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Uso da fotografia como fonte histórica

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USO DA FOTO
GRAFIA COMO FONTE HISTÓRICA
Edna Regina silva Almeida
Tutor: Professora Robertha Knop Gomes
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
História (FLX0087) – Prática Interdisciplinar: História, Fontes e Temporalidade (HID 109)
RESUMO
O presente artigo aborda o uso da fotografia no âmbito da pesquisa histórica e seu valor enquanto documento para o trabalho do historiador. Esse é o tema que ocupa centralmente o texto, ao discutir a análise dessa forma de registro fotográfico enquanto fonte histórica. Assim, através da análise de diferentes autores, que adotaram a fotografia como instrumento ou objeto de pesquisa, discute as trajetórias e construções metodológicas para entender e levantar os diversos aspectos contidos na fotografia.
PALAVRAS-CHAVES: Fotografia; história; fonte histórica.
INTRODUÇÃO
VALOR HISTÓRICO DA FOTOGRAFIA
A fotografia, constitui-se como uma fonte riquíssima para pesquisa histórica, no entanto, ela não é um retrato de uma realidade, um espelho, ou uma janela para o passado e não deve ser tratada assim. Mas deve ser analisada a partir dos valores de uma época, de uma determinada sociedade. “A fotografia está condicionada àquilo que uma determinada sociedade, grupo, classe social ou indivíduo desejam perpetuar e transmitir para a posteridade, aquilo que é considerado importante e digno de ser lembrado.” (FRANÇA, 2014, p.66). Nesse sentido Manuad, afirma:
Historicamente, a fotografia compõe, juntamente com outros tipos de texto de caráter verbal e não-verbal, a textualidade de uma determinada época. Tal ideia implica a noção de intertextualidade para a compreensão ampla das maneiras de ser e agir de um determinado contexto histórico: à medida que os textos históricos não são autônomos, necessitam de outros para sua interpretação. Da mesma forma, a fotografia - para ser utilizada como fonte histórica, ultrapassando seu mero aspecto ilustrativo - deve compor uma série extensa e homogênea no sentido de dar conta das semelhanças e diferenças próprias ao conjunto de imagens que se escolheu analisar. Nesse sentido o corpus fotográfico pode ser organizado em função de um tema, tais como a morte, a criança, o casamento etc., ou em função das diferentes agências de produção da imagem que competem nos processos de produção de sentido social, entre as quais a família, o Estado, a imprensa e a publicidade. Em ambos os casos, a análise histórica da mensagem fotográfica tem na noção de espaço a sua chave de leitura, posto que a própria fotografia é um recorte espacial que contém outros espaços que a determinam e estruturam, como, por exemplo, o espaço geográfico, o espaço dos objetos (interiores, exteriores e pessoais), o espaço da figuração e o espaço das vivências, comportamentos e representações sociais. (MANUAD, 1996, p. 10)
Na década de 1830, surgiu a fotografia através da união da conjunção de engenho, técnica e oportunidade. Niepce e Daguerre foram dois grandes nomes que se ligaram por interesses comuns, mas com objetivos diversos - são exemplos claros desta união. Enquanto o primeiro preocupava-se com os meios técnicos de fixar a imagem num suporte concreto, resultado das pesquisas ligadas à litogravura, o segundo almejava o controle que a ilusão da imagem poderia oferecer em termos de entretenimento (afinal de contas, ele era um homem do ramo das diversões).
