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O CONTROLE DO APETITE E O TREINAMENTO

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O CONTROLE DO APETITE E O TREINAMENTO
O controle do apetite é uma resposta complexa que é regulada por uma área no sistema nervoso central chamado de hipotálamo.
Diversos hormônios atuam nesse controle do apetite, como o GLP-1 (Glucagon-like peptide-1) que é um hormônio do trato gastrointestinal secretado pelas células enteroendócrinas.
NA TEORIA 
O GLP-1 tem importante função na saciedade ao atuar no hipotálamo fazendo com que neurônios anorexígenos secretem os neuropeptídios Pró-opiomelanocortina e o Transcrito Regulado por Cocaína e Anfetamina, levando assim à saciedade.
O entendimento atual do sistema envolvido nesta regulação sugere que, no hipotálamo, há dois grandes grupos de neuropeptídeos envolvidos nos processos orexígenos e anorexígenos (Sainsbury et al., 2002). Os neuropeptídeos orexígenos são o neuropeptídeo Y (NPY) e o peptídeo agouti (AgRP); já os neuropeptídeos anorexígenos são o hormônio alfa-melanócito estimulador (Alfa-MSH) e o transcrito relacionado à cocaína e à anfetamina (CART).
Um orexígeno, ou estimulante do apetite, é uma droga, hormônio ou composto que aumenta o apetite e pode induzir a hiperfagia. A hiperfagia, também chamada de polifagia, consiste em uma grave desordem alimentar, caracterizada pela exacerbada ingestão de alimentos. Este pode ser um hormônio neuropeptídeo de ocorrência natural, como a grelina, orexina ou neuropeptídeo Y, ou um medicamento que aumenta a fome e, portanto, aumenta o consumo de alimentos.
Um Anorexígeno, Anorético ou Anomirineronético são medicamentos com a finalidade de induzir a anorexia - aversão ao alimento, falta de apetite
O GLP-1 também tem importante finalidade ao promover a secreção de insulina dependente de glicose pelas células beta pancreática e inibir a secreção de glucagon. Assim, quando a glicemia se eleva a secreção de insulina é estimulada e a secreção de glucagon é inibida.
As células beta são células endócrinas nas ilhotas de Langerhans do pâncreas. Elas são responsáveis por sintetizar e secretar o hormônio insulina, que regula os níveis de glicose no sangue.
Entretanto, pessoas com obesidade e diabetes podem ter alterações metabólicas que levam à redução do GLP-1 e com isso redução da saciedade e maior dificuldade no emagrecimento.
Contudo, o treinamento intervalado de alta intensidade (HIIT) pode trazer impactos positivos no GLP-1.
O estudo de Lee et al (2015) randomizou (dividiu aleatoriamente) diabéticos tipo II para o treinamento HIIT ou treinamento contínuo de moderada intensidade durante 12 semanas sem modificação nutricional.
Os resultados mostraram que o HIIT promoveu aumento significativo do GLP-1 comparado ao treinamento de moderada intensidade, também levou a redução significativa da enzima que degrada o GLP-1 que é a DPP-4 (Dipeptidyl peptidase-4) e que pode ter sua atividade aumentada em obesos e diabéticos, promoveu diminuição da resistência à insulina avaliada pelo HOMA-IR, redução da insulina, glicemia, leptina, percentual de gordura e IMC.
Todas essas respostas fisiológicas proporcionam um impacto fisiológico importante, principalmente em pessoas com obesidade e diabetes, visto terem um desajuste metabólico que prejudica a saciedade e o emagrecimento.
Referência:
Lee SS et al. Effect of the low- versus high-intensity exercise training on endoplasmic reticulum stress and GLP-1 in adolescents with type 2 diabetes mellitus. J Phys Ther Sci. 2015 Oct;27(10):3063-8.

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