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Direito Processual Penal
Profa. Ms. Natália Montezori Marabezzi Maziero
Noções Gerais sobre o Processo Penal
1-) Processo Penal
Função jurisdicional → Processo
Característica instrumental
 
 → → 
2-) Direito de punir (“jus puniendi”)
Direito objetivo x Direito subjetivo
“jus puniendi” → sanção → Art. 5°, XXXIX, CF/88
“jus puniendi” x “jus libertatis”
	Art.5°, XXXIX, CF/88 - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal;
3-) Sistemas processuais:
3.1-) Acusatório:
Regimes democráticos
Distinção entre as funções de acusar, defender e julgar
Para que a relação processual seja instalada, obrigatoriamente, deve existir acusação
Contraditório e ampla defesa
Obediências às normas processuais e garantias constitucionais
Atos processuais são públicos (exceções excepcionais)
Equilíbrio entre acuação e defesa
O juiz não pode produzir provas de ofício
3.2-) Inquisitivo:
Regimes ditatoriais
O juiz reúne as funções de acusar, defender e julgar
Juiz pode instalar a relação processual de ofício
Não há observância de garantias processuais ou constitucionais
Atos processuais não são públicos
Desigualdade entre acusação e defesa
O juiz pode produzir provas de ofício
3.3-) Misto:
Modelo intermediário
Restrições à publicidade do processo
Garantias processuais e constitucionais observadas
Inquisitivo garantista
4-) Princípios:
4.1-) Estado de Inocência:
Art. 5°, LVII, CF/88
Princípio do Devido Processo Legal
Conseqüências: Prisão; Prova; “In dubio pro reo”
Pacto de São José da Costa Rica (Art. 8°) - Convenção Americana sobre Direitos Humanos Decreto nº 678, de 6 de novembro de 1992
	Art. 5°, LVII, CF/88 - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória.
Art. 8º, Decreto n° 678 - Toda pessoa tem direito a ser ouvida, com as devidas garantias e dentro de um prazo razoável, por um juiz ou tribunal competente, independente e imparcial, estabelecido anteriormente por lei, na apuração de qualquer acusação penal formulada contra ela, ou para que se determinem seus direitos ou obrigações de natureza civil, trabalhista, fiscal ou de qualquer outra natureza.
4.2-) Princípio do Contraditório:
Art. 5°, LV, CF/88
Ampla defesa
	Art. 5°, LV, CF/88 - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes.
4.3-) Princípio da Verdade Real (verdade material ou substancial)
Art. 566, CPP
	 Art. 566.  Não será declarada a nulidade de ato processual que não houver influído na apuração da verdade substancial ou na decisão da causa.
4.4-) Princípio da oralidade
4.5-) Princípio da publicidade:
Art. 5°, LX, CF/88
	Art. 5°, LX, CF/88 - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem
4.6-) Princípio da Oficialidade (oficiosidade):
4.7-) Princípio da Indisponibilidade do Processo:
Exceção: Ação Penal Privada
4.8-) Princípio do Juiz natural:
Art. 5°, LIII, CF/88
	Art. 5°, LIII, CF/88 - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente
4.9-) Princípio da iniciativa das partes:
Ação Penal Pública e Ação Penal Privada
4.10-) Princípio do impulso oficial:
“Ex officio”
4.11-) Princípio da ordem consecutiva legal
4.12-) Princípio do duplo grau de jurisdição
4.13-) Princípio do favor rei
Aplicação do Direito Processual Penal
Lei Processual Penal no Tempo
1-) Princípio do efeito imediato:
Art. 2°, CPP → “Tempus regit actum” → Princípio do efeito imediato
Aplicação imediata da lei processual
	  Art. 2o  A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior.
2-) Irretroatividade:
Aplicação imediata da lei processual
3-) Vigência e revogação:
Art. 2°, LINDB
	Art. 2o  Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue.
4-) Represtinação: 
Art. 2°, §3º, LINDB
	§ 3o  Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência.
5-) Normas processuais heterotópicas:
Normas processuais ≠ Normas materiais
Heterotopia → Embora o conteúdo da norma confira uma determinada natureza, encontra-se veiculada em diploma de natureza diversa.
Ex: Direito de silencio durante o interrogatório (Art. 186, CPP), Competência da Justiça Federal (Art. 109 CF/88)
6-) Normas processuais híbridas ou mistas:
Normas que apresentam duplicidade de conteúdo
Art. 366, CPP, Lei 9.099/95
	Art. 366. Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir advogado, ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional ..... 
Lei Processual penal no Espaço
1-) Conceito de território:
Art. 1°, CPP → Princípio da Territorialidade
O que é território brasileiro? Sentido estrito
 Extensão (Art. 5°, §1°, CP)
OBS: Não se aplica o CPP: Art. 1°, I, II, III, IV e V, CPP
	  Art. 1o O processo penal reger-se-á, em todo o território brasileiro, por este Código, ressalvados:
        I - os tratados, as convenções e regras de direito internacional;
        II - as prerrogativas constitucionais do Presidente da República, dos ministros de Estado, nos crimes conexos com os do Presidente da República, e dos ministros do Supremo Tribunal Federal, nos crimes de responsabilidade (Constituição, arts. 86, 89, § 2o, e 100);
        III - os processos da competência da Justiça Militar;
        IV - os processos da competência do tribunal especial (Constituição, art. 122, no 17);
        V - os processos por crimes de imprensa.  
        Parágrafo único.  Aplicar-se-á, entretanto, este Código aos processos referidos nos nos. IV e V, quando as leis especiais que os regulam não dispuserem de modo diverso.
