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Como montar uma fábrica de biscoito EMPREENDEDORISMO Especialistas em pequenos negócios / 0800 570 0800 / sebrae.com.br Expediente Presidente do Conselho Deliberativo Robson Braga de Andrade – Presidente do CDN Diretor-Presidente Guilherme Afif Domingos Diretora Técnica Heloísa Regina Guimarães de Menezes Diretor de Administração e Finanças Vinícius Lages Unidade de Capacitação Empresarial e Cultura Empreendedora Mirela Malvestiti Coordenação Luciana Rodrigues Macedo Autor Roberto Chamoun Projeto Gráfico Staff Art Marketing e Comunicação Ltda. www.staffart.com.br A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura / Pessoal / Equipam entos / M atéria Prim a/M ercadoria / O rganização do Processo Produtivo / A utom ação / C anais de D istribuição / Investim ento / C apital de G iro / C ustos / D iversificação/A gregação de Valor / D ivulgação / Inform ações Fiscais e Tributárias / Eventos / Entidades em G eral / N orm as Técnicas / TOKEN_HIDDEN_PAGE Sumário 11. Apresentação ........................................................................................................................................ 22. Mercado ................................................................................................................................................ 63. Localização ........................................................................................................................................... 94. Exigências Legais e Específicas ........................................................................................................... 175. Estrutura ............................................................................................................................................... 176. Pessoal ................................................................................................................................................. 187. Equipamentos ....................................................................................................................................... 198. Matéria Prima/Mercadoria ..................................................................................................................... 259. Organização do Processo Produtivo .................................................................................................... 2710. Automação .......................................................................................................................................... 2811. Canais de Distribuição ........................................................................................................................ 2912. Investimento ........................................................................................................................................ 3413. Capital de Giro .................................................................................................................................... 3514. Custos ................................................................................................................................................. 3615. Diversificação/Agregação de Valor ..................................................................................................... 3816. Divulgação .......................................................................................................................................... 3917. Informações Fiscais e Tributárias ....................................................................................................... 4718. Eventos ............................................................................................................................................... 5019. Entidades em Geral ............................................................................................................................ 5620. Normas Técnicas ................................................................................................................................ 5721. Glossário ............................................................................................................................................. 5922. Dicas de Negócio ................................................................................................................................ 5923. Características .................................................................................................................................... 6024. Bibliografia .......................................................................................................................................... 6125. Fonte ................................................................................................................................................... 6126. Planejamento Financeiro .................................................................................................................... A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura / Pessoal / Equipam entos / M atéria Prim a/M ercadoria / O rganização do Processo Produtivo / A utom ação / C anais de D istribuição / Investim ento / C apital de G iro / C ustos / D iversificação/A gregação de Valor / D ivulgação / Inform ações Fiscais e Tributárias / Eventos / Entidades em G eral / N orm as Técnicas / Sumário 6227. Soluções Sebrae ................................................................................................................................. 6228. Sites Úteis ........................................................................................................................................... 6229. URL ..................................................................................................................................................... A presentação / A presentação 1. Apresentação O biscoito é um dos artigos de alimentação mais consumidos no mundo. Pequenos empreendedores que possuem uma receita de sucesso podem alcançar boas vendas. Aviso: Antes de conhecer este negócio, vale ressaltar que os tópicos a seguir não fazem parte de um Plano de Negócios e sim do ambiente no qual este negócio está inserido. O objetivo dos tópicos é dar uma visão geral de como um negócio se posiciona no mercado e contribuir para responder as perguntas como: quais as variáveis que mais afetam este tipo de negócio? Como se comportam essas variáveis de mercado? Como levantar as informações necessárias para tomar a decisão de empreender neste segmento? Biscoitos são definidos como o produto obtido pelo amassamento e cozimento convenientes de massa preparada com farinhas, amidos, féculas (fermentadas ou não) e outras substâncias alimentícias. A palavra biscoito deriva de termos latinos semelhantes (do latim bis coctus ou do francês bi-cuire), que significam "cozido duas vezes", visto que, sua fabricação envolveria o cozimento da massa por duas vezes, com a finalidade de conservar o produto por mais tempo sem estragar. Neste sentido, a baixa atividade de água, que se situa entre 0,1 e 0,3, e umidade em torno de 2 a 8% são características primárias deste alimento. A origem do biscoito se confunde com a própria história da humanidade. Se antes eles eram feitos exclusivamente de forma artesanal, hoje indústrias de todos os portes são capazes de produzir variados sabores, tipos e recheios. Por ser um alimento pronto para consumo, saboroso e de fácil armazenamento e transporte, eles marcam presença em vários momentos do dia, seja na lancheira das crianças, fazendo companhia no carro ou na televisão, ou mesmo, acompanhado umaperitivo. Hoje, o biscoito representa um dos artigos de alimentação mais consumidos em todo o mundo. No Brasil, calcula-se, segundo pesquisa de 2016, que o consumo por habitante fique em torno de 8,5Kg/ano, com tendência de expansão, segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados (ABIMAPI). Com tantos consumidores, certamente existe oportunidade para pequenos empreendedores que, com capital relativamente baixo e uma boa receita, poderão dar uma “mordida” neste mercado. Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 1 A presentação / A presentação / M ercado Este documento não substitui o plano de negócio. Para elaboração deste plano consulte o SEBRAE mais próximo 2. Mercado Tendências de mercado Segundo dados da ABIMPI, o Brasil é o terceiro maior produtor mundial de biscoito em termos de volume, com 1.684 (mil seiscentos e oitenta e quatro) toneladas fabricadas em 2016, o que representou um faturamento em torno de 21,853 (vinte e um oitocentos e cinquenta e três) bilhões de reais para o setor. No quesito volume produzido, o Brasil perde apenas para os Estados Unidos e China. O mercado é amplo, atualmente cada brasileiro consome em média 8 quilos de biscoitos anualmente. A Região Sudeste é a maior consumidora deste tipo de alimento, sendo responsável por 43% de toda a produção nacional. Para a ABIMPI, as condições são favoráveis para todos os tipos de fabricantes e consumidores: além das linhas tradicionais há uma demanda forte para produtos de baixo teor de gorduras, com fibras, com cálcio, funcionais, orgânicos, non-fat, sem gordura trans, diet, entre outros. Mercado consumidor Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 2 A presentação / A presentação / M ercado A fim de dimensionar esse mercado, o empreendedor deverá pesquisar os indicadores econômicos e sociais da região em que pretende abrir a empresa. É essencial que se analisem alguns índices como: tamanho da população, população economicamente ativa, índice de potencial do consumo, índice de desenvolvimento humano, etc. Sugere-se que essas informações sejam pesquisadas periodicamente nos sites do IPEA - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada -; do IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística -; do PNUD - Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento –; da Fundação Getúlio Vargas e na Prefeitura. O estudo dos clientes é uma das etapas mais importantes na estruturação do empreendimento. O empreendedor deverá identificar e conhecer melhor seu cliente. Por isso, de uma maneira simples, o empreendedor necessita saber: - As características gerais dos clientes: idade, sexo, profissão, salário, endereço; - Quais são os interesses e o comportamento da clientela: a quantidade de produtos e serviços que compram e com que frequência o fazem, que preço pagam ou estão dispostos a pagar pelos produtos; Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 3 A presentação / A presentação / M ercado - O que motiva as pessoas a fazer uma compra do produto: o preço, a qualidade, as formas de pagamento, o atendimento; - Onde estão os clientes: o tamanho do mercado em que irá atuar - será apenas no bairro, na cidade, no estado inteiro? Os clientes encontrarão seus produtos com facilidade? Mercado concorrente Para conhecer o concorrente, é necessário identificar as empresas que trabalham com produtos semelhantes no raio de atuação em que a nova empresa atuará. A partir daí, realizam-se visitas e examinam-se os pontos fortes e fracos desses concorrentes em relação a: - Qualidade dos produtos comercializadas; - Preço praticado para cada item; - Localização da fábrica e pontos de vendas; - Condições de pagamento: prazos, descontos, etc.; Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 4 A presentação / A presentação / M ercado - Qualidade do atendimento prestado; - Serviços adicionais: serviços de entrega, reposição de mercadorias, garantias oferecidas, horários de funcionamento, etc. Após essa análise, devem-se realizar comparações e visualizar se a nova empresa poderá competir com as analisadas, se há espaço para mais um empreendimento do mesmo ramo, e o que a nova empresa terá de diferencial para que os clientes deixem de ir comprar no concorrente, etc. Mercado fornecedor Identificar e selecionar os fornecedores de equipamentos, insumos e matérias-primas para o empreendimento não é tarefa das mais simples, tendo em vista a variedade de equipamentos, matérias-primas e produtos disponíveis no mercado. O empreendedor deverá avaliar, em pelo menos três empresas, alguns aspectos do mercado fornecedor: - Qualidade dos equipamentos e matérias-primas; Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 5 A presentação / A presentação / M ercado / Localização - Preço; - Condições de pagamento; - Prazos para entrega. Se escolher apenas um fornecedor, é importante manter contato com os principais, pois nunca se sabe quando um fornecedor pode ter dificuldades de atendimento. 3. Localização Para definir sobre a localização de uma Fábrica de Biscoito o empreendedor deve considerar fatores tais como: proximidade dos fornecedores e acesso a matérias- primas, atuação da concorrência, proximidade dos clientes e mercado consumidor, infraestrutura do imóvel escolhido e custos envolvidos na instalação e operação do negócio, dentre outros. Podemos considerar que todos estes fatores devem ser analisados de um ponto de vista bem amplo. Quando falamos, por exemplo, da proximidade dos fornecedores, estamos nos referindo não só aos fornecedores de matérias-primas, como também ao acesso e proximidade da fábrica à residência dos empregados e do empreendedor, a possibilidade da fábrica estar conjugada a um negócio já estabelecido (e funcionar como uma atividade secundária, por exemplo: padaria, fazenda de produção de leite, Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 6 A presentação / A presentação / M ercado / Localização granja, etc.) ou mesmo da conveniência de ser instalada na própria residência do empreendedor, onde possa trabalhar ele e seus familiares, entre outras particularidades. A concorrência deve ser analisada não só pela quantidade de empreendedores no mesmo segmento, mais sim, pela forma de atuação destes, considerando similaridade com seu produto e disputa pelo mesmo público alvo, mercado e canais de distribuição. Existem situações em que a presença de muitos pequenos produtores de um mesmo produto na mesma região, ao contrário de prejudicar, favorece a formação de parcerias, a melhoria da qualidade do produto e a união destes pela formação de polos de produção. Em relação ao mercado consumidor (proximidade dos clientes), a análise da localização deve considerar a proximidade da fábrica aos consumidores finais, canais de comercialização, custos envolvidos no transporte (frete) e tipo de comercialização a ser adotada. Por exemplo, no caso de comercialização por encomenda, o local tem papel secundário, podendo o empreendimento localizar-se em qualquer região. Já no caso da comercialização por venda direta, é fundamental que a produção e a venda estejam em locais de intenso fluxo de pessoas - em regiões turísticas, por exemplo -, em centros comerciais ou em ponto de rua, estabelecidos em quiosques, lojas ou outro ponto de venda. O local também deve oferecer a infraestrutura necessária para a instalação do negócio e, ainda, propiciar o seu crescimento. Entre os aspectos de infraestrutura que devem ser observados, citamos a disponibilidade de água, gás, eletricidade, rede de esgoto, vias de transportes e de comunicação, etc. Cuidado com imóveis situados em locais sem ventilação, úmidos, sujeitos a inundações ou próximos às zonas de risco. Consulte a vizinhança a respeito. Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 7 A presentação / A presentação / Mercado / Localização Lembramos que a estrutura do imóvel deverá estar de acordo com as normas de higiene e limpeza da Vigilância sanitária e com o PDU do município. Para maiores informações o empreendedor deve consultar a prefeitura de sua cidade, visto que o Plano Diretor Urbano é, segundo a Lei Federal 10.257, obrigatório para todos os municípios brasileiros com mais de 20.000 habitantes. Verifique também na Prefeitura Municipal: - Se o imóvel está regularizado - se possui o Habite-se; - Se os impostos que recaem sobre o imóvel estão em dia - IPTU, ITR; - A necessidade de aprovação pelo Corpo de Bombeiros. Em relação aos custos na tomada de decisão para localização do negócio, analise fatores tais como custo de adaptação do imóvel para a atividade, aluguel, manutenção, necessidade de vale-transporte, entre outros. Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 8 A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas 4. Exigências Legais e Específicas Para abrir uma empresa, o empreendedor poderá ter seu registro de forma individual ou em um dos enquadramentos jurídicos de sociedade. Ele deverá avaliar as opções que melhor atendam suas expectativas e o perfil do negócio pretendido. Leia mais sobre este assunto no capítulo ‘Informações Fiscais e Tributárias’. O contador, profissional legalmente habilitado para elaborar os atos constitutivos da empresa e conhecedor da legislação tributária, poderá auxiliar o empreendedor neste processo. Para abertura e registro da empresa é necessário realizar os seguintes procedimentos: - Registro na Junta Comercial; - Registro na Secretaria da Receita Federal (CNPJ); Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 9 A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas - Registro na Fazenda Estadual; - Registro na prefeitura municipal, para obter o alvará de funcionamento; - Cadastramento junto à Caixa Econômica Federal no sistema “Conectividade Social – INSS/FGTS”; - Registro no Corpo de Bombeiros Militar: órgão que verifica se a empresa atende as exigências mínimas de segurança e de proteção contra incêndio, para que seja concedido o “Habite -se” pela prefeitura. - Contribuição Sindical - A Lei 13.467, de 13 de julho de 2017, denominada Reforma Trabalhista, altera o art. 579 da CLT – Consolidação das Leis do Trabalho – e a contribuição sindical passa a ser facultativa a partir de janeiro de 2018. Isso vale tanto para sindicatos patronais quanto para os trabalhadores (funcionários). Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 10 A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas - Obtenção do alvará de licença sanitária – Adequar às instalações de acordo com o Código Sanitário (especificações legais sobre as condições físicas). Em âmbito federal a fiscalização cabe a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, nos estados e municípios fica a cargo das Secretarias Estadual e Municipal de Saúde (quando for o caso). Deve-se preparar e enviar o requerimento ao Chefe do DFA/SIV do seu Estado, solicitando a vistoria das instalações e equipamentos. Uma Fábrica de Biscoitos está sujeita às resoluções da Agência de Vigilância Sanitária – ANVISA. Importante: - Para a instalação do negócio é necessário realizar consulta prévia de endereço na Prefeitura Municipal/Administração Regional, sobre a Lei de Zoneamento. - A Lei 123/2006 (Estatuto da Micro e Pequena Empresa) e suas alterações estabelecem o tratamento diferenciado e simplificado para microempresas e pequenas empresas. Isso confere vantagens aos empreendedores, inclusive quanto à redução ou isenção das taxas de registros, licenças, etc. Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 11 A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas As empresas que fornecem serviços e produtos no mercado de consumo devem observar as regras de proteção ao consumidor, estabelecidas pelo Código de Defesa do Consumidor – CDC. O CDC, publicado em 11 de setembro de 1990, regula a relação de consumo em todo o território brasileiro, na busca de equilibrar a relação entre consumidores e fornecedores. O CDC somente se aplica às operações comerciais em que estiver presente a relação de consumo, isto é, nos casos em que uma pessoa (física ou jurídica) adquire produtos ou serviços como destinatário final. Ou seja, é necessário que em uma negociação estejam presentes o fornecedor e o consumidor, e que o produto ou serviço adquirido satisfaça as necessidades próprias do consumidor, na condição de destinatário final. Portanto, operações não caracterizadas como relação de consumo não está sob a proteção do CDC, como ocorre, por exemplo, nas compras de mercadorias para serem revendidas pela casa. Nestas operações, as mercadorias adquiridas se destinam à revenda, e não ao consumo da empresa. Tais negociações se regulam pelo Código Civil brasileiro e legislações comerciais específicas. Alguns itens regulados pelo CDC são: forma adequada de oferta e exposição dos produtos destinados à venda, fornecimento de orçamento prévio dos serviços a serem prestados, cláusulas contratuais consideradas abusivas, responsabilidade dos defeitos ou vícios dos produtos e serviços, os prazos mínimos de garantia, cautelas ao fazer cobranças de dívidas. Alguns legislações específicas: Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 12 A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas Decreto - Lei nº. 986, de 21 de outubro de 1969. Institui normas básicas sobre alimentos. Diário Oficial da União. Brasília, DF, 21out 1969. Seção I. Lei nº. 6.437/77 - Configura infrações à legislação sanitária federal, estabelece as sanções respectivas e dá outras providências. Portaria ANVISA/MS nº 1428, de 26 de novembro de 1993. Aprova, na forma dos textos anexos, o "Regulamento Técnico para Inspeção Sanitária de Alimentos", as "Diretrizes para o Estabelecimento de Boas Práticas de Produção e de Prestação de Serviços na Área de Alimentos" e o "Regulamento Técnico para o Estabelecimento de Padrão de Identidade e Qualidade (PIQ´s) para Serviços e Produtos na Área de Alimentos". Determina que os estabelecimentos relacionados à área de alimentos adotem, sob responsabilidade técnica, as suas próprias Boas Práticas de Produção e/ou Prestação de Serviços, seus Programas de Qualidade, e atendam aos PIQ\'s para Produtos e Serviços na Área de Alimentos. Portaria ANVISA/MS nº 27, de 13 de janeiro de 1998. Aprova o Regulamento Técnico referente à Informação Nutricional Complementar (declarações relacionadas ao conteúdo de nutrientes), constantes do anexo desta Portaria. Portaria ANVISA/MS nº. 326, de 30 de julho de 1997. Aprova o Regulamento Técnico sobre "Condições Higiênico-Sanitárias e de Boas Práticas de Fabricação para Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 13 A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas Estabelecimentos/Produtores/Industrializadores de Alimentos". Portaria ANVISA/MS nº. 685, de 27 de agosto de 1998. Aprova o Regulamento Técnico: "Princípios Gerais para o Estabelecimento de Níveis Máximos de Contaminantes Químicos em Alimentos" e seu Anexo: "Limites máximos de tolerância para contaminantes inorgânicos". Resolução ANVISA/MS nº. 23, de 15 de março de 2000. Dispõe sobre O Manual de Procedimentos Básicos para Registro e Dispensa da Obrigatoriedade de Registro de Produtos Pertinentes à Área de Alimentos. Resolução ANVISA/MS nº. 16, de 30 de abril de 1999. Aprova o Regulamento Técnico de Procedimentos para registro de Alimentos e ou Novos Ingredientes, constante do anexo desta Portaria. Resolução ANVISA/MS nº. 17, de 30 de abril de 1999. Aprova o Regulamento Técnico que estabelece as Diretrizes Básicas para a Avaliação de Riscoe Segurança dos Alimentos. Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 14 A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas Resolução RDC nº. 313 de 09.12.2004 - ANVISA Prorroga por 120 dias a contar da data de publicação, o prazo para que as empresas procedam à adequação de seus produtos ao Regulamento Técnico para Fortificação de Farinhas de trigo e milho, com Ferro e Ácido, objeto da Resolução - RDC nº. 344, de 13 de dezembro de 2002. Resolução RDC nº. 344 de 13.12.2002 – ANVISA. Aprova o Regulamento Técnico para a Fortificação das Farinhas de Trigo e das Farinhas de Milho com Ferro e Ácido Fólico. Resolução RDC nº. 359 de 23.12.2003 – ANVISA. Aprova o Regulamento Técnico de Porções de Alimentos Embalados para Fins de Rotulagem Nutricional. Resolução RDC nº. 360 de 23.12.2003 – ANVISA. Aprova o Regulamento Técnico sobre Rotulagem Nutricional de Alimentos Embalados, tornando obrigatória a rotulagem nutricional, conforme anexo desta resolução. Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 15 A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas Resolução RDC nº 12, de 02 de janeiro de 2001 – ANVISA. Aprova o Regulamento Técnico sobre padrões microbiológicos para alimentos. Resolução ANVISA - CNNPA nº. 12, de 24/07/1978. Define e classifica os tipos de biscoitos e bolachas segundo características gerais, organoléticas, físico-químicas, microbiológicas e microscópicas. Portaria Nº. 157 de 19.08.2002 – INMETRO. Aprova o Regulamento Técnico Metrológico, que estabelece a forma de expressar o conteúdo líquido a ser utilizado nos produtos pré-medidos. Portaria Nº. 14 de 25.01.1994 – INMETRO. Revoga a Portaria Inmetro Nº. 79, de 11.05.1992, referente a padronização quantitativa de biscoitos, ou seja, as comercializações de biscoitos ficam liberados de padronização. Portaria Nº. 74 de 14.04.1993 - INMETRO Determina que o acondicionamento dos produtos designados por massa alimentícia ou macarrão deve obedecer aos seguintes valores para o peso líquido: 100g, 200g, 500g, 750g, 1kg e 2kg. Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 16 A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura / Pessoal 5. Estrutura A estrutura básica deve contar com uma área mínima de cerca de 60m², dividida entre área de recepção e armazenagem de matéria-prima, sala de fabricação, depósito de embalagens, depósito de produtos acabados, expedição, além de escritório e áreas de apoio (banheiros para os empregados, refeitório, almoxarifado etc.). O local deverá receber luz natural e ventilação (natural ou artificial); o piso deverá ser revestido de material resistente, impermeável (piso de cerâmica mais recomendado, ou piso de cimento); parede de 2m de altura, lisa, de preferência em azulejo branco, podendo ser também em cimento; forro de superfície interno, liso e de fácil limpeza, material impermeável madeira, de preferência laje; pé direito 4m (só na área de industrialização); janelas e portas com telas; área mínima necessária: 20m2, para preparação/ industrialização; área total mais ou menos 60m2; esgoto com ralo As áreas externas devem ser pavimentadas para evitar a formação de poeira e facilitar o escoamento das águas pluviais. Lembramos que está é um estrutura sugerida para uma fábrica de biscoitos de pequeno porte. Cabe ao empreendedor elaborar um Plano de Negócio de acordo com sua necessidade e possibilidades. 6. Pessoal A mão de obra irá variar de acordo com a estrutura do empreendimento, quantidade e variedade produzida e forma de comercialização. Fábricas de biscoitos de pequeno porte, em geral, trabalham com cerca de 6 empregados, dentre cozinheira e auxiliares, comprador, vendedor e administrador. A qualificação de profissionais aumenta o comprometimento com a empresa, eleva o nível de retenção de funcionários, melhora a performance do negócio e diminui os custos trabalhistas com a rotatividade de pessoal. O treinamento dos colaboradores deve desenvolver as seguintes competências: Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 17 A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura / Pessoal / Equipam entos - Capacidade de percepção para entender e atender as expectativas dos clientes; - Agilidade e presteza no atendimento; - Capacidade de apresentar e vender os produtos da fábrica; - Motivação para crescer juntamente com o negócio. Deve-se ficar atento para a Convenção Coletiva do Sindicato dos Trabalhadores nessa área, utilizando-a como balizadora dos salários e orientadora das relações trabalhistas, evitando, assim, consequências desagradáveis. O empreendedor deve participar de seminários, congressos e cursos direcionados ao negócio, para manter-se atualizado e sintonizado com as tendências do setor. O SEBRAE da localidade poderá ser consultado para aprofundar as orientações sobre o perfil do pessoal e treinamentos adequados. 