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Aula-04-medicina-legal

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1/13 
CURSO: DPC MG - NOITE - EDITAL PUBLICADO - 2018 Nº 31 
DATA: 19/04/2018 
DISCIPLINA: MEDICINA LEGAL 
PROFESSORA: LUCIANA GAZZOLA 
MONITORA: LEILA CRISTINA 
AULA: 04/08 
Conteúdo 
Nenhuma entrada de sumário foi encontrada. 
Tema 08 - TRAUMATOLOGIA FORENSE (Continuação) 
ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA – “Todas as lesões produzidas por uma modalidade de ação 
capaz de modificar o estado físico dos corpos e de cujo resultado pode surgir ofensa corporal, 
dano à saúde ou morte.” (França) 
Principais: 
 Temperatura (calor, frio, oscilação) 
 Calor: 
Ação direta no corpo. A lesão recebe o nome de queimaduras. 
Ação difusa no corpo. A lesão recebe o nome de termonoses que são de dois 
tipos: 
 Insolação amento do calor ambiental e locais predominantemente 
abertos (quantidade de irradiação solar); 
 Intermação (exposição excessiva ao calor em lugares confinados 
com baixa renovação de ar). Obs: o confinamento pode causar 
asfixia por alteração da renovação do ar, aumento do calor 
ambiente, aumento de saturação de vapores da umidade no meio 
ambiente. O confinamento pode causar dois tipos de lesões: asfixia 
e termonoses. 
Ambas são lesões causadas pelo aumento difuso da temperatura 
corporal, podendo causar lesões ou morte. 
 Eletricidade (natural ou artificial) 
2/13 
 Pressão atmosférica 
 Aumento (“mal dos mergulhadores” ou “mal dos caixões) 
 Diminuição (“mal das montanhas") 
 Explosões (ondas de choque) 
 Radioatividade (luz e som) 
QUEIMADURAS (CALOR): 
 Queimaduras – etiologia: 
 Maioria de origem acidental 
 Critérios de avaliação da gravidade da queimadura 
Etiologia: Qualquer agente físico de temperatura elevada. Exemplos: líquidos escaldantes, gases 
superaquecidos, sólidos incandescentes, raios solares etc. 
Critérios para avaliação da gravidade das queimaduras: 
 Classificação de Hoffmam (avalia a profundidade de uma queimadura): 
Obs: Hoffmam aparece também nas lesões por arma de fogo – câmara de mina de 
Hoffmam ou golpe de mina, que é aquela lesão estrelada na pele no orifício de entrada do 
projetil de arma de fogo em tiro encostado, em que os gases batem no osso e refluem 
formando a lesão estrelada. 
 Regra de Pulaski e Tennison: avaliar a extensão da superfície corporal queimada (em 
percentual em números múltiplos de 9 – também chamada de regra dos nove) 
3/13 
A classificação de Hoffmam divide-se em: 
Primeiro grau 
Temos três (tríade) 
sinais: eritema 
(vermelhidão), edema 
(inchaço) e dor. São 
sinais que ocorrem 
somente em vivos. 
Constitui sinal vital, 
ou seja, que a lesão 
foi produzida no vivo, 
não há eritema no 
cadáver. 
Segundo grau 
Bolhas chamadas vesículas ou flictemas 
(derme desnuda, sem a epiderme). A pele 
tem duas camadas, a mais superficial que 
se chama epiderme e mais profunda se 
chama derme. 
Atenção: Quando a bolha é rompida é 
considerada a queimadura mais dolorosa 
de todas as demais. 
Sinal de Chambert: conteúdo das bolhas –
albumina, proteínas e cloretos no interior 
das bolhas – sinal vital - Ela diferencia uma 
queimadura produzida no vivo da 
queimadura feita no cadáver. No vivo as 
bolhas possuem proteínas e cloretos. No 
morto não há proteínas nem cloretos). 
Terceiro grau 
É uma queimadura 
mais profunda e 
menos dolorosa. 