  Art.5º, § 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar. 
Inquérito Policial
1-) Investigação preparatória:
“Persecutio criminis” 
Natureza administrativa → Art. 4°, CPP 
	Art. 4º A polícia judiciária (polícia civil) será exercida pelas autoridades policiais no território de suas respectivas circunscrições e terá por fim a apuração das infrações penais e da sua autoria.
2-) Finalidade:
Elementos da ação penal → Informações sobre o fato delituoso
3-) Competência → Autoridade policial
4-) O I. P é indispensável?
Art. 12, CPP
Art. 39, §5°, CPP
Art. 46, §1°, CPP
	  Art. 12.  O inquérito policial acompanhará a denúncia ou queixa, sempre que servir de base a uma ou outra.
Art.39, § 5o  O órgão do Ministério Público dispensará o inquérito, se com a representação forem oferecidos elementos que o habilitem a promover a ação penal, e, neste caso, oferecerá a denúncia no prazo de quinze dias.
Art.46, § 1o  Quando o Ministério Público dispensar o inquérito policial, o prazo para o oferecimento da denúncia contar-se-á da data em que tiver recebido as peças de informações ou a representação. 
5-) Natureza:
Administrativa Escrito → Art. 9°, CPP
Sigiloso → Art. 20, CPP (CUIDADO!!!)
 Inquisitivo
	   Art. 9o  Todas as peças do inquérito policial serão, num só processado, reduzidas a escrito ou datilografadas e, neste caso, rubricadas pela autoridade.
  Art. 20.  A autoridade assegurará no inquérito o sigilo necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da sociedade.
Obs: Sigilo
→ Lei n° 8.906/94, Art. 7°, XIV
→ Súmula Vinculante 14 do STF
	Art. 7º São direitos do advogado:
XIV - examinar em qualquer repartição policial, mesmo sem procuração, autos de flagrante e de inquérito, findos ou em andamento, ainda que conclusos à autoridade, podendo copiar peças e tomar apontamentos;
STF Súmula Vinculante nº 14 - É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa.
6-) Características:
Não há nulidade, mas sim irregularidades;
Independência do processo;
Indisponível (Art.17, CPP);
Incomunicabilidade
→ Art. 21, CPP;
→ Lei n° 8.906/94, Art. 7°, III;
→ Não recepcionado pela CF/88
	 Art. 17.  A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de inquérito.
Art. 21.  A incomunicabilidade do indiciado dependerá sempre de despacho nos autos e somente será permitida quando o interesse da sociedade ou a conveniência da investigação o exigir.
Art. 7º São direitos do advogado:
III - comunicar-se com seus clientes, pessoal e reservadamente, mesmo sem procuração, quando estes se acharem presos, detidos ou recolhidos em estabelecimentos civis ou militares, ainda que considerados incomunicáveis;
6-) Início do I.P:
“Notitia criminis” 
Auto de Prisão em flagrante 
6.1-) Ação penal Pública Incondicionada:
Art. 5°, CPP Inciso I → “ex officio” (Portaria)
 Inciso II → Requisição do juiz ou MP e requerimento do ofendido
 §3º → “Delatio criminis”
Obs: A autoridade policial tem o dever de instaurar o I.P? Art. 5°, CPP
Obs: A autoridade policial pode indeferir o pedido? Art. 5°, §2°, CPP
Recusa Justificada Extinção da punibilidade
 Requerimento não fornecer o mínimo indispensável
 Fato atípico
 Requerente for incapaz
	  Art. 5o  Nos crimes de ação pública (Ação Penal Pública Incondicionada) o inquérito policial será iniciado:
         I - de ofício;
        II - mediante requisição da autoridade judiciária ou do Ministério Público, ou a requerimento do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo
     § 2o  Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquérito caberá recurso para o chefe de Polícia.
        § 3o  Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existência de infração penal em que caiba ação pública poderá, verbalmente ou por escrito, comunicá-la à autoridade policial, e esta, verificada a procedência das informações, mandará instaurar inquérito. (“Delatio Criminis”)       
6.2-) Ação Penal Pública Condicionada:
Art. 5°, §4°, CPP → Representação do Ofendido ou representante legal
Obs Incapaz
 Não tem representante legal ou os interesses são conflitantes
 Se o ofendido morrer ou for declarado judicialmente ausente? 
OBS: Requisição do Ministro da Justiça 
→ Crimes cometidos por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil (Art.7º, §3º, b, CP);
→ Crimes contra a honra praticados contra o Presidente da República ou Chefe de Governo Estrangeiro (Art. 141, I, c/c Art. 145, Parágrafo Único, CP);
→ Crimes previstos na Lei nº 7.170/83 (Lei de Segurança Nacional)
	§ 4o  O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de representação, não poderá sem ela ser iniciado.
6.3-) Ação Penal Privada:
Art. 5°, §5°, CPP
Obs Incapaz
 Não tem representante legal ou os interesses são conflitantes
 Se o ofendido morrer ou for declarado judicialmente ausente? 
	 § 5o  Nos crimes de ação privada, a autoridade policial somente poderá proceder a inquérito a requerimento de quem tenha qualidade para intentá-la.
6.5-) O que deve conter no Requerimento ou na Requisição?
Art. 5°, §1°, CPP
	Art.5º, § 1o  O requerimento a que se refere o no II conterá sempre que possível:
        a) a narração do fato, com todas as circunstâncias;
        b) a individualização do indiciado ou seus sinais característicos e as razões de convicção ou de presunção de ser ele o autor da infração, ou os motivos de impossibilidade de o fazer;
        c) a nomeação das testemunhas, com indicação de sua profissão e residência.
