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Aula 05 - Choque E Queimaduras

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TRAUMATISMO CRANIANO 
 
O traumatismo crânio-encefálico (TCE) ou lesão cerebral traumática (LCT) contribui 
significativamente para a morte de vítimas de trauma. As colisões automobilísticas continuam 
sendo a principal causa desse tipo de lesão em pessoas com idade inferior a 65 anos. Já no idoso, 
as quedas são responsáveis pela principal causa de TCE. 
O TCE é a lesão do crânio e/ou encéfalo com intensidade, extensão e gravidade que podem 
variar e ser consequência de vários agentes, como colisões automobilísticas, atropelamentos, 
quedas de grande altura, agressões físicas. 
Os indivíduos podem sofrer muitos tipos de traumatismos crânio-encefálicos como, por 
exemplo, fraturas, concussões, contusões, lacerações cerebrais e hematomas intracranianos. 
As fraturas cranianas podem lesar artérias e veias, provocando sangramento nos espaços em 
torno do tecido cerebral. O líquido cefalorraquidiano (líquor), que circula entre o cérebro e as 
meninges, pode sair pelo nariz (liquorreia) ou pelo ouvido (otorreia). Ocasionalmente, por meio 
dessas fraturas, ocorre invasão de bactérias no crânio, causando infecção e lesão cerebral 
graves. 
Sinais de reconhecimento do TCE: ferimento na cabeça, exposição óssea ou de massa encefálica, 
alterações do nível de consciência (agitação, confusão mental, desorientação, sonolência e 
coma), cefaleia, perda de líquor e/ou sangue pelo nariz e ouvido (rinorreia e otorreia, rinorragia 
e otorragia), dor, náusea e vômito em jato (devido à hipertensão intracraniana), edema e 
hematoma periorbital (“sinal de guaxinim”), hematoma retroauricular (“sinal de battle”), hipo 
ou hipertermia, padrões respiratórios irregulares, alterações pupilares (anisocoria), posturas 
anormais (decorticação ou descerebração), possível incontinência urinária ou fecal, distúrbios 
visuais, alterações da fala e da marcha, hemiparesia, convulsão etc. 
Todo paciente com suspeita de traumatismo craniano deverá ser considerado como possível 
portador de trauma raquimedular e vice-versa. 
Dica: “todo politraumatizado é um portador de lesão na coluna cervical, até que se prove o 
contrário!” 
Ou seja, imobilização completa é imprescindível (prancha longa rígida, uso do colar cervical e 
imobilizador lateral de cabeça). A vítima deverá ser manipulada por equipe especializada, com 
as devidas técnicas e protocolos de atendimento ao traumatizado. O socorrista deverá 
monitorar os sinais vitais e nível de consciência e, caso exista extravasamento de fluidos pelo 
nariz e/ou boca (sangue ou líquor), não deve tentar contê-los. 
 
 
CHOQUE 
 
Choque é definido como fornecimento inadequado de oxigênio e glicose para as células. Se não 
for tratado, o choque é fatal. Caso o socorrista não reconheça e trate o choque imediatamente, 
a vítima pode morrer. 
O choque é um processo progressivo que pode ser gradual ou de início repentino; durante seu 
desenvolvimento, a condição da vítima muda constantemente. 
Basicamente, o choque é o fornecimento inadequado de oxigênio e nutrientes para as células. 
Isso também é chamado de perfusão tecidual inadequada. Perfusão se refere a circulação do 
sangue rico em oxigênio através dos órgãos e tecidos. As células mais sensíveis à falta de 
oxigênio são as do coração, do cérebro e dos pulmões. 
 
Causas de choque: 
 
1. O sistema circulatório perde líquidos (geralmente em virtude do sangramento, 
queimaduras ou desidratação); 
2. O coração deixa de bombear sangue suficiente; 
3. Os vasos sanguíneos dilatam, fazendo que o sangue se acumule nos membros e áreas 
não vitais. 
4. O envio de sangue para o corpo apresenta-se obstruído. 
 
Entre os fatores que contribuem para a severidade do choque encontram-se idade (bebês e 
idosos têm risco maior), lesões múltiplas, condições médicas preexistentes, gestação, condição 
física e quantidade de sangue perdido. O choque costuma progredir rapidamente em crianças. 
 
