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APOSTILA SAÚDE PUBLICA 25 10

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ENFERMAGEM EM SAÚDE PUBLICA
Prof° Enfa. Camila Araújo 
A saúde pública tem por objetivo, promover a melhoria e bem-estar da saúde dos cidadãos segundo a Lei n°8080/1990. “A saúde é um direito de todos e dever do Estado”. 
CAPITULO 1- SUS na Constituição Federal de 1988
Saúde na CF/88
Arts. 194 e 195: Seguridade Social- Saúde, previdência e assistência social. Formada pelo Governo, Estado e Sociedade e organizada pelo poder Público. 
Art. 196: Universalidade; conceito ampliado de saúde;
Art. 197: Saúde pelo Estado e pela iniciativa privada; regulamentação, fiscalização e controle da saúde;
Art. 198: Diretrizes do SUS; aplicação de recursos; ACS/ACE (Agente Comunitário de Saúde/ Agentes de Combates a Endemias);
Art. 199: Participação da iniciativa privada; 
Art. 200: Competências do SUS.
CAPITULO 2- Lei n° 8.080/90 e Modificações 
Disposição geral do SUS: não dispõe apensa para a organização do SUS. 
- Promoção
- Proteção
- Recuperação da saúde
- Organização e Funcionamento dos Serviços
- Outras Providências 
Saúde: É um direito Fundamental assegurada pela CF88, art. 196 “saúde é um direito de todos e dever do estado”. 
Estado como dever: Dever de promover a saúde com condições indispensáveis ao seu pleno exercício; redução de risco de doenças e de outros agravos; acesso universal e igualitário as ações e aos serviços; promoção, proteção e recuperação da saúde. 
O dever do estado não exclui o dever das pessoas, da família, das empresas e da sociedade. 
Determinantes e condicionantes do SUS: Alimentação, atividade física, trabalho, meio ambiente, renda, transporte, lazer, educação, moraria, saneamento, acesso aos bens e aos serviços essenciais. 
SUS: É um conjunto de ações e de serviços de saúde, prestados por órgãos e instituições de administração direta e indireta e das fundações mantidas pelo Poder Público: Federal, Estadual e Municipal. 
Também fazem parte do SUS às instituições públicas federais, estaduais e municipais de controle de qualidade, pesquisa e produção de insumos, medicamentos, inclusive de sangue e hemoderivados e de equipamentos para saúde. Por exemplo: hemocentros e FIOCRUZ.
Objetivos e Atribuições do SUS (Arts. 5° e 6°)
Objetivo: 
Identificar e divulgar os determinantes e condicionantes da saúde
Formular a política de saúde
Implementar ações assistências e preventivas. 
Atribuições: Campo de atuação
		
Execução de ações: -Vigilância Sanitária, Vigilância Epidemiológica, Saúde do Trabalhador, Assistência Terapêutica. 
Saneamento básico
Recursos humanos
Vigilância nutricional
Proteção do meio ambiente
Políticas de medicamento, equipamentos, imunobiológicos;
Fiscalização de serviços, de produtos e de substâncias;
Fiscalização e inspeção de alimentos, de água e bebidas;
 Produtos psicoativos, tóxicos e radioativos;
Desenvolvimento cientifico e tecnológico;
Política de sangue e seus derivados
Princípios do SUS
Universalidade: Acesso livre em todos os níveis de assistência, para qualquer pessoa, independente da renda;
Integralidade: Conjunto articulado de ações e serviços da alta, média e baixa complexidade para atender as necessidades da população;
Preservação da autonomia: o paciente deve ser incentivado a assumir o seu papel no plano terapêutico;
Igualdade, sendo entendido como Equidade: Todos são iguais, sem descriminação e privilegio de qualquer espécie; 
 Direito a informação: Sobre seu estado de saúde, independente do quadro em que se encontra;
Divulgação de informação sobre a situação de saúde no pais, sobre determinantes e condicionantes para a população;
Utilização da epidemiologia: para alcance de prioridades, recursos e execução de ações e serviços de saúde;
Participação da comunidade;
Descentralização: Sobre recursos financeiros repassados fundo a fundo da União (MS), e dos Estados (SES), para os Municípios (SMS), que são os executores das ações e serviços de saúde;
Integração das ações de saúde e saneamento básico;
Conjunção dos recursos financeiros, tecnológicos, materiais e humanos para prestação de serviços de assistência; 
Capacidade de resolução dos serviços; 
Evitar duplicidade para meios idênticos;
Organização de atendimento público especifico para mulheres e vítimas de violência doméstica em geral, que garanta, entre outros, atendimento, acompanhamento psicológico e cirurgia plástica reparadora. 
Vigilâncias em Saúde
Vigilância Epidemiológica: EPI: Sobre; DEMO: população; LOGO: Estudo. Sendo assim, epidemiologia significa o estudo da frequência e distribuição dos eventos de saúde e dos seus determinantes nas populações humanas, e a aplicação deste estudo na prevenção e controle dos problemas de saúde.
Visa controlar as doenças transmissíveis e não transmissíveis, e de agravos a saúde, com conjunto de ações que proporcionem conhecer, e detectar ou prevenir qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes, individual e coletivo, com finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle de doenças e agravos.
 
Função da vigilância epidemiológica: 
Coletar dados;
Processar dados coletados;
Analisar e interpretar os dados processados;
Recomendar as medidas de prevenção e de controle apropriadas;
Promover as ações de prevenção e de controle indicadas;
Avaliar a eficácia e a efetividade das medidas adotadas;
Divulgar as informações pertinentes.
Alguns conceitos importantes da Epidemiologia:
- Doença transmissível: é qualquer doença causada por um agente infeccioso especifico ou seu produto tóxico, que se manifesta por meio da transmissão desse agente ou de seus produtos de um reservatório a um hospedeiro susceptível, seja direta ou indiretamente. 
- Epidemia: é a elevação do número de casos de uma doença ou agravo, em determinado lugar e período de tempo, que caracteriza, de forma clara, um excesso em relação a frequência. Ex: A dengue é uma doença já esperada em determinadas regiões por um tempo limitado, quando a doença passa dos limites de casos esperados, é considerado uma epidemia. 
- Endemia: é a presença constante de uma determinada doença dentro dos limites esperados, em determinada área geográfica. Ex: Malária, Febre Amarela. 
- Pandemia: é a ocorrência epidêmica caracterizada por larga distribuição especial que atinge várias nações. É uma serie de epidemias localizadas em diferentes regiões que ocorrem vários países ao mesmo tempo. 
- Surto: é um tipo de epidemia em que os casos se restringem a uma área geográfica geralmente pequena e bem delimitada ou a uma população institucionalizada (creche, quartéis, escolas, entre entro). 