7-) Providências:
Art. 6° e 7º, CPP
	Art. 6o  Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá:
        I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das coisas, até a chegada dos peritos criminais;  
        II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos criminais;  
        III - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas circunstâncias;
        IV - ouvir o ofendido;
        V - ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no Capítulo III do Título Vll, deste Livro, devendo o respectivo termo ser assinado por duas testemunhas que Ihe tenham ouvido a leitura;
        VI - proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações;
        VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras perícias;
        VIII - ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se possível, e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes;
        IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar e social, sua condição econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e depois do crime e durante ele, e quaisquer outros elementos que contribuírem para a apreciação do seu temperamento e caráter.
        Art. 7o  Para verificar a possibilidade de haver a infração sido praticada de determinado modo, a autoridade policial poderá proceder à reprodução simulada dos fatos, desde que esta não contrarie a moralidade ou a ordem pública.
OBS: Identificação → datiloscópica ou civil?
8-) Prazo:
Art. 38, CPP
	Art. 38.  Salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu representante legal, decairá no direito de queixa ou de representação, se não o exercer dentro do prazo de seis meses, contado do dia em que vier a saber quem é o autor do crime, ou, no caso do art. 29, do dia em que se esgotar o prazo para o oferecimento da denúncia.
9-) Término do I.P:
Art. 10, CPP 10 dias → indiciado preso
 30 dias → indiciado solto
	Art. 10.  O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido preso em flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia em que se executar a ordem de prisão, ou no prazo de 30 dias, quando estiver solto, mediante fiança ou sem ela.
Relatório → Art. 10, §1°, CPP
	    § 1o  A autoridade fará minucioso relatório do que tiver sido apurado e enviará autos ao juiz competente.
Ações Penais Públicas Incondicionadas Oferecer a denúncia 
 Produzir novas diligências (Art. 18, CPP)
 Requerer
o arquivamento (Art. 28, CPP) 
 
	Art. 18.  Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por falta de base para a denúncia, a autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se de outras provas tiver notícia.
    Art. 28.  Se o órgão do Ministério Público, ao invés de apresentar a denúncia, requerer o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer peças de informação, o juiz, no caso de considerar improcedentes as razões invocadas, fará remessa do inquérito ou peças de informação ao procurador-geral, e este oferecerá a denúncia, designará outro órgão do Ministério Público para oferecê-la, ou insistirá no pedido de arquivamento, ao qual só então estará o juiz obrigado a atender.
Ações Penais Públicas Condicionadas à Representação do Ofendido → Representação
Ações Penais Privadas → Art. 19, CPP
	 Art. 19.  Nos crimes em que não couber ação pública, os autos do inquérito serão remetidos ao juízo competente, onde aguardarão a iniciativa do ofendido ou de seu representante legal, ou serão entregues ao requerente, se o pedir, mediante traslado.
10-) Arquivamento:
Quem pede o arquivamento?
Quem manda arquivar?
Crimes de ação penal privada → renúncia
11-) Prazos para conclusão de I.P previstos em leis especiais:
Polícia Federal Preso – 15 dias
 (Art.66, Lei 5010/66) Solto – 30 dias 
Lei de Drogas Preso – 30 dias
(Art. 51, Lei 11343/06) Solto – 90 dias
Economia Popular Preso – 10 dias 
(Art. 10, Lei 1521/51) Solto – 10 dias
CPP Militar Preso – 20 dias 
(Art. 20, DL 1002/69) Solto – 40 dias
Ação Penal
1-) Conceito:
Poder de movimentar o aparelho jurisdicional estatal, a fim de satisfazer uma pretensão punitiva
2-) Espécies de ação penal:
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	  Art. 24.  Nos crimes de ação pública, esta será promovida por denúncia do Ministério Público, mas dependerá, quando a lei o exigir, de requisição do Ministro da Justiça, ou de representação do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo.
Art. 30.  Ao ofendido ou a quem tenha qualidade para representá-lo caberá intentar a ação privada.
 Art. 100 - A ação penal é pública, salvo quando a lei expressamente a declara privativa do ofendido.  
        § 1º - A ação pública é promovida pelo Ministério Público, dependendo, quando a lei o exige, de representação do ofendido ou de requisição do Ministro da Justiça.  
        § 2º - A ação de iniciativa privada é promovida mediante queixa do ofendido ou de quem tenha qualidade para representá-lo.  
        § 3º - A ação de iniciativa privada pode intentar-se nos crimes de ação pública, se o Ministério Público não oferece denúncia no prazo legal. 
Ação Penal Pública Incondicionada
1-) Titularidade:
MP - Art. 24, CPP + Art. 100, “caput” e §1°, CPP 
2-) Princípios:
Princípio da Obrigatoriedade Regrada
Princípio da Indisponibilidade (Art. 42, CPP)
Princípio da Oficialidade (Titularidade do MP)
Princípio da Intranscendência (Art. 5º, XLV, CF/88) 
Princípio da Indivisibilidade (Art. 48, CPP)
 
	 Art. 42.  O Ministério Público não poderá desistir da ação penal.
 Art. 48.  A queixa contra qualquer dos autores do crime obrigará ao processo de todos, e o Ministério Público velará pela sua indivisibilidade.
 Art.5ºXLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido.
