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Controle de jornada dos empregados

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Direito trabalhista (pós-reforma) 
 
 
 
 
CONTROLE DE JORNADA DOS EMPREGADOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 
 
Sumário 
 
Introdução .................................................................................................................................... 2 
 
Objetivo......................................................................................................................................... 2 
 
1. Empregados excluídos do controle de jornada .................................................................. 2 
1.1. Atividade externa .......................................................................................................... 3 
1.2. Gerente ou asemelhado ............................................................................................... 3 
1.3. Teletrabalhador ............................................................................................................ 4 
 
Exercícios ...................................................................................................................................... 5 
 
Gabarito ........................................................................................................................................ 6 
 
Resumo ......................................................................................................................................... 7 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
Introdução 
Nesta apostila você vai conhecer que existem empregados que não se acham 
amparados pela limitação da jornada de oito horas/dia. Você sabe quais são os 
empregados que não estão amparados pelo controle de jornada? 
Há três tipos de empregados, com carteira assinada, que não importa a hora 
que vão iniciar as suas funções e não importa a hora que deixarão as suas funções, 
nunca terão controle de jornada. Várias circunstâncias, sobretudo levam a ocorrer 
essas condições especiais de trabalho, permitindo a recepção do art. 62 da CLT que 
trata dos empregados excluídos do controle de jornada. 
Objetivo 
• Aprofundar o conhecimento sobre os empregados excluídos do controle de 
jornada. 
• Analisar as peculiaridades contratuais e direitos dos empregados excluídos 
do controle de jornada. 
 
1. Empregados excluídos do controle de jornada 
Existem empregados que não se acham amparados pela limitação da jornada 
de oito horas/dia. Em outros termos, a eles não se aplica a restrição constitucional 
dos incisos IX (adicional noturno), XII (horas extras) e XVI (jornada semanal), 
previstos no art. 7º da Constituição Federal. O art. 62 da CLT dispõe: 
Art. 62. Não são abrangidos pelo regime previsto neste capítulo: 
I – os empregados que exercem atividade externa incompatível com a fixação 
de horário de trabalho, devendo tal condição ser anotada na Carteira de Trabalho e 
Previdência Social e no registro de empregados; 
II –os gerentes, assim considerados os exercentes de cargos de gestão, aos 
quais se equiparam, para efeito do disposto neste artigo, os diretores e chefes de 
departamento ou filial; 
III – os empregos em regime de teletrabalho. 
Parágrafo único. O regime previsto neste capítulo será aplicável aos 
empregados, mencionados no inciso II deste artigo, quando o salário do cargo de 
confiança, compreendendo a gratificação de função, se houver, for inferior ao valor 
do respectivo salário efetivo acrescido de 40% (quarenta por cento). 
Portanto, o artigo cuida de três figuras: 
 
3 
 
1) Empregado exercente de atividade externa; 
2) Gerente ou assemelhado; e, 
3) Teletrabalhador. 
Estudaremos a seguir, cada um desses papéis. 
 
1.1. Atividade externa 
O primeiro caso é o de trabalhadores cujo serviço não permite nenhum tipo 
de controle. Assim é o caso do vendedor viajante, cuja condição de trabalho, como a 
de qualquer outro abrangido por essa regra, deve expressamente estar consignada 
em sua CTPS. 
O simples fato de realizar serviço externo não significa dizer que o obreiro não 
possua horário de trabalho. Se tiver como controlar os horários de entrada e de 
saída, mesmo que o empregado realize atividade externa, estará sujeito à jornada 
normal de trabalho, bem como ao pagamento das horas suplementares 
eventualmente laboradas. 
 
1.2. Gerente ou assemelhado 
O inciso II, do art. 62 da CLT, cuida da figura do gerente, que é o empregado 
ocupante de cargo de gestão, não se confundindo com cargo de confiança, que 
veremos adiante quando tratamos da atividade bancária. 
O gerente é aquele que possui poder de mando, podendo contratar, aplicar 
penalidades e dispensar empregados, efetuar compras e transações significativas 
em nome da empresa, obrigando-a, possuindo condições de decidir pelo 
empregador. 
Quando se cuida de gerente bancário, o TST, na súmula n. 287, distinguiu-se o 
gerente de agência do gerente geral. Ao gerente de agência a regência da atividade é 
a prevista no art. 244, §2, da CLT. Ao gerente geral, aplica-se o art. 62, o que inclui 
também, gratificação de no mínimo 40% do salário efetivo. 
Também os trabalhadores que exerçam cargo de confiança, de gerência, com 
poderes de mando, comando e gestão na empresa, desde que percebam um padrão 
mais elevado de vencimentos do que os demais obreiros (percebendo gratificação 
nunca inferior a 40% do salário efetivo) estarão excluídos do controle de jornada, 
não sendo devidas as horas extras eventualmente prestadas. 
 
