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TRABALHO CONSTRUÇÃO CIVIL

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UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU 
CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS 
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL 
CONSTRUÇÃO CIVIL I 
INOVAÇÕES NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
PEDRO AUGUSTO VEIGA 
VINÍCIUS EDUARDO DA SILVA 
THIAGO HENRIQUE BARBOZA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BLUMENAU 
2019 
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 PEDRO AUGUSTO VEIGA 
VINÍCIUS EDUARDO DA SILVA 
THIAGO HENRIQUE BARBOZA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INOVAÇÕES NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
 
 
Trabalho apresentado na matéria de 
Construção Civil I, que visa apresentar as 
inovações do mercado. 
Profª Me. Kelen Mannes Knaesel 
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SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 4 
2. IMPRESSÃO 3D.........................................................................................................5 
2.1. PAVIMENTAÇÃO COM IMPRESSORAS 3D ................................................. 5 
2.2. PONTES COM IMPRESSORAS 3D................................................................... 6 
2.3. PROJETO CONTOUR CRAFTING.................................................................... 6 
2.4. CONCRETE PRINTING........................... ......................................................... 7 
2.5. APISCOR..............................................................................................................7 
2.6. MATERIAIS UTILIZADOS NA IMPRESSORA 3D.........................................8 
3. BIO CONCRETO – CONCRETO AUTO REGENERATIVO............................ 9 
 3.1 COMPOSIÇÃO ....................................................................................................9 
 3.2 PROCESSO DE REGENERAÇÃO....................................................................11 
 3.3 CUSTOS..............................................................................................................11 
 3.4 IMPLEMENTAÇÃO...........................................................................................11 
4. REBOCO PROJEADO POR MEIO DA ARGAMASSA ENSACADA..............12 
 4.1 PROCESSO CONSTRUTIVO.............................................................................12 
 4.2 FISCALIZAÇÃO E CONTROLE........................................................................15 
 4.3 PRODUÇÃO E CUSTOS....................................................................................16 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................17 
REFERÊNCIAS............................................................................................................18 
 
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1. INTRODUÇÃO 
 
O mercado da construção civil renova-se com os passar dos anos, e com isso, a 
praticidade e economia de materiais aumentam devido as novas tecnologias. Se por um 
lado os empregados reclamam do desemprego ao serem substituídos por máquinas que 
fazem seu trabalho, por outro a indústria de automação tende a crescer junto com a tempo 
de execução das obras, visto que esse é um dos grandes objetivos: poupar tempo, algo 
que a impressora 3D faz muito bem. 
Além da tecnologia da automação, também surgiu novidades nos materiais de 
construção, como o reboco projetado e o concreto auto regenerativo, que buscam acelerar 
o tempo de obra e evitar danos a estrutura, respectivamente. 
As novidades na área visam aumentar a satisfação do cliente, pois com novos 
produtos ele terá mais opções do que poderá utilizar em sua obra. 
 
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2. IMPRESSORA 3D 
 
Dentre as vantagens da impressão 3D, as que mais se destacam na construção civil 
é o aumento na produtividade e a possibilidade de construir em menos tempo, reduzir o 
desperdício de materiais nos canteiros de obras e aumentar a segurança na obra. 
A construção civil já vem utilizando essa tecnologia em países como a China e 
Estados Unidos. Em ambos os países, há empresas do setor que estão produzindo em larga 
escala, e possuem a capacidade de construírem 10 moradias em menos de 24 horas. Uma 
importante vantagem para tamanha produtividade é que o equipamento pode ser 
transportado e montado no terreno da própria obra. E esses empreendimentos impressos 
em 3D possuem expectativa longa de usabilidade de até 175 anos, algo de extrema 
relevância. 
 
2.1 PAVIMENTAÇÃO COM IMPRESSORAS 3D 
 
Além do aspecto da construção civil, essa tecnologia pode ajudar a resolver com 
maior rapidez um problema que é bastante comum também no Brasil: a falta e danificada 
pavimentação das ruas. 
Uma empresa Belga está usando uma impressora 3D para pavimentar avenidas, o 
equipamento faz tudo com uma velocidade 5 vezes maior, de 500 metros por dia, do que 
a forma tradicional. A máquina é capaz de nivelar o chão e colocar as pedras todas de 
uma só vez, sendo necessário aos operários somente inserir o material na máquina. Porém, 
as ruas que utilizam esse tipo de pavimentação não podem ter grande fluxo de carro, como 
rodovias e grandes avenidas. 
 
