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FORMAÇÃO DE PREÇOS E CUSTOS

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Visão geral
	
	
Apresentação da disciplina:
	
	Na disciplina de Contabilidade de Custos Industriais vamos estudar a classificação e nomenclatura de custos. Estrutura de custos. Custos por processo e por ordem de produção. Análise de custos. Custos diretos e indiretos. Produtos acabados e semiacabados. Formação do preço de venda. Apuração do custo de fabricação. Escrituração contábil de empresas industriais. Plano de contas. Ajustes de custos. Apuração de resultados. Fechamento de balanço.
	
 
	
Objetivos:
	
	1 INTRODUÇÃO A CONTABILIDADE DE CUSTOS
1.1 Introdução
1.2 Evolução da Contabilidade de Custos
1.3 Finalidades da Contabilidade de Custos
1.4 Terminologia em Custos
2 CLASSIFICAÇÃO E NOMENCLATURA DOS CUSTOS
2.1 Custos Diretos e Indiretos
2.2 Custos Fixos e Variáveis
3 COMPONENTES DO CUSTO
3.1 Materiais
3.2 Mão-de-obra
3.3 CIFs
4 ESQUEMA BÁSICO DE CONTABILIDADE DE CUSTOS
4.1 Custo de Produção do Período, Acabada e das Vendas;
4.2 Produtos Acabados e Semi-acabados
4.3 Equivalente de Produção
5 SISTEMAS DE ACUMULAÇÃO
5.1 Produção por processo
5.2 Produção por ordem
6 DEPARTAMENTALIZAÇÃO
6.1 O que é Departamento
6.2 Cálculo da Departamentalização
7 MÉTODOS DE CUSTEIO
7.1 Variável
7.2 Absorção
7.3 ABC
7.4 RKW
7.5 Target Costing
8. FORMAÇÃO DE PREÇO DE VENDA
8.1 A importância e os objetivos dos preços de venda
8.2 Fatores que impactam na formação do preço de venda
8.3 Formação do preço baseada no custo
	
	
Conteúdo Programático:
	
	Nesta unidade você vai aprender a:
1 Classificar os custos;
2 Identificar os principais componentes dos custos de produção;
3 Diferenciar e identificar os critérios de custeio;
4 Diferenciar e identificar os sistemas de acumulação de custos;
5 Calcular o custo de produtos acabados e semiacabados;
6 Calcular o preço de venda com base nos custos.
WEB AULA 1
Unidade 1 – ORIGEM, EVOLUÇÃO E TERMINOLOGIA APLICÁVEL A CONTABILIDADE DE CUSTOS1
APRESENTAÇÃO
Olá, seja bem-vindo ao 5º módulo do nosso curso de Ciências Contábeis. Sou o professor Fábio e saibam que estou muito contente em poder estar aqui com vocês, aprofundando um pouquinho mais sobre este tema.
Nesse módulo veremos todas as características ligadas a contabilidade aplicada ao ramo Industrial, ramo este, de grande importância para a economia nacional. 
A princípio, vamos conhecer a Disciplina de Contabilidade de Custos, que trará alguns conhecimentos básicos necessários para um desenvolvimento harmônico ao longo deste módulo. 
A Contabilidade de Custos é vista atualmente, como uma das grandes fornecedoras de informações para o processo decisório, por isso, conhecê-la e dominá-la é um fator muito importante para o sucesso profissional na área contábil.
A CONTABILIDADE DE CUSTOS
	
A Contabilidade de Custos é um dos ramos de aplicação da Contabilidade, sendo esta comumente aplicada nas empresas industriais, no entanto, na atualidade, nota-se também a utilização da Contabilidade de Custos em empresas prestadoras de serviços e comerciais, devido a esta fornecer informações valiosas ao processo decisório. 
Para adentrarmos a este novo segmento dentro da contabilidade, é importante conhecermos sua origem, afinal de onde vem a Contabilidade de Custos? Será que ela surgiu junto com a Contabilidade no século XV ou será que ela se apresentou como uma evolução da Contabilidade?
	
ORIGEM DA CONTABILIDADE DE CUSTO
A Contabilidade de Custos surgiu a partir da Revolução Industrial, no século XVIII, onde até então a Contabilidade existente satisfazia as necessidades dos empresários da época, uma vez que a determinação do quanto custava uma mercadoria era de fácil determinação
ORIGEM DA CONTABILIDADE DE CUSTOS
A Contabilidade de Custos surgiu a partir da Revolução Industrial, no século XVIII, onde até então a Contabilidade existente satisfazia as necessidades dos empresários da época, uma vez que a determinação do quanto custava uma mercadoria era de fácil determinação.
Se o empresário comprasse um tecido e pagasse por ele o total de $50,00, esse seria o custo, portanto deveria vender este tecido no mínimo, pelo mesmo valor, para não incorrer em prejuízo. Portanto, a determinação do quanto custou uma mercadoria era de fácil mensuração, uma vez que o valor era objetivo e sem nenhum tipo de arbitrariedade em sua composição.
Antes da Revolução Industrial, as produções eram todas realizadas manualmente, em pequenas quantidades e normalmente nas próprias residências familiares.
	
