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TESES MAIS COBRADAS EM CADA PEÇA

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TESES MAIS COBRADAS EM RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
DA TUTELA PROVISÓRIA – REINTEGRAÇÃO
Quando o caso apresenta a história de uma pessoa que nos termos da lei teria direito a estabilidade, por ser gestante, dirigente sindical, entre outros... Deve-se procurar o dispositivo legal que esclarece a razão pela qual a reclamante teria direito a estabilidade!
Após isso, normalmente, pede-se a tutela provisória nos seguintes termos: 
Ex.: “Ademais, estão presentes os requisitos para o deferimento da reintegração imediata da reclamante, já que o direito se apresenta como provável e há perigo de dano, pois a reclamante está sem receber salário e desempregada. Em razão disso, deve ser deferida a tutela provisória, nos termos do art. 300 do CPC, para imediata reintegração da reclamante. Podendo o juiz deferir tal pedido, nos termos do art.659, X da CLT.”
DO SALÁRIO IN NATURA
Além do pagamento em dinheiro, compreende-se no salário, para todos os efeitos legais, a alimentação, habitação, vestuário ou outras prestações "in natura" que a empresa, por força do contrato ou do costume, fornecer habitualmente ao empregado. Nesse caso pede-se que a verba seja integrada ao seu salário, com o pagamento das diferenças respectivas no valor de R$..., conforme o Art. 458, caput da CLT. Analisar também os §´s 3º e 4 º da CLT e a Súmula 241 do TST (a depender do caso narrado). 
No índice remissivo encontrar os fundamentos em “SALÁRIO IN NATURA OU UTILIDADE”
DA HORA EXTRA - EXCESSO DE JORNADA - INTERVALO INTERJORNADA OU INTRAJORNADA -ADICIONAL NOTURNO
Coloquei todas essas teses juntas pois a forma de identificar é a mesma: o caso trará os horários “feitos” pela reclamante, deve-se, então, analisar se ela trabalhava 8h ou não (regra, porém, dependerá da categoria da reclamante, lembre-se que em alguns casos pode ser que a jornada seja maior/menor!), se trabalhava mais de 8h, quantas horas seriam extraordinárias, se entre uma jornada e outra tem 11h de intervalo, se a jornada está “dentro” dos horários considerados como noturno, quanto tempo de intervalo dentro da jornada ela tinha. O pedido dependerá de cada caso.
Ex 1: “Em razão disso, percebe-se que a reclamante não tinha respeitado seu intervalo entre jornadas no dia tal e tal, pois não tinha 11 horas de intervalo entre uma jornada e outra, o que é assegurado pelo art. 66 da CLT, bem como art. 382 da CLT e OJ 355 da SDI-1 do TST. Assim, por analogia ao parágrafo §4º do art. 71, deve ser pago o período suprimido, com adicional de 50%.”
Ex 2: “Assim, a reclamante trabalhava em horário noturno, após as 22h. E tal horário deve ser pago com adicional de 20%, conforme previsto no art. 73, caput e § 2º da CLT. Diante disso, requer o pagamento de adicional noturno, com seus respectivos reflexos.”
SALÁRIO FAMÍLIA
O caso trará informações que a reclamante tem “filho ou equiparado de qualquer condição, até 14 anos de idade ou inválido de qualquer idade”. Pede-se o pagamento da cota família não paga (devendo ser uma por filho), vide art. 66 da Lei 8.213/91 e art. 7 º, XII da CF.
DEVOLUÇÃO DO DESCONTO
O caso contará a história de um funcionário que sofreu desconto em seu salário, por exemplo, os casos narrados no artigo 473 da CLT (das faltas justificadas), de empregada doméstica que teve desconto por se alimentar no trabalho, entre outros...
Nesse caso deve-se procurar o fundamento legal que indica o que não poderia ter sido descontado do salário e pedir a devolução do valor R$...
DA DIFERENÇA SALARIAL POR SUBSTITUIÇÃO
Normalmente narra que a reclamante substituiu determinada pessoa. Porém, deve-se analisar as circunstância dessa substituição, por exemplo, súmula 159, I do TST. Não é em todo caso que a pessoa terá esse direito, mas, se tiver, deve-se pedir: Ex.“Em razão disso, lhe é devido o pagamento do período de substituição, com a remuneração do substituído, conforme súmula 159, I do TST.”
