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Ação Penal - 2021- 1 (1)

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28/07/2021
Processo Penal
Prof. Carlos Eduardo Imaizumi 
carlos.imaizumi@docente.unip.br
Matérias
• Investigação Preliminar
• Ação Penal
• Competência
• Sujeitos Processuais
• Questões e processos incidentes
1
2
28/07/2021
LIDE PENAL
Estado - Ius Puniendi e Ius
Persequendi
X 
Indivíduo - Ius Libertatis
Persecução 
Penal –
Persecutio
Criminis
• Praticado o fato delituoso “o
direito/dever de punir do Estado sai de
sua abstração hipotética e potencial (ius
puniendi in abstrato) para buscar
existência concreta e efetiva (ius puniendi
in concreto).
• A aparição do delito faz com que o
Estado se movimente (persecutio criminis)
visando a satisfação de sua pretensão.
3
4
28/07/2021
Persecução 
Penal
• Persecutio criminis: o caminho
percorrido pelo Estado-Administração
visando a aplicação da uma pena ou
medida de segurança àquele que
cometeu uma infração penal.
• 02 fases: - 1) Investigação criminal -2)
Ação Penal
Persecução 
Penal - Fases
• 1ª fase – investigação preliminar – investiga-se
a notícia da infração penal visando verificar a
sua real ocorrência e quem seria o seu autor
(art. 4º, caput, do CPP). Objetivo: fornecer
elementos ao órgão acusador para a análise da
notícia criminal e, se for o caso, tomar
providências, seja realizando acordos, seja
dando início a ação penal (formação opinio
delicti).
• 2ª fase – ação penal – o órgão acusador, em
regra, o Ministério Público ou a vítima
(dependendo da titularidade), ingressam com
ação penal. Aqui devem se fazerem presentes o
contraditório e a ampla defesa.
5
6
28/07/2021
Infração 
Penal
Investigação 
Preliminar Ação Penal
1ª Fase –
Investigação 
Preliminar –
Fase 
Administrativa
Multiplicidade 
de órgãos
• Poder Legislativo – C.P.I. - Art. 58, § 3º da CF -
Lei nº 10.001/2000 – suas conclusões são
remetidas ao MP ou outras Autoridades, que
deverão dar respostas em 30 dias.
• Autoridades Militares – IPM – Artigo 8º do CPM
– crimes militares, presididos por oficiais de
carreira.
• Ministério Público – Inquérito Civil – Lei
7.347/85 e P.I.C. – Resolução nº 181/2017 –
CNMP.
• Investigação defensiva – provimento 188/2018 e
previsão no art. 13 do projeto do novo CPP
7
8
28/07/2021
1ª Fase –
Investigação 
Preliminar –
Fase 
Administrativa
• Polícia Judiciária – Inquérito Policial -.
Procedimento a cargo da Polícia Civil –
Polícia Estadual (crimes estaduais) e Polícia 
Federal (crimes de competência da Justiça
Federal) - art. 4º do CPP. CF – artigo 144, §
4º.
• Termo circunstanciado – Lei 9.099/95 –
meio de investigação de infrações de menor 
potencial ofensivo.
Polícia – politia
- polis
• Polícia: conjunto de serviços organizados
pela Administração Pública para assegurar
a ordem pública e garantir a integridade
física e moral das pessoas, mediante
limitações impostas à atividade pessoal.
Administrativa/Preventiva
• Espécies
Judiciária/repressiva
9
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28/07/2021
Polícias Judiciária e Administrativa
• Polícia Judiciária/Polícia Civil (Estadual e Federal). Estruturada em carreira
(bacharel em direito, concursados e tratamento protocolar semelhantes das
demais carreiras jurídicas)– Art. 3º da Lei nº 12.830/13.
• Funções: Auxiliar o Poder Judiciário e realizar o inquérito policial – art. 144, §
1º e § 4º, da CF.
• Polícia Administrativa: Polícias Militares, Rodoviárias, Ferroviárias e
Marítimas.
• Funções: de prevenção e preservação da ordem. Evitar a prática de infrações
penais.
Inquérito Policial
(Arts. 4º ao 23 do 
CPP)
Conceito: trata-se de um conjunto de diligências
realizadas pela Polícia Judiciária para a apuração
de uma infração penal e sua autoria, a fim de que
o titular da ação (Ministério Público ou
querelante) possa ingressar em juízo ou tomar
outra providência relacionada a persecução
penal.
Autoridade Policial – somente IP??
VPI – Verificação de Procedência de Informações
– Art. 5º, § 3º, do CPP. (Informativo n° 580 do
STF).
Termo Circunstanciado – Infrações de menor
potencial ofensivo – Lei 9.099/95.
