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materia completa de demonstração financeira

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Análise das Demonstrações Contábeis
Profª. Rosimar Couto
Aula 1
Prof(a). Rosimar Couto
Aula 1
Análise das Demonstrações Contábeis
Conceito e Objetivo da Análise das Demonstrações Contábeis 
A Análise das Demonstrações Contábeis é uma técnica contábil que consiste no exame e na interpretação dos dados contidos nas Demonstrações Contábeis.
Segundo Matarazzo (2003), a Análise das Demonstrações começa onde termina a Contabilidade.
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Aula 1
Análise das Demonstrações Contábeis
Análise das Demonstrações Contábeis 
Finalidade
Objetivo
Objeto
Demonstrações Contábeis
Decomposição, comparação e interpretação das demonstrações, por meio de indicadores
Mostrar o perfil econômico, financeiro, patrimonial e de desempenho da entidade.
Figura 1: Ferrari (2007)
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Aula 1
Análise das Demonstrações Contábeis
O produto da Análise das Demonstrações são relatórios que devem ser produzidos em linguagem inteligível, 
sendo desejável a complementação com 
gráficos para simplificar a compreensão
das conclusões. 
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Análise das Demonstrações Contábeis
Os relatórios trazem, normalmente, as seguintes informações:
Situação financeira;
Situação econômica;
Desempenho;
Tendências e perspectivas; e
Quadro evolutivo.
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Análise das Demonstrações Contábeis
Metodologia de Análise das Demonstrações
Normalmente, o processo de tomada de decisões baseia-se nas seguintes etapas:
Escolha dos indicadores
Comparação com padrões
Diagnóstico ou conclusões
Decisões
 
ANÁLISE
Etapa 3
Etapa 1
Etapa 2
Etapa 4
Figura 2: Matarazzo (2003)
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Aula 1
Análise das Demonstrações Contábeis
Usuários da Análise das Demonstrações Contábeis 
A análise pode ser interna ou externa.
Análise interna – tem como objetivo fornecer informações ao processo decisório dos gestores.
 Análise externa – visa informar aos interessados na situação econômica e financeira da Entidade.
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Análise das Demonstrações Contábeis
A análise das demonstrações é imprescindível para aqueles que pretendem manter uma relação de negócio com a empresa. Entretanto, cada usuário tem um interesse específico. Eis alguns exemplos:
Fornecedores, a profundidade da análise está, diretamente relacionada, à representatividade do cliente em sua carteira. 
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Análise das Demonstrações Contábeis
Concorrentes – Conhecer bem a concorrência pode ser fator de sucesso ou fracasso de uma empresa, pois precisa saber seu posicionamento no mercado, a partir dos padrões de avaliação.
Governo – Acompanhar os setores da economia; escolher, numa concorrência aberta, com propostas semelhantes, a que apresentar a melhor saúde financeira.
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Análise das Demonstrações Contábeis
Basicamente, são três os processos de Análises:
Análise Vertical (ou estrutura /participação)
Análise Horizontal (ou comportamento) 
Análise por indicadores (ou quocientes).
Técnicas de Análise 
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Análise das Demonstrações Contábeis
Variação cambial
Efeitos da inflação
Empresas que atuam em diversos ramos de atividade
Adoção de práticas contábeis distintas entre empresas do mesmo segmento
Dinâmica patrimonial das organizações.
Limitações da Análise das Demonstrações Contábeis
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Aula 1
Análise das Demonstrações Contábeis
Exercícios de fixação
Quanto à Análise das Demonstrações Contábeis é correto afirmar que:
É um método de avaliação de desempenho.
É uma das principais técnicas contábeis.
É um sistema integrado de informações. 
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Análise das Demonstrações Contábeis
d) É uma estratégia de competição entre concorrentes de mesmo segmento.
e) É um relatório que contém informações relevantes aos diversos usuários.
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Análise das Demonstrações Contábeis
2. Constitui-se como objeto da Análise das Demonstrações Contábeis:
O Balanço Patrimonial e a DRE.
A decomposição, comparação e interpretação das demonstrações, por meio de indicadores.
As demonstrações contábeis.
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Análise das Demonstrações Contábeis
d) A definição do perfil econômico, financeiro, patrimonial e de desempenho.
e) Os relatórios que contém informações gerenciais sobre a entidade.
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Análise das Demonstrações Contábeis
3. O produto da Análise das Demonstrações são os relatórios que devem trazer em seu teor diversas informações, exceto aquelas relacionadas à(o):
Situação financeira.
Situação econômica.
Desempenho.
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Análise das Demonstrações Contábeis
d) Tendências e perspectivas. 
e) Situação Social. 
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Análise das Demonstrações Contábeis
Gabarito
B
C
E
Profª. Rosimar dos Reis Bessa Couto
Mestre em Administração e Desenvolvimento Empresarial (MADE) pela Universidade Estácio de Sá, com especialização em Gestão e Auditoria em Finanças Públicas; Docência do Ensino Superior, ambas pela UNESA; e, graduada em Ciências Contábeis pela Universidade Estácio de Sá (2005). Experiência como conteudista e apresentadora de teleaulas e conteudista e validadora de banco de questões e, atualmente, coordenadora local de curso (presencial) e professora nas modalidades presencial e EAD na Universidade Estácio de Sá.
http://lattes.cnpq.br/5735868557941153
Introdução à Análise das Demonstrações Contábeis
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Aula 2
Análise das Demonstrações Contábeis
Conjunto Completo das Demonstrações Contábeis 
Para o analista, é essencial obter o domínio sobre a estrutura de cada demonstração contábil obrigatória, pois, somente assim, será capaz de interpretar dados e produzir informações relevantes para subsidiar a tomada de decisão.
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Aula 2
Análise das Demonstrações Contábeis
Abaixo, o elenco completo das demonstrações contábeis obrigatórias:
 