Coagulação necrótica 
dos tecidos formando 
escaras. Destruição 
das terminações 
nervosas. 
Quarto grau 
Carbonização 
do corpo que 
pode ser total 
ou parcial. 
. FOTO 01 - 
FOTO 02 – CARBONIZAÇÕES 
4/13 
 
 Regra de Pulaski e Tennisson (avalia a extensão da superfície corporal queimada por uma 
porcentagem do corpo ou pela “regra dos nove”) diferencia-se no adulto e na criança. 
Adulto Criança 
Cabeça 9% 18% 
Membros inferiores 18% 14% 
Membros superiores 9% 9% 
Troco (anterior e posterior) 18% 18% 
Períneo 1% Não há percentual definido 
5/13 
Sinais para diferenciar queimaduras “in vida” ou “post mortem”: 
1 – Pesquisa do gás monóxido de carbono no sangue (indicativo de que a pessoa respirou). 
2 – Sinal de Montalti: (na asfixia aparece em duas situações: soterramento e incêndio) 
 Morte por soterramento: Presença de terra em vias aéreas. (indica que a pessoa respirou) 
 Morte por incêndio: (indica que a pessoa respirou fuligens) 
3 – Sinal Janesie Jeliac: Estudo da reação inflamatória nas bolhas. OBS: Cadáver não tem 
reação inflamatória. 
TRAQUEIA ABERTA (PRESENÇA DE FULIGENS) 
TEMPERATURA EM RELAÇÃO AO FRIO 
 Ação generalizada: Não existem lesões típicas. 
 Ação localizada: Existem geladuras. NÃO É A CLASSIFICAÇÃO DE HOFFMAM é 
simplesmente classificação de profundidade. 
 Primeiro grau: Presença de palidez ou rubefação da pele. Há também a 
pele anserina (pele humana com aspecto de pele de galinha). 
 Segundo grau: Formação de bolhas. 
 Terceiro grau: Presença de necrose e escarificação (formação de escaras). 
 Quarto grau: Presença de “pé de trincheira” = gangrena (necrose das 
extremidades) e desarticulação. “Pé de trincheira”: esse mal fustigava as 
tropas de infantaria em consequência da permanência dos soldados em 
6/13 
locais frios, dificultando a circulação do sangue na extremidade do corpo, 
sobretudo dos pés, advindo daí a gangrena. 
Sinais cadavéricos em razão da morte por frio: 
 Rigidez: Cadáver com rigidez precoce, intensa e duradoura. 
 Manchas de hipóstase: São manchas decorrentes do depósito de sangue pela ação da 
gravidade nas partes mais baixas do corpo. No caso de morte por frio, essas manchas são 
mais claras (sangue mais claro). No caso de morte por asfixia por monóxido de 
carbono, as manchas são mais escuras (sangue asfíxico e fluido). Espuma 
sanguinolenta na via aérea; formação de bolhas na pele. 
ELETRICIDADE 
 Eletricidade natural: 
 Pode causar lesão corporal: Lesão por fulguração. 
 Pode causar morte: Morte por fulminação 
 Eletricidade artificial 
 Eletroplessão: É a lesão ou morte provocada pela exposição do corpo a 
uma carga de energia elétrica. 
Atenção: não confunda com eletrocussão que é pena de morte em cadeira 
elétrica. 
Ação da eletricidade: A passagem de uma corrente elétrica através de um condutor determina 
calor. O calor é proporcional à resistência do condutor ao quadrado da intensidade e ao tempo 
durante o qual passa pelo condutor. 
Efeitos / Ações da eletricidade: 
 Direta: Funcionamento do coração (arritmia) 
 Indireta: Efeito joule (calor) diz respeito à resistência do condutor. 
A pele glabra: pele dura, seca e sem pelos, por exemplo, palma da mão e calcanhar; por 
ser mais grossa, oferecerá mais resistência da passagem da corrente e sofrerá mais calor. 