DO CONTRATO POR PRAZO INDETERMINADO
Normalmente narra que a reclamante foi contratada a título de experiência por 45 dias, findos os quais nada foi tratado e que a empregada continuou trabalhando normalmente. Nesse caso o contrato passa a ser por prazo indeterminado, já que o art. 5º, §2º da LC 150/15, exige a prorrogação expressa do contrato de experiência. Colocar, por ex.: “Como não houve tal providência, o contrato deve ser tido como por prazo indeterminando.”
DO AVISO PRÉVIO – REFLEXOS
Ex. “Diante do exposto, requer o pagamento de aviso prévio de “x” dias, no valor de R$..., bem como a retificação da CTPS para constar como data de saída, aquela que considera o período de aviso prévio, conforme OJ. 82 da SDI-1 do TST.”
HORAS EM VIAGEM
Normalmente o caso narra que uma empregada doméstica acompanhou a família em uma viagem, expondo os horários trabalhados (analisar bem isso, pois para computar horas trabalhadas precisam estas ser efetivamente trabalhadas). Exemplo de pedido: “Logo, faz jus ao pagamento de 25% por hora de trabalho em viagem, conforme art. 11, §2º da LC 150/15. Diante do exposto, requer o pagamento de “x” horas em viagem com adicional de 25%, no valor R$....”
TRAMITAÇÃO PREFERENCIAL (PRELIMINAR!)
- Idoso (art. 71, Lei 10 741/2003 e art. 1048, I do CPC) 
- Portador de doença grave (art. 1048, I do CPC) 
- Dissídio que verse exclusivamente sobre salário ou empregador falido (art. 652, parágrafo único, CLT) 
- Figurar com o parte pessoa com deficiência (art. 9º, VII , Lei 13.146/2015). Nos termos do art. 2º da Lei 13.146/20 15, "considera -se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou m ais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas".
DANO MORAL
Se configura quando o empregado o sofre por atitudes de outros empregados, dos seus superiores hierárquicos ou do próprio empregador. Conforme o art. 932, III do Código Civil, o empregador é responsável por reparar os danos causados pelos seus empregados e preposto no exercício de suas funções ou em razão delas. No artigo 223-C diz que a “honra, a imagem, a intimidade, a liberdade de ação, a autoestima, a sexualidade, a saúde, o lazer e a integridade física são os bens juridicamente tutelados inerentes à pessoa física.” 
Ex.: “A intimidade e a vida privada são bens que devem ser respeitados, conforme art. 5º, X da CF, bem como art. 186 e art. 927 do CC, e art. 223-C da CLT, sendo que o desrespeito gera direito de indenização, que deve ser fixada considerando os parâmetros do art. 223-G da CLT. Assim, requer a condenação da reclamada ao pagamento de indenização pelo dano moral causado ao reclamante, por violação do seu direito à intimidade.”
TESES MAIS COBRADAS EM CONTESTAÇÃO
DA PRELIMINAR DE INÉPCIA DA INICIAL
Uma das preliminares mais cobradas. Abrir o CPC no art. 330 § 1º:
“Considera-se inepta a petição inicial quando:
I - lhe faltar pedido ou causa de pedir;
II - o pedido for indeterminado, ressalvadas as hipóteses legais em que se permite o pedido genérico;
III - da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão;
IV - contiver pedidos incompatíveis entre si.”
Analisar o caso narrado e contestar com base no artigo acima (citar o inciso específico ao caso) e pedir a extinção do processo sem resolução do mérito conforme art. 485, I do CPC.
Ex.: “O reclamante postula horas de sobreaviso, porém, em momento algum apresentou razões para tal pedido. Assim, faltando causa de pedir, o pedido de horas de sobreaviso é inepto, conforme art. 330, §1º, I, do CPC, e, em razão disso, deve o pedido ser extinto sem julgamento de mérito, conforme art. 485, I do CPC.”
