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ANESTESIA EM ENDOCRINOPATAS

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Faculdade Anhanguera de São José 
Curso de medicina veterinária 
Disciplina de Anestesiologia aplicada à medicina veterinária 
Professor Regis Bergamaschi 
Graduandos (as) : Carolina Ribeiro de Souza 
 Emily Menezes 
 Gabriela Horstmann 
 
7 fase noturno 
 
 
 
 
 
 
ANESTESISTA EM ENDOCRINOPATAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São José , 27 de maio de 2022 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
Este presente trabalho tem por objetivo apresentar as complicações anestésicas, e cuidados a serem 
tomados diante do uso de algumas medicações em pacientes portadores de patologias endócrinas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Diabetes mellitus 
 
Diabetes mellitus (DM) é uma doença endócrina crónica que ocorre nos cães e nos gatos. É 
caracterizada por um aumento de açúcar no sangue (hiperglicémia) e resulta de uma 
deficiência em produzir insulina suficiente para as necessidades do animal, ou numa 
incapacidade de utilização da insulina (raro). Os sintomas mais frequentes num animal com 
diabetes são perda de peso, aumento da ingestão de água, aumento do apetite, e aumento 
da frequência urinária. Por vezes surgem complicações como o aparecimento de cataratas, 
pancreatite, infecções, etc. Estes riscos estão diminuídos se a doença for bem controlada. A 
diabetes não tem cura, mas pode ser tratada com sucesso. 
Hiperglicemia: 
• ⬆ incidência de complicações e mortalidade 
• Disfunção endotelial 
• Sepse pós operatória 
• Atraso da cicatrização 
• Isquemia cerebral 
MANEJO PRÉ ANESTÉSICO: 
• -Minimizar hipoglicemia não deixar ⬇ de 70mg/DL 
• - Evitar hiperglicemia 
• - Protocolo que permita rápida recuperação 
• - manter equilíbrio eletrolítico 
• - Período de jejum curto: 4-8h 
• ½ da porção, consistência pastosa. 
Fármacos: 
• Com curta duração e reversível 
• Acepromazina contra indicado por não ter reversor e ter ⬆ duração 
• Benzodiazepínicos e opióides ✔️ 
• Agonista alfa 2 adrenérgico: inibe secreção de insulina 
• ANALGESIA MULTIMODAL 
• Propofol e etomidato podem ser usados em diabéticos. 
• ketamina e tiletamina: não indicado. 
• Anestésicos voláteis podem causar hiperglicemia. 
 
INSULINOMA 
Insulinomas são tumores malignos que tem origem no pâncreas nas células beta das Ilhotas 
de Langerhans. É uma neoplasia endocrinamente ativa com alto grau de metástases que 
secretam quantidades excessivas de insulina no organismo causando hipoglicemia. A síntese 
e secreção de insulina são estimuladas por elevados níveis de glicose sérica e inibidas pela 
redução da glicemia sistêmica. Entretanto, a patologia do Insulinoma não obedece a essa 
dinâmica de controle, secretando altas doses do hormônio mesmo em períodos 
hipoglicêmicos. Com isso, não há glicose suficiente disponível para os tecidos e o sistema 
nervoso é o primeiro a sofrer os efeitos. Os sinais clínicos mais observados são ataxia, 
convulsões, paresias, paralisias, dentre outros inespecíficos. Ao exame clínico, não são 
detectadas alterações sugestivas da doença sendo a hipoglicemia, na maioria dos casos, a 
única alteração encontrada. 
A cirurgia de pancreatectomia parcial é o tratamento de escolha, pois a ressecção do tumor 
permite o diagnóstico definitivo e reduz a sintomatologia clínica causada pela 
hiperinsulinemia sistêmica. Alguns fármacos são utilizados para o tratamento do tumor, 
entretanto podem desencadear distúrbios endócrinos ou de toxicidade aos diferentes órgãos. 
A expectativa de vida dos cães com Insulinoma é baixo e está relacionada com a extensão do 
tumor, presença de metástases, tratamentos terapêuticos adotados, resposta do paciente à 
terapia, doenças concomitantes, complicações decorrentes do procedimento cirúrgico ou da 
administração dos diferentes fármacos. 
INSULINOMA MANEJO PRÉ ANESTÉSICO: 
• - Manejo clínico prévio 
• - jejum <10h 
• - Monitorar glicemia (50 -60 mg/dl) 
• - sem sinais 30-40 mg/Dl 
• Tremores, taquicardia, fraqueza, convulsão 
• glicose oral/IV 2,5- 5% 
• - Mensurar glicemia a cada 30-60 min, especialmente na manipulação do tumor 
• - Evitar hiperglicemia 
INSULINOMA MANEJO ANESTÉSICO: 
• - Opióides agonistas totais: morfina, metadona, fentanil, remifentanil. Via sistêmica 
ou epidural 
• - Agonistas alfa 2 adrenérgicos controversos. 
PÓS ANESTÉSICO: 
• Hipoglicemia por estimulação do tumor 
• pancreatite por manipulação do pâncreas 
• Hiperglicemia pós operatória. 
 