Balanço patrimonial
Demonstração do resultado do período 
Demonstração do resultado abrangente do período 
Demonstração das mutações do patrimônio líquido do período 
Demonstração dos fluxos de caixa do período 
Demonstração do valor adicionado do período
Notas explicativas.
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Aula 2
Análise das Demonstrações Contábeis
O Balanço Patrimonial é composto pelos elementos representativos dos ativos, passivos e do patrimônio líquido, e destina-se a evidenciar a situação financeira da entidade.
À luz do CPC26, temos as seguintes definições:
Ativo - é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se espera futuros benefícios econômicos para a entidade.
Balanço Patrimonial 
Patrimônio líquido é o interesse residual nos ativos da entidade depois de deduzidos todos os seus passivos.
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Análise das Demonstrações Contábeis
Passivo - é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos passados, cuja liquidação se espera que resulte na saída de recursos da entidade capazes de gerar benefícios econômicos.
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Análise das Demonstrações Contábeis
Elementos de composição dos grupos:
Ativo: formado pelos bens e direitos da entidade.
Passivo: formado pelo capital do terceiros 
(parte exigível).
Patrimônio líquido: formado pelo capital
próprio (não-exigível), – pertence ao Passivo.
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Análise das Demonstrações Contábeis
Ativo
Composto por dois grupos e subgrupos:
 Circulante 
Não circulante: 
Realizável a Longo Prazo
Investimento
Imobilizado
Intangível
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Análise das Demonstrações Contábeis
No Ativo Circulante encontram-se classificadas as contas de:
Disponibilidades
Direitos de curto prazo
Estoques
Despesas antecipadas
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Análise das Demonstrações Contábeis
No Ativo Não Circulante, encontram-se as contas de:
Realizável a Longo Prazo
Direitos
realizáveis após o término do exercício seguinte.
Direitos realizáveis derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou controladas, pessoas a fim ou participantes no lucro da companhia, que não explorem o objeto da companhia.
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Análise das Demonstrações Contábeis
Investimento
1. As participações permanentes no capital social de outras sociedades;
2. Os direitos de qualquer natureza, não classificáveis no ativo circulante e não destinados à atividade fim da empresa, como: 
	a) Demais investimentos permanentes que não podem ser classificados em outros grupos e subgrupos, como: terrenos para futuras instalações e antiguidades.
	b) Propriedade para investimento voltadas para a locação, valorização do capital ou para ambas as atividades.
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Análise das Demonstrações Contábeis
Imobilizado
Bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da empresa, bem como a depreciação e exaustão acumuladas (contas retificadoras).
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Análise das Demonstrações Contábeis
Intangível
Bens incorpóreos destinados à manutenção das atividades da empresa. Exemplo: marcas, patentes, softwares, quando adquiridos para uso nas atividades regulares da empresa.
A amortização incidirá sobre os intangíveis com vida útil definida. Já os de vida útil indefinida, periodicamente, deve ter comparado o seu valor recuperável com o seu valor contábil.
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Análise das Demonstrações Contábeis
Passivo
Composto por três grupos:
Circulante
Não circulante
Patrimônio Líquido
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Análise das Demonstrações Contábeis
No Passivo Circulante devem constar elementos que sejam:
1. Liquidados no ciclo operacional normal da entidade; 
2. Mantidos com a finalidade de serem negociados;
3. Liquidados até doze meses após a data do balanço; ou 
4. A entidade não tenha direito incondicional de diferir a liquidação do passivo durante pelo menos doze meses após a data do balanço.
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Análise das Demonstrações Contábeis
Pode estar subdividido em: 
Obrigações a Fornecedores 
Empréstimos e Financiamento 
Obrigações Tributárias 
Obrigações Trabalhistas e Previdenciárias
Outras Obrigações e Participações 
Destinações do Lucro Líquido.
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Análise das Demonstrações Contábeis
No Passivo Não Circulante pode-se abranger todos subgrupos do Passivo, exceto aquele relativo às Participações e Destinações do Lucro Líquido, pois normalmente, não ultrapassam o curto prazo. 
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Análise das Demonstrações Contábeis
O Patrimônio Líquido, encontra-se assim organizado:
Capital social
Reservas de capital
(+/-) Ajustes de avaliação patrimonial
Reservas de lucros
(-) Ações em tesouraria
(-) Prejuízos acumulados.
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Análise das Demonstrações Contábeis
A DRE tem como objetivo apurar o desempenho econômico da empresa e evidenciar a composição do resultado auferido.
Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) 
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Análise das Demonstrações Contábeis
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Análise das Demonstrações Contábeis
Demonstração do Resultado Abrangente (DRA) 
Relatório contábil iniciado a partir do resultado líquido do período que evidencia os outros resultados abrangentes, como: 
as demais despesas e receitas não divulgadas na DRE e que impactam no Patrimônio Líquido, e
o efeito de reclassificações dos outros resultados abrangentes para o resultado do período.
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Análise das Demonstrações Contábeis
A DRA pode ser apresentada em quadro demonstrativo próprio ou incluso na Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL). 
Ainda que evidenciada na DMPL, é obrigatória a sua elaboração em separado.
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Análise das Demonstrações Contábeis
Os outros resultados abrangentes incluem:
1. Variações na reserva de reavaliação permitidas legalmente (Ativo Imobilizado e Ativo Intangível); 
2. Ganhos e perdas atuariais em planos de pensão com benefício definido;
3. Ganhos e perdas derivados de conversão de demonstrações contábeis de operações no exterior e na remensuração de ativos financeiros disponíveis para venda;
5. Efetiva parcela de ganhos ou perdas de instrumentos de hedge em hedge de fluxo de caixa.
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Análise das Demonstrações Contábeis
A DMPL evidencia as variações ocorridas em todas as contas do patrimônio líquido, inclusive na conta Lucros ou Prejuízos Acumulados, sendo mais abrangente que a Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA).
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL)
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Análise das Demonstrações Contábeis
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Análise das Demonstrações Contábeis
Demonstração dos fluxos de caixa (DFC)
A DFC evidencia as mudanças ocorridas no caixa e seus equivalentes, num exercício, pela exposição dos fluxos de recebimentos e pagamentos, viabilizando a avaliação da capacidade da entidade na geração de caixa e as necessidades da entidade para utilizar esses fluxos.
Obrigatória à todas as companhias abertas e às fechadas com PL igual ou superior a R$ 2 milhões (data do balanço).
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Análise das Demonstrações Contábeis
A DFC deve indicar as alterações ocorridas durante o exercício, no saldo de caixa e equivalentes de caixa, segregando-as em três fluxos:
1 - operacionais;
2 - de investimentos; e
3 – de financiamentos.
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Análise das Demonstrações Contábeis
Entendendo um pouco o que é abordado nos fluxos de caixa:
Operacionais – Principais atividades geradoras de receita e as demais que não sejam investimento ou financiamento.
Investimentos – Atividades de compra e venda de ativos duradouros e aqueles excluídos nos equivalentes de caixa.
Financiamentos – Atividades que alteram o tamanho e a composição do capital próprio e de terceiros da entidade.
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Aula 2
Análise das Demonstrações Contábeis
A DFC pode ser apresentada por dois métodos:
			1 – método direto;
			2 – método indireto.
As diferenças entre os métodos direto e indireto limitam-se, exclusivamente, aos fluxos das atividades operacionais. 
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Análise das Demonstrações Contábeis
No método direto são apresentados todos itens relacionados aos pagamentos e recebimentos, que tenham provocado entrada ou saída de disponibilidades.
No método indireto, o fluxo de caixa líquido das atividades operacionais é determinado após o ajuste do lucro líquido ou prejuízo.
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Análise das Demonstrações Contábeis
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Aula 2
Análise das Demonstrações Contábeis
A DVA tem por objetivo evidenciar, sinteticamente, os valores correspondentes à geração da riqueza e sua respectiva distribuição. E, ainda, a efetiva contribuição da empresa para a geração de riqueza da economia na qual está inserida, sendo resultado do esforço conjugado de todos os seus fatores de produção. 
É obrigatória somente para as S/A de capital aberto.
Demonstração do Valor Adicionado (DVA)
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Aula 2
Análise das Demonstrações Contábeis
A DVA tem conceito semelhante ao PIB - Produto Interno Bruto.
PIB: riqueza gerada pela produção de um país, deduzida do que ele compra de outros países.
DVA: riqueza gerada por uma empresa durante certo período, menos o que ela compra pronto de outras empresas.
Pode-se dizer que os valores adicionados por todas as empresas de um país, corresponde ao PIB desse país.
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Aula 2
Análise das Demonstrações Contábeis
1 – RECEITAS
 
 
2 - INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS (inclui ICMS e IPI)
 
 
3 – VALOR ADICIONADO BRUTO (1-2)
4 – RETENÇÕES
4.1) Depreciação, amortização e exaustão
5 – VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO PELA ENTIDADE (3-4)
6 – VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA
6.1) Resultado de equivalência patrimonial
 
 
6.2) Receitas financeiras
 
 
7 – VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR (5+6)
 
 
8 – DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO
8.1) Pessoal e encargos, Tributos, Juros e alugueis, JCP e dividendos, lucros /prejuízo
* O valor total da linha 8 deve ser igual ao total da linha 7. 
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Análise das Demonstrações Contábeis
apresenta a riqueza gerada pela empresa que pertence aos acionistas. 
 DVA
 DRE
X
apresenta a riqueza gerada pela empresa, que pertence à toda a sociedade. 
É mais abrangente.
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Aula 3
Análise das Demonstrações Contábeis
“As demonstrações financeiras devem ser preparadas para a análise, da mesma forma que um paciente que vai submeter-se a exames médicos.”
						Matarazzo (2003)
Etapas do Processo de Análise das Demonstrações Contábeis
Padronizar as Demonstrações Contábeis.
Reclassificar as contas.
Conhecer os Índices-padrão.
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Aula 3
Análise das Demonstrações Contábeis
Qual o procedimento adotado pelo analista das informações contábeis, antes de realizar a análise? 
Levantar as informações demandadas pelos usuários;
Definir o grau de detalhamento da análise;
Examinar minuciosamente os elementos que compõem as demonstrações a serem analisadas (domínio total da composição estrutural).
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Aula 3
Análise das Demonstrações Contábeis
				 Esse exame que consiste numa crítica às contas que compõem as demonstrações e a transcrição dessas para um modelo previamente determinado, denomina-se Padronização. 
A seguir, os motivos pelos quais se realiza a Padronização:
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Aula 3
Análise das Demonstrações Contábeis
Simplificação – Pela Lei 6.404/76, o Balanço Patrimonial pode conter cerca de 60 contas e o modelo padronizado possui 20, aproximadamente.
Comparabilidade – Cada empresa possui o seu plano de contas (salvo exceções), menos ou mais detalhados e com nomes de contas incomuns. Como a análise é comparativa, faz-se necessário o enquadramento a um padrão. 
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Análise das Demonstrações Contábeis
Adequação aos objetivos da análise – Pelo menos a conta “Duplicatas descontadas” merecerá reclassificação: Contabilmente é classificada no AC como retificadora, já financeiramente, ela não se distingue do “Empréstimo bancário”, devendo ser classificada no PC.
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Aula 3
Análise das Demonstrações Contábeis
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Aula 3
Análise das Demonstrações Contábeis
Precisão nas classificações de contas – É comum encontrar falhas de classificação, para “maquiar” uma demonstração. 
Exemplos: Despesas do próprio exercício no exercício seguinte; investimentos permanentes no AC, obrigações de curto prazo, no exigível de longo prazo etc.
O analista conhecedor dos principais itens de manipulação, pedirá explicação das contas, ou, na dúvida, as reclassificará. 
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Análise das Demonstrações Contábeis
Descoberta de erros – Eles podem ser intencionais ou não:
A PCLD do balanço não coincide com a que foi constituída na DRE.
Dificuldade de conciliar o saldo do PL final com os resultados do exercício mais o PL inicial.
A padronização deveria sempre ser precedida de um fluxo de caixa, pois mostra a coerência entre dois balanços e a DRE.
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Análise das Demonstrações Contábeis
Intimidade do analista com as demonstrações financeiras da empresa – O processo de padronização faz com que o analista se torne um grande conhecedor dos números da empresa, permitindo-lhe ver o que, de outro modo, seria imperceptível.
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Aula 3
Análise das Demonstrações Contábeis
É importante, ainda, que numa prévia análise, o profissional observe:
Saldo da conta Caixa: diferenciar os valores em cheque e em caixa.
Bancos conta Movimento: conciliar as contas bancárias.
Aplicações Financeiras: constatar o prazo e a contabilização (valor nominal).
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Aula 3
Análise das Demonstrações Contábeis
Clientes: Proporção das vendas à vista e a prazo no volume total, vencimento das duplicatas, descontos previstos, duplicatas não recebidas e carteira descontada.
Estoque: Tipos de inventário, critérios da avaliação de Estoques, itens obsoletos e giro do estoque.
Fornecedores ou Duplicatas a Pagar: Volume de compras (à vista e a prazo), vencimentos e descontos para pagamentos antecipados.
Reservas: Valores de exercícios anteriores e os cálculos do exercício corrente.
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Aula 3
Análise das Demonstrações Contábeis
As principais características dos modelos padronizados são:
O Ativo apresenta apenas as contas essenciais.
O PC é dividido em operacional e financeiro.
No Passivo, chega-se ao subtotal “Capital de terceiros”.
No PL, apresenta-se o valor líquido do Capital social.
A DRE só mostra os valores essenciais para a análise.
A Receita Líquida já está deduzida da D.A.I. 
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Análise das Demonstrações Contábeis
Padronização do Balanço:
CONTAS
X1
X2
ATIVO
 