DA PREJUDICIAL DE PRESCRIÇÃO 
Sempre que o caso der as datas de admissão, demissão e ajuizamento da ação, deve-se observar se existe prescrição bienal ou quinquenal. Normalmente cai a prescrição quinquenal. Deve-se pedir a extinção com resolução de mérito, de acordo com o art. 487, II do CPC.
Ex. de como contestar (quinquenal):
”O reclamante
ajuizou a presente ação em 30/04/2017, postulando verbas que retroagem a data da contratação, em 13/01/2019. Porém, conforme art. 11 da CLT, art. 7º, XXIX, CF e Súmula 308, I do TST, o reclamante só poderá buscar verbas que retroagem a cinco anos contados do ajuizamento da ação, ou seja, até 30/04/2012. Assim, requer sejam declaradas prescritas as parcelas anteriores a 5 anos contados do ajuizamento, com a consequente extinção com resolução de mérito, conforme art. 487, II do CPC.”
Ex. de como contestar (bienal):
“O reclamante ajuizou a presente ação em 07.11.2011, sendo que a extinção do contrato ocorreu em 03.10.2009. Logo, há prescrição bienal que deve ser reconhecida, já que o autor tinha até 03.10.2011 para ajuizar ação postulando verbas da contração, conforme art. 11 da CLT e art. 7º XXIX da CF. Assim, requer a extinção do feito com resolução de mérito, com fundamento no art. 487, II do CPC. Pelo princípio da eventualidade passa a analisar os pedidos de mérito, mesmo acreditando que restarão prejudicados em razão da prescrição.”
ACORDO COLETIVO
Extremamente importante não esquecer que ACORDO COLETIVO É DIFERENTE DE CONVENÇÃO COLETIVA! A pegadinha normalmente fica aí, o caso narra que algo foi decidido por acordo coletivo de uma empresa x, mas que a empresa y nunca cumpriu o acordo e, então, requer tal benefício.
Ex. de como contestar: “O acordo coletivo em questão não foi assinado pela reclamada, razão pela qual não se obriga com o referido benefício, conforme art. 611, §1º da CLT. Assim, o pedido deve ser julgado improcedente.”
DO ADICIONAL DE PERICULOSIDADE
Normalmente é para contestar o caso de uma pessoa que requer adicional de periculosidade mas que, em algum momento, narra que ela fica por um tempo reduzido no local.
Ex. de como contestar:
”É indevido o referido adicional, pois o contato era por tempo extremamente reduzido, conforme Súmula 364, I do TST. Diante disso, o pedido deve ser julgado improcedente, pelas razões apresentadas.”
DAS VANTAGENS PREVISTAS PARA BANCÁRIOS
Adoram comparar atividades meramente semelhantes ao trabalho realizado por bancários e pedir as vantagens previstas a eles.
Ex. de como contestar:
“Não podem ser aplicadas tais vantagens, pois o reclamante não é bancário, e por não ser pertencente a mesma categoria, não faz jus aos benefícios dessa categoria profissional, conforme art. 511 caput e parágrafo 3 º da CLT, inclusive seu empregador não explora a atividade bancária. Diante disso, o pedido deve ser julgado improcedente.”
DA REINTEGRAÇÃO 
O caso mais cobrado: o reclamante relata que APÓS receber o aviso prévio, decidiu inscrever-se numa chapa como candidato a presidente do sindicato dos empregados e em razão disso postula a sua reintegração. Ocorre que, o reclamante não tem garantia de emprego, pois sua candidatura se deu no prazo do aviso prévio! Contestar explicando isso e fundamentar conforme a Súmula 369, V do TST, dizendo que em razão disso, o pedido deve ser julgado improcedente.
Obs: atenção para o caso de gestante que PEDIU DEMISSÃO! Ela não terá direito a ser reintegrada (ter estabilidade provisória) nesse caso.
DAS HORAS EXTRAS - CARGO DE CONFIANÇA - DO INTERVALO INTRAJORNADA E INTERJORNADA
Prestar atenção se o reclamante realmente fazia horas extras! Se não fazia deve-se dizer, por ex.: “Ocorre que, o reclamante não fazia horas extras, pois respeitada a jornada de trabalho prevista no art. 58 da CLT e art. 7º, XIII da CF. Diante disso, requer seja julgado improcedente o pedido do reclamante.”