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2.2 PONTES COM IMPRESSORAS 3D 
 
As impressoras 3D também estão sendo utilizadas para a construção de pontes. A 
Holanda inaugurou, em 2017, a primeira ponte para ciclistas impressa de concreto. Com 
800 finas camadas de concreto, destacando-se por evitar desperdício, diminuindo os 
desperdícios. Atualmente, só existem pontes de utilização com pequenas cargas, como 
pedestres, porém, a autonomia para a construções destas demonstra que as impressoras 
ainda serão grandemente empregadas nessas construções. 
 
 
2.3 PROJETO CONTOUR CRAFTING 
 
Contour Crafting pode reduzir significativamente o custo da construção 
comercial. Projeções indicam que os custos serão em torno de um quinto da construção 
convencional, prometendo eliminar o desperdício de materiais de construção. Os projetos 
de construção serão extremamente acelerados; por exemplo, uma casa de 610 metros 
quadrados pode ser construída em menos de 24 horas. Este rápido tempo de construção 
minimiza os custos de financiamento de projetos de construção que normalmente levam 
seis meses ou mais para serem concluídos. Custos reduzidos e a construção automatizada 
tornarão a construção acessível a qualquer pessoa. 
 
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2.4 CONCRETE PRINTING 
 
Concrete Printing é um processo desenvolvido por uma equipe de pesquisa 
chamada Loughborough University, baseado a extrusão de argamassa de cimento para a 
impressão de concreto. Esse processo permite um maior controle de geometrias internas 
e externas e um de seus subprodutos é o acabamento da superfície nervurada, uma vez 
que a superfície final é fortemente dependente da espessura da camada. A tecnologia 
funciona despejando no local desejado, com o uso das chamadas esteiras de textura, um 
concreto de alta resistência e com fibras incorporadas na mistura. 
 
2.5 APISCOR 
 
A empresa norte-americana Apiscor desenvolveu uma impressora capaz de 
imprimir uma casa de 37 metros quadrados em apenas um dia. A impressora da empresa 
é capaz de compensar irregularidades no terreno de até 10 cm de altura. Após a inserção 
de todos os elementos de impressão no canteiro e a conexão dos mesmos com a rede 
hídrica e elétrica, a impressora se alinha automaticamente na horizontal e digitaliza a zona 
de impressão, a fim de eliminar as irregularidades. 
Desse modo, é feito um mapa do terreno, obtido através da digitalização, o que 
permite que a impressora preencha as depressões do local, preparando-se para imprimir 
a forma de fundação. Então, de acordocom o projeto, a máquina imprime a cofragem da 
fundação, na qual os operadores apenas monitoram se o trabalho está sendo realizado com 
exatidão e colocam pontes de fibra de vidro conforme seja necessário. Esses materiais 
irão garantir a força da estrutura para que possa continuar o preenchimento. Após a 
impressão da cofragem, despeja-se concreto pesado na mesma para o endurecimento e só 
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então as impressora poderá se mover para as paredes, que possuem um perfil interno mais 
complexo que o da fôrma de fundação, com o objetivo de garantir o reforço, isolamento 
e tubulações. 
Ao chegar ao topo da residência são colocados, pelos operários, os lintéis das 
aberturas das portas e janelas, que em seguida são seladas na parede. Assim, pode-se 
colocar as conexões necessárias para o funcionamento completo da casa, como fios e 
canos. E então, restará apenas os acabamentos e a instalação do telhado. 
A imagem abaixo mostra a primeira residência em impressão 3D realizada pela 
empresa, ela possui 37 metros quadrados, no seu interior há 4 compartimentos e seu custo 
é de 10.134 dólares, o que corresponde a aproximadamente 39 mil reais, 
aproximadamente 275 dólares por metro quadrado. 
 