Com o advento da revolução industrial, os processos de produção passaram a ser mecanizados, produzindo em grande quantidades produtos padronizados, fazendo uso de enormes estruturas industriais, com máquinas e equipamentos que agilizavam o processo produtivo. 
A partir daí viu-se o surgimento de uma nova necessidade contábil, a de determinar o quanto custava cada unidade produzida, uma vez que agora esse custo já não era tão facilmente obtido, como na era comercial.
	
Assim, a mensuração do custo do produto produzido, exigiu da contabilidade uma evolução, o que acabou por incorrer no surgimento da Contabilidade de Custos, que surgiu nessa época visando satisfazer essa necessidade da sociedade empresarial.
	Trocando em miúdos... Por que na era comercial era mais fácil determinar o custo?
	Bom, para simplificar, vamos imaginar a seguinte situação:
Você é um vendedor de tecidos, e faz disso sua atividade principal.
Em determinado momento você adquire um lote de tecidos por $50,00 o metro.
No mesmo dia um de seus clientes deseja comprar alguns metros de tecido, você então pensa:
Bom, é fácil! Se paguei $50,00, posso vender para ele por $80,00 o metro e assim obter o lucro de $30,00 por metro.”
O raciocínio está correto, uma vez que você apenas comprou o tecido e o revendeu.
No entanto, pensemos em uma fábrica de roupas, que fabrique blusas, e utilizou esse mesmo tecido, pagando o mesmo preço ($50,00) para fazer sua produção, então você pensará da seguinte maneira:
“Paguei $50,00 pelo tecido, mas não posso vender só pelo custo do tecido, a mão-de-obra dos funcionários dos vários departamentos (corte, costura, acabamento, etc.) deve também ser levado em conta, tem ainda os gastos com linha e botão para confeccionar a blusa, então também devo considerar isso no custo, porém os equipamentos (máquina de costurar, etc...) que foram utilizados também se desgastaram, e devo considerar esse desgaste, e tem mais a energia elétrica, e tem o aluguel do prédio, e agora? Como faço pra determinar o quanto custou essa blusa? por quanto vender?”
E assim, a partir desta necessidade surgia a Contabilidade de Custos.
Se antes a preocupação era somente o quanto foi pago pelo tecido, agora, essa simplicidade já não era adequada, uma vez que ocorreram outros gastos na produção para deixar o produto completamente pronto e estes também deveriam ser considerados na determinação do custo
CONTABILIDADE DE CUSTOS COMO UMA IMPORTANTE FERRAMENTA PARA A GESTÃO EMPRESARIAL
A partir do surgimento da Contabilidade de Custos, as empresas começaram a notar sua importância como ferramenta da gestão, uma vez que ela auxiliava com o fornecimento de informações importantes para tomar decisões de pôr quanto vender? quanto custou o produto? qual fator do processo produtivo está encarecendo o produto? etc...
Nota-se a partir daí que a Contabilidade de Custos estaria trazendo importantes informações para a gestão, se eu soubesse o quanto custava cada produto, e como era composto seu custo, eu poderia atuar com mais êxito na busca por redução dos custos de produção. 
Se eu descobrisse que estava gastando mais com o preço da matéria-prima, poderia tentar uma negociação com o fornecedor, se o problema fosse mão-de-obra ou linha de produção, poderia tentar substituir as máquinas antigas por máquinas mais modernas, ou implantar novas linhas automatizadas, visando diminuir a necessidade de mão-de-obra. 
Portanto, a Contabilidade de
Custos demonstrou-se como uma ferramenta essencial a gestão empresarial. O que no início surgiu só para mensurar o quanto custava um produto, passava então a ser uma das mais importantes ferramentas para a gestão industrial. 
Para se ter uma ideia da importância da Contabilidade de Custos assista ao vídeo abaixo, onde um Gerente Executivo esclarece sobre o Controle de Custos e sua importância para determinar o preço de venda e lucratividade da empresa.
Desta forma, devemos nos conscientizar que o controle de custos é fator fundamental para a sobrevivência da empresa no mercado, uma vez que este impacta diretamente no lucro da empresa. 
Para averiguar os resultados advindos de um adequado controle e análise de custos, assista o vídeo abaixo, que demonstra o sucesso da implantação em um Supermercado.
Assim, podemos verificar que a Contabilidade de Custos, é uma importante ferramenta para a gestão empresarial, não só para as entidades industriais, mas também para empresas comerciais e prestadoras de serviços.
TERMINOLOGIA APLICADA A CONTABILIDADE DE CUSTOS
A contabilidade de custos utiliza-se de termos simples, não muito distantes de nossa realidade cotidiana, porém, que atribui a cada termo um sentido e uma definição específica, sendo que para um profissional de outra área que não a contábil, pode ver ‘custo’ e ‘despesa’ como coisas iguais. No entanto, aprenderemos aqui que para a contabilidade de custos, são termos que fazem referência a gastos diferentes.
Como nomenclaturas comumente utilizados na Contabilidade de Custos, temos as seguintes: gasto, custo, despesa, perda, desembolso e investimento.
Gasto – Gasto é representado por toda e qualquer aquisição de bem ou serviço que a empresa faça, sendo assim, tem-se gastos com: luz, água, mão-de-obra, compra de matérias-primas, entre outros. Esses gastos podem ocorrer não só na produção, mas também na área administrativa e de vendas, como gastos com assinatura de jornais ou gastos com compra de imobilizado. O termo gasto é um termo bem genérico, podendo ser atribuído a toda e qualquer aquisição realizada pela empresa.
Custo – Custo é todo gasto incorrido na produção de um bem ou na prestação de um serviço. Sendo assim, todo bem ou serviço que for consumido para gerar um novo bem ou serviço será custo. Como exemplo de custos tem-se o consumo de matéria-prima na produção, salários dos funcionários da fábrica, depreciação, aluguel, energia elétrica utilizada na fábrica, consumo de água entre outros.
Exemplo: na produção de café em pó, temos como matéria prima o café em grão, que entra no processo produtivo e depois de industrializado se torna o café em pó, assim, o café em grão (matéria-prima) é CUSTO na produção de café em pó.
	
