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DISCIPLINA :HISTÓRIA DA ENFERMAGEM (Aula 1) O que é cuidar? Como e quando surgiu a ação de cuidar? Porque temos que saber sobre a história da profissão? Como era a saúde nos períodos da história? A primeira manifestação de cuidado foi o materno instintivo. A preocupação com a conservação da saúde acompanha o homem desde os primórdios. COMER PROTEGER DO CALOR E FRIO DORMIR A SAÚDE no período da pré-história que começou há cerca de 2,5 milhões de anos. Controle do fogo Moravam em cavernas e viviam como nômades. Pré-História As doenças e agravos que não pudessem ser entendidos como resultado direto das atividades cotidianas – quedas, cortes e lesões obtidas durante as caçadas – eram explicados pela ação sobrenatural de deuses ou de demônios e espíritos malignos mobilizados por um inimigo. Pensamento mágico-religioso será responsável pela manutenção da coesão social e pelo desenvolvimento inicial da prática médica. Nas diferentes culturas, o papel da cura estava entregue a indivíduos iniciados: os sacerdotes incas; os xamãs e pajés entre os índios brasileiros; as benzedeiras e os curandeiros na África. A SAÚDE na pré-história: O homem passou, desse modo, de nômade a agricultor e pastor. Originalmente presentes nos animais, diversos microorganismos são, pouco a pouco, adaptados e disseminados entre as populações humanas. Porcos e aves transmitiram a gripe, e o cavalo, o resfriado comum. O armazenamento de alimentos e a concentração dos dejetos nas aldeias aproximaram os vetores do convívio humano. Com o avançar da história... Cultivo da terra e a produção de alimentos permitiram a fixação do homem em sítios próximos de rios e vales férteis Tais práticas permanecem até nos nossos dias Com um forte enraizamento histórico nas mais diferentes culturas, a VISÃO MÁGICO-RELIGIOSA ainda exerce muita influência nas formas de pensar a saúde e a doença na sociedade contemporânea. De um lado, o uso disseminado de chás, o recurso às rezas, benzeduras, simpatias, oferendas e os ritos de purificação, presentes nas diversas crenças e religiões (católica, evangélica, espírita, candomblé entre outras), atestam a força de sua presença na cultura brasileira. PENSAMENTO MÁGICO RELIGIOSO Rompimento com a superstição e as práticas mágicas Surgimento na civilização grega de explicações racionais para os fenômenos de saúde e doença. Medicina hipocrática (460-377 a.C.) Obra de espíritos SAÚDE Resultante do equilíbrio entre o homem e seu meio SAÚDE Período pré-história (5 milhões de anos a 4 mil anos a. C) Idade Antiga Idade Média A Idade Média (500-1500 d.C.) foi marcada pelo sofrimento impingido pelas inúmeras pestilências e epidemias à população. A expansão e o fortalecimento da Igreja são traços marcantes desse período. Ideia de que a posição social de cada indivíduo era escolhida por Deus. Idade Média O cristianismo afirmava a existência de uma conexão fundamental entre a doença e o pecado. Como este mundo representava apenas uma passagem para purificação da alma, as doenças passaram a ser entendidas como castigo de Deus, expiação dos pecados ou possessão do demônio. Consequência desta visão, as práticas de cura deixaram de ser realizadas por médicos e passaram a ser atribuição de religiosos. Idade Média Esta época corresponde ao aparecimento da Enfermagem como prática leiga, desenvolvida por religiosos e abrange o período medieval compreendido entre os séculos V e XIII. Foi um período que deixou como legado uma série de valores que, com o passar dos tempos, foram aos poucos legitimados e aceitos pela sociedade como características inerentes à Enfermagem. A abnegação, o espírito de serviço, a obediência e outros atributos que dão à Enfermagem, não uma conotação de prática profissional, mas de sacerdócio. Renascimento e Reforma Protestante Com a reforma protestante, houve a expulsão das religiosas católicas dos hospitais da Europa. Nos hospitais, não havia praticamente organização, supervisão e a remuneração paga a quem se dispusesse ao trabalho era