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Trabalho em Grupo Unopar

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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
CURSO SUPERIOR SERVIÇO SOCIAL
AMANDA CALAZANS DE CAMPOS MOURA
LÍVIA CARVALHO DUPIM
RENATA PEREIRA DE SOUZA
MARY FREITAS FONSECA
ROSÂNGELA APARECIDA FARNÉSI DE SOUZA
O TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL NAS POLÍTICAS PÚBLICAS NA DEFESA DE DIREITOS CONTEMPLADOS PELAS POLÍTICAS SOCIAIS A PARTIR DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988: EDUCAÇÃO, EDUCAÇÃO INCLUSIVA, TERCEIRO SETOR, MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE
CURVELO / MG
2019
AMANDA CALAZANS DE CAMPOS MOURA
LÍVIA CARVALHO DUPIM
RENATA PEREIRA DE SOUZA
MARY FREITAS FONSECA
ROSÂNGELA APARECIDA FARNÉSI DE SOUZA
O TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL NAS POLÍTICAS PÚBLICAS NA DEFESA DE DIREITOS CONTEMPLADOS PELAS POLÍTICAS SOCIAIS A PARTIR DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988: EDUCAÇÃO, EDUCAÇÃO INCLUSIVA, TERCEIRO SETOR, MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE
Trabalho apresentado ao Curso Superior Serviço Social da Universidade Norte do Paraná – Unopar , para as disciplinas: Educação Inclusiva Serviço Social na Educação Seminário da Prática VIII: Tópicos Especiais II Terceiro Setor, Meio Ambiente e Sustentabilidade Trabalho de Conclusão de Curso
Profs: Amanda Boza Paulo Sérgio Aragão Juliana Chueire Lyra Mileni Alves Secon 
Semestre: 7º flex / 8º reg
CURVELO / MG
2019
SUMÁRIO
	Introdução......................................................................................................
	4
	Desenvolvimento............................................................................................ 
	5
	Considerações finais......................................................................................
	13
	Referências bibliográficas..............................................................................
	14
INTRODUÇÃO
“A realidade pode ser mudada só porque e só na medida em que nós mesmos a produzimos, e na medida em que saibamos que é produzido por nós”. (K. Kosik).
O trabalho tem como proposta maior abordar o trabalho do assistente social nas políticas públicas na defesa de direitos contemplados pelas políticas sociais a partir da Constituição Federal de 1988: educação, educação inclusiva, terceiro setor, meio ambiente e sustentabilidade.
Busca dentro das competências, desenvolver o conhecimento sobre a constituição das políticas sociais de educação, inclusão, como direito da população a partir de suas necessidades humanas e dever do Estado administrar suas legislações, com o enfrentamento dos desafios plurais, como o relacionamento com as ferramentais de gestão do Terceiro Setor e a intervenção profissional.
Pesquisa bibliográfica qualitativa auxiliou a construção do trabalho.
No contexto geral, o estudo está relacionado diretamente com o Serviço Social por tratar das relações sociais na atualidade, da relação de direitos e da compreensão histórica de um fenômeno de importante compreensão no mundo acadêmico.
DESENVOLVIMENTO
O Brasil é um país com uma grande e expressiva desigualdade social onde poucos possuem muita riqueza e milhares vivem a beira da miséria. Nos últimos anos, observa-se o registro do ressurgimento da importância do campo de conhecimento denominado políticas públicas, assim como das instituições, regras e modelos que regem sua decisão, elaboração, implementação e avaliação. 
A título de informação, a política pública enquanto área de conhecimento e disciplina acadêmica nasce nos EUA, rompendo ou pulando as etapas seguidas pela tradição europeia de estudos e pesquisas nessa área, que se concentravam, então, mais na análise sobre o Estado e suas instituições do que propriamente na produção dos governos.
Laswell (1936) insere a expressão policy analysis (análise de política pública), em meados do ano de 1930, como meio conciliador do conhecimento científico/acadêmico com a produção empírica dos governos, de igual forma como meio de estabelecer o diálogo entre cientistas sociais, grupos de interesse e governo.
Com relação as politicas públicas, não existe uma única, nem melhor, definição sobre o que seja política pública. Mead (1995) a define como um campo dentro do estudo da política que analisa o governo à luz de grandes questões públicas. 