Estágios do Choque 
 
O choque é progressivo e ocorre em três estágios: compensado, progressivo (descompensado) 
e irreversível. 
Choque compensado – primeiro estagio do choque, no qual o corpo tenta compensar a perfusão 
tecidual diminuída. O corpo tenta usar os mecanismos de defesa de costumes para manter a 
função normal. Sinais e Sintomas – a pressão arterial parece estar dentro dos limites normais, 
pulso levemente aumentado; pele ligeiramente fria, pegajosa e pálida; fraqueza, ansiedade e 
inquietação. 
Choque progressivo (descompensado) – segundo estágio do choque, no qual os mecanismos 
compensatórios falham, a pressão arterial começa a cair e o órgãos começam a sofrer por falta 
de perfusão. O corpo desvia o sangue dos membros do abdome para o coração, o cérebro e os 
pulmões. Sinais e sintomas – Pele torna-se mais pálida, fria e pegajosa; pressão arterial cai 
abaixo dos limites normais; frequência cardíaca se eleva; sede; náusea e/ou vômito; diminuição 
do nível de consciência. 
Choque irreversível – estágio final do choque, no qual os órgãos do corpo começam a morrer. 
Múltiplos órgãos começam a morrer; o sangue se acumula longe dos órgãos vitais; ocorre a 
morte. Sinais e sintomas – olhos estáticos e opacos; pupilas dilatadas; respiração irregular e 
superficial; pressão arterial extremamente baixa ou ausente; diminuição da frequência cardíaca; 
perda completa da consciência. 
O choque pode apresentar um quadro um pouco diferente em crianças, em geral, ele se 
desenvolve logo de inicio, com poucas evidências, e progride com extrema rapidez. A criança 
pode não exibir nenhum sinal ou sintoma, ou apenas sinais sutis e, de repente, exibir sinais 
dramáticos de choque progressivo. Por esse motivo, mantenha um alto nível de suspeição ao 
tratar uma criança ferida ou com suspeita de perda sanguínea. Nunca espere até os sintomas 
evoluírem. 
 
Tipos de Choque 
 
 Hipovolêmico – perda de sague, geralmente por trauma ou perda de fluidos decorrente 
de queimaduras, vômitos, diarreia ou qualquer outra condição na qual fluido é perdido 
pelo corpo; não existe sangue suficiente no sistema para fornecer circulação adequada 
a todas as partes. 
 Cardiogênico – o músculo cardíaco não bombeia com eficiência suficiente para circular 
o sangue, geralmente em decorrência de lesão, ataque cardíaco ou doenças cardíacas. 
 Distributivo – dilatação vascular sanguínea extrema por perda do controle nervoso 
associado a lesão da coluna vertebral ou liberação de agentes químicos no corpo, em 
alguns casos acompanhada de extravasamento de fluido de capilares espalhados pelo 
corpo, como ocorre no choque anafilático e séptico; ambas as condições resultam da 
quantidade inadequada de volume sanguíneo para preencher os vasos. 
 Obstrutivo – bloqueio do envio de sangue pelas artérias do corpo, em geral associado a 
um grande coágulo no vaso pulmonar; o ar aprisionado em um dos lados do tórax 
pressiona os grandes vasos torácicos ou cardíacos e comprime o coração. 
Controle do Choque 
 
Acione imediatamente o SRM e, em seguida: 
1. Assegure-se de que as vias aéreas estão desobstruídas e mantenha-as; 
2. Coloque a vítima de costas, a menos que ela tenha um objeto impalado na parte 
posterior do corpo, apresente dificuldade respiratória ou sintomas de ataque cardíaco. 
Nesses casos, coloque a vítima semissentada para facilitar a respiração. Uma vítima cuja 
gravidez é evidente deve ser posicionada em decúbito lateral à esquerda, com o lado 
direito do quadril elevado. Qualquer vítima com suspeita de lesão vertebral deve ser 
posicionada em decúbito dorsal com a cabeça e o pescoço alinhados em posição neutra; 
3. Controle imediatamente qualquer sangramento externo; 
4. Cubra a vítima para mantê-la aquecida; 
5. Imobilize as fraturas; isso pode reduzir o choque, controlando o sangramento e 
aliviando a dor; 
6. Mantenha a vítima imóvel e quieta; o choque é agravado por manuseio brusco e/ou 
excessivo; 
7. Não administre nada a vitima por via oral, pois pode haver necessidadede cirurgia, 
assim como possibilidade de vômitos e lesão no sistema digestivo. Se ela se queixar de 
sede, umedeça seus lábios com uma toalha molhada; 
8. Monitore os sinais vitais e o estado de consciência em intervalos de 5 minutos até a 
chegada da equipe de resgate. 
 
Prevenção do Choque 
 
1. Certifique-se que a vítima está com as vias aéreas desobstruídas e respirando 
adequadamente; se necessário, forneça respiração artificial; 
2. Controlar o sangramento; 
3. Imobilizar fraturas; 
4. Tomar medidas para aliviar a dor (fazendo curativos, enfaixando, imobilizando e 
posicionando a vítima de forma adequada); 
5. Colocando a vítima em decúbito dorsal; 
6. Mantendo a vítima aquecida sem superaquecê-la. 
 