Ação Penal Pública Condicionada
1-) Titularidade:
 MP - Art. 24, CPP + Art. 100, “caput” e §1°, CPP 
Condição Representação do ofendido
 Requisição do Ministro da Justiça
Finalidade: Evitar o “streptus judici”
Iniciada passa a regre-se pelos Princípios da Ação Penal Pública Incondicionada
2-) Titulares da representação:
2.1-) Ação Penal Pública Condicionada à representação:
Ofendido (Art. 24, CPP)
Representante Legal < 18 anos
 (Art. 24, CPP) Mentalmente Enfermo
Morte do ofendido OU ausente → CADI (Art. 24, §1°, CPP + 100, §4º, CP)
Ofendido incapaz sem representante legal OU interesses colidirem → Curador especial (Art. 33, CPP)
Várias pessoas exercendo o direito de queixa → Art. 36, CPP
Pessoas jurídicas → Contrato social, estatuto OU sócios-gerentes e diretores Art. 37, CPP)
	Art. 24.  Nos crimes de ação pública, esta será promovida por denúncia do Ministério Público, mas dependerá, quando a lei o exigir, de requisição do Ministro da Justiça, ou de representação do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo.
 § 1o  No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão judicial, o direito de representação passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.
 Art. 33.  Se o ofendido for menor de 18 (dezoito) anos, ou mentalmente enfermo, ou retardado mental, e não tiver representante legal, ou colidirem os interesses deste com os daquele, o direito de queixa poderá ser exercido por curador especial, nomeado, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, pelo juiz competente para o processo penal.
 Art. 36.  Se comparecer mais de uma pessoa com direito de queixa, terá preferência o cônjuge, e, em seguida, o parente mais próximo na ordem de enumeração constante do art. 31, podendo, entretanto, qualquer delas prosseguir na ação, caso o querelante desista da instância ou a abandone.
Art. 37.  As fundações, associações ou sociedades legalmente constituídas poderão exercer a ação penal, devendo ser representadas por quem os respectivos contratos ou estatutos designarem ou, no silêncio destes, pelos seus diretores ou sócios-gerentes.
 Art.100, § 4º - No caso de morte do ofendido ou de ter sido declarado ausente por decisão judicial, o direito de oferecer queixa ou de prosseguir na ação passa ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão. 
2.2-) Prazos:
Art. 38, CPP → Decadencial
Art. 107, IV, CP → Extinção de punibilidade
Contagem: Art. 10, CP
Ofendido incapaz → Súmula 594, STF
	   Art. 38.  Salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu representante legal, decairá no direito de queixa ou de representação, se não o exercer dentro do prazo de seis meses, contado do dia em que vier a saber quem é o autor do crime, ou, no caso do art. 29, do dia em que se esgotar o prazo para o oferecimento da denúncia.
Art. 10 - O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses e os anos pelo calendário comum.
SÚMULA 594 - OS DIREITOS DE QUEIXA E DE REPRESENTAÇÃO PODEM SER EXERCIDOS, INDEPENDENTEMENTE, PELO OFENDIDO OU POR SEU REPRESENTANTE LEGAL.
2.3-) Forma:
Art. 39, §§1° e 2°, CPP
	Art. 39.  O direito de representação poderá ser exercido, pessoalmente ou por procurador com poderes especiais, mediante declaração, escrita ou oral, feita ao juiz, ao órgão do Ministério Público, ou à autoridade policial.
        § 1o  A representação feita oralmente ou por escrito, sem assinatura devidamente autenticada do ofendido, de seu representante legal ou procurador, será reduzida a termo, perante o juiz ou autoridade policial, presente o órgão do Ministério Público, quando a este houver sido dirigida.
        § 2o  A representação conterá todas as informações que possam servir à apuração do fato e da autoria.
2.4-) Irretratabilidade:
Após o oferecimento da denúncia (Art. 25, CPP)
	Art. 25.  A representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia.
3-) Titularidade da requisição:
3.1-) Ação Penal Pública Condicionada à Requisição do Ministro da
Justiça:
Ministro da Justiça (Art.24, CPP)
Hipóteses Crimes cometidos por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil (Art.7º, §3º, b, CP);
Crimes contra a honra praticados contra o Presidente da República ou Chefe de Governo Estrangeiro (Art. 141, I, c/c Art. 145, Parágrafo Único, CP);
 Crimes previstos na Lei nº 7.170/83 (Lei de Segurança Nacional)
3.2-) Prazo:
Omisso
3.3-) Destinatário:
MP
3.4-) Irretratável
Ação Penal Privada
1-) Conceito:
Legitimação extraordinária 
2-) Titularidade:
Ofendido (Art.30, CPP)
Representante legal Ofendido < 18 anos
 (Art. 30, CPP) Deficiente mental
Ofendido incapaz sem representante legal OU interesses colidirem → Curador especial (Art. 33, CPP)
CADI Morte
 (Art. 31, CPP) Ausente
	Art. 30.  Ao ofendido ou a quem tenha qualidade para representá-lo caberá intentar a ação privada.
        Art. 31.  No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão judicial, o direito de oferecer queixa ou prosseguir na ação passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.
Art. 33.  Se o ofendido for menor de 18 (dezoito) anos, ou mentalmente enfermo, ou retardado mental, e não tiver representante legal, ou colidirem os interesses deste com os daquele, o direito de queixa poderá ser exercido por curador especial, nomeado, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, pelo juiz competente para o processo penal.