 
ATIVO CIRCULANTE
 
 
Financeiro
 
 
* Disponibilidades
 
 
Operacional
 
 
* Contas a Receber de Clientes
 
 
* Estoques
 
 
*Outros Direitos de Curto Prazo
 
 
ATIVO NÃO CIRCULANTE
 
 
ATIVO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO
 
 
INVESTIMENTOS
 
 
IMOBILIZADO
 
 
INTANGÍVEL
 
 
Total do Ativo
 
 
PASSIVO
 
 
PASSIVO CIRCULANTE
 
Operacional
 
* Contas a Pagar a Fornecedores
 
* Outras Obrigações de Curto Prazo
 
Financeiro
 
* Empréstimos
 
* Duplicatas Descontadas
 
PASSIVO NÃO CIRCULANTE
 
EXÍGIVEL TOTAL = Cap. de Terceiros
 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO CAPITAL
 
Capital
 
Reservas
 
Ajustes de Avaliação Patrimonial
 
Total do Passivo
 
CONTAS
X1
X2
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Análise das Demonstrações Contábeis
Padronização da DRE:
CONTAS
RECEITA LÍQUIDA DE VENDAS
 
 
(-) CUSTO DE MERCADORIAS, PRODUTOS E SERVIÇOS VENDIDOS
 
 
(=) LUCRO BRUTO
 
 
(-) DESPESAS OPERACIONAIS
 
 
* Despesas com Vendas
 
 
* Despesas Gerais e Administrativas
 
 
(+/-) OUTRAS RECEITAS /DESPESAS OPERACIONAIS
 
 
(=) RESULTADO OPERACIONAL (antes do Resultado Financeiro)
 
 
(+) RECEITAS FINANCEIRAS
 
 
(-) DESPESAS FINANCEIRAS
 
 
(=) RESULTADO OPERACIONAL
 
 
(+ ou -) OUTROS RESULTADOS
 
 
(=) RESULTADO DO EXERCÍCIO ANTES DA TRIBUTAÇÃO
 
 
(-) TRIBUTOS
 
 
(-) PARTICIPAÇÕES
 
 
(=) LUCRO OU PREJUÍZO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO
 
 
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Aula 3
Análise das Demonstrações Contábeis
A padronização elaborada pelo analista deve levar em consideração o perfil da empresa no contexto do segmento que ela encontra-se inserida.
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Aula 3
Análise das Demonstrações Contábeis
Índices-padrão
Índices-padrão ou quocientes-padrão são aqueles obtidos com maior frequência pelas empresas do mesmo perfil. 
O índice ou quociente é obtido pela relação entre contas ou grupos de contas das Demonstrações Financeiras, e fornece uma visão da situação econômica e financeira da entidade.
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Aula 3
Análise das Demonstrações Contábeis
Para chegar aos índices da empresa, faz-se necessário a aplicação de fórmulas específicas para cada tipo de análise, a partir dos valores extraídos das demonstrações contábeis. 
Mais do que revelar o que aconteceu no passado, os índices fornecem bases para predizer o futuro.
A partir do cálculo do índice-padrão pretende-se interpretar se um determinado quociente está abaixo ou acima do ideal desejado para o mercado, revelando as fragilidades e/ou vantagens da empresa. 
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Aula 3
Análise das Demonstrações Contábeis
Procedimento tradicional para o cálculo dos índices-padrão:
Seleção do grupo composto, no mínimo, por 12 índices, divididos em 4 quocientes, agrupados em:
Estrutura de Capitais
Liquidez 
Rentabilidade
2. Cálculo dos índices selecionados pela amostra do setor.
3. Elaboração de mapas com os índices obtidos na amostra.
4. Cálculo dos decis por cada quociente.
Situação financeira
Situação econômica
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Aula 3
Análise das Demonstrações Contábeis
A técnica de Análise atinge o seu ápice na interpretação dos índices, determinando tendências e realizando uma análise comparativa com os padrões pré-estabelecidos pelo mercado.
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Aula 3
Análise das Demonstrações Contábeis
Exercícios de fixação
(MPU/UnB) De acordo com o art. 179, inciso I, da Lei das S/A, no Ativo Circulante serão classificadas as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do exercício social subsequente e:
As contas a receber de sócios e acionistas de negócios não usuais.
As aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte.
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Aula 3
Análise das Demonstrações Contábeis
c) Os itens obsoletos.
d) As contas a receber de clientes.
e) Os estoques.
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Aula 3
Análise das Demonstrações Contábeis
2. (Auditor do Tesouro Municipal – RN/ESAF) A firma Amoreiras S/A tem um plano de contas corretamente implantado com uma classificação adequada à elaboração das demonstrações financeiras. Quando a investidora comprou, com a intenção de logo revender, um lote das ações do BB e outro lote das ações dos Supermercados do Sol S/A, 
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Aula 3
Análise das Demonstrações Contábeis
o contador precisou criar os títulos “Valores Mobiliários – Ações BB” e “Ações de Coligadas – Supermercados do Sol”. Assinale a classificação correta para as citadas contas, respectivamente.
Ativo Circulante e Ativo Realizável a Longo Prazo.
Ativo Não Circulante – Investimentos e Ativo Não Circulante – Investimentos. 
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Aula 3
Análise das Demonstrações Contábeis
c) Ativo Realizável a Longo Prazo e Ativo Não Circulante – Investimentos.
d) Ativo Não Circulante – Investimentos e Ativo Circulante .
e) Ativo Circulante e Ativo Não Circulante – Investimentos.
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Aula 3
Análise das Demonstrações Contábeis
Gabarito
B
E
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Aula 4
Análise das Demonstrações Contábeis
Aspectos Gerais da Análise das Demonstrações Contábeis 
A análise de balanços pode ser reconhecida como a arte de extrair informações relevantes que levem para onde se pretende chegar. Se bem utilizada, pode constituir um grande “painel de controle” para os gestores, porém, costuma apontar mais os problemas a serem investigados do que soluções. 
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Aula 4
Análise das Demonstrações Contábeis
A análise financeira por quocientes é um dos mais importante desenvolvimentos da Contabilidade, pois permite fazer comparações entre itens, mais do que simplesmente analisar cada um, separadamente.
O uso de quocientes permite ao analista fazer comparações com os padrões pré-determinados e deduzir tendências.
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Aula 4
Análise das Demonstrações Contábeis
A partir do tipo de informação que se pretende, deve-se selecionar os índices que levarão ao objetivo.
Um grande número de índices pode, ao contrário do que se pensa, dificultar a conclusão da análise.
Prof(a). Rosimar Couto
Aula 4
Análise das Demonstrações Contábeis
Os índices constituem o procedimento de análise mais empregado e servem de medida para diversos aspectos econômicos e financeiros das companhias.
A análise das demonstrações financeiras pode ser subdividida em: 
Análise da situação financeira
Análise da situação econômica. 
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Análise das Demonstrações Contábeis
Os principais demonstrativos contábeis utilizados nas análises são o Balanço Patrimonial (situação financeira) e a DRE (situação econômica), mas não devem estar limitados a um único exercício social.
Adicionalmente, é importante combinar 
os índices obtidos para uma conclusão mais assertiva. 
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Análise das Demonstrações Contábeis
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Análise das Demonstrações Contábeis
A técnica de Análise está, basicamente, constituída de três procedimentos:
			1. Análise Vertical (ou Estrutura); 
			2.Análise Horizontal (ou Comportamento);
 			3. Análise por Quocientes (ou Índices).
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Análise das Demonstrações Contábeis
A Análise Vertical (ou de estrutura) e a Análise Horizontal (ou de comportamento) são procedimentos da Análise de Balanços que permitem uma análise mais apurada, ou seja, permite demonstrar qual a conta mais relevante do grupo investigado e sua variação ao longo do tempo. 
Recomenda-se que esses dois procedimentos sejam utilizados em conjunto.
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Análise das Demonstrações Contábeis
Calcula o percentual de cada conta em relação ao grupo a que pertence.
Por meio da Análise Vertical calcula-se os coeficientes de participação, comparando as partes pelo todo. 
Ex.: A quanto corresponde o estoque no AC ou no AT.
Análise Vertical - AV
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Análise das Demonstrações Contábeis
Calcula o percentual de cada conta em relação ao grupo a que pertence. 
Por meio da Análise vertical calcula-se os coeficientes de participação, comparando as partes pelo todo. 
Ex.: A quanto corresponde o estoque no AC ou no AT.
O percentual mostra a sua importância no conjunto.
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Análise das Demonstrações Contábeis
A Avaliação Vertical torna possível: 
A comparação dos percentuais da AV da empresa com os de concorrentes permitindo saber se a alocação dos recursos é típica para o ramo ou não. 
A análise do percentual de cada item do Ativo, permitindo detectar a política de investimento da empresa quantos aos estoques, imobilizado etc., enquanto no Passivo permite visualizar a política de obtenção de recursos.
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Análise das Demonstrações Contábeis
Analisar em detalhes o desempenho econômico da empresa. O aumento percentual de qualquer item da DRE em relação às vendas é indesejável. Há empresas que estipulam metas, controlando rigorosamente os percentuais. 
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Análise das Demonstrações Contábeis
Evidencia a evolução dos itens das demonstrações, período após período, caracterizando tendências. Por meio da Análise horizontal calcula-se os números índices.
A AH pode ser:
Anual – quando comparada numa série histórica.
Encadeada – quando comparada à um ano-base.
Análise Horizontal - AH
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Análise das Demonstrações Contábeis
Ex.: Avaliação da conta Estoques (estoque inicial de cada ano)
Conta
X1
X2
X3
X4
Estoques
2.890.143
1.156.058
1.926.764
2.890.143
Análise encadeada (ano-base)
Conta
X1
X2
X3
X4
Estoques
100%
40%
67%
100%
Conta
X1
X2
X3
X4
Estoques
-
- 60%
+ 66%
+ 50%
Análise anual
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Análise das Demonstrações Contábeis
A Avaliação Horizontal torna possível: 
A priorização na alocação dos seus recursos, comparativamente a quais recursos ela vem se utilizando. Ex. Aumento de ANC e PC (compra de imobilizado com recursos de curto prazo). 
O acompanhamento da evolução do PL comparado ao Exigível total.
A verificação de quanto cada balanço da série contribuiu para a variação final entre o primeiro e o último balanço.
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Análise das Demonstrações Contábeis
 A regularidade de comportamento dos diversos itens das demonstrações financeiras é sinal de estabilidade e segurança. A excessiva flutuação representa elevação do risco empresarial. A análise Vertical /Horizontal pode detectar esse risco.
					Matarazzo (2003)
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Análise das Demonstrações Contábeis
Exercícios de fixação
1. Os coeficientes de participação do exigível a longo prazo e dos financiamentos a longo prazo no balanço de uma empresa são, respectivamente, de 0,16 e 0,05. Desta forma, o coeficiente de participação dos referidos financiamentos em relação ao
grupo a que pertencem vale:
0,11
0,21
0,008
0,3125
0,105
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Análise das Demonstrações Contábeis
Solução exercício 1:
Regra de três simples:
0,16 ............100%
0,05.............. X
Fazendo a multiplicação cruzada, temos:
0,16X = 0,05
X = 0,05 /0,16 = 0,3125 ou 31,25%
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Análise das Demonstrações Contábeis
2. Ao fazer a análise vertical da DRE da Cia., viu-se que a margem operacional da empresa era de 23% e que o coeficiente das despesas operacionais era de 0,32. Constatou-se ainda que o resultado operacional bruto foi de R$ 165.000. Assim, pode-se afirmar, inexistindo qualquer outra receita operacional além da receita líquida, que o valor desta era de:
R$ 285.000,00.
R$ 290.000,00.
R$ 292.000,00.
R$ 295.000,00.
R$ 300.000,00.
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Análise das Demonstrações Contábeis
Solução exercício 2:
Receita Líquida 
(-) CMV
= Resultado Bruto ..........165.000 = 55%
(-) Desp. Op. (coeficiente)..... 32% 
= Resultado Op. (margem).... 23% 
Margem Op. = Margem Bruta – Desp. Op.
23% = X – 32%
X = 32% + 23% = 55% ou 0,55
165.000/ 0,55% = 300.000
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Análise das Demonstrações Contábeis
3. O ativo imobilizado de uma empresa, na análise horizontal, forneceu nos exercícios sociais de X0 a X3, respectivamente, os seguintes índices nominais: 100, 125, 160 e 150. Dessa forma, se o exercício social mudasse para X1, o índice do exercício de X2 passaria a ser:
122
125
128
131
135
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Análise das Demonstrações Contábeis
Solução exercício 3:
X0 X1 X2 X3
100 125 160 150
Se o ano-base passar a ser X1= 125, teremos um novo índice para X2, dividindo o seu valor pelo do X1:
 
