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TCC - STEEL FRAME

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UNIVERSIDADE PAULISTA 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA 
CURSO DE ENGENHARIA 
 
 
 
 
 
 
ALESSANDRA DE ALMEIDA 
TAWANNE NATHALIA VICENTE RIBEIRO 
 
 
 
 
 
UTILIZAÇÃO DE MÓDULOS PRÉ-FABRICADOS EM LIGHT STEEL FRAMING 
EM CONSTRUÇÃO DE MÉDIO PORTE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BRASÍLIA/DF 
2020 
 
 
 
ALESSANDRA DE ALMEIDA 
TAWANNE NATHALIA VICENTE RIBEIRO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UTILIZAÇÃO DE MÓDULOS PRÉ-FABRICADOS EM LIGHT STEEL FRAMING 
EM CONSTRUÇÃO DE MÉDIO PORTE 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso para obtenção do título de 
Graduação em Engenharia Civil apresentado à Universidade 
Paulista – UNIP. 
 
 
Orientador: Prof. Me. Luiz Soares Correia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BRASÍLIA/DF 
2020 
 
 
 
 
 
 
 
ALESSANDRA DE ALMEIDA 
TAWANNE NATHALIA VICENTE RIBEIRO 
 
 
 
 
UTILIZAÇÃO DE MÓDULOS PRÉ-FABRICADOS EM LIGHT STEEL FRAMING 
EM CONSTRUÇÃO DE MÉDIO PORTE 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso para obtenção do título de 
Graduação em Engenharia Civil apresentado à Universidade 
Paulista – UNIP. 
 
 
 
 
 
 
Aprovador em: 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
_______________________________/____/____ 
Prof. Me. Luiz Soares Correia 
Universidade Paulista – UNIP 
 
_______________________________/____/____ 
Nome do professor e especialização 
Universidade Paulista – UNIP 
 
_______________________________/____/____ 
Nome do professor e especialização 
Universidade Paulista – UNIP 
 
 
 
DEDICATÓRIA 
 
 Dedicamos esse trabalho a todas as pessoas que nos ajudaram de alguma forma a chegar 
até aqui. A nossa família, que são nossos maiores apoiadores em todas as decisões que 
tomamos. A faculdade UNIP por nos proporcionar essa experiência maravilhosa e a todo o 
corpo docente que nos trouxe onde estamos. Agradecemos uma a outra, pois durante esses 
longos anos de faculdade estivemos sempre juntas, criamos uma amizade que irá sair daqui para 
a vida toda. E principalmente a Deus, que acima de tudo e todos nos permitiu acordar todos os 
dias e ir vencendo cada luta, cada trabalho, cada momento da faculdade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
É mais rico aquele que se contenta com 
pouco, pois satisfação é a riqueza da 
natureza. 
Sócrates 
 
 
 
RESUMO 
 
Devido consolidação de um mundo mais sustentável, de preservação ambiental, a busca por 
alternativas construtivas mais eficientes, sustentáveis e rápidas, torna-se fundamental quando a 
construção civil é posta de frente com os desafios atuais da sociedade. Visto isso, a utilização 
do Light Steel Framing mostra-se uma solução adequada, apresentando esses valores, inovação 
e sustentabilidade, em seu processo de industrialização, porém, ainda, tal sistema é pouco 
trabalhado no Brasil. Neste trabalho será realizado um estudo de um projeto executado em Light 
Steel Framing com o objetivo de obter o Custo Unitário Básico (CUB) para esse sistema 
construtivo. Num primeiro momento são apresentados alguns conceitos aplicados a este modelo 
de construção, os materiais empregados no processo construtivo e, depois dessa base teórica e 
através do projeto arquitetônico e estrutural. Posteriormente, com todo o levantamento de 
matéria prima e custos obtidos, é possível obter o CUB por metro quadrado do projeto. 
 
Palavras chave: Light Steel Framing, Steel Framing, sustentabilidade, Custo Unitário Básico. 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
Consolidating the consolidation of a more sustainable world, of environmental preservation, 
the search for constructive alternatives, but efficient, sustainable and fast, becomes essential 
when a civil construction is faced with the current challenges of society. In view of this, the use 
of the Light Steel Framing proves to be an adequate solution, these values, innovation and 
sustainability, in its industrialization process, however, still, such a system is little worked in 
Brazil. In this work, a study of a project developed in Light Steel Framing will be carried out 
in order to obtain the Basic Unit Cost (CUB) for this construction system. At first, there are 
some necessary requirements for this model of construction, the materials used in the 
construction process and, afterwards, this theoretical basis and through the architectural and 
structural design. Subsequently, with all the survey of raw material and costs obtained, it is 
possible to obtain the CUB per square meter of the project. 
 
Keywords: Light Steel Framing, Steel Frame, sustainability, Basic Unit Cost. 
 
 
 
LISTA DE FOTOGRAFIAS 
 
Fotografia 1 – Ponte Serven em Coalbrookdate Bridge, 1779-1781 ...................................... 22 
Fotografia 2 – Casa em Sistema Steel Framing ...................................................................... 26 
Fotografia 3 – Edificação com fechamento em OSB .............................................................. 34 
Fotografia 4 – Telhado Steel Framing ..................................................................................... 38 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1 – Palácio Cristal, Londres, 1851 .............................................................................. 22 
Figura 2 – Esquema do Sistema Steel Framing .......................................................................33 
Figura 3 – Contra piso armado para construção com Steel Framing...................................... 35 
Figura 4 – Laje Mista para construção com Steel Framing ................................................... 35 
Figura 5 – Esquema de Laje Mista ........................................................................................ 36 
Figura 6 – Laje Seca para construção com Steel Framing .................................................... 36 
Figura 7 – Esquema de Laje seca ........................................................................................... 37 
Figura 8 – Cobertura em Steel Framing ................................................................................ 39 
Figura 9 – Parede Externa ..................................................................................................... 40 
Figura 10 – Parede Interna...................................................................................................... 41 
Figura 11 – Fixação de um parafuso autobrocante ................................................................ 43 
Figura 12 – Fita de aço galvanizado....................................................................................... 44 
Figura 13 – Planta baixa pavimento térreo............................................................................. 46 
Figura 14 – Planta baixa segundo e terceiro pavimento......................................................... 47 
Figura 15 – Modelo da estrutura em Light Steel Framing .................................................... 49 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
ABEF 
ABNT 
CBCA 
CEF 
CUB 
 Associação Brasileira de Empresas de Engenharia 
Associação de Normas Técnicas 
Centro Brasileiro da Construção em Aço Caixa 
Econômica Federal 
Custo Unitário Básico 
JIT Just-In-Time 
LSF Light Steel Framing 
MTE Ministério do Trabalho e Emprego 
NBR Norma Brasileira 
OSB Oriented Strand Board 
PET Poli Tereftalato de Etila 
PFF 
PVC 
Perfis formados a frio 
Polyvinyl Chloride 
RAIS Relação Anual de Informações Sociais 
SCI The Steel Construction Institute 
SBI The Swedish Institute of Steel Construction 
SF Steel Framing 
TPO Thermoplastic PolyOlefin 
TQM Total Quality Management 
WF Wood Frame 
XPS Polímero Super-resistente 
 
 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
Tabela 01 – Materiais utilizados para acabamentoe fechamento no projeto............................ 48 
Tabela 02 – Comparativo de valores de serviço no padrão Alvenaria e LSF........................... 55 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................... 14 
1.1 Objetivos ........................................................................................................ 15 
1.1.1 Objetivo Geral ........................................................................................... 15 
1.1.2 Objetivo Específico ................................................................................... 15 
1.2 Justificativa .................................................................................................... 15 
1.3 Hipótese .......................................................................................................... 16 
1.4 Método de pesquisa ....................................................................................... 16 
1.4.1 Etapas do trabalho ...................................................................................... 17 
2 CONSTRUÇÕES MODERNAS ......................................................................... 18 
2.1. Outros sistemas construtivos e suas evoluções ........................................... 18 
2.1.1. Alvenaria Convencional ............................................................................ 18 
2.1.2. Alvenaria Estrutural ................................................................................... 19 
2.1.3. Concreto pré-moldado ............................................................................... 19 
2.1.4. Concreto PVC ............................................................................................ 19 
2.1.5 Container................................................................................................... 20 
2.1.6 Wood frame ............................................................................................... 20 
2.1.7 Steel Framing .............................................................................................. 21 
2.2 A evolução da construção – Aspectos teóricos e evolução do LSF ............. 21 
2.3 História do aço .............................................................................................. 21 
2.4 Contexto histórico do steel framing ............................................................ 23 
2.5 Inserção no território nacional ................................................................... 23 
2.6 Normas ABNT NBR ..................................................................................... 25 
2.7 Características gerais do steel framing ....................................................... 25 
2.8 Sustentabilidade com a utilização do sistema LSF ................................... 30 
2.9 Métodos de construção ................................................................................ 31 
 
 
 