reduzida, apesar da quantidade de trabalho. A maioria dos hospitais foram fechados o que produziu um déficit de pessoal para o cuidado dos enfermos. Os hospitais passaram a ser vistos e compreendidos como lugares decadentes e de horrores. Renascimento Em 1530, já sopravam os ventos do Renascimento e a transição para a Modernidade O Médico Girolamo Fracastoro expõe sua hipótese sobre o contágio da sífilis, associando-a ao ato sexual. O surgimento de muitas cidades no Norte da Itália e Flandres foi acompanhado de uma importante modificação na organização do regime feudal. A sociedade de cultura rural, marcadamente dividida entre senhores e servos, vê surgir a burguesia, uma classe fundada não mais na posse de terras, mas no Comércio e nas manufaturas. Renascimento A retomada da ciência, o progresso social e intelectual da Renascença e a evolução das universidades não constituíram fator de crescimento para a Enfermagem. Enclausurada nos hospitais religiosos, a enfermagem permaneceu empírica e desarticulada durante muito tempo, vindo desagregar-se ainda mais a partir dos movimentos de Reforma Religiosa e das conturbações da Santa Inquisição. O hospital, já negligenciado, passa a ser um insalubre depósito de doentes, onde homens, mulheres e crianças coabitam as mesmas dependências, amontoados em leitos coletivos. O renascimento ficou caracterizado pelo declínio do poder da igreja, com acentuada preocupação com as coisas mundanas, sem fazer referências a Deus. Reforma protestante Caracterizou-se pelo ascetismo que conduziu a uma renovação das práticas supersticiosas pagãs e pela bruxaria. Divisão entre católicos e protestantes. Renascimento: Desejo de tornar tudo visível!! Leonardo da Vinci Movimento que colocou o homem no centro. Renascimento Sob exploração deliberada, o serviço doméstico - pela queda dos padrões morais que o sustentava- tornou-se indigno e sem atrativos para as mulheres de casta social elevada. Esta fase tempestuosa, que significou uma grave crise para a Enfermagem, permanece por muito tempo e apenas no limiar da revolução capitalista é que alguns movimentos reformadores, que partiram principalmente de iniciativas religiosas e sociais, tentam melhorar as condições do pessoal a serviço dos hospitais. Sairey Gamp, personagem de uma enfermeira pré-Nigthingale criada nas histórias de Charles Dickens, representada como suja, bêbada e maltrapilha, dividindo a sujeira e os leitos com os enfermos. Retrato fiel da enfermeira que se ocupa dos doentes nos hospitais públicos com indiferença, impessoalidade, independentemente de serem ricos ou pobres. Paralelamente a decadência da ENFERMAGEM, no campo da saúde, passam a ser desenvolvidos estudos de anatomia, fisiologia, e de individualização da descrição das doenças, fundada na observação clínica e epidemiológica. A experiência acumulada pelos médicos forneceu elementos para a especulação sobre a origem das epidemias e o fenômeno do adoecimento humano. Renascimento e Reforma Protestante Idade Moderna Com fim do modelo feudal de sociedade e a expansão comercial, as cidades tornam-se cada vez mais importantes econômica e politicamente. Entramos na Idade moderna... Pensamento Mágico Religioso Rompimento com a superstição e as práticas mágicas Medicina hipocrática Doença é Obra de espíritos. Resultante do equilíbrio entre o homem e seu meio SAÚDE Período paleolítico Pré-história Idade Antiga Idade Média “Cegueira religiosa” A saúde deixa de ser exercida por médicos e passa a ser feita por religiosos. Idade Moderna Conexão fundamental entre a doença e o pecado. Declínio. do poder da igreja, com acentuada preocupação com as coisas mundanas, sem fazer referências a Deus. Aumento da ciência e declínio do hospital REFERENCIAS FIOCRUZ. O território e o processo saúde-doença. Disponível em: http://www.epsjv.fiocruz.br/pdtsp/index.php?id=3&prioridade OGUISSO, T. (Org.). Trajetória histórica e legal da enfermagem. 2 ed. Barueri, SP: Manole, 2007. 277 p. Se inteiro em tudo que fazes Fernando Pessoa
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