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Otorrinolaringologia OTITES OTITE MÉDIA AGUDA Processo infeccioso viral ou bacteriano da OM, a cavidade timpânica pode ficar inclusive preenchida por pus. ETIOLOGIA EPIDEMIOLOGIA: 2 picos entre 6-24 meses e entre 4-7 anos. FATORES DE RISCO • IVAS de repetição • Tuba auditiva mais curta e horizontalizada • Hábito de mamar deitado • Aleitamento por menos de 3 meses • Creches • Tabagismo passivo • DRGE • Atopias • Malformações craniofaciais Clínica: otalgia, plenitude auricular, toxemia e febre. Diagnostico: clínico A primeira imagem da esquerda corresponde a uma membrana timpânica normal. Nas demais imagens, podemos ver que a membrana se torna mais opaca e edemaciada por vasodilatação e por acúmulo de secreção dentro da cavidade timpânica. TRATAMENTO: 1º Amoxicilina, em falha por 48h, pode aumentar a dose 2º Amoxicilina + ac. Clavulânico ou axetilcefuroxima 3º Ceftriaxona por 3 dias consecutivos IM em casos de vômitos persistentes OTITE MÉDIA SECRETORA Persistencia de líquido seroso no interior do OM sem sinais infeccisos, fatores de risco semelhantes a OMA recorrente + hiperplasia adenoideana. CLÍNICA: otite recorrente, hipoacusia. No EF: diminuição da transparência da MT, coloração variável e áreas de retração. DIAGNÓSTICO: disacusia condutiva e curva tipo B. Timpanometria demonstra curva B. TRATAMENTO: casos mais leves com ATB e corticoides, antiinstaminicos ou antileucotrienos. Casos refratários com miringotomia com colocação de tubos de ventilação. OTITE MÉDIA CRONICAS Processo inflamatório crônico da orelha média associado a perfuração da MT CLÍNICA: otorreia recorrente, principalmente ao molhar o ouvido, hipoacusia e zumbido. SIMPLES Perfuraçao da MT + pouca ou nenhuma alteração na mucosa da orelha média CLÍNICA: hipoacusia e otorreia em crise, principalmente ao molhar o ouvido e em vigência de IVAS TRATAMENTO em longo prazo: ATB em crises, acompanhamento clínico audiométrico ou timpanoplastia. SUPURATIVA Inflamação persistente + perfuração da MT, sem lamelas de colesteatoma. CLÍNICA: hipoacusia e otorreia fétida persistente TRATAMENTO: Cirurgico com mastoidectomia (retirar células infectadas) simples e reconstrução da MT. A bactéria mais comumente encontrada é a Pseudomonas aeruginosa. Assim, o ATB que comumento de usa é o ciprofloxacino. COLESTEATOMATOSA Presença de Colesteatoma na orelha média que são acumulo de células dérmicas que tem características líticas, então, destroem as estruturas da região. Por essa região ser próxima a base do crânio, pode evoluir com meningite. Congênitos: crescimento lento Adquiridos: decorrem da retração crônica da MT na sua porção flácida ou OMA de repetição. COMPLICAÇÕES DAS OTITES MÉDIAS OMA SUPURADA OMA de rápida evolução que perfura membrana timpânica e drena secreção para CAE. O paciente vai dar entrada com quadro sugestivo de otite + sangramento e secreção purulenta repentina. No exame físico, a MT não visualizável. Muitas vezes é necessário fazer a drenagem no ambulatório para melhor visualização. ATB (amoxicilina + ac. Clavulânico) + Corticoterapia. MASTOIDITE AGUDA Complicação supurativa e mais agressiva fazendo com que a secreção dissemine-se para células mastoideas com erosão, podendo erodir o periósteo e haver disseminação para o espaço extraósseo com edema subcutâneo. DIAGNÓSTICO: TC com contraste para se observar abcesso com sinal de halo periférico e perda parcia do trabeculado da mastoide e erosão da mastoide óssea. TRATAMENTO: clínico quando há flegmão ou edema, mas sem abcesso estabelecido ou cirúrgico. Necessário medicação parenteral, mais comumente o ceftriaxone. MENINGITE Tanto a mastoidite como otite média aguda podem evoluir com meningite. Contiguidade óssea e Tegmen timpânico. Diagnóstico e tratamento similar à mastoidite aguda.
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