Ao longo do século XIX, a fotografia foi marcada de polêmica, onde se discutia seu uso e suas respectivas funções, sua difusão provocou uma grande comoção no meio artístico, marcadamente naturalista, que via o papel da arte eclipsado pela fotografia, cuja plena capacidade de reproduzir o real, através de uma qualidade técnica irrepreensível, deixava em segundo plano qualquer tipo de pintura. Entre tantos artistas, um dos principais, foi o poeta francês Baudelaire, onde o mesmo relata que a fotografia libertou a necessidade do real em uma cópia fiel, onde expõe sua passagem em seu artigo ‘O público moderno e a fotografia’:
Se é permitido à fotografia completar a arte em algumas de suas funções, cedo a terá suplantado ou simplesmente corrompido, graças à aliança natural que achará na estupidez da multidão. É necessário que se encaminhe pelo seu verdadeiro dever, que é ser a serva das ciências e das artes, mas a mais humilde das servas (...). Que ela enriqueça rapidamente o álbum do viajante e dê aos olhos a precisão que faltaria à sua memória, que orne a biblioteca do naturalista, exagere os animais microscópicos, fortifique mesmo alguns ensinamentos e hipóteses do astrônomo; que seja enfim a secretária e bloco-notas de alguém que na sua profissão tem necessidade duma absoluta exatidão material. Que salve do esquecimento as ruínas pendentes, os livros as estampas e os manuscritos que o tempo devora, preciosas coisas cuja forma desaparecerá e exigem um lugar nos arquivos de nossa memória; será gratificada e aplaudida. Mas se lhe é permitido por o pé no domínio do impalpável e do imaginário, em tudo o que tem valor apenas porque o homem lhe acrescenta a sua alma, mal de nós” (BAUDELAIRE, in.MANUAD, 1996, p.2)
Baudelaire, portanto, ressalta o valor da fotografia como instrumento de uma memória documental da realidade, complementando a arte e não substituindo-a. A arte continua como o lugar da imaginação criativa da sensibilidade humana. A fotografia não é apenas uma analogia da realidade vivida, mas “é uma elaboração do vivido, o resultado de um ato de investimento de sentido, ou ainda uma leitura do real realizada mediante o recurso a uma série de regras que envolvem, inclusive, o controle de um determinado saber de ordem técnica.” (MANUAD, 1996.p 3) 
2.FOTOGRAFIA COMO FONTE HISTÓRICA: LEITURA E INTERPRETAÇÃO
De acordo com Mauad (1996), a fotografia é uma fonte histórica que demanda, por parte do historiador, um novo tipo de crítica, na qual o testemunho é válido, não importando se o registro fotográfico foi feito para documentar um fato ou representar um estilo de vida.
Para Kossoy (2001), é justamente pela materialidade e pela representação a partir do real da imagem fotográfica que ela serve como documento real, isto é, como fonte histórica. Entretanto, Kossoy adverte que ao utilizar a imagem fotográfica como fonte deve-se levar em conta sempre o seu processo de construção, porque a imagem fotográfica é um documento criado e construído. Assim, a relação documento/ representação é indissociável. Para o autor, a realidade da fotografia não corresponde necessariamente à verdade histórica, apenas ao registro expressivo da aparência. “A realidade da fotografia reside nas múltiplas interpretações, nas diferentes leituras que cada receptor dela faz num dado momento; tratamos, pois, de uma expressão peculiar que suscita inúmeras interpretações”. 
 Conforme Bourdieu (1965), pensando nos diferentes usos sociais dos documentos imagéticos no mundo moderno-contemporâneo, as fotografias refletem visualmente valores ideológicos, idealizações e sistemas estéticos e éticos de grupos sociais. Assim, o uso das imagens fotográficas como documento em pesquisas se tornou evidente. As fotografias de família, as imagens sociais que falam das cidades e de seus espaços físicos, os costumes de épocas em que não estávamos presentes mas que nos interessam, os móveis, as roupas, os tipos de moradia e as estruturas políticas, econômicas e sociais são partes da história da humanidade que, desde períodos muito remotos, são registradas em forma de imagem, seja na reprodução em desenho, gravura, pintura e escultura ou, a partir do final do século XVIII e início do XIX, com a imagem fotográfica.
 Maria Eliza Linhares Borges, faz algumas ressalvas sobre o uso da fotografia na História:
As imagens fotográficas, assim como as literárias e sonoras, propõem uma hermenêutica sobre as práticas sociais e suas representações. Funcionam como sinais de orientação, como linguagens. Quando utilizadas com fins compreensivos e explicativos, elas demandam não apenas o emprego de metodologias afinadas com seus estilos
cognitivos, que ajudam a ler e interpretar suas ambiguidades e seus silêncios, como também o cruzamento com outros tipos de documentos. (BORGES,2003, p.72)
Conforme a autora, para responder às questões que orientam nossas pesquisas, baseadas em vestígios do passado, portanto marcadas por uma margem relativamente grande de conjecturas e incertezas, as imagens fotográficas devem ser vistas como documentos que informam sobre a cultura material de um determinado período histórico e de uma determinada cultura, e também como uma forma simbólica que atribui significados às representações e ao imaginário social. 