11
12
28/07/2021
Inquérito Policial 
– Características 
Conceituais
Procedimento administrativo e Inquisitivo a cargo do
Delegado de Polícia (art.2º, §1º, da Lei 12.830/13).
Não resulta na imposição de aplicação de uma sanção
como resultado imediato das investigações, razão pela
qual inexige contraditório e ampla defesa. Exceções:
Inquérito para a expulsão de estrangeiro e 14-A CPP.
Sigiloso (art.20 do CPP), Escrito (art.9º) e não
obrigatório (art.12)
Constituído por uma série de diligências cuja
finalidade é a obtenção de elementos informativos
para o titular da ação penal formar a sua opinio delicti
e tomar as providências visando a pretensão punitiva,
seja propondo ação penal ou realizando acordos com o
possível autor da infração penal.
Polícia Judiciária
Competência e 
Atribuição 
• Competência e Atribuição: art. 4º do CPP – “A
polícia judiciária será exercida pelas autoridades
policiais no território de suas respectivas 
atribuições e terá por fim a apuração das
infrações penais e da sua autoria. Parágrafo
único. A competência definida neste artigo não
excluirá a de autoridades administrativas, a
quem por lei seja cometida à mesma função”.
Territorial
• Critérios Material
Em razão da pessoa (vítima)
• Não ha nulidade na fase de inquérito por
desobediência a atribuição da Autoridade
Policial.
13
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28/07/2021
Finalidade 
do 
Inquérito
Investigação não é instrução processual.
• Objeto da investigação obtenção de dados informativos
para que o órgão da acusação verifique ser viável ou não
a ação penal ou A.N.P.P.. Nos termos do art. 2º, § 1º, da
Lei nº 12.830/13 - apuração das circunstâncias, da
materialidade e da autoria das infrações penais.
• Duas acepções:
• oportunizar a responsabilização de quem contribui para
o crime
• Evitar que inocentes sejam alocados no polo passivo de
demanda penal.
• Ainda serve para dar justa causa (lastro indiciário) para
medidas cautelares durante o processo penal.
Finalidade do 
Inquérito
• É importante verificar que a prova
vertida para o inquérito policial não tem
por finalidade o convencimento do juiz.
• Art. 155 do CPP: O juiz formará sua
convicção da livre apreciação da prova
produzida em contraditório judicial, não
podendo fundamentar sua decisão
exclusivamente nos elementos
informativos colhidos na investigação,
ressalvadas as provas cautelares, não
repetíveis e antecipadas.
15
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28/07/2021
Valor probatório 
do Inquérito 
Policial – Art. 
155 do CPP
Exceções
Provas cautelares: risco de
desaparecimento da prova. Ex: busca e
apreensão/interceptações. Contraditório
diferido.
Não repetíveis: uma vez produzida, não
tem como ser repetida. Ex. laudos
periciais. Contraditório diferido
Antecipadas: produzidas antes do
momento oportuno, em razão da
urgência e relevância. Ex. oitivas de
testemunhas com risco de morte.
Contraditório real.
Destinatários
• Destinatários imediatos são o
Ministério Público, titular da ação
penal pública e o ofendido, titular da
ação penal privada.
• Destinatário mediato é o juiz de
garantias - utilizará dos elementos de
informação para o recebimento da
peça inicial acusatória e formação do
seu convencimento quanto à
necessidade de decretação de
medidas cautelares, dentre elas a
prisão preventiva.
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28/07/2021
Características
• Escrito (art.9º) – podem ser utilizadas as novas
ferramentas de perpetuação dos elementos
(gravação, estenotipia, etc.).
• Sigiloso (art. 20 e parágrafo único) –
Imprensa/Público em geral, MP e advogados -
acesso (Súmula 14 do STF).
• Inquisitivo e discricionário (Art.14 do CPP e 2,
§2º, da 12.830/13).
• Oficialidade e Autoritariedade – Art. 144, § 4º da
CF c.c. art.2º, §1º, Lei 12.830/13.
Características
• Oficiosidade
• Indisponibilidade (art.17) – A Autoridade
Policial não pode arquivar o IP. Mas, ele
tem poder para analisar se é o caso ou
não de instaurar (art. 5º, § 2º, do CPP).
• Dispensabilidade do inquérito – Arts.12;
27; 39, §5º; 46 §1º, todos do CPP. A ação
penal pode ser proposta sem o inquérito
policial.
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2028/07/2021
Prazos 
para 
conclusão
Regra Geral
• Polícia Civil Estadual - Artigo 10 do CPP - prazo de 
10 dias, se o indiciado tiver sido preso em flagrante,
ou preventivamente, ou no prazo de 30 dias,
quando estiver solto, mediante fiança ou sem ela”.
Prorrogações
• § 3º do Art.10 – Investigado solto – sem problemas 
– atenção com a prescrição.