Vigilância Ambiental: Proporcionar o conhecimento e a detecção de mudanças do meio ambiente que interfiram na saúde humana.
Vigilância da Saúde do Trabalhador: Promover saúde e reduzir a morbimortalidade da população trabalhadora;
Vigilância Sanitária: Eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção, da circulação de bens e da prestação de serviços do interesse da saúde. 
Notificação Compulsória
A ocorrência de suspeita ou confirmação de eventos de saúde pública, doenças e agravos listados, de acordo com a portaria vigente e/ou a notificação de surto, são de comunicação obrigatória à autoridade de saúde, realizada pelos médicos, profissionais de saúde ou responsáveis pelos estabelecimentos de saúde, públicos ou privados. É facultado a estados e municípios incluir outros problemas de saúde importantes em sua região.
CAPITULO 3 - Atenção Básica
A Unidade Básica de Saúde (UBS) é o contato preferencial dos usuários, a principal porta de entrada e centro de comunicação com toda a Rede de Atenção à Saúde. É instalada perto de onde as pessoas moram, trabalham, estudam e vivem e, com isso, desempenha um papel central na garantia de acesso à população a uma atenção à saúde de qualidade.
A função da UBS é promover e proteger a saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação, a redução de danos e a manutenção
da saúde com o objetivo de desenvolver uma atenção integral que impacte na situação de saúde e autonomia das pessoas e nos determinantes e condicionantes de saúde das coletividades.
Na UBS, é possível receber atendimentos básicos e gratuitos em Pediatria, Ginecologia, Clínica Geral, Enfermagem e Odontologia. Os principais serviços oferecidos são consultas médicas, inalações, injeções, curativos, vacinas, coleta de exames laboratoriais, tratamento odontológico, encaminhamentos para especialidades e fornecimento de medicação básica.
A atenção primária é constituída pelas unidades básicas de saúde (UBS) e Equipes de Atenção Básica (ESF) ou Equipe Básica de Saúde (EBS).
São quatro portes de UBS:
UBS I abriga, no mínimo, uma equipe de Saúde da Família.
UBS II abriga, no mínimo, duas equipes de Saúde da Família.
UBS III abriga, no mínimo, três equipes de Saúde da Família.
UBS IV abriga, no mínimo, quatro equipes de Saúde da Família.
 Composição das Equipes de Saúde
A Estratégia Saúde da Família (ESF) visa à reorganização da atenção básica no País, de acordo com os preceitos do Sistema Único de Saúde, favorecendo uma reorientação do processo de trabalho com maior potencial de aprofundar os princípios, diretrizes e fundamentos da atenção básica, de ampliar a resolutividade e impacto na situação de saúde das pessoas e coletividades, além de propiciar uma importante relação custo-efetividade. 
Formação da eSF
Equipe de Saúde da Família – eSF- composta por, no mínimo: 
(I) médico generalista, ou especialista em Saúde da Família, ou médico de Família e Comunidade; 
(II) enfermeiro generalista ou especialista em Saúde da Família;
(III) auxiliar ou técnico de enfermagem; 
(IV) agentes comunitários de saúde.
* Podem ser acrescentados a essa composição os profissionais de Saúde Bucal: cirurgião-dentista generalista ou especialista em Saúde da Família, auxiliar e/ou técnico em Saúde Bucal. 
* Toda a eSF deve fazer 40h semanais, no mínimo 5 dias por semana e nos 12 meses do ano.
* Cada equipe de Saúde da Família (eSF) deve ser responsável por, no máximo, 4.000 pessoas, sendo a média recomendada de 3.000 pessoas, respeitando critérios de equidade para essa definição. Recomenda-se que o número de pessoas por equipe considere o grau de vulnerabilidade das famílias daquele território, sendo que, quanto maior o grau de vulnerabilidade, menor deverá ser a quantidade de pessoas por equipe. 
* Cada ACS (agente comunitário de saúde) deve atender no máximo 750 pessoas cadastradas na equipe em que faz parte. 
É prevista, ainda, a implantação da Estratégia de Agentes Comunitários de Saúde nas Unidades Básicas de Saúde como uma possibilidade para a reorganização inicial da atenção básica com vistas à implantação gradual da ESF ou como uma forma de agregar os agentes comunitários a outras maneiras de organização da atenção básica. 
Formação da eAB
Equipe de Atenção Básica – eAB- composta por, no mínimo: 
(I) médico generalista, ou especialista em Saúde da Família, ou médico de Família e Comunidade; 
(II) enfermeiro generalista ou especialista em Saúde da Família;
(III) auxiliar ou técnico de enfermagem; 
(IV) agentes comunitários de saúde.
* Podem ser acrescentados a essa composição os profissionais de Saúde Bucal: cirurgião-dentista generalista ou especialista em Saúde da Família, auxiliar e/ou técnico em Saúde Bucal. 
* Cada profissional (médico e enfermeiro) da eSF pode fazer 20h quando em 2 profissionais fazendo 40h semanais, ou 10h 2 profissionais + 20h 1 profissional totalizando 40h semanais. 
* não é obrigatório a participação de ACS nas equipes de atenção básica (eAB). 
NASF-AB: Núcleo de Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica 
Os Núcleos Ampliados de Saúde da Família (NASF-AB) foram criados pelo Ministério da Saúde em 2008 com o objetivo de apoiar a consolidação da Atenção Básica no Brasil, ampliando as ofertas de saúde na rede de serviços, assim como a resolutividade, a abrangência e o alvo das ações.
Poderão compor os NASF as seguintes ocupações do Código Brasileiro de Ocupações (CBO):
Médico acupunturista; 
Assistente social; 
Profissional/professor de educação física; 
Farmacêutico; 
Fisioterapeuta; 
Fonoaudiólogo; 
Médico ginecologista/obstetra; 
Médico homeopata; 
Nutricionista; 
Médico pediatra; 
Psicólogo; 
Médico psiquiatra; 
Terapeuta ocupacional; 
Médico geriatra; 
Médico internista (clínica médica), 
Médico do trabalho, 
Médico veterinário, 
Profissional com formação em arte e educação (arte educador); 
Profissional de saúde sanitarista, ou seja, profissional graduado na área de saúde com pós-graduação em saúde pública ou coletiva ou graduado diretamente em uma dessas áreas.
A composição de cada um dos NASF será definida pelos gestores municipais, seguindo os critérios de prioridade identificados a partir dos dados epidemiológicos e das necessidades locais e das equipes de saúde que serão apoiadas.
Atividades desenvolvidas pelas eSF nas UBS
Mapeamento da área adscrita e dos equipamentos sociais presentes nesse território como escolas, associações comunitárias, ONGs, etc.