2.9.1 Método “Stick”: ......................................................................................... 32 
2.9.2 Método por painéis: ................................................................................. 32 
2.9.3 Construção modular: ................................................................................ 32 
2.9.4 Balloon Framing e Platform Framing: ...................................................... 32 
2.10 Sistematização ............................................................................................. 33 
2.11 Estrutura da edificação .............................................................................. 34 
2.12 Lajes impermeabilizadas ............................................................................ 35 
2.13 Telhados e coberturas ................................................................................. 37 
2.14 Acabamentos e revestimentos .................................................................... 40 
2.15 Parafusos ...................................................................................................... 43 
2.16 Fitas de aço galvanizado ............................................................................. 43 
3 ASPECTOS CONSTRUTIVOS COM USO DE MÓDULO DE LSF EM OBRA 
DE MÉDIO PORTE ............................................................................................................... 45 
3.1 Procedimento de coleta e análise de dados ................................................ 45 
3.2 Materiais e equipamentos para a execução do projeto .............................. 45 
3.3 Concepção do projeto ................................................................................... 45 
3.4 Dimensionamento da estrutura em LSF ..................................................... 47 
3.4.1 Projeto estrutural ....................................................................................... 48 
3.5 Execução da obra .......................................................................................... 50 
3.5.1 Fundação ................................................................................................... 50 
3.5.2 Radier ........................................................................................................ 50 
3.5.3 Montagem das Estruturas ......................................................................... 51 
3.5.4 Telhado ..................................................................................................... 52 
3.5.5 Montagem e fechamento em OBS ............................................................ 52 
3.5.6 Tubulação Hidrossanitária, Elétrica e Manta Termo Acústica ................. 53 
3.5.7 Fechamento Interno com Placa de Gesso ................................................. 53 
3.5.8 Acabamento .............................................................................................. 53 
 
 
 
3.6 Comparativo de valores ................................................................................ 53 
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ......................................................................... 56 
5 CONCLUSÃO ...................................................................................................... 58 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 59 
 
 
14 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 A utilização de Steel Framing na construção civil é cada vez mais empregada nos países 
desenvolvidos, especialmente nos Estados Unidos (EUA) onde as primeiras normatizações 
foram publicadas na década de 40 nos projetos em LSF. Existem considerações que devem ser 
tomadas nesse estudo preliminar até a conclusão de todas as modalidades, inclusive as 
respectivas interferências. Para tornar viável a aplicação desse sistema estrutural é de extrema 
importância a resolução de todos os conflitos e considerações ainda na fase de projeto, afinal, 
sendo sistema aonde parte da construção é constituinte pelos métodos pré-moldados e materiais 
especiais tornando-se extremamente moroso e caro para resolver tais questões na própria obra. 
 Portanto, o projeto estrutural parte de uma concepção geral da estrutura e termina com 
a documentação que possibilita a sua construção. Entre elas está a previsão do comportamento 
da estrutura de tal forma que ela possa entender satisfatoriamente às condições de segurança e 
de utilização para as quais foram concebidas. 
 Neste trabalho é feito um levantamento comparativo acerca das características de 
produção e produtividade, velocidade construtiva, serviço, impacto ambiental, desperdício, 
dinamismo térmico e acústico, patologias construtivas entre o sistema convencional em 
alvenaria e os sistemas construtivos a seco, Steel Frame, a fim de buscar respostas sobre qualsistema construtivo é mais vantajoso para o mercado com relação aos custos, velocidade de 
construção e qualidade. O trabalho contextualiza a atual circunstância em que se encontra a 
construção civil no Brasil, com relação ao emprego de tecnologias produtivas e o uso do sistema 
convencional de construção. Para a proposta deste trabalho foram realizadas pesquisas 
bibliográficas em livros, artigos científicos, teses e dissertações e também um estudo de caso 
em um empreendimento de construção convencional na cidade de Planaltina GO, onde foram 
coletadas informações acerca da obra e levantamento de custos para elaboração de planilhas 
comparativas entre os sistemas citados. Os resultados encontrados indicam que o sistema 
convencional não é a melhor opção para se construir atualmente e conclui se que a tendência 
da construção civil é a industrialização de seus processos construtivos, sendo os sistemas Steel 
Framing e opções seguras e viáveis econômico, social e ambientalmente. 
 
 
 
 
15 
 
1.1 Objetivos 
 
1.1.1 Objetivo Geral 
 
Será reportado a seguir, de forma clara e objetiva, um estudo sobre estruturas metálicas, 
o que possui de superior e consequentemente inferior, surgimento do aço, a importância de 
estruturas metálicas em construções, sua influência para o futuro de forma que não haja prejuízo 
para toda a humanidade. Apresentar e desenvolver os aspectos relacionados a projeto, 
planejamento, execução e custos de edificações em LSF. 
 
1.1.2 Objetivo Específico 
 
O objetivo principal deste trabalho, é demonstrar seus aspectos industriais claramente 
mais práticos e menos trabalhosos para a construção, vendo que o mesmo acelera de forma 
significante a construção da obra. 
Sistematizar as informações a respeito da Construção Modular em LSF com relação a 
técnicas, materiais, métodos e padrões construtivos disponíveis em catálogos e manuais 
técnicos. 
Analisar o processo de desenvolvimento de edificação com um programa de usos pré-
definido utilizando módulos pré-fabricados no sistema LSF, sua relação com demais projetos e 
a logística de construção. 
Propor soluções técnicas e de projeto para construção modular em LSF com ênfase nas 
questões relativas a transporte, montagem e fabricação dos módulos. 
 
1.2 Justificativa 
 
Trabalhar com o sistema convencional de alvenaria além de ser um meio de produção 
lenta e por isso incapaz de atender à demanda de construções sozinha, depende de maior 
quantidade de operários para a sua execução, que muitas vezes é informal ou de baixa 
qualificação. Ao contrário do que alguns profissionais do setor acreditam sobre a redução de 
mão de obra no sistema SF e a possibilidade de colaborar para aumentar o desemprego, o 
sistema reduz de fato a quantidade de mão de obra no canteiro durante a montagem da estrutura, 
porém gera contratação de mão de obra na fabricação dos componentes e elementos em nas 
fábricas, com melhores condições de trabalho e perspectiva de continuidade de emprego pela 
16 
 
produção em série e menor rotatividade em relação ao trabalho na construção civil tradicional. 
O sistema ainda estimula a formação de funcionários polivalentes pelo exercício de várias 
funções no ambiente de trabalho, que podem ser desde a marcação da obra, montagem dos 
painéis, colocação das placas internas e externas, tratamento das juntas, até execução de forro 
de gesso, entre outros, reduzindo a fadiga e o estresse pela diversificação das ações físicas e 
auxiliando na disseminação dos conhecimentos. 
Atualmente a execução de obras em alvenaria tanto autoportante, estrutural, vedação e 
em concreto armado, geram um volume considerável de resíduos, ocasionando um desperdício 
econômico e ambiental. Outro fator relacionado à alvenaria é o tempo gasto na execução, que 
é superior ao “Light Steel Framing”, o estudo do custo, o tempo da execução da construção é 
de extrema importância social em tempos de inovação no mercado de materiais 
 
1.3 Hipótese 
 
De forma geral em tese, o Steel Framing, mostra que suas qualidades em uma obra será 
a melhor forma para o desenvolvimento no brasil, qualificando sua mão de obra, induzindo os 
seus clientes que é uma obra rápida e fácil de ser feita. Levando em consideração que uma obra 
extraída do SF, terá um custo em algumas vezes um pouco maior que a construção 
convencional, mas consequentemente diminuindo em outras áreas, como limpeza na 
construção, diminuição de resíduos, entre outras. 
 
1.4 Método de pesquisa 
 
Para dar início, foi feita uma extensa revisão bibliográfica e documental, por meio de 
manuais técnicos disponíveis, artigos científicos, catálogos, dissertações, abrangendo nosso 
conhecimento e nos familiarizando mais com o tema abordado. 
Com relação aos aspectos técnicos relativos à Construção Modular em LSF – Light Steel 
Framing, a pouca presença de publicações científicas como artigos, dissertações e teses sobre 
o tema, fez com que a pesquisa realizada fosse baseada principalmente em publicações técnicas 
nacionais e estrangeiras, destacando-se as do CBCA – Centro Brasileiro da Construção em Aço, 
SCI – The Steel Construction Institute (Instituto Inglês de Construção em Aço) e do SBI – The 
Swedish Institute of Steel Construction (Instituto Sueco de Construção em Aço). 
 
 
17 
 
1.4.1 Etapas do trabalho 
 
Este trabalho foi elaborado em 5 (cinco) capítulos, onde mostramos os benefícios e 
malefícios da utilização do Steel Framing na Construção Civil atual. 
Foi dividido da seguinte forma: 
1. Introdução, onde temos a identificação de todo o trabalho, sendo objetivo geral e 
específico, justificativa, hipótese e métodos de pesquisa. 
2. Referencial teórico onde abordamos um pouco de todo o contexto no mundo do Steel 
Framing. 
3. Metodologia aplicada na prática em uma obra de 3 (três) pavimentos de um prédio 
comercial. 
4. Resultados conseguidos na pesquisa, e comparação de informações adquiridas 
durante o trabalho. 
5. Conclusão dos membros sobre o trabalho. 
 
18 
 
2 CONSTRUÇÕES MODERNAS 
 
Para que se possa compreender melhor o que falaremos a respeito desse material, se faz 
necessário o conhecimento do seu surgimento e desenvolvimento desde a primeira vez que se 
foi empregado na construção até os dias de hoje, salientamos suas vantagens, desvantagens e 
tudo o que envolve esse esquema a seco, cheio de novidades incentivadoras para a construção 
e o ecossistema que vivemos. 
 
