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Resumo Virologia

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RESUMOS GABRIEL DOMINGOS
VIROLOGIA
 
Os vírus são parasitas intracelulares obrigatórios, já que não possuem metabolismo próprio (inativo fora de uma célula);
São compostos por:
Capsídeo proteico;
RNA ou DNA (jamais os 2);
Pode ou não ter cápsula;
Uma outra característica é o parasitismo específico, ou seja, o tropismo varia de acordo com o capsídeo;
Quando estão parasitando:
Apresentam alta capacidade replicativa;
Tem capacidade mutacional e evolutiva elevada;
utilizam o metabolismo da célula hospedeira;
A partícula viral, quando fora da célula hospedeira, é chamada de VÍRION; 
↳Cada espécie de vírus apresenta vírions de formatos diferentes;
↳ O vírion é uma partícula completa e constitui a forma infectiva do vírus;
 
CAPSÍDEO VIRAL:
Proteínas codificadas pelo genoma viral;
Proteção e rigidez;
Simetria (vista em microscópios eletrônicos;
 
 ICOSAEDRO (20 LADOS) HELICOIDAL (HÉLICE) COMPLEXA
 adenovírus vírus do mosaico do fumo bacteriófago
ENVELOPE VIRAL:
Bicamada fosfolipídica;
Peptídeos
Bicamada Lipídica
TAXONOMIA VIRAL:
Estabelecida pelo CITV;
Nome da família = viridae → Picornaviridae (vírus pequeno)
Nome da Família = virinae 
Classificados em 7 classes:
Classe I: DNA de fita dupla;
Classe II: DNA de fita simples;
Classe III: RNA de fita Dupla;
Classe IV: Fita simples de RNA positivo;
↳ Atua diretamente na célula como RNAm 
Classe V: Fita simples de RNA negativo;
↳ É necessário transcrever a fita em RNAm 
Classe VI: Banda simples de RNA, positivo, com DNA como intermediário na formação de proteínas (Retrovírus);
Classe VII: Fita dupla de DNA, com um RNA intermediário na replicação (Hepadnavírus);
CLASSIFICAÇÃO DOS VÍRUS QUANTO AO TIPO DE ÁCIDO NUCLEICO:
VÍRUS COM DNA:
DNA → RNA → PROTEÍNA
↳ Bacteriófago, Poxvírus (Varíola), herpesvírus, hepadnavirus (hepatite b), Papovavírus (HPV);
VÍRUS COM RNA:
RNA → PROTEÍNA
↳ Infuenza (gripe), Rabdovírus (raiva), Filovírus (ebola), Reovírus (encefalite), Flavivírus (hepatite c), Paramixovírus (caxumba, sarampo);
VÍRUS DE RNA E TRANSCRIPTASE REVERSA:
No momento em que ele infecta a célula, é preciso produzir um DNA para que, a partir desse, seja possível produzir um RNAv que seja capaz de fazer a célula hospedeira produzir proteínas virais;
RNA → DNA → RNAV → PROTEÍNAS 
↳ HIV, HTLV-1, HTLV-2
 
Tratamentos utilizam medicamentos que inibem a ação da transcriptase reversa, impedindo a replicação e fazendo com que a carga viral no organismo se torne quase nula.