Lembrar que em caso de cargo de confiança a pessoa não tem direito a requerer hora extra, conforme o artigo 62 caput e inciso II da CLT.
DA INTEGRAÇÃO DO VALE CULTURA - DO VALE TRANSPORTE
Deve-se analisar o artigo 458, §2º da CLT, lá contém o rol das utilidades concedidas pelo empregador que NÃO serão consideradas como salário, dentre elas o vale cultura e vale transporte, os queridinhos da banca.
Ex. de como contestar: “Porém, conforme art. 458, §2º, VIII da CLT, o vale cultura não integra o salário, razão pela qual o pedido deve ser julgado improcedente.”
DA EQUIPARAÇÃO SALARIAL
Normalmente a reclamante pedirá equiparação salarial mas faltará preencher algum dos requisitos do artigo 461, caput da CLT, analise bem o caso para identificar qual requisito falta!
Exemplo de como contestar: “A reclamante e o paradigma não exerciam a mesma função, já que Paula era gerente de agência de pequeno porte e atendia apenas clientes pessoa física, e João Petrônio, atendia pessoas físicas e jurídicas, sendo gerente de agência de grande porte. Razão pela qual não preenche os requisitos do 461, caput e § 1º da CLT, bem como Súmula 06, III do TST. Diante disso, o pedido da reclamante deve ser indeferido já que as funções não eram idênticas.”
Quando encontrar “adicional de transferência” lembre-se de analisar: a reclamante se mudou de forma definitiva ou provisória? O adicional de transferência somente é devido no caso de transferência provisória! 
Exemplo de como contestar: “O adicional de transferência somente é devido no caso de transferência provisória, o que não é o caso da reclamante, já que essa foi transferida de forma definitiva, tanto que fixou residência com sua família. Assim, o adicional é indevido, conforme art. 469, §3º da CLT e OJ 113 da SDI-1 do TST, já que a transferência foi definitiva.”
DA MULTA DO ART. 477
Você terá que ler todo o artigo 477 e identificar se o empregador efetivamente cometeu algum erro relacionado a rescisão do contrato de trabalho, normalmente o enunciado trará o motivo da reclamada estar pedindo que seja aplicada a multa, então ficará fácil identificar e justificar.
INTEGRAÇÃO DA PL
Normalmente a reclamante alega que recebia participação nos lucros (PL) mas que ela não era integrada para fim algum. Nesse caso, deve-se contestar dizendo que “conforme previsão expressa da Lei 10.101/00, em seu art. 3º, as verbas de participação nos lucros não refletem em qualquer direito. Diante disso, requer seja julgado improcedente o pedido da reclamante.”
DA REVISTA ÍNTIMA
Não confunda a revista íntima com o exercício do poder de fiscalização do empregador! Revista a bolsas, por exemplo, não é considerado revista íntima, já que não há contato físico e nem exposição de parte do corpo. Exemplo de como contestar: “Não há qualquer ato ilícito, não havendo dever de indenizar, conforme art. 186 e art. 927 do CC, bem como art. 223-C da CLT. O que aconteceu, na verdade, é o exercício do poder de fiscalização do empregador.”
DO ASSÉDIO MORAL
Lembrar que a caracterização de assédio moral requer a reiteração de conduta! Normalmente o caso narra que o empregador advertiu a reclamante diante de outros colegas de trabalho por determinada conduta da mesma. Atenção se o enunciado trazer que havia norma estabelecendo tal conduta, que não foi cumprida pela empregada, dessa forma pode-se usar isso na justificativa da contestação também.
