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Trabalho de Psicanálise

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Faculdade Mauricio de Nassau Bacharelado em Psicologia Teorias PsicanáliticasIl
Docente: Wellington Moreira
Discentes: 
Texto Argumentativo sobre Homossexualidade com base nos filmes : “Orações para Bobby” e “Hoje eu quero voltar sozinho”, e com os artigos sobre Homossexualidade : “A invenção da Homossexualidade” e “As mútiplas faces da homossexualidade na obra Frediana”.
 
 
SALVADOR-BA
JUNHO 2015
Discentes: 
Texto Argumentativo sobre Homossexualidade com base nos filmes : “Orações para Bobby” e “Hoje eu quero voltar sozinho”, e com os artigos sobre Homossexualidade : “A invenção da Homossexualidade” e “As mútiplas faces da homossexualidade na obra Frediana”.
Trabalho
 apresentado a Faculdade Maurício de Nassau, como pré-requisito de avaliação parcial
 da II
ª unidade
 na disciplina 
Teorias
 Psicanalíticas II
, sob a orientação d
o
 prof
º
. 
Wellington Moreira
.
	
SALVADOR-BA
JUNHO 2015
INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem o objetivo de nos levar a refletir e argumentar sobre um tema bastante polêmico, a Homossexualidade. Pois desde uns tempos atrás continua sendo um problema entre os psicanalistas e até mesmo entre a sociedade, e hoje, não é muito diferente, a qual pudemos perceber diante do debate que tivemos em sala de aula.
Os artigos “A invenção da homossexualide” e “ As múltiplas faces da homossexualidade na obra freudiana” e os filmes “Orações para Bobby” e “Hoje eu quero voltar sozinho”, nos levou a pensar e discutir sobre a homossexualidade, pois ficou nítido uma contradição de alguns teóricos, a fim de determinar e justificar as causas e as origens da Homossexualidade.
Os conteúdos explorados tem por base o nosso ponto de vista sobre a Homossexualidade, com os artigos e os filmes com a visão.
 A HOMOSSEXUALIDADE
Observa-se que o tema Homossexualidade, vem chamando a atenção de variados campos da ciência, que busca tentar entender as raízes das escolhas homoafetivas.
Durante décadas perdurou no campo da perversão sexual pela medicina psiquiátrica que compartilhava a visão do sistema político e eclesiástico. Já Freud, que diferente da visão global e muito a frente a sua época traçou um distinto percurso durante sua obra, respeitando a diversidade sexual, preocupando-se com o sujeito e o sofrimento vivido pelo mesmo.
Sabendo-se que a opção sexual (se é que podemos chamar assim), ainda hoje se apresenta como questão de discussões ,vamos através desse texto analisar o tema da homossexualidade a partir da perspectiva Freudiana e Pós Freudiana que abriu espaço para novas reflexões desvinculado a homossexualidade da perversão.
Apesar de Freud, o tema sexualidade que diga-se de passagem é um tema fundamental para a psicanálise, ao tratar da homossexualidade ainda carrega muito preconceito em sua abordagem.
Muitas vezes trazendo opiniões pessoais que revelam a homofobia por de trás de discursos, que pré julgam determinados sujeitos e suas escolhas, desviando, desconsiderando e distorcendo a doutrina Freudiana.
Através de sua curiosidade, prematuramente Freud, teve sua atenção despertada para a importância da sexualidade na construção das neuroses. A fase da criação da psicanálise,ou seja a transição do método da hipnose para o método catártico e do método catártico para a associação livre gradativamente foram ocorrendo e construindo sua compreensão da histeria. Por conta dos resultados de suas investigações, Freud se via cada vez mais focado a dar importância aos fatores sexuais na etiologia, e o passar dos anos apenas o fez se certificar de suas conclusões. Freud chegou a ideia da sexualidade de maneira inovadora, fazendo da mesma uma disposição psíquica própria á atividade humana, rompendo assim o discurso da época trazido pela sexologia, que reduzia o sujeito a padrões invariáveis de comportamento e classificava como perversa toda conduta sexual que não fosse com objetivo de procriação para preservação da espécie.