• Artigo 3, § 2º, - Investigado preso, o juiz das
garantias poderá, mediante representação da
autoridade policial e ouvido o Ministério Público,
prorrogar, uma única vez, a duração do inquérito
por até 15 dias, após o que, se ainda assim a
investigação não for concluída, a prisão será
imediatamente relaxada. (Previsão trazida pela Lei
nº 13.964/19 – Eficácia Suspensa – ADI 6298/DF).
Prazos
Hipótese Indiciado Preso Indiciado solto
Regra Geral – CPP 
(art. 10, caput, c/c art. 3º-B, 
§ 2º, do CPP).
10 dias (+ 15) 30 dias + Prorrogáveis
Inquérito Policial Federal 15 dias (+ 15) 30 dias
Inquérito Policial Militar 20 dias 40 dias (+ 20)
Lei de Drogas - (Lei nº 
11.343/2006)
30 dias (+ 30) 90 dias (+ 90)
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28/07/2021
Contraditório e 
ampla defesa 
no inquérito
• Não são exigidos no inquérito policial
por se tratar de procedimento
administrativo de natureza inquisitória e
informativa. Vide art.14 do CPP
• Exceções - inquérito instaurado a
pedido do ministro da justiça, visando à
expulsão de estrangeiro (lei nº
6.815/1980) e investigação em relação a
agentes de segurança pública e das
forças armadas em investigação criminal
– 14-A do CPP.
Participação 
do Ministério 
Público no 
inquérito
Quem preside o inquérito policial é o
delegado de polícia. O controle externo do
MP, previsto no artigo 129, VII, da CF, não
altera a presidência do IP.
Contudo, se permite a participação do MP
no inquérito, sendo comum a colaboração
entre as autoridades policiais e
ministeriais, como por exemplo, a
formação de forças tarefas – task forces -, 
ou Promotores designados para
acompanhar inquéritos.
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28/07/2021
Participação 
do advogado 
no inquérito 
policial
O Art. 7º, da Lei nº8.906/94 assegura:
VI, b - ingressar nas dependências da
repartição policial (art. 7º, VI, b);
XIV - examinar, em qualquer instituição
responsável por conduzir investigação,
mesmo sem procuração, autos de
flagrante e de investigações de qualquer
natureza, findos ou em andamento, ainda
que conclusos à autoridade, podendo
copiar peças e tomar apontamentos, em
meio físico ou digital.
Participação 
do advogado 
no inquérito 
policial
XXI - assistir a seus clientes investigados durante a
apuração de infrações, sob pena de nulidade
absoluta do respectivo interrogatório ou
depoimento e, subsequentemente, de todos os
elementos investigatórios e probatórios dele
decorrentes ou derivados, direta ou indiretamente,
podendo, inclusive, no curso da respectiva apuração:
a) apresentar razões e quesitos.
Súmula Vinculante 14 -: é direito do defensor, no
interesse do representado, ter acesso amplo aos
Elementos de prova que, já documentados em
procedimento investigatório realizado por órgão
com competência de polícia judiciária, digam
respeito ao exercício do direito de defesa.
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28/07/2021
Participação do 
advogado no 
inquérito policial 
– Artigo 14-A do 
CPP
Art. 14-A. Nos casos em que
servidores vinculados às instituições
dispostas no art. 144 da CF figurarem
como investigados em inquéritos
policiais demais procedimentos, cujo
objeto for a investigação de fatos
relacionados ao uso da força letal
praticados no exercício profissional,
consumado ou tentado, o indiciado
poderá constituir defensor.
Participação do 
advogado no 
inquérito 
policial – Artigo 
14-A do CPP
Equívoco - § 1º ao dizer que o investigado
será citado, podendo constituir defensor em
48 horas.
Necessidade - o § 2º, dispõe que escoado o
prazo, sem nomeação de advogado, a
autoridade deverá intimar a instituição a que
pertence o investigado para, em 48 horas,
indicar defensor para a representação do
investigado.
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28/07/2021
Participação do 
advogado no 
inquérito policial 
– Artigo 14-A do 
CPP
As disposições se aplicam:
• Polícia Federal
• Polícia Rodoviária Federal,
• Polícia Ferroviária Federal,
• Polícia Civil,
• Polícia Militar e Corpo de Bombeiros
Militar,
• Polícias Penais, Federal, Estadual e
Distrital, e
• aos servidores vinculados as Forças
Armadas, desde que os fatos digam
respeito a missões G.L.O..
Notitia Criminis 
– Notícia do 
fato criminoso
• Notitia criminis de COGNIÇÃO IMEDIATA ou
DIRETA (art. 5º, I do CPP) – conhecimento direto
da autoridade, pela imprensa ou através de
comunicação informal ou anônima
(inqualificada/apócrifa)
• Notitia criminis de COGNIÇÃO MEDIATA ou
INDIRETA (art. 5º, II, do CPP) – requisição do
MP, requerimento da vítima, delação,
representação da vítima ou requisição do
Ministro da Justiça. Provocação de terceiro.
