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Relações Estratigráficas e Unidades Litológicas

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RELAÇÕES ESTRATIGRÁFICAS 
 
 
 
Wheeler e Mallory (1956) introduziram o termo litossoma para referir massas de rochas de 
caracter essencialmente uniforme e tendo ou não relacionamento interdigitado com massas 
adjacentes de litologias diferentes. Assim nos falamos de litossoma de folhelho, litossoma de 
calcário etc. 
Uma parte importante da litoestratigrafia é a identificação e entendimento da natureza dos 
contatos entre corpos adjacentes verticais e laterais. Outro aspecto importante é a identificação de 
litossomas simples, grupos de litossomas ou subdivisões de litossomas, que são tão distintos que 
formam unidades litoestratigráficas diferentes de outras unidades que jazem acima, abaixo ou são 
adjacentes. 
O objetivo da maioria do trabalho estratigráfico é sintetizar numerosas seções medidas em 
mapas e seções geológicas que representem a paleogeografia e história da terra registrada nos 
sedimentos. É extremamente importante que seja aprendido o uso máximo de observações 
referentes ao relacionamento sequencial dentro das seções estratigráficas medidas. 
A rigor, não existe sedimentação contínua. Se realmente existisse sedimentação contínua, 
seguramente não existiriam planos de estratificação. Em geral, os planos de acamamento 
representam interrupções menores nas condições deposicionais. Na realidade, muitas áreas 
podem ser caracterizadas por padrões de sedimentação extremamente episódica e em geral o 
registro geológico é mais ausência do que registro material. Não considerando a estratificação 
como interrupção na deposição, tem-se a separação de elementos maiores como as unidades 
litológicas. 
Unidades litológicas são separadas umas das outras por contatos, que podem ser superfícies 
mais ou menos planas ou irregulares entre diferentes tipos de rochas. Estratos superpostos 
verticalmente são considerados concordantes ou discordantes, dependendo se existe 
continuidade ou descontinuidade na deposição. Estratos com contatos concordantes são 
caracterizados por sequências deposicionais contínuas, geralmente depositadas em ordem 
paralela, em que cada camada é formada uma acima da outra por deposição mais ou menos 
ininterrupta sob as mesmas condições gerais. 
A superfície que separa estratos concordantes é uma concordância., isto é, uma superfície que 
separa camadas mais jovens de camadas mais velhas, ao longo da qual não há evidência física de 
não deposição ou erosão. Um contato concordante significa que não houve quebra significativa ou 
hiato na deposição. 
Estratos discordantes são estratos, em uma seqüência vertical, que não sucedem rochas 
subjacentes em imediata ordem de idade. Os contatos entre tais estratos são chamados 
discordâncias. Uma discordância é uma superfície de erosão ou não deposição, separando estratos 
mais novos de rochas mais velhas, que representa um hiato significativo. Discordâncias indicam 
uma falta de continuidade em deposição e correspondem a períodos de não deposição, 
intemperismo ou erosão, subaérea ou subaquática, antes da deposição de estratos mais jovens. 
Discordâncias assim representam uma quebra substancial no registro geológico que pode 
corresponder a períodos de erosão ou não deposição com duração de milhões ou centenas de 
milhões de anos. 
Contatos estão presentes também entre litossomas lateralmente adjacentes. Esses contatos são 
formados entre unidades de rochas de idades equivalentes que desenvolveram litologias diferentes 
devido a diferentes condições no ambiente deposicional. 
2 
 
 
 
