notamos que as superstições populares também influenciam o comportamento do consumidor. A superstição é uma espécie de crendice popular que não possui explicação científica. As superstições são criadas pelo povo e costuma passar de geração para geração. Sobre este tema, o especialista em comportamento do consumidor Martin Lindstrom descreve uma experiência interessante no livro "A lógica do consumo". Ele relata que o professor de psicologia experimental, Bruce Hood, da Universidade de Bristol, na Inglaterra, resolveu testar o poder que damos a objetos de "sorte ou azar" em um Festival de Ciências. Em uma sala repleta de cientistas, ele levantou um suéter azul e ofereceu dez libras para quem se dispusesse a experimentá-lo. A maioria dos presentes ergueu a mão. Em seguida, Hood afirmou que o suéter era de um assassino em série que matou 12 mulheres, entre elas, sua esposa. No mesmo instante a maioria das pessoas abaixou as mãos. Alguns poucos que permaneceram com as mãos erguidas e experimentaram a peça receberam olhares de reprovação e afastamento dos demais presentes na sala. Em seguida, Hood confessou que a informação sobre o assassino era mentira, mas o resultado da experiência deixou claro como temos uma tendência a materializar aquilo em que acreditamos – seja bom ou ruim. Quando pensamos nessa lógica aplicada em rituais e superstições, podemos perceber como o valor simbólico é capaz de movimentar muitas cifras. Lindstrom cita, por exemplo, o caso da China, em que o número 8 é considerado de sorte por simbolizar a riqueza. Por essa razão, as Olimpíadas de Pequim começaram exatamente no dia 08/08/2008, precisamente às 8:08:08 da noite. Ele relata ainda o caso da placa de 8 9 carro APY888, que foi leiloada pelo equivalente a US$ 6.750, simplesmente pela sequência do número 8 em sua composição. Uma companhia aérea chinesa pagou mais de US$ 300 mil para que o número de sua central telefônica fosse 888-8888. Nossos hábitos de consumo também estão fortemente ligados a rituais. A indústria de cosméticos é um exemplo a tirar grandes benefícios disso em seus cremes faciais. Quantas pessoas você conhece que confiam em cremes antirrugas e que prometem eliminar linhas de expressão? Pote após pote é consumido, mesmo se não gerar nenhum resultado satisfatório. E ainda que você se desiluda com determinada marca, uma concorrente logo trata de lançar outro produto com uma "fórmula mágica" para evitar efeitos de envelhecimento. As pessoas seguem comprando porque já observam esse ritual se repetir de geração em geração. Não é preciso atestar a eficácia do produto, uma vez que já se estabeleceu uma crença. No Brasil, o mercado esotérico cresce 37% ao ano, segundo o Jornal Valor econômico e não há crise que pare esse mercado, pois quanto maior o problema do país, mais as pessoas apelam para crendices que farão a vida melhores. Esse mercado gera milhões em bens e serviços, tendo inclusive uma feira exclusiva, que atrai mais de quinze mil pessoas, segundo a Folha de São Paulo. Esse mercado em ascensão aumenta ainda mais o faturamento durante as festas de final de ano, oferecendo não só produtos, mas consultas online. É um mercado extremamente promissor, conduzido especialmente pela crença de mudança de vida, gerada por amuletos da sorte a sessões do descarrego. 2.2 - Conceito/Definição “A noção de subcultura é bastante habitual na sociologia e na antropologia. O conceito é utilizado para fazer referência a um grupo de pessoas, geralmente minoritário, com um conjunto de características próprias (comportamentos e crenças), que representa uma subdivisão dentro de uma cultura dominante da sua comunidade.” O termo “cultura” designa um conjunto de normas, valores, tradições, costumes e crenças que norteiam o ser humano. Tais elementos tornam-se, então, características de um determinado grupo (religioso, ético, familiar etc.). Kotler (1998, p.162) diz que “cada cultura consiste em subculturas menores, as quais fornecem identificação mais específica e socialização para os seus membros” Define-se por crença a firme convicção e a conformidade com algo. A crença é a idéia que se considera verdadeira e à qual se dá todo o crédito. Exemplos: “A crença dos investigadores é que a menina está viva e que se encontra algures no país”, “Ninguém pode pôr em causa a crença de uma mãe, mas o que é certo é que as provas indicam o contrário”, “Nos momentos mais difíceis, vou buscar força às minhas crenças”. Pode-se considerar que uma crença é um paradigma que se baseia na fé, já que não existe demonstração absoluta, fundamento racional ou justificação empírica que o comprove. Por isso, a crença está associada à religião, à doutrina ou ao dogma: “De acordo com a crença do meu povo, nós, seres humanos, temos uma infinidade de 9 10 vidas que se sucedem umas às outras segundo o karma”, “Não posso apoiar uma iniciativa que seja contrária às minhas crenças cristãs”, “Temos de respeitar aqueles que têm crenças diferentes das nossas”. 