3-) Princípios:
Princípio da oportunidade e da conveniência
Princípio da disponibilidade 
Princípio indivisibilidade
Princípio Intranscendência (ARt. 5°, XLV, CF/88)
4-) Prazo:
06 meses → Art. 38, CPP
Ação Penal Privada Personalíssima
1-) Titularidade:
Ofendido
2-) Hipóteses:
Art. 236, CP
	Art. 236 - Contrair casamento, induzindo em erro essencial o outro contraente, ou ocultando-lhe impedimento que não seja casamento anterior:
        Pena - detenção, de seis meses a dois anos.
        Parágrafo único - A ação penal depende de queixa do contraente enganado e não pode ser intentada senão depois de transitar em julgado a sentença que, por motivo de erro ou impedimento, anule o casamento.
3-) Prazo:
06 meses → Art. 38, CPP
Ação Penal Privada Subsidiária da Pública
1-) Titularidade:
Ofendido
Representante legal Ofendido < 18 anos
 Deficiente mental
2-) Hipótese:
Art.29, CPP
	Art. 29.  Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal, cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva, intervir em todos os termos do processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negligência do querelante, retomar a ação como parte principal.
3-) Prazo:
06 meses → Art. 38, CPP
Denúncia e Queixa
1-) Noções introdutórias:
Exordiais acusatórias Ação Penal Pública → Denúncia
 Ação Penal Privada → Queixa
2-) Requisitos:
Art. 41, CPP
	Art. 41 - A denúncia ou queixa conterá a exposição do fato criminoso, com todas as suas circunstâncias, a qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa identificá-lo, a classificação do crime e, quando necessário, o rol das testemunhas.
OBS: Classificação da conduta Aditamento da inicial → Art. 569, CPP
 Juiz → Art. 383, CPP (“Emendatio libelli’)
 MP → Art. 384, CPP (“Mutatio libelli”)
	Art. 569 - As omissões da denúncia ou da queixa, da representação, ou, nos processos das contravenções penais, da portaria ou do auto de prisão em flagrante, poderão ser supridas a todo o tempo, antes da sentença final.
Art. 383. O juiz, sem modificar a descrição do fato contida na denúncia ou queixa, poderá atribuir-lhe definição jurídica diversa, ainda que, em conseqüência, tenha de aplicar pena mais grave.
Art. 384. Encerrada a instrução probatória, se entender cabível nova definição jurídica do fato, em conseqüência de prova existente nos autos de elemento ou circunstância da infração penal não contida na acusação, o Ministério Público deverá aditar a denúncia ou queixa, no prazo de 5 (cinco) dias, se em virtude desta houver sido instaurado o processo em crime de ação pública, reduzindo-se a termo o aditamento, quando feito oralmente.
3-) Requisitos específicos:
Exercício pessoal da queixa → “jus postulandi”
Procurador com poderes especiais (Art. 44, CPP)
Assinatura na procuração → saneamento de irregularidades
	Art. 44 - A queixa poderá ser dada por procurador com poderes especiais, devendo constar do instrumento do mandato o nome do querelante e a menção do fato criminoso, salvo quando tais esclarecimentos dependerem de diligências que devem ser previamente requeridas no juízo criminal.
4-) Prazos:
Denúncia 05 dias → indiciado preso
 (Art. 46, CPP) 15 dias → indiciado solto
Conseqüências da perda de prazo para o oferecimento da denúncia? 
	Art. 46 - O prazo para oferecimento da denúncia, estando o réu preso, será de 5 (cinco) dias, contado da data em que o órgão do Ministério Público receber os autos do inquérito policial, e de 15 (quinze) dias, se o réu estiver solto ou afiançado. No último caso, se houver devolução do inquérito à autoridade policial (Art. 16), contar-se-á o prazo da data em que o órgão do Ministério Público receber novamente os autos.
Queixa → 6 meses (Art. 38, CPP)
Conseqüências da perda de prazo para o oferecimento da queixa?
	Art. 38 - Salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu representante legal, decairá no direito de queixa ou de representação, se não o exercer dentro do prazo de 6 (seis) meses, contado do dia em que vier a saber quem é o autor do crime, ou, no caso do Art. 29, do dia em que se esgotar o prazo para o oferecimento da denúncia.
Parágrafo único - Verificar-se-á a decadência do direito de queixa ou representação, dentro do mesmo prazo, nos casos dos arts. 24, § 1º, e 31.
	OBS: Leis especiais trazem prazos diversos para o oferecimento da denúncia:
Lei Contra a Economia Popular (Lei n°. 1521/51): 2 dias
Lei de Crimes Eleitorais (Lei n°. 4737/65): 10 dias
Lei de Crimes de Abuso de Autoridade (Lei n°. 4898/65): 48 horas
Lei de Drogas (Lei n°. 11343/06): 10 dias
5-) Aditamento da queixa:
	Art. 45 - A queixa, ainda quando a ação penal for privativa do ofendido, poderá ser aditada pelo Ministério Público, a quem caberá intervir em todos os termos subseqüentes do processo.
Art. 46 §2º - O prazo para o aditamento da queixa será de 3 (três) dias, contado da data em que o órgão do Ministério Público receber os autos, e, se este não se pronunciar dentro do tríduo, entender-se-á que não tem o que aditar, prosseguindo-se nos demais termos do processo.
Art. 29 - Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal, cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva, intervir em todos os termos do processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negligência do querelante, retomar a ação como parte principal.
6-) Causas de rejeição de denúncia ou de queixa:
Art. 395, CPP
	Art. 395. A denúncia ou queixa será rejeitada quando: 
I - for manifestamente inepta;
II - faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal; ou
III - faltar justa causa para o exercício da ação penal.