• Notitia criminis de COGNIÇÃO COERCITIVA –
auto de prisão em flagrante delito.
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28/07/2021
Etapas do 
Inquérito 
Policial
• Instauração – a partir de uma notitia
criminis.
• Atos de instrução – providências –
Arts. 6º, 7º, 13 e 14 do CPP.
• Conclusão – relatório – Art. 10, §§ 1º
e 2º, do CPP.
Peças Inaugurais do 
Inquérito Policial 
Toda instauração deve 
ser comunicado ao Juiz 
das Garantias (art.3º, 
IV, CPP)
• Portaria – peça escrita que dá início ao IP.
• Auto de prisão em flagrante
• Requerimento do Ofendido ou de seu
representante legal
• Requisição do MP
• Representação do Ofendido ou de seu
representante legal
• Requisição do Ministro da Justiça
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28/07/2021
Diferenças entre 
REQUISIÇÃO, 
REQUERIMENTO, 
COMUNICAÇÃO, 
REPRESENTAÇÃO E 
REQUISIÇÃO DO MJ.
• Requisição do MP - crimes de ação pública. Não se
pode indeferir a requisição – Art. 5º, inciso II, do CPP.
• Requerimento - postulação da vítima ou seu
representante para a instauração de IP - Art. 5º, II.
Formalidades - art. 5º, § 1º. Se indeferido, recurso ao
Chefe de Polícia (art. 5º, § 2º).
• Comunicação/Delação - fornecimento de informações
feito por qualquer um do povo. É válido nos crimes de
ação penal pública incondicionada. Ver art. 301 CPP;
art. 5º, §3º CPP.
• Representação: crimes de ação penal pública
condicionada. A vítima autoriza a tomada de
providências. Delatio Criminis Postulatória.
• Requisição do MJ: ações penais públicas condicionadas
a pedido/requisição do Ministro da Justiça.
Providências –
Artigos 6º e 7º 
do CPP
• Dirigir-se ao local, providenciando para que se não
alterassem o estado e a conservação das coisas, até
a chegada dos peritos.
• Apreender os instrumentos e todos os objetos que
tiverem relação com o fato,
• Colher todas as provas que servirem para o
esclarecimento do fato e suas circunstâncias. –
Ouvir testemunhas, realizar acareações, requisitar
documentos, reprodução simulada dos fatos, etc.
• Ouvir o ofendido.
33
34
28/07/2021
Providências
• Determinar a realização de exame de corpo de delito
• Ouvir o indiciado, ordenando a sua identificação pelo
processo datiloscópico, se possível, e fazer juntar aos
autos sua folha de antecedentes.
• Averiguar a vida pregressa do indiciado de forma
abrangente
• Colher informações sobre a existência de filhos,
respectivas idades e se possuem alguma deficiência e o
nome e o contato de eventual responsável pelos
cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa.
Providências 
Indiciamento
• Indiciamento: ato privativo do delegado de polícia
(art. 2º, § 6º da Lei 12.830/2013) e fundamentado.
Se dá após análise técnico-jurídica do fato, no qual
deverá indicar a autoria, materialidade e as
circunstâncias do crime. A Autoridade Policial sai
do Juízo de probabilidade e passa ao de
possibilidade. Pode ser direto ou indireto. Contra tal
ato – HC. O MP não está vinculado ao indiciamento
ou não quando da ação penal.
• O indiciado deverá ser interrogado pela autoridade
policial, que poderá, para tanto, conduzi-lo
coercitivamente à sua presença, no caso de
descumprimento injustificado da intimação
(art.260). Constitucionalidade???
35
3628/07/2021
Providências
• Regra geral, a autoridade policial não ´´e obrigada a providenciar advogado. A CF, em seu
art. 5º, LXIII, abre a possibilidade para o preso, querendo, entrar em contato com seu
advogado. Assim, caso o indiciado constitua defensor, este poderá acompanhá-lo. Curador
(art.15 – nova leitura) – somente na hipótese de indiciado inimputável (incidente no IP).
• Desindiciamento – não há qualquer impedimento. Pode se dar pela própria Autoridade
Policial (revendo a sua decisão) ou por Habeas Corpus (coacto – determinação judicial).
• O art. 6º, VIII reproduz como deve ser feito o processo de identificação do indiciado.
Porém, a Lei nº 12.037/09 dispõe sobre a identificação criminal do civilmente identificado,
regulamentando o art. 5º, inciso LVIII, da Constituição Federal.