O Serviço Social bem representado na pessoa do assistente social, atuante no seu campo de atuação vem buscando dentro do projeto ético político, respeito às leis vigentes do país, minimizar as desigualdades sociais. O Assistente Social, consciente da necessidade do compromisso em defesa dos direitos do cidadão, frente a sua formação trabalha com comprometimento e responsabilidade, no campo da educação, educação inclusiva, terceiro setor, meio ambiente e sustentabilidade como parte constitutiva do projeto Ético-político profissional.
No Brasil, o desenvolvimento de políticas públicas sociais, consubstanciando a luta pelos direitos dos cidadãos, como sujeitos possuidores de direitos, constitui uma preocupação dos governantes A partir da aliança entre Estado, Igreja e burguesia, verificou-se a institucionalização do Serviço Social (NETTO, 2005). O Assistente social se mostra engajado neste processo. Conforme atesta Carvalho e Iamamoto (2006, p. 126);
O Serviço Social é requisitado pelas complexas estruturas do Estado e das empresas, de modo a promover o controle e a reprodução (material e ideológica) das classes subalternas, em um momento histórico em que os conflitos entre as classes sociais se intensificam, gerando diversos ‘problemas sociais’ que tendem a pôr a ordem capitalista em xeque.
É notória a necessidade do compromisso do assistente social na defesa dos direitos das pessoas que vivenciam a desigualdade social, na formação permanente e no trabalho com qualidade. Para Iamamoto (1988, p. 144), argumenta que no cotidiano do trabalho do assistente social, faz-se necessário um profissional propositivo, reflexivo, crítico,
[...] que aposte no protagonismo dos sujeitos sociais, versado no instrumental técnico-operativo,com competência para ações profissionais em nível de assessorias, de negociações, de planejamentos, de pesquisa e de incentivo à participação dos usuários em gestão e da avaliação de programas sociais de qualidade.
 A consolidação do segmento de reavaliação do Serviço Social também sofre consequências devido ao movimento de luta pela redemocratização brasileira, com a presença expressiva das classes sociais vinculadas às lutas trabalhistas e à organização da sociedade civil em torno de causas político-sociais. O Estado Democrático de Direito no País, como aponta Raichellis (2006, p. 9).
A promulgação da Constituição de 1988 representou, ao menos no plano jurídico, a promessa de afirmação e extensão dos direitos sociais em nosso país, em consonância com as transformações sócio-políticas e o agravamento da crise social, que exigiam respostas prontas do Estado.
O texto intitulado A construção do perfil do Assistente Social no cenário educacional, da autora Maria Cristina Piana, na sua página 40 relata que o desrespeito às leis complementares da Constituição tem sido a tônica de vários governos, consequentemente temos o descaso com a população trabalhadora e assim as políticas sociais continuam assistencialistas e mantêm a população pobre, grande parte miserável, excluída do direito à cidadania, dependente dos benefícios públicos, desmobilizando, cooptando e controlando os movimentos sociais.
Oliveira (2003, p. 10-11) afirma que o assistente social é chamado a consolidar a cidadania: “É ele o elo mais forte entre o indivíduo e os seus direitos humanos fundamentais”. A função social das políticas tem sido alterada no que diz respeito à qualidade, quantidade e variedade (TRAVESSO 2007). Sua tarefa específica consiste em organizar as funções públicas governamentais para promoção, proteção e recuperação da saúde dos indivíduos e da coletividade (reis, 2011).
As políticas públicas voltadas para a saúde têm sido de grande importância para a
população do país, mesmo com as dificuldades de sua plena implementação. Historicamente, as políticas públicas no Brasil vêm sendo realizadas por meio de práticas assistencialistas, refletindo-se em relações que não incorporam o reconhecimento do direito à saúde. O Assistente social compreende que as politicas sociais ainda vivenciam longos caminhos a percorrer. 
As políticas sociais no Brasil estão relacionadas diretamente às condições vivenciadas pelo País em níveis econômico, político e social. São vistas como mecanismos de manutenção da força de trabalho, em alguns momentos, em outros como conquistas dos trabalhadores, ou como doação das elites dominantes, e ainda como instrumento de garantia do aumento da riqueza ou dos direitos do cidadão (Faleiros, 1991, p.8).
A saúde é a área que mais absorveu o profissional de Serviço Social no Brasil, a partir da década de 1940. O assistente social passou a ter uma expressividade maior neste setor. Assim, a partir do Movimento de Reforma Sanitária, com a Constituição Federal de 1988 e a criação das leis orgânica da saúde, direcionadora de novos modelos de assistência à saúde voltada para sua promoção e para a superação do modelo centrado na doença e nas ações curativas. (IAMAMOTO, 2009).