6.1-) Manifestamente inepta:
Inobservância de suas formalidades
Art. 41, CPP
6.2-)
Faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal:
Pressupostos → Formação do processo
Condições 
6.3-) Faltar justa causa para o exercício da ação penal:
Ausência de suporte fático ou jurídico regular
Indícios de materialidade e autoria delitiva
Prisão
 
1-) Conceito de prisão
2-) Art. 5°, LVII, CF/88 → Princípio do Estado de Inocência
Regra → Liberdade
Exceção → Prisão da liberdade 
	LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória;
3-) Lei n°12.403/11 → Nova Lei de Prisões
4-) Tipos de prisão:
Pena → Prisão decorrente de sentença condenatória irrecorrível
Sem pena Prisão cautelar Prisão preventiva (Arts. 312 e 313, CPP)
 Prisão temporária (Lei n° 7.960/80)
 Prisão em flagrante (Art. 310, CPP)
 Prisão civil → Descumprimento de obrigação alimentar
5-) Regras gerais:
 Ordem escrita e fundamentada emanada pela autoridade competente (Art. 283, CPP);
 → Mandado de prisão (Art. 5°, LXI, CF/88)
→ Exceção: prisão em flagrante, Estado de sítio (Art. 139, II, CF/88) e recaptura de réu evadido (Art. 684, CPP)
→ Autoridade competente: Juiz
	Art. 283 - Ninguém poderá ser preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente, em decorrência de sentença condenatória transitada em julgado ou, no curso da investigação ou do processo, em virtude de prisão temporária ou prisão preventiva. 
Art. 5°, LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei;
Requisitos do mandado de prisão:
1°-) Lavrado pelo escrivão e assinado pela autoridade competente
2°-) Identificar a pessoa a ser presa
3°-) Ordem fundamentada – Infração que motivou a ordem
4°-) Indicação do agente encarregado do cumprimento
Cumprimento do mandado:
1°-) Efetuada a qualquer hora do dia e da noite: Art. 283, §2°, CPP + Art. 5°, XI, CF/88
	Casa:
→ Durante a noite: Consentimento, flagrante, desastre e prestação e socorro
→ Durante o dia: Consentimento, flagrante, desastre, prestação de socorro e mandado
2°-) Entrega da Nota de Culpa ao preso
3°-) Informação sobre os direitos do preso: Art. 5°, LXIII, CF/88
	Art. 283 - Ninguém poderá ser preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente, em decorrência de sentença condenatória transitada em julgado ou, no curso da investigação ou do processo, em virtude de prisão temporária ou prisão preventiva. 
§ 2o  A prisão poderá ser efetuada em qualquer dia e a qualquer hora, respeitadas as restrições relativas à inviolabilidade do domicílio.”
Art.5°, XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial;
Art. 5°, LXIII, CF/88 - LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado;
Observação:
→ Não é permitida a prisão de eleitor, desde 5 dias antes até 48 horas depois da eleição, salvo flagrante delito ou em virtude de sentença penal condenatória (Art. 236, CE)
→ Súmula Vinculante 11 do STF: Uso de algemas
	STF Súmula Vinculante nº 11 - Uso de Algemas - Restrições - Responsabilidades do Agente e do Estado - Nulidades
   Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado.
Medidas Cautelares Diversas da Prisão 
 (Arts. 319 e 320, CPP)
	Art. 319.  São medidas cautelares diversas da prisão:  
I - comparecimento periódico em juízo, no prazo e nas condições fixadas pelo juiz, para informar e justificar atividades;  
II - proibição de acesso ou frequência a determinados lugares quando, por circunstâncias relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado permanecer distante desses locais para evitar o risco de novas infrações;  
III - proibição de manter contato com pessoa determinada quando, por circunstâncias relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado dela permanecer distante; 
 IV - proibição de ausentar-se da Comarca quando a permanência seja conveniente ou necessária para a investigação ou instrução;  
V - recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga quando o investigado ou acusado tenha residência e trabalho fixos;  
VI - suspensão do exercício de função pública ou de atividade de natureza econômica ou financeira quando houver justo receio de sua utilização para a prática de infrações penais;  
VII - internação provisória do acusado nas hipóteses de crimes praticados com violência ou grave ameaça, quando os peritos concluírem ser inimputável ou semi-imputável (art. 26 do Código Penal) e houver risco de reiteração;  
VIII - fiança, nas infrações que a admitem, para assegurar o comparecimento a atos do processo, evitar a obstrução do seu andamento ou em caso de resistência injustificada à ordem judicial;  
IX - monitoração eletrônica. 
 § 1o  (Revogado pela Lei nº 12.403, de 2011).
§ 2o  (Revogado pela Lei nº 12.403, de 2011).
§ 3o  (Revogado pela Lei nº 12.403, de 2011).
§ 4o  A fiança será aplicada de acordo com as disposições do Capítulo VI deste Título, podendo ser cumulada com outras medidas cautelares.  
Art. 320.  A proibição de ausentar-se do País será comunicada pelo juiz às autoridades encarregadas de fiscalizar as saídas do território nacional, intimando-se o indiciado ou acusado para entregar o passaporte, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas.  
Fiança
1-) Noções Gerais:
Garantia de cumprimento das obrigações processuais
Art. 319, VIII Assegurar o comparecimento a atos do processo
 Evitar obstrução do seu andamento
 Resistência injustificada à ordem judicial
Infrações que a admitem → Arts. 323 e 324, CPP + Quebra da fiança (Arts. 341, 327 e 328, CPP)
	Art. 323.  Não será concedida fiança:  
I - nos crimes de racismo;  
II - nos crimes de tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, terrorismo e nos definidos como crimes hediondos;  
III - nos crimes cometidos por grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático;  
IV - (Revogado pela Lei nº 12.403, de 2011).