Exemplo de como contestar: “Ocorre que não se trata de assédio moral, pois foi ato único, e a caracterização de assédio moral, requer a reiteração de conduta. Não houve ilicitude na atitude do empregador, pois havia norma estabelecendo a conduta e a forma utilizada para advertir o funcionário foi proporcional, não havendo ato ilícito, não há dever de reparação, conforme art. 186 e 927 do CC, bem como art. 223-C da CLT. Ademais, pelo princípio da eventualidade, em caso de condenação, o valor fixado deve ser menor do que o pretendido, pois a reclamada é empresa de pequeno porte, e o valor pretendido é muito elevado, conforme art. 223-G da CLT. Diante do exposto, requer seja julgado improcedente o pedido da reclamante e, subsidiariamente, seja reduzido o valor.”
DA INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA DA JUSTIÇA DO TRABALHO
O que mais cai relacionado a incompetência absoluta da justiça do trabalho diz respeito ao recolhimento das contribuições previdenciárias relativas ao período do contrato de trabalho, razão pela qual requer a condenação da reclamada ao pagamento das contribuições.
Como contestar: “A justiça
do trabalho não é competente para determinar o recolhimento das contribuições, mas tão somente para a execução nos casos de sentença condenatória em pecúnia, e de acordos homologados, conforme art. 114, VIII da CF e súmula 368, I do TST. Assim, requer a extinção do feito, quando a este pedido, sem resolução de mérito, com fundamento no art. 485, IV do CPC.”
DAS HORAS IN ITINERE
Uma das mudanças da reforma trabalhista mais comentada! Então, atenção! Conteste dizendo que o caso narrado não enseja o pagamento de horas in itinere, por não ser considerado tempo a disposição do empregador o tempo gasto com o deslocamento para o trabalho, conforme art. 58, §2 do CLT.
TESES MAIS COBRADAS EM RECURSO ORDINÁRIO
Antes de fundamentar o motivo pelo qual você quer a reforma da sentença, comece dizendo que “O magistrado julgou procedente (narre os fatos)... e após isso explique a razão de tal decisão necessitar ser reformada.
Outra informação importante sobre as teses abaixo: não descrevi quem você estaria “defendendo” no RO, apenas debati as teses conforme os exames passados, então lembre-se na hora da prova de analisar se a sentença proferida foi favorável ou não para o seu cliente, pois no caso de ter sido deferido algo que foi favorável para ele, não existe a necessidade de elaborar tese a respeito desse pedido.
PRELIMINARMENTE – INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA
Dizer que há incompetência da Justiça do Trabalho para determinar, por exemplo, recolhimento de INSS de período trabalhado (normalmente é sobre recolhimento de INSS ou sobre CRIME, o que mudará será a fundamentação) por não se basear em decisão condenatória, conforme Súmula Vinculante 53 do STF, Súmula 368, inciso I, do TST e Art. 114, VIII, CRFB/88. Diante disso, requer a reforma da sentença para extinguir o feito sem resolução de mérito, com relação ao pedido, em razão da incompetência absoluta da justiça do trabalho para apreciar a demanda.
No caso de crime: “A Justiça do Trabalho não tem competência criminal, conforme se depreende do art. 114 da Constituição Federal. Ademais, trata-se de clara ofensa ao princípio do devido processo legal, pois a condenação se deu no bojo de uma reclamatória trabalhista, e a apreciação de eventual crime deveria se dar, se for o caso, na justiça federal comum. Diante do exposto, requer seja reconhecida a incompetência da justiça do trabalho, reformando-se a sentença nesse ponto.”
PRELIMINARMENTE: DA REVELIA
Normalmente dirá que o magistrado decretou a revelia e confissão da ré por esta não estar representada regularmente no caso de ausência. Mudança bastante comentada com a reforma trabalhista, então tome cuidado! Não é mais exigido que o preposto seja empregado!
Então, nesse caso, você diria: “Porém, não é exigido que o preposto seja empregado, conforme art. 843, §3º da CLT, razão pela qual a reclamada estava regularmente representada, e, em razão disso, não poderia ser declarada a sua revelia. Diante do exposto, requer seja afastada a revelia reconhecida na sentença.”
PRELIMINARMENTE: DO CERCEAMENTO DE DEFESA
O cerceamento de defesa se dá quando ocorre uma limitação na produção de provas de uma das partes no processo, que acaba por prejudicar a parte em relação ao seu objetivo processual. Dizer que: “Essa atitude do magistrado viola o direito constitucional de contraditório e ampla defesa, caracterizando cerceamento de defesa, conforme art. 5º, LV, da CF, pois a parte tinha o direito de produzir prova das suas alegações. Diante disso requer seja declarada a nulidade da sentença, pelas razões apresentadas.”
