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MEDULA SUPRA-RENAL FEOCROMOCITOMA Medula supra-renal ◼ Apresenta dois tipos celulares: as células cromafins e as células ganglionares ◼ A estimulação simpática das medulas das adrenais faz com que haja a produção de adrenalina ou noradrenalina; Catecolaminas ◼ Armazenamento - Grânulos densos de elétron; ◼ Secreção - É aumentada por: exercício físico, angina no peito, infarto do miocárdio, hemorragia, cirurgia, anestesia hipoglicemia, etc. - A taxa de secreção de adrenalina é maior que a noradrenalina; Catecolaminas ◼ Efeitos fisiológicos - aumentam a frequência e a força de contração do miocárdio; - regulam a atividade do músculo liso em outros tecido além dos vasos sanguíneos; - aumentam o consumo de oxigênio e a produção de calor; - regulam a mobilização da glicose e das gorduras; - exerce efeitos sobre a excreção renal de água, Na, K, cálcio e fósforo; Feocromocitoma INTRODUÇÃO ◼ Tumores de células cromafins, secretores de catecolaminas e neuropeptídeos; ◼ Manifestação clínica: elevação da P.A; ◼ Prevalência: 0,1‐0,2% nos hipertensos; ◼ 75% dos casos são diagnosticados post-mortem; ◼ Podem ser familiares ou esporádicos (90%) Feocromocitoma Investigação de um paciente hipertenso, considerando os seguintes fatos: 1. Trata-se de uma causa curável de hipertensão; 2. É potencialmente letal; 3. Pode ser maligno; 4. Pode ser hereditário 5. Pode vir associado a outros tumores; Características gerais Epidemiologia ◼ Ocorre em qualquer idade; ◼ 10% dos casos surgem na infância; Localização ◼ Cerca de 90% dos tumores localizam-se nas adrenais; ◼ 10% extra-adrenais (paragangliomas) Tamanho dos tumores ◼ FEO: têm cerca de 100 g e 4,5 cm de diâmetro ◼ Paragangliomas: menos 5cm e pesam entre 20 e 40g ◼ Entre 5% e 10% dos feocromocitomas são malignos e 15 a 35% dos PGL; Substâncias produzidas pelos feocromocitomas ◼ Tumores intra-adrenais secretam adrenalina (ADR) ◼ Tumores maiores produzem noradrenalina (NA); ◼ Tumores apenas produtores de dopamina são raros, comumente associados a malignidade; ◼ Paragangliomas: noradrenalina; ◼ Peptídeos ativos; Manifestações Clínicas ◼ Hipertensão arterial (90%); ◼ Paroxismo é o achado mais característico; Tríade Clássica: - Cefaléia intensa, - Sudorese - Palpitações ► Os paroxismos não ocorrem em todos os pacientes. Manifestações Clínicas Hipertensão arterial ◼ Mostra-se constante ou persistente; ◼ Tende a ser grave e/ou refratária às drogas; ◼ Súbita elevação da P.A pode ocorrer durante manipulação abdominal, indução anestésica, cirurgias ou outros procedimentos invasivos; ◼ FEO produtores apenas de Adr podem cursar com hipotensão; Manifestações Clínicas Alterações metabólicas ◼ Intolerância aos carboidratos (50%); ◼ Diabetes mellitus (10-20%); ◼ Hipercalcemia; Manifestações Clínicas Manifestações atípicas ◼ Edema pulmonar; ◼ Perda de peso; ◼ Febre de origem indeterminada; ◼ Constipação simulando pseudo-obstrução ou íleo paralítico; ◼ Paragangliomas na bexiga: hematúria; ◼ Crianças: sudorese, alterações visuais, perda de peso, polidipsia, poliúria e convulsões; Quem deve ser rastreado para Feocromocitoma? ◼ Hipertensos jovens; ◼ Hipertensos refratários ao tratamento; ◼ Paroxismos; ◼ História familiar de feocromocitoma ou MEN; ◼ Labilidade pressórica; ◼ Hipotensão ortostática sem fator causal evidente; ◼ Choque ou graves respostas