Nesse caso sofrerá mais lesões de superfície e menos lesões internas. No caso de fio 
elétrico desencapado, por exemplo, nos mamilos molhados, ocorrerá mais lesões internas 
e menos lesões de superfície. 
7/13 
Lesões da eletricidade 
 Sinal de Lichtenberg: Sinal patognomônico de fonte natural. Patognomônico é aquele 
sinal que só aparece um determinado caso. Lesão em forma de samambaia (lesão 
arboriforme) e Lesões efêmeras fenômenos vasomotores (desaparecem em torno de 24 
horas). 
 Marca eléctrica de Jellinek: Marca elétrica de fonte artificial. Não é Patognomônico.
Porta de entrada habitualmente de fonte artificial. Lesão que causa nódulo endurecido e 
indolor. 
Metalização: deposição de metal do fio condutor de energia artificial 
FOTO 06 – LESÃO ARBORIFORME / MARCA ELÉCTRICA DE JELLINEK 
(RESPECTIVAMENTE) 
Atenção: Se umapessoa estiver em lugar descampado e for atingida por um raio diretamente, 
essa pessoa terá “Sinal de Lichtenberg”. Se essa pessoa estiver nesse mesmo lugar e o raio 
atingir uma cerca de fio metálico, essa pessoa que teve contato com a cerca terá uma “Marca 
eléctrica de Jellinek”. 
Lesões típicas elétricas: 
 Queimadura elétrica: Ocorre pelo efeito joule. 
 Metalização: Deposição de metal na pele. Depende do fio elétrico que a vítima encostou. 
 Amputação de membros e secção corporal – corrente de alta intensidade, alta 
amperagem. 
8/13 
Mecanismos de morte na eletricidade: 
Depende a intensidade da corrente: 
 Alta tensão: Mais de 1200 volts. Ocorre morte por lesão no cérebro e no bulbo (estrutura 
do sistema nervoso central que controla dos demais órgãos, inclusive o respiratório). 
 Média tensão: 1200 a 120 volts. Ocorre morte por asfixia por tetania (contração irregular) 
dos músculos respiratórios que entram em fadiga e param de funcionar. 
 Baixa tensão: Abaixo de 120 volts. Ocorre morte por alterações cardíacas por arritmia 
(fibrilação ventricular). 
PRESSÃO ATMOSFÉRICA 
AUMENTO DA PRESSÃO: “Mal dos caixões” – Chamado Barotrauma: Lesão por aumento de 
pressão atmosférica. Ocorre normalmente em mergulhadores que aumentam a pressão 
atmosférica quando mergulham mais profundamente. Quando eles sobem rápido para a 
superfície, o mergulhador tem uma síndrome de descompressão. Nesse caso ele terá um 
barotrauma pulmonar. 
DIMINUIÇÃO DA PRESSÃO: Patologias das altitudes: Ar rarefeito, baixa quantidade de oxigênio. 
Ocorre em altitudes elevadas. Nesse caso aumenta a hemoglobina (poliglobulia - aumento do 
número de glóbulos vermelhos). A doença da altitude elevada (“mal da montanha”) é um 
distúrbio causado pela falta de oxigênio em altitudes elevadas. 
EXPLOSÕES 
Blast – Conjuntos de feitos lesivos das explosões. 
Classificação dos blasts: 
 Primários: Causado pela onda de pressão nos órgãos que contenham ar. Ex.: Pulmões, 
ouvidos, tubo digestivo. 
9/13 
 Secundários: Resultam de ‘projéteis’ (estilhaços) causados pela fragmentação de objetos 
lançados sobre o corpo. Ex.: Ser atingido por estilhaços de uma vidraça. 
 Terciários: Arremesso do corpo à distância em razão da explosão. 
 Quaternários: Por exclusão, qualquer lesão não relacionada às anteriores. 
RADIOATIVIDADE, LUZ E SOM 
 Radiodermites: Lesão da pele por radiação. 
 Lesão nas gônadas: Lesão nos ovários e testículos. Pode causar Infertilidade 
 Lesões oculares: Em razão da luz. 