160 / 125 = 1,28 ou 128%
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Análise das Demonstrações Contábeis
4. O passivo exigível de uma Cia. estava assim constituído:
Tomando o exercício de X0 como base, fazendo a análise horizontal, pode-se constatar que o crescimento nominal do passivo circulante foi ... superior ao do não circulante.
84%
28%
35%
Passivo
X0
X1
Circulante
1.250
2.400
Não Circulante
1.400
2.100
d) 42%
e) 40%
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Análise das Demonstrações Contábeis
Solução exercício 4:
Circulante: 1.250 / 2.400 = 1,92, crescimento de 92%.
Não Circulante: 1.400 / 2.100 = 1,50, crescimento de 50%.
 
92 / 50 = 1,84, ou seja, 84% acima.
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Análise das Demonstrações Contábeis
Análise por Quocientes – Quocientes de Estrutura Patrimonial
 Análise dos Quocientes de Estrutura de Capitais - também chamado Indicadores de Endividamento, tem como finalidade avaliar, sobretudo, o nível de dependência da empresa em relação ao capital de terceiros. 
Esses índices mostram as grandes linhas de decisões financeiras, em termos de obtenção e aplicação de recursos.
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Análise das Demonstrações Contábeis
Os índices de endividamento são obtidos pela proporção entre os Capitais Próprios e os Capitais de Terceiros dos valores extraídos do Balanço Patrimonial.
ATIVO
Bens 
+ 
Direitos
PASSIVO
Capital de Terceiros
Capital Próprio
Origens de Recursos
Aplicações de Recursos
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Análise das Demonstrações Contábeis
Para o exemplo, considere os dados da empresa Fictícia:
			Balanço Patrimonial
	 Ativo				Passivo
Ativo Circulante ......46.000 Passivo Circulante..........30.000
Ativo Não Circulante	 Passivo Não Circulante..20.000
RLP..........................13.000 
Investimento............ 2.000 Patrimônio Líquido........30.000
Imobilizado..............14.000
Intangível................. 5.000
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Análise das Demonstrações Contábeis
Índices da Estrutura de Capital:
Participação do Capital de Terceiros (Endividamento)
Indica quanto a empresa tomou de capitais de terceiros para cada real (R$) de capital próprio.
Fórmula: Capital de Terceiros = PC + PNC 
	 Patrimônio Líquido PL
Interpretação: Quanto menor, melhor.
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Análise das Demonstrações Contábeis
Exemplo:
Indica quanto a empresa tomou de capitais de terceiros para cada real (R$) de capital próprio.
Fórmula: Capital de Terceiros = PE = 50.000 = 1,67 	 	 Patrimônio Líquido PL 30.000
Interpretação: Para cada R$ 1,00 dos recursos próprios da empresa, tem R$ 1,67 de capital de terceiros.
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Análise das Demonstrações Contábeis
Composição do Endividamento
Indica qual o percentual de obrigações de curto prazo em relação às obrigações totais.
Fórmula: Passivo Circulante = PC 
	 Capital de Terceiros PC+PNC
Interpretação: Quanto menor, melhor.
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Análise das Demonstrações Contábeis
Exemplo:
Fórmula: Passivo Circulante = PC = 30.000 = 0,60
	 Capital de Terceiros PC+PNC 50.000
		
	
Interpretação: Indica que 60% das obrigações totais são de curto prazo.
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Análise das Demonstrações Contábeis
Imobilização do PL
Indica quanto a empresa aplicou no Ativo fixo para cada real (R$) de Patrimônio Líquido.
Fórmula: Ativo Não Circulante - RLP = Imob.+ Invest.+ Intang.
	 Patrimônio Líquido			PL
Interpretação: Quanto menor, melhor.
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Análise das Demonstrações Contábeis
Exemplo:
Fórmula: Ativo Não Circulante – RLP = 21.000 = 0,70
		 Patrimônio Líquido 30.000	
		
	
Interpretação: Indica que 70% do PL da empresa foi destinado ao ativos fixos, de baixa liquidez (imobilizados).
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Análise das Demonstrações Contábeis
Imobilização de recursos não correntes
Indica quanto dos recursos não correntes (PL e PNC) foram destinados ao Ativo fixo.
Fórmula: Ativo Não Circulante - RLP = Imob.+ Invest.+ Intang.
	 Patrimônio Líquido + PNC		PL + PNC
Interpretação: Quanto menor, melhor.
*Recomenda-se que o PL seja suficiente para financiar os ativos de baixa liquidez e, ainda, com folga para financiar parte do AC.
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Exemplo:
Fórmula: Ativo Não Circulante – RLP = 21.000 = 0,42
	 		 PL+ PNC 	 50.000	
		
	
Interpretação: Indica que 42% do capital próprio da empresa somado às obrigações de longo prazo foram destinados ao ativos fixos, de baixa liquidez (imobilizados).
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Análise das Demonstrações Contábeis
Conclusão:
 A empresa está sendo muito mais financiada pelos recursos de terceiros, do que pelos próprios.
Mais da metade das obrigações são de curto prazo, mas um índice ainda satisfatório ao ser considerada a qualidade da dívida.
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Análise das Demonstrações Contábeis
Os ativos fixos da empresa comprometem mais da metade do capital próprio da empresa, porém há ainda 30% de folga que possibilitam uma liberdade para tomar decisões. 
No caso da empresa Fictícia, não é necessário utilizar recursos de curto prazo para financiar o Ativo Fixo - situação que demonstraria dificuldades financeiras. O PL e os recursos de longo prazo são mais do que suficientes para financiar os ativos de baixa liquidez.
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Análise das Demonstrações Contábeis
Exercícios de fixação
Os seguintes valores foram obtidos do balanço patrimonial de uma empresa:
Ativo Circulante...........12.000	Passivo Circulante.......25.000
RLP.............................. 6.000	Passivo Não Circul. ....15.000
Ativo de Investimento.. 3.000	Patrimônio Líquido...... 8.000
Ativo Imobilizado.........27.000
Podemos afirmar que o endividamento da empresa corresponde a:
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Análise das Demonstrações Contábeis
0,11
0,83
0,008
0,50
1,2
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Análise das Demonstrações Contábeis
Solução exercício 1:
O endividamento
é apurado por: 
PC+PNC /PL = 40.000/8.000 = 5
 