Planejamento, busca ativa, captação, cadastramento e acompanhamento das famílias de sua área adscrita.
Acolhimento, recepção, registro e marcação de consultas.
Ações individuais e/ou coletivas de promoção à saúde e prevenção de doenças.
Consulta medica e/ou de enfermagem.
Consultas e atendimentos odontológicos, quando existir a equipe de saúde bucal.
Realização de procedimentos médicos e de enfermagem: 
- Imunização
- Inalação
- Curativos e drenagem de abscessos e suturas
- Administração de medicamentos orais e injetáveis
- Terapia de reidratação oral, etc. 
Consultas extramuros (visita domiciliar, visita nas escolas, visitas na comunidade)
Atendimentos de urgências básicas. 
Realização de encaminhamento adequados das urgências, emergências e de casos de maior complexidade.
*Algumas atribuições dos técnicos de enfermagem:
- Administração de imunobiológicos;
- Curativos;
- Pré-Consultas (SSVV, medidas antropométricas)
- Participação na Educação em saúde;
- Visita domiciliar;
- Nebulização;
- Limpeza e organização das salas produtivas (mobiliários);
- Retiradas de pontos cirúrgicos;
Estrutura física da UBS
Os espaços sugeridos devem ser adequados à realidade local, ao quantitativo da população adstrita e sua especificidade, ao número de usuários esperados, e também viabilizem o acesso de estagiários e residentes de instituições formadoras da área da saúde, na rotina de sua aprendizagem. 
Estruturas sugeridas para UBS:
Recepção para pacientes e acompanhantes;
Sala de espera para pacientes e acompanhantes;
Consultório com sanitário;
Consultório sem sanitário;
Sala de procedimentos;
Sala de utilidades;
Sala de vacina;
Sala de curativo;
Sala de nebulização;
Almoxarifados; 
Consultório odontológico com área para escovário;
Área para compressor e bomba a vácuo;
Área para deposito de material de limpeza (DML)
Sanitários (usuários)
Copa/cozinha alternativa;
Gerencia e administração;
Deposito de lixo;
Área para reuniões e educação em saúde;
Abrigo de resíduos sólidos (UBS que proceder com à esterilização de matérias)
Sala de recepção, lavagem e descontaminação;
Sala de esterilização e estocagem de material esterilizado.
Áreas estratégicas da assistência à saúde
Saúde da criança: Nutrição, Vacinação, prevenção das doenças prevalentes da infância.
Saúde da mulher: Planejamento Familiar, Pré-natal, Prevenção do CA de útero e mama.
Saúde do idoso: Vacinação.
Saúde bucal: Problemas odontológicos prioritariamente na população de 0 a 14 anos e gestantes.
Promoção da saúde: Tabagismo, Etilismo, Alimentação Saldável, Atividade física. 
Eliminação da Hanseníase;
Controle da Diabetes Mellitus;
Controle da Tuberculose;
Controle da Hipertensão Arterial. 
CAPITULO 5- Politicas de Atenção à Saúde 
Programa Nacional de Imunização- PNI
O PNI tem como objetivo, em primeira instância, a ampla
extensão de cobertura vacinal de forma homogenia, para que a população possa ser provida de adequada proteção imunitária contra doenças transmissíveis abrangidas pelo programa. O PNI define os calendários de vacinação considerando a situação epidemiológica, o risco, a vulnerabilidade e as especificidades sociais, com orientações específicas para crianças, adolescentes, adultos, gestantes, idosos e povos indígenas. 
A Lei 6.269/75, regulamentada pelo Decreto78.231/76, institucionaliza o PNI e define competências que podem ser consideradas válidas até o momento.
Implantar e Implementar as ações do programa, relacionadas a vacinação de forma obrigatória
Estabelecer critérios e prestar apoio técnico e financeiro à elaboração, implantação e implementação do programa de vacinação;
Estabelecer normas básicas para a execução das vacinações;
Supervisionar e avaliar a execução das vacinas no território nacional
Analisar e divulgar informações referentes ao PNI. 
Objetivo do PNI
Contribuir para a manutenção do estado de erradicação da poliomielite;
Contribuir para o controle ou erradicação das seguintes doenças:
Sarampo
Difteria
Coqueluche
Tétano neonatal e acidental
Formas graves da TB
Rubéola
Caxumba
Hepatite B
Febre Amarela
Raiva
Meningocócica 
Doenças invasivas causadas por Haemophilus Influenzae do tipo B.
Imunização 
É um evento molecular e celular que ocorrem quando o organismo entra em contato com microrganismos ou macromoléculas estranhas, e para se defender o sistema imune atua de duas formas:
Passiva: Imunidade imediata porem transitória. Ela pode ser Natura: Gravides, ou Artificial: Soro antitetânico ou antirrábico.
Ativa: Estimula a resposta imunológica da pessoa. Ela pode ser Natural: Pela própria doença, ou Artificial: Vacinação.
Tipos de Vacina 
São substancias que contem microrganismos sob a forma atenuada ou inativada que provocam a formação de anticorpos no organismo, sem causar a doença. (imunidade ativa)
Vacina atenuada: vírus ou bactéria viva porem sem a capacidade de causar a doença
Bactéria: BCG
Vírus: Rotavírus, Sarampo, Caxumba, Rubéola, Varicela, Pólio, Febre Amarela, cólera.
Vacina inativada: vírus ou bactéria morta/inativo por agente físico ou químico.
Bactéria: Difteria, Tétano, Coqueluche (Pertussis), Haemophilus Influenzae do tipo B (Hib), Meningocócica e pneumo10.
Vírus: Influenza, Pólio, Raiva, Hepatite A, Hepatite B, HPV.
Fatores que Influenciam a Resposta Imunológica
Idade
Gestação
Amamentação
Reação anafilática
Imunodeprimidos
Uso de antitérmicos profiláticos
Via de administração
Dose e esquema vacinal
Contra Indicações Gerais:
Imunodeficiência congênita ou adquirida;
Neoplasia Maligna;
Tratamentos com doses supressoras de corticoides ou outros tratamentos imunossupressores;
Reação anafilática na dose anterior
Historia de hipersensibilidade a qualquer componente dos imunobiológicos
Situações Especiais 
Uso de terapia com corticoides: vacinar com intervalo de 3 meses após a última dose;
Usuários com HIV proteção especiais - encaminha para o CRIE;
Criança <18 meses filho de pais HIV positivo sem sintomas da doença, podem receber todas as vacinas no CRIE;
Usuários com imunodeficiência clinica ou laboratorial grave- não podem tomar vacina de ag. vivos atenuados;
Usuário que fez transplante de medula óssea- encaminha para o CRIE de 6 a 12 meses após transplante pra revacinação conforme indicação.