V - (Revogado pela Lei nº 12.403, de 2011).
Art. 324.  Não será, igualmente, concedida fiança:  
I - aos que, no mesmo processo, tiverem quebrado fiança anteriormente concedida ou infringido, sem motivo justo, qualquer das obrigações a que se referem os arts. 327 e 328 deste Código;  
II - em caso de prisão civil ou militar;  
III - (Revogado pela Lei nº 12.403, de 2011).
IV - quando presentes os motivos que autorizam a decretação da prisão preventiva (art. 312). 
 Art. 327.  A fiança tomada por termo obrigará o afiançado a comparecer perante a autoridade, todas as vezes que for intimado para atos do inquérito e da instrução criminal e para o julgamento. Quando o réu não comparecer, a fiança será havida como quebrada.
Art. 328.  O réu afiançado não poderá, sob pena de quebramento
da fiança, mudar de residência, sem prévia permissão da autoridade processante, ou ausentar-se por mais de 8 (oito) dias de sua residência, sem comunicar àquela autoridade o lugar onde será encontrado.
Art. 341.  Julgar-se-á quebrada a fiança quando o acusado:  
I - regularmente intimado para ato do processo, deixar de comparecer, sem motivo justo;  
II - deliberadamente praticar ato de obstrução ao andamento do processo
III - descumprir medida cautelar imposta cumulativamente com a fiança; 
IV - resistir injustificadamente a ordem judicial;  
V - praticar nova infração penal dolosa
2-) Legitimidade (Art. 322, CPP)
	Art. 322.  A autoridade policial somente poderá conceder fiança nos casos de infração cuja pena privativa de liberdade máxima não seja superior a 4 (quatro) anos.  
Parágrafo único.  Nos demais casos, a fiança será requerida ao juiz, que decidirá em 48 (quarenta e oito) horas.
2-) Não será concedida fiança:
Art. 323, CPP
Art. 324, CPP
Art. 341, CPP + Arts. 327 e 328, CPP → Quebra da fiança
3-) Base para cálculo:
Art. 325, CPP
	Art. 325.  O valor da fiança será fixado pela autoridade que a conceder nos seguintes limites:  
I - de 1 (um) a 100 (cem) salários mínimos, quando se tratar de infração cuja pena privativa de liberdade, no grau máximo, não for superior a 4 (quatro) anos;  
II - de 10 (dez) a 200 (duzentos) salários mínimos, quando o máximo da pena privativa de liberdade cominada for superior a 4 (quatro) anos.  
§ 1o  Se assim recomendar a situação econômica do preso, a fiança poderá ser:  
I - dispensada, na forma do art. 350 deste Código; 
 II - reduzida até o máximo de 2/3 (dois terços); 
III - aumentada em até 1.000 (mil) vezes. 
 Art. 350.  Nos casos em que couber fiança, o juiz, verificando a situação econômica do preso, poderá conceder-lhe liberdade provisória, sujeitando-o às obrigações constantes dos arts. 327 e 328 deste Código e a outras medidas cautelares, se for o caso.
4-) Prazo para pagar:
Art. 334, CPP
	Art. 334.  A fiança poderá ser prestada enquanto não transitar em julgado a sentença condenatória
5-) Autoridade policial se recusar ou retardar em arbitrar a fiança:
Art. 335, CPP
	Art. 335.  Recusando ou retardando a autoridade policial a concessão da fiança, o preso, ou alguém por ele, poderá prestá-la, mediante simples petição, perante o juiz competente, que decidirá em 48 (quarenta e oito) horas
6-) Para que serve a fiança?
Art. 336, CPP
	Art. 336.  O dinheiro ou objetos dados como fiança servirão ao pagamento das custas, da indenização do dano, da prestação pecuniária e da multa, se o réu for condenado.
R$ CUSTAS +
R$ INDENIZAÇÃO DO DANO CIVIL +
R$ PRESTAÇÃO PECUNIÁRIA +
R$ MULTA +
____________________________________________
 FIANÇA
7-) Quebra da fiança:
Art. 341, CPP
Arts. 327 e 328, CPP
8-) O que acontece caso seja quebrada a fiança:
Art. 343, CPP → perda da ½ do valor
	Art. 343.  O quebramento injustificado da fiança importará na perda de metade do seu valor, cabendo ao juiz decidir sobre a imposição de outras medidas cautelares ou, se for o caso, a decretação da prisão preventiva. 
9-) Perdimento:
Art. 344, CPP
	Art. 344.  Entender-se-á perdido, na totalidade, o valor da fiança, se, condenado, o acusado não se apresentar para o início do cumprimento da pena definitivamente imposta.