 
CONTATOS CONCORDANTES 
 
Contatos entre estratos concordantes podem ser abrupto ou gradacional. Contato abrupto 
ocorre como resultado de rápida mudança em litologia. A maioria dos contatos abruptos coincide 
com planos de acamamento primário que se formaram como resultado de mudanças locais nas 
condições deposicionais. É sempre interessante verificar se ao nível de um contato abrupto existe 
ou não uma discordância, as somente determinada com o auxílio da paleontologia. 
As quebras deposicionais menores, envolvendo somente pequenos hiatos na sedimentação 
com pequena ou nenhuma erosão antes de reassumir a deposição, são chamados diastemas. Os 
diastemas não são suceptíveis de mensuração individual, mesmo qualitativamente. O intervalo 
perdido é demasiadamente curto para ser refletido nas mudanças evolutivas dos fósseis associados 
Contatos abruptos podem ser causados também por alteração química pós-deposicional das 
camadas, produzindo mudanças na cor devido à oxidação ou redução de minerais contendo ferro, 
mudanças no tamanho dos grãos devido à recristalização ou dolomitização, ou mudanças na 
resistência ao intemperismo devido à cimentação pela sílica ou minerais carbonáticos. 
Contatos concordantes são ditos gradacionais se a mudança de uma litologia para outra é 
gradual, refletindo mudança gradual nas condições deposicionais com o tempo. Contatos 
gradacionais podem ser do tipo gradual progressivo ou do tipo intercalado. 
Contatos graduais progressivos (A) ocorrem onde uma litologia grada para outra através de 
mudanças, mais ou menos uniformes em tamanho de grão, composição mineralógica ou outra 
característica. Exemplos incluem unidades de arenito que tornam-se progressivamente com 
granulação mais fina ascendentemente até mudarem para argilas, ou quartzitos que tornam-se 
progressivamente enriquecidos em fragmentos líticos até mudarem para arenitos líticos. 
Contatos intercalados (B) são contatos gradacionais que ocorre devido a um número 
crescente de intercalações de outra litologia que aparece ascendentemente em uma seção. 
 
3 
Figura 1. A contato vertical abrupto, B contato vertical gradual progressivo, C contato vertical 
gradual intercalado. 
 
CONTATO ENTRE LITOSSOMAS LATERALMENTE ADJACENTES 
 
Unidades estratigráficas também têm contatos laterais finitos. Elas não se estendem 
indefinidamente, mas eventualmente terminam como resultado de erosão ou abruptamente contra 
outra superfície ou mais gradualmente mudando para outra litologia. 
 Uma mudança lateral pode ser acompanhada por (A) progressivo adelgaçamento ou 
acunhamento (pinchout) da unidade até a sua extinção; desmembramento lateral de uma 
unidade litológica em muitas subunidades delgadas que interdigitam-se e (B) extinguem-se 
independentemente (interdigitação) ou (C) gradam progressivamente para a outra unidade 
adjacente. 
 
 
Figura 2. Exemplos esquemáticos de contatos laterais entre formações por 
acunhamento, interdigitação e gradação. 
 
4 
 
Figura 3. Contatos laterais por acunhamento (a, b, e c), interdigitação ( d ) e gradacional (e). 
 
 
CONTATOS DISCORDANTES 
 
O registro geológico apresenta mais interrupções na sedimentação do que continuidade na 
sedimentação. A rigor, cada superfície de estratificação é uma quebra na sedimentação. Não existe 
local algum onde o registro geológico é completo. Em qualquer lugar onde se estudaram 
sequências sedimentares, elas são interrompidas por tais descontinuidades. Os intervalos perdidos 
variam em magnitude desde um par de zonas fossilíferas a eras inteiras 
Uma discordância é uma grande descontinuidade no registro geológico, formada quando 
a deposição cessou por um tempo considerável ou quando um seção previamente 
depositada foi erodida. A magnitude da discordância é medida pelo intervalo total de tempo para 
o qual não há registro sedimentar. O tempo representado lateralmente por uma certa discordância 
varia lateralmente, decrescendo comumente em direção à bacia sedimentar ou depocentro que 
recebeu o material erodido durante a produção da discordância. Neste caso, a discordância pode 
desaparecer completamente no meio de uma bacia sedimentar. Em geral nas bordas das bacias 
ocorrem muitomaior número de discordâncias que nos seus centros devido as oscilações relativas 
do nível do mar que expõem episodicamente as margens das bacias. 
Como anteriormente mencionado, as superfícies que separam estratos discordantes são 
chamadas discordâncias. Quatro tipos de discordâncias - (1) discordância angular, (2) 
5 
discordância erosional, (3) discordância paralela e (4) discordância litológica - são 
reconhecidas na base da presença ou ausência de um relacionamento angular entre os estratos 
discordantes, a presença ou ausência de uma marcada superfície erosional separando os estratos e 
a natureza das rochas subjazendo a superfície de discordância. Os três primeiros tipos de 
discordância envolvem rochas de mesma natureza sedimentar. O quarto tipo envolve rochas 
sedimentares com rochas ígneas e metamórficas. As discordâncias podem ter caracter local ou 
regional, quando ocorrem em áreas de dezenas ou centenas de quilômetros. 
 Contato estrutural é a situação em que os estratos são terminados lateralmente por falhas ou 
intrusões ígneas (contato quente). 
 