Lei 12.037/09 – Principais regras
• Regra Geral: civilmente identificado não é submetido a
criminal (art.1º).
• Documentos civis: RG, CTPS, Carteira Profissional ou de
identificação profissional, Passaporte, e ainda documentos
análogos militares (art.2º).
• Exceções: documentos com rasura ou indícios de falsificação
ou insuficientes para o seu fim; documentos da mesma pessoa
com dados divergentes; necessidade da identificação para
investigação, com autorização judicial; pessoas com outros
registros e qualificações; má conservação ou expedidos em
tempo e locais distantes (art.3º).
• Identificação: datiloscópica, fotográfica e genética (art.5º).
37
38
28/07/2021
Providências
• Ao inquérito deve ser ainda juntada a sua folha
de antecedentes, sendo averiguada a sua vida
pregressa, e se for conveniente, procedida a
identificação mediante tomada fotográfica. A
vida pregressa e os antecedentes são de suma
importância ao Magistrado para a fixação da
pena.
• Ademais, a Lei nº 12037/09, sofreu alteração
pela Lei do Pacote Anticrime, que dispôs no
artigo 7º-C o Banco nacional Multibiométrico.
Outras funções 
da Polícia 
Judiciária – Art. 
13 do CPP
• Fornecer ao juiz as informações
necessárias à instrução e julgamento dos
processos;
• Realizar as diligências requisitadas pelo
juiz ou pelo MP;
• Cumprir os mandados de prisão;
• Representar acerca da prisão preventiva.
39
40
28/07/2021
Crimes ligados a sequestro 
e cárcere privado, tráfico 
de pessoas e de criança ou 
adolescente para o exterior 
– Arts.148, 149, 149-A, § 3º 
do art.158 do CP e 239 do 
ECA 
• Ministério Público ou o Delegado de Polícia
podem requisitar, de quaisquer órgãos do poder
público ou de empresas da iniciativa privada,
dados e informações cadastrais da vítima ou de
suspeitos, que deverá ser atendida no prazo de
24 horas (artigo 13-A).
• Se necessário o Ministério Público ou o
Delegado de Polícia poderão requisitar,
mediante autorização judicial, às empresas
prestadoras de serviço de telecomunicações
e/ou telemática que disponibilizem
imediatamente os meios técnicos adequados –
como sinais, informações e outros – que
permitam a localização da vítima ou dos
suspeitos do delito em curso (art. 13-B).
Encerramento
Relatório: peça final na qual a AP relata o que foi apurado no IP, as
principais diligências, as testemunhas que não foram localizadas, etc. Não é
recomendado juízo de valor, salvo os crimes da Lei nº 11.346/06 para
justificar a classificação do crime. Doutrina majoritária – Relatório é
descritivo.
• Feito o relatório, os autos serão remetidos ao juízo competente,
acompanhados dos instrumentos do crime e dos objetos que interessam à
prova (art.11), oficiando-se, ainda, ao Instituto de Identificação e
Estatística, mencionando o juízo a que tiverem sido distribuídos e os dados
relativos à infração e ao indiciado (art.23).
41
42
28/07/2021
No Fórum 
Inquérito de crime de 
ação penal privada
Ofendido
Os autos quando remetidos ao Fórum,
aguardam o oferecimento de queixa-crime
durante o prazo decadencial (Art.19). 06
meses
Não há necessidade do ofendido solicitar o
arquivamento do Inquérito. Se entender
que não há elementos para dar início ao
processo, basta deixar escoar o prazo
decadencial. Não oferecida a queixa, há a
extinção da punibilidade.
No Fórum 
Inquérito de crime de 
ação penal pública
Ministério Público
1) Devolver requisitando NOVAS DILIGÊNCIAS
(Art.16). Falta de lastro indiciário. Prisão?!? –
incompatibilidade.
2) ORDENAR O ARQUIVAMENTO - (Art.28)
a) Falta de pressuposto ou condição para o
exercício da ação penal;
b) Ausência de justa causa;
c) Excludente de ilicitude ou de culpabilidade,
salvo a inimputabilidade;
d) Causa extintiva da punibilidade.
3) ACORDO DE NÃO PERSECUÇÃO PENAL –
A.N.P.P. – Art. 28-A. do CPP.
4) DENÚNCIA – INGRESSO DE AÇÃO PENAL –
Art.24 do CPP.
43
44
28/07/2021
Arquivamento 
– Art. 28 – Lei 
13.964/19-
A Autoridade Policial não determina o 
arquivamento do IP – Art. 17 do CPP.
O arquivamento é função exclusiva do
MP. O Promotor de Justiça analisa o caso
e verificando a impossibilidade de ingresso
de ação penal, ordena o seu
arquivamento, comunicando os
interessados (vítima, investigado e a AP).