2.1. Outros sistemas construtivos e suas evoluções 
 
 Escolher o melhor sistema construtivo é essencial para se iniciar um projeto, pois é a 
forma de poder adaptar um espaço com seus interesses e desejos. Normalmente escolhem-se o 
sistema mais convencional de alvenaria, de mais uso e mais conhecido. Porém, existem outros 
sistemas, que por sua vez possuem custo benefício mais baratos e menos agressivos ao meio 
ambiente. 
“Com o advento da globalização, diversos setores econômicos da sociedade são 
influenciados a se modernizarem e se reformularem tecnicamente, de forma a atender a 
demanda do mercado consumidor. Na construção civil isso não é diferente, é preciso buscar 
novas metodologias que racionalizem processos e que ofereçam vantagens ao construtor, de 
forma a acelerar a evolução da cadeia produtiva” (TRINDADE, 2013). 
Existem uma série de sistemas construtivos, listamos aqui alguns mais utilizados Brasil 
a fora. 
 
2.1.1. Alvenaria Convencional 
 
Esse sistema muito comum e mais conhecido tem como método construtivo o 
desenvolvimento de vigas, pilares, lajes de concreto armado e alvenaria utilizada para a 
vedação, sem a necessidade de operário diplomados, o que se destaca como benefício e com 
isso é muito comum a perda de materiais devido ao retrabalho, apesar da grande facilidade de 
se encontrar tais materiais, gera maiores custos e alterações no decorrer da obra, produzindo 
grandes quantidades de resíduos e a precisão de mais tempopara conclusão. 
 
 
 
19 
 
2.1.2. Alvenaria Estrutural 
 
Nesse sistema utiliza a junção entre estrutura e vedação, utilizando barras de aço junto 
com os blocos estruturais na elevação de mais de 4 (quatro) pavimentos, é muito importante 
que os projetos estejam muito bem desenvolvidos, prevendo os vãos de acordo com os módulos 
a serem usados e abrangendo a compatibilização dos projetos hidrossanitários e elétricos devido 
as limitações desse sistema. Claramente é um sistema com menos desperdício de materiais por 
necessitar de colaboradores mais qualificados, mais rápida pela facilidade na construção o que 
gera menor quantidade de serviço e nesse caso ganhando mais economia. 
 
2.1.3. Concreto pré-moldado 
 
Diferente do sistema anterior, é um método em duas etapas onde sua estrutura necessita 
ser deslocada até o local desejado e colocado em posições corretas, pois suas primeiras peças 
são moldadas em fábrica por um processo industrial, o que economiza espaço no canteiro de 
obra, solicita da construção de um shaft que são aberturas verticais por onde passarão as 
tubulações e tem como função permitir e facilitar acesso a colunas de água, tubos de gordura e 
sabão, instalações elétricas, telefônicas e centros de medições caso necessário, também é 
construído em grande escala e é mais utilizado para galpões e grandes empresas. 
Em sua estrutura geralmente aparente, seu fechamento já em terreno de obra configura 
a segunda etapa, utilizando placas cimentícias ou dry-all. Apesar de sua inflexibilidade permite 
alcançar grandes vãos e pavimentos superiores a 30 (trinta) metros num curto período de tempo, 
porém, caso ocorram mudanças, acarretam desperdícios de peças inteiras, mas, poucos 
resíduos. Necessita de mão de obra e equipamentos específicos e especializados. 
 
2.1.4. Concreto PVC 
 
É uma construção modular composta por painéis em PVC que abrange funções como 
estruturas e acabamentos, contudo seu custo é elevado. Podem ser encontradas de várias cores, 
porém possuem poucos fornecedores, são fáceis de aplicar qualquer tipo de revestimento mas 
necessita de mão de obra especializada, são laváveis e já chegam nas medidas exatas para cada 
função, vêm prontos para os encaixes do esqueleto estrutural, permitindo as instalações elétricas 
e hidráulicas e só então são preenchidos com concreto para que a estrutura ganhe firmeza, 
dependendo do projeto é necessário o uso de aço estrutural como reforço. Para construção de 
20 
 
um pavimento, uma laje radier é o suficiente, o que desonera em muito a obra. Permite uma 
construção limpa e organizada, possui bom isolamento térmico e acústico, alterações pós obra 
e mínimo desperdício de materiais. 
 
2.1.5 Container 
 
Esse sistema se baseia em transformar um contentor ou contêiner, de metal, (aço), 
alumínio, fibra ou madeira, em uma residência. Utilizado normalmente para transporte de 
cargas que para a utilização marítima. Segundo Juliana Rangel do portal de arquitetura 
sustentável, “A vida útil do contêiner para o mercado náutico é de aproximadamente 8 anos 
tendo uma vida real de 100 anos, o que geraria uma média de 92 anos de “inutilidade forçada’”. 
É resistente a chuva, incêndio e outras intempéries. Reaproveitado em obra, cai nas 
graças do sistema sustentável, produz uma obra mais limpa por usar poucos materiais 
complementares como areia, tijolo, cimento, água, ferro e etc, baixo isolamento térmico e 
acústico, necessita de mantas e tratamentos adequados contra corrosões. Dispõe de um tempo 
menor de obra relacionado aos outros sistemas, levando em torno de 60 a 90 dias para se 
concluir, necessitando de mão de obra especializada, apresenta baixo custo e alta mobilidade, 
podendo ser desmontada e remontada em outro local, necessita de espaço para que os 
equipamentos específicos manobrem o container, além de conter um legislação adequada e 
dificuldade de obtenção de financiamento. 
 
2.1.6 Wood frame 
 
Formado por perfis de madeira maciça, contraventada e autoclavada. Apesar de não ser 
vantajoso para uso em regiões muito úmidas, a construção se faz rápida pois as madeiras 
chegam no tamanho exato para construir, porém é limitado quanto a quantidade de pavimentos, 
possui alto isolamento térmico e acústico, necessidade de impermeabilização da estrutura e do 
fechamento caso seja de madeira, pois também pode ser fechado com chapas metálicas. É 
considerada e uma obra de baixo custo, além de limpa e organizada, pois, seu material pode ser 
transportado por carro de menor porte, não faz uso de água para a construção, e é de fácil 
armazenamento. As estruturas elétricas e hidráulicas não de difícil instalação, é limitado quando 
a alterações e perfurações, a não ser que esteja previsto em projeto estrutural. Mão de obra 
necessária superespecializada além de manuseio com precisão das ferramentas e materiais. 
Devo ressaltar que é o único sistema que utiliza material renovável. 
21 
 
2.1.7 Steel Framing 
 
Sistema construtivo semelhante ao Word Framing, contudo seu material principal são 
perfis de aço galvanizado ao invés de madeiras. Suas especificações e evoluções virão no 
decorrer do trabalho. 
 
2.2 A evolução da construção – Aspectos teóricos e evolução do LSF 
 
 “O Steel Framing é um sistema construtivo racional constituído de perfis leves de aço 
galvanizado, que formam paredes estruturais e não estruturais depois de receber os painéis de 
fechamento. ” (TECNE apud HASS E MARTINS, 2011, p.9). 
O método industrializado usa basicamente produtos padronizados de tecnologia 
avançada, onde os componentes construtivos são fabricados industrialmente e a matéria prima 
usada, os procedimentos de fabricação, as características técnicas e acabamentos passam por 
rigorosos e sistemáticos controles de qualidade (WEBSITE REVISTA TECHNE, 2013). 
A utilização de Steel Framing na construção civil é cada vez mais empregada nos países 
desenvolvidos, especialmente nos Estados Unidos onde as primeiras normatizações foram 
publicadas na década de 40 nos projetos em LSF. O Brasil é considerado um dos maiores 
produtores mundiais de aço, apesar disso o emprego de estruturas metálicas em edificações tem 
sido pouco expressivo se comparado ao potencial da indústria manufatureira Brasileira, que a 
partir da flexibilidade e agilidade construtiva do sistema LSF observa-se um grande potencial 
a ser explorado nas mais diversas aplicações, dentre as quais podemos citar: casas, edifícios 
residenciais e comerciais de baixa altura, estabelecimentos de saúde e de ensino, hotéis, 
habitações de interesse social e no retrofit de edificações. 
Com o desenvolvimento de produtos siderúrgicos no País ampliou as alternativas de 
soluções construtivas disponíveis, segundo o Prof. João Kaminski Junior, Doutor em 
Engenharia Civil, também na área de Estruturas na UFRGS. 
 
2.3 História do aço 
 
Os primeiros usos do ferro aconteceram, aproximadamente, 8.000 anos atrás em 
civilizações tais como as do Egito, da Babilônia e da Índia. Essas civilizações usaram o ferro 
apenas como adorno nas construções ou com fins militares. O uso do ferro em escala industrial 
só teve lugar em meados do século XIX, decorrente da Revolução Industrial na Inglaterra, 
22 
 
França e Alemanha. A primeira obra importante construída com ferro foi a ponte sobre o rio 
Severn, em Coalbrokdale, na Inglaterra em 1779 (fotografia 1). 
 
Fotografia 1 – Ponte Severn em Coalbrookdate Bridge, 1779-1781. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: UCSB Department Of History 
 
Já nas construções de edifícios teve como um marco em sua história a construção do 
Palácio de Cristal em Londres em 1851 (figura 1). Mas, foi apenas no século XIX que o aço se 
fortaleceu como material indispensável na construção civil aqui no Brasil. Foi quando surgiu o 
concreto armado que une em um só material as vantagens do aço e do concreto.Figura 1 – Palácio Cristal, Londres, 1851. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Google imagens, 2012. 
 