7. Equipamentos Para a produção de uma fábrica de pequeno porte, o maquinário é simples, sendo possível trabalhar com batedeiras, fogão e freezer domésticos, além de um forno industrial, com termômetro, balança e assadeiras de alumínio. A produção em maiores quantidades requer equipamentos mais sofisticados, como aqueles utilizados no processamento industrial. Dentre os equipamentos básicos citamos: - Balança; - Assadeiras; - Carrinho porta-assadeiras; - Dosador: dosador-misturador; - Estampadora; Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 18 A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura / Pessoal / Equipam entos / M atéria Prim a/M ercadoria - Esteira, cilindro e roseteira; - Forno industrial (contínuo, de convecção ou de irradiação); - Laminadora; - Máquina embaladora; - Masseira (misturador/batedor); - Pingadora; - Recheadeira; - Seladora de embalagens; - Túnel de resfriamento. No site da Abimaq – Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos -, o empreendedor poderá encontrar máquinas e equipamentos. Acesse www.abimaq.org.br e na aba “acesso rápido” procure “consulta de máquinas e equipamentos-DATAMAQ”. 8. Matéria Prima/Mercadoria A gestão de estoques no varejo é a procura do constante equilíbrio entre a oferta e a demanda. Este equilíbrio deve ser sistematicamente verificado por meio indicadores de desempenho. Entre vários indicadores chamamos atenção especial para os três seguintes: 1 - Giro dos estoques: o giro dos estoques é um indicador do número de vezes em que o capital investido em estoques é recuperado através das vendas. Usualmente é medido em base anual e tem a característica de representar o que aconteceu no passado. Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 19 A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura / Pessoal / Equipam entos / M atéria Prim a/M ercadoria Obs.: Quanto maior for a frequência de entregas dos fornecedores, logicamente em menores lotes, maior será o índice de giro dos estoques, também chamado de índice de rotação de estoques. 2 - Cobertura dos estoques: o índice de cobertura dos estoques é a indicação do período de tempo que o estoque, em determinado momento, consegue cobrir as vendas futuras, sem que haja suprimento. 3 - Nível de serviço ao cliente: o indicador de nível de serviço ao cliente para o ambiente do varejo, isto é, aquele segmento de negócio em que o cliente quer receber a mercadoria, ou serviço, imediatamente após a compra; demonstra o número de oportunidades de venda que podem ter sido perdidas, pelo fato de não existir a mercadoria em estoque ou não se poder executar o serviço com prontidão. Portanto, o estoque dos produtos deve ser mínimo, visando gerar o menorimpacto na alocação de capital de giro. O estoque mínimo deve ser calculado levando-se em conta o número de dias entre o pedido de compra e a entrega dos produtos na sede da empresa. Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 20 A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura / Pessoal / Equipam entos / M atéria Prim a/M ercadoria Na produção de biscoitos, os mais diversos ingredientes podem ser utilizados. Porém, alguns ingredientes são mais usuais, entre eles: Farinha de trigo - Principal componente de quase todas as formulações de biscoito. Tem função estrutural e sua qualidade é determinada pelo tipo de produto a ser produzido. A sua constituição é basicamente composta de amido e de uma proteína conhecida por glúten. O glúten é que dá a característica de força e elasticidade da farinha, determinando assim a utilização da farinha para cada tipo de produto em função de sua qualidade. Açúcar - O mais usual é o açúcar branco cristal, que pode ou não ser moído. Em alguns produtos utiliza-se o açúcar mascavo, demerara ou melado. Fornece doçura e sabor, além de ter efeito sobre a textura, cor, expansão e aparência geral. Gordura - Pode ser de origem animal (manteiga, banha) ou vegetal, hidrogenado ou não. O mais usual é a utilização de gordura vegetal hidrogenada. A principal função é amaciante, agindo diretamente na textura, além de contribuir no sabor. Amidos - O mais utilizado é o de milho, porém também se utiliza o de trigo, farinha de arroz e fécula de mandioca. A função principal é “diluir” a proteína (glúten), atuando principalmente na estrutura do produto. Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 21 A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura / Pessoal / Equipam entos / M atéria Prim a/M ercadoria Açúcar invertido - É uma solução de açúcar onde a sacarose foi convertida em glicose e frutose por ação de um ácido, uma base ou por enzimas. É utilizado para obtenção da coloração dourada nos produtos e para reter umidade. Emulsionantes - Sua principal função é a estabilização das emulsões óleo em água e água em óleo, modificando a cristalização da gordura, alterando a consistência da massa e lubrificando as massas pobres em gordura. Os mais utilizados são a lecitina de soja, mono e diglicerídeos de ácidos graxos, ésteres do propilenoglicol, estearoil lactatos e outros. Fermentos - São utilizados para o desenvolvimento da estrutura do produto: - Biológico - é o mesmo fermento utilizado na panificação, a levedura Saccharomyces cereviseae, em produtos como crackers e Água e Sal. - Fermento químico - também chamados de agentes esponjantes, utilizados em quase todos os produtos doces como Maria, recheados, amanteigados, cookies, etc., e os mais utilizados são: bicarbonato de amônio - se decompõe sob ação do calor durante o Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 22 A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura / Pessoal / Equipam entos / M atéria Prim a/M ercadoria forneamento, produzindo CO2, NH3 e vapor de água. - Bicarbonato de sódio - Se decompõe sob ação do calor, porém sua decomposição não é total, necessitando de um agente ácido (acidulante) para completa decomposição. - Acidulantes - Os mais usuais são o fosfato monocálcico (Ca(H2PO4)2), o pirofosfato ácido de sódio (Na2H2P2O7) e o bitartarato de potássio (cremor de tártaro - C4H5O6K). Outros Ingredientes: - Aromatizantes - São usados para o desenvolvimento do sabor do produto; - Corantes - Tem a finalidade de auxiliar na cor dos produtos; Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 23 A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura / Pessoal / Equipam entos / M atéria Prim a/M ercadoria - Ovos - São usados para dar sabor e também no desenvolvimento da estrutura; - Produtos lácteos - Usados principalmente para dar sabor; - Cacau e chocolates; - Sal; - Enzimas - Utilizados principalmente para correção da farinha; - Mel, amêndoas e outros. Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 24 A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura / Pessoal / Equipam entos / M atéria Prim a/M ercadoria / O rganização do Processo Produtivo 9. Organização do Processo Produtivo A produção de biscoitos feitos em casa ou em uma grande empresa envolve as mesmas etapas, variando-se as dimensões, medidas e a forma dos equipamentos, podendo ser assim dividida: Medição dos Ingredientes Fase inicial da produção do biscoito onde todos os ingredientes que irão compor a massa, cobertura ou recheio são selecionados, pesados e dispostos para a mistura, conforme a receita escolhida. Mistura Etapa da fabricação onde os ingredientes são misturados utilizando-se o método de preferência de cada cozinheiro e que tem as seguintes funções: - homogeneização dos ingredientes para formar massa uniforme; - dispersão de sólido no líquido ou líquido no líquido; - formar soluções de um sólido em um líquido; - desenvolver o glúten da farinha; - “aerar” a massa, deixando-a menos densa. Quanto aos métodos de mistura, de modo geral, podem ser divididos em dois: - Método “creme”: faz-se uma pré-mistura de açúcar, gordura, ovo ou leite e xarope (também chamado de “dois estágios”). - Método “tudo de uma vez”: todos os ingredientes são homogeneizados num processo de um só estágio. Misturadores Há vários misturadores na indústria de biscoitos, mas a maioria deles pode ser incluída Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 25 A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura / Pessoal / Equipam entos / M atéria Prim a/M ercadoria / O rganização do Processo Produtivo nos tipos vertical e horizontal. Cada um dos tipos citados tem uma aplicação especial. O misturador vertical é usado, na maioria das vezes, para vários tipos de biscoitos cracker, nos quais se utiliza o método esponja e massa. O misturador horizontal já é mais empregado para massas de biscoitos amanteigados, cortados por um fio, depositados ou estampados. Outro tipo de misturadores tem sido desenvolvido, como o contínuo, utilizado para massas moles. Corte Normalmente, há quatro tipos dominantes: - sistema de corte por prensa (estampadores): muito utilizado para massas duras, tipo Maria, cuja massa tem elasticidade suficiente para ser laminada até atingir espessura adequada para receber o corte. - sistema rotativo (corte por rolos): trabalha com massas mais macias, com maior teor de gordura. O conjunto consiste de um alimentador que pode ter duas ou mais divisões. Existe ainda o rolo matriz, onde estão gravados os tipos de biscoito e, paralelamente a este, gira o rolo de borracha. - sistema de fios (corte por fios-arame): trabalha com massas de consistência variada, desde macia, tipo bolo, até rígida, porém facilmente moldável. A massa é formada por dois rolos corrugados, sai da matriz de forma contínua e é cortada por arame, em unidades. - sistema