Com relação à saúde o assistente social busca realocar no centro dos debates a construção de estratégias de resistência e de luta pela construção de uma outra forma de sociabilidade, conscientes da construção e a consolidação dos princípios da Reforma Sanitária permanecem como desafios constantes na agenda contemporânea da política de saúde.
Outro fundamental objeto de atuação do assistente social se remete a educação. Pilar de toda sociedade e direito garantido em lei para todo cidadão. O momento atual é conflitivo, polemico e importante uma vez que discute a educação inclusiva, a ressocialização do cidadão com suas limitações e o direito de se integrara uma a sociedade que respeite, aceite e coopere. 
No campo educacional brasileiro, na ótica de Freitag, (1986) surgiram mudanças consideráveis, pois houve o início de um período em que se desenhou uma certa democratização no ensino, frente a industrialização a necessidade de força de trabalho com mais conhecimento e estudo.
A Educação, nos últimos tempos, ocupou lugar de destaque nas esferas econômica, política e cultural. Legislações brasileiras reformuladas têm defendido uma educação de acesso a todo cidadão, de qualidade e uma iminente inserção no mercado profissional e no mundo do trabalho. 
A partir de 1964, com o início da ditadura militar, o debate popular arrefece, entretanto, o Estado amplia o sistema de ensino, inclusive o superior. Desponta Paulo Freire com um método didático pedagógico inovador de alfabetização e a educação de base que primava por um processo de conscientização e de participação política por meio da aprendizagem das técnicas da leitura e da escrita.
O pensamento de Freire exerceu profunda influência nos profissionais da educação, pois seu método fundamentava-se na prática pedagógica não diretiva, que consistia em passar o homem da condição de “objeto” para a de “sujeito” (Freire, 1980 apud Pinto, 1986, p.66)
A educação vivencia plurais metamorfoses, com importantes transformações. É importante considerar que as reformas educacionais no Brasil ocorreram mediante as crises nacionais e internacionais do sistema capitalista. O assistente social acompanha de perto essas mudanças e prima pelos diretos do cidadão a educação, particularmente em tempo de inclusão social, garantida em lei e que se faça valer. Nesse sentido, afirma Lück et al. (2000, p.9);
O ensino público no Brasil está experimentando transformações profundas. Reformas nacionais juntamente com iniciativas em âmbito estadual e municipal estão alterando as práticas pedagógicas e a organização escolar, na tentativa de dar eficácia à escola e universalizar o seu acesso. Nunca antes na histórica do Brasil a questão da educação pública foi tão evidente na mídia, na vida política e na consciência do cidadão comum. Vem-se reconhecendo amplamente que a educação é um elemento fundamental no desenvolvimento social e econômico e que o ensino no Brasil, especialmente aquele oferecido por setores públicos é insatisfatório diante dos padrões internacionais, tanto na sua quantidade, quanto na sua qualidade.
A historiografia narra períodos terríveis do trato do deficiente na idade média. Após anos de luta em favor do deficiente da pessoa inserida na inclusão social, a legislação federal 1988, no seu artigo 205 define a educação como um direito de todos, que garante o pleno desenvolvimento da pessoa, o exercício da cidadania e a qualificação para o trabalho. Estabelece a igualdade de condições de acesso e permanência na escola como um princípio. Por fim, garante que é dever do Estado oferecer o atendimento educacional especializado (AEE), preferencialmente na rede regular de ensino.
A inclusão social é um dos muitos campos de atuação do assistente social. A questão da deficiência vem sendo discutida e analisada pela sociedade através de diversas atitudes que se modificaram ao longo do tempo. De acordo com Sassaki (2003, p.16):
A sociedade, em todas as culturas, atravessou diversas fases no que se refere às práticas sociais. Ela começou praticando a exclusão social de pessoas que por causa das condições atípicas não lhe pareciam pertencer à maioria da população. Em seguida desenvolveu o atendimento segregado dentro de instituições, passou para a prática da integração social e recentemente adotou a filosofia da inclusão social para modificar os sistemas sociais gerais.
No campo de atuação do assistente social, na visão de Faleiros (1990), existem cotidiano desafios a serem enfrentado no que se remete a intervenção profissional e a implementação das politicas em favor do cidadão. 