Isso mostra que para cada R$ 1,00 de capital próprio a empresa utiliza R$ 5,00 de capital alheio.
Fazendo a composição do endividamento, temos:
PE/PT = 40.000/48.000 = 0,83 ou seja, 83% dos recursos advém de terceiros, mostrando o alto risco de insolvência da empresa.
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2. Com base nas informações anteriores, como encontra-se composta a dívida da empresa?
40% são de longo prazo.
32% são de curto prazo.
A empresa negocia muito bem com os seus financiadores.
Aproximadamente 62% são de curto prazo.
Aproximadamente 22% são de longo prazo.
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Solução exercício 2:
A composição do endividamento é apurado por: 
PC/PC+PNC = 25.000/40.000 = 0,625
Isso mostra que as obrigações de curto prazo correspondem à 62,5% do endividamento total, demonstrando um volume maior de compromissos de baixa qualidade.
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Análise das Demonstrações Contábeis
3. Ainda com base nas informações anteriores, pode afirmar quanto à imobilização do PL e dos recursos não correntes que:
A empresa encontra-se em boa situação financeira. 
b) Há sério comprometimento financeiro, pois, além dos recursos não correntes, as obrigações de curto prazo também financiam os ativos fixos. 
c) Há sério comprometimento financeiro, pois, todo recurso não corrente estão sendo utilizados para financiar os ativos fixos. 
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d) O comprometimento financeiro apesar de não mostrar-se satisfatório, demonstra evidente possibilidade de reversão. 
e) O Ativo imobilizado está sendo financiado pela totalidade do capital próprio da empresa.
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Análise das Demonstrações Contábeis
Solução exercício 3:
A imobilização do PL e é apurada por: 
ANC-RLP/PL= 30.000/8.000 = 3,75
A imobilização dos recursos não correntes é apurada por: 
ANC-RLP/PNC+PL= 30.000/23.000 = 1,30
Isso mostra que a empresa está com sérias dificuldades financeiras, pois, além dos recursos não correntes estarem totalmente comprometidos com ativos fixos, estes ainda contam com o financiamento de curto prazo. 
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Análise das Demonstrações Contábeis
Análise por Quocientes – Quocientes de Liquidez
Análise dos Quocientes de Liquidez, 
tem como objetivo medir a solidez 
da base financeira da empresa. 
A partir do confronto dos Ativos 
Circulantes com as obrigações, esses índices revelam se a companhia tem condições de saldar as suas dívidas. 
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Análise das Demonstrações Contábeis
Os índices de liquidez revelam a proporção entre os investimentos no Ativo Circulante e no Ativo Realizável a Longo Prazo em relação aos Capitais de Terceiros (Passivo Circulante e Passivo Não Circulante) – valores extraídos do Balanço Patrimonial.
ATIVO
Circulante 
Não Circulante
PASSIVO
Capital de Terceiros
Capital Próprio
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Análise das Demonstrações Contábeis
Liquidez Corrente – (LC)
Liquidez Seca – (LS)
Liquidez Imediata – (LI)
Liquidez Geral – (LG)
Os índices de liquidez mais usuais são: 
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Análise das Demonstrações Contábeis
Para o exemplo, considere os dados da empresa Fictícia:
			Balanço Patrimonial
	 Ativo				Passivo
Ativo Circulante .......46.000 Passivo Circulante..........30.000
Disponibilidades.......10.000 Passivo Não Circulante..20.000
Clientes..................... 8.000
Estoque................... 22.000 Patrimônio Líquido..........30.000
Desp. Antecipadas.... 6.000 
Ativo Não Circulante.34.000	
RLP...........................13.000 
(...)
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Análise das Demonstrações Contábeis
Liquidez Corrente
Mede a capacidade da empresa pagar suas dívidas a curto prazo. Indica quanto a empresa possui no AC para cada R$ 1,00 de PC. 
É importante estar atento ao ciclo financeiro.
Fórmula: Ativo Circulante = AC
	 Passivo Circulante PC
Interpretação: Quanto maior, melhor.
Considerado o melhor indicador da liquidez. 
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Análise das Demonstrações Contábeis
Exemplo:
Fórmula: Ativo Circulante = 46.000 = 1,53	 
	 Passivo Circulante 30.000
Interpretação: Para cada R$ 1,00 de dívidas a curto prazo, a empresa tem R$ 1,53 de Ativo Circulante, correspondendo a 53% de excedente.
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Liquidez Seca
Mede a capacidade da empresa pagar suas dívidas a curto prazo, desconsiderando o seu estoque. Indica quanto a empresa possui de ativo líquido para cada R$ 1,00 de PC. 
Fórmula: Ativo Circulante - estoque
	 	 Passivo Circulante 	
Interpretação: Quanto maior, melhor.
* Elimina possíveis distorções pela adoção dos métodos de apuração. 
É o preferido pelas financeiras.
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Análise das Demonstrações Contábeis
Exemplo:
Fórmula: Ativo Circulante - estoque = 18.000 = 0,60	 Passivo Circulante 	 30.000
Interpretação: A empresa consegue saldar 60% das suas dívidas de curto prazo sem contar com os ativos de difícil realização (estoque, tributos a recuperar e despesas antecipadas).
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Análise das Demonstrações Contábeis
Recomenda-se a análise da LS em conjunto com a LC.
Liquidez
Liquidez
Corrente
Nível
ALTA
BAIXA
Liquidez
ALTA
Situação financeira boa.
Situação financeira inicialmente insatisfatória, mas amenizada pela LS boa. Em alguns casos pode até ser considerada boa.
Seca
BAIXA
Situação financeira inicialmente insatisfatória. A LS baixa nem sempre compromete a situação financeira. Em alguns casos pode ser por encalhe.
Situação financeira insatisfatória.
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Análise das Demonstrações Contábeis
Liquidez Imediata
Mede a capacidade imediata da empresa pagar suas dívidas a curto prazo. Indica quanto a empresa dispõe para cada R$ 1,00 de dívidas de curto prazo. 
Fórmula: Disponibilidades 
	 Passivo Circulante 	
Interpretação: Quanto maior, melhor.
Em economia inflacionária, corresponde a perda. 
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Exemplo:
Fórmula: 	Disponibilidades = 10.000 = 0,33	 	 Passivo Circulante 30.000
Interpretação: A empresa consegue honrar com 33% dos seus compromissos de curto prazo, contando apenas com o valor que tem no caixa e em seus equivalentes.
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Liquidez Geral
Mede a capacidade da empresa pagar suas dívidas a curto prazo e longo prazos com os recursos aplicados no ativo não-imobilizado (AC e ANC). Indica quanto a empresa possui AC e RLP para cada R$ 1,00 da dívida total. 
Fórmula: Ativo Circulante + Realiz. Longo Prazo = AC + RLP
	 Passivo Circulante + Não Circulante PC + PNC
Interpretação: Quanto maior, melhor (desejável acima de 1).
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Exemplo:
Fórmula: AC + RLP = 59.000 = 1,18
	 PC + PNC 50.000
Interpretação: A empresa consegue quitar com todas as suas dívidas com terceiros, de curto e longo prazos, com os recursos aplicados no Ativo que se converterá em dinheiro.
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Conclusão:
A empresa apresenta uma situação financeira inicialmente satisfatória, pois o índice da Liquidez Corrente mostra que há disponíveis e conversíveis em curto prazo em dinheiro suficiente para saldar todas as dívidas de curto prazo. 
A Liquidez Seca evidenciou que a empresa concentra 40% do seu investimento de curto prazo em ativos de difícil realização. Em alguns casos pode corresponder a mercadoria parada (encalhe).
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Análise das Demonstrações Contábeis
A Liquidez Imediata
revela que a empresa mantém o equivalente a 33% do valor total dos seus compromissos de curto prazo em caixa e equivalentes. Vale lembrar que o curto prazo pode corresponder a vencimentos em até 365 dias. É importante ter dinheiro para saldar as dívidas, tempestivamente, mas é preciso avaliar o quanto esse montante poderia render se estivesse aplicado. 
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Análise das Demonstrações Contábeis
A empresa Fictícia, inicialmente, revela que tem condições de saldar todas as dívidas que mantém com terceiros, com uma folga financeira de 18%. Entretanto, a temporalidade dos prazos de recebimento e pagamento, principalmente a longo prazo, pode abalar a utilidade do quociente.
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Exercícios de fixação
Os seguintes valores foram obtidos do balanço patrimonial de uma empresa:
Disponibilidades.......... 3.000 Passivo Circulante.......25.000
Clientes........................ 2.000
Estoques...................... 6.000	Passivo Não Circul. ....15.000
Desp. Antecipadas....... 1.000
RLP............................... 6.000	
Ativo de Investimento... 3.000	Patrimônio Líquido...... 8.000
Ativo Imobilizado.........27.000
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Com base nos dados apresentados, responda:
O índice da Liquidez Imediata foi de:
a) 20%
b) 30%
c) 7,5%
d) 12%
e) 48%
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Solução exercício I:
A Liquidez Imediata é apurada por: 
Disponibilidade /PC = 3.000/25.000 = 0,12
 
Isso mostra que a empresa mantém em caixa e equivalentes o correspondente a 12% das suas dívidas exigíveis de curto prazo. 
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II. O índice da Liquidez Corrente foi de:
a) 140%
b) 30%
c) 72%
d) 84%
e) 48%
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Solução exercício II:
A Liquidez Corrente é apurada por: 
AC /PC = 12.000/25.000 = 0,48
 
Isso mostra que a empresa não tem saldo suficiente nos seus ativos disponíveis e reversíveis a curto prazo (menos da metade), para honrar com o compromisso com o capital de terceiros a curto prazo. 
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III. O índice da Liquidez Geral foi de:
a) 140%
b) 45%
c) 84%
d) 72%
e) 48%
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Solução exercício III:
A Liquidez Geral é apurada por: 
(AC + RLP) /(PC + PNC) = 18.000/40.000 = 0,45
 
Isso mostra que a empresa tem menos da metade de saldo suficiente nos seus ativos para quitar as suas dívidas a longo prazo, quando o desejável é > ou = 1. Deve-se atentar à possível disparidade nos prazos de vencimento e pagamento, principalmente no longo prazo.
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IV. O índice da Liquidez Seca foi de:
a) %
b) 45%
c) 84%
d) 72%
e) 48%
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Solução exercício IV:
A Liquidez Seca é apurada por: 
(AC – estoq.) /PC = 5.000/25.000 = 0,20
 