de deposição: geralmente utilizado para massas muito moles, ou com alto teor de umidade. O equipamento possui um depósito de massa com controlador de fluxo. Forneamento (Cozimento) Etapa importante do processo de produção dos biscoitos que consiste em assar a massa já misturada e cortada. Nesta etapa ocorrem as alterações que transformam a massa crua em biscoito. O nome forneamento deriva do equipamento onde ocorre o processo - o“forno”. Durante o processo de forneamento, que ocorre sob a ação do calor, as peças de massa sofrem algumas mudanças físicas, químicas e físico- químicas. Também chamada de cozimento ou assadura do biscoito,é a fase executada com o objetivo de remover a umidade, dar cor e propiciar uma série de reações químicas e físicas. Resfriamento Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 26 A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura / Pessoal / Equipam entos / M atéria Prim a/M ercadoria / O rganização do Processo Produtivo / A utom ação O resfriamento é uma das fases mais importantes do processamento de biscoitos. Assim que o produto sai do forno, se apresenta mole e ainda com alguma umidade. Desta forma, não poderá ser embalado diretamente e deve sofrer o processo de resfriamento. Se essa fase não for bem feita, pode ocorrer a quebra. Para controlar a quebra, três pontos importantes devem ser levados em consideração: - formulação bem balanceada, normalmente contendo açúcar invertido; - assadura em condições ideais, com mínimo de variação no conteúdo de umidade das diferentes partes; - resfriamento em atmosfera quente e úmida, evitando corrente de ar frio ou ar soprado diretamente sobre os biscoitos. Embalagem As principais funções da embalagem de biscoitos são: proteger contra insetos, poeira ou qualquer material estranho, proteger o produto contra danos mecânicos, evitar contaminação microbiológica, evitar perda ou ganho de umidade e proteger contra o excesso de luz. Os principais materiais empregados são: celofane, filmes plásticos, alumínio e papel. Geralmente esses materiais são combinados, em filmes laminados, de forma a oferecer a melhor barreira, pelo menor custo. Vale lembrar que aqueles empreendedores que desejam vender seus produtos através de canais tais como supermercados e grandes cadeias de alimentação, sem a devida rotulagem e codificação (código de barras), encontram dificuldades de colocação ou mesmo não são adquiridos para revenda por estes estabelecimentos. 10. Automação A automação na fabricação de biscoitos ocorre nas áreas de produção, assim como na área administrativa. Na área de produção ela se dá principalmente nas etapas de corte, resfriamento e embalagem do biscoito, através da substituição de processos manuais por máquinas automáticas, onde todo o esforço é feito pela máquina. A diferença está na produtividade. Uma máquina pode acelerar a produção, porém o empreendedor deve avaliar a compra destes equipamentos na fase inicial do negócio, onde há outros gastos mais urgentes. Contudo, quando se chega a um nível de produção mais Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 27 A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura / Pessoal / Equipam entos / M atéria Prim a/M ercadoria / O rganização do Processo Produtivo / A utom ação / C anais de D istribuição elevado, elas se tornam quase necessidade. Quanto ao processo de administração, existem diversos softwares (pacotes) que auxiliam o empreendedor na gestão de seu negócio (existem aplicações integradas de controle de processos de vendas, controle de estoque, contas a pagar e receber, etc. próprios para pequenas indústrias – vide www.cartaobndes.gov.br). Estes aplicativos contribuem para a melhoria do processo de tomada de decisões, melhoram a produtividade, dentre outros benefícios. 11. Canais de Distribuição Os canais de vendas são diversos: aproximadamente 45% das vendas dos fabricantes são feitas via supermercados; 35% para os atacadistas; 20% para os distribuidores; e 5% direto ao varejo. Neste contexto, a produção de biscoito artesanal é uma oportunidade para o pequeno empreendedor, que pode atender lojas de conveniência, padarias, delicatéssens e pequenos mercados. As fábricas de biscoito comercializam seus produtos por venda direta ao consumidor ou por meio de representantes e/ou vendedores comissionados, responsáveis pelo contato com os principais canais de distribuição, entre eles: supermercado, padarias, lanchonetes, lojas de conveniência, cantinas, bares, restaurantes, cafeterias e outros. Nas fábricas de pequeno porte é comum este papel ser desempenhado pelo próprio empresário. Assim como é comum as fábricas responsabilizarem-se pela entrega do produto aos revendedores. Isto exige que o empreendedor invista num meio de transporte próprio ou na contratação deste serviço para a distribuição do produto. Vale salientar que por tratar-se de produto perecível, deve ser transportado sob condições ideais de temperatura. Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 28 A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura / Pessoal / Equipam entos / M atéria Prim a/M ercadoria / O rganização do Processo Produtivo / A utom ação / C anais de D istribuição / Investim ento As indústrias que não possuem estes recursos distribuem seus produtos próximos ao empreendimento ou na própria unidade de produção. 12. Investimento O investimento variará de acordo com o porte do empreendimento (volume de produção esperado), diversidade de produtos fabricados e dos equipamentos utilizados, se novos ou usados. Considerando uma fábrica de pequeno porte (pequena empresa), montada numa área de 60m², será necessário um investimento de cerca de R$ 97.800,00 (noventa e sete mil e oitocentos reais) aproximadamente, a ser alocado majoritariamente nas obras de adaptação do local (cerca de R$ 15.000,00), estoque inicial de matéria-prima (R$ 3.000,00), capital de giro (R$ 22.000,00 aproximadamente) e na compra dos equipamentos (cerca de 57.800,00). Os equipamentos necessários ao investimento estão listados abaixo e ressaltamos que os preços podem variar de acordo com a região e estado de conservação (no caso dos usados). O investidor poderá, também, optar por suprimir, no início do negócio, algum desses equipamentos e ir adquirindo gradualmente à medida que o negócio for crescendo: Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 29 A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura / Pessoal / Equipam entos / M atéria Prim a/M ercadoria / O rganização do Processo Produtivo / A utom ação / C anais de D istribuição / Investim ento Assadeiras R$ 800,00; Balança Plataforma 50 kg – R$ 900,00; Balança Prato 5 kg – R$ 500,00; Caixas plásticas (diversas) – R$ 600,00; Carrinho porta-assadeiras - R$ 550,00; Computadores, telefones, fax, etc. – R$ 3.500,00; Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 30 A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura / Pessoal / Equipam entos / M atéria Prim a/M ercadoria / O rganização do Processo Produtivo / A utom ação / C anais de D istribuição / Investim ento Misturador - dosador - R$ 1.500,00; Estampadeira - R$ 2.000,00; Esteira, cilindro e roseteira - R$ 15.000,00; Forno industrial - R$ 6.000,00; Freezer (02) Horizontal de 500 l – R$ 2.000,00; Laminadora - R$ 5.000,00; Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 31 A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura / Pessoal / Equipam entos / M atéria Prim a/M ercadoria / O rganização do Processo Produtivo / A utom ação / C anais de D istribuição / Investim ento Liquidificador Industrial 20 l- R$ 750,00; Máquina embaladora - R$ 1.200,00; Masseira (misturador/batedor) - R$ 4.500,00; Móveis e utensílios – R$ 8.000,00; Recheadeira - R$ 3.500,00; Seladoras - R$ 1.500,00. Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 32 A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura / Pessoal / Equipam entos / M atéria Prim a/M ercadoria / O rganização do Processo Produtivo / A utom ação / C anais de D istribuição / Investim ento Antesde montar a empresa, é fundamental que o empreendedor elabore um Plano de Negócios, onde os valores necessários à estruturação da empresa podem ser mais detalhados, em função dos objetivos estabelecidos de retorno e alcance de mercado. O capital de giro necessário para os primeiros meses de funcionamento do negócio também deve ser considerado neste planejamento. Nessa etapa, é indicado que o empreendedor procure o Sebrae para consultoria adequada ao seu negócio, levando em conta suas particularidades. O empreendedor também poderá basear-se nas orientações propostas por metodologias de modelagem de negócios, em que é possível analisar o mercado no qual estará inserido, mapeando o segmento de clientes, os atores com quem se relacionará, as atividades chave, as parcerias necessárias, sua estrutura de custos e fontes de receita. Os valores acima relacionados são apenas uma referência para constituição de um empreendimento dessa natureza. Além disso, eles irão variar conforme a região geográfica que a empresa irá se instalar, da necessidade de reforma do imóvel, do tipo de mobiliário escolhido, da diversidade de produtos que serão produzidos, etc. Por meio da internet o empreendedor poderá adquirir e cotar os preços de quase todos os equipamentos e móveis necessários. Contudo, a depender do volume de compras, o futuro empresário poderá, de posse dessas cotações, ir conversar diretamente com algum fornecedor de sua região, a fim de analisar a realidade de valores do mercado. Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 33 A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura / Pessoal / Equipam entos / M atéria Prim a/M ercadoria / O rganização do Processo Produtivo / A utom ação / C anais de D istribuição / Investim ento / C apital de G iro 13. Capital de Giro Capital de giro é o montante de recursos financeiros que a empresa precisa manter para garantir fluidez dos ciclos de caixa. O capital de giro funciona com uma quantia imobilizada no caixa (inclusive banco) da empresa para suportar as oscilações de caixa. O capital de giro é regulado pelos prazos praticados pela empresa, são eles: prazos médios recebidos de fornecedores (PMF); prazos médios de estocagem (PME) e prazos médios concedidos a clientes (PMCC). Quanto maior o prazo concedido aos clientes e quanto maior o prazo de estocagem, maior será sua necessidade de capital de giro. Portanto, manter estoques mínimos regulados e saber o limite de prazo a conceder ao cliente pode melhorar muito a necessidade de imobilização de dinheiro em caixa. Se o prazo médio recebido dos fornecedores de matéria-prima, mão- de-obra, aluguel, impostos e outros forem maiores que os prazos médios de estocagem somada ao prazo médio concedido ao cliente para pagamento dos produtos, a necessidade de capital de giro será positiva, ou seja, é necessária a manutenção de dinheiro disponível para suportar as oscilações de caixa. Neste caso um aumento de vendas implica também em um aumento de encaixe em capital de giro. Para tanto, o lucro apurado da empresa deve ser ao menos parcialmente reservado para complementar esta necessidade do caixa. Se ocorrer o contrário, ou seja, os prazos recebidos dos fornecedores forem maiores que os prazos médios de estocagem e os prazos concedidos aos clientes para pagamento, a necessidade de capital de giro é negativa. Neste caso, deve-se atentar para quanto do dinheiro disponível em caixa é necessário para honrar compromissos de pagamentos futuros (fornecedores, impostos). Portanto, retiradas e imobilizações excessivas poderão fazer com que a empresa venha a ter problemas com seus pagamentos futuros. Um fluxo de caixa, com previsão de saldos futuros de caixa deve ser implantado na empresa para a gestão competente da necessidade de capital de giro. Só assim as variações nas vendas e nos prazos praticados no mercado poderão ser geridas com precisão. Estima-se que a necessidade de capital de giro para uma fábrica de biscoito seja em torno de 30% do investimento total. Este valor poderá variar, de acordo com os níveis de manutenção dos estoques de matéria prima e produtos acabados e do prazo de recebimento das vendas. É comum neste mercado os revendedores solicitarem prazos elevados de 30, 60 e até 90 dias para pagamento das faturas, enquanto salário, impostos, compra de insumos, aluguel, etc,. em geral são pagos com prazo de 30 dias. Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 34 A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura / Pessoal / Equipam entos / M atéria Prim a/M ercadoria / O rganização do Processo Produtivo / A utom ação / C anais de D istribuição / Investim ento / C apital de G iro / C ustos 14. Custos Os custos dentro de um negócio são empregados tanto na elaboração dos serviços ou produtos quanto na manutenção do pleno funcionamento da empresa. Entre essas despesas, estão o que chamamos de custos fixos e custos variáveis. Custos variáveis São aqueles que variam diretamente com a quantidade produzida ou vendida, na mesma proporção. Custos fixos Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 35 A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura / Pessoal / Equipam entos / M atéria Prim a/M ercadoria / O rganização do Processo Produtivo / A utom ação / C anais de D istribuição / Investim ento / C apital de G iro / C ustos / D iversificação/A gregação de Valor São os gastos que permanecem constantes, independente de aumentos ou diminuições na quantidade produzida e vendida. Os custos fixos fazem parte da estrutura do negócio. Todos os recursos consumidos na produção de um bem ou serviço serão incorporados posteriormente no preço dos serviços prestados, como: aluguel, água, luz, salários e todos os produtos consumidos na prestação de serviços. No caso da fábrica de biscoitos, os maiores elementos de custos estarão relacionados à compra de matéria-prima, embalagem e material de limpeza e higienização, aluguel, salários e impostos. Portanto é importante, desde o início do empreendimento, manter os custos compatíveis com seu orçamento de despesa. Adicionalmente, é preciso atentar para possíveis desperdícios e a negociação do preço de compra junto a fornecedores sem comprometer a qualidade. O cuidado na administração e redução de todos os custos envolvidos na compra, produção e venda de produtos ou serviços que compõem o negócio, indica que o empreendedor poderá ter sucesso ou insucesso. O empreendedor deve encarar como ponto fundamental a redução de desperdícios, a compra pelo melhor preço e o controle de todas as despesas internas. Quanto menores os custos, maior a chance de ganhar no resultado final do negócio. 15. Diversificação/Agregação de Valor Agregar valor significa oferecer produtos e serviços complementares ao produto Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 36 A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura / Pessoal / Equipam entos / M atéria Prim a/M ercadoria / O rganização do Processo Produtivo / A utom ação / C anais de D istribuição / Investim ento / C apital de G iro / C ustos / D iversificação/A gregação de Valor principal, diferenciando-se da concorrência e atraindo o público-alvo. Não basta possuir algo que os produtos concorrentes não oferecem. É necessário que esse algo a mais seja reconhecido pelo cliente como uma vantagem competitiva e aumente o seu nível de satisfação com o produto ou serviço prestado. As pesquisas quantitativas e qualitativas podem ajudar na identificação de benefícios de valor agregado. No caso de uma Fábrica de Biscoitos, existem várias oportunidades de diferenciação, tais como: -Produzir uma linha de produtos diferenciados como: sem glúten, sem lactose, sem açúcar etc. Porém requer um maior investimento, pois necessita ser uma produção completamente separada. - Inovar nos formatos dos biscoitos. - Produzir produtos específicos para datas comemorativas, como Páscoa, Natal. - Inovar com as embalagens para presente. Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 37 A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura / Pessoal / Equipam entos / M atéria Prim a/M ercadoria / O rganização do Processo Produtivo / A utom ação / C anais de D istribuição / Investim ento / C apital de G iro / C ustos / D iversificação/A gregação de Valor / D ivulgação Inovar nos sabores, texturas, recheios, coberturas e explorar diversos formatos são também algumas das opções para diferenciar o produto. A agregação de valor se dá pela fabricação de biscoitos com características nutricionais ou ingredientes mais nutritivos e menos prejudiciais à saúde, tais como a adição de fibras, substituição de gorduras, açúcares, etc. 16. Divulgação Sendo um bem de consumo, a divulgação dos biscoitos da fábrica deve ser direcionada para o usuário final, com o objetivo de estimulá-lo a consumir o produto elaborado. Esta preocupação começa pela escolha da embalagem, que dentro do orçamento disponível deverá estimular o consumidor a experimentar ou mesmo presentear pessoas queridas com o biscoito de sua fábrica. Uma bonita e bem elaborada embalagem é uma boa forma de apresentar o produto, sendo um requisito básico para impulsionar as vendas. Alguns outros itens são importantes para chamar atenção do consumidor no ponto de venda, entre eles a adequada exposição, uso de displays, totens, folhetos explicativos sobre a qualidade do produto, etc., porém a possibilidade de visualizar e poder atestar a sua qualidade são essenciais para impulsionar o cliente a adquirir o biscoito. Totens com amostras do produto também são ótimo chamariz. Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 38 A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura / Pessoal / Equipam entos / M atéria Prim a/M ercadoria / O rganização do Processo Produtivo / A utom ação / C anais de D istribuição / Investim ento / C apital de G iro / C ustos / D iversificação/A gregação de Valor / D ivulgação / Inform ações Fiscais e Tributárias Neste contexto, é necessário que o empreendedor fiscalize os produtos expostos nos pontos de venda para verificar se o seu produto está numa boa localização, sem exposição ao sol, calor ou umidade, para que não haja perda na qualidade. Para os biscoitos com características especiais tais como fibras, com cálcio, funcionais, orgânicos, non-fat, sem gordura trans, diet, entre outros, é necessária a adoção de estratégias por parte do empreendedor para enfatizar o seu valor nutricional. A divulgação do produto para as redes de supermercado, padarias, lanchonetes, lojas de conveniência, cantinas, etc., deve ser feita através de visitas regulares e apresentação aos compradores ou departamentos responsáveis pela aquisição do produto, com o uso de amostras e folhetos explicativos sobre suas qualidades, preço e condições de entrega. 