2.6 MATERIAIS UTILIZADOS NA IMPRESSORA 3D 
 
A construção civil é responsável por cerca de 51% a 70% dos resíduos sólidos 
coletados. Grande parte desses resíduos são de materiais desperdiçados durante a obra. A 
técnica das impressoras 3D de construir camada a camada, utilizando apenas o material 
requisitado no projeto, evita grandes desperdícios e facilita, por exemplo, a colocação de 
tubos de hidráulica e elétrica, diminuindo assim grande parte dos desperdícios dentro de 
obras. 
Um outro fator muito interessante das impressoras 3D é a facilidade de utilização 
de materiais não convencionais, como, por exemplo, solo e resíduos que podem ser 
adicionados à pasta de cimento. As pesquisas sobre utilização desse método nas 
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construções facilitam explorar e testar o emprego desses materiais para edificar de forma 
cada vez mais rápida, sem desperdícios e sustentável. 
A base para as construções nas impressoras 3D é o concreto, porém, materiais 
como que gesso, argila, plástico e até mesmo partículas de madeira misturadas a epóxi, 
que formam um pasta, já são utilizados. Com essa gama de materiais, percebe-se que a 
utilização do método das impressoras 3D pode ser empregada em várias das etapas de 
uma construção convencional. Porém, sendo executadas pela mesma máquina, com a 
utilização das condutas de injeção e os reservatórios dos materiais, que facilitam o 
processo pela alternância dos materiais sem a troca ou lavagem do injetor. 
3 BIO CONCRETO – CONCRETO AUTO REGENERATIVO 
 
Bio concreto é, por sua definição uma forma de concreto elaborado para se auto 
regenerar de fissuras e rachaduras. Foi desenvolvido pelo microbiologista e pesquisador 
alemão Hendrik Jonkers, utilizando um componente que funciona como um agente de 
“cura” sem a intervenção humana. É tido como uma revolução na industria da construção. 
A mistura do bio-concreto conta com lactato de cálcio, substância utilizada como 
alimento das bactérias. 
No caso de danos como rachaduras, a estrutura interna é exposta à umidade do 
ambiente, o que ativa as bactérias de sua inércia. Quando elas despertam, passam a 
consumir o lactato de cálcio da mistura. Na digestão, a Bacilus pseudofirmus libera 
calcário que ocupa o espaço aberto na patologia do concreto em questão. O calcário 
produzido é acumulado na região das rachaduras. Esse processo acontece no prazo de três 
semanas. 
3.1 COMPOSIÇÃO 
 
O mesmo é integrado por esferas de argila expandida, impregnadas pela bactéria 
Bacilus pseudofirmus 
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Bem como lactato de cálcio que serve como nutriente para as bactérias 
 
A união destes dois componentes na presença de água, acaba por resultar na 
produção de calcário que vem a ser um dos agregados utilizados no concreto. 
 
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3.2 PROCESSO DE REGENERAÇÃO 
 
O mesmo se dá através da infiltração de água nas fissuras, o que acaba por acordar 
as colônias de bactéria adormecidas, assim sendo a reação das bactérias e seus nutrientes 
acaba por resultar na produção de calcário, que vem a ser o agente “regenerante”. 
 
 
3.3 CUSTOS 
 
Apesar de buscar mitigar os custos com eventuais patologias e prolongar a vida 
útil de obras de concreto, os custo de sua produção hoje é quase o dobro do concreto 
normal, na Europa, algo que fica em torno de 80 a 100 euros por m³. 
3.4 IMPLEMENTAÇÃO 
A primeira estrutura a usar o material foi uma estação de salva-vidas de um lago 
na Holanda. A edificação protótipo, iniciada em 2011 e sujeita a condições extremas com 
alta incidência solar e a presença contínua de água, permanece estanque desde a 
construção. 
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O bio-concreto também está sendo utilizado em canais de irrigação no Equador, 
país com grande atividade sísmica. 
Hoje o maior agente que impede sua implantação no brasil é seu alto custo de 
produção, porém espera-se que com os avanços na pesquisa, o mesmo se torne um 
material mais viável. 
4 REBOCO PROJETADO POR MEIO DE ARGAMAMASSA ENSACADA 
 
Atualmente, a construção civil engloba diversos processos até a entrega do 
produto final. Com tantas opções vigentes cada um com ampla diversidade de soluções e 
particularidades, cabe ao engenheiro decidir, embasado pelos parâmetros técnicos, 
logísticos e de viabilidades, qual o método a ser utilizado. 
No âmbito de revestimentos de paredes, pode-se atentar para a argamassa 
tradicional, produzida na obra, e na industrializada, argamassa ensacada. No segundo 
caso, as empresas, em diversas ocasiões, agregam a outro método, a projeção de 
argamassa (Reboco Projetado). Assim, objetiva-se alcançar altos índices de produtividade 
ao unir essas duas características. 
4.1 PROCESSO CONSTRUTIVO 
Primeiramente, deve-se atentar aos recursos que serão utilizados, como a equipe, 
o tipo de dosador, a forma de armazenamento dos materiais e outras características. Para 
a argamassa industrializada, precisa-se de: água; chapisco industrializado (comumente 
utilizado na área de elementos estruturais, como vigas e pilares); argamassa 
industrializada; misturador (figuras abaixo); equipe motivada e bem treinada. 
 