As imagens fotográficas permitem conhecer aspectos significativos da memória coletiva, indo muito além de meras descrições, e trazem expressões vividas em outros tempos. Assim, retratam a História Visual de uma sociedade, documentam situações, estilos de vida, gestos e atores sociais, permitindo aprofundar o conhecimento da cultura material, expressa na arquitetura, nas cidades e nos objetos. Os estudos mais aprofundados permitem a análise de alguns detalhes tangíveis representados nas fotografias, ou seja, as comunicações não verbais, como o sentido do olhar dos retratados, os sentimentos, os sistemas de atitudes e também algumas mensagens de expressões corporais, faciais e movimentos, a maneira como as pessoas se posicionam no espaço fotográfico, que pode expressar as relações de poder no grupo ou na família.
Para Le Goff, a fotografia, pode ser considerada simultaneamente como imagem/documento e como imagem/monumento. No primeiro caso, considera-se a fotografia como índice, como marca de uma materialidade passada, a qual objetos, pessoas, lugares nos informam sobre determinados aspectos desse passado -condições de vida, moda, infraestrutura urbana ou rural, condições de trabalho etc. No segundo caso, a fotografia é um símbolo, aquilo que, no passado, a sociedade estabeleceu como a única imagem a ser perenizada para o futuro. Sem esquecer jamais que todo documento é monumento, se a fotografia informa, ela também conforma uma determinada visão de mundo.
De acordo com o filosofo francês Philipe Dubois, a fotografia apresenta duas injunções:
 1. A fotografia como transformação do real (o discurso do código e da desconstrução)
 2. A fotografia como o vestígio de um real (o discurso do índice e da referência).
A primeira postura, predominante no século XX, compreende três setores do saber:
Estudos relativos a teoria da percepção;
Rudolf Arnhein relata que que a fotografia é bidimensional, plana, cores que nada reproduzem o real, isola um determinado ponto no tempo espaço, levando a perder a noção de dimensão, excluindo a forma de tato e olfato, fazendo com isso a negativa da guarda de característica real.
 ii Efeitos ideológicos; Hubert Damisch e Pierre Bourdieu denunciam o débito da fotografia a noção de espaço perspectivo, própria ao pensamento renascentista e fortemente marcada por uma determinada visão de representar o mundo.
 iii Transformação do real remete a uma postura antropológica. Principal preocupação é apontar que o significado da mensagem fotográfica é convencionalizado culturalmente. Neste sentido, a recepção da fotografia e sua compreensão pressupõem uma certa aprendizagem, ligada à interação dos códigos de leitura próprios à imagem fotográfica. 
O grande problema dessa primeira postura é desconsiderar a realidade empírica que fundamenta o discurso imagético.
A segunda postura, ultrapassa os processos de desconstrução discursiva e retoma a questão do referente e da materialidade fotográfica. O ponto de partida é compreender a natureza técnica do ato fotográfico, a sua característica de marca luminosa, daí a ideia de indício, de resíduo da realidade sensível impressa na imagem fotográfica. Em virtude deste princípio, a fotografia é considerada como testemunho: atesta a existência de uma realidade.
OLHANDO ATRAVÉS DA IMAGEM
A invenção da fotografia possibilitou o registro e a representação visual de um trecho, de um fragmento do real. Atribuindo a imagem um sentido histórico e documental. Kossoy afirma: “Toda fotografia tem sua origem a partir do desejo de um indivíduo que se viu motivado a congelar em imagem um aspecto do dado real, em determinado lugar e época.”.
Nesse sentido, retrata-se aqui a experiência do fotógrafo Pedro Stein, que expõe seu depoimento sobre o valor da fotografia como documento histórico e registra suas imagens a partir do seu contexto e suas perspectivas:[1: Fotógrafo Pedro Inácio Stein, residente em Cachoeirinha Rio Grande do Sul]
A Fotografia como Documento Histórico
As fotos, quaisquer que sejam, são preciosos documentos históricos que revelam certas dimensões da realidade difíceis de serem descritas por meio de palavras.