pressóricas; Diagnóstico laboratorial ◼ Métodos diagnósticos necessitam de alta sensibilidade ◼ Catecolaminas plasmáticas e urinárias; ◼ Urina pode-se dosar as catecolaminas livres e seus dois principais metabólitos: as metanefrinas e o ácido vanilmandélico (VMA); ◼ Padrão secretor dos tumores Tumores: <50g catecolaminas → + no plasma >50g metanefrina → + na urina Diagnóstico laboratorial Metanefrinas urinárias totais (metanefrina e a normetanefrina) ◼ Amostra: urina 24hs ◼ Amostra isolada de urina: logo após a crise; ◼ Resultados falso-positivos: clorpromazina, benzoadiazepínicos, inibidores da monoaminoxidase (MAO), propranolol; Diagnóstico laboratorial ◼ Ácido vanilmandélico (VMA) - Alta frequência de falso-positivo e falso-negativo; ◼ Catecolaminas livres urinárias - noradrenalina, adrenalina e dopamina, dosadas por cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC), ◼ Catecolaminas plasmáticas (CP) - Valores normais de CP descartam o diagnóstico de FEO em pacientes hipertensos, ou durante a “crise” Diagnóstico laboratorial Metanefrinas livres plasmáticas (MLP) ◼ Método de rastreamento ideal para o diagnóstico bioquímico do FEO, devido a sua maior sensibilidade; ◼ Vantagens das MLP: 1- níveis elevados de MLP são produzidos independentemente da liberação de catecolaminas pelos tumores, 2- alguns FEO não secretam catecolaminas, mas as metabolizam em metanefrinas livres. Testes farmacológicos Testes provocativos ◼ Antes utilizados, os testes provocativos não são mais recomendados em virtude do grande risco de desenvolverem crise adrenérgica. Testes de supressão ◼ O teste mais utilizado é o da clonidina. Está indicado quando metanefrinas livres plasmáticas basais estiverem discretamente elevadas Teste de supressão Teste da clonidina ◼ Indicação: - pacientes com catecolaminas plasmáticas entre 1.000 e 2.000 pg/ml; ◼ Indivíduos normais: - níveis caem para menos de 500 pg/ml, 2 a 3hs após a ingestão de 0,3 mg da droga; Localização do Tumor Uma vez confirmado bioquimicamente o FEO/PGL, deve-se proceder à avaliação por imagem para localização do tumor. Nunca se deve fazer o caminho inverso. ◼ Ressonância magnética (RM); ◼ Tomografia computadorizada; ◼ Cintilografia com meta-iodobenzilguanidina (MIBG) ◼ Cateterismo venoso ◼ Uso de drogas; ◼ Hipoglicemia; ◼ Hiperventilação; ◼ Tirotoxicose; ◼ Menopausa; ◼ Síndrome de abstinência alcoólica; ◼ Ansiedade, pânico, psiconeurose e tensão; ◼ Ingestão excessiva de cafeína; Tratamento clínico ◼ Retirada cirúrgica do tumor após a estabilização pré-operatória ; Terapia ◼ Alfabloqueadores - Fenoxibenzamina, prazosina ◼ β-bloqueadores (somente após alfa-bloqueio) - Propanolol, metoprolol, labetalol; Feocromocitoma na gravidez ◼ Alta mortalidade (58%); ◼ Cirurgia deve ser realizada de preferência antes da 20a ou da 24a semana de gestação; ◼ Após esse período, deve-se tentar o tratamento medicamentoso, dependendo do status materno; ◼ Indicação de cesariana e retirada do tumor; ◼ Parto vaginal esta contra-indicado; Prognóstico ◼ 75% dos pacientes tornam-se normotensos; ◼ Pacientes com feocromocitoma associado a NEM, o envolvimento da outra adrenal ocorre em 50% dos casos dentro de 10 anos, ◼ Recidiva em 5 a 10% dos pacientes considerados curados pela cirurgia; ◼ Sobrevida de 97% em cinco anos p/ tumores benignos e 44% p/ os malignos;
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