 
Falsas Contraindicações
Uso de terapia com corticoides: vacinar com intervalo de 3 meses após a última dose;
Usuários com HIV proteção especiais - encaminha para o CRIE;
Criança <18 meses filho de pais HIV positivo sem sintomas da doença, podem receber todas as vacinas no CRIE;
Usuários com imunodeficiência clinica ou laboratorial grave- não podem tomar vacina de ag. vivos atenuados;
Usuário que fez transplante de medula óssea- encaminha para o CRIE de 6 a 12 meses após transplante pra revacinação conforme indicação.
Uso de terapia com corticoides: vacinar com intervalo de 3 meses após a última dose;
Usuários com HIV proteção especiais - encaminha para o CRIE;
Criança <18 meses filho de pais HIV positivo sem sintomas da doença, podem receber todas as vacinas no CRIE;
Usuários com imunodeficiência clinica ou laboratorial grave- não podem tomar vacina de ag. vivos atenuados;
Usuário que fez transplante de medula óssea- encaminha para o CRIE de 6 a 12 meses após transplante pra revacinação conforme indicação.
Centro de Referência em Imunobiológicos- CRIES
Os Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE), foram criados em novembro de 2000 por meio da Portaria 464/2000 e tem o objetivo de beneficiar uma parcela especial da população brasileira que, por motivos biológicos, é impedida de usufruir dos imunobiológicos disponíveis na rede pública ou necessita de outros imunobiológicos especiais.
Portadoras de imunodeficiência congênita;
Infectados pelo HIV;
Os de neoplasia malignas;
Os que recebem quimioterapia, radioterapia, os corticoterapia em alta doses;
Pacientes que tiveram alguma reação alérgica grave a doses anteriores. 
E apoiar a investigação de casos suspeitos de eventos adversos pós-vacinação. 
Sala de Vacinação 
É uma área semicrítica que tem função de promover o máximo de segurança e Reduzir o risco de contaminação. As atividades da sala de vacinação devem ser desenvolvidas por uma equipe de enfermagem, com treinamento especifico no manuseio, conservação e administração dos imunobiológicos. A equipe é formada por 2 técnicos ou auxiliares de enfermagem e 1 enfermeiro responsável pela supervisão e treinamento em saúde.
Responsabilidade da equipe: 
Manter a ordem e limpeza da sala;
Prover, periodicamente, as necessidades de materiais e imunobiológicos;
Manter as condições ideais de conservação dos imunobiológicos
Manter os equipamentos em boas condições de funcionamento;
Encaminhas e dar destino adequado aos imunobiológicos inutilizados e ao lixo da sala de vacinação;
Orientar e prestar assistência a clientes, com segurança, responsabilidade e respeito;
Registrar a assistência prestada nos impressos adequados;
Manter o arquivo em ordem.
Função básica da equipe de Enfermagem
Planejar as Atividades de vacinação;
Monitorar e avaliar o trabalho desenvolvido;
Prover os materiais e imunobiológicos;
Manter as condições preconizadas de conservação do imunobiológicos;
Utilizar os equipamentos preservando em condições de funcionamento;
Destinar adequadamente os resíduos;
Atender e orientar os usuários com responsabilidade e respeito;
Realizar o registro das atividades de vacinação nos impressos adequados;
Manter o arquivo de vacinação em ordem; 
Promover a organização e monitoramento da limpeza da sala de vacinação. 
Atividades e Procedimentos Básicos
Verificar e anotar a temperatura do refrigerador, no mapa de controle diário de temperatura;
Verificar o prazo de validade dos imunobiológicos, usando com prioridades aquelas que estiveram mais próximo do vencimento;
Retirar do refrigerador de estoque a quantidade de vacinas e diluentes necessários ao consumo na jornada de trabalho;
Colocar essas vacinas e os diluentes na caixa térmica. 
O trabalho realizado na sala de vacinação pode ser agrupado em quatro conjuntos de atividades: 
Triagem, 
Orientação específica, 
Administração dos imunobiológicos 
Encerramento dos trabalhos. 
Geladeira
Deve manter temperatura entre 2°C à 8°C, sendo ideal em 5°C;
Na 1° prateleira não deve conter NADA;
Na 2° prateleira deve estar as vacinas VIRAIS;
Na 3° prateleira deve estar as vacinas BACTERIANAS e DILUENTES;
No congelador as BOBINAS REUTILIZÁVEIS;
Na gaveta as garrafas com água tingidas com corante;
Na porta da geladeira não colocar NADA;
Deve estar a 20cm da parede;
Deve estar longe da incidência direta da luz solar;
Tomada exclusiva para a geladeira;
Termômetro deve estar na 2° prateleira e outro na parte de fora da geladeira. 
A GELADEIRA É DE USO EXCLUSIVO PARA AS VACINAS.
Vacinas 
BCG- bacilo de
Calmatte e Guerim
Forma/ Esquema: bactéria atenuada/ dose única ao nascer 
Conservação apresentação: 3° prateleira, franco ampola multidose mais diluente; 
Dose/ Local/ Via: 0,1ml/ inserção inferior do musculo deltoide/ ID
Esquema: Dose única ao nascer
Doença: Contra formas graves de TB (miliar e meníngea)
Modo transmissão: através de partículas infectadas suspensas no ar: tosse, espirro e fala.
Administrada ao Nascer até 12h 
Pode ser adm. até 4anos, 11meses e 29 dias.
Reação Vacinal: 
1 - Forma uma pápula- imediatamente a vacina
2- Em seguida forma um nódulo (caroço). (3 a 4s) 
3- evolui para pústula ( tecido com pus)- ( 4 a 5s)
4- evolui para uma ulcera (ferida aberta).
5- formação de crosta (ferida com casca em processo cicatricial). 
Cuidado: 
Não comprimir o local da vacina;
Não usar compressas;
Não colocar medicamento nem curativos;
Limpar o local com agua e sabão. 
Hepatite B
Forma/ Esquema: vírus inativo/ 1 mais 3 (Pentavalente) - esquema incompleto não reinicia. 
Conservação/Apresentação: 2° prateleira; frasco uni ou multidoses.
Dose/ Local/ Via: 0,5ml, Vasto lateral da coxa (< de 2 anos); IM (> 2 anos) 
Esquema: ao nascer até 30 dias (preferencialmente nas primeiras 12h). + 3 doses com 2,4 e 6meses 
Proteção/doença: contra Hepatite B, doença infecciosa que acomete as células hepáticas, causando uma inflamação. 
Modo transmissão: Sexual, objetos contaminados, sangue.