O movimento ocorrido no âmbito do Serviço Social latino-americano, a partir da década de 1970, mudou decisivamente os rumos da profissão no continente. Esse processo, denominado Movimento de Reconceituação, desloca o debate da profissão do "metodologismo" até então reinante, para o debate das relações sociais nos marcos do capitalismo, e com ele passa a dar ampla visibilidade à política social como espaço de luta para a garantia dos direitos sociais (FALEIROS, 1990).
São claras as funções desempenhadas pelos assistentes sociais, até meados da década de 1960 que evidenciavam a preocupação com a integração dos indivíduos e a normalização das suas condutas. De modo preocupante, não  se discutia a relação com as políticas sociais, as quais não eram igualmente tratadas no plano analítico, tanto pelo Serviço Social como por outras áreas do conhecimento. Questões de cunho grave não eram tratadas no cotidiano profissional. Assim a  intervenção convergia aos objetivos institucionais de integração social e redução dos "desvios de conduta".
No momento atual, observa-se que a intervenção profissional volta-se para a implementação das políticas nacionais. No primeiro momento, logo após o fim da ditadura, é observada a identificação entre os valores profissionais e os dispositivos constitucionais relativos aos direitos sociais. Nos argumentos de Iamamoto (208);
O Serviço Social enquanto profissão encara nos tempos atuais desafios cada vez mais diversificados, defronta-se com uma lógica de assalariamento ao mesmo passo que se amplia os espaços de trabalho e atuação profissional, o que propicia grandes transformações 7 e impactos frente ao exercício e o cumprimento de sua direção social, portanto o item a seguir resgata o debate da profissão inserida no mundo do trabalho e discute sobre as condições atuais postas ao profissional para efetivar seu projeto profissional.
Dentro de um contexto geral a intervenção profissional no campo da política social e seus desafios na atualidade é um campo de trabalho que vem sendo trabalhado pelos profissionais nas esferas de formulação, gestão e execução da política social é inquestionavelmente parte importante
para o processo de institucionalização das políticas públicas, tanto para a afirmação da lógica da garantia dos direitos sociais, como para a consolidação do projeto ético-político da profissão. Neste sentido, a defrontação dos desafios nesta área torna-se uma questão essencial para a legitimidade ética, teórica e técnica da profissão.
Uma profissão só se afirma e se desenvolve se responder às demandas postas pelos diferentes segmentos da sociedade. (IAMAMAOTO, 1995). Com o advento do Movimento de Reconceituação na década de 1960, a direção teórica e política do Serviço Social passam a mudar. A partir deste marco Barroco (2008) afirma que; 
No contexto da reorganização política da sociedade civil, em defesa da democratização e da ampliação dos direitos civis e sócio - políticos, os valores éticos-políticos inscritos no projeto profissional de ruptura adquirem materialidade, o que evidencia na organização política da categoria, na explicitação de ruptura com o tradicionalismo profissional e no amadurecimento da reflexão de bases marxistas. (BARROCO, 2008, p.168). 
Atualmente o Assistente social conta com uma maior bagagem de instrumentos para a efetivação do seu trabalho. Os profissionais conseguem visualizar os instrumentos que são utilizados e as atividades que realizam, mencionam sobre a impressão do seu olhar especializado nos relatórios e encaminhamentos. (RAICHELLIS, 2006). A Constituição Federal de 1988 definiu instrumentos de participação da sociedade civil no controle da gestão das políticas sociais, estabelecendo mecanismos de participação e implementação destas políticas.
Um ponto fundamental da atuação do assistente social que não pode deixar de ser mencionado se reporta ao Terceiro Setor que se configurou, no perpassar das ultimas décadas, inserido em um contexto social , econômico e político marcado pela complexidade, incerteza , instabilidade e mudanças aceleradas, em uma dimensão globalizada e de grande desenvolvimento tecnológico e científico, em contrapartida , de muita pobreza e desigualdade social .Neste sentido,
Historicamente, as organizações de Terceiro Setor começaram a surgir no país em períodos de regime militar, acompanhando um padrão característico da sociedade brasileira, em que o modelo autoritário convive com a modernização do país e com o surgimento de uma nova sociedade organizada, baseada em ideários de autonomia em relação ao Estado, em que a sociedade civil tende a confundir-se, por si só, com oposição política (TACHIZAWA, 2002).