Isso mostra que, eliminada a incerteza de realização do estoque, a empresa encontra-se em situação financeira insatisfatória, pois combinando seu índice com o da Liquidez Corrente, a insolvência é bem evidente. 
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Análise das Demonstrações Contábeis
Análise por Quocientes – Quocientes de Rentabilidade
Os Índices de Rentabilidade medem, via de regra, o retorno do capital através de lucros ou receitas, ou seja, quanto renderam os investimentos – sinalizando a situação econômica da empresa.
A rentabilidade deve ser analisada em termos relativos, pois os valores absolutos não expressam informação útil.
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Aula 7
Análise das Demonstrações Contábeis
A rentabilidade do Capital investido é conhecida através do confronto entre contas ou grupos de contas das Demonstrações do Resultado do Exercício ou correlacionando-as com grupos do Balanço Patrimonial.
ATIVO
Circulante 
Não Circulante
PASSIVO
Capital de Terceiros
Capital Próprio
Receitas
(-) CMV
(-) Despesas
= Lucro
DRE
 Balanço Patrimonial
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Aula 7
Análise das Demonstrações Contábeis
 Giro do Ativo 
 Margem Líquida
 Margem Operacional 
 Rentabilidade do Ativo
 Rentabilidade do PL
Os índices de rentabilidade mais usuais são: 
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Aula 7
Análise das Demonstrações Contábeis
Para o exemplo, considere os dados da empresa Fictícia:
			Balanço Patrimonial
	 Ativo				Passivo
Ativo Circulante ......46.000 Passivo Circulante..........30.000
Ativo Não Circulante	 Passivo Não Circulante..20.000
RLP..........................13.000 
Investimento............ 2.000 Patrimônio Líquido........30.000
Imobilizado..............14.000
Intangível................. 5.000
Total.........................80.000
Total...............................80.000
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Aula 7
Análise das Demonstrações Contábeis
				DRE
		Receita Líquida..............100.000
		(-) CMV...........................(40.000)
		= Resultado Bruto.......... 60.000
		(-) Desp. Operac. .......... (20.000)
		(+/-) Rec. /Desp. Financ.. (5.000)
		= L.A.I.R. ....................... 35.000
		(-) Prov. IR/ CSLL.......... (10.000)
		= Result. Líquido............ 25.000
	
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Aula 7
Análise das Demonstrações Contábeis
Giro do Ativo
Mede o volume de vendas da empresa em relação ao capital investido (velocidade de retorno - rotatividade). Indica quanto a empresa vendeu para cada $ 1,00 de investimento total.
Fórmula: Vendas Líquidas 
	 Ativo
Interpretação: Quanto maior, melhor.
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Aula 7
Análise das Demonstrações Contábeis
Exemplo:
Fórmula: Vendas Líquidas = 100.000 = 1,25	 
	 	 Ativo 	 80.000
Interpretação: Para cada R$ 1,00 investido no Ativo, a empresa teve R$ 1,25 de Vendas, correspondendo a um retorno de 125%.
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Aula 7
Análise das Demonstrações Contábeis
Margem Líquida
Mede a margem de lucratividade sobre o faturamento, ou seja, mostra quanto a empresa obtém de lucro para R$ 1,00 vendido. 
Fórmula: Lucro Líquido
	 	Vendas	
Interpretação: Quanto maior, melhor.
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Aula 7
Análise das Demonstrações Contábeis
Exemplo:
Fórmula: Lucro Líquido = 25.000 = 0,25	 	 Vendas 	 100.000
Interpretação: A empresa possui uma margem de lucro de 25%, ou seja, R$ 0,25 para cada R$ 1,00 em vendas.
É possível identificar, ainda, que a empresa consumiu 75% do montante de suas vendas em custos, despesas e tributos.
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Aula 7
Análise das Demonstrações Contábeis
Margem Operacional
Mede a capacidade de ganho da atividade estritamente operacional em relação às suas vendas. 
Fórmula: LARFT 	
	 Vendas
Interpretação: Quanto maior, melhor.
* LARFT = Lucro antes do resultado financeiro e tributos 
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Aula 7
Análise das Demonstrações Contábeis
Exemplo:
Fórmula: 	LARFT = 40.000 = 0,40	 	 			Vendas 100.000
Interpretação: A margem operacional foi de 40%, ou seja, R$ 0,40 para cada R$ 1,00 em vendas, fruto dos gastos exclusivamente operacionais (CMV e despesas).
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Aula 7
Análise das Demonstrações Contábeis
Rentabilidade do Ativo
Mostra quanto a empresa obteve de Lucro Líquido em relação ao Ativo. Indica quanto a empresa obtém de lucro para cada R$ 1,00 de investimento no Ativo. 
Fórmula: Lucro Líquido 
	 Ativo
Interpretação: Quanto maior, melhor.
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Aula 7
Análise das Demonstrações Contábeis
Exemplo:
Fórmula: Lucro Líquido = 25.000 = 0,3125
	 Ativo 80.000
Interpretação: A empresa gerou 31,25% de lucro sobre o investimento no Ativo.
Curiosidade: Contando apenas com seu lucro, a empresa levaria pouco mais de 3 anos para dobrar o seu ativo (Ativo /LL = 3,2 anos).
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Aula 7
Análise das Demonstrações Contábeis
Rentabilidade do Patrimônio Líquido
Mostra a taxa de rendimento do Capital Próprio (comparar com a de outros investimentos do mercado). Indica quanto a empresa obtém de lucro para cada R$ 1,00 do PL. 
Fórmula: Lucro Líquido 
	 PL
Interpretação: Quanto maior, melhor.
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Aula 7
Análise das Demonstrações Contábeis
Exemplo:
Fórmula: Lucro Líquido = 25.000 = 0,8333
	 PL 30.000
Interpretação: A empresa gerou 83,33% de rentabilidade sobre seu capital próprio. Certamente maior do que a maioria das opções disponíveis no mercado.
Curiosidade: No longo prazo, o valor da ação no mercado é influenciado substancialmente pelo retorno sobre o PL.
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Aula 7
Análise das Demonstrações Contábeis
Alavancagem Financeira
Mede a eficiência da utilização de capitais de terceiros para alavancar a rentabilidade do capital próprio positivamente, negativamente ou de forma indiferente. 
Fórmula: 	 Lucro Líquido 
	 PL
	 Lucro Líquido + DF
	 PL
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Aula 7
Análise das Demonstrações Contábeis
Grau de alavancagem financeira
Efeito sobre a rentabilidade do capital próprio
Superior a 1
O uso de capital de terceiros aumenta a rentabilidade do capital próprio
Igual a 1
O uso do capital de terceiros não altera a rentabilidade do capital próprio
Inferior a 1
O uso de capital de terceiros diminui a rentabilidade do capital próprio
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Aula 7
Análise das Demonstrações Contábeis
Exemplo:
Fórmula: 	 Lucro Líquido 
	 PL = 0,833 = 2,222
	 Lucro Líquido + DF	 0,375
	 PL
Interpretação: Sendo o GAF de 2,22, o uso de capital de terceiros trouxe uma rentabilidade sobre o capital próprio de 122% acima da que seria caso todo o ativo fosse financiado por capitais próprios. 
Conclusão: A alavanca financeira foi positiva.
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Aula 7
Análise das Demonstrações Contábeis
EBITDA ou LAJIDA 
Calculado a partir das informações contábeis da DRE, é uma medida essencialmente operacional 
que desconsidera os efeitos dos 
resultados financeiros, revelando, 
assim, a capacidade da empresa 
para a geração de caixa operacional. 
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Aula 7
Análise das Demonstrações Contábeis
Pode ser apurado de duas maneiras: 
De cima para baixo 
Receitas	 3.000
( - ) Desp. de aluguel (500)
( = ) EBITDA (LAJIDA) 2.500
Lucro Líquido	 1.800
( + ) IR	 200
( + ) Desp. Financeira 400
( + ) Desp. Depreciação 100
( = ) EBITDA (LAJIDA) 2.500
De baixo para cima
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Aula 7
Análise das Demonstrações Contábeis
EVA (Economic Value Added)
Mede a capacidade da empresa de suprir todas as suas despesas, remunerar o capital próprio e gerar resultados positivos. O EVA evidencia o lucro operacional após o IR menos o custo, tanto do capital próprio, quanto de capital de terceiros.
Fórmula: EVA = NOPAT – (C% x CT)
NOPAT = resultado operacional líquido depois dos impostos.
C% = custo percentual do capital total (próprio e de terceiros).
CT = capital total investido.
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Aula 7
Análise das Demonstrações Contábeis
Valor de Mercado
Três situações para o EVA:
EVA>0 
 Criou Valor
EVA=0
Não afetou o Valor
EVA<0 
Destruiu Valor
Gera Valor
Valor 
de Mercado
EVA
Positivo
Capital
Destrói Valor
Capital
EVA
Negativo
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Aula 7
Análise das Demonstrações Contábeis
Exemplo:
Aplicação prática do EVA
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Aula 8
Análise das Demonstrações Contábeis
Análise por Quocientes – Quocientes de Atividade
Os Índices de Atividade, também denominados de Rotatividade, medem a velocidade de renovação de estoques, recebimentos de clientes ou pagamentos a fornecedores – prazos médios. 
A importância destes consiste na expressão de relacionamentos dinâmicos que têm grande influência na liquidez e rentabilidade da companhia. 
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Aula 8
Análise das Demonstrações Contábeis
A Atividade ou Rotatividade do Capital é conhecida através do confronto entre itens do Balanço Patrimonial com itens da Demonstração do Resultado do Exercício.
ATIVO
Circulante 
Não Circulante
PASSIVO
Capital de Terceiros
Capital Próprio
Receitas
(-) CMV
(-) Despesas
= Lucro
DRE
 Balanço Patrimonial
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Aula 8
Análise das Demonstrações Contábeis
Os indicadores de Prazos Médios apuram os ciclos operacional, econômico e financeiro da 
entidade, indicando o tempo em que 
as atividades da empresa são
desenvolvidas e a capacidade que ela 
tem de gerenciar seus estoques e de negociar com fornecedores e clientes. 
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Aula 8
Análise das Demonstrações Contábeis
Ciclo Operacional: indica o tempo decorrido entre a compra e o recebimento pela venda, obtido por:
Prazo Médio de Rotação do Estoque (PMRE) + Prazo Médio de Recebimento de Vendas (PMRV)
Ciclo Econômico: período compreendido entre a aquisição dos produtos e a venda. 
Ciclo Econômico = Prazo Médio de Rotação do Estoque (PMRE)
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Aula 8
Análise das Demonstrações Contábeis
Ciclo Financeiro: é o tempo decorrido entre o pagamento a fornecedores e o recebimento das vendas, também chamado de Ciclo de caixa. 
Ciclo Operacional – Prazo Médio de Pagamento a Fornecedores (PMPF)
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Aula 8
Análise das Demonstrações Contábeis
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Aula 8
Análise das Demonstrações Contábeis
Os índices de atividade ou rotatividade mais comuns são: 
 Prazo Médio do Estoque
 Prazo Médio de Recebimento de Vendas
 Prazo Médio de Pagamento a Fornecedores
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Aula 8
Análise das Demonstrações Contábeis
Para o exemplo, considere os dados da empresa Fictícia:
			Balanço Patrimonial
	 Ativo				Passivo
Ativo Circulante .......46.000 Passivo Circulante..........30.000
Disponibilidades.......10.000 Passivo Não Circulante..20.000
Clientes..................... 8.000
Estoque................... 22.000 Patrimônio Líquido..........30.000
Desp. Antecipadas.... 6.000 
Ativo Não Circulante.34.000	
RLP...........................13.000 
(...)
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Aula 8
Análise das Demonstrações Contábeis
				DRE
		Receita Líquida..............100.000
		(-) CMV...........................(40.000)
		= Resultado Bruto.......... 60.000
		(-) Desp. Operac. .......... (20.000)
		(+/-) Rec. /Desp. Financ.. (5.000)
		= L.A.I.R. ....................... 35.000
		(-) Prov. IR/ CSLL.......... (10.000)
		= Result. Líquido............ 25.000
	