1 dose: Vacina ao nascer de 12 a 24h. Pode ser adm ate 30 dias após nascimento.
Pentavalente
Possui 5 tipos de agente
Hepatite B
DTP (difteria, tétano e coqueluche) 
Hib
Difteria
Forma/ Esquema: Associada a Pentavalente no calendário infantil (3 doses). 
Associado a vacina dT no calendário adulto ( 3 doses). 
Gestante recebe dTpa em 1 dose a partir da 20° semana de gestação. 
Conservação/apresentação: 3° prateleira, frasco multidose;
Dose/ Local/ Via: 0,5ml, VLCE ou MD /IM
Esquema: 2,4 e 6m podendo ser adm até <5anos. 
DTP (R) 15 meses e 4anos, podendo ser adm até <7 anos. 
dT ≥7 anos com reforço a cada 10 anos.
Doença: A difteria é uma infecção causada pela bactéria Corynebacterium diphtheriae, transmitida de pessoa para pessoa através de contato físico e respiratório. Ela forma placas amareladas frequentemente nas amígdalas, laringe e nariz. Em casos mais graves, pode ocorrer um inchaço grave no pescoço, com aumento dos gânglios linfáticos. Isso pode gerar dificuldade de respirar ou bloqueio total da respiração.
Modo transmissão: contato direto ou objeto contaminado. 
Tétano
Forma/ Esquema: Associada a Pentavalente no calendário infantil (3 doses). 
Associado a vacina dT no calendário adulto ( 3 doses). 
Gestante recebe dTpa em 1 dose a partir da 20° semana de gestação. 
Conservação/apresentação: 3° prateleira, frasco multidose;
Dose/ Local/ Via: 0,5ml, VLCE ou MD /IM
Esquema: 2,4 e 6m podendo ser adm até <5anos. 
DTP (R) 15 meses e 4anos, podendo ser adm até <7 anos. 
dT ≥7 anos com reforço a cada 10 anos
Doença: Doença infecciosa, causada pela ação da exotoxina do Clostridium tetani sobre as células motoras do sistema nervoso. Caracteriza-se pela hipertonia da musculatura estriada, generalizada ou não. 
Modo transmissão: contato direto ou objeto contaminado. 
Coqueluche (Pertussis)
Forma/ Esquema: Associada a Pentavalente no calendário infantil (3 doses). 
Gestante recebe dTpa em 1 dose a partir da 20° semana de gestação. 
Conservação/apresentação: 3° prateleira, frasco multidose;
Dose/ Local/ Via: 0,5ml, VLCE ou MD /IM
Esquema: 2,4 e 6m podendo ser adm até <5anos. 
DTP (R) 15 meses e 4anos, podendo ser adm até <7 anos. 
Doença: A coqueluche ou pertussis é uma doença infecciosa aguda e transmissível, que compromete o aparelho respiratório (traqueia, brônquios e bronquíolos)
Modo transmissão: Direta por gotículas expelidas durante a tosse
 
Hib - Haemophilus influenzae tipo B
Forma/ Esquema: Associada a Pentavalente no calendário infantil (3 doses). 
Conservação/apresentação: 3° prateleira, frasco multidose;
Dose/ Local/ Via: 0,5ml, VLCE 
Esquema: 2,4 e 6m podendo ser adm até <5anos. 
Proteção/doença: A vacina conjugada de Hib protege contra infecções graves causadas pelo Haemophilus influenzae tipo b, como meningite e pneumonia. 
Modo transmissão: é uma bactéria que atinge principalmente crianças até cinco anos, causando infecções que começam geralmente no nariz e na garganta, mas podem se espalhar para outras partes do corpo, incluindo pele, ouvidos, pulmões, articulações, membranas que revestem o coração, medula espinhal e cérebro.
VIP/VOP
Forma: vírus atenuado, administrado em 5 doses, sendo 3 IM e 2VO
Conservação apresentação: 2°prateleira 
Dose/ Local/ Via: 0,5ml VLCD, IM ou 2gotas VO
Esquema: 2,4 e 6 meses VIP. 15m e 4anos (R)
Doença: A poliomielite ou “paralisia infantil” é uma doença infectocontagiosa viral aguda, caracterizada por um quadro clássico de paralisia flácida de início súbito, afetando os nervos e podendo levar à paralisia parcial ou total. 
Modo transmissão: Contato direto pessoa a pessoa. Fecal-oral ou oral-oral. Ao falar, tossir ou espirrar. 
VORH- Vacina Oral Rotavirus Humana
Forma: vírus atenuado, administrado em duas doses; 
Conservação apresentação: 2°prateleira, vacina unidose. > 1 ano não toma mais. 
Dose/ Local/ Via: 1,5 ml, VO (Exclusivo)
Doença: Existem sete sorotipos diferentes de Rotavirus, mas somente três deles infectam o homem e causam gastrenterite aguda. A infecção pode ocorrer em qualquer idade. A estimativa é que até os cinco anos todas as crianças terão pelo menos um episódio de infecção.
Modo transmissão: Fecal-oral, pelo contato direto entre as pessoas, por utensílios, brinquedos, água e alimentos contaminados. 
 Pneumocócica 10 e 23 valente 
Forma: duas doses mais reforço em criança
A pneumocócica 23 é administrada em idoso. 
Conservação/apresentação: 2°prateleira, frasco unidose. 
Dose/ Local/ Via: 0,5ml, VLC ou MD, IM profunda.
Esquema: 2 e 4 meses. (R) aos 12 meses 
Doença: a vacina ira proteger contra infecções invasivas de 10 tipos de pneumococo, que possa causar sepse, meningite, pneumonia, otite media aguda. 
Meningocócica C
Forma: vacina bacteriana, em 2 doses + 2 reforço
Conservação/Apresentação: 3°prateleira, frasco multidoses. 
Dose/ local/ via: 0,5ml, VLC, IM
Esquema: 3 e 5 meses. (R) 12 meses e 11 a 14 a 11 m e 29d. 
Doença: É uma inflamação das membranas (meninges), que recobrem o cérebro e a medula especial. Essa infecção é acusada pela bactéria Neisseria Meningitidis. Pode ser causadas também por outros agentes patogênicos (vírus, fungos, protozoários, e outros).
Modo de Transmissão: Pode ser de suas formas. Direto: pelo contato íntimo, como o beijo, ou secreções expelidas pela fala, tosse ou espirro. A indireta: pelo ar ou objetos (muito rara).