Com relação aos conceitos, o termo “terceiro setor” tem sido utilizado com frequência crescente e, por mais que , no contexto do Serviço Social , tenha sido recebidas com ressalvas, cuidados , indiferenças e até críticas contundentes , não há como negar a evidência social , econômica e política que esse” setor” tem alcançado no cenário internacional e nacional. (COSTA, 2003). Diante dos conceitos , características , desafios , diversidade e do processo de configuração do terceiro setor , no cenário brasileiro , não há como negarmos a importância da atuação de diferentes profissionais , na perspectiva da ação interdisciplinar, tendo em vista o caráter profissional e técnico que os serviços prestados por esse setor necessitam assumir. Alguns requisitos são fundamentais a todos os profissionais que desejam atuar em organizações do Terceiro Setor.
1. Ter um conhecimento básico sobre o que é o Terceiro Setor e as instituições que o compõem, bem como , mais especificamente, sobre a instituição onde irá desenvolver a sua ação : histórico , objetivos , missão , recursos , proposta de trabalho , dificuldades , possibilidades, limites , público alvo ... 
2. Ter a visão da totalidade institucional, conhecendo o ambiente interno e externo da organização e, principalmente , o papel que pretende cumprir naquele determinado momento histórico e pelo qual deseja ser reconhecida! 
3. Conhecer a legislação atual que fundamenta a política de atuação junto ao segmento atendido pela instituição . Isso significa buscar nas leis pertinentes à ação institucional, respaldo legal para a um trabalho voltado para a garantia dos direitos da população atendida. A Constituição Federal de 1988; a Lei Orgânica da Assistência Social ( LOAS ), o Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA , a Lei Orgânica da Saúde , a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDB, etc., são exemplos do aparato legal que podem contribuir para garantir à ação do técnico , do Serviço Social ou de outras áreas , uma ação mais contextualizada, interdisciplinar e abrangente; 
4. Ter a concepção clara de que população atendida pela instituição é constituída por sujeitos de direitos e não meros objetos da ação profissional ; 
5. Saber atuar em equipe , pois essa participação pressupõe o trabalho conjunto de pessoas que discutem e analisam situações e fatos concernentes ao âmbito de atuação , tomando decisões de encaminhamento e executando-as. Traz a idéia do trabalho coletivo , cujos membros partilham de uma visão claramente definida sobre os objetivos a serem alcançados, tendo em vista a totalidade institucional e a ação interdisciplinar; 
6. Produzir respostas profissionais concretas e práticas para a problemática trabalhada pela instituição , a partir de uma postura reflexiva , crítica e construtiva . Exercer a práxis profissional com compromisso e responsabilidade , primando pela capacidade de denunciar situações que necessitam ser superadas, mas também anunciando as formas de fazê-lo.
Segundo o que informa Melo e Froes (2002), o Terceiro Setor tem demonstrado ser uma alternativa aos problemas sociais e, de forma progressiva, está ocupando alguns espaços que eram tidos como exclusivos do governo, pois, devido às suas visíveis limitações como supridor de serviços, o Estado se vê na obrigação de delegar responsabilidades para gerenciamento dos serviços. Na visão de Schindler e Naigeborin (2004), “o protagonismo dos empreendedores sociais é capaz de produzir desenvolvimento sustentado, qualidade de vida e mudanças de paradigmas”. Queiroz (2004) recomenda que a execução dessas atividades se dê mediante implementação de ferramentas de gestão e controle.
De acordo com Melo Neto e Brennand (2004), a gestão passou a fazer parte dos negócios das organizações sem fins lucrativos, tornando mais efetivas as ações voltadas para garantir sua sustentabilidade. Pereira (2006) constata que o Terceiro Setor não é, portanto, nem público nem privado, e que congrega uma legião de entidades que desempenham papel complementar às ações do Estado na esfera social.
Organizações do Terceiro Setor têm consciência de que além da boa-vontade, é fundamental a profissionalização do pessoal para que um serviço de qualidade tenha destaque pelo seu diferencial (FISCHER, 2004). Neste contexto que a intervenção do assistente social se faz imprescindível, logo, no seu campo de atuação ele é o é responsável por defender e formular as políticas públicas e programas sociais do terceiro setor e atua na Política de Assistência Social, formulando ações que promovam a educação, o trabalho, defendam a criança e o adolescente, além de empresas, entidades assistenciais e ONGs.
Sabe-se que a profissão de Serviço Social é demandada pela sociedade capitalista na era dos monopólios para a intervenção na vida da família trabalhadora de modo a implementar políticas sociais que façam o enfrentamento das sequelas da “questão social”, materializando os direitos do cidadão, promovendo a coesão social.