Será que entendi professora?
Então Custo será tudo aquilo que estiver relacionado com o processo produtivo?
Sim, isso mesmo, todos os gastos que estiverem relacionados com o processo produtivo, serão tratados como custo.
Imagine que você compre trigo para fazer farinha, esse trigo será CUSTO, porque ele está relacionado diretamente com o processo produtivo, ele é a matéria prima que será utilizada para produzir a farinha. 
E a mão de obra que for utilizada na área de produção da farinha, também será CUSTO.
O TRIGO É CUSTO NA PRODUÇÃO DE FARINHA
Despesa – Bem ou serviço consumido para a obtenção de receitas. As despesas são gastos que a empresa incorre, buscando obter receitas.
Exemplos: consumo de energia elétrica nos departamentos de vendas e administrativos, depreciação dos móveis e equipamentos dos departamentos de vendas e administrativos, conta de telefone dos departamentos de vendas e administrativos, conta de telefone da diretoria, propaganda, etc.
	Perda – Consumo de bem ou serviço de forma involuntária (sem que a empresa desejasse). São gastos que a empresa incorre, porém, tem características de anormalidade ou involuntariedade, ou seja, aconteceu sem a empresa desejar ou sem que pudesse prever. 
Exemplo: destruição do estoque por incêndio ou enchente, incêndio na empresa, entre outros.
	
	
	Desembolso – É o pagamento pela aquisição de bem ou serviço. O desembolso representa a saída de dinheiro da empresa através do pagamento, sendo assim, essa saída pode ocorrer antes, durante ou depois do bem já entregue ou do serviço já prestado.
	
Investimento – São gastos que a empresa incorre visando por meio deles obter benefícios nos períodos futuros. São as aquisições de bens ou serviços que são registrados no ativo da empresa. Investimento é todo gasto pela aquisição de produtos ou serviços que trarão benefícios à empresa, podendo ser por um longo período, como a compra de um imóvel, que beneficiará a empresa por muito tempo ou por um curto período, como a compra de estoque. 
	
COMPONENTES DO CUSTO
Os Custos de Produção são divididos em 3 categorias: 
MATÉRIA PRIMA: São os materiais incorporados ao produto final. As matérias-primas correspondem a qualquer tipo de material usado no produto final. 
MÃO-DE-OBRA: São os gastos com os salários dos funcionários da fábrica. 
Podemos classificar a mão-de-obra em direta e indireta, sendo direta aquela que está diretamente relacionada ao processo produtivo, ou seja, a dos funcionários que atuam sobre o produto. E indireta a mão-de-obra de funcionários supervisores, carregadores de materiais, seguranças, etc, sendo que são funcionários que não se pode definir com exatidão o quanto contribuíram para cada produto. 
CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO (CIF´s): Incluem todos os custos exceto matéria-prima direta e mão-de-obra direta. Os custos gerais de produção abrangem itens, tais como manutenção, reparo de equipamentos de produção, seguro, depreciação, etc. 
CLASSIFICAÇÕES DE CUSTO
CUSTOS DIRETOS E INDIRETOS
 Após definidas as terminologias a serem utilizadas na contabilidade de custos, vamos classificar agora os tipos de custos. A primeira classificação que se tem dos custos é em direto e indireto. 
Custos Diretos – São aqueles que podem ser diretamente apropriados aos produtos, bastando apenas que se tenha uma unidade de medida de consumo, como Kg de matéria-prima por produto, unidades de embalagem utilizada no produto, horas de mão-de-obra gastas no produto, etc. 
A matéria-prima é um custo direto por ser possível alocar eficientemente seus gastos em cada produto, ou seja, pode-se avaliar o quanto de matéria-prima foi utilizada em cada unidade de produto. 
Custos indiretos – Não oferecem condição de uma medida objetiva e qualquer tentativa de alocação tem de ser feita de maneira estimada e muitas vezes arbitrária (como custos com supervisão, chefias, aluguel da fábrica). Os salários da supervisão, assim como os de chefe de equipe são de difícil alocação para cada produto, sendo assim, classificados como custos indiretos.
 