Tríplice viral
Possui 3 tipos de agentes
Sarampo 
Caxumba
Rubéola 
Sarampo
Forma: Associado com a tríplice viral no calendário infantil;
Adultos se não houver comprovação da vacina infantil
Vacina atenuada
Conservação/Apresentação: 2°prateleira, frasco mono ou multidoses 
Dose/ Local/ Via: 0,5ml, MD, SC
Esquema: 12 e 15 meses 
Doença: O sarampo é uma doença infecciosa aguda, viral, transmissível, extremamente contagiosa e muito comum na infância. 
Modo transmissão: A transmissão ocorre diretamente, de pessoa a pessoa, geralmente por tosse, espirros, fala ou respiração.
Caxumba 
Forma: Associado com a tríplice viral no calendário infantil;
Adultos se não houver comprovação da vacina infantil 
Vacina atenuada
Conservação/apresentação: 2°prateleira, frasco mono ou multidoses 
Dose/ Local/ Via: 0,5ml, MD, SC
Esquema: 12 e 15 meses 
Doença: é uma infecção viral que afeta as glândulas parótidas – um dos três pares de glândulas que produzem saliva. 
Modo transmissão: transmitido por via respiratória, mais precisamente pela inalação de gotículas do espirro ou da tosse
Rubéola 
Forma: Associado com a tríplice viral no calendário infantil;
Adultos
se não houver comprovação da vacina infantil
Vacina atenuada
Conservação/apresentação: 2°prateleira, frasco mono ou multidoses 
Dose/ Local/ Via: 0,5ml, MD, SC
Esquema: 12 e 15 meses 
Doença: Também conhecida como sarampo alemão, é uma infecção contagiosa causada por vírus e caracterizada por erupções vermelhas na pele. A doença também pode ser congênita, podendo ser transmitida de mãe para filho ainda durante a gravidez.
Modo transmissão: Pessoa para pessoa, por meio do espirro ou tosse. 
Varicela 
Forma/ esquema: pode estar associada a tríplice viral formando a Tetraviral, ou separada. 
Duas doses, vacina atenuada. 
Conservação/Apresentação: 3 prateleira, frasco multidose. 
Dose/Local: 0,5ml, MD, SC
Esquema: 15 meses ou até 4a, 11m e 29d. (dose única)
Doença: Também conhecida por “Varicela”, a Catapora é uma infecção/virose causada pelo vírusVaricelazóster, da mesma família do Herpes (Herpetoviridae) e é altamente contagiosa, porém é benigna nas crianças, que são as mais afetadas.
Uma vez que alguém contraia a doença, ficará imune o resto da vida, mas o vírus ainda fica no organismo da pessoa
O vírus da catapora instalasse de forma latente no organismo, em gânglios nervosos que são próximos à coluna vertebral. Se houver reativação do vírus, ele poderá causar a “Herpes zoster”
Modo de Transmissão: respiratória, em gotículas de espirros, de tosse, pelo contato com as lesões avermelhadas (exantemas) ou pela conjuntiva do olho, multiplicando-se e disseminando pelo sangue, até a pele.
Hepatite A
Forma/ esquema: dose única
Conservação/Apresentação: 2°prateleira, frasco unidose. 
Dose/Local: 0,5ml, VLC ou MD, IM 
Esquema: Dose unida aos 15m (2 e 4ª,11m e 29d caso não tenha tomada aos 15 meses) 
Doença: A hepatite A, também conhecida como amarelão ou hepatite infecciosa, é uma inflamação contagiosa que afeta o fígado e é causada por um vírus que, geralmente, é benigno. Normalmente, a doença evolui para a cura espontânea em mais de 90% dos casos
Modo de Transmissão: Por alimentos contaminados, fecal-oral.
HPV
Forma/ esquema: em 2018 são administradas duas doses 
Meninas de 9-14 anos
Meninos de 11-14 anos. 
Protege contra os tipos 6, 11, 16 e 18
Conservação/ Apresentação: 2°prateleira, ampola unidose
Dose/Local: 0,5ml, MD, IM 
Esquema: 2 doses meninas de 9 a 14 anos 
2 doses meninos de 11 a 14 anos 
Febre Amarela
Forma/ esquema: População de risco 
Vírus vivo atenuado
Conservação/ Apresentação: 2°prateleira, ampola multidose
Dose/Local: 0,5ml, MD, SC
Esquema: dose única 
≥ 9 meses a 59 anos: dose única
≥ 60 anos: apenas se residir/ deslocar para área de transmissão ativa da FA (se não tiver nenhuma contraindicação)
Gestante e mulheres amamentando: vacinar apenas se morar em região ativa de transmissão ou em local próximo (se não houver contraindicação. Suspender o aleitamento por 10 dias após a dose. 
HIV/AIDS: desde que não apresente imunodeficiência grave.
Viajantes: antecedência de 10 dias antes da viajem se nunca vacinado
Criança com atraso vacinal (febre amarela, tríplice e tetra viral): tomar a vacina da febre amarela e agendar após 30 dias a tríplice ou tetra viral. 
Tuberculose
É uma doença infectocontagiosa causada por uma bactéria Mycobacterium tuberculosis- Bacilo de Koch (BK), que afeta principalmente os pulmões, mas, também podem ocorrer em outros órgãos do corpo, como ossos, rins e meninges (membranas que envolvem o cérebro).
Transmitido pela inalação de aerossóis suspensos no ar, através das vias aéreas, quando o paciente infectado ao falar, tossir, espirrar, deixa suspenso no ar as gotículas infectadas. Salvo raríssimas exceções a TB pode ser transmitida de forma congênita. 
Quando uma pessoa inala as gotículas contendo os bacilos de Koch, muitas delas ficam no trato respiratório superior (garganta e nariz), onde a infecção é improvável de acontecer. Contudo, quando os bacilos atingem os alvéolos, eles ocasionam uma rápida resposta inflamatória, envolvendo células de defesa. Caso ocorra falha neste mecanismo, os bacilos começam a se multiplicar.
A primoinfecção tuberculosa, sem doença, significa que os bacilos estão no corpo da pessoa, mas o sistema imunológico os está mantendo sob controle. 
A apresentação da tuberculose na forma pulmonar, além de ser mais frequente, é também a mais relevante para a saúde pública, pois é a forma pulmonar bacilífera, a responsável pela manutenção da cadeia de transmissão da doença.
A busca ativa dos sintomáticos respiratórios é a principal estratégia para o controle da TB, uma vez que permite a detecção precoce das formas pulmonares.
Tuberculose extrapulmonar: As formas extrapulmonares da tuberculose têm seus sinais e sintomas dependentes dos órgãos e/ou sistemas acometidos. Sua ocorrência aumenta entre pacientes com imunocomprometimento grave, principalmente naqueles com aids.
Sintomas: tosse produtiva ou não com duas ou três semanas; febre vespertina em torno de 38,5°C; emagrecimento; sudorese noturna, inapetência. 