PRELIMINARMENTE: DA QUITAÇÃO – ACORDO PERANTE A CCP
Se o enunciado trouxer que foi feito acordo perante a CCP, deve-se dizer que o acordo sem ressalvas, tem eficácia liberatória geral, de maneira que nada mais poderia ser cobrado no caso dos autos, já que todas as verbas estão quitadas, conforme artigo 625-E, parágrafo único, da CLT. Assim, requerer o acolhimento da preliminar para reconhecer a quitação geral em razão do acordo firmado perante a CCP.
DA INSALUBRIDADE 
Normalmente o percentual está errado! Outra coisa a se observar é que sendo fornecido EPI ao emprego, e sendo este capaz de eliminar o contato com agentes insalubres, é indevido o adicional de insalubridade! Importante também lembrar que existe obrigatoriedade de realização de perícia para o percentual de adicional, bem como para verificar se o EPI elimina a insalubridade, conforme determina o art. 195, §2º da CLT. A depender do caso, usar a fundamentação pertinente e pedir que seja afastada a condenação ao adicional de insalubridade.
DAS HORAS EXTRAS
Deve-se analisar muito bem os horários, se existe hora extra ou não e os intervalos intrajornada. Se realmente tiver hora extra, tome cuidado com a porcentagem! Normalmente colocam que o juiz julgou procedente o pedido de x horas extras com o adicional de porcentagem x e colocam a mais do que realmente caberia. 
Exemplo de como colocar na tese:
“A sentença julgou procedente o pedido de uma hora extra com adicional de 80% pelo intervalo intrajornada violado, uma vez que era concedido apenas 30 minutos e que, a despeito de haver nos autos autorização do Ministério do Trabalho para a redução, isso não seria previsto em lei. Porém, a hora extra é indevida, porque há autorização do Ministério do Trabalho, conforme previsto no Art. 71, §3º, da CLT e art. 1º, §3º, da Portaria 1095/10 do Ministério do Trabalho. Assim, requer seja reformada a sentença para julgar improcedente o pedido da reclamante. Ademais, pelo princípio da eventualidade, se a condenação em sobrejornada for mantida, deverá o adicional ser reduzido para 50%, conforme o Art. 7º, inciso XVI, da CRFB/88, por inexistir norma coletiva prevendo percentual superior.”
DO SOBREAVISO 
Uma informação importante de saber é que o simples porte de telefone celular, por si só, não caracteriza sobreaviso, conforme previsto na Súmula 428, inciso I, do TST, mesmo se o empregado o deixa ligado fora das dependências da empresa, por vontade própria.
Então, se você ler algo relacionado a sobreaviso por esse motivo, afirme que “o simples porte de telefone celular, por si só, não caracteriza sobreaviso, conforme previsto na Súmula 428, inciso I, do TST, e que o empregado em questão não estava submetido a regime de plantão conforme Súmula 428, II, do TST. Diante do exposto, requer seja reformada a sentença para julgar improcedente o pedido do reclamante.”
DA HORA NOTURNA
Deve-se tomar cuidado com o percentual pedido, normalmente é o que está errado. Dizer:
“Porém, percentual da hora noturna deve ser reduzido para 20%, conforme o Art. 73 e art. 381, §1º da CLT. Diante do exposto, requer seja reformada a sentença para que o percentual da hora noturna seja reduzido para 20%.”
DA INTEGRAÇÃO DO PLANO ODONTOLÓGICO
Dizer que o plano odontológico não é integrado ao salário por disposição legal expressa, na forma do Art. 458, §2º, inciso IV, da CLT, e que diante disso requer a reforma da sentença para indeferir o pedido da reclamante.
DA RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA
Em um exame passado caiu que o juiz condenou a segunda ré, subsidiariamente, em todos os pedidos, fundamentando a procedência na revelia e confissão da 1ª ré. Porém, no enunciado dizia que foi juntada toda a documentação relacionada à fiscalização do contrato entre as rés.