Será que entendi Professor? 
Os custos diretos podem ser alocados diretamente aos produtos e os indiretos devem utilizar algum critério de rateio?
Exatamente, os gastos com custos diretos são alocados diretamente ao produto produzido, por exemplo se gastarmos matéria prima na Produção de 4 tipos de produto (A, B, C e D), saberemos de acordo com as requisições de matéria prima o quanto foi gasto em cada produto. Vamos supor que foram gastos em um mês 10.000kg de matéria-prima, sabendo-se que cada kg custou para a empresa $1,00, e que as quantidades aplicadas nos produtos foram as seguintes: 
	PRODUTO
	QTD. M.P.
	$/kg
	TOTAL
	A
	2.000 kg
	$1,00/KG
	$2.000,00
	B
	3.000 kg
	$1,00/KG
	$3.000,00
	C
	4.000 kg
	$1,00/KG
	$4.000,00
	D
	1.000 kg
	$1,00/KG
	$1.000,00
	TOTAL
	10.000 kg
	-
	$10.000,00
Desta maneira, poderemos alocar a cada produto, o quanto cada um realmente gastou da matéria prima. Isso só é possível, porque temos uma medida objetiva (quantidade de quilos gastos por produto). 
Já os gastos com supervisão da fábrica, não podem ser alocados diretamente aos produtos, pois não se sabe exatamente quanto tempo
de supervisão foi gasto em cada produto, por isso, escolhe-se um critério de rateio para apropriar os custos indiretos aos 4 produtos. 
Desta forma, vamos supor que tivemos em determinado período gastos de $2.000,00 com supervisão de produção, desta maneira, nos resta agora alocar esses $2.000,00 aos 4 produtos através de algum critério de rateio. Para simplificar, vamos utilizar o rateio por quantidade de produtos, assim, faremos a divisão dos $2.000,00 pelos 4 produtos, dando a cada produto valores iguais de rateio dos gastos de supervisão. Assim, ao dividirmos $2.000,00 pelos 4 produtos teremos a alocação de $500,00 para cada produto.
 
Ao final teremos o seguinte resultado:
	PRODUTO
	CUSTO DIRETOMAT. PRIMA
	CUSTO INDIRETO
SUPERVISÃO
	CUSTO TOTAL DE CADA PRODUTO
	A
	$2.000,00
	$500,00
	$2.500,00
	B
	$3.000,00
	$500,00
	$3.500,00
	C
	$4.000,00
	$500,00
	$4.500,00
	D
	$1.000,00
	$500,00
	$1.500,00
	TOTAL
	$10.000,00
	$2.000,00
	$12.000,00
Assim, o Produto A custou para a empresa $2.500,00, o Produto B $3.500,00, o Produto C $4.500,00 e o Produto D $1.500,00.
CUSTOS FIXOS E VARIÁVEIS
Além de serem classificados em diretos e indiretos os custos podem ser classificados também em fixos e variáveis. 
Custos Fixos: são os custos que não variam no período independentemente da quantidade produzida. Estes custos têm natureza fixa, ou seja, será sempre o mesmo valor se a indústria produzir 100 ou 1.000 unidades. O aluguel é um exemplo de custo fixo, uma vez que seu valor é fixado por mês, todo mês a empresa pagará de aluguel uma determinada quantia, independentemente da quantidade de produtos que esta fabrique. 
Custos Variáveis: são os custos que guardam relação direta com a quantidade produzida. Assim, estes custos variam de acordo com a variação na produção, quando a produção aumenta os custos variáveis aumentam, quando a produção diminui os custos variáveis também diminuem. 
Vamos imaginar na seguinte situação, nossa fábrica de garrafas plásticas paga de aluguel todo mês $10.000,00 e gasta $0,20 de matéria prima para a produção de cada garrafa. 
Pensando que no 1º mês produzimos 100.000 garrafas, nossos custos serão os seguintes:
	CUSTOS FIXOS (Aluguel): 
	$10.000,00
	CUSTOS VARIÁVEIS (Matéria Prima): ($0,20 x 100.000 garrafas)
	$20.000,00
	CUSTO TOTAL
	$30.000,00
	Quantidade Produzida (em unid.)
	100.000
	Custo Unitário por garrafa
	$0,30
Supondo agora que no 2º mês foram produzidas 500.000 garrafas, mantendo-se os mesmos custos, teremos os seguintes resultados:
	CUSTOS FIXOS (Aluguel): 
	$10.000,00
	CUSTOS VARIÁVEIS (Matéria Prima):($0,20 x 100.000 garrafas)
	$100.000,00
	CUSTO TOTAL
	$110.000,00
	Quantidade Produzida (em unid.)
	500.000
	Custo Unitário por garrafa
	$0,22
Podemos notar, que com o aumento da quantidade produzida, o custo da Matéria Prima (custo variável) aumentou, no entanto o custo do aluguel (custo fixo) não se alterou.
 
ESQUEMA BÁSICO DE CONTABILIDADE DE CUSTOS
Após a definição das nomenclaturas e classificações dos custos, agora vamos começar a aprender como efetivamente apurar o custo do produto. 
Vamos acompanhar nossa empresa “Brasil” que produz 3 tipos de produtos (PX, PY e PW) e em determinado período teve os seguintes gastos:
	Item
	$
	Matéria-prima consumida
	540.000,00
	Material de consumo (escritório da administração)
	15.000,00
	Comissão de vendedores
	45.000,00
	Salários dos funcionários da administração
	50.000,00
	Depreciação dos equipamentos da fábrica
	90.000,00
	Fretes na entrega dos produtos
	30.000,00
	Salários dos funcionários da fábrica (mão-de-obra)
	250.000,00
	Energia elétrica consumida na fábrica
	85.000,00
	Seguros da fábrica
	10.000,00
	Depreciação dos computadores (administração)
	25.000,00
	TOTAL
	  1.140.000,00 
Nosso 1º passo será exercer agora nosso aprendizado de classificação dos custos, portanto primeiramente vamos dividir os gastos listados em Custos de Produção, Despesas Administrativas e Despesas de Vendas. 
	Custos de Produção
	$
	Matéria-prima consumida
	     540.000,00 
	Depreciação dos equipamentos da fábrica
	       90.000,00 
	Salários dos funcionários da fábrica (mão-de-obra)
	     250.000,00 
	Energia elétrica consumida na fábrica
	       85.000,00 
	Seguros da fábrica
	       10.000,00 
	TOTAL
	     975.000,00 
	Despesas Administrativas
	$
	Material de consumo (escritório da administração)
	       15.000,00 
	 Salários dos funcionários da administração
	       50.000,00 
	 Depreciação dos computadores (administração)
	       25.000,00 
	TOTAL
	       90.000,00 
	 