 Lesões auditivas: Zumbido, otalgia (dor de ouvido) e PAIR (perda auditiva induzida pelo 
ruído). 
ENERGIAS DE ORDEM QUÍMICA: “Todas as substâncias que, por ação físico-química ou 
biológica, são capazes de, entrando em reação com os tecidos vivos, causar danos à vida ou à 
saúde.” (França). 
Principais: 
 Cáusticos: São substâncias que, por sua natureza química, provocam reações externas 
com os tecidos e lesões tegumentares potencialmente graves. 
Exemplos: ácidos, bases cáusticas e sais. 
 Cáusticos com efeitos coagulantes: Desidratam os tecidos. Formam 
escaras secas e endurecidas. São lesões mais extensas em superfície e 
não profundas. 
 Cáusticos com efeitos liquefaciantes: Não desidratam, mas formam 
escaras moles, úmidas e untuosas (parece manteiga, gordura). São lesões 
mais graves em profundidade. 
 Venenos: Causa lesão interna. Portas de entrada: inalação, injeção ou por ingestão. 
 Embriaguez 
 Toxicofilias 
Distinção de escaras produzidas em vida e post mortem: A pele terá reação inflamatória 
somente nos vivos. 
Identificação da substância utilizada 
Primeiramente avaliam-se os tipos de escaras produzidas: 
 Ácido sulfúrico: Escaras secas de cor branca. 
 Ácido nítrico: Escaras secas e de cor amarela. 
10/13 
 Ácido clorídrico: Escaras secas e de cor cinza/marrom. 
 Sais: Escaras secas, endurecidas e de cor branca. 
 Álcalis/bases: Escaras moles, úmidas e untuosas. (substâncias liquefaciantes) 
FOTO 08 – QUEIMADURA CÁUSTICA 
Vitriolagem: Lesão produzida pelo ácido sulfúrico, também conhecido por óleo de vitríolo. 
Qualquer lesão produzida por substância cáustica recebe o nome de vitriolagem. 
FOTO 09 – QUEIMADURA POR ÁCIDO CLORÍDRICO 
VENENOS: “Qualquer substância que, introduzida pelas mais diversas vias no organismo, mesmo 
homeopaticamente, danifica a saúde ou causa a morte.” (França). 
“Um veneno é uma substância que, quando introduzida no organismo em quantidades 
relativamente pequenas e agindo quimicamente, é capaz de produzir lesões graves à saúde, no 
caso do indivíduo comum e no gozo de relativa saúde.” (Peterson). 
Qualquer substância pode ser considerada veneno. Conceito muito amplo. 
11/13 
 Mitridatização: Resistência progressiva pela ingestão continuada de veneno. 
 Intolerância: Alta sensibilidade ao veneno. 
 Sinergismo: Potencialização pelo uso concomitante de duas substâncias. Uma aumenta 
o efeito da outra quando usadas juntas. 
Qualificação no veneno no homicídio: Insidioso. 
Possibilidade de identificação de veneno em exumação: Mesmo no cadáver em estado 
avançado de putrefação é possível identificar o veneno. 
Coleta de veneno em cadáver recente: Deve ser feito exame no sangue, urina, conteúdo do 
estômago, fragmentos dos rins e fígado. 
Síndrome do body packer: Conhecido como “mulas” do tráfico. Morrem por envenenamento 
agudo quando essas cápsulas rompem dentro do corpo. 
 Body packer: Transporta a droga por ingestão de cápsulas de drogas. Ex.: estômago e 
intestino. 
 Body pusher: Transporta drogas nos orifícios dos corpos. Ex.: ânus e vagina. 
Se as drogas se rompem a morte é por envenenamento, intoxicação e não por toxicomania 
BODY PACKER 
Energias de ordem biodinâmica: “Ocorrências ou fenômenos, de origem interna ou 
externa, que desencadeiam respostas orgânicas culminando em mecanismos 
fisiopatológicos intrínsecos potencialmente letais.” (Costa, In França). 