Sua decisão deverá ser reanalisada por
um órgão superior no próprio MP e a
vítima poderá recorrer do arquivamento.
Arquivamento
• “Art. 28. Ordenado o arquivamento do inquérito
policial ou de quaisquer elementos informativos
da mesma natureza, o órgão do Ministério
Público comunicará à vítima, ao investigado e à
autoridade policial e encaminhará os autos para
a instância de revisão ministerial para fins de
homologação, na forma da lei.
• § 1º Se a vítima, ou seu representante legal, não
concordar com o arquivamento do inquérito
policial, poderá, no prazo de 30 (trinta) dias do
recebimento da comunicação, submeter a
matéria à revisão da instância competente do
órgão ministerial, conforme dispuser a respectiva
lei orgânica.
• § 2º Nas ações penais relativas a crimes
praticados em detrimento da União, Estados e
Municípios, a revisão do arquivamento do
inquérito policial poderá ser provocada pela
chefia do órgão a quem couber a sua
representação judicial.”
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Arquivamento 
– Art. 28 – Lei 
13.964/19
Homologação pela instância ministerial
Âmbito Estadual: art. 10, IX, “d” da Lei nº
8.625, a atribuição compete ao PGJ – 
Procurador Geral de Justiça.
Âmbito Federal: MP federal, bem como do
Distrito Federal/Territórios, a competência
para confirmar o arquivamento,
homologando-o; requisitar diligências; ou
requisitar outro Promotor para oferecer a
denúncia cabe as CCR - Câmaras de 
Coordenação e Revisão, nos termos da Lei
Complementar nº 75/93.
Arquivamento –
Art. 28, § 1º –
Lei 13.964/19
Recurso
§ 1º - faculdade conferida à vítima,
possibilitando que esta ofereça razões, diante
do seu inconformismo, com o arquivamento, no 
prazo de 30 dias.
Nas ações penais relativas a crimes praticados
em detrimento da União, Estados e Municípios,
a revisão do arquivamento do inquérito policial,
melhor dizendo, as razões poderão ser
apresentadas, respectivamente pela Advocacia
da União; Procuradoria do Estado e
Procuradoria do Município.
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Redação ainda 
válida
Art. 28. Se o órgão do Ministério Público,
ao invés de apresentar a denúncia,
requerer o arquivamento do inquérito
policial ou de quaisquer peças de
informação, o juiz, no caso de considerar
improcedentes as razões invocadas, fará
remessa do inquérito ou peças de
informação ao procurador-geral, e este
oferecerá a denúncia, designará outro
órgão do Ministério Público para oferecê-
la, ou insistirá no pedido de arquivamento,
ao qual só então estará o juiz obrigado a
atender.
Observações
• Ato complexo – pedido do Promotor +
homologação do Juiz – Poder Judiciário é quem
determina o arquivamento.
• Não há previsão de recurso por parte da
vítima.
• Discordância do Juiz – reanálise pelo PGJ
(MPE) para ou Câmera de Coordenação e
Revisão (MPF)
• Concordância – Juiz é obrigado a arquivar.
• Discordância – PGJ/PGR denuncia ou designa
outro Promotor para denunciar.
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Coisa Julgada no 
Arquivamento do 
IP de acordo com a 
redação original
• Regra geral, não fazcoisa julgada material.
Surgindo novas provas, o inquérito policial pode
ser reaberto pela Autoridade Policial (art.18 do
CPP). Há apenas coisa julgada formal, seguindo
a cláusula rebus sic stantibus.
• Exceções: o arquivamento fará coisa julgada
material, quando arquivado: a) por atipicidade e
b) extinção da punibilidade.
• Súmula 524 do STF - Arquivado o inquérito
policial, por despacho do juiz, a requerimento
do promotor de justiça, não pode a ação penal
ser iniciada, sem novas provas.
Procedimento 
investigativo –
Juizado 
Especial – Lei 
9.099/95.
• Termo circunstanciado – procedimento de
investigação simplificado para apurar as
infrações de menor potencial ofensivo (crimes
com penas máximas não superiores a 02 anos e
todas as contravenções penais) – Art. 69 da Lei
nº 9.099/95.
• Características:
 Termo de compromisso de comparecimento –
não há prisão em flagrante e aplicação de
fiança;
 Simplificação da prova pericial;
 Envio para o Juizado Especial Criminal -
composição e a transação penal.
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Procedimento 
investigativo –
Juizado Especial 
– Lei 9.099/95.
• Observações:
 Pode haver instauração de IP, quando
houver complexidade do caso ou o
autor do fato for desconhecido.
 Não cabe em casos de violência
doméstica contra a mulher (Art. 41 da
Lei nº 11.340/06) e em infrações penais
militares (art.90-A).