	 
	Despesas de Venda
	$
	 Comissão de vendedores
	       45.000,00 
	 Fretes na entrega dos produtos
	       30.000,00 
	TOTAL
	       75.000,00 
Para desenvolver nossa Contabilidade de Custos, nos atentaremos abaixo somente a utilização dos Custos de Produção, sendo que as despesas Administrativas e de Vendas têm o mesmo tratamento contábil que têm na empresa comercial, sendo alocados no Resultado na DRE abaixo do Lucro Bruto.
Após identificarmos quais foram os nossos Custos de Produção, precisamos agora apropriar os Custos Diretos. Lembrando que já aprendemos que Custo Direto são aqueles que podemos apropriar diretamente aos produtos, ou seja, sabemos o quanto daquele custo (exemplo: matéria-prima) foi gasto em cada produto. 
No nosso caso, os Custos Diretos são Matéria-prima e mão-de-obra (salários da fábrica). Em nossa indústria “Brasil”, há um controle rígido na requisição de matéria prima, por isso, podemos identificar quanto cada produto consumiu de matéria-prima, e também existe um controle apurado do tempo gasto dos funcionários da produção em cada linha de elaboração dos produtos PX, PY e PW, assim, temos a informação de quanto desses gastos cada produto consumiu. Desta forma, teremos os seguintes resultados:
	CUSTOS DIRETOS
	PX
	PY
	PW
	TOTAL
	Matéria-prima consumida
	      162.000,00 
	     135.000,00 
	 243.000,00 
	 540.000,00 
	Salários dos funcionários da fábrica (mão-de-obra)
	      125.000,00 
	       50.000,00 
	   75.000,00 
	 250.000,00 
	TOTAL DE CUSTOS DIRETOS EM CADA PRODUTO
	      287.000,00 
	     185.000,00 
	 318.000,00 
	 790.000,00 
Assim, já temos o quanto cada produto consumiu até o presente momento de Custos Indiretos, ou seja, até agora o produto PX já gastou $287.000,00, o produto PY gastou $185.000,00 e o PW $318.000,00. 
Agora já alocados os custos diretos, vamos à alocação dos custos indiretos:
	CUSTOS INDIRETOS
	$
	Depreciação dos equipamentos da fábrica
	    90.000,00 
	Energia elétrica consumida na fábrica
	    85.000,00 
	Seguros da fábrica
	    10.000,00 
	TOTAL
	 185.000,00 
	
	
Como já vimos anteriormente, os Custos Indiretos são aqueles que não podemos identificar exatamente o quanto foi gasto em cada produto. 
Assim, para conseguirmos apropriar os Custos Indiretos aos produtos devemos utilizar algum critério de rateio. 
Lembrando que de uma maneira ou outra, os critérios de rateio serão sempre arbitrários, mas devemos escolher o critério que seja ao nosso ver o mais justo possível, aquele que representaria com mais fidelidade a realidade daquele gasto.
Nada impede que eu utilize um critério de rateio para cada custo indireto, isso é perfeitamente possível. Por exemplo, para a Depreciação dos equipamentos da fábrica, posso utilizar como base de rateio os gastos com matéria-prima e para os seguros da fábrica utilizar o critério de gastos com mão-de-obra. 
No entanto, visando simplificar nosso exercício, vamos adotar aqui o critério de rateio baseado nos gastos com matéria-prima. Assim, os Custos Indiretos serão alocados aos produtos na mesma proporção que os gastos com matéria-prima.
	
CUSTOS DIRETOS
	 
	PX
	PY
	PW
	TOTAL
	Matéria-prima consumida
	$
	162.000,00 
	 135.000,00 
	243.000,00
540.000,00 
	Percentual de gasto 
de M.P. em cada Produto
	%
	30%
	25%
	45%
	100%
Agora, sabendo qual o percentual de aplicação de matéria-prima em cada produto, vamos fazer o rateio dos custos indiretos utilizando essa mesma proporção para cada produto. 
	
RATEIO DOS CUSTOS INDIRETOS
	PRODUTOS
	PX
	PY
	PW
	TOTAL
	% de alocação em cada produto
	30%
	25%
	45%
	100%
	Depreciação dos equipamentos da fábrica
	27.000,00
	22.500,00
	40.500,00
	90.000,00
	Energia elétrica consumida na fábrica
	25.500,00
	21.250,00
	38.250,00
	85.000,00
	Seguros da fábrica
	3.000,00
	2.500,00
	4.500,00
	10.000,00
	TOTAL DOS CUSTOS 
INDIRETOS POR PRODUTO
	55.500,00
	46.250,00
	83.250,00
	185.000,00
De posse das informações dos custos indiretos já podemos agora saber quanto custa cada produto elaborado pela empresa “Brasil”. 
	