Choque e falência de múltiplos órgãos. 
12/13 
Energias de ordem mista: “São determinados grupos de ações produtoras de lesões 
corporais ou morte, analisados na causalidade do dano.” (França). 
Principais energias de ordem mista: 
 Fadiga: Relacionada a medicina do trabalho. 
 Doenças parasitárias: Causados por vermes. 
 Sevícias: Múltiplas energias (mecânica, química, física) causadoras de danos de caráter 
exclusivamente doloso. 
Principais sevícias: 
 Síndrome da criança maltratada (ou Síndrome de Silverman): Em crianças ocorrem 
habitualmente em menores de três anos: Apresenta equimoses, hematomas, fraturas e 
lesões em várias idades de evolução (progressão). 
Típico sinal dessa síndrome: Hematoma periosteal (é o tipo mais comum de contusão 
óssea. Ele ocorre quando os vasos sanguíneos lesionados formam uma poça de sangue 
na membrana que envolve o osso). 
FOTO 11 – SEVÍCIAS 
 Síndrome do bebê sacudido: movimento para frente e para trás sem apoio da cabeça o 
que provoca lesões no cérebro e sequelas graves. Lesões típicas: Hemorragia cerebral, 
edema cerebral, hemorragia na retina. 
 Síndrome de Munchausen: Transtorno mental em que o paciente, de forma compulsiva e 
deliberada, causa, provoca ou simula sintomas de doenças, com a finalidade de obter 
cuidados médicos e assistenciais. Os indivíduos fingem ou causam a si mesmo doenças 
ou traumas psicológicos para chamar atenção ou simpatia a eles. Síndrome de 
Munchausen por transferência (mãe): a mãe finge essas doenças nos filhos. 
 Síndrome de Estocolmo: Estado psicológico em que o paciente desenvolve afeição, 
identificação e simpatia pelo seu opressor, após estados prolongados de sofrimento e 
intimidação. Exemplo: Pessoassequestradas. Simpatia exagerada pelo agressor que 
aumenta após a liberação do cárcere privado. 
13/13 
 Síndrome do ancião maltratado: Violência intrafamiliar. Difícil diagnóstico uma vez que o 
idoso machuca com mais facilidade. Maus tratos físicos, psíquicos e econômicos. Lesões 
equimoses, hematomas, escoriações, lesões contusas e contenção prolongada no leito. 
 Tortura: Infligir a alguém, intencionalmente, tratamento desumano, degradante e cruel, 
com a finalidade de produzir sofrimentos físicos ou morais. Lei 9455/77; Art. 5º, III, CF. 
Ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante; 
 Crime comum no Brasil (pode ser perpetrado por qualquer pessoa), não se 
exige a qualidade de servidor público. 
 Crime inafiançável e insuscetível de graça ou anistia. Prevalece na doutrina 
que é um crime prescritível na área penal e imprescritível na área cível, 
segundo o STJ. 
Quem se omite e tinha dever de evitar ou apurar também incorre no crime de tortura. 
Aumento de pena: Agente público; contra criança; gestante; portador de deficiência; adolescente 
ou maior de 60 anos; mediante sequestro. 
Qualificadora: Lesão corporal gave ou gravíssima ou morte. 
Perícia em casos de tortura: Exame físico ou necroscópico completo: Especial atenção a lesões 
traumáticas, avulsão de unhas, fraturas ósseas, lesões oculares, ouvidos, pescoço, região genital 
e anal (empalamento, intrudção de objetio pontiagudo no anus), palmas das mãos e plantas dos 
pés, lesões internas por eletricidade (artificial em pele fina molhada pouco efeito Jaule, pouca 
lesao de superficie e mais lesao interna) e afogamento. 
Exame neurológico: lesões de nervos por colocaçao da vítima em posições incomuns; 
Exame psíquico: síndrome de stress pós traumático; 
Exames físicos: lesões traumáticas / contusões e lesões com assinatura (marcas que sugere o 
objeto).

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