Da Ação Penal
(Artigos 24 a 62 do 
CPP)
• Conceito: é o direito público subjetivo do
Estado-Administração, titular do poder-
dever de punir, ou do ofendido de pleitear
ao Estado-Juiz a aplicação do direito penal
objetivo, com a consequente satisfação
da pretensão punitiva.
• Fundamento: artigo 5º, XXXV, da CF, que
diz: "A lei não excluirá da apreciação do
Poder Judiciário lesão ou ameaça a
direito".
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Condições da ação
Genéricas 
• Possibilidade jurídica do pedido
• Legitimatio ad causam
• Interesse para agir
• Justa Causa
Específicas – Condições de 
Procedibilidade
• Representação do ofendido
• Requisição do Ministro da Justiça
• Laudo provisório de drogas (Lei 
11.343/06
Pressupostos Processuais
Requisitos de admissibilidade para o conhecimento de 
um conflito pelo Poder Judiciário
Existência
• Subjetivos: um órgão jurisdicional e
da capacidade de ser parte (aptidão
de ser sujeito processual).
• Objetivo: é a própria demanda (ato
que instaura um processo, ato de
provocação).
Validade 
• Subjetivos: dizem respeito ao juiz
(competência e imparcialidade) e às
partes (capacidade processual e
postulatória).
• Objetivos: pressupostos necessários
para o correto desenvolvimento do
processo, como, por ex., ausência de
coisa julgada, litispendência, etc.
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Classificação das 
Ações –
Titularidade – Art. 
100 e 24 do CPP
• Quanto a titularidade tem-se que as ações
penais são promovidas, em regra geral,
pelo Ministério Público, ou, então, pelo
ofendido, seus representantes, ou seus
sucessores (CADI).
• Pretensão Punitiva pertence ao Estado,
logo é um órgão estatal quem busca, em
juízo, a satisfação desta pretensão. No
caso o Ministério Público.
• Ofendido – titularidade inicial ou,
subsidiária (artigo 5º, LIX, da CF e art. 29
do CPP). Legitimação extraordinária ou
substituição processual.
Classificação das Ações –
Quanto a titularidade
Ação 
Penal 
Pública 
Ministério 
Público Denúncia
Ação Penal 
Privada Ofendido Queixa
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Classificação
à requisição do MJ à representação
condicionada incondicionada
pública
exclusiva subsidiária da púb. personalíssima
privada
ação penal
Ação penal 
pública (noções 
gerais e 
conceito)
• Conceito: é a proposta pelo MP, através
da denúncia. A ação penal pode ser
promovida com base no inquérito policial
(regra geral) ou com base em outros
documentos escritos, fornecidos por
qualquer pessoa (ver artigo 27 do CPP).
• Prazo: o MP tem prazo para propor ação
penal, caso inerte, a legitimidade passa
também ao ofendido - artigo 5º, LIX, da
CF e artigo 100, § 3º, do Código Penal, e
artigo 29, do CPP (ação penal privada
subsidiária da pública). Regra geral – 05
dias - réu preso / 15 dias réu solto –
Art.46
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Ação Penal 
Pública 
Incondicionada 
e Condicionada
• Incondicionada: quando o seu exercício não se
subordina a qualquer requisito. Pode ser
iniciada sem a manifestação de vontade de
qualquer pessoa.
• Condicionada: exercida também pelo MP, mas
só mediante representação (autorização) do
ofendido ou requisição (requerimento lastreado
em lei) do Ministro da Justiça (art. 100, § 1º, CP).
Nesse tipo de ação, as expressões “somente se 
procede mediante representação”, “somente se 
procede mediante requisição do Ministro da 
Justiça” são previstas na lei. São condições de
procedibilidade para o exercício da ação.
Ação penal pública (noções gerais e 
conceito)
Pública Incondicionada
• Espécies
Representação da vítima
Pública condicionada
Requisição do Ministro da Justiça
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Representação 
do Ofendido
Conceito: é a autorização do ofendido para
que a ação penal possa ser iniciada pelo
MP, através de denúncia. Inexistindo
representação, falta condição específica
para a ação penal. Condição de
procedibilidade – natureza jurídica.
Características: não exige formalidades,
deve apenas expressar, de maneira
inequívoca, a vontade da vítima de ver seu
ofensor processado. Pode ser dirigida ao
Ministério Público ou a Autoridade
Policial (art. 39 do CPP) e ser escrita
(regra) ou oral, a ser reduzida a termo.
Representação 
do Ofendido
Ofendido com 18 anos ou capaz – somente 
ele.
Ofendido menor ou incapaz – seus
representantes
Titular Procurador
Morte ou ausência – CADI – art. 24, § 1º
Pessoa jurídicas – indicados no estatuto
social – art. 37
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Representação 
do Ofendido
Prazo: artigo 38 do CPP - 06 meses a contar do
dia em que a vítima ou seu representante legal
veio a tomar ciência de quem é o autor do crime.