PRODUTOS
	PX
	PY
	PW
	TOTAL
	CUSTOS DIRETOS
	287.000,00
	185.000,00
	318.000,00
	790.000,00
	CUSTO INDIRETOS
	55.500,00
	46.250,00
	83.250,00
	185.000,00
	CUSTO DE PRODUÇÃO DE CADA PRODUTO
	342.500,00
	231.250,00
	401.250,00
	975.000,00
Assim, podemos identificar o quanto cada produto efetivamente custou para a empresa. O produto PX custou $342.500,00, o PY custou $231.250,00 e o PW custou $401.250,00. 
Esse são os valores que a empresa gastou para industrializar os produtos, esses valores serão lançados na conta Estoque de Produtos (Ativo Circulante) da empresa Brasil. E no momento da venda, serão lançados na DRE como “Custo dos Produtos Vendidos”.
Unidade 2 – Produtos Acabados e em Elaboração
WEBAULA 1
 
Apresentação do Professor
PRODUTOS ACABADOS E EM ELABORAÇÃO
As produções de cada tipo de indústria guardam consigo suas características peculiares, entre elas, a quantidade produzida em cada período. Temos fábricas como as de bolacha e produtos alimentícios, que em um único dia podem elaborar milhares de produtos, que serão repassados aos clientes ou revendedores.
Já outras indústrias podem ser que o processo de elaboração do produto seja mais trabalhoso e consequentemente mais demorado, por exemplo uma indústria de embarcações.
No entanto, em ambos os casos pode ocorrer de ao final de um período (mês, ano) restarem produtos que ainda estão em elaboração, ou seja, não estão completamente prontos ou acabados. A estes produtos que ainda não estão 100% prontos, é atribuído o nome de Produtos em Processo ou Produtos em Elaboração, e são comumente vistos em Balanços Patrimoniais nas contas de estoques.
Por outro lado, os produtos que estão 100% concluídos, prontos para serem comercializados são chamados de Produtos Acabados.
Contudo, ao longo de um período, temos diversos gastos para elaborar a produção (matéria-prima, mão-de-obra, CIF´s) e todos estes gastos serão alocados aos produtos produzidos no período. Caso todos os produtos estejam totalmente acabados no final do período, o processo será simples, bastará apenas que efetuemos uma soma de todas os custos do período (MP, MOD e CIF´s) e dividimos pela quantidade produzida.
Assim, poderemos identificar o custo unitário de cada produto acabado.
Exemplificando, caso nesse período nossa empresa tenha incorrido nos seguintes gastos:
E supondo que foram produzidas no período 11.000 unidades, e que todas estas unidades foram totalmente elaboradas, ficando portanto 100% prontas. Então encontraremos o custo do Produto Acabado a partir da simples divisão do total gasto pela quantidade produzida.
Desta forma, facilmente encontraríamos o Custo de cada unidade acabada.
Porém, vamos supor que ao final do período nem todas as unidades tenham ficado 100% acabadas, e ainda restem produtos que estão sendo industrializados no final do período. Supondo que dessas 11.000 unidades iniciadas no período, somente 9.000 unidades estão completamente acabadas, sendo que as outras 2.000 estão 50% elaboradas, faltando, portanto complementar a produção.
•	Diante desta situação, como deveremos proceder???
•	Quanto deveremos atribuir dos custos às unidades acabadas?
•	E para as unidades em processo deveremos atribuir algum custo?
•	Será que devemos atribuir os valores de custo somente aos produtos totalmente acabados?
Para resolvermos essas questões, vamos analisar primeiramente a situação que estamos acompanhando.
Primeiro, é importante destacar que os produtos acabados recebem 100% dos materiais, mão-de-obra e dos CIF's necessários para ficarem totalmente acabados, é por isso que estão prontos.
No entanto, os produtos que ainda permanecem em processo ainda não receberão todos os gastos necessários para estarem completamente prontos. Porém, tanto os produtos acabados como os produtos em elaboração receberam recursos, porém os acabados em maior quantidade.
 
Já os produtos em elaboração, vão entrar no cálculo pela proporção em que foram acabadas, assim, precisamos converter matematicamente as unidades parcialmente elaboradas em um número equivalente de unidades inteiramente concluídas, e para fazermos isso devemos fazer uso da seguinte fórmula:
Em nosso exemplo, temos 2.000 unidades que estão 50% acabadas, ou seja, temos o equivalente a 1.000 unidades acabadas, conforme podemos verificar no cálculo abaixo.
 
Assim, verificamos na tabela abaixo que temos o equivalente a 10.000 unidades produzidas.
 
 
Agora nos resta apenas dividir o total gasto no período pela quantidade produzida.
 