Essa inovação da qual já nessa época iniciamos a tirar proveito agregando o concreto ao 
aço começou a ser crescente nas construções e não demorou a perceberem que se poderiam até 
mesmo substituir as estruturas de concreto por elas, baseando se no fato de que são mais 
resistentes e duradouras, além de alcanças grandes vão, pelo fato de ser muito mais leve e ainda 
obter mais dureza que o bloco cerâmico da alvenaria convencional. 
23 
 
2.4 Contexto histórico do Steel Framing 
 
Segundo Rodrigues (2006) o Steel Frame ou também conhecido como Light Steel 
Frame (LSF) se originou de outro sistema construtivo. 
A história do Framing inicia-se entre 1810, quando nos Estados Unidos começou a 
conquista do território, em 1860, quando a migração chegou à costa do Oceano Pacífico. 
Naqueles anos, a população americana se multiplicou por 10 (dez) e para solucionar a demanda 
por habitações recorreu-se a utilização dos materiais disponíveis no local (madeira), utilizando 
os conceitos de praticidade, velocidade e produtividade originados na Revolução Industrial 
(2006, p.10). 
Entretanto, a madeira tem seus recursos finitos, e seu material é extremamente 
inflamável. No ano de 1.871, parte da cidade de Chicago foi destruída por um grande incêndio, 
deixando milhares de desabrigados. Visto isso, se viu a necessidade de se utilizar materiais que 
pudessem substituir de maneira equivalente a madeira, porém menos inflamável, foi aí que 
desenvolveram o Light Steel Framing, feitos de perfil de aço galvanizado (ANDERS, 2007). 
Embora o protótipo ter sido desenvolvido no início do século XX, somente no final do século 
o LSF recebeu visibilidade nas construções do país, devido grandes tragédias ocorridas, como 
incêndios naquele século (ANDERS, 2007). 
Um dos países que também utilizaram em grande escala o Light Steel Framing foi o 
Japão, sendo de suma importância para reerguer milhões de construções devastadas pelos 
bombardeios causados pela Segunda Guerra Mundial. Seu sucesso fez com que o método fosse 
cada vez mais utilizado nos EUA e Canadá (BONDUKI, 2008). 
Com o aumento da produção de construções em aço, ficou notório que a substituição do 
aço pela madeira poderia ser mais vantajosa, considerando e estudando cada caso, uma vez que 
o aço é um material, resistente, impermeável e que também possibilitava estruturas mais leves 
que as convencionais para a época, sendo assim, sua utilização passou a ser cada vez mais aceita 
e utilizada mundo a fora. 
 
2.5 Inserção no território nacional 
 
Segundo Peterson (apud CASTRO 2007) na construção civil Brasileira ainda é usado 
em sua maioria, alvenaria como material estrutural, causando desperdício de material e baixa 
produtividade. Um dos métodos mais antigos e mais utilizados por todos, mas que já mostrou 
diversas vezes suas vantagens e desvantagens dentro da construção civil. Entretanto, as novas 
24 
 
tecnologias devem der empregadas na industrialização dos processos (SANTIAGO; FREITAS; 
CRASTO, 2012, p. 11). 
A utilização do sistema LSF no Brasil começou marcadamente na década de 90, quando 
algumas construtoras começaram a importar kits pré-fabricados em LSF para montagem de 
casas. Apesar do uso de tais kits sem qualquer adaptação para a realidade brasileira, o processo 
construtivo industrializado se provou eficiente (CRASTO, 2005). 
Hoje o Brasil possui uma infraestrutura capaz de produzir todos os insumos necessários 
para a construção com sistema LSF. Porém, ainda há pouco conhecimento técnico por parte dos 
profissionais envolvidos na construção civil. 
O sistema LSF é utilizado no Brasil em sua maioria na construção de habitações 
unifamiliares de pequeno porte (até dois pavimentos), e médio porte como escolas, hospitais, e 
edifícios de apartamentos de até 5 (cinco) pavimentos, além de retrofit de edificações existentes. 
Suas primeiras utilizações foram por empreendimento privado, inicialmente para 
construções residenciais de alta qualidade, mas na atualidade diversas empresas promovem a 
execução de suas construções com método, como Mc Donald’s e Ipiranga Produtos de Petróleo, 
buscando reduzir o prazo da obra e os impactos ambientais (SALES, 2009). Na área 
habitacional popular foram desenvolvidos alguns conjuntos em São Paulo, Paraná, Rio Grande 
do Sul, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais, e a Caixa Econômica Federal, por 
sua vez, também incentiva o financiamento de habitações em Light Steel Framing no país 
(BONDUKI, 2008). 
Koskela, Huovila e Leinonen (2002) afirmam que os três aspectos do Lean Design são 
baseados tanto na visão tradicional de projeto (conversão) quanto na visão da ES (fluxo e valor). 
Por exemplo, Ballard e Koskela (1998) apontam que, no gerenciamento de projetos, a visão do 
fluxo de informações tem como principal objetivo a eliminação dos retrabalhos, estruturação 
de equipes multidisciplinares e consequentemente menor necessidade de informações para as 
tarefas seguintes. 
Os setores envolvidos na produção dos insumos para LSF são hoje os principais 
responsáveis pela divulgação e pelo desenvolvimento técnico do sistema. Por meio de sua 
atuação foi aprovado pela Caixa Econômica Federal – principal órgão de financiamento da 
construção no país – um manual com requisitos mínimos de desempenho para as construções 
no sistema. Também existem hoje normas brasileiras especificando requisitos mínimos para 
perfis de aço galvanizado formados a frio e para o dimensionamento de estruturas utilizando 
esses perfis. A série de manuais técnicos sobre construção em aço publicados pelo Centro 
25 
 
Brasileiro da Construção em Aço - CBCA constitui hoje uma das principais fontes de pesquisa 
nacionais sobre o tema (JARDIM e CAMPOS, 2005). 
O conteúdo do presente manual é fundamentado em normas técnicas brasileiras e 
estrangeiras, em especial a ABNT NBR 14762:2010 - Dimensionamento de estruturas de aço 
constituídas por perfis formados a frio e a ABNT NBR 15253:2014 - Perfis de aço formados a 
frio, com revestimento metálico, para painéis estruturais reticulados em edificações - Requisitos 
gerais Light Steel Framing. 
 
2.6 Normas ABNT NBR 
 
ABNT NBR 15575-1 – Edifícios habitacionais de até Cinco Pavimentos-Desempenho; 
ABNT NBR 1476-2 – Dimensionamento de Estrutura de Aço; 
ABNT NBR 7008/2003 – Chapas e Bobinas de Aço Revestidas com Zinco ou com Liga 
Zinco-Ferro Pelo Processo Contínuo de Imersão à Quente; 
ABNT NBR 7393/2007 – Produção de Aço ou Ferro Fundido Revestido de Zinco por 
Imersão à Quente; 
ABNT NBR 7400/2003 – Galvanização de Produtos de Aço ou Ferro Fundido por 
Imersão à Quente. 
 
2.7 Características gerais do Steel Framing 
 
O Light Steel Framing é uma expressão usada no mundo todo para explicar um método 
construtivo que usa o aço galvanizado de pequena espessura formados a frio, que são utilizados 
para a composição de painéis autoportantes, vigas de piso, estruturas de treliças e demais 
componentes. Realçam que por se tratar de uma atividade com grande grau de industrialização, 
o Light Steel Framing é o sistema mais utilizado em países de primeiro mundo, aplicando 
conceitos de construção industrializada, composto por diversos componentes como fundação, 
isolamento termoacústico, fechamentos externos e internos, além de ser limpa e eficaz (SALES, 
2009, pg. 35). 
“...inovações, como o Ligth Steel Framing e, devem ser economicamente 
viáveis e compatíveis com os condicionantes nacionais, para que a construção 
industrializada possa ser uma solução no panorama brasileiro. ” 
26 
 
Excelente para obras em qualquer lugar por se tratar de um material resistente, de fácil 
aceitação, mais seguro, mais fácil para aplicação de produtos anticorrosivos, se adaptando a 
qualquer realidade no meio construtivo. O Steel Framing é ummaterial de qualidade superior 
a alvenaria e sua durabilidade extremamente diferente, trouxe um modo de construção de 
maneira diferenciada, deixando as tradicionais para trás, agregando vantagens para o construtor 
e o cliente final. Atendendo a todas as necessidades de uma sociedade moderna. Sua 
aplicabilidade traz componentes industrializados conseguindo promover o produto final, sem 
riscos de atrasos na obra, e desvio de materiais durante as etapas de construção. 
Vindo dos Americanos, esse método construtivo oferece vantagens que favorecem 
vários fatores, dentre eles o consumidor e o meio em que vive. A maneira como é construída 
possibilita que as obras não sejam interrompidas devido a chuvas. Seu fator econômico também 
é vantajoso em relação ao método construtivo tradicional, reduzindo perdas na obra, prazo para 
execução, que são fatores comuns em outros estilos construtivos, uma vez que o aço é produzido 
industrialmente. Leveza é outra de suas vantagens, tendo o peso reduzido, o aço que é 
distribuído uniformemente através das paredes, sendo assim, ocorre um alívio nas fundações 
que garante a segurança da obra, não permitindo também a propagação do fogo. Revestido em 
zinco, possui resistência a corrosão, desde que não entre em contato direto com o cimento, onde 
o mesmo produz reações químicas que fragilizam o aço, causando a corrosão e serve também 
como barreira física contra cortes, riscos, arranhões, torções e trincos, que é o que geralmente 
ocorre com a madeira. 
 
Fotografia 2 – Casa em LSF 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Google imagens, 2015. 
 