REPRODUÇÃO VIRAL:
2 CICLOS DE REPRODUÇÃO:
Lisogênico: Metabolismo celular não é interferido, podendo, mesmo contaminado, se reproduzir normalmente;
Lítico: O DNAv comanda o metabolismo da célula e, com a formação de novos vírus, a célula sofre uma lise, liberando os novos vírus;
ETAPAS DA REPLICAÇÃO VIRAL:
Reconhecimento e fixação à célula do hospedeiro: A interação entre vírus e célula depende de receptores específicos na superfície da célula e das proteínas de aderência - espículas - existentes no capsídeo ou no envelope;
Penetração: Os vírus sem revestimento penetram na célula hospedeira por endocitose, enquanto aqueles com envoltório podem penetrar por endocitose ou apenas injetar o material genético no citoplasma da célula. Já no caso da penetração do vírus completo ocorre o desenvelopamento, liberando o capsídeo do envelope;
Desnudamento: Ocorre remoção do capsídeo para expor o genoma viral. A maioria dos DNAv são liberados para o núcleo, exceto o Poxvírus. E os de RNAv permanecem no citoplasma. essa remoção pode ocorrer pela fusão do capsídeo com a membrana celular, desintegração do capsídeo, através do rompimento do nucleocapsídeo rompendo a membrana nuclear e depositando o genoma diretamente no local da replicação ou então são parcialmente desnudados antes da replicação; 
Síntese Macromolecular: Ocorre em duas etapas, a transcrição e a replicação. o DNAv requer síntese proteica antes da replicação e o RNAm é produzido em seguida. a replicação de um DNAv simples usa a DNA polimerase do hospedeiro, enquanto virus maiores são capazes de codificar suas próprias polimerases. Ademais, a replicação do DNA viral é semelhante a do DNA celular, porém com alta chance de mutação. Por fim, a síntese proteica viral ocorre nos ribossomos das células virais;
Montagem: Após ser sintetizado todos os componentes virais, ocorre a montagem do vírion, com a inserção do genoma dentro do capsídeo e, se houver, o envoltório será constituído de membrana modificada com algumas proteínas virais; 
Liberação: Os vírus envelopados são liberados das células por exocitose, enquanto os não envelopados são liberados por meio da lise celular;
GENÉTICA VIRAL:
Recombinação homóloga: troca de pequenas sequências genéticas entre dois genomas, envolvendo vírus da mesma espécie e com DNA do hospedeiro.
Ressurgimento/Rearranjo: exclusivo de vírus que possuem o RNA segmentado e ocorre quando há uma infecção concomitante por duas cepas do mesmo vírus, de maneira que segmentos genômicos recém replicados são distribuídos de maneira irregular na progênie viral resultando em um vírus que contém segmentos dos dois vírus parenterais 
Vírus
A
Vírus
B
Vírus
B
Vírus
A
Vírus
A+B
HOSPEDEIRO
O vírus Influenza é o melhor exemplo para compreender o exemplo desses mecanismos, já que é um vírus de RNA e de genoma segmentado. O drift antigênico ocorre frequentemente, fazendo com que o sistema imunológico não reconheça as novas progênies virais, resultando em epidemias sazonais. Já o shift antigênico resulta em uma espécie totalmente nova, fazendo com que a população não apresente sequer um antígeno contra essa nova espécie, o que resulta em pandemias. Como exemplo histórico estão as pandemias como a da gripe espanhola, gripe aviária e a circulação do vírus H1N1 no ano de 2011.
PATOGÊNESE VIRAL:
A patogênese viral é a interação entre vírus e célula e os possíveis danos que serão causados nessa;
Os danos à célula podem ocorrer sob 4 formas: Ausência de alteração patológica/morfológica aparente na célula, Citopatologias, Lise Celular, Transformação maligna;
Ausência de alteração patológica/morfológica aparente na célula: O vírus penetra na célula, mas não causa nenhum dano aparente. Eles se replicam naturalmente, no entanto, a depender da taxa de replicação o vírus pode alterar o volume da célula e sua morfologia;
Citopatologias: Qualquer alteração morfológica resultante de infecção viral é considerada uma citopatologia, como alteração na permeabilidade da membrana, rompimento do citoesqueleto, formação de sincícios, formação de corpúsculos de inclusão no citoplasma pela deposição de proteínas e/ou partículas virais formadas durante a replicação viral;
 Lise celular: resultante do aumento do volume da célula oriunda de replicação viral intensa, mas também pode ser causada por saída de vírus na célula, estímulo de apoptose durante a saída dos vírus, inibição da síntese de macromoléculas celulares;
Transformação maligna: Ocorre alteração da morfologia celular com perda do controle do crescimento, alteração na síntese de produtos biológicos e químicos na célula hospedeira também é visto, os produtos virais podem se tornar oncogênicos, ou seja, podem promover câncer, principalmente quando o genoma viral for incorporado ao genoma do hospedeiro;
A infecção ocorre sob dois aspectos:
Transmissão vertical:
↳ Ocorre a transmissão do vírus da mãe para o embrião, feto ou recém-nascido durante a gestação ou pelo período perinatal, por contato ou via colostro ou leite materno.