Assim, os gastos do período ($110.000,00) foram alocados no Balanço Patrimonial na Conta de Estoques da seguinte maneira:
 
Ao final deste primeiro período, teríamos então as 9.000 unidades prontas para serem comercializadas e que custaram à empresa $11,00 cada uma.
Continuando esse exemplo, vamos supor que no 2º período, a empresa apresentou as seguintes informações:
Primeiramente, vamos identificar quantas unidades foram acabadas ao final do período.
 Sabendo que nós tínhamos em processo 2.000 unidades, e depois recebemos novas 15.000 unid. E ao final do processo restaram em elaboração somente 3.000 unidades, podemos concluir que foram produzidas e acabadas o total de 14.000 unidades. Para visualizar o cálculo com maior clareza, analise o quadro abaixo:
Desta forma, já podemos concluir que no período tivemos 14.000 unidades acabadas.
Agora, precisamos calcular o equivalente de produção, seguindo a mesma fórmula que fizemos no outro período, porém tomando um certo cuidado, porque temos um saldo inicial que só recebeu 50% pra ser acabado e um saldo final que foi elaborado na porção de 2/3.
Assim, vamos aos cálculos:
 
Determinado os equivalentes de produção, podemos agora definir qual o custo unitário de cada unidade acabada.
Para definirmos o custo unitário, seguimos a mesma metodologia já utilizada no período anterior, onde dividimos os custos de produção do período ($150.000,00) pela quantidade produzida que encontramos de Equivalente de Produção (15.000 unidades).
Agora, nos resta considerar os valores que já foram gastos em períodos anteriores e que estavam estocados nos produtos em elaboração e somá-los aos gastos deste período.
No nosso exemplo, temos que no início do período tínhamos um saldo de Produtos em elaboração de $11.000,00 (referente a 2.000 unidades 50% já elaboradas).
 
	Esclarecimentos...
Professor de onde surgiram os $161.000,00?
Os $161.000,00 é o resultado dos $11.000,00 que estava no estoque de produtos em elaboração, no início do 2º período e que recebeu mais $150.000,00 dos custos de produção do 2º período, perfazendo assim, um total de $161.000,00 gastos na produção neste 2º período. 
 
De posse das informações da tabela acima, agora podemos identificar o como ficou composto a conta estoque da empresa:
Obs.: as 14.000 unidades que foram acabadas neste período são representadas pelas 2.000 unid. iniciadas no período anterior e concluídas agora, e mais as 12.000 unid. iniciadas e concluídas neste período. E o valor de $141.000,00 como pode ser observado na tabela é compreendida
pelos ($21.000,00 gasto para elaborar as 2.000 unid. e mais os $120.000,00 gastos para elaborar as 12.000 unid).
WEBAULA 2
 
Apresentação do Professor
CRITÉRIOS DE RATEIO
Como podemos aprender anteriormente, os custos diretos (matéria-prima e mão-de-obra direta) podem ser facilmente alocados aos produtos, afinal, sabemos o quanto cada produto consumiu de kg de matéria-prima ou horas de mão-de-obra direta para ser produzido. 
 
No entanto, os Custos Indiretos de Fabricação (CIF´s) já não apresentam essa característica de terem identificados com exatidão sua aplicação em cada produto, por isso, somos obrigados a recorrer a alguns critérios de rateio.
 
Ao utilizarmos o critério de rateio, é importante termos em mente, que eles serão sempre aleatórios, portanto, guardarão sempre uma certa subjetividades em relação a alocação dos custos indiretos aos produtos.
Contudo, devemos sempre tentar escolher o critério que cause menos distorções em relação ao custo que está sendo rateado.
 
Suponhamos que uma empresa tenha seus prédios e instalações alugados todos em um só contrato de aluguel, e consequentemente terá que ratear esse custo de aluguel entre os departamentos administrativos, de venda e de produção. Para isso, pode ser utilizado como critério de rateio a área ocupada por cada departamento, assim, caso o valor do aluguel mensal seja de $10.000,00 e que o departamento administrativo ocupe uma área de 200 m², o departamento de vendas um área de 300m² e o departamento produtivo uma área de 500 m², teremos o custo de aluguel rateado nessa mesma proporção. Para elucidar este cálculo, acompanhe a tabela abaixo onde executamos o rateio do aluguel utilizando como critério a área total.
Assim, será atribuído do valor do aluguel ao departamento administrativo $2.000,00; ao departamento de vendas $3.000,00 e à fábrica $5.000,00.
 
Este critério de rateio parece ser o mais justo possível, uma vez que está levando em consideração a área total alugada.
 
Porém, pode ocorrer de muitas vezes esse aluguel ser referente a um imóvel, que tem a sua frente localizada em uma avenida de grande valor comercial, e consequentemente alto valor locativo, e nos fundos do imóvel uma rua de pouca circulação e baixo valor locativo.
 
Provavelmente os departamentos de administração e vendas estarão posicionados na parte da frente e a fábrica na parte dos fundos do imóvel. Em função dessa via na frente do imóvel, o valor locativo da frente pode ser várias vezes o valor locativo dos fundos do imóvel. Então se fizermos o rateio considerando somente a área ocupada, estaremos atribuindo o mesmo valor por m² à fábrica e à administração e vendas. Talvez houvesse necessidade então de se fazer uma ponderação baseada num valor estimado de locação de cada setor para se proceder a uma distribuição “menos injusta”.
 
Portanto, cada caso de rateio deve ser analisado com cuidado para que possamos tentar minimizar essa subjetividade existente nos critérios de rateio, afinal, esse custo rateado irá compor o custo do produto elaborado. 
 