Desde os primórdios, o ser humano sempre teve uma grande necessidade de registrar de alguma forma o seu cotidiano. Para alguns estudiosos essa necessidade decorria da vontade de oficializar a sua existência, enquanto para outros a mesma estava ligada à tentativa de representar algum ato considerado divino. Mesmo sem ter uma clara definição do intuito desses registros, fortes evidências mostram que esta necessidade gerada no ser humano iniciou-se nas civilizações antigas através das pinturas encontradas em cavernas nos diversos pontos do mundo.
Com o desenvolvimento das civilizações e do progresso intelectual do ser humano, novas formas de registros começaram a ser desenvolvidas com o objetivo de deixá-los mais compreensíveis para nossa interpretação, surgindo assim aparelhos ópticos que produziam retratos e paisagens com extraordinária riqueza de detalhes, desenvolvendo as imagens fotográficas.
Contudo as imagens fotográficas também trazem consigo um determinado valor sociocultural demonstrando uma intencionalidade do fotógrafo que determina e sugere olhares sobre os objetos a serem captados, pois a fotografia nada mais é que uma linguagem possuidora de signos e regras próprias de combinações desses signos, revelando uma estrutura possuidora de sua própria hierarquia que apresenta um novo ou um outro olhar sobre determinado objeto.
Com isso, a fotografia como imagem que conta um determinado fato, histórico ou não, torna-se um documento que fala e conta uma história. Isso se percebe muito bem na fotografia, hoje mais moderna, de casamento. Ela é um documento histórico que marca um importante começo: o início de uma nova família. Marca uma nova independência, um novo ciclo que, no registro fotográfico é relembrado, revivido e autenticado.
Quero aqui dar um exemplo do quão importante é esse registro fotográfico que interpela e atesta como sendo um documento histórico que conta uma determinada história.
Na imagem abaixo temo o início da construção de uma igreja (Paróquia São Vicente de Paulo em Cachoeirinha – RS) datado de setembro de 1959 e uma imagem atual da igreja. Esse registro fotográfico sozinho ele é capaz de até dizer alguma coisa. Diz da construção de uma importante edificação. Mas a fotografia como documento se intensifica quando alguém que viveu naquela época, olhando pra fotografia, conta de como foi a construção, das dificuldades, de como conseguiram recursos para levantar o prédio, das pessoas que ajudaram. Quanta história numa simples imagem! (STEIN, 2019)
As figuras abaixo, relatam a perspectiva de Stein, em relação a duas imagens que mostram a construção da Igreja São Vicente de Paulo em Cachoeirinha, Rio Grande do Sul. Os registros retratam a evolução histórica da construção ao longo dos anos.
 Figura 1. 1 Paróquia São Vicente Paulo, Cachoeirinha -RS, setembro de 1959
 Fonte: Pedro Stein Fotografia (2019) 
 Figura 1.2 Paróquia São Vicente de Paulo, Cachoeirinha -RS, junho de 2019
 Fonte: Pedro Stein Fotografia (2019) 
 A imagem - ao assumir o lugar de um objeto, de um acontecimento ou ainda de um sentimento - incorpora funções sígnicas, ou seja, representa sinais, traços e retalhos do cotidiano com representações próprias de um espaço- tempo. Ela é um
produto cultural. 
 A fotografia não é apenas documento, mas também, monumento e, como toda a fonte histórica, deve passar pelos trâmites das críticas externa e interna para, depois, ser organizada em séries fotográficas, obedecendo a uma certa cronologia. Tais séries devem ser extensas, capazes de dar conta de um universo significativo de imagens, e homogêneas, posto que numa mesma série fotográfica há que se observar um critério de seleção, evitando-se misturar diferentes tipos de fotografia (por exemplo, pode-se trabalhar com álbuns de família e revistas ilustradas para recuperar os códigos de representações sociais e programações de comportamento de uma certa classe social, num dado período histórico; no entanto, cada tipo de fotografia compõe uma série que deve ser trabalhada separadamente). Feito isso, parte-se para a análise do material.
O primeiro passo é entender que, numa dada sociedade, coexistem e se articulam múltiplos códigos e níveis de codificação, que fornecem significado ao universo cultural dessa mesma sociedade. Os códigos são elaborados na prática social e não podem nunca ser vistos como entidades ahistóricas. O segundo passo é conceber a fotografia como resultado de um processo de construção de sentido. A fotografia, assim concebida, revela-nos, através do estudo da produção da imagem, uma pista para se chegar ao que não está aparente ao primeiro olhar. 
