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EXCELENTISSÍMO(A) SENHOR(A) DESEMBARGADOR(A) PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO ALFA. MARIA (Espólio de Marcos), brasileira, solteira, doméstica, RG: 0407854-8 e CPF 005.847.654-98, residente e domiciliada na Rua Coelho Rezende, vem, respeitosamente à presença de Vossa Excelência, inconformada com a decisão de fls. 70,71,72, proferida pelo MM. Juiz da Vara 1º da comarca de Manaus/Am, nos autos do processo n°0000549-26.20109.5.06.88782-3, que move em face do ESTADO ALFA, pessoa jurídica de direito público interno, com sede à Rua Desembargador João Machado, por intermédio de seu advogado ao final assinado, constituído nos termos do instrumento de procuração em anexo, interpor o presente, AGRAVO DE INSTRUMENTO C/C PEDIDO DE EFEITO SUSPENSIVO Com respaldo no art.995, parágrafo único do CPC c/c art.1015.inc.IX do CPC pelas seguintes razões anexas. I- Do preparo art.1007, caput do CPC c/c art. 1.017, §1° do CPC. O Agravante acosta o comprovante de recolhimento do preparo, cuja guia, corresponde o valor de 7.542,00 atende a tabela de custas deste tribunal. II- Da tempestividade O presente agravo de instrumento é tempestivo visto que a publicação da decisão ocorreu em 16/09/2019, assim o prazo de 15 dias úteis para interposição do recurso termina no dia 04/10/2019. III- O advogado do Agravante: Juvenal Santana OAB/AM 17.000 com escritório na rua André Araújo, Adrianópolis, Manaus-AM, e-mail juvenal@gmail.com Advogado do agravado: Pedro Gomes, defensor público do Estado do Amazonas, sede da defensoria pública, localizada na rua Duque de Caxias, bairro Adrianópolis 1.547, Manaus-AM. O agravante junta cópia integral dos autos, declarada autêntica por seu advogado nos termos do art. 425, inciso V do CPC, e, entre elas, encontram-se as seguintes peças obrigatórias: Cópia da decisão agravada fls. 70,71,72. Cópia de certidão da intimação da decisão agravada ou outro documento que comprove a tempestividade fls. 73. Cópia da procuração outorgada ao advogado fls. 76,77 Contestação do agravante fls.15,16,17,18 Diante disso pleiteia-se o processamento do presente recurso, sendo o mesmo distribuído a umas das câmaras cível do tribunal de justiça art.1.016 do CPC, para que seja inicialmente, e com urgência submetido para análise do pedido de efeito suspensivo ao recurso art.1.019, inciso I. Manaus, 01 de outubro de 2019 Pede deferimento, ___________________________ _____________________ Bruna Karla Cristina Anunciação Prado OAB/AM 10.564 OAB/AM 11654 ___________________________ _____________________ Elaine Cavalcante Do Carmo Frederico Rodrigues OAB/8.4067 OAB Razões do Agravo de instrumento Doutores Desembargadores A respeitável decisão interlocutória agravada merece ser reformada, visto que, proferida em confronto com os interesses do agravante em situação de risco pela inflexibilidade do agravado. Autos do processo: n° 0000549-26.20109.5.06.88782-3 Foro de Manaus/AM 08° Cível Agravante: Maria Agravado: Estado Alfa Alberto foi aprovado na fase inicial do concurso público para o cargo de médico de hospital estadual, ocorre que, submetido a exames médicos, constatou-se a existência de tatuagem em suas costas. Alberto, então foi eliminado do concurso, com a justificativa de que o cargo de médico não era compatível com indivíduos portadores de tatuagens, conforme provas em anexo. Alberto então ajuizou ação ordinária em face do Estado do Amazonas com pedido de liminar, na qual requereu a anulação do ato administrativo que o eliminou do concurso público e que fosse deferida a possibilidade de realizar as demais etapas do concurso. Com vaga reservada, o juízo de 1° instância indeferiu o pedido de liminar com a justificativa de que a administração pública possui poder discricionário para decidir quais são as restrições aplicáveis àqueles que pretendem se tornar médicos no âmbito do estado, de forma que o autor deve provar que a decisão foi equivocada. DA NECESSIDADE DE PROVER O EFEITO SUSPENSIVO Os requisitos autorizadores para a concessão de prover efeito suspensivo estão devidamente comprovados. A probabilidade do direito demonstra-se pela pacífica orientação dos tribunais superiores no sentido de que o artigo 37, parágrafo 6º, da Constituição Federal, não permite a denunciação à lide em demandas propostas contra a Administração Pública fundadas em responsabilidade civil. Já o perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo demonstra-se pela flagrante possibilidade de se trazer aos autos nova parte processual com nova discussão atrasando sobremaneira o resultado final da lide. Assim, presentes os requisitos autorizadores, requer-se, com base nos artigos 1.019, inciso I do CPC, a concessão de efeito suspensivo para rejeitar a denunciação à lide do Servidor Agenor proposta pelo Estado ALFA. Do Direito O descabimento da intervenção de terceiro no caso, pois viola os princípios da efetividade e da celeridade processuais, postos no Art. 5º, inciso LXXVIII, da CRFB/88, bem como a finalidade de economia processual e de harmonia de julgados sobre a denunciação da lide, previstas no Art. 125, inciso II, do CPC, na medida em que: O Art. 37, § 6º, da CRFB/88 atribui responsabilidade civil objetiva ao Estado, no caso caracterizada pelo dever de guarda que o Poder Público tem sobre os alunos nos respectivos estabelecimentos de ensino e responsabilidade subjetiva aos servidores que, nessa qualidade, tenham dado causa ao dano mediante culpa ou dolo Introduzirá na demanda fundamento novo, qual seja a apuração do elemento subjetivo da conduta do servidor (Agenor), desnecessária à solução da lide principal, entre Maria e o Estado, certo que o processo está pronto para julgamento, considerando que os fatos são incontroversos e não há pedido de produção de prova que importe em dilação probatória por qualquer das partes; Impõe-se ação autônoma para a discussão de fundamento que não consta da pretensão veiculada na lide principal, considerando que Maria (autora) optou por demandar exclusivamente o Estado, cuja responsabilidade independe de demonstrar-se o elemento subjetivo; Inexiste prejuízo para eventual ajuizamento futuro de ação de regresso pelo Estado, dirigida a Agenor, considerando que a denunciação da lide não é obrigatória no caso. Quanto aos pedidos, deve ser formulado pedido de efeito suspensivo, na forma do Art. 1.019, inciso I, do CPC/15, diante do relevante fundamento fático e jurídico e pela possibilidade de causar gravame de difícil reparação ao andamento do processo. DO PEDIDO Diante do exposto requer: 1) Defira pedido de pedido de liminar pleiteada; 2) reforma da decisão que admitiu a denunciação da lide, a fim de que o denunciado seja excluído da demanda; 3) a intimação da parte agravada para apresentar contrarrazões; 4) condenação em custas e honorários advocatícios. Pede deferimento, Manaus, 01 de outubro de 2019 ___________________________ _____________________ Bruna Karla Cristina Anunciação Prado OAB/AM 10.564 OAB/AM 11654 ___________________________ _____________________ Elaine Cavalcante Do Carmo Frederico Rodrigues OAB/8.4067 OAB/9.0456
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