Consideramos uma construção de 100m², comercial ou habitacional que se usando o 
sistema convencional leva até três meses para ser finalizado, podemos enaltecer o sistema Light 
27 
 
Steel Frame que por sua vez executa a mesma metragem em um tempo 1/3 menor, agilizando 
a vida do empreendedor e facilitando um retorno muito mais rápido do investimento. 
Seu desempenho leva o sistema LSF a um patamar de contentamento pois sua acústica 
e seu isolamento térmico, obtidos pela combinação dos conjuntos de elementos interligados 
chega a ser até 3 (três) vezes melhor, mesmo com uma parede de 90mm de espessura, gerando 
também o custo menor ao uso da energia pois os ambientes permanecem muito mais tempo 
com a temperatura desejada, o que pode facilitar a escolha desse tipo de sistema construtivo, 
enquanto a parede de Alvenaria para obter o mesmo resultado precisaria ter 1500mm de 
espessura. 
O LSF é versátil a ponto de se poder utilizar em seus revestimentos além do forro 
revestido de lã, vidro, rocha ou poliéster, agregando a ele um baixo custo de manutenção, 
execução de obra sem sujeiras e barulhos, reaproveitamento de materiais na própria obra, pois 
o aço não perde qualidade e resistência. 
 É sistema construtivo que alia rapidez, qualidade e economia, aberto a utilização de um 
número incontável de revestimentos, super flexível quando a facilidade de reformas e 
ampliação de ambientes, controlado, durável e reciclável. É um material projetado para suportar 
elevadas cargas da construção civil e trabalhar em conjunto com outros subsistemas 
industrializados. 
A estrutura de perfis de aço galvanizado para Santiago, Freitas e Crasto (2012, p. 16) é 
parte principal do sistema LSF. Pois, para um conjunto autoportante capaz de resistir aos 
esforços solicitados pelos elementos da edificação, é necessário que o dimensionamento dos 
perfis e o projeto estrutural sejam executados por profissional especializado, obedecendo as 
especificações das normas brasileiras para perfis formados a frio. 
Assim, (RODRIGUES, 2006, p. 28). também especifica que, “O sistema Light Steel 
Framing utiliza em sua estrutura os perfis formados a frio, que são obtidos através de 
conformação continua em conjunto de matrizes rotativas, a partir de bobinas laminadas a frio 
ou a quente, com revestimento metálico, sendo ambas as operações realizadas com o aço em 
temperatura ambiente”. 
Ações como treinamentos de mão de obra técnica, a normatização desse material, 
serviços com a finalidade de garantir a qualidade e o desempenho dos materiais nesse sistema 
construtivo facilitara ainda mais a aceitação por parte dos clientes na hora de construir sua 
moradia, sua empresa, seus empreendimentos comerciais entre outros. 
Uma mão de obra artesanal como já temos no Brasil, caracteriza-se pela baixa 
produtividade e o grande desperdício, o Steel Framing veio para o mercado para mudar a 
28 
 
concepção de obras, a construção industrializada vem trazendo mais vantagens do que 
desvantagens, aliado ao custo quase equiparado, a rapidez, com mão de obra especializada, 
otimização de custos, controlando desperdícios de materiais, padronização, produção seriada e 
em escala otimizando planejamentos e tempo. 
Essas construções oferecem grande resistência a terremotos, tempestades e tufões, e boa 
parte dessa resistência é garantida pelo OSB. (Mesmo que isso não faça diferença aqui no nosso 
país, é uma amostra do desempenho do sistema). 
Assim como todas as construções convencionais, o SF possui seus bônus e ônus. 
Devemos ressaltar que referente a sua leveza, e de acordo com a Anais do 12º Encontro 
Científico Cultural Interinstitucional - 20147 ISSN 1980-7406 estrutura, aponta dois fatores 
desvantajosos. 
Primeiramente, a obra por ser leve, possui um número máximo de andares, não podendo 
ultrapassar de cinco, o material interno utilizado também deve ser estudado com muita cautela, 
uma vez que um material muito frágil como revestimento no interior da edificação, a parede e 
a estrutura pode ser danificada ao pendurar objetos muitos pesados. 
Outra característica desvantajosa é pelo fato de ser uma maneira inovadora de 
construção no Brasil, em que ainda não existe muita mão de obra especializada para que a forma 
ocorra de forma regular. 
Tendo em consideração o progresso de informações entende-se que o projeto de uma 
edificação em LSF deva prever e estabelecer quais serão as ações necessárias à sua montagem, 
bem como informações e considerações a respeito de ferramentas, operários e tempos relativos 
à montagem de cada elemento em questão. Conforme Ballard et al. (2001), seu propósito 
fundamental é projetar o sistema de produção, que se estende de um nível global de organização 
estruturada a partir de decisões a respeito de como o trabalho físico será realizado. 
Freitas e Crasto (2006) e Mcleod (2009) destacam que o uso de novas tecnologias é a 
melhor forma de alcançar a racionalização de processos e focar nas expectativas dos clientes. 
Entre tecnologias disponíveis, a escolha do sistema Light Steel Framing foi fundamentada por 
características, tais como: sistema internacionalmente conhecido, insumos totalmente 
industrializados (que possibilitam controle de qualidade), facilidade na obtenção dos perfis de 
aço no mercado nacional e facilidade de montagem (Freitas; Crasto, 2006; Lean Construction 
Institute, 2009). 
Os princípios conceitos listados por Kostela (1992) como básicos na Construção Enxuta 
em gestão destacam-se: 
a) Agregar valor à obra: gerir o projeto focando no aumento de valor para os clientes. 
29 
 
b) Reduzir variabilidade: pelo fato de ser um produto único, a variabilidade na 
construção traz menor incerteza ao processo. Diminuir esta variabilidade aumenta a 
confiabilidade do processo e o controle de qualidade do produto; 
c) Reduzir não agregantes de valor: ao reduzir as atividades que não agregam valor, 
racionalizam-se os custos; 
d) Menor tempo de ciclo (lead time): a diminuição do lead time agiliza a entrega do 
produto ao cliente, facilita a gestão, aumenta o efeito do aprendizado, torna a produção mais 
estável e diminui as vulnerabilidades no que tange a mudanças de demanda; 
 e) Simplificação de processos, partes e componentes: ao diminuir o número de passos 
(ou etapas) em um processo produtivo (ou de construção),tende a ser menor o número de 
atividades que não agregam valor; 
f) Maior transparência do processo: o aumento da transparência visa tornar os erros do 
sistema de produção mais fáceis de serem identificados e corrigidos, ao mesmo tempo em que 
aumenta a disponibilidade de informações, facilitando a gestão do processo como um todo; 
Ainda ressaltam que para se obter a mais alta eficiência, os profissionais devem ser bem 
preparados e os projetos devem ser detalhados e integrados alcançando todas as etapas da 
construção, a fim de minimizar perdas e prazos, pois o cenário que se tem é de déficit de mão 
de obra especializada, falhas nas elaborações dos projetos podendo tornar o processo 
construtivo menos vantajoso e mais oneroso. 
O processo de industrialização na construção civil, consiste na produção de elementos 
e peças que constituem o sistema, de forma mais simples e mecanizadas, que se assemelha a 
produção feita em uma linha de montagem numa indústria tradicional, otimizando os processos 
e agrupando-os em linhas de processos, dividindo-os em sistemas e subsistemas (LEOPOLDO, 
2015). 
Para Santiago, Freitas e Crasto (2012, p. 21), o emprego de estruturas de aço ponderado 
por perfis formados a frio, vem mostrando um crescimento esperado, devido a enumeras 
vantagens que os usos desses perfis apresentam. Ressaltam que as vantagens principais são: a 
grande multifuncionalidade, como a fabricação de seções bastante variadas e na construção e 
montagem das estruturas, por se tratar de materiais extremamente leves equiparados a outros 
perfis. 
Um aspecto particular do LSF que o torna diferente de outros sistemas construtivos 
tradicionais são suas composições estruturais, seu acabamento interior e exterior, instalações e 
isolamento acústico. Apresentando vantagens expressivas como essas acima mencionado: 
30 
 
Aceleração na execução da obra, sistema estrutural mais leve, resistência e menor chance de 
incêndios, durabilidade, e material 100% reciclável. 
Para Santiago, Freitas e Crasto (2012, p. 12) o Light Steel Framing é um sistema 
construtivo de concepção racional, que tem como principal característica uma estrutura 
constituída por perfis de aço galvanizados de pequena espessura formados a frio, que são 
utilizados para a composição de painéis autoportantes, vigas de piso, estruturas de treliças e 
demais componentes. 
É definido como um sistema construtivo seco, pois possibilita a redução do uso da água 
na execução da obra, sendo esta utilizada só na fundação e assentamento de revestimento 
cerâmico (SANTIAGO et al., 2012). 
 LSF é o processo pelo qual se compõe um esqueleto estrutural em aço formado por 
diversos elementos individuais ligados entre si, passando estes a funcionar em conjunto para 
resistir às cargas que solicitam a edificação e dando forma à mesma (SANTIAGO et al., 2012). 
 