O terceiro passo é perceber que a relação acima proposta não é automática, posto que entre o sujeito que olha e a imagem que elabora existe todo um processo de investimento de sentido que deve ser avaliado.
A fotografia comunica através de mensagens não verbais, cujo signo constitutivo é a imagem, sendo a produção da imagem um trabalho humano de comunicação, pauta-se, enquanto tal, em códigos convencionalizados socialmente, possuindo um caráter conotativo que remete às formas de ser e agir do contexto no qual estão inseridas como mensagens.
 Portanto, para se ultrapassar o mero analogon da realidade, tal como a fotografia é concebida pelo senso comum, há que se atentar para alguns pontos. O primeiro deles diz respeito à relação entre signo e imagem. Normalmente caracteriza-se a imagem como algo “natural”, ou seja, algo inerente à própria natureza, e o signo como uma representação simbólica. Um segundo ponto remete à imagem fotográfica enquanto mensagem, estruturada a partir de uma dupla referência: a si mesma (como escolha efetivamente realizada) e àquele conjunto de escolhas possíveis, não efetuadas, que se acham em relação de equivalência ou oposição com as escolhas efetuadas. Finalmente, o terceiro ponto concerne à relação entre o plano do conteúdo e o plano da expressão. Enquanto o primeiro leva em consideração a relação dos elementos da fotografia com o contexto no qual se insere, remetendo-se ao corte temático e temporal feitos, o segundo pressupõe a compreensão das opções técnicas e estéticas, as quais, por sua vez, envolvem um aprendizado historicamente determinado que, como toda a pedagogia, é pleno de sentido social. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este trabalho não teve a pretensão de elucidar todas as questões a respeito do conceito e da história da fotografia, mas compreender ressaltar o seu valor, enquanto fonte histórica no trabalho do historiador.
A respeito do conceito da fotografia, constata-se que trata-se de uma forma de expressão visual, indivisivelmente vinculada ao seu suporte e resultante da ação-intenção do autor, o fotógrafo, o assunto- momento escolhido e a técnica utilizada para a reprodução da imagem. Assim, a fotografia é produto do contexto pessoal e sociocultural do seu autor.
Como uso de fonte histórica na tarefa do historiador, a fotografia, apresenta-se como importante instrumento de pesquisa e organização documental, pois é um resíduo do passado e contém em si um fragmento determinado da realidade registrado fotograficamente e, pode ser utilizado na sua originalidade como fonte primária, ou na sua reprodução como fonte secundária.
No entanto, nesse processo de uso da fotografia como fonte histórica é preciso atentar para o fato de que a imagem é resultado da intenção do fotógrafo e fruto de um contexto sócio, histórico e cultural. 
No processo de construção da pesquisa historiográfica 
Neste artigo podemos concluir que a fotografia assim como foi criada, também teve muitas desavenças ,ate pelo fato de nao termos a dimensao de espaço e muito menos de nao poder ter os sentidos assim como o tato o olfato,com isso nao podemos dizer que é uma realidade e sim uma copia de lembranças,com isso fazendo uma determinada visao do mundo,um metodo de fazer com que nos nao perdermos a lembrança dos fatos.Tambem vimos que a fotografia foi criada na decada de 1830.Vimos tambem as duas injonçoes,as mensagens nao verbais,onde notamos as expressoes e com isso podendo ver as caracteristicas.Podemos reparar que a fotografia e separada em dois estilo: fotografia/documento,onde serve para considerar como indice e a segunda é a fotografia/monumento,onde a fotografia é um simbolo ,representando algo que a sociedade estabeleceu como a imagem para o futuro.
Referencia 
KOSSOY, Boris. Fotografia e história. São Paulo: Ateliê Editorial, 2001.
_____. Construção e desmontagem do signo fotográfico. In: _____. Realidades e ficções
na trama fotográfica. São Paulo: Ateliê Editorial, 2002.
MAUAD, Ana Maria. Fotografia e história – possibilidades de análise. In: CIAVATTA, Maria;
ALVES, Nilda (Orgs.). A leitura de imagens na pesquisa social: história, comunicação e
educação. São Paulo: Cortez, 2004.

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