DISCORDÂNCIA ANGULAR é o tipo de discordância na qual sedimentos mais novos 
descansam sobre uma superfície de rochas inclinadas ou dobradas; isto é, as rochas mais antigas 
mergulham com ângulo mais inclinado que as rochas mais jovens. Algumas discordâncias 
angulares são claramente visíveis em um único afloramento. Entretanto, discordâncias regionais 
entre unidades estratigráficas com baixo ângulo podem requerer mapeamento detalhado para que 
seja possível detectar a presença da discordância. As discordâncias angulares indicam que houve 
tectonismo e erosão antes da deposição de estratos mais novos. 
 
DISCORDÂNCIA EROSIVA OU EROSIONAL é aquela em que as camadas acima e abaixo da 
superfície de discordância são essencialmente paralelas e o contato entre camadas mais novas e 
mais velhas é marcado por uma superfície erosiva irregular. Estas discordâncias são mais 
facilmente reconhecidas por suas superfícies erosivas, que podem ter relevo de até dezenas de 
metros. Discordâncias erosivas como angulares podem ser reconhecidas por zonas de solos 
"fósseis" ou por conglomerados basais, com seixos de material da unidade subjacente. Estas 
discordâncias são formadas durante um período de erosão ocasionada pelo rebaixamento do nível 
do mar ou elevação epirogenética do terreno antes da retomada da sedimentação. Em muitos casos 
não representa tectonismo antes da deposição das camadas mais jovens. 
 
DISCORDÂNCIA PARALELA é uma discordância obscura na qual as camadas acima e abaixo da 
discordância são paralelas (não há angularidade) e na qual não é visível nenhuma superfície 
erosional ou outra evidência de discordância. O contato pode parecer apenas como um plano de 
acamamento. Discordâncias paralelas não são facilmente reconhecidas e devem ser identificadas 
na base de ausência de estratos conforme determinado por evidência paleontológica tal como 
ausência de zonas faunísticas na seção. 
6 
 
FIGURA 4. Tipos de discordância descritos no texto. A discordância angular; B 
discordância erosional; C discordância paralela; D discordância litológica. 
 
DISCORDÂNCIA LITOLÓGICA é uma discordância desenvolvida entre rochas sedimentares e 
rochas ígneas ou metamórficas que se expuseram à erosão antes de serem cobertas por rochas 
sedimentares. 
As discordâncias indicam que um evento geológico importante ocorreu durante o período 
representado pela discordância - um episódio de soerguimento ou tectonismo e erosão, ou um 
período extenso de não deposição ou abaixamento do nível do mar. 
DIASTEMA: Ausência de registro estratigráfico que pode ser de dois tipos: vacuidade erosiva 
(registro destruído pela erosão) e hiato (registro jamais materializado por camadas sedimentares). 
Na prática é muito difícil distinguir esses dois casos. O termo diastema é aplicado geralmente para 
pausas ou quebras (temporais) muito pequenas na sedimentação com pequena ou nenhuma 
erosão antes da retomada da sedimentação. Weller (1960) diz que "qualquer descontinuidade 
estratigráfica menor não considerada suficientemente importante para ser uma discordância pode 
ser denominada de diastema". Não ocorre mudança faunística ou florística em ambos lados da 
quebra. 
Barrel (1917) foi quem primeiro cunhou o termo diastema para as inumeráveis pequenas 
quebras estratigráficas (quebras temporais) freqüentemente tão obscuras quanto irreconhecíveis, 
mas que devem existir entre muitos planos de estratificação. Barrel empregou o termo 
originalmente para estratos marinhos, mas desde o início de sua utilização tem sido usado em 
qualquer ambiente de sedimentação. 
7 
 