2.8 Sustentabilidade com a utilização do sistema LSF 
 
A importância de novos produtos no cenário competitivo de qualidade baseia-se na 
possibilidade de criação de um produto com benefício sustentável, por meio do constante 
aprimoramento do processo de identificação, de atendimento das necessidades, dos desejos e 
das expectativas dos clientes quanto aos produtos e/ou serviços demandados, e da utilização 
eficiente de recursos existentes de modo a agregar o máximo de valor possível ao resultado 
final (BARROS, 2005; MCLEOD, 2009; ROAF; FUENTES; THOMAS, 2009). 
“Devido à elevação da necessidade por meios mais eficazes, buscaram-se sistemas de 
construção de pequeno porte, projetos ambientalmente sustentáveis” (ROAF; FUENTES; 
THOMAS, 2009), que pudessem suprir tais necessidades, possibilitando a criação de um 
diferencial competitivo para a constituição de uma nova empresa de construção em Caxias do 
Sul apostando no sistema conhecido internacionalmente como Light Steel Framing. 
Almejando o desenvolvimento sustentável, foram estabelecidas legislações do 
Ministério do Meio Ambiente (MMA), como a Resolução CONAMA 65.307 (2002) e pelo 
Governo Federal a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei Federal n° 12.305/2010). A 
regulamentação determina a instituição do Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção 
Civil, visando a não geração de resíduos, o reaproveitamento, a reciclagem e a correta 
destinação nos canteiros de obras (SINDUSCON, 2012). 
31 
 
Para o controle ambiental os procedimentos referem-se à proteção de corpos d’água, da 
vegetação lindeira e da segurança viária. 
A seguir são apresentados os cuidados e providências para proteção do meio ambiente 
que deve ser observado no decorrer da execução das fundações superficiais. 
a) deve ser implantada a sinalização de alerta e de segurança de acordo com as normas 
pertinentes aos serviços; 
b) deve ser proibido o tráfego dos equipamentos fora do corpo da estrada para evitar 
danos desnecessários à vegetação e interferências na drenagem natural; 
c) caso haja necessidade de estradas de serviço fora da faixa de domínio, deve-se 
proceder o cadastro de acordo com a legislação vigente; 
d) as áreas destinadas ao estacionamento e manutenção dos veículos devem ser 
devidamente sinalizadas, localizadas e operadas de forma que os resíduos de lubrificantes ou 
combustíveis não sejam carreados para os cursos d’água. As áreas devem ser recuperadas ao 
final das atividades; 
e) todos os resíduos de materiais utilizados devem ser recolhidos e dada a destinação 
apropriada; 
f) o material resultante da escavação deve ser transportado para depósito de material 
excedente previamente aprovado; 
 
Os elementos estruturais do sistema LSF são fabricados em aço galvanizado, que é 
aquele revestido com zinco ou liga alumínio-zinco pelo processo contínuo de imersão a quente 
ou por eletrodeposição. As massas mínimas de revestimento são de 150 g/m2 (liga alumínio-
zinco) a 180 g/m2 (zinco) para perfis estruturais e de 100 g/m2 para perfis não estruturais (NBR 
15253:2005). 
As espessuras de chapa galvanizadas disponíveis no mercado em grande escala no país 
são: 0,40 mm, 0,50 mm, 0,65 mm, 0,80 mm, 0,95 mm, 1,25 mm, 1,50 mm e 1,75 mm, além das 
espessuras de 2,00 mm e 2,25 mm, um pouco menos usuais. Peças que necessitem de chapas 
com espessuras maiores devem ser confeccionadas e galvanizadas sob encomenda. 
 
2.9 Métodos de construção 
 
É um método de construção industrializado rápido, limpo e sustentável, que usa 
materiais mais leves em sua estrutura. Por exemplo: estruturas de perfis de aço 
32 
 
galvanizado entram no lugar do concreto armado. Gesso acartonado (chapas de drywall) 
e placa cimentícia, no lugar de tijolos, por exemplo. 
Resumindo, a base de estrutura de uma obra em Steel Framing é composta por 
fechamento externo (placas OSB e placas cimentícias), isolantes termo acústicos (lã de pet, lã 
de rocha) e fechamento interno (placas de gesso brancas, ou verdes, caso seja para áreas 
úmidas). 
 
2.9.1 Método “Stick”: 
 
Os Perfis são cortados e montados no local da própria obra, sem que seja necessário um 
local para a pré-fabricação do sistema, o que torna o transporte das peças e a execução das 
ligações entre os elementos mais fácil e adaptável as circunstâncias. 
 
2.9.2 Método por painéis: 
 
São pré-fabricados fora do canteiro de obras os painéis, lajes, tesouras e materiais de 
fechamento, o que diminui o tempo de execução da construção, além de garantir rigoroso 
controle de qualidade, redução de trabalho na obra, bem como maior precisão na execução do 
sistema construtivo como um todo. 
 
2.9.3 Construção modular: 
 
Estruturas completas já são produzidas fora do canteiro de obras, com todos os 
acabamentos internos executados, como por exemplo, louças, metais, sistema hidráulico e 
elétrico. 
 
2.9.4 Balloon Framing e Platform Framing: 
 
A necessidade de uma maior padronização, qualidade, e escala de produção, acaba 
tornando inevitável que a industrializaçãochegue também a construção civil, em meio a esse 
contexto expansionista, e com o avanço da mecanização, é que surgiu em Chicago uma nova 
forma de construir, chamada de Balloon Framing, criado por George Washington Snow, 
empresário da madeira da época, que desenvolveu a estrutura, no ano de 1832 (MILLER, 1997). 
https://www.leroymerlin.com.br/chapa-de-drywall-standard-1,20x1,80m-knauf_87553802
https://www.leroymerlin.com.br/placa-cimenticia-hidrofugada-ntf-2,40x1,20mx16mm-infibra_89325103
https://www.leroymerlin.com.br/steel-frame
https://www.leroymerlin.com.br/search?term=isolante%20termo%20acustico
33 
 
Koskela (1992) reconhece que, desde o século XIX, a produção era vista apenas como 
um processo de conversão de entradas (ou inputs, recursos) e uma saída (ou output, produtos). 
Como perfil deste conceito, o valor de um produto é associado ao custo dos seus insumos e do 
processo de mutação, resultando em esforços e provocando a diminuição de custos dos 
processos envolvidos separadamente. 
No método Balloon, a estrutura do piso é fixada nas laterais dos montantes e os painéis, 
como possui grandes dimensões vencem a altura de um pavimento. 
No Platform, os painéis não exercem função continua estrutural e os pisos e paredes são 
construídos individualmente por pavimento. 
 
2.10 Sistematização 
 
Constituído por perfis leves de aço galvanizado, o sistema basicamente formado por 
montantes, guias, travamentos e contraventamentos, juntos proporcionam uma excelente 
rigidez, principalmente quando se leva em consideração o fechamento dos painéis autoportantes 
(paredes), os quais fornecem uma rigidez ainda maior. Segue em forma ilustrada a 
sistematização do Steel Framing. 
 
Figura 2 - Desenho esquemático do Sistema Steel Framing. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: CBCA, 2004. 
http://www.cbca-iabr.org.br/upfiles/downloads/apresent/palestra_ABM2.doc
34 
 
Desenho esquemático de residência em Light Steel Framing nomeando cada parte da 
estrutura para melhor entendimento. 
 
FREITAS (2006) define o sistema LSF como sendo um processo pelo qual compõe-se 
um esqueleto estrutural em aço formado por diversos elementos individuais ligados entre si, 
passando estes a dar forma à edificação e a resistir às cargas que a solicitam. 
 
2.11 Estrutura da edificação 
 
Primeiramente são dispostos os perfis, que são fabricados previamente, numa distância 
de 40 a 60 cm sobre uma laje, depois de formado o “esqueleto” é colocado as camadas de 
fechamento por onde passam encanamentos e fiações e uma lã de vidro, rocha ou poliéster para 
reforçar o isolamento acústico e térmico. 
 
Fotografia 3 - Edificação com fechamento em OSB. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Wikipedia, 2006. 
35 
 
Figura 3 - Contra piso armado para construção com Steel Framing. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Fastcon – Construção Sustentável, 2019. 
 
Estrutura metálica leve, revestida com placas de OSB, contra piso armado e o respectivo 
acabamento. A lã de vidro na laje como isolante acústico, impedindo desconforto ao andar 
inferior. Depois de acabada, não há diferença na laje em relação ao sistema convencional. 
 Lajes e estruturas do telhado são finalizadas com chapas de fechamento. Na parte 
externa das paredes são aplicadas chapas cimentícias (feitas de cimento, fibras e agregados), 
suas dimensões variam de uma obra a outra e sua espessura gira, geralmente, em torno de 10/12 
mm. As placas são fixadas no “esqueleto” com auxílio de parafusos. 
 
2.12 Lajes impermeabilizadas 
 
Com a aplicação de manta asfáltica para a impermeabilização. 
 
Figura 4 – Laje Mista para construção com Steel Framing. 
 
Fonte: Fastcon – Construção Sustentável, 2019. 
 
 
36 
 
Figura 5 – Esquema de Laje Mista. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Construções de Light Steel Frame, 2006. 
 
Nesse tipo, o contrapiso é substituído por uma camada de XPS (polímero super-
resistente com alto índice de isolamento térmico). E por fim uma impermeabilização com manta 
de PVC ou TPO. A laje seca é extremamente leve e com ótimo desempenho térmico 
 
Figura 6 – Laje Seca para construção com Steel Framing. 
 
Fonte: Fastcon – Construção Sustentável, 2019. 
 
 
 
37 
 
Figura 7 – Esquema de Laje seca. 
Fonte: Artigo, Construções de Ligth Steel Frame, 2006. 
 
Para quem pensa em fazer um telhado verde, que é uma tendência da arquitetura 
sustentável nos últimos anos, tanto a laje seca quanto a laje mista são ótimas opções, pois são 
bem mais leves que as convencionais. 
 
2.13 Telhados e coberturas 
 
São cortados de acordo com as necessidades de cada projeto, evitando o desperdício de 
material como acontece na construção de telhados de madeira, permite uma instalação mais 
rápida, as partes são encaixadas umas nas outras, o que requer menos mão de obra, são mais 
duráveis e a manutenção é de longo prazo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
38 
 
 
Fotografia 4 – Telhado Steel Framing. 
 