Para entendermos melhor o impacto dos critérios de rateio dos CIF´s nos custos dos produtos, e para analisarmos algumas maneiras possíveis de efetuarmos os rateios, vamos supor que nossa empresa teve os seguintes gastos em determinado período:
Vamos primeiramente proceder aos rateios dos custos indiretos utilizando como critério as horas-máquinas utilizadas.
a) Rateio com base em horas máquinas:
Assim, teríamos os produtos com os seguintes custos:
  
Desta forma, o produto que custou mais caro à empresa foi o Plus que custou $312.000,00 e o produto mais econômico foi o produto Ultra, custando apenas $190.500,00.
Professora essa é a única maneira que eu posso ratear os cálculos? Sempre usando o percentual (%) de aplicação???
Não, caso você tenha problemas em utilizar o percentual de aplicação, você pode identificar a taxa atribuída a cada hora-máquina (seguindo o exemplo do rateio por horas-máquinas).
Por exemplo, utilizando o mesmo caso anterior, onde os custos indiretos somam $480.000,00 e o total de horas-máquinas gastos no período é de 2.400 hm.
O que eu devo fazer primeiramente é identificar a taxa de Custos Indiretos por Hora-máquina.
Para encontrar esta taxa eu devo simplesmente efetuar a divisão dos Custos Indiretos pelas horas-máquinas, desta forma desenvolverei o seguinte cálculo:
$480.000,00 ÷ 2.400 hm = $200,00/hm 
Assim, para cada hora máquina gasta em cada produto foram gastos aproximadamente $200,00.
Então vamos aplicar essa taxa as quantidades de horas-máquinas gastas em cada produto, para isso basta multiplicar a taxa encontrada ($200,00) pelas horas-máquinas gastas em cada produto. Por exemplo, no produto Standard, foram gastas 600 hm, e como sabemos que a taxa de custos indiretos é de $200,00 por hora-máquina, então multiplicamos 600 x $200,00 e chegaremos ao valor de $120.000,00 de custos indiretos que será apropriado 
Como podemos observar, os resultados encontrados são os mesmos, o que diferencia é apenas o método de fazer os cálculos. Estejam a vontade para utilizar o método que lhes agradar mais.
Seguindo nosso raciocínio, vamos agora proceder ao rateio utilizando como base os valores gastos de mão-de-obra direta. 
b) Rateio com base em mão-de-obra direta: Utilizando o critério de gastos com mão-de-obra direta, teríamos os custos indiretos rateados da seguinte maneira:
Desta forma, os custos dos produtos ficariam assim dispostos:
Mudando o critério de rateio, podemos notar que mudou também a disposição dos produtos em relação aos custos totais, o produto Ultra passou a ser o produto mais caro para a empresa, custando $286.500,00, e o produto mais econômico passou a ser o produto Plus, custando $216.000,00. Situação está totalmente inversa da anterior.
Seguindo nosso raciocínio, vamos ratear agora utilizando como base a matéria-prima aplicada.
c) Rateio com base na matéria-prima aplicada: faremos agora o rateio dos custos indiretos utilizando como base a matéria-prima aplicada. Desta forma, podemos notar que teremos os seguintes custos indiretos atribuídos a cada produto.
Desta forma, os custos dos produtos ficariam assim dispostos:
Utilizando agora o critério de rateio por aplicação de matéria-prima, podemos identificar que o produto mais caro para a empresa foi o produto Standard e o mais econômico foi o Ultra. Notamos novamente que uma alteração no critério de rateio alterou relevantemente os custos dos produtos.
Para finalizarmos, vamos agora demonstrar outra maneira possível de ratearmos os custos indiretos.
d) Rateio com base no Custo Direto Total: anteriormente já executamos um rateio com base somente nos custos com matéria-prima e somente nos custos com mão-de-obra direta, agora, iremos realizar o rateio baseados na soma dos Custos Diretos (matéria-prima + mão-de-obra direta). Assim, chegamos aos seguintes resultados:
Desta forma, os custos dos produtos ficariam assim dispostos:
Assim, podemos identificar neste momento que o produto que carregou mais custos é o produto Standard, custando par a empresa $292.524,00 e o produto mais econômico foi o produto Ultra, custando $211.476,00.
Ao longo desses 4 métodos de rateio, podemos perceber que não houve alteração nos custos indiretos, estes foram em todas as situações o mesmo valor ($480.000,00), no entanto, ao alterarmos o critério de rateio, o impacto dos custos indiretos nos produtos era diferente, e consequentemente alterava-se o seu custo de produção.
Neste quadro comparativo acima, podemos visualizar que o produto mais caro e mais barato se alteravam quando mudávamos o critério de rateio. 
É importante destacarmos que em um caso prático desse a empresa deve optar pelo método considerado pelos administradores e gestores de custos como o método que mais espelha a realidade, que rateia com maior justiça os custos indiretos à todos os produtos.
E essa determinação dos custos dos produtos irá impactar depois na formação do preço de venda, como podemos
observar o preço de venda dos produtos (caso fosse baseado no custo do produto produzido) se alteraria e muito em relação ao critério de rateio que fosse adotado. 
Pondera-se portanto que deve-se tomar um cuidado para que escolha-se o método mais adequado, inclusive para evitar que mude-se de critério constantemente, perdendo assim a consistência das demonstrações, o que inviabilizaria sua comparabilidade em períodos diferentes.

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