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Inicialmente, deve-se aplicar o chapisco adesivo nos elementos de concreto da 
área a ser revestida, proporcionando uma aderência mais adequada ao futuro revestimento 
argamassado. Ao finalizar a aplicação do chapisco industrializado, o emestramento é 
realizado, ou seja, a colocação de elementos guia para a orientação da espessura adequada 
do reboco a ser aplicado (figura abaixo). 
 
Após essas etapas, o operador da argamassadeira começará o abastecimento da 
equipe de aplicação (figura abaixo). Primeiramente, ele obedece à proporção indicada na 
embalagem da argamassa, ou seja, quanto de volume de água será adicionado na 
argamassa em pó, a fim de produzir um material de boa trabalhabilidade, alta resistência 
e boa capacidade de assimilar deformações. 
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É importante salientar que não há a necessidade de prévia aplicação do chapisco 
nos elementos de vedação da edificação, como as alvenarias de tijolos cerâmicos, pois o 
jateamento da argamassa, por ser de alto impacto, tem uma boa aderência nas paredes 
(figuras abaixo). Ou seja, economiza-se mão de obra e material, já que uma etapa é 
eliminada do processo. 
 
 
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Dando prosseguimento, o pedreiro regulariza o revestimento argamassado com 
uma régua de alumínio, a fim de atenderos requisitos de qualidade da empresa (figuras 
abaixo). 
Para o caso de emboço que receberá em seguida o revestimento cerâmico, a área 
deverá ser sarrafeada, bastando o uso da referida régua. Já para o reboco, há o acabamento 
final com a desempenadeira, regularizando toda a superfície da parede para a posterior 
pintura. 
 
 
4.2 FISCALIZAÇÃO E CONTROLE 
Toda empresa da construção civil trata a fiscalização e controle dos seus serviços 
como uma das prioridades do dia a dia, com o intuito de satisfazer os rígidos parâmetros 
de qualidade, disponibiliza uma ficha de verificação de serviço do reboco projetado. 
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4.3 PRODUTIVIDADE E CUSTOS 
Por fim, as faculdades e empresas produzem uma extensa quantidade de dados 
acerca desse tema, como comparativos entre o reboco convencional e o projetado. Segue 
uma dessas tabelas comparativas de um case no estado do Ceará. 
 
 
Embasados pelo processo construtivo e pelo conjunto de dados comparativos, 
pode-se afirmar que o reboco projetado demonstra alto índice de produtividade e baixo 
valor de custo quando comparado ao processo convencional. Cabe salientar que em 
alguns casos o reboco projetado poderá ser desvantajoso, como em canteiros onde há 
dificuldades logísticas para o transporte das argamassas ensacadas, em cidades onde não 
o fornecimento de maneira satisfatória desses produtos ou em obras de volumes bem 
extensos, nas quais deverá haver um estudo comparativo com o fornecimento de material 
em silos e sua posterior produção in loco. 
 
 
 
 
 
 
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7 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
A construção é uma das maiores indústrias do planeta, e como tal, é responsável 
pela geração de milhões de empregos, contribuindo decisivamente para os avanços da 
sociedade. A tecnologia na construção civil vem evoluindo a cada dia e é o diferencial na 
busca da eficiência e produtividade do setor. A tecnologia permite uso mais racional de 
tempo, material e mão de obra, pois agiliza e auxilia na gestão, tanto nas fases de projeto 
e orçamento quanto na execução. 
Ao entender a importância dos processos de planejamento e controle de obras com 
automação e integração, ficará clara a necessidade de recorrer a bons investimentos nesse 
sentido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS 
https://www.vaicomtudo.com/reboco-projetado-como-funciona.html 
 
https://www.aecweb.com.br/cont/m/rev/gesso-projetado-garante-bom-
acabamento_14110_10_16 
 
https://www.inovacivil.com.br/reboco-projetado/ 
 
www.tudoengcivil.com 
 
www.maisengenharia.com.br 
 
www.blog.fazedores.com 
 
www.predeirao.com.br 
 
www.inovacivil.com.br 
 
www.bbc.com

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