Fonte: Construmaxalfa telhados, 2019. 
A cobertura ou telhado é a parte da construção destinada a proteger a edificação da ação 
das intempéries. 
O modelo de Cobertura em Steel Framing proporciona maior versatilidade, possibilita 
a realização de projetos complexos de cobertura e aceita os mais variados tipos de telha 
cerâmica, de fibrocimento, metálica, de concreto ou telha asfáltica (shingle). O telhado em 
Light Steel Frame tem muitas vantagens e benefícios: 
Durabilidade: como os perfis das estruturas metálicas são feitas em aço galvanizado 
com zinco, as chances de corrosão e propagação de incêndio são quase nulas, adquirindo alta 
durabilidade, estabilidade na forma, pois não empena, e ainda não tem risco de cupim, dando 
maior segurança nos telhados em Steel framing. 
Agilidade: a construção LSF é feita de forma fácil e ágil pois as estruturas são fabricadas 
com as peças já cortadas na medida de cada projeto, alcançando desde espaços pequenos a 
grandes vãos, otimizando a obra e evitando o desperdício de material. 
Economia: os valores gastos na construção, principalmente telhados, são bem menores 
quando comparados a estruturas de madeira, levando em consideração o material e a mão de 
obra utilizada. 
Sustentabilidade: as construções de telhado possuem características exclusivas de 
sustentabilidade, pois não utilizam água, areia, madeira, cimento e outros materiais que causam 
impacto no meio ambiente, tornando-se uma obra limpa e não poluente. 
 
 
 
39 
 
 
Figura 8 – Cobertura em Steel Framing 
 
Fonte: Pinterest, 2016. 
 
Sistema esquemático de telhado cobertura inclinada estruturada com caibros, ripas, vigas, 
tesouras, terças, banzo superior, montante, banzo inferior, diagonal. 
 
As principais opções de cobertura são: 
 
 Telha metálica termoacústica; 
 Telhas Shingle; 
 Telhas coloniais; 
 Telhado Verde. 
 
 
 
 
 
40 
 
 
2.14 Acabamentos e revestimentos 
 
Cada componente exerce uma função específica, visando garantir uma fachada 
resistente, durável e bonita. 
Estrutura de aço galvanizado com tratamento anticorrosivo especial, que permite a peça 
vida útil superior a 100 (cem) anos. Recebe o Painel de tiras prensadas OSB (Oriented Strand 
Board) de madeira reflorestada, que possui melhor resistência mecânica em relação a uma chapa 
de madeira comum. Usada como contraventamento da estrutura de aço a membrana especial a 
barreira de vapor, impede a entrada de umidade, mas permite a transpiração da edificação. A 
placa cimentícia que é uma massa de cimento reforçada com fibra de vidro, resultando em 
chapas com grande planicidade e estabilidade dimensional. Sofre menos deformação com a 
variação de temperatura. Base coat que é uma massa aplicada em toda a extensão da parede, 
responsável por sua impermeabilização eseu aspecto monolítico e por fim o 
revestimento convencional. 
 
Figura 9 – Parede externa 
 
Fonte: Metálica, 2019. 
 
Existem diversos materiais e tecnologias que se pode empregar para o revestimento das 
paredes, pode receber pintura, textura ou qualquer outro tipo de revestimento, tal como pedras, 
porcelanato ou madeira. 
Entre as faces da parede, pode se utilizar lã de vidro ou lã de PET como isolante, o que 
garante alto desempenho termoacústico. Fica com grande capacidade de manter a temperatura 
interna mais estável, deixando o ambiente mais fresco no verão e mais aconchegante no inverno 
41 
 
e diminui a transmissão de sons, tanto do meio externo para o interior da edificação, quanto de 
um ambiente para outro. 
Figura 10 - Parede Interna 
 
Fonte: Metálica, 2019. 
 
Muito semelhante à externa, é chamada de drywall que é feita com gesso acartonado. 
Para eliminar as emendas no encontro das placas de drywall, é utilizado uma fita 
microperfurada com massa niveladora, especialmente desenvolvida para esse fim, garantindo 
uma parede totalmente plana e sem fissuras a longo prazo. Depois do tratamento de juntas, a 
parede pode receber pintura, textura ou qualquer outro tipo de revestimento, tal como pedras, 
porcelanato ou madeira. A parede do Sistema Light Steel Framing é muito mais robusta, pois 
utiliza perfis estruturais e é contraventada. Portanto, é muito mais resistente e flexível em 
relação à fixação de objetos pesados nas paredes. Existem buchas próprias para essas placas, 
que suportam até 30 Kg por ponto de fixação. Portanto não confunda a parede de drywall do 
Steel Framing com as divisórias de drywall. Pois apenas as placas utilizadas como fechamento 
são as mesmas. 
Nas placas internas das paredes externas e nas placas das paredes internas e forros são 
colocadas placas de gesso acartonado (feitas com massa de gesso e agregados), suas dimensões 
também variam de uma obra a outra e sua espessura é de 12,5 mm, fixadas também com auxílio 
de parafusos. 
Após as etapas de fundação, estrutura, impermeabilização e fechamentos, os demais 
componentes para finalização da obra são os habituais de qualquer construção: pintura, 
revestimentos cerâmicos e telhado. 
42 
 
Conceitualmente, o sistema tem características que facilitam a gestão dos processos 
dentro dos princípios listados por Kostela (1992) como básicos na Construção Enxuta: 
 Agregação de valor: 
Gerir o projeto focando no aumento de valor para os clientes. Este princípio deve estar 
incorporado tanto no projeto do produto (imóvel), quanto na gestão da produção (construção); 
 Redução de variabilidade: 
Pelo fato de ser um produto único, a variabilidade na construção traz menor incerteza 
ao processo. 
Diminuir esta variabilidade aumenta a confiabilidade do processo e o controle de 
qualidade do produto; 
 Reduzir atividades que não agregam valor: 
Ao reduzir as atividades que não agregam valor, racionalizam-se os custos; 
 Menor tempo de ciclo (lead time): 
A diminuição do lead time agiliza a entrega do produto ao cliente, facilita a gestão, 
aumenta o efeito do aprendizado, torna a produção mais estável e diminui as vulnerabilidades 
no que tange a mudanças de demanda. 
 Simplificação de processos, partes e componentes: 
Ao diminuir o número de passos (ou etapas) em um processo produtivo (ou de 
construção), tende a ser menor o número de atividades que não agregam valor; 
 Maior transparência do processo: 
O aumento da transparência visa tornar os erros do sistema de produção mais fáceis de 
serem identificados e corrigidos, ao mesmo tempo em que aumenta a disponibilidade de 
informações, facilitando a gestão do processo como um todo; 
 Foco no controle global: 
O sistema deve ser controlado sob uma ótica global (sistêmica), tendo em vista toda a 
cadeia produtiva como geradora de valor; Revista Gestão Industrial 194. 
 Introduzir melhorias contínuas: 
Componente fundamental das filosofias TQM e JIT, visa, por meio da gestão 
participativa dos processos, focar o esforço para a redução de perdas e agregação de valor. 
 Finalmente, o último aspecto importante na escolha pelo sistema Light Steel Framing 
está no fato deste ser aceito em financiamentos bancários, ainda mais pelo sistema de 
financiamento da casa própria no país pela Caixa Econômica Federal (CEF), principal agente 
financiador do setor. 
43 
 
2.15 Parafusos 
 
Os parafusos servem para ligações entre dois elementos de espessura igual ou superior 
a 0,85 mm e devem ser autobrocantes, ou seja, ter na ponta do mesmo um tipo de broca com no 
mínimo 0,164 polegadas (8 mm) e apresentar as seguintes características: 
- Ser resistentes à corrosão; 
- Ser fixados com uma distância mínima da borda e entre eixos de 3 (três) vezes o 
diâmetro do parafuso usado; 
- Pode ser estrutural ou ter apenas a função de montagem, Ciser (2005); 
- Em uma só operação se faz o furo e fixa-se com segurança os componentes da 
estrutura, Ciser (2005); 
- São fabricados conforme necessidade de instalação, com diversos tipos de cabeça e 
ponta, Ciser (2005); 
- Podem ser do tipo autoperfurante (ponta broca) ou autoatarrachante (ponta agulha), 
Rodrigues (2006); e 
- Devem penetrar de maneira a deixar, no mínimo, 3 espirais à vista (dentro do perfil). 
 
Figura 11 – Fixação de um parafuso autobrocante 
 
Fonte: Ciser (2005). 
 
Segundo a Steel House (2011), as ferramentas e elementos de segurança constituem os 
equipamentos que um trabalhador deverá ter para alcançar 100% de eficiência na montagem 
das estruturas de Light Steel Framing 
 
 
2.16 Fitas de aço galvanizado 
 
As fitas devem ser de aço galvanizado, ter pelo menos 30 mm de largura e 0,95 mm de 
espessura. Quando necessário o seu emprego as diagonais em fita de aço galvanizado trabalham 
44 
 
somente a tração e devem receber protensão durante a sua instalação. A fita de aço é também 
utilizada em conjunto com o bloqueador para diminuir os comprimentos efetivos de flambagem 
em relação ao eixo y e de flambagem por torção dos montantes dos painéis de parede. De forma 
análoga, a fita de aço é usada em conjunto com o bloqueador para o tratamento lateral das vigas 
do contrapiso, sendo conectada perpendicularmente aos flanges inferiores destas, quando os 
flanges superiores forem travados por placas ou forma de aço do contrapiso. 
 
Figura 12 – Fita de aço galvanizado 
 
 
 
Fonte: Steel House, 2011. 
 