A busca ativa se dá ao identificar sintomáticos respiratórios, fazendo duas baciloscopias para confirmação diagnostica. O objetivo da busca ativa é:
Interromper a cadeia de transmissão;
Descoberta precoce dos casos bacilíferos;
Busca dos sintomáticos respiratórios; 
Redução da incidência da doença em longo prazo.
PPD (derivado proteico purificado): é um teste realizado via ID, com aplicação de 0,1ml no antebraço esquerdo e realizado leitura entre 48-72h após aplicação, podendo ser realizada até 96h. 
Diagnostico: Atualmente, o caso de tuberculose pode ser confirmado pelos critérios laboratoriais e clínicos. 
Critério laboratorial: Todo caso que, independente da forma clínica, apresente pelo menos uma amostra positiva de baciloscopia ou de cultura ou de teste rápido molecular (TRM) para TB. 
Critério clínico: Todo caso suspeito que não atendeu ao critério de confirmação laboratorial, mas apresentou resultado de exame de imagem ou histológico sugestivo para TB.
Baciloscopia do escarro (Teste do escarro)
A baciloscopia direta do escarro é o método principal no diagnóstico e para o controle de tratamento da tuberculose pulmonar por permitir a descoberta das fontes de infecção, ou seja, os casos bacilíferos. Trata-se de um método simples, rápido, de baixo custo e seguro para elucidação diagnóstica da tuberculose, uma vez que permite a confirmação da presença do bacilo. 
A boa amostra de escarro é a proveniente da árvore brônquica, obtida após esforço da tosse (expectoração espontânea).
O exame de baciloscopia de escarro deve ser solicitado aos pacientes que apresentem:
• Tosse por duas a três semanas (sintomático respiratório);
• Suspeita clínica e/ou radiológica de TB pulmonar, independentemente do tempo de tosse; 
• Suspeita clínica de TB em sítios extrapulmonares (materiais biológicos diversos).
Coleta de Escarro e Cuidados
Orientação ao paciente: A unidade de saúde deve ter pessoal capacitado para fornecer informações claras e simples ao paciente quanto à coleta do escarro, devendo proceder da seguinte forma: 
Orientar o paciente quanto ao procedimento de coleta: ao despertar pela manhã, lavar bem a boca apenas com água, inspirar profundamente, prender a respiração por um instante e escarrar após forçar a tosse. Repetir essa operação até obter três eliminações de escarro, evitando que esse escorra pela parede externa do pote.
Informar que o pote deve ser tampado e colocado em um saco plástico com a tampa para cima, cuidando para que permaneça nessa posição. 
Orientar o paciente a lavar as mãos. 
Tratamento:
Hanseníase 
A hanseníase é uma doença crônica, infectocontagiosa, cujo agente etiológico é o  Mycobacterium leprae (M. Leprae). Esse bacilo tem a capacidade de infectar grande número de indivíduos, no entanto poucos adoecem. A doença acomete principalmente pele e nervos periféricos podendo levar a sérias incapacidades físicas. É de notificação compulsória em todo o território nacional e de investigação obrigatória.
Essa doença pode acometer pessoas de ambos os sexos e qualquer idade em áreas endêmicas. Entretanto, é necessário um longo período de exposição e apenas uma pequena parcela da população infectada adoece.
Modo de transmissão
A hanseníase é transmitida principalmente pelas vias áreas superiores, por meio de contato próximo e prolongado de uma pessoa suscetível (com maior probabilidade de adoecer) com uma pessoa doente sem tratamento. A hanseníase apresenta longo período de incubação; em média, de 2 a 7 anos. Há referências com períodos mais curtos, de 7 meses, como também a mais longos, de 10 anos..
Transmissibilidade 
Os doentes com poucos bacilos – Paucibacilares (PB), indeterminado não são considerados importantes como fonte de transmissão da doença devido à baixa carga bacilar. Os doentes Multibacilares (MB), no entanto, constituem o grupo contagiante, assim se mantendo como fonte de infecção, enquanto o tratamento específico não for iniciado.
Sintomas
Os sinais e sintomas mais frequentes da hanseníase são:
Manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas, em qualquer parte do corpo, com perda ou alteração de sensibilidade térmica (ao calor e frio), tátil (ao tato) e à dor, que podem estar principalmente nas extremidades das mãos e dos pés, na face, nas orelhas, no tronco, nas nádegas e nas pernas;
Área de pele seca e com falta de suor, com queda de pelos, especialmente nas sobrancelhas; sensação de formigamento;
Dor e sensação de choque, fisgadas e agulhadas ao longo dos nervos dos braços e das pernas, inchaço de mãos e pés; diminuição da força dos músculos das mãos, pés e face devido à inflamação de nervos, que nesses casos podem estar engrossados e doloridos; 
Úlceras de pernas e pés; caroços (nódulos) no corpo, em alguns casos avermelhados e dolorosos; febre, edemas e dor nas juntas; entupimento, sangramento, ferida e ressecamento do nariz; ressecamento nos olhos.
Diagnóstico
O diagnóstico de caso de hanseníase é essencialmente clínico e epidemiológico, realizado por meio do exame geral e dermatoneurólogico para identificar lesões ou áreas de pele com alteração de sensibilidade e/ou comprometimento de nervos periféricos, com alterações sensitivas e/ou motoras e/ou autonômicas.
Tratamento poliquimioterápico – PQT
O tratamento específico da hanseníase, recomendado pela Organização Mundial de Saúde - OMS e preconizado pelo Ministério da Saúde do Brasil é a poliquimioterapia – PQT, uma associação de Rifampicina, Dapsona e Clofazimina, na apresentação de blíster. Essa associação diminui a resistência medicamentosa do bacilo que ocorre, com frequên­cia, quando se utiliza apenas um medicamento, impossibilitando a cura da doença. É administrada através de esquema padrão, de acordo com a classificação operacional do doente: PB e MB.
O tratamento é eminentemente ambulatorial e está disponível em unidades públicas de saúde. A PQT mata o bacilo e evita a evolução da doença, levando à cura. O bacilo morto é incapaz de infectar outras pessoas, rompendo a cadeia epidemiológica de transmissão da doença. Dessa forma, a transmissão da doença é interrompida logo no início do tratamento, que quando realizado de forma completa e correta, garante a cura da doença.