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Aula 8
Análise das Demonstrações Contábeis
Prazo Médio do Estoque
Procura mostrar quanto tempo a mercadoria permaneceu estocada, ou seja, o período decorrido entre compra e venda. 
Fórmula: Estoque médio* x 360
		CMV
*Estoque médio corresponde à média aritmética do Estoque da entidade, medido no início e no final do período contábil ao qual se refere o CMV utilizado no denominador.
Na indústria, inclui-se o tempo da produção.
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Aula 8
Análise das Demonstrações Contábeis
Exemplo:
 
Estoque inicial do período = 20.600
(Estoque inicial + estoque final)/2 = 20.600+22.000=42.600/2 = 21.300
Fórmula: Estoque médio x 360 = 21.300 x 360 = 192
		CMV			40.000
Interpretação: as mercadorias permaneceram, em média, 192 dias (6 meses e meio) nas prateleiras.
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Aula 8
Análise das Demonstrações Contábeis
Prazo Médio de Recebimento de Vendas
Procura mostrar quanto tempo, em média, a empresa financia seus Clientes, pelas vendas a prazo.
Fórmula: Clientes médio* x 360
Receita Líquida
*Clientes médio corresponde à média aritmética de Clientes da entidade, medido no início e no final do período ao qual se refere a Receita Líquida utilizada como denominador. 
Geralmente, os prazos concedidos são fornecidos pelo mercado.
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Aula 8
Análise das Demonstrações Contábeis
Exemplo:
Saldo inicial de Clientes do período = 6.000
(Saldo inicial + saldo final)/2 = 6.000+8.000=14.000/2 = 7.000
Fórmula: Clientes médio x 360 = 7.000 x 360 =~ 25
	 Receita Líquida		100.000
Interpretação: as vendas levam, em média, 25 dias (quase 1 mês) para serem recebidas. Tempo que a entidade financia seus clientes.
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Aula 8
Análise das Demonstrações Contábeis
Prazo Médio de Pagamento a Fornecedores
Procura mostrar quanto tempo, em média, a empresa é financiada pelos seus fornecedores, pelas compras a prazo.
Fórmula: Fornecedores médio* x 360
	 	 Compras
*Fornecedores médio corresponde à média aritmética de Fornecedores da entidade, medido no início e no final do período ao qual se refere as Compras utilizadas como denominador. 
Compras à vista têm seu PMPF igual a 0.
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Aula 8
Análise das Demonstrações Contábeis
Exemplo:
Saldo inicial de Fornecedores do período = 18.000
(Saldo inicial+saldo final)/2 = 18.000+30.000 = 48.000/2= 24.000
Compras = CMV – EI + EF 40.000–20.600+22.000= 41.400
Fórmula: Fornecedores médio x 360 = 24.000 x 360 =~ 209
	 	 Compras			41.400
Interpretação: as compras levam, em média, 209 dias (quase 7 meses) para serem pagas. 
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Aula 7
Análise das Demonstrações Contábeis
Ciclo Operacional
Calculado a partir da soma do Prazo Médio de Estocagem e do Prazo Médio de Recebimento de Vendas.
Fórmula: PME + PMRV = 192 + 25 = 217
Interpretação: No período, a empresa tem, em média, 217 dias entre a compra de mercadorias, vendas e recebimento dos clientes.
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Aula 7
Análise das Demonstrações Contábeis
Ciclo Econômico
Ciclo Econômico = Prazo Médio de Rotação do Estoque (PMRE)
Interpretação: No período, a empresa permaneceu, em média, 192 dias com a mercadoria em estoque.
Ciclo Financeiro 
Ciclo Operacional – Prazo Médio de Pagto. a Fornecedores
Fórmula: CO – PMPF = 217 – 209 = 8
Interpretação: No período, a empresa financiou suas atividades, por 8 dias (intervalo entre o PMPF e o PMRV).
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Aula 7
Análise das Demonstrações Contábeis
Ciclo Operacional = 217 dias
Ciclo Econômico 
= 192 dias
Ciclo Financeiro
= 8 dias
 = 209 dias
 = 25 dias
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Aula 9
Análise das Demonstrações Contábeis
Administração do Capital de Giro
A partir da composição do Ativo e do Passivo Circulantes, e da relação dos seus saldos com as atividades financeiras da empresa, é possível fazer um diagnóstico da mesma, que embora apresentando um bom índice de liquidez possa estar em difícil situação financeira.
Tal fato destaca a importância da gestão de Capital de Giro na avaliação da capacidade econômico-financeira. 
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Aula 9
Análise das Demonstrações Contábeis
Destacaremos três ferramentas essenciais:
 Capital Circulante (CCL)
 Necessidade de Capital de Giro (NCG) 
 Saldo em Tesouraria (ST).
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Aula 9
Análise das Demonstrações Contábeis
Para o exemplo, considere os dados da empresa Fictícia:
			Balanço Patrimonial
	 Ativo				Passivo
Ativo Circulante .......46.000 Passivo Circulante.........30.000
Disponibilidades.......10.000 Fornecedores.................25.000
Clientes..................... 8.000 Empréstimo bancário..... 5.000
Estoque................... 22.000 Passivo Não Circulante..20.000
Desp. Antecipadas.... 6.000 
Ativo Não Circulante.34.000 Patrimônio Líquido..........30.000
RLP...........................13.000 
(...)
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Aula 9
Análise das Demonstrações Contábeis
Indica a diferença entre o Ativo Circulante (AC) e o Passivo Circulante (PC). 
CCL > 0 indica mais aplicações que origens de financiamento no curto prazo. 
Assim conclui-se que, o Ativo Circulante é financiado pelo Passivo Circulante e parte do Não Circulante ou PL.
Capital Circulante Líquido (CCL)
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Aula 9
Análise das Demonstrações Contábeis
O capital circulante líquido pode variar de duas formas:
Aumento – quando aumentar o AC ou diminuir o PC.
Redução – quando diminuir o AC ou aumentar o PC.
Quando o fato contábil aumentar e reduzir, simultaneamente, o AC e o PC, o CCL não sofrerá alteração.
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Aula 9
Análise das Demonstrações Contábeis
CCL
capital circulante 
ou capital de giro
AC - PC
AC 
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Aula 9
Análise das Demonstrações Contábeis
Exemplo:
 