Transmissão horizontal:
↳ Ocorre a transmissão do vírus de um indivíduo para o outro, da mesma espécie ou não. Podem ser classificado como:
➢ Contato direto com indivíduo infectado;
➢ Contato indireto (através de materiais, utensílios contaminados); 
➢ Vetores biológicos;
Portas
de entrada:
Trato respiratório (gotículas em aerossóis);
Trato digestivo; 
Trato genito-urinário (materiais contaminados);
Conjuntiva (gotículas em aerossóis);
 Lesões de pele.
Tipos de infecções no corpo:
As infecções virais podem se apresentar sob duas formas básicas em nosso corpo, através das:
↳ Infecções Localizadas
➢ Quando ocorre replicação viral primária, permanecendo no local da infecção primária dos vírus.
↳ Infecções Sistêmicas
➢ Quando ocorre disseminação da partícula viral pelo corpo através do sangue e linfa, causando viremia.
Infecções sistêmicas:
Infecções Crônicas
↳ Os hospedeiros produzem e excretam continuamente uma grande quantidade de vírus, tornando estes hospedeiros como portadores ASSINTOMÁTICOS ou OLIGOSSINTOMÁTICOS.
Infecções Latentes
↳ Os vírus são mantidos no hospedeiro em uma forma latente, sem replicação viral.
ANTIVIRAIS:
Deve interromper a replicação do vírus sem afetar significativamente o metabolismo de células do hospedeiro;
Pontos preferenciais de atuação dos antivirais: 
Adsorção e/ou penetração: Influenza x amantadina;
Transcrição, tradução e replicação do genoma viral: vírus respiratórios com ribavirina; todas as drogas contra herpesvírus; quase todas as drogas contra HIV;
Montagem e liberação do vírus: Rifamicina x poxvírus;
VÍRUS QUE AFETAM TRATO RESPIRATÓRIO:
Influenzavirus:
Causam a gripe verdadeira, enfermidade respiratória mais importante das doenças epidêmicas;
Existem 3 tipos de Influenzavirus, a Tipo A (que é a principal causadora de pandemias), Tipo B (menor frequência de epidemias e infecta somente humanos) e Tipo C ( causa doenças respiratórias leves, infecta somente humanos);
Formas de contágio:
➢ Contato com superfícies contaminadas;
➢ Contato com gotículas de saliva de uma pessoa contaminada;
➢ Através do beijo;
➢ Aerossóis (gotículas de espirro);
Transmissão entre espécies:
HEPATITES VIRAIS:
HEPATITE A - transmissão oro-fecal, por água e alimentos contaminados ou contato pessoal com pessoas infectadas. O vírus da hepatite A tem distribuição mundial e apresenta maior disseminação em áreas onde são precárias as condições sanitárias e de higiene da população. Nestas áreas, a hepatite A apresenta-se como uma doença típica da infância. Com a melhoria das condições sócio-econômicas, os adultos jovens constituem o grupo mais susceptível à infecção.
HEPATITE B - via primária de transmissão é a parenteral, por contato com sangue e hemoderivados. É também transmitida por contato sexual e de mãe infectada para o recém nascido (durante o parto ou no período perinatal). Grupos de alto risco incluem os usuários de drogas injetáveis, homossexuais/heterossexuais com múltipos parceiros.
HEPATITE C - a forma mais comum de transmissão é a parenteral, por exposição percutânea direta ao sangue, hemoderivados ou instrumental cirúrgico contaminado. Receptores de sangue e derivados, usuários de drogas injetáveis, pacientes de hemodiálise e profissionais de sáude (vítimas de acidentes pérfuro-cortantes) apresentam alto risco de infecção pelo HCV.
HEPATITE D - O agente Delta é um vírus defectivo que precisa, para sua replicação e expressão, da função auxiliar do vírus da hepatite B. A forma de transmissão é similar à da hepatite B. A hepatite D apresenta caráter endêmico nas regiões de alta prevalência para a hepatite B, onde a transmissão se dá principalmente por vias não-parenterais (vertical ou por contato pessoal ). Nos países apresentando baixa prevalência para a hepatite B, a infecção pelo vírus Delta ocorre principalmente entre os usuários de drogas injetáveis e os hemofílicos.