2.3 - Características/público alvo/modelo/tipos/etc O Brasil é o segundo país mais religioso do mundo, cerca de 96% dos brasileiros declaram ter uma religião, sendo 64,6% ter declarado ser católico, 22,2% protestante e o restante pulverizado em diversas religiões. Esse caldeirão cultural abre espaço para um público amplo, diverso e disposto consumir uma ampla variedade de produtos/serviços, de acordo com suas crenças. 2.4 - Apresentação dos dados (Justificativa) As festas populares no Brasil param o país, aumentam o faturamento em diversos setores da economia, somente o Carnaval 2019 rendeu R$6.9 bilhões para o país, de acordo com a Agência Brasil e a previsão é que esse número suba 2% nos anos consecutivos. Outra duas festas muito populares herdadas do cristianismo, oNatal e Réveillon movimentam as maiores cifras. Somente no Natal são gastos R$53,5 bilhões pelos brasileiros, graças ao costume de trocar presentes, setores como de eletrônicos, brinquedos, têxtil e alimentício tem seu pico de faturamento nesta época. Graças a superstição, a cor da roupa utilizada na virada de ano movimenta o setor têxtil, conforme uma pesquisa realizada pelo SPC, que mostra que 57% das pessoas que comemoram o Réveillon pretendem comprar roupa nova para ocasião. Só o aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, estima que passarão 1 milhão de passageiros pelos terminais e esse número tem aumentado cerca de 2% a cada ano. Diversos setores lucram com a movimentação na cidade, mas o setor hoteleiro de Copacabana atingiu uma taxa recorde de 85% de ocupação em 2018, corroborado pela tradicional queima de fogos na Praia. 2.5 - Oportunidades de negócios Conforme dados descritos acima vários setores da economia se beneficiam com o comportamento do consumidor baseados em suas crenças, gerando excelentes oportunidades de negócios. No Setor de turismo as festas nacionais como o carnaval, Réveillon entre outras movimentam em todo País recorde de ocupação nos Hotéis e pousadas. Assim como várias marcas aproveitam o alcance dessas festas para promoverem suas marcas. 10 11 O deslocamento dessas pessoas também influencia o comércio como um todo é registrado taxas recordes de venda de passagens aéreas e terrestres. Bares, restaurantes, vestuários, todos lucram com este aumento de consumo. O comércio no mundo religioso também movimenta grandes cifras. Venda de livros, medalhas, velas, entre outros produtos e alimentos que encontramos nas festas religiosas também aquecem a economia. Outra grande oportunidade de negócio são festas São João. Estas festas acontecem em todo País nos meses de Junho, Julho e Agosto, um vasto mercado cerca estas festas. Comida, roupas típicas, prendas, bebidas, locação de espaços, fogos de artifício. 3 - CONSIDERAÇÕES FINAIS Entender o comportamento do consumidor é entender como as pessoas pesquisam e consomem produtos e serviços. É entender quais são os fatores que pesam na hora de escolher uma marca. É encontrar oportunidades para aumentar suas vendas. “Philip Kotler define comportamento do consumidor como a área que estuda como pessoas, grupos e organizações selecionam, compram, usam e descartam produtos, serviços, idéias ou experiências para satisfazer suas necessidades e seus desejos.” O comportamento do consumidor busca entender quais fatores, hábitos, influências e estímulos interferem nesse processo. Ele é importante para que as marcas possam definir ações e estratégias para participar do processo de decisão. O objetivo é ajudar o consumidor a percorrer mais rapidamente todas as etapas e concluir sua compra. Neste cenário, entender o comportamento do consumidor se torna essencial para se tomar as melhores decisões. As marcas querem estar onde seu público está, e entender de que forma seu público se relaciona, se comporta, é primordial para um planejamento de Marketing de sucesso. 4 - Referência https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/cultura-brasileira.htm https://conceito.de/subcultura https://infonauta.com.br/aulas-avulsas/250/comportamento-consumidor--aula-2/ https://www.ibccoaching.com.br/portal/crencas-e-valores-pessoais/ http://g1.globo.com/economia/blog/samy-dana/post/propaganda-presente-nos-seus-ritu ais-e-supersticoes.html 11 12 https://odia.ig.com.br/_conteudo/noticia/rio-de-janeiro/2013-12-31/culto-a-iemanja-une- cariocas-e-turistas-e-provoca-polemica.html https://www.pressreader.com/brazil/valor-economico/20090814/281767035240069 https://www.estadao.com.br/blogs/jt-seu-bolso/2011/09/09/feira-esoterica-deve-reunir-1 5-mil-pessoas/ http://classificados.folha.uol.com.br/negocios/2012/11/1192642-empresas-lucram-com- o-mundo-esoterico.shtml https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,brasil-e-2-pais-mais-religioso-do-mundo-di z-pesquisa,98403 http://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2019-02/carnaval-vai-render-r-678-bil hoes-ao-pais-estima-cnc https://defatoonline.com.br/57-dos-consumidores-que-irao-comemorar-o-reveillon-prete ndem-comprar-roupas-novas/ http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2018-12/ocupacao-hoteleira-para-reveillon -no-rio-chega-85 https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2018/12/26/setor-turistico-do-rio-comemora -aumento-de-35-na-ocupacao-dos-hoteis-em-relacao-ao-reveillon-de-2018.ghtml 12
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