 
 
Exercícios 
 
Complete: 
1. Basicamente, o choque ocorre quando o coração não bombeia um volume adequado de 
sangue para fornecer___________________ para as células. (dióxido de carbono 
adequado / oxigênio adequado). 
2. A perda de sangue causa choque ___________________. (hipovolêmico / cardiogênico 
/ distributivo). 
3. Uma vítima com vômitos e diarreia persistentes pode desenvolver 
choque_______________________. (hipovolêmico / cardiogênico / distributivo). 
4. Durante o choque _______________, o corpo tenta usar suas defesas habituais para 
manter a função normal. (compensado / progressivo). 
5. Você deve manter uma vítima de choque aquecida sem ___________________. (usar 
fontes de calor artificial / superaquecê-la / trocá-la de posição). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUEIMADURAS 
 
São lesões no corpo humano provocadas pela ação, curta ou prolongada de agentes térmicos 
químicos, radioativos e de origem animal e vegetal. 
A maior parte das queimaduras ocorre nas residências, sendo de pequena gravidade. Somente 
3% a 5% dos casos são graves. As queimaduras têm o potencial de desfigurar, incapacitar 
temporária ou permanentemente ou causar a morte da vítima. 
 
Funções da Pele 
 
A pele é o maior órgão do corpo humano e é barreira contra perda de água e calor, tendo 
também um papel importante na proteção contra do corpo contra infecções. Vítimas com 
queimaduras externas tendem a perder líquido corporal, temperatura e tornam-se mais 
propensos a adquirir infecções. 
 
Origem das Queimaduras 
 
Térmicas 
Podem ser causadas pela condução de calor por líquidos, sólidos, gases quentes e do calor de 
chamas. 
 
Elétricas 
Produzidas pelo contato com eletricidade de alta ou baixa voltagem. O dano é ocasionado pela 
produção de calor à medida que a corrente elétrica atravessa o corpo. São lesões difíceis de 
avaliar, e mesmo aquelas que parecem superficiais podem causar danos profundos a músculos, 
nervos e vasos. A eletricidade, principalmente a corrente alternada, também pode causar PCR e 
lesões do sistema nervoso. 
 
Químicas 
Provocadas pelo contato com substâncias corrosivas, líquidas ou sólidas com a pele. 
 
Radiação 
Resulta da exposição à luz sola ou a fontes nucleares. 
 
 
Classificação 
 
Quanto à profundidade 
 
1º grau: atinge a epiderme (camada superficial da pele). 
Apresentação com vermelhidão sem bolhas e discreto inchaço 
local. A dor está presente. 
2º grau: atinge a epiderme e parte da derme (2ª camada da pele). Há presença de bolhas e a 
dor é acentuada. 
3º grau: atinge todas as camadas da pele, músculos e ossos. Ocorre necrose da pele (morte do 
tecido), que se apresenta com cor esbranquiçada ou escura. A dor é ausente, devido à 
profundidade da queimadura, que lesa todas as terminações nervosas responsáveis pela 
condução da sensação de dor. 
 
Quanto à extensão 
 
A extensão de uma queimadura é representada em percentagem da área corporal 
queimada. 
a) Leves (ou "pequeno queimado"): atingem menos de 10% da superfície corporal. 
b) Médias (ou "médio queimado"): atingem de 10% a 20% da superfície corporal. 
c) Graves (ou "grande queimado"): atingem mais de 20% da área corporal. 
 
Duas regras podem ser utilizadas para 'medir' a extensão da queimadura: 
Regra dos nove: é atribuído, a cada segmento corporal, o valor nove (ou múltiplo dele): 
 
 
 cabeça - 9% 
 tronco frente - 18% 
 tronco costas - 18% 
 membros superiores - 9% cada 
 membros inferiores - 18% cada 
 genitais - 1% 
 
Regra da palma da mão: geralmente a palma da mão de um indivíduo representa 1% de 
sua superfície corporal. Assim pode ser estimada a extensão de uma queimadura, calculando-se 
o “número de palmas”. 
As queimaduras de mãos, pés, face, períneo, pescoço e olhos, quaisquer que sejam a 
profundidade e a extensão, necessitam de tratamento hospitalar. A gravidade da queimadura 
será determinada pela profundidade, extensão e a área afetada. 
 