Tipos:
Hanseníase indeterminada (paucibacilar): A lesão de pele geralmente é única, mais clara do que a pele ao redor (mancha), não é elevada (sem alteração de relevo), apresenta bordas mal delimitadas, e é seca (“não pega poeira” – uma vez que não ocorre sudorese na respectiva área). Há perda da sensibilidade (hipoestesia ou anestesia) térmica e/ou dolorosa, mas a tátil (habilidade de sentir o toque) geralmente é preservada. A prova da histamina é incompleta na lesão, a biópsia de pele frequentemente não confirma o diagnóstico e a baciloscopia é negativa. Portanto, os exames laboratoriais negativos não afastam o diagnóstico clínico.
Hanseníase tuberculóide (paucibacilar): É a forma da doença em que o sistema imune da pessoa consegue destruir os bacilos espontaneamente. Mais frequentemente, manifesta-se por uma placa (mancha elevada em relação à pele adjacente) totalmente anestésica ou por placa com bordas elevadas, bem delimitadas e centro claro (forma de anel ou círculo). Com menor frequência, pode se apresentar como um único nervo espessado com perda total de sensibilidade no seu território de inervação. Nesses casos, a baciloscopia é negativa e a biópsia de pele quase sempre não demonstra bacilos, e nem confirma sozinha o diagnóstico.
Hanseníase dimorfa (multibacilar): Caracteriza-se, geralmente, por mostrar várias manchas de pele avermelhadas ou esbranquiçadas, com bordas elevadas, mal delimitadas na periferia, ou por múltiplas lesões bem delimitadas semelhantes à lesão tuberculóide, porém a borda externa é esmaecida (pouco definida). Há perda parcial a total da sensibilidade, com diminuição de funções autonômicas (sudorese). É comum haver comprometimento assimétrico de nervos periféricos. É a forma mais comum de apresentação da doença (mais de 70% dos casos). Ocorre, normalmente, após um longo período de incubação (cerca de 10 anos ou mais), devido à lenta multiplicação do bacilo (que ocorre a cada 14 dias, em média).
Hanseníase virchowiana (multibacilar): É a forma mais contagiosa da doença. O paciente virchowiano não apresenta manchas visíveis; a pele apresenta-se avermelhada, seca, infiltrada, cujos poros apresentam-se dilatados (aspecto de “casca de laranja”), poupando geralmente couro cabeludo, axilas e o meio da coluna lombar (áreas quentes). 
Na evolução da doença, é comum aparecerem caroços (pápulas e nódulos) escuros, endurecidos e assintomáticos (hansenomas). Quando a doença encontra-se em estágio mais avançado, pode haver perda parcial a total das sobrancelhas (madarose) e também dos cílios, além de outros pelos, exceto os do couro cabeludo.
São comuns as queixas de câimbras e formigamentos nas mãos e pés, que entretanto apresentam-se aparentemente normais. “Dor nas juntas” (articulações) também são comuns e, frequentemente, o paciente tem o diagnóstico clínico e laboratorial equivocado de “reumatismo” (artralgias ou artrites), “problemas de circulação ou de coluna”.
Os nervos periféricos e seus ramos superficiais estão simetricamente espessados, o que dificulta a comparação. Por isso, é importante avaliar e buscar alterações de sensibilidade térmica, dolorosa e tátil no território desses nervos (facial, ulnar, fibular, tibial), e em áreas frias do corpo, como cotovelos, joelhos, nádegas e pernas. 
Na hanseníase virchowiana o diagnóstico pode ser confirmado facilmente pela baciloscopia dos lóbulos das orelhas e cotovelos.
Dengue; Febre Chikungunya e Zica Vírus 
O vírus da dengue é um arbovírus. Arbovírus são vírus transmitidos por picadas de insetos, especialmente os mosquitos. Existem quatro tipos de vírus de dengue (sorotipos 1, 2, 3 e 4). Não existe tratamento específico para a dengue. Em caso de suspeita é fundamental procurar um profissional de saúde para o correto diagnóstico 
A Febre Chikungunya é uma doença parecida com a dengue, causada pelo vírus CHIKV, da família Togaviridae. Seu modo de transmissão é pela picada do mosquito Aedes aegypti infectado e, menos comumente, pelo mosquito Aedes albopictus. Atualmente, não há tratamento específico disponível para a febre chikungunya.
Zica Vírus (ZKV) é um vírus transmitido pelos mosquitos Aedes aegypti (mesmo transmissor da dengue e da febre chikungunya) e o Aedes albopictus. O tratamento para o Zika vírus é sintomático. Isso que dizer quer não há tratamento específico para a doença, só para alívio dos sintomas.
O paracetamol e a dipirona são os medicamentos de escolha para o alívio dos sintomas de dor e febre devido ao seu perfil de segurança, sendo recomendado tanto pelo Ministério da Saúde, como pela Organização Mundial da Saúde. É importante ainda ingerir muito líquido para evitar a desidratação.
Para limitar a transmissão do vírus da dengue, zica vírus e chikungunya, os pacientes devem ser mantidos protegidos das picadas
dos mosquitos transmissores, evitando assim que os insetos se contaminem e possam transmitir a doença para outras pessoas. Para isso, recomenda-se o uso de mosquiteiros, repelentes e demais medidas preventivas durante a fase de viremia
O transmissor (vetor) da Dengue; Febre Chikungunya e Zica Vírus é o mosquito Aedes aegypti, que precisa de água parada para se proliferar. O período do ano com maior transmissão são os meses mais chuvosos de cada região, mas é importante manter a higiene e evitar água parada todos os dias, porque os ovos do mosquito podem sobreviver por um ano até encontrar as melhores condições para se desenvolver.
IMPORTANTE:  Todas as faixas etárias são igualmente suscetíveis, porém as pessoas mais velhas têm maior risco de desenvolver dengue grave e outras complicações que podem levar à morte. O risco de gravidade e morte aumenta quando a pessoa tem alguma doença crônica, como diabetes e hipertensão, mesmo tratada. 
Diferença através dos Sinais e Sintomas 
	Sinais/ Sintomas e Complicações
	Dengue
	Zica Vírus
	Chikungunya
	Febre/Duração
	>38° C/ 4 a 7 dias
	Sem febre ou subfebril (≤38°C)/ 1-2 dias
	>38°C 2-3 dias
	
Erupção Cutânea
	Segue a partir do quarto dia com 30-50% dos casos
	Segue no 1 ou 2 dia com 90-100% dos casos
	Segue a partir do 2-5 dia com 50% dos casos
	Mialgia
	+++
	++
	+
	Artralgia
	+
	++
	+++
	Intensidade da dor articular
	Leve
	Leve/moderada
	Moderada/intensa
	Edema articular
	Raro
	Frequente e de leve intensidade
	Frequente e de moderada a intensa
	Cefaleia
	+++
	++
	++
	Risco de morte 
	+++
	+
	+++
	Complicações 
	Dengue hemorrágica
	Microcefalia e Guillain-Barré
	-

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