17. Informações Fiscais e Tributárias O segmento de Fábrica de Biscoitos, assim entendido pela CNAE/IBGE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas), sob o número 1092-9/00, como a atividade de fabricação de biscoitos e bolachas, poderá optar pelo SIMPLES Nacional - Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte - Instituído pela Lei Complementar nº 123/2006, e alterada pela Lei Complementar 155, de 2016. Iniciando a vigência a partir de janeiro de 2018 - desde que a receita bruta anual de sua atividade não ultrapasse a R$ 900.000,00 (novecentos mil reais) para microempresa e R$ 4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil reais) para empresa de pequeno porte e respeitando os demais requisitos previstos na Lei. Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 39 A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura / Pessoal / Equipam entos / M atéria Prim a/M ercadoria / O rganização do Processo Produtivo / A utom ação / C anais de D istribuição / Investim ento / C apital de G iro / C ustos / D iversificação/A gregação de Valor / D ivulgação / Inform ações Fiscais e Tributárias Nesse regime, o empreendedor poderá recolher os seguintes tributos e contribuições, por meio de apenas um documento fiscal – o DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional), que é gerado no Portal do SIMPLES Nacional (http://www8.receita.fazenda.gov.br/SimplesNacional/): - IRPJ (imposto de renda da pessoa jurídica); - CSLL (contribuição social sobre o lucro); - PIS (programa de integração social); - COFINS (contribuição para o financiamento da seguridade social); - ICMS (imposto sobre circulação de mercadorias e serviços); Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 40 A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura / Pessoal / Equipam entos / M atéria Prim a/M ercadoria / O rganização do Processo Produtivo / A utom ação / C anais de D istribuição / Investim ento / C apital de G iro / C ustos / D iversificação/A gregação de Valor / D ivulgação / Inform ações Fiscais e Tributárias - ISSQN (imposto sobre serviços de qualquer natureza); - INSS (contribuição para a Seguridade Social). Conforme a Lei Complementar nº 123/2006, alterada pela LC 155, de 2016, as alíquotas do SIMPLES Nacional, para esse ramo de atividade, variam de 4% a 19,5%, dependendo da receita bruta auferida pelo negócio. Se o Estado em que o empreendedor estiver exercendo a atividade conceder benefícios tributários para o ICMS (desde que a atividade seja tributada por esse imposto), a alíquota poderá ser reduzida conforme o caso. Na esfera Federal poderá ocorrer redução quando se tratar de PIS e/ou COFINS. Se a receita bruta anual não ultrapassar a R$ 81.000,00 (oitenta e um mil reais), o empreendedor, desde que não possua e não seja sócio de outra empresa, poderá optar pelo regime denominado de MEI - Microempreendedor Individual. Para se enquadrar no MEI o CNAE da atividade deve constar e ser tributado conforme a tabela da Resolução CGSN nº 94/2011 – Alterada pela Resolução CGSN Nº 135, DE 22 de Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 41 A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura / Pessoal / Equipam entos / M atéria Prim a/M ercadoria / O rganização do Processo Produtivo / A utom ação / C anais de D istribuição / Investim ento / C apital de G iro / C ustos / D iversificação/A gregação de Valor / D ivulgação / Inform ações Fiscais e Tributárias agosto de 2017. Para mais informações sobre essa modalidade consulte o site do portal do empreendedor: http://www.portaldoempreendedor.gov.br/. Importante consultar a Resolução CGSN nº 133/2017 (foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) de 16/06/2017), alterando e revogando diversos dispositivos da Resolução CGSN nº 94/2011, que dispõe sobre o Simples Nacional. Outros regimes de tributação Para os empreendedores que preferem não optar pelo Simples Nacional, há os regimes de tributação abaixo: Lucro Presumido: É o lucro que se presume através da receita bruta de vendas de mercadorias e/ou prestação de serviços. Trata-se de uma forma de tributação simplificada utilizada para determinar a base de cálculo dos tributos das pessoas jurídicas que não estiverem obrigadas à apuração pelo Lucro Real. Nesseregime, a apuração dos impostos é feita trimestralmente. Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 42 A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura / Pessoal / Equipam entos / M atéria Prim a/M ercadoria / O rganização do Processo Produtivo / A utom ação / C anais de D istribuição / Investim ento / C apital de G iro / C ustos / D iversificação/A gregação de Valor / D ivulgação / Inform ações Fiscais e Tributárias A base de cálculo para determinação do valor presumido varia de acordo com a atividade da empresa. Sobre o resultado da equação: Receita Bruta x % (percentual da atividade), aplica-se as alíquotas de: - IRPJ - 15%. Poderá haver um adicional de 10% para a parcela do lucro que exceder o valor de R$ 20 mil, no mês, ou R$ 60 mil, no trimestre, uma vez que o imposto é apurado trimestralmente; - CSLL - 9%. Não há adicional de imposto. - PIS - 1,65% - sobre a receita bruta total, compensável; - COFINS - 7,65% - sobre a receita bruta total, compensável. Incidem também sobre a receita bruta os impostos estaduais e municipais: Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 43 A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura / Pessoal / Equipam entos / M atéria Prim a/M ercadoria / O rganização do Processo Produtivo / A utom ação / C anais de D istribuição / Investim ento / C apital de G iro / C ustos / D iversificação/A gregação de Valor / D ivulgação / Inform ações Fiscais e Tributárias - ICMS - Em regra geral, as alíquotas variam conforme o estado, entre 17 e 19%. Alguns produtos ou serviços possuem alíquotas reduzidas ou diferenciadas. - ISS – Calculado sobre a receita de prestação de serviços, varia conforme o município onda a empresa estiver sediada, entre 2 e 5%. Além dos impostos citados acima, sobre a folha de pagamento incidem as contribuições previdenciárias e encargos sociais (tanto para o lucro real quanto para o lucro presumido): - INSS - Valor devido pela Empresa - 20% sobre a folha de pagamento de salários, pró-labore e autônomos; - INSS - Autônomos - A empresa deverá descontar na fonte e recolher entre 11% da remuneração paga ou creditada a qualquer título no decorrer do mês a autônomos, observado o limite máximo do salário de contribuição (o recolhimento do INSS será feito através da Guia de Previdência Social - GPS). Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 44 A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura / Pessoal / Equipam entos / M atéria Prim a/M ercadoria / O rganização do Processo Produtivo / A utom ação / C anais de D istribuição / Investim ento / C apital de G iro / C ustos / D iversificação/A gregação de Valor / D ivulgação / Inform ações Fiscais e Tributárias - FGTS – Fundo de Garantia por tempo de serviço, incide sobre o valor da folha de salários a alíquota de 8%. Lucro Real: É o lucro líquido do período de apuração ajustado pelas adições, exclusões ou compensações estabelecidas em nossa legislação tributária. Este sistema é o mais complexo, que deverá ser bem avaliado por um contador. As alíquotas para este tipo de tributação são: - IRPJ - 15% sobre a base de cálculo (lucro líquido). Haverá um adicional de 10% para a parcela do lucro que exceder o valor de R$ 20 mil, multiplicado pelo número de meses do período. O imposto poderá ser determinado trimestralmente ou anualmente; - CSLL - 9%, determinada nas mesmas condições do IRPJ; - PIS - 1,65% - sobre a receita bruta total, compensável; Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 45 A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura / Pessoal / Equipam entos / M atéria Prim a/M ercadoria / O rganização do Processo Produtivo / A utom ação / C anais de D istribuição / Investim ento / C apital de G iro / C ustos / D iversificação/A gregação de Valor / D ivulgação / Inform ações Fiscais e Tributárias - COFINS - 7,65% - sobre a receita bruta total, compensável. Incidem também sobre a receita bruta os impostos estaduais e municipais: - ICMS - Em regra geral, as alíquotas variam conforme o estado, entre 17 e 19%. Alguns produtos ou serviços possuem alíquotas reduzidas ou diferenciadas. - ISS – Calculado sobre a receita de prestação de serviços, varia conforme o município onda a empresa estiver sediada, entre 2 e 5%. Além dos impostos citados acima, sobre a folha de pagamento incidem as contribuições previdenciárias e encargos sociais (tanto para o lucro real quanto para o lucro presumido): - INSS - Valor devido pela Empresa - 20% sobre a folha de pagamento de salários, pró-labore e autônomos; Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 46 A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura / Pessoal / Equipam entos / M atéria Prim a/M ercadoria / O rganização do Processo Produtivo / A utom ação / C anais de D istribuição / Investim ento / C apital de G iro / C ustos / D iversificação/A gregação de Valor / D ivulgação / Inform ações Fiscais e Tributárias / Eventos - INSS - Autônomos - A empresa deverá descontar na fonte e recolher entre 11% da remuneração paga ou creditada a qualquer título no decorrer do mês a autônomos, observado o limite máximo do salário de contribuição (o recolhimento do INSS será feito através da Guia de Previdência Social - GPS). - FGTS – Fundo de Garantia por tempo de serviço, incide sobre o valor da folha de salários a alíquota de 8%. Recomendamos que o empreendedor consulte sempre um contador, para que ele o oriente sobre o enquadramento jurídico e o regime de tributação mais adequado ao seu caso. 18. Eventos O empreendedor deve estar sempre em contato com as entidades e associações da área para obter informações sobre os eventos que irão ocorrer. Eventos como feiras, rodada de negócios, congressos, etc., são muito importantes para o empresário ficar por dentro das tendências de mercado, conhecer novos produtos e tecnologias, realizar parcerias e fazer bons negócios. Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 47 A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura / Pessoal / Equipam entos / M atéria Prim a/M ercadoria / O rganização do Processo Produtivo / A utom ação / C anais de D istribuição / Investim ento / C apital de G iro / C ustos / D iversificação/A gregação de Valor / D ivulgação / Inform ações Fiscais e Tributárias / Eventos Onde procurar: www.ubrafe.org.br; www.expofeiras.gov.br e ainda no Catálogo Brasileiro de Exposições e Feiras, disponível na internet. Alguns eventos importantes: Congresso Brasileiro de Ciência e Tecnologia de Alimentos www.sbcta.org.br Fispal - Feira Internacional de Produtos e Serviços para Alimentação www.fispal.com Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 48 A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura / Pessoal / Equipam entos / M atéria Prim a/M ercadoria / O rganização do Processo Produtivo / A utom ação / C anais de D istribuição / Investim ento / C apital de G iro / C ustos / D iversificação/A gregação de Valor / D ivulgação / Inform ações Fiscais e Tributárias / Eventos Semana Tecnológica do Cereal – CHOCOTEC Campinas - São Paulo - Brasil Tecnologia para Indústria Alimentícia – ITAL http://www.ital.sp.gov.br/cerealchocotec/semana_tecnologica/ FIPAN - Feira Internacional de Panificação, Confeitaria e do Varejo Independente de Alimentos Linhas de Produtos e/ou Serviços: assessórios,alimentos, bebidas, embalagens, azeites, destilados, equipamentos diversos, equipamentos para cozinha, máquinas, matérias-primas, serviços, transporte, uniformes, atacadistas, distribuidores e representações comerciais. Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 49 A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura / Pessoal / Equipam entos / M atéria Prim a/M ercadoria / O rganização do Processo Produtivo / A utom ação / C anais de D istribuição / Investim ento / C apital de G iro / C ustos / D iversificação/A gregação de Valor / D ivulgação / Inform ações Fiscais e Tributárias / Eventos / Entidades em G eral http://www.fipan.com.br Contato: expositor@fipan.com.br 19. Entidades em Geral A seguir, são indicadas as principais entidades de auxílio ao empreendedor: SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas Para descobrir a unidade do SEBRAE mais próxima acesse: http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/Contato ou Tel.:0800 570 0800 Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 50 A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura / Pessoal / Equipam entos / M atéria Prim a/M ercadoria / O rganização do Processo Produtivo / A utom ação / C anais de D istribuição / Investim ento / C apital de G iro / C ustos / D iversificação/A gregação de Valor / D ivulgação / Inform ações Fiscais e Tributárias / Eventos / Entidades em G eral ANVISA - AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA Trecho 5, Área especial 57 – Brasília/DF - CEP: 71205-050 Tel.: 0800 642 9782 http://www.portal.anvisa.gov.br Receita Federal Brasília/DF - http://www.receita.fazenda.gov.br SNDC - Sistema Nacional de Defesa do Consumidor Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 51 A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura / Pessoal / Equipam entos / M atéria Prim a/M ercadoria / O rganização do Processo Produtivo / A utom ação / C anais de D istribuição / Investim ento / C apital de G iro / C ustos / D iversificação/A gregação de Valor / D ivulgação / Inform ações Fiscais e Tributárias / Eventos / Entidades em G eral http://www.justica.gov.br/seus-direitos/consumidor/a-defesa-do-consumidor-no-bra sil/anexos/sistema-nacional-de-defesa-do-consumidor-sndc Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento Esplanada dos Ministérios - Bloco D - Brasília/DF - CEP: 70.043-900 Tel.: (61)3218-2828 Atendimento ao Público: 0800 704 1995 Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 52 A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura / Pessoal / Equipam entos / M atéria Prim a/M ercadoria / O rganização do Processo Produtivo / A utom ação / C anais de D istribuição / Investim ento / C apital de G iro / C ustos / D iversificação/A gregação de Valor / D ivulgação / Inform ações Fiscais e Tributárias / Eventos / Entidades em G eral http://www.agricultura.gov.br ABIA – Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação Av.Brig. Faria Lima, 1.478 11º andar 01451-001 São Paulo - SP Telefone: (11) 3030.1353 e Fax: (11) 3814.6688 www.abia.org.br ABIMAPI - Associação Brasileira das Indústrias de Massas Alimentícias. Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 53 A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura / Pessoal / Equipam entos / M atéria Prim a/M ercadoria / O rganização do Processo Produtivo / A utom ação / C anais de D istribuição / Investim ento / C apital de G iro / C ustos / D iversificação/A gregação de Valor / D ivulgação / Inform ações Fiscais e Tributárias / Eventos / Entidades em G eral Av. Paulista, 1754 – Conj.104 – São Paulo/SP Tel.: (11)5188 6200 E-mail: contato@abimap.com.br http://www.abimapi.com.br ABITRIGO – Associação Brasileira da Indústria do Trigo Rua Jerônimo da Veiga, 164 – 15° andar Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 54 A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura / Pessoal / Equipam entos / M atéria Prim a/M ercadoria / O rganização do Processo Produtivo / A utom ação / C anais de D istribuição / Investim ento / C apital de G iro / C ustos / D iversificação/A gregação de Valor / D ivulgação / Inform ações Fiscais e Tributárias / Eventos / Entidades em G eral Itaim Bibi - 04536-000 – São Paulo – SP Tel: (11) 3078-9001 http://www.abitrigo.com.br SIMABESP - Sindicato da Indústria de Massas Alimentícias e Biscoitos no Estado de São Paulo Avenida Paulista, 1754 – 10º andar – Conj. 104 - CEP 01.310-920 - São Paulo/SP http://www.simabesp.org.br ITAL - Instituto de Tecnologia de Alimentos Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 55 A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura / Pessoal / Equipam entos / M atéria Prim a/M ercadoria / O rganização do Processo Produtivo / A utom ação / C anais de D istribuição / Investim ento / C apital de G iro / C ustos / D iversificação/A gregação de Valor / D ivulgação / Inform ações Fiscais e Tributárias / Eventos / Entidades em G eral / N orm as Técnicas Avenida Brasil, 2880 - Caixa Postal 139 – CEP 13.070-178 - Campinas/SP Tels: (19) 3743- 1700 http://www.ital.sp.gov.br 20. Normas Técnicas As normas técnicas são, por conceito, documentos de uso voluntário, sendo importantes referências para o mercado. As normas técnicas são publicadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT. A norma técnica NBR ISO 22000 - Sistemas de gestão da segurança de alimentos - Requisitos para qualquer organização na cadeia produtiva de alimentos – é aplicável à fábrica de biscoito. Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 56 A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura / Pessoal / Equipam entos / M atéria Prim a/M ercadoria / O rganização do Processo Produtivo / A utom ação / C anais de D istribuição / Investim ento / C apital de G iro / C ustos / D iversificação/A gregação de Valor / D ivulgação / Inform ações Fiscais e Tributárias / Eventos / Entidades em G eral / N orm as Técnicas / 21. Glossário "Aumentar a força da massa"- Significa aumentar o aditivo à receita ou dar mais tempo de boleamento. Boleamento - Dar forma de bola à massa. O boleamento facilita ao padeiro visualizar o crescimento da massa e favorece a reestruturação das moléculas de glúten e retenção de gás na massa. "Cálculo de fermentação" - Cálculo que possibilita fazer o ajuste do tempo de fermentação em função do tempo disponível de produção. "Cálculo de produção" - Cálculo que informa com precisão a quantidade necessária ao balanceamento de uma receita. Dentre os métodos mais conhecidos se destaca o "Método do Padeiro", em que os ingredientes são calculados com base na farinha, cuja quantidade seja ela qual for, corresponde a 100%. "Descanso da Massa" - Etapa de produção em que a massa é deixada em repouso para recuperar sua extensibilidade. Elasticidade - É a propriedade da massa de se portar como elástico quando esticada. Esponja – É aprimeira fase do processo de mistura dos ingredientes, denominada também de pré-fermentação. Extensibilidade - É a propriedade da massa de se extender sem se rasgar, retornando ao estado inicial. 'Farinha forte" - Farinha com grande poder de absorção ; é também conhecida com farinha de glúten duro. Ideal
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