Ainda que o sistema construtivo seja bastante seguro e sem grandes perigos comparados 
à construção tradicional, devemos ter em mente que quando trabalhamos com metal, existem 
os seguintes fatores de risco, que devem ser observados pelos trabalhadores da obra, como 
cortes, calor, partículas de metal, ou fagulhas/faíscas e ruído. 
 
 
 
 
 
 
 
 
45 
 
3 ASPECTOS CONSTRUTIVOS COM USO DE MÓDULO DE LSF EM OBRA DE 
MÉDIO PORTE 
 
Este capítulo irá detalhar o procedimento de projeto e de montagem para a perfeita 
utilização dos perfis LSF. Foi elaborado um comparativo a partir de pesquisas aprofundadas 
em bibliografias existentes sobre o tema Steel Framing e também bibliografias sobre estudos 
de casos feitos em regiões onde esse método é aplicado. O estudo de caso foi feito em um prédio 
comercial composto por 2 (dois) pavimentos com um padrão simples de acabamento, localizado 
em Planaltina GO. 
 
3.1 Procedimento de coleta e análise de dados 
 
 A coleta de dados foi realizada em todas as etapas da construção, que foi executada no 
sistema Light Steel Framing. 
Posteriormente a coleta dos dados cronológicos de acompanhamento da obra, 
quantitativos de custo dos materiais e mão de obra, foi realizada sua sistematização e análise 
detalhada dos mesmos. A sistematização visou demonstrar que, embora tenha agregada 
tecnologia aos materiais utilizados no método Light Steel Framing, que permitem a eficiência 
e a confiabilidade nestemétodo construtivo, seu custo é equiparado ou pouco maior que os 
métodos tradicionais de alvenarias autoportantes. Desta maneira, com os dados obtidos e 
analisados restou a viabilidade técnica econômica do sistema e a agilidade na sua execução, 
sem questões pejorativas em relação à qualidade superior ao sistema convencional. 
 
3.2 Materiais e equipamentos para a execução do projeto 
 
Os programas utilizados para a criação dos projetos foram: 
- Revit, para a elaboração do projeto arquitetônico e os ajustes das peças estruturais após 
o projeto extraído do software de cálculo e para a perspectiva tridimensional do projeto; e 
- Eberik, para o dimensionamento e espaçamento dos perfis metálicos. 
 
3.3 Concepção do projeto 
 
Esta etapa foi desenvolvida visando à viabilidade construtiva, desenvolvido 
exclusivamente para a execução em Light Steel Framing. O planejamento aborda os diversos 
46 
 
subsistemas do método construtivo, desde a fundação, estrutura, fechamento interno e externo, 
isolamento termo acústico. 
 
Com base no projeto arquitetônico, divide-se da seguinte maneira: 
- Térreo: Composto por cinco salas comerciais com banheiro. 
- Primeiro Pavimento: Composto por oito salas comerciais com banheiro. 
- Segundo Pavimento: Composto por oito salas comerciais com banheiro. 
 
Figura 13 – Planta baixa pavimento térreo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Acervo pessoal, 2020 
 
 
 
 
 
 
47 
 
Figura 14 – Planta baixa segundo e terceiro pavimento 
 
Fonte: Acervo pessoal, 2020 
 
O dimensionamento estrutural e das instalações complementares para o sistema 
convencional foi realizado de acordo com as respectivas normas técnicas, deixando os detalhes 
dos procedimentos de cálculo omitidos devido a serem bastante conhecidos no meio técnico. 
 
3.4 Dimensionamento da estrutura em LSF 
 
O dimensionamento estrutural é uma das principais atividades dentro da área do 
desenvolvimento de projetos estruturais em Light Steel Framing, calculadas através da ABNT 
NBR 14762, para o dimensionamento estrutural das barras em aço leve, as quais devem 
apresentar um resultado maior ou igual as cargas resistentes. 
 Para o dimensionamento da estrutura de perfis de aço houve a necessidade da adaptação 
do projeto arquitetônico à modulação básica do sistema LSF. 
. 
48 
 
3.4.1 Projeto estrutural 
 
Os carregamentos permanentes são constituídos pelo peso de todos os elementos fixos 
e instalações permanentes aplicados à estrutura. Para minimizar a instabilidade dos perfis, foi 
considerada a fixação de placas OSB em ambos os lados dos painéis estruturais e laje de forro. 
A tabela 1 mostra os materiais utilizados no projeto e seus respectivos pesos por metro 
quadrado. 
 
Tabela 1 – Materiais utilizados para acabamento e fechamento no projeto 
 Material 
Espessura 
(mm) 
Cargas (KN/m²) 
Placa de gesso acartonado 12,50 0,120 
Placa cimentícia 10,00 0,130 
Placa OSB estrutural 15,00 0,100 
Revestimento 10,00 0,190 
Lã de vidro 70,00 0,030 
Telha cerâmica - 0,520 
Fonte: Acervo pessoal, 2020. 
 
Por meio da Tabela 1, fez-se, o cálculo das cargas permanentes aplicadas linearmente 
nos perfis chegando às seguintes cargas permanentes: 
 
Laje de forro – 0,14 KN/m (Placas OSB, placa de gesso e isolantes); 
Telhado – 0,25 KN/m (Placa OSB e telha cerâmica); e 
Painéis – 0,22 KN/m (Placas OSB, placa de gesso e revestimento). 
 
Os carregamentos acidentais são caracterizados por ações que podem atuar 
eventualmente sobre a estrutura em função do uso do ambiente. De acordo com o manual Steel 
Framing: Engenharia (2006) foram determinados os seguintes carregamentos acidentais: 
 
Laje de forro – 0,50 KN/m² 
Telhado – 0,25 KN/m² 
 
As paredes do projeto arquitetônico foram ajustadas individualmente para o sistema 
Steel Framing, sendo estas, capazes de distribuir esforços e dar um completo travamento na 
estrutura. Ambas foram projetadas tendo em vista um completo aproveitamento das placas de 
49 
 
revestimento, tanto interno quanto externo, e mantendo um espaçamento uniforme entre os 
perfis verticais, ou seja, os montantes, podendo ser observados estes detalhamentos nos projetos 
das paredes em anexos. 
Por meio de procedimentos e detalhes construtivos descritos pelo manual Steel Framing: 
Engenharia (2016) e pela NBR 14762:2010, elaborou-se o modelo estrutural da residência, o 
qual foi considerada a metodologia de montagem Stick Platform. Para efeito de cálculo, 
considerou-se as placas OSB estruturais responsáveis por atuar como contraventamento nos 
pontos de conexão com os perfis, minimizando a instabilidade dos mesmos. 
De acordo com a NBR 14762:2010, o objetivo da análise estrutural é determinar os 
efeitos das ações aplicadas à estrutura, visando efetuar verificações de estados limites últimos 
e de serviço. 
 
 Figura 15 – Modelo da estrutura em Light Steel Framing 
 
 Fonte: Google imagens, 2017 
 
Para a análise e obtenção dos esforços da estrutura metálica da residência, fez-se o uso 
de um programa de análise de estruturas de barras, o Eberick. De acordo com instruções do 
manual Steel Framing: Engenharia (2006) fez-se algumas simplificações no modelo em análise 
devido a não possibilidade de representação de todos os componentes existentes na estrutura. 
 
50 
 
3.5 Execução da obra 
 
 A execução de uma obra vai muito além de visitas periódicas ao canteiro para se 
assegurar que as técnicas e materiais corretos estão sendo empregados. Principalmente quando 
se tem por objetivo também o gerenciamento/administração do empreendimento. 
 
3.5.1 Fundação 
 
Devido ao fato da estrutura em Light Steel Framing ser consideravelmente leve em 
relação à estrutura convencional, apresentando uma média de 1/3 da carga em relação à 
alvenaria, foi optado pela utilização do radier como sistema de fundação, por ser o sistema que 
mais se adapta as propriedades de resistência do solo e ao sistema construtivo em questão. 
 
3.5.2 Radier 
 
A fundação é realizada a partir de uma laje de concreto radier, que é uma fundação em 
superfície contínua, apresentando a disposição de uma laje de concreto armado ou protendido; 
as cargas são transmitidas ao solo através de uma superfície igual ou superior à da obra feito 
sobre o terreno já aplainado e endurecido. 
É indicado para solo com baixa rigidez por ser rasa e isso deverá ser descoberto por 
analise de solo. As instalações elétricas e hidráulicas que transcorrem por baixo da construção 
necessitam ser executados antes da concretagem. 
Para melhor entender o radier com concreto armado, sua estrutura é composta por telas 
ou malhas de aço cobertas com concreto e o radier com concreto protendido é composta por 
uma tela com cabos de aço escondido com concreto e antes da cura, com três dias são esticados 
com macaco hidráulico com intuito de que se aumente a resistência e após sete dias com a 
secagem completa é retirado realizando a protensão. 
Para se fazer um radier usa-se com base no projeto estrutural, uma escavação, meio 
metro a maior que a medida da área da construção a ser feita, com tábuas balizando a área, 
coloca-se sobre o solo endurecido a manta plástica, asfáltica ou impermeabilizante, usadas para 
impedir o contato da armação com o solo, a perca de água e que a umidade do solo danifique a 
fundação. Telas de aço e armaduras já podem ser colocadas para que as instalações elétricas e 
hidráulicas sejam feitas e devidamente fechadas evitando a entrada do concreto e outros 
materiais que possam prejudicar as instalações. Essa é a hora de firmar as colunas de aço do 
51 
 
arranque, devidamente fixas no centro da coluna e também sem contato com o solo, para dar 
início a concretagem pastosa e homogênea, e após sete dias deverá estar

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