HEPATITE E - a forma mais freqüente de transmissão é por ingestão de água contaminada; menor probabilidade de transmissão por contato pessoa. O vírus da hepatite E (HEV) assim como o da hepatite A, causa uma infecção benigna que não evolui para a forma crônica. Os casos mais graves são observados entre as gestantes: 20% das que contraem o HEV evoluem para a forma fulminante, fatal em 80% dos casos.
As medidas preventivas incluem o saneamento básico, as boas práticas de higiene pessoal, o uso de preservativos, o uso de agulhas e seringas descartáveis, o não compartilhamento de objetos pérfuro-cortantes (barbeadores, instrumentos de manicure/pedicure, etc). Já existem vacinas para as hepatites A e B; esta última pode ser adquirida nos postos de saúde da rede pública.
VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA (HIV):
Trata-se de um retrovírus que ataca o sistema imune de seu hospedeiro, dentre as células de defesa mais atingidas, encontra-se o linfócito TCD4+, já que o HIV tem tropismo por essa célula. 
Esse vírus tem um período de incubação prolongado, antes do surgimento dos sintomas da doença, infecção das células do sangue e do sistema nervoso e supressão do sistema imune.
Não há cura para a infecção pelo vírus HIV, mas há remédios que podem reduzir drasticamente a progressão da doença.
HIV não é a mesma coisa que aids. A aids é uma doença crônica e que pode ser potencialmente fatal. Ela acontece quando a pessoa infectada pelo HIV vai tendo o seu sistema imunológico danificado pelo vírus, interferindo na habilidade do organismo de lutar contra os invasores que causam a doença, além de deixar a pessoa suscetível a infecções oportunistas.
A maior parte das pessoas infectadas pelo vírus HIV desenvolvem, cerca de um ou dois meses após a exposição, alguns sintomas parecidos com os de um resfriado. Esta fase, conhecida como primária ou aguda pode durar por algumas semanas e é bastante perigosa, pois a infecção pode passar despercebida e a carga viral (quantidade de vírus no sangue) neste momento é bastante alta, fazendo com que o vírus se espalhe mais facilmente. Depois deste período os sintomas podem desaparecer espontaneamente por vários anos antes do HIV ser diagnosticado.
Mecanismo de replicação:
Possível surgimento da doença:
Os cientistas acreditam que um vírus similar ao HIV ocorreu pela primeira vez em algumas populações de chimpanzés e macacos na África, onde eram caçados para servirem de alimento. O contato com o sangue do macaco infectado durante o abate ou no processo de cozinhá-lo pode ter permitido ao vírus entrar em contato com os seres humanos e se tornar o HIV.
Prevenção:
Sexo vaginal sem camisinha;
Sexo anal sem camisinha;
Sexo oral sem camisinha;
Uso de seringa por mais de uma pessoa;
Transfusão de sangue contaminado;
Da mãe infectada para seu filho durante a gravidez, no parto e na amamentação;
Instrumentos que furam ou cortam não esterilizados.
HERPESVÍRUS:
Caracterizados por serem um grupo de vírus que em seu hospedeiro ficam em maior tempo em seu estado latente;
Não existe uma vacina de prevenção para esse vírus;
O contágio com mesmo é mais comum na faixa etária da adolescência, uma vez que sua transmissão se dá exclusivamente por via oral ou por sexo desprotegido;
Fatores diversos (como mudanças de clima, ciclos menstruais, queda de imunidade, momentos de estresse, etc) podem despertar o vírus de seu estado latente, fazendo com que esse se manifeste no hospedeiro;
São vírus universais e a imunidade celular é necessária para o controle;
Métodos de profilaxia contra o contágio com esse vírus envolvem isolar materiais (como talheres e roupas íntimas) de pessoas em que o vírus esteja se manifestando, utilizar preservativos durante o ato sexual para a prevenção não só dessa doença, como também de outras IST’s e evitar contatos íntimos em pessoas que estejam 
com a manifestação da doença em seu corpo (geralmente nas genitálias e/ou boca);

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