10-) Restituição:
Art. 337, CPP
	Art. 337.  Se a fiança for declarada sem efeito ou passar em julgado sentença que houver absolvido o acusado ou declarada extinta a ação penal, o valor que a constituir, atualizado, será restituído sem desconto, salvo o disposto no parágrafo único do art. 336 deste Código
 
Prisão Cautelar
Prisão Preventiva
1-) Fases:
I.P
Processo
2-) Pressupostos:
“periculum in mora” → Requisitos 
“fumus boni iuris” → Indícios de autoria e materialidade delitiva
3-) Requisitos:
Art. 312, CPP
	Desde que exista prova da existência do crime ou indícios de autoria:
Garantia da ordem pública/econômica
+
Conveniência da instrução criminal
OU
Assegurar a aplicação da lei penal
Art. 313, CPP
	I – Crimes punidos com pena privativa de liberdade máxima > 4 anos
II – Condenado por outro crime doloso
III – Tratar-se de crime de violência doméstica e familiar contra mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência
Parágrafo Único – Dúvidas sobre a identificação
Prisão Cautelar
Prisão Temporária
1-) Previsão legal:
Lei n° 7.960/89
2-) Hipóteses de cabimento:
Investigações de crimes graves
	Art. 1º Caberá prisão temporária:
I - quando imprescindível para as investigações do inquérito policial;
II - quando o indicado não tiver residência fixa ou não fornecer elementos necessários ao esclarecimento de sua identidade;
III - quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer prova admitida na legislação penal, de autoria ou participação do indiciado nos seguintes crimes:
a) homicídio doloso (Art. 121, caput, e seu § 2º);
b) seqüestro ou cárcere privado (Art. 148, caput, e seus §§ 1º e 2º);
c) roubo (Art. 157, caput, e seus §§ 1º, 2º e 3º);
d) extorsão (Art. 158, caput, e seus §§ 1º e 2º);
e) extorsão mediante seqüestro (Art. 159, caput, e seus §§ 1º, 2º e 3º);
f) estupro (Art. 213, caput, e sua combinação com o Art. 223, caput, e parágrafo único);
g) atentado violento ao pudor (Art. 214, caput, e sua combinação com o Art. 223, caput, e parágrafo único);
h) rapto violento (Art. 219, e sua combinação com o Art. 223, caput, e parágrafo único);
i) epidemia com resultado de morte (Art. 267, § 1º);
j) envenenamento de água potável ou substância alimentícia ou medicinal qualificado pela morte (Art. 270, caput, combinado com Art. 285);
l) quadrilha ou bando (Art. 288), todos do Código Penal;
m) genocídio 
n) tráfico de drogas 
o) crimes contra o sistema financeiro 
3-) Prazo:
5 dias, prorrogáveis por + 5 dias
30 dias, prorrogáveis por + 30 dias (hediondo)
	Art. 2º A prisão temporária será decretada pelo Juiz, em face da representação da autoridade policial ou de requerimento do Ministério Público, e terá o prazo de 5 (cinco) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade.
4-) Procedimento:
Representação da autoridade policial
Requerimento do MP
Não pode ser decretada de ofício pelo juiz
Juiz → 24 horas para decidir sobre o requerimento ou a representação
Deverá a ordem de prisão ser expedida em 2 vias
Prisão em Flagrante
1-) Hipóteses:
Flagrante → Art. 302, CPP
	Art. 302, I, CPP → Flagrante Próprio
Art. 302, II, CPP → Flagrante Próprio
Art. 302, III, CPP → Flagrante Impróprio ou Quase Flagrante
Art. 302, IV, CPP → Flagrante Presumido ou Ficto
	Flagrante provocado ou Preparado → O agente é induzido à prática de um crime por terceiro. (Súmula 145 do STF).
Flagrante Esperado → espera o momento da execução pra realizar o flagrante
Flagrante Forjado → É criada provas na busca de se incriminar e prender alguém em flagrante.
2-) Processamento:
	Art. 306.  A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz competente, ao Ministério Público e à família do preso ou à pessoa por ele indicada.  
        § 1o  Em até 24 (vinte e quatro) horas após a realização da prisão, será encaminhado ao juiz competente o auto de prisão em flagrante e, caso o autuado não informe o nome de seu advogado, cópia integral para a Defensoria Pública.   
        § 2o  No mesmo prazo, será entregue ao preso, mediante recibo, a nota de culpa, assinada pela autoridade, com o motivo da prisão, o nome do condutor e os das testemunhas. 
 
   Art. 310.  Ao receber o auto de prisão em flagrante,
o juiz deverá fundamentadamente:  
        I - relaxar a prisão ilegal; 
        II - converter a prisão em flagrante em preventiva, quando presentes os requisitos constantes do art. 312 deste Código, e se revelarem inadequadas ou insuficientes as medidas cautelares diversas da prisão; 
        III - conceder liberdade provisória, com ou sem fiança. 
        Parágrafo único.  Se o juiz verificar, pelo auto de prisão em flagrante, que o agente praticou o fato nas condições constantes dos incisos I a III do caput do art. 23 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, poderá, fundamentadamente, conceder ao acusado liberdade provisória, mediante termo de comparecimento a todos os atos processuais, sob pena de revogação
PROCESSO é o instrumento pela qual o Estado exerce o Poder Jurisdicional
 Limitação
 PROCESSO
Poder Jurisdicional
 ESTADO 
Ação Penal Pública (Denúncia - MP)
Art.100, CP
Ação Penal Pública Incondicionada
Art.24, CPP + Art.100, §1º, CP
Ação Penal Pública Condicionada à Representação
Art.24, CPP + Art. 100, §1º, CP
Ação penal Pública Condicionada à Requisição
Art.24, CPP + Art. 100, §1º, CP
Ação Penal Privada (Queixa – Ofendido/Representante)
Art.30, CPP
Ação Penal Privada Propriamente dita ou Exclusiva
Art.30, CPP + Art. 100, §2º, CP
Ação Penal Privada Personalíssima
Art.30, CPP + Art. 100, §2º, CP
Ação Penal Privada Subsidiária da Pública
Art.30, CPP + Art. 100, §3º, CP

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