QUEIMADURAS ELÉTRICAS 
 
Lesões induzidas pela passagem de corrente elétrica pelo corpo de uma pessoa que, 
dependendo da intensidade da corrente, da resistência, da voltagem e do tempo de exposição, 
podem ser mais, ou menos graves. Algumas literaturas classificam a queimadura produzida por 
corrente elétrica como sendo de quarto grau. 
Os sinais e sintomas dependem do tipo da lesão e das circunstâncias, podendo surgir ferimentos 
incisivos isquêmicos, carbonizados, deprimidos ou amarelo-esbranquiçados. O ferimento de 
entrada da corrente geralmente é pequeno e mascara uma lesão tecidual profunda. O ferimento 
de saída pode ser do tamanho do de entrada ou maior. 
Como proceder? 
• Evite o contato direto com a vítima se ela ainda estiver sofrendo o choque elétrico; 
procure desligar a fonte de energia e se não for possível, afaste-a da fonte da corrente, 
utilizando um mau condutor de energia, como madeira, pedaços de tecidos fortes, 
luvas. Mantenha a vítima deitada. 
• Eventualmente a vítima sofre parada cardiorrespiratória, portanto esteja preparado 
para iniciar as manobras de suporte básico de vida. Se não for o caso, monitore os sinais 
vitais e proceda aos cuidados para queimaduras e prevenção do estado de choque. 
Encaminhe a vítima para o hospital o mais rápido possível. 
 
QUEIMADURAS QUÍMICAS 
 
São lesões teciduais resultantes de contato químico, geralmente relacionado ao ambiente de 
trabalho ou doméstico. Essas queimaduras podem se tornar significativamente graves até que 
o produto seja inativado ou sua ação interrompida. As queimaduras químicas podem ser ácidas 
ou alcalinas (básicas) e os sinais e sintomas variam de acordo com a substância agressora. 
Ambas as queimaduras causam dor, mas, de um modo geral, as queimaduras ácidas causam 
necrose de coagulação, produzindo escaras e úlceras. As queimaduras alcalinas são mais graves 
porque penetram profundamente na pele e permanecem ativas por longo período. Exemplo de 
produto químico básico: hidróxido de sódio – NaOH (soda cáustica). 
Como proceder? 
• Remova toda a roupa ou objetos contaminados de perto da vítima. Lembre -se da sua 
segurança pessoal, ao tocar na vítima. Dependendo da substância química, poderá ser 
feita a lavagem da região afetada com água abundante e contínua. Em casos de contato 
com produtos químicos em pó, limpe a pele antes de molhá-la, para evitar a ativação da 
substância. De acordo com as orientações da Sociedade Brasileira de Queimaduras, no 
caso de queimaduras produzidas por líquidos é recomendável lavar a área com água 
corrente e abundante por pelo menos 30 minutos. 
• Monitore os sinais vitais, procure identificar a substância causadora e encaminhe a 
vítima imediatamente para um serviço de pronto atendimento. 
• Jamais tente neutralizar a substância, porque a neutralização de uma substância é uma 
reação que produz calor, podendo causar danos adicionais à vítima. 
 
 
Primeiros socorros 
 
Em caso de acidente envolvendo queimaduras, o primeiro cuidado é extinguir a fonte de calor, 
ou seja, impedir que permaneça o contato do corpo com o fogo, líquidos e superfícies aquecidas, 
entre outras causas do acidente. 
Em seguida, procure lavar o local atingidocom água corrente em temperatura ambiente, de 
preferência por tempo suficiente até que a área queimada seja resfriada. Também é importante 
buscar o auxílio de um profissional de saúde no posto de atendimento mais próximo do local do 
acidente, para que sejam tomadas as providências necessárias para o sucesso da recuperação e 
também para evitar o agravamento da lesão. 
 
Cuidados 
 
 Não passe no local atingido nenhum produto ou receita caseira. Qualquer 
substância que seja passada sobre a pele queimada vai irritá-la. Há também o alto 
risco de infecção por bactérias, fungos e vírus presentes nesses produtos, já que a 
barreira natural do organismo – a pele – está danificada. 
 Não passe nenhuma pomada no local atingido. A pele fica extremamente sensível 
após uma queimadura e as pomadas, ainda que adquiridas em farmácias, 
machucam ainda mais as células cutâneas e podem irritar a pele e gerar infecções. 
 Não tente estourar as bolhas provocadas pela queimadura. Elas se manifestam nas 
queimaduras de segundo grau e devem ser manuseadas apenas por um profissional 
especializado. Ou seja, não devem ser rompidas, estouradas ou mesmo esvaziadas 
com uma agulha. 
 Ao retirar esse curativo natural em casa, o ferimento estará exposto a instrumentos 
possivelmente contaminados e pode infeccionar. Se houver necessidade de cobrir 
o ferimento a caminho do serviço de Saúde, o indicado é envolvê-lo num pedaço 
de pano limpo. 
 Tecidos ou materiais que grudam no ferimento, como o algodão, devem ser 
evitados. O paciente queimado não deve retirar a roupa que estiver usando, ainda 
que houver sido atingida pelo fogo. O ideal é molhar a vestimenta e permanecer 
assim até a chegada ao pronto-socorro, para evitar que as bolhas estourem e que 
a pele seja arrancada. 
 Outro cuidado é retirar acessórios, como pulseiras e anéis, pois o corpo incha 
naturalmente após uma queimadura e esses objetos podem ficar presos.

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