 
DIFERENÇAS ENTRE DIASTEMAS E DISCORDÂNCIAS 
 
Como visto claramente por James Hutton, uma discordância registra uma mudança nas 
condições gerais de deposição, comumente envolvendo, pelo menos, soerguimento regional ou 
abaixamento do nível do mar seguidos por erosão e as vezes perturbação tectônica e ou 
metamorfismo das rochas que se formaram antes da quebra da sedimentação. Diastemas ao 
contrário, são quebras pequenas resultantes de mudanças normais que ocorrem sem mudança 
básica no regime geral. A distinção é semelhante entre o regime e o estágio de um rio, ou aquela 
entre clima e tempo. O estágio do rio flutua dia a dia, de estação a estação, de ano a ano, mas se 
nenhuma mudança ocorrer na média das chuvas ou na sua distribuição sazonal, ou na topografia 
ou em outras feições da drenagem da bacia, esses estágios são somente as flutuações normais 
acerca de um estágio médio. O complexo inteiro dessas flutuações - altos, baixos e médias - 
constituem o regime de um rio, e tal regime muda somente se algum fator básico influente no rio 
ou em sua bacia muda de tal modo que o complexo inteiro de estágios é alterado. Diastemas, então, 
são quebras resultantes das flutuações do estagio, como em uma corrente ou corpo de água 
parada; discordâncias são quebras resultantes de mudanças no regime, como resultado de 
prevalecerem novas condições de deposição (ou não-deposição) . 
 
HIATO: O termo hiato, como usado freqüentemente pelos estratígrafos, refere-se a intervalo 
de tempo geológico representado por estratos que faltam em um certo lugar (tal como em uma 
discordância ou entre camadas específicas) na seção estratigráfica ou sequência. 
 
LACUNA ou LACUNA ESTRATIGRÁFICA: O termo lacuna, como comumente usado pelos 
estratígrafos, refere-se a uma quebra física no registro estratigráfico. A lacuna pode referir-se à 
parte do registro geológico destruída em uma superfície erosional (estratos depositados 
previamente que são removidos posteriormente; = vacuidade erosional). A falta de uma camada 
no registro estratigráfico constitui uma lacuna. Podemos ter dois tipos: 1 - Lacuna de 
sedimentação; 2 - Lacuna de erosão. Na figura 21 abaixo, na parte esquerda do corte há uma 
lacuna, pois a camada dois não está representada. Esta camada pode ter sido depositada e depois 
erodida ou nunca depositada. 
 
 
 Figura 5. Exemplo de lacuna estratigráfica 
8 
 
 Figura 6. Diferença entre lacuna e hiato. 
 
Contato estrutural quando a formação está em direto contato com outra formação através de 
um plano de falha. Contato intrusivo quando há evidências de efeitos térmicos e outras feições 
inerentes à intrusões. Contato erosivo quando ocorre um truncamento abrupto de uma unidade 
por erosão. 
Seção Condensada é uma fácies consistindo de sedimentos pelágicos e hemipelágicos 
delgados depositados durante uma transgressão quando a plataforma fica faminta em sedimentos 
terrígenos. A grande diversidade e abundância e fauna dentro de uma seqüência é encontrada 
dentro do intervalo faminto. A deposição dentro de uma seção condensada é contínua embora a 
seção comumenteé fina, acumula-se com taxas muito lentas de sedimentaçào e abrange grandes 
intervalos de tempo. 
Seção compressiva ou expandida representa uma seção extremamente espessada, oposta 
portanto à seção condensada. Por exemplo a presença de 2000 m de Quaternário na foz do 
Amazonas, depositados, portanto, em curto espaço de tempo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
 