 
 
 
4 
 
IMPORTANTE! 
 
 
 
 
Por fim, veremos o empregado em regime de teletrabalho. 
 
1.3. Teletrabalhador 
De acordo com o art. 75-B da CLT, considera-se teletrabalho a prestação de 
serviços preponderantemente fora das dependências do empregador, coma 
utilização de tecnologias de informação e de comunicação que, por sua natureza, 
não se constituam como trabalho externo. 
É importante destacar que o comparecimento às dependências do 
empregador para a realização de atividades específicas que exijam a presença do 
empregado no estabelecimento não descaracteriza o regime de tele trabalho, e que 
tais empregados, de acordo com o art. 62, III, da CLT, não possuem jornada de 
trabalho. 
A inserção dos teletrabalhadores no rol do art. 62 da CLT, isto é, fora das 
normas relacionadas a duração do trabalho, justificou-se pelo fato de o serviço ser 
executados a distância e o empregador não poder fisicamente fiscalizar a execução 
da prestação de serviço. 
Tal modalidade deverá constar expressamente do contrato individual de 
trabalho, que especificará as atividades que serão realizadas pelo empregado, 
podendo ser realizada por determinação do empregador, garantido prazo de 
transição mínimo de quinze dias, a alteração entre regime presencial e de tele 
trabalho desde que haja mútuo acordo entre as partes, registrado em aditivo 
contratual. 
As disposições relativas à responsabilidade pela aquisição, manutenção ou 
fornecimento dos equipamentos tecnológicos e da infraestrutura necessária e 
adequada à prestação do trabalho remoto, bem como ao reembolso de despesas 
arcadas pelo empregado, não integram a remuneração e serão previstas em 
contrato escrito. 
SÚMULA N. 287 – JORNADA DE TRABALHO. GERENTE 
BANCÁRIO – A jornada de trabalho do empregado de 
banco gerente de agência é regida pelo art. 244, §2º, da 
CLT. Quanto ao gerente-geral de agência bancária, 
presume-se exercício de encargo de gestão, aplicando-
se lhe o art. 62 da CLT. 
 
 
5 
 
Exercícios 
1. (Autor, 2019) Empregados em regime de teletrabalho, assim entendidos 
os trabalhadores que, adespeito de fisicamente ausentes da sede do 
empregador, se encontram, por meio telemáticos, nela virtualmente 
inseridos com vista à construção dos objetivos contratuais do 
empreendimento. Acerca do teletrabalho, assinale a alternativa correta: 
a. O comparecimento às dependências do empregador para a realização 
de atividades específicas que exijam a presença do empregado no 
estabelecimento descaracteriza o regime de teletrabalho. 
b. Considera-se teletrabalho a simples prestação eventual de trabalho 
fora das dependências do empregador. 
c. Os empregados em regime de teletrabalho não estão excluídos do 
controle de jornada de trabalho, tendo direito a horas extras, quando 
forem prestadas. 
d. Poderá ser realizada a alteração do regime de teletrabalho para o 
presencial por determinação do empregador, garantindo somente o 
prazo máximo de 10 dias. 
e. O empregado em regime de teletrabalho não é abrangido pelo regime 
celetista da duração do trabalho. 
 
2. (FCC, 2018) Acerca do teletrabalho, de acordo com a legislação vigente, 
a. somente dependerão de previsão em contrato escrito as disposições 
relativas ao reembolso de despesas arcadas pelo empregado, 
podendo aquelas que dizem respeito à responsabilidade pela 
aquisição, manutenção ou fornecimento dos equipamentos 
tecnológicos e da infraestrutura necessária e adequada à prestação do 
trabalho remoto ser negociadas por qualquer meio, inclusive 
verbalmente. 
b. considera-se teletrabalho a prestação de serviços realizada 
integralmente fora das dependências do empregador, com a 
utilização de tecnologias de informação e de comunicação, ainda que 
possa, por sua natureza, ser considerada como trabalho externo. 
c. o comparecimento às dependências do empregador para a realização 
de atividades específicas que exijam a presença do empregado no 
estabelecimento descaracteriza por completo o regime de 
teletrabalho. 
 
6 
 
d. a prestação de serviços na modalidade de teletrabalho deverá constar 
expressamente do contrato individual de trabalho, que especificará as 
atividades que serão realizadas pelo empregado. 
e. o empregador, a seu exclusivo critério, poderá instruir os empregados, 
de maneira expressa, tácita, por escrito ou verbalmente, quanto às 
precauções a tomar a fim de evitar doenças e acidentes de trabalho. 
 