Se cair algo parecido, dizer que “Sendo assim, é indevida a responsabilidade subsidiária, conforme esclarece a súmula 331, V do TST, ao referir que apenas em caso de não fiscalização é que haveria tal responsabilidade. Diante disso, requer a reforma da sentença para afastar a responsabilidade da 2º ré.”
DO REPOUSO SEMANAL REMUNERADO
Deve-se tomar cuidado com o seguinte: a Orientação Jurisprudencial nº 394 da SDI-1 dispõe que a majoração do valor do repouso semanal remunerado, em razão da integração das horas extras habitualmente prestadas, não repercute no cálculo das férias, gratificação natalina, aviso prévio e FGTS, pois caracterizaria “bis in idem” (pagamento duas vezes) e poderia, portanto,
ser caracterizado como enriquecimento ilícito!
Portanto, se o magistrado tiver julgado procedente tal majoração, pedir que o pedido seja julgado improcedente, pela razão explicada acima.
DA TAXA SELIC
Importante saber que não se aplica a taxa Selic para as dívidas trabalhistas! O art. 39 da Lei 8.177/91 e o art. 879, §7º da CLT determinam que seja aplicada a Taxa Referencial – TR. 
DO FGTS – AUXÍLIO-DOENÇA
Em determinada peça caiu que o juiz determinou o depósito do FGTS no período de 2 meses em que o empregado esteve afastado por auxílio-doença previdenciário. Ocorre que, nesse período não é devido o depósito, já que não consta no art. 15,§5 da Lei 8.036/90, logo, não há obrigação de recolhimento neste período. Assim, se cair algo relacionado, requerer a reforma da sentença para excluir a condenação em depósito do FGTS neste período.
DO DANO MORAL – CORREÇÃO MONETÁRIA - INDENIZAÇÃO
Cuidado com o seguinte: a correção monetária deve ser computada a partir da condenação, e não do ajuizado da ação, conforme determinada a súmula 439 do TST. Em uma peça passada caiu que juiz deferiu dano moral, determinando que juros e correção monetária fossem computados desde a data do ajuizamento da ação. Diante disso, requerer a reforma da sentença, para que a correção monetária seja aplicada considerando a data do arbitramento.
Sobre o dano moral: dizer que nenhum direito, como a honra, imagem, vida provada, etc, foi violado, não havendo razão para se falar em indenização, conforme art. 5º, X da CF, e art. 223-C da CLT. Diante do exposto, requer a reforma da sentença para julgar improcedente o pedido de dano moral e /ou indenização.
DA INDENIZAÇÃO PELOS FRUTOS DE MÁ-FÉ
Em um exame passado caiu que o juiz deferiu, com base no Art. 1.216 do Código Civil, indenização frutos de má-fé percebidos pela sociedade empresária porque ela permaneceu com dinheiro que pertencia ao trabalhador. Nesse caso, deve-se dizer que o art. 1.216 do CC não é aplicável ao direito do trabalho, pois existem regras próprias sobre o tema, conforme Súmula 445 do TST (“A indenização por frutos percebidos pela posse de má-fé, prevista no art. 1.216 do CCB/2002, por tratar-se de regra afeta a direitos reais, mostra-se incompatível com o Direito do Trabalho, não sendo devida no caso de inadimplemento de verbas trabalhistas”) Assim, requerer a reforma da sentença para excluir da condenação a indenização pelos frutos de má-fé.
DO SALÁRIO FAMÍLIA
Acredito que o mais importante nesse caso seja analisar a idade dos filhos da reclamante, a lei assegura o direito ao salário família apenas quanto aos filhos ou equiparados menores de 14 anos ou inválidos. 
Assim, requer a reforma da sentença para excluir a condenação em pagamento do salário família.
DA DIFERENÇA SALARIAL 
Lembrar que havendo cargo vago não é devido o pagamento de salário igual ao do antecessor, conforme Súmula 159, II do TST. Assim, se for esse o caso, requer a reforma da sentença para que seja julgado improcedente o pedido de diferença salarial.

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