 
 Figura 7. Diversos limites de unidades estratigráficas 
 
PROGRADAÇÃO. Sob algumas condições, as linhas de costa e ambientes podem migrar em 
direção ao mar. O movimento das linhas de costa em direção ao mar é chamada progradação dos 
sedimentos. A progradação dos sedimentos pode ocorrer quando há um aumento significativo no 
aporte de sedimentos ou um abaixamento do nível do mar. Sedimentos de águas mais rasas são 
depositados sobre sedimentos de águas mais profundas. 
RETROGRADAÇÃO ocorre quando existe uma migração da linha de costa em direção ao continente. 
A retrogradação desenvolve-se quando ocorre uma redução do suprimento sedimentar ou 
elevação do nível do mar que ocasione redução do suprimento sedimentar. Sedimentos de águas 
mais fundas são depositados sobre sedimentos de águas mais rasas. 
10 
AGRADAÇÃO é o processo de crescimento vertical do terreno através da sedimentação. Este 
processo ocorre quando o suprimento sedimentar está em equilíbrio com os movimentos do nível 
do mar e a subsidência. Neste caso não ocorre migração das linhas de costa que ficam 
estacionárias. 
Utiliza-se os termos "onlap costeiro" ou transgressões por superposição para se referir a 
uma seqüência transgressiva ou retrogradacional e "offlap" ou regressão por superposição ao se 
referir a uma seqüência regressiva, ou progradacional uma vez que são as posições dos estratos 
mais recentes em relação aos estratos mais antigos ou parcialmente subjacentes que prevalecem 
na interpretação, destas seqüências. 
DEGRADAÇÃO é o processo de rebaixamento de um terreno através da erosão física ou 
química. 
 
 
Figura 8. Esquema de progradação, retrogradação e agradação. 
 
ESTRATOS EM RELAÇÃO À SUPERFÍCIES DE DISCORDÂNCIA 
 
Mitchum, Vail e Thompson distinguiram e classificaram algum relacionamento básico que 
pode existir entre os estratos acima e abaixo de uma discordância e a própria superfície de 
discordância. 
11 
 
Figura 9. Diversos tipos de terminação de camadas. 
 
Caso os estratos acima e abaixo da discordância são paralelos à superfície de discordância ( a 
superfície pode ser horizontal e plana, inclinada, irregular ou ondulada) são considerados 
concordantes em relação à discordância. Caso os estratos não estejam em relação concordante 
relativo a uma discordância, eles são discordantes em relação a essa discordância. Estratos, se 
imediatamente acima ou abaixo de uma superfície de discordância, podem exibir várias formas de 
lapout. "Lapout é a terminação lateral de um estrato em seu limite deposicional original. 
Qualquer estrato tem seus limites superior e inferior bem como seus limites laterais. Os 
limites laterais de um estrato podem se adelgaçar ou terminar abruptamente contra outra 
superfície. O lapout descreve a natureza da terminação lateral do estrato conforme foi 
originalmente depositado (isto é, antes da erosão, deformação estrutural ou modificações pós-
deposicionais). 
Baselap refere-se a forma do contato basal de uma seqüência. É a terminação (lapout) de 
estratos imediatamente acima da superfície de discordância e é classificada em duas categorias 
básicas. 
Recobrimento expansivo ou Onlap costeiro é a situação em que estratos sucessivos 
estendem-se além dos limites das camadas precedentes, avançando sobre rochas ou sedimentos 
mais antigos como acontece, por exemplo, durante a transgressão marinha e também subsidência 
da região. É a situação em que camadas horizontais (pelo menos quando foram depositados) 
terminam contra uma superfície inclinada, ou quando estratos inclinados terminam contra uma 
superfície mais inclinada. 
 
Se os estratos inclinados se depositam em uma superfície horizontal ou inclinadas no mesmo 
sentido, a situação é referida como infrarrecobrimento ou downlap. Em certas situações em que 
haja complicação estrutural é difícil distinguir onlap de downlap. Estas situações são bem visíveis 
em seções paralelas ao mergulho dos estratos. Em seções paralelas à direção dos estratos estas 
situações podem aparentar concordância. 
Mitchum, Vail e Thompson sugerem que em muitos casos as relações de baselap indicam que 
um hiato não deposional, em vez de um hiato erosional, está presente. 
Recobrimento retrativo ou Offlap de uma unidade sedimentar quando cada estrato 
sucessivamente mais jovem deixa exposta uma porção da unidade mais velha sobre a qual ele jaz. 
É o reverso do recobrimento expansivo ou onlap transgressivo. O offlap ocorre onde uma linha 
de costa avança em direção ao mar e progressivamente estratos mais novos são depositados em 
camadas deslocadas em direção ao mar. Offlap é representado por uma seqüência de camadas de 
rochas sedimentares formadas durante uma redução do nível do mar ou quando o suprimento 
sedimentar foi aumentado, em que as camadas mais novas recobrem uma área cada vez menor. 
12 
 
 
Figura 10. 
 