3. (Autor, 2019) Análise as funções abaixo, e assinale a alternativa correta 
que apresenta as funções excluídas do controle de jornada. 
I – O vendedor viajante; 
II – O teletrabalhador; 
III – O gerente de banco; 
a. Todas as afirmações estão corretas. 
b. Apenas as afirmativas II e III estão corretas. 
c. Apenas as afirmativas I e II estão corretas. 
d. Somente a afirmativa II está correta. 
e. Somente a afirmativa III está correta. 
Gabarito 
1. Alternativa E. 
Os empregados em regime de teletrabalho foram incluídos no rol 
daqueles que não são abrangidos pelo regime previsto no Capítulo II do 
Título II da LT, que trata “Das normas gerais de tutela do trabalho”, mas 
especificadamente “da duração do trabalho”. (Art. 62 da CLT). 
2. Alternativa D. 
Art. 75-C da CLT: “A prestação de serviços na modalidade de teletrabalho 
deverá constar expressamente do contrato individual de trabalho, que 
especificará as atividades que serão realizadas pelo empregado.” 
3. Alternativa C. 
O vendedor viajante e o teletrabalhador estão excluídos do regime de 
controle de jornada, por exercerem atividade fora das dependências do 
empregador, o que impossibilita o controle de jornada (Art. 62, incisos I e 
III da CLT). 
 
 
7 
 
Resumo 
O art. 62 da CLT aponta três empregados de carteira assinada, que não tem 
direito a horas extraordinárias, porque esses empregados foram excluídos do 
capítulo jornada de trabalha na CLT. Tudo que se aplica ao empregado no capítulo 
jornada de trabalho não afetam os empregados elencados no art. 62 da CLT. 
Estão excluídos do controle de jornada: 
a) O trabalhador externo, porém essa condição de trabalhador externo deve 
ser anotada na carteira de trabalho; 
b) O empregado em cargo de confiança, o gerente, chefe de departamento 
que deve receber 40% a mais no seu contrato de trabalho; e 
c) o teletrabalho que é o trabalho homeoffice. 
Esses empregados previstos no art. 62 da CLT, podem iniciar o trabalho as 7 
horas da manhã e sair as 23 horas, que não receberão horas extras, justamente por 
estarem excluídos do controle de jornada. Porém, deve se ficar atento a 
peculiaridades de cada um. 
O trabalhador externo não é somente aquele que trabalha na rua, mas sim, 
aquele que não é controlado pelo empregador, isto é, são trabalhadores que 
exercem atividade externa incompatível com a fixação e controle de horário de 
trabalho. 
Para o cargo de confiança é necessário que o empregado efetivamente tenha 
poder de gestão para ser enquadrado no art. 62, II da CLT, portanto, não basta 
apenas ter o nome de “gerente”, o empregado deve ter o poder de gestão além de 
receber gratificação de 40% do salário efetivo. 
E por último o teletrabalho, o trabalho realizado de casa, no qual não há o 
controle de jornada, podendo o empregado iniciar o trabalho as 7 horas e sair as 23 
horas, que não receberá horas extras. Interessante ter ciência que o 
comparecimento às dependências do empregador para a realização de atividades 
que exijam a presença do empregado no estabelecimento não descaracteriza o 
regime de teletrabalho. Não integram a remuneração do teletrabalhador as 
disposições relativas à aquisição, manutenção ou fornecimento de equipamentos 
tecnológicos e infraestrutura adequada à prestação do trabalho remoto, bem como 
ao reembolso de despesas arcadas pelo empregado, e serão previstas em contrato 
escrito. 
 
 
 
 
 
8 
 
Referências bibliográficas 
BRASIL. Consolidação das Leis do Trabalho. Decreto-Lei nº 5.442, de 01.mai.1943. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del5452.htm:>. Acesso em: 22 de março de 2019. 
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil, de 5 de outubro de 1988. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm>.22 de março de 2019. 
CASSAR, Vólia Bomfim. Direito do Trabalho: De acordo com a reforma trabalhista. 14ª edição. São Paulo: 
Método, 2017. 
DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 12ª edição. São Paulo: LTr, 2013. 
FRANCO FILHO, Georgenor de Souza. Curso de Direito do Trabalho: de acordo com a Lei n. 13.467/17 e a MP n. 
808/2017. 4ª edição. São Paulo: LTR, 2018. 
LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de Direito do Trabalho. 11ª edição. São Paulo: Saraiva Educação, 2019. 
MARTINEZ, Luciano. Reforma Trabalhista: entenda o que mudou. 2ª edição. São Paulo: Saraiva Educação, 2018. 
SARAIVA, Renato; SOUTO, Rafael Tonassi. Direito do Trabalho. 20ª edição. Salvador: Editora Juspodivm, 2018. 
SILVA, Homero Batista Mateus da. CLT comentada. 1ª ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2019

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