Freud apontava a liberdade em relação a escolha objetal do sexo em relação ao sexo do objeto, e afirmava que mediante restrições num sentido ou no outro pode se desenvolver o édipo tanto do tipo normal, quanto o invertido, e sendo assim, para a psicanálise então o interesse sexual exclusivo do homem pela mulher também era um problema que exigia esclarecimentos, e não uma evidenciada indiscutível que se pudesse atribuir a uma mera atração de base.
Ao abrir sua reflexão ao campo da sexualidade infantil, Freud revela que a pulsão tem um caráter parcial e que sendo assim não seria permitido restringir a sexualidade humana à genitalidade, e que por ser parcial não se podia afirmar que a totalidade da tendência sexual era meramente para a função biológica de reprodução. 
Ao apresentar a sexualidade fragmentada em pulsões revelou em crianças a natureza perversa e polimorfa, por admitir nelas a passividade a possíveis transgressões objetivando a satisfação de suas pulsões.
Á partir daí, ao nos atrelar a uma essência polimorfa, Freud deixa de separar os sujeitos, colocando os em igualdade, tanto crianças como adultos.
Sabe-se do prazer proporcionado ao bebê ao nascer, quando tem contato com o seio da mãe, essa sensação experimentada pela primeira vez, nunca mais se repete, o que coloca a criança em uma eterna busca daquele objeto que para sempre se perdeu e que tanto lhe proporcionou prazer. Logo, a cada objeto encontrado em busca de preencher o vazio, revela-se a frustração de não ser nele que a pulsão encontrará sua satisfação plena, justificando assim a afirmativa Freudiana que torna-se fundamental para desenvolver a justificativa acerca da escolha homossexual, de que o objeto é o que há de mais variado na pulsão, justamente por conta da busca dessa satisfação experimentada uma única vez na vida.
Freud sofreu as consequências de suas descobertas, e com isso resolveu se isolar. Com o passar dos anos suas teorias ganharam espaço o que levou a ele um grande número de seguidores, incluindo Ernest Jones,que criou o comitê secreto composto pelos discípulos de Freud.
Ernest Jones escreveu a Freud, relatando sua posição contra a entrada de um homossexual no comitê,e teve como seguinte a resposta de Freud:
Sua pergunta, estimado Ernest, sobre a possibilidade de filiação dos homossexuais à Sociedade, foi avaliada por nós e não concordamos com você. Com efeito, não podemos excluir estas pessoas sem outras razões suficientes [...] em tais casos, a decisão dependerá de uma minuciosa análise de outras qualidades do candidato. (LEWIS, 1988 citado porCECCARELLI, 2008, p.4)
Entretanto os demais psicanalistas do comitê secreto, eram preconceituosos e não dividiram a mesma opinião de Freud, a qual resolveram proibir que a profissão de psicanalista fosse exercida por homossexuais. Acabou transformando assim em uma associação repleta de regras que a cada vez mais se afastava do que inicialmente havia sido a proposta de Freud.
O que acontecia era que ainda hoje, como na época de Freud, muitos psicanalistas interpretavam a homossexualidade a partir de suas ideias pessoais, julgando o sujeito a partir do seu “biológico”, interpretando sua sexualidade como sendo normal ou patológica.
Apesar de tantos movimentos condenando a homofobia e a visão da homossexualidade como doença, e apesar do esforço de Freud em tratar a homossexualidade como algo do inconsciente da pessoa, trazendo os conceitos de pulsão e variações possíveis a sexualidade humana ainda encontra-se hoje discursos homofóbicos que consideram norma ser heterossexual.
A homossexualidade já foi considerada um distúrbio psíquico e só após um grande protesto foi removida do DSM. Passaram então a correr atrás da legalização de seus direitos como
seres humanos, raça esta que por ser única não permite segregações, seja por sexo, raça, etinia, classe social ou opção sexual.
CONCLUSÃO
Este tema sem dúvida nos faz pensar em muitas questões nas práticas clínicas e nos coloca para repensar a responsabilidade do analista perante ao indivíduo, sendo este sujeito passível a desejos. Reforça-se então a necessidade de entender a sexualidade humana. É preciso sermos contra toda e qualquer agressão e discriminação sofrida por essas pessoas e se a psicanálise almeja continuar seguindo os conceitos de seu fundador, deve também por sua vez abandonar a missão de civilizar e emancipar como era seu objetivo inicial. 
Com base nos materiais (