 
 HIPOTIROIDISMO 
Hipotireoidismo é uma endocrinopatia comum em cães causada por insuficiente produção e 
secreção de hormônios tireoideos. A maioria dos cães afetados tem o hipotireoidismo 
primário que resulta da tireoidite linfocítica, atrofia idiopática da tireóide ou, mais raramente, 
de destruição neoplásica. O hipotireoidismo secundário resultante da inadequada secreção 
da tireotrofina (hormônio tireotrófico – TSH) pela glândula pituitária é menos reconhecido. O 
hipotireoidismo terciário resultante da deficiência do hormônio liberador de tiroxina (TRH) 
pelo hipotálamo não tem sido documentado em cães. O diagnóstico do hipotireoidismo em 
cães é feito com base nos sinais clínicos, resultados da rotina laboratorial, testes da função 
da glândula tireóide e resposta a reposição dos hormônios da tireóide. Infelizmente, os testes 
têm alta sensibilidade mas baixa especificidade para uso no diagnóstico de hipotireoidismo. 
A suplementação do hormônio tireóideo é indicada para o tratamento do hipotireoidismo 
confirmado e para tentativa de diagnóstico de hipotireoidismo por meio da resposta clínica à 
terapia. 
MANEJO ANESTESICO: 
• Avaliação do paciente 
• OBESIDADE? : 
• ⇩ complacência torácica ,Atelectasia por compressão, Hipoventilação , ⇩ a hipoxemia 
e hipercapnia 
• CARDIOVASCULAR? Disfunção sistólica bradiarritmias, ⇩ DC, ⇩ FC, ⇩ PA, ⇩ 
Contratilidade 
• Retardo do esvaziamento gástrico = 
• Regurgitação e aspiração 
• metoclopramida 0,1 - 0,5 mg/kg IV ou IM 
• Ranitidina 0,5 - 2mg/ Kg – IV 
• RESPOSTA ALTERADA AOS FÁRMACOS? Metabolismo lento, ⇧ tempo do fármaco. 
• Usar fármacos de ⇩ duração com revertor ex: acepromazina contra indicado 
• Evitar inotrópicos negativos como halotano, adrenérgicos e ⇧ doses. 
Pós anestésico: 
• Metabolismo lento - recuperação demorada 
• Manter oxigenação ⇧ que 94% 
• Braquicefálicos/ obesos extubar no momento de reflexo ⇧ segurança 
• Máscara de oxigênio 
• Ver se não tem conteúdo na cavidade oral e aspirar. 
 
 
 
 
 HIPERTIROIDISMO 
O hipertireoidismo, também denominado tireotoxicose, é uma doença endócrina 
comumente diagnosticada em gatos e menos comum em cães. Constitui no aumento 
da concentração dos hormônios tireoidianos (T3 e T4) na circulação. Esses 
hormônios são reguladores das diversas atividades metabólicas do organismo. Não 
se sabe ao certo qual a origem da patologia, mas acredita-se que fatores genéticos, 
nutricionais e ambientais possam estar envolvidos. Os fatores nutricionais incluem 
rações com quantidade insuficiente de iodo, utilização de soja como fonte protéica e 
pesquisas demonstraram que o bisfenol, encontrado em latas tipo pop-top (abre fácil) 
podem ter envolvimento com o aumento dos níveis de hormônios da tireóide. Em 
cães, muitos relatos estão associados a neoplasias tireoidianas ou hipofisárias 
(hipertireoidismo secundário), que produzem ou estimulam a produção dos 
hormônios da tireoide. 
Pré anestésico: 
• Estabilização prévia; Evitar consumo de O2 excessivo 
• Evitar eventos de hipotensão, taquicardia e arritmias. Perda de peso 
(caquexia) Hipertermia pré anestésica 
• Hipotermia trans e pós anestésica 
• vasodilatação periférica: induzida por t3 
Suporte pós anestesia: 
• Analgesia 
• Monitoração por 48h 
• Suplementação de O2, conforme necessidade 
• Saturação ⇧ 94%, cuidar temperatura 
• PA;FC; Arritmias Crise tireotóxica ⇧ comum 6- 18h pós anestésico Evitar estresse. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 HIPERADRENOCORTICISMO 
O Hiperadrenocorticismo, ou síndrome de Cushing, é a doença hormonal mais diagnosticada 
em cães. Consiste em uma condição na qual há um excesso de produção de hormônio cortisol 
pela glândula adrenal (supra renal). 
O cortisol é um hormônio esteróide, ou seja, tem como origem uma molécula de colesterol. 
Por isso, animais que fazem uso de corticoide, de acordo com sua sensibilidade, dose da 
medicação utilizada e duração do tratamento, podem manifestar os sinais da doença. Essa 
condição recebe o nome de hiperadrenocorticismo iatrogênico. 
Os sinais mais frequentes dessa doença são: poliúria (aumento da frequência e volume de 
urina); polidipsia (aumento de ingestão de água); polifagia (aumento do apetite); ganho de 
peso; alterações dermatológicas, como rarefação dos pelos, pele fina com evidenciação de 
vasos, lesões de pele descamativas e/ou piodermites; abaulamento do abdômen; atrofia de 
musculatura; tremores dos membros. 
 