Offlap quando camadas sucessivas ascendentes ocupam áreas cada vez menores com o recuo 
do nível domar. 
 
Lapout logo abaixo da superfície de uma discordância é referido como toplap (terminação de 
topo). Toplap refere-se ao tipo de contato no topo das seqüências. Ele pode ocorrer em estratos 
inicialmente depositados em ângulo, tais como camadas de foreset, onde os estratos se adelgaçam 
mergulho acima, terminando assintoticamente contra uma superfície de discordância ou um limite 
de sequência. Relações de toplap podem imitar uma discordância angular clássica (formada por 
um profundo episódio estrutural seguido de erosão) ou truncamento erosional. Como Mitchum et 
al. notam, toplap comumente pode ser tomado como evidência de um hiato não deposicional, 
talvez com alguma erosão menor. Relações de toplap comumente são o resultado de uma situação 
onde o nível base de deposição não permite que estratos em formação não se estendam mergulho 
acima. Relações de toplap freqüentemente se desenvolvem em depósitos deltaicos ou outros 
ambientes marinhos rasos, mas podem ser formados em depósitos marinhos profundos. Esta 
situação ocorre em regiões de passagem de sedimentos onde não ocorre erosão ou deposição. 
Os estratos imediatamente abaixo de uma discordância podem ser truncados por processos 
erosionais, especialmente se as camadas foram basculadas estruturalmente. Entretanto, estratos 
podem ser truncados simplesmente pelo entalhamento de um canal ou vale. Mitchum et al. referem 
a esta categoria de relações entre estratos e a superfície de discordância como truncamento 
erosional, neste caso incluindo as discordâncias angulares clássicas. Truncamento estrutural 
(ou tectônico) é o caso em que os estratos tem seus limites laterais terminados por uma 
disrupção de ordem estrutural. É a situação em que os estratos são terminados lateralmente por 
falhas, deslizamentos estruturais, diapirismo ou intrusões ígneas. 
13 
 
 Figura 10. Tipos de terminações de estratos em superfícies de discordância. 
Relações de offlap e onlap associadas com uma grande discordância. Seis zonas estratigráficas 
são bem definidas em uma sedimentação aparentemente contínua na seção medida A. Somente as 
zonas um (1) e seis (6) ocorrem na seção medida B, separadas por uma superfície de discordância 
facilmente reconhecível. A continuidade aparente de sedimentação dentro da seção A sugere que 
se trata de relações de offlap e onlap na área entre as seções A e B. A medida que se examina da 
seção A para B, mais e mais do tempo representadopela sedimentação em A será representada por 
omissão de seção em B, conforme a figura abaixo. 
 
Figura 11. Relações de offlap e onlap associadas com uma superfície de discordância. 
Desenhe as situações explicadas abaixo. 
PROGRADAÇÃO. O movimento lateral das linhas de costa em direção ao mar é chamada 
regressão do mar ou progradação dos sedimentos. 
DEGRADAÇÃO é o processo de rebaixamento de um terreno através da erosão física ou 
química. 
AGRADAÇÃO é o processo de crescimento vertical do terreno através da sedimentação. 
RETROGRADAÇÃO Ocorre quando existe uma migração lateral da linha de costa em direção 
ao continente. A retrogradação desenvolve-se quando ocorre uma redução do suprimento 
sedimentar ou elevação do nível do mar que ocasione redução do suprimento sedimentar. 
Sedimentos de águas mais fundas são depositados sobre sedimentos de águas mais rasas. 
INFRARRECOBRIMENTO .Se os estratos inclinados se depositam em uma superfície 
horizontal ou inclinadas no mesmo sentido, a situação é referida como infrarrecobrimento ou 
14 
downlap. Em certas situações em que haja complicação estrutural é difícil distinguir onlap de 
downlap.

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