Fórmula: CCL = AC – PC
	 CCL = 46.000 – 30.000 = 16.000
Interpretação: O saldo positivo indica que a empresa possui mais aplicações que origens de financiamento no curto prazo.
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Aula 9
Análise das Demonstrações Contábeis
Necessidade de Capital de Giro (NCG) 
Para analisar o Capital Circulante Líquido faz-se necessário entender a composição dos saldos operacionais e financeiros dos ativos e passivos, possibilitando identificar a necessidade de capital de giro e como ela é financiada.
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Aula 9
Análise das Demonstrações Contábeis
Para Martins, Miranda e Diniz (2017), são contas dos ciclos operacionais e financeiros: 
Ativo Circulante Operacional (renova-se no ciclo)
Ativo Circulante Financeiro
Passivo Circulante Operacional (renova-se no ciclo)
Passivo Circulante Financeiro
O cálculo das Necessidades de Capital de Giro revela quanto a empresa precisa de recursos para financiar o giro dos negócios (nível necessário para manter o giro ).
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Aula 9
Análise das Demonstrações Contábeis
CCL Positivo = Aplicações de Capital de Giro maiores que as Fontes de Capital de Giro 	 Necessita de recursos para financiar o giro operacional da entidade.
CCL Negativo = Fontes de Capital de Giro maiores que as Aplicações de Capital de Giro 	 Não necessita de recursos para o giro dos negócios, pois dispõe de fontes do próprio negócio para financiar outras aplicações.
Fórmula: Ativo Operacional – Passivo Operacional
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Aula 9
Análise das Demonstrações Contábeis
Exemplo:
Fórmula: AC Operacional – PC Operacional
		36.000 – 25.000 = 11.000
Interpretação: O valor de R$ 15.000 indica o montante dos recursos necessários para manter o giro dos negócios da empresa (data do balanço). Como o valor é positivo, significa que ela dispõe de fontes do próprio giro para financiar outras aplicações.
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Aula 9
Análise das Demonstrações Contábeis
Saldo em Tesouraria (ST)
Procura evidenciar a política financeira da empresa e é decorrente da diferença entre ativo financeiro e passivo financeiro - também chamados de erráticos, contas que não guardam relação com a atividade operacional.
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Aula 9
Análise das Demonstrações Contábeis
Saldo de tesouraria positivo terá disponibilidade de recursos para financiar a NCG (folga financeira). 
Saldo de tesouraria negativo necessitará de mais recursos a curto prazo (cap. de terceiros) para financiar suas operações - exposição financeira.
Fórmula: AC Financeiro – PC Financeiro
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Aula 9
Análise das Demonstrações Contábeis
Exemplo:
Fórmula: AC Financeiro – PC Financeiro
	 10.000 – 5.000 = 5.000
Ou ainda: CCL – NCG = 16.000 – 11.000 = 5.000
Interpretação: O ST positivo indica que a realização das contas do Ativo Circulante Errático (Tesouraria) que se transformarão em disponível é mais do que o suficiente para quitar as contas do Passivo Circulante Errático (Tesouraria). 
Tesouraria Positiva = Folga Financeira.
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Aula 9
Análise das Demonstrações Contábeis
Conclusão: 
Os recursos
existentes no passivo operacional são insuficientes para cobrir as aplicações do ativo operacional (CCL), entretanto, a estrutura financeira se mostra favorável, haja vista a presença de recursos de longo prazo alocados para financiar o capital de giro (NCG), além da folga financeira no saldo do disponível (ST). 
Esse cenário afere certa segurança tanto para as atividades operacionais, como para aplicação no mercado financeiro.
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Aula 10
Análise das Demonstrações Contábeis
Relatório de Análise – Conceito e elaboração
Relatório de Análise é o título dado ao documento conclusivo, onde serão apresentadas as informações obtidas pelo analista, durante o processo de análise das demonstrações. 
Apesar de conter vários interessados em informações circunstanciais, o foco do parecer do analista deve estar na demanda que melhor subsidiará a tomada de decisões.
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Aula 10
Análise das Demonstrações Contábeis
O relatório deve ser apresentado em linguagem clara e inteligível aos seus usuários. 
O seu principal objetivo é evidenciar a 
situação econômico-financeira da empresa. 
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Aula 10
Análise das Demonstrações Contábeis
O Relatório de Análise completo deve conter:
a contextualização da empresa 
o propósito da análise
a fonte dos dados, ajustes e reclassificações 
os índices de correção utilizados 
os parâmetros de comparação 
os dados econômico-financeiros*.
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Aula 10
Análise das Demonstrações Contábeis
*As informações econômico-financeiras, correspondem a:
(i) Estrutura de investimentos, financiamentos e de resultados por meio da Análise Vertical .
(ii) Comportamento do resultado e da situação patrimonial através da Análise Horizontal.
(iii) Situação econômico-financeira (Quocientes de Liquidez, Endividamento, Rentabilidade e Rotatividade.
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Aula 10
Análise das Demonstrações Contábeis
Para o exemplo, considere os dados da empresa Fictícia:
			Balanço Patrimonial
	 Ativo		X2	X1	Passivo			X2	X1
Ativo Circulante .......46.000 42.000 Passivo Circulante.........30.000 23.000
Disponibilidades.......10.000 8.400 Fornecedores................ 25.000 18.000
Clientes..................... 8.000 6.000 Empréstimo bancário..... 5.000 5.000
Estoque................... 22.000 20.600
Desp. Antecipadas.... 6.000 7.000 Passivo Não Circulante..20.000 17.000
Ativo Não Circulante.34.000 28.000 
RLP...........................13.000 12.000
Investimento............ 2.000 3.000 Patrimônio Líquido.........30.000 30.000
Imobilizado..............14.000 8.000
Intangível................. 5.000 5.000
217
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Aula 10
Análise das Demonstrações Contábeis
				DRE		X2		 X1
		Receita Líquida..............100.000		85.000
		(-) CMV...........................(40.000)	 (37.000)
		= Resultado Bruto.......... 60.000		48.000		(-) Desp. Operac. .......... (20.000)	 (18.000)
		(+/-) Rec. /Desp. Financ.. (5.000)		 (4.000)
		= L.A.I.R. ....................... 35.000		26.000
		(-) Prov. IR/ CSLL.......... (10.000)		 (8.000)
		= Result. Líquido............ 25.000		18.000
	
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Aula 10
Análise das Demonstrações Contábeis
Adiante, apresentaremos breves conclusões obtidas a partir da análise da situação econômico-financeira da Empresa Fictícia por meio de um Relatório. 
Usuários como bancos, clientes e fornecedores, se satisfazem com poucas informações.
Como elaborar um relatório
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Aula 10
Análise das Demonstrações Contábeis
Parecer da Análise Horizontal - Balanço Patrimonial 
Pela avaliação nominal, desconsiderando quaisquer efeitos inflacionários, o Patrimônio sofreu um aumento de 14,30% em X2 (comparado com X1), sendo que o Ativo Circulante aumentou 9,5% e o Ativo Não-Circulante 21,43%. O destaque vai para os subgrupos de Investimento, que reduziu 33,33% e o Imobilizado que aumentou 75%. Por outro lado, o Passivo Circulante aumentou 30,5%, exclusivamente na conta Fornecedores; o Passivo não Circulante, 17,65% e o Patrimônio Líquido manteve-se inalterado.
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Aula 10
Análise das Demonstrações Contábeis
Parecer da Análise Horizontal - DRE 
Pela avaliação nominal, desconsiderando quaisquer efeitos inflacionários, observa-se um aumento na Receita de 17,65% e no CMV de apenas 8%. Isso mostra um reajuste de preço superior ao valor de aquisição das mercadorias, aumentando a Lucro Bruto em 25%. As Despesas operacionais e o resultado financeiro totalizaram um aumento de 13,34% (menor que o da Receita), o que contribui para um aumento do LAIR de 34,62% e o Lucro Líquido com um crescimento de aproximadamente 39%, em X2 (comparado com X1).
Prof(a). Rosimar Couto
Aula 10
Análise das Demonstrações Contábeis
Parecer da Análise Vertical - Balanço Patrimonial
Observamos que, em X2, 57,5% do patrimônio são aplicados em ativos realizáveis no curto prazo, 16,25% em ativos realizáveis no longo prazo e 26,25% em ativos fixos (Investimento, Imobilizado e Intangível). Em X1, essas proporções eram similares, à exceção do ANC Imobilizado que mostrou na AH uma priorização da empresa Fictícia. O grupo que em X1 correspondia a 28,6% passou a representar 41,2% no ANC. 
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Análise das Demonstrações Contábeis
Parecer da Análise Vertical - DRE
O CMV corresponde a 40% da Receita de X2, o Resultado Antes do Resultado Financeiro e dos Tributos corresponde a 40% e o lucro líquido 25%. Comparado a X1, observamos que a empresa reduziu o CMV que antes comprometia 43,5% da Receita, o Resultado Antes do Resultado Financeiro e dos Tributos corresponde a 35,3% da Receita e a lucratividade líquida era 21,18%.
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Análise das Demonstrações Contábeis
Parecer da situação econômico-financeira: ENDIVIDAMENTO
A Empresa Fictícia é mais financiada por terceiros do que pelos acionistas (Endividamento Geral = 1,67) e 60% de suas dívidas vencem no curto prazo. A empresa não precisa utilizar recursos de terceiros para financiar seu Imobilizado, pois o Patrimônio Líquido é suficiente para aplicar no Imobilizado (IPL=0,70). Em X1 os indicadores de endividamento foram menores que em X2: 1,33 e 57,5%, respectivamente, demonstrando que a Empresa esteve em melhor situação em X1.
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Parecer da situação econômico-financeira: ENDIVIDAMENTO
A Empresa Fictícia é mais financiada por terceiros do que pelos acionistas (Endividamento Geral = 1,67) e 60% de suas dívidas vencem no curto prazo. A empresa não precisa utilizar recursos de terceiros para financiar seu Imobilizado, pois o Patrimônio Líquido é suficiente para aplicar no Imobilizado (IPL=0,70). Em X1 os indicadores de endividamento foram menores que em X2: 1,33 e 57,5%, respectivamente, demonstrando que a Empresa esteve em melhor situação em X1.
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Análise das Demonstrações Contábeis
Parecer da situação econômico-financeira: LIQUIDEZ
A Empresa Fictícia apresenta boa liquidez, tanto de longo prazo (Liquidez Geral = 1,18), quanto de curto prazo (Liquidez Corrente = 1,53), entretanto, se depender dos estoques e seus outros Ativos Circulantes de difícil realização, como Despesas Antecipadas (Liquidez Seca = 0,60), não há dinheiro suficiente para saldar suas dívidas. Já as Disponibilidades cobrem 33% das dívidas de curto prazo (Liquidez Imediata = 0,33). Em X1, os indicadores de liquidez foram maiores do que os de X2.
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Análise das Demonstrações Contábeis
Parecer da situação econômico-financeira: RENTABILIDADE
A Empresa Fictícia remunerou seus acionistas a 83,33% ao ano (Retorno do Patrimônio Líquido - RPL) e todos os recursos que financiaram o Patrimônio Total ( Passivo e Patrimônio Líquido) a 31,25% (Retorno do Ativo - RA). Em X1, o RPL e o RA foram menores que em X2, 60% e 25,7%, respectivamente.

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