O assistente social comprometido com a emancipação humana não pode ser um mero burocrata, um gestor. É sabido que os assistentes sociais pactuaram por projeto ético-político que contrasta com a base econômica, e argumentamos que mesmo imediatamente inexequível, é fundamental para pautar o exercício profissional crítico. Por tudo fica certo que esta práxis pressupõe um processo de reflexão/ação e, sobretudo, atividade humana que ultrapasse a consciência comum, da prática utilitária, espontaneísta para buscar compreender
e construir o mediato.
CONCLUSÃO
Toda a literatura pesquisada deixou em evidência que o estudo das políticas sociais, na área de Serviço Social, vem ampliando sua relevância na medida em que estas se têm constituído como estratégias fundamentais de enfrentamento das manifestações da questão social na sociedade capitalista atual.
De forma inquestionável as políticas sociais brasileiras estão diretamente relacionadas às condições vivenciadas pelo País em níveis econômico, político e social. Debater a prática dos assistentes sociais no campo da política social não se confunde com o debate da prática profissional travado no campo de conhecimento do Serviço Social.
O enfrentamento de desafios é uma constante na atuação do trabalho do assistente social, no âmbito a educação , educação inclusiva, saúde e tantos outros ambientes onde sua intervenção se faça necessária, o que acaba por requerer a explicitação das mediações necessárias para que o profissional possa decidir sobre a sua prática.
Com relação ao Terceiro Setor, a dimensão e o significado do terceiro setor necessitam ser compreendidos dentro da conjuntura social, econômica e política que tem determinado a sua configuração no contexto contemporâneo.
Frente a grane demanda de desigualdade social pela qual perpassa o país no momento atua, urge a atuação do assistente social no seu diversificado campo de atuação junto aos direitos do cidadão.
 
 
REFERENCIAS
CARVALHO, Raul; IAMAMOTO, Marilda Villela. Relações sociais e Serviço Social no Brasil: esboço de uma interpretação histórico-metodológica. 19. ed. São Paulo: Cortez, [Lima, Peru]: CELATS, 2006.
COSTA, Selma Frossard. O Espaço contemporâneo de fortalecimento das organizações da sociedade civil, sem fins lucrativos: o Terceiro Setor em evidência. IN: O Desafio da Construção de uma Gestão Atualizada e Contextualizada na Educação Infantil: um estudo junto às creches e pré-escolas não governamentais que atuam na esfera da assistência social, no município de Londrina-Pr. 2003; 233p. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade de São Paulo – USP
FALEIROS, V. P. A política social do Estado capitalista. São Paulo: Cortez, 1990.   
FALEIROS, V. P. A política social do estado capitalista. 8.ed. São Paulo: Cortez, 2000.
FISCHER, Rosa Maria. Gestão de pessoas nas organizações do terceiro setor. In: VOLTOLINI, Ricardo (Org.). Terceiro setor: planejamento e gestão. São Paulo: Senac, 2004.
FREITAG. B. Escola, estado e sociedade. 6.ed. rev. São Paulo: Moraes, 1986
IAMAMOTO, M. O serviço social na contemporaneidade: trabalho e formação profissional. São Paulo: Cortez, 1998.
LÜCK, H. et al. A escola participativa: o trabalho do gestor escolar. 4.ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2000.
MELO NETO, Francisco P. de; BRENNAND, Jorgiana Melo. Empresas socialmente sustentáveis. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2004.
PIANA, Maria Cristina. A construção do perfil do Assistente Social no cenário educacional. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2009.
QUEIROZ, Marco. Empreendedorismo social e desenvolvimento. In: VOLTOLINI, Ricardo (Org.). Terceiro setor: planejamento e gestão. São Paulo: Senac, 2004.
RAICHELLIS, Raquel. O serviço social no Brasil. Disponível em: www.cfess.org.br/pdf/raquel_agenda2006.pdf. Acesso em: 30.08.2019
Reis CEG, Vasconcelos IAL, Barros JFN. Políticas públicas de nutrição para o controle da obesidade infantil. Rev Paul Pediatr 2011; 29(4):625-633.
TACHIZAWA, Takeshy. Organizações não governamentais e terceiro setor: criação de ONGs e estratégias de atuação. São Paulo: Atlas, 2002.
 Traverso-Yepez MA. Dilemas na promoção da saúde no Brasil: reflexões em torno da política nacional. Interface (Botucatu) 2007; 11(22):223-228

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