Destinatários: Juiz? MP e Autoridade Policial.
Retratação: segundo o art. 25 do CPP, pode o
ofendido retratar-se até o oferecimento da
denúncia. Pode haver a retratação da
retratação?? Discussão doutrinária.
Lei Maria da Penha: retratação somente perante
o juiz, em audiência especialmente designada
com tal finalidade, antes do recebimento da
denúncia e ouvido o Ministério Público (art.16 Lei
11.340/06)
Requisição do 
Ministro da 
Justiça
• Conceito: ato político e discricionário pelo qual o
Ministro da Justiça autoriza o Ministério Público a
propor a ação penal pública nas hipóteses legais. Não
tem prazo para o seu oferecimento – prescrição.
• Natureza jurídica: condição de procedibilidade.
Eficácia objetiva – ofertada em relação a um, vale
contra todos.
• Destinatário: somente o MP, na pessoa do
Procurador Geral.
• Incidência: arts 7.º, § 3.º, “b”, e 141, I, c.c. o
parágrafo único do art. 145, do CP, e art. 26 da Lei de
Segurança Nacional).
• Retratação da Requisição: não se admite retratação.
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Princípios da 
ação penal 
pública
• Oficialidade: o autor da ação é órgão oficial - MP.
• Obrigatoriedade/legalidade – releitura - discricionariedade
regrada
• Indisponibilidade: está prevista no artigo 42 do CPP.
• Autoritariedade: são autoridades públicas os órgãos
encarregados da ação penal.
• Oficiosidade: os órgãos encarregados agem de ofício.
• Intranscendência/pessoalidade: a ação penal somente
pode ser proposta contra o autor da infração penal.
Ação 
Penal 
Privada
• Conceito: proposta pelo ofendido ou seu
representante. Substituição processual ou legitimação
extraordinária. O autor se chama querelante e o réu
querelado. A lei especifica - “somente se procede
mediante queixa”.
Ofendido capaz: ele próprio
Ofendido incapaz ou < de 18
anos: representante
Titularidade
Morte ou ausência do ofendido –
art.31. CADI
Pessoas Jurídicas – Art. 37.
Representantes nos estatutos ou
diretores e sócios gerentes.
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Ação Penal 
Privada
Ação Penal exclusivamente privada
Espécies Ação penal privada personalíssima
(Art. 236do CP)
Ação penal privada subsidiária
(Art.29 do CPP)
Prazo: 06 meses a partir do conhecimento da
autoria. Prazo decadencial
Princípios da 
ação penal 
privada
• Conveniência ou oportunidade: o ofendido
tem a faculdade e não o dever de propor a
ação penal.
• Disponibilidade: ofendido pode desistir ou
abandonar a ação penal privada.
• Indivisibilidade: o ofendido não é obrigado
a entrar com queixa, mas, se o fizer deve
interpor contra todos (art. 48 do CPP).
• Intranscendência: a ação penal somente
pode ser proposta contra o autor da
infração penal, não podendo abranger os
responsáveis civis.
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Causas 
Extintivas da 
Punibilidade 
na Ação Penal 
Privada
• Decadência: perda do direito de ação pelo
decurso do prazo temporal. Art. 38.
• Renúncia: ato unilateral do ofendido que dispõe
sobre o exercício do direito de ação. Pode ser
expressa (art.50) ou tácita (art.57) e feita um dos
autores, estende a todos (art.49). Ocorre antes
do processo.
• Perdão: ato bilateral e ocorre quando a ação já
está proposta. Depende da aceitação por parte
do querelado, que se for incapaz e não tiver
representante, será feito por curador. Feita a um,
estende a todos, com exceção daquele que não o
aceitar (art.51). Pode ser processual ou
extraprocessual e expresso (art.58) ou tácito
(art.57). A aceitação pode ser também expressa
ou tácita (art. 58).
Causas Extintivas 
da Punibilidade 
na Ação Penal 
Privada
• Perempção: a pena imposta ao querelante
negligente.
• Art.60 do CPP prevê as seguintes hipóteses:
I - iniciada a ação, o querelante deixar de
promover o andamento do processo durante 30
dias seguidos;
II - quando, falecendo o querelante, ou sobrevindo
sua incapacidade, não comparecer em juízo, para
prosseguir no processo, dentro do prazo de 60
(sessenta) dias, qualquer das pessoas a quem
couber fazê-lo;
III - quando o querelante deixar de comparecer,
sem motivo justificado, a qualquer ato do processo
a que deva estar presente;
IV – quando o querelante deixar de formular o
pedido de condenação nas alegações finais;
V - quando, sendo o querelante pessoa jurídica,
esta se extinguir sem deixar sucessor.
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