As alterações laboratoriais normalmente encontradas são: aumento da fosfatase alcalina, 
aumento do número de plaquetas, aumento de ALT e GGT (enzimas hepáticas). 
Hiperlipidemia (aumento de triglicérides e colesterol). No exame físico comumente há 
aumento de pressão arterial sistêmica e hiperglicemia. 
Pré anestésico: 
• Estabilização 
• Monitorar eletrólitos 
• Fluidoterapia prévio ao procedimento 
• ⇩ volume plasmático, ⇩ retorno venoso 
• Cuidados com a pele 
• ⇧ Risco de tromboembolismo terapia antitrombótica: Heparina 35 ui/kg SC 
Manejo anestésico: 
• Fármacos de curta duração e reversível 
• ⇩ riscos de hipoventilação 
• Evitar decúbito prolongado 
• Evitar sedação em excesso 
• Usar opióides + benzodiazepínico 
• Dexmedetomidina em ⇩ doses 1-3 mcg/ kg Im ou infusão continua 
• Anestesia loco regional 
 
 
 
 
 
 TRATAMENTO CIRURGICO : ADRENALECTOMIA 
Após a adrenalectomia, o estado de hidratação do paciente e o equilíbrio eletrolítico devem 
ser monitorados cuidadosamente e corrigidos, se houver necessidade. 
Após a alta medica devem os tutores devem ser avisados para observar sinais de mal-estar, 
inapetência, vômito, fraqueza e outros sinais clínicos sugestivos de descompensação. 
Os glicocorticoides devem ser suplementados no pós-operatório quando necessário, mas 
devem ser descontinuados quando a função da adrenal remanescente retornar à 
normalidade, conforme indicação dos resultados do teste de estimulação de ACTH. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERENCIAS 
 
Anestesia em Endocrinopatas – VETNAR 
https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/178876/001067226.pdf?sequence=1 
https://www.scielo.br/j/abmvz/a/fg3dPSFVfxV9YytCMR5LHqz/ 
http://www.tecsa.com.br/assets/pdfs/Insulinoma%20em%20Caes.pdf 
https://www.hospitaldosanimais.com/patologias-e-cuidados/geral/diabetes-
mellitus#:~:text=Diabetes%20mellitus%20(DM)%20%C3%A9%20uma,utiliza%C3%A7%C3%A
3o%20da%20insulina%20(raro). 
https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/119150/freitas_ma_tcc_botfmvz.pdf
?sequence=1 
www.petlove.com.br/conteudo/saude/doencas/hipertireoidismo#:~:text=O%20hipertireoid
ismo%2C%20também%20denominado%20tireotoxicose,diversas%20atividades%20metabóli
cas%20do%20organismo. 
https://centrovet.bhz.br/endocrinologia/hiperadrenocorticismo/ 
 
 
 
https://vetnar.com.br/courses/anestesia-em-endocrinopatas/
https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/178876/001067226.pdf?sequence=1
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http://www.petlove.com.br/conteudo/saude/doencas/hipertireoidismo#:~:text=O%20hipertireoidismo%2C%20também%20denominado%20tireotoxicose,diversas%20atividades%20metabólicas%20do%20organismo
http://www.petlove.com.br/conteudo/saude/doencas/hipertireoidismo#:~:text=O%20hipertireoidismo%2C%20também%20denominado%20tireotoxicose,diversas%20atividades%20metabólicas%20do%20organismo
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https://centrovet.bhz.br/endocrinologia/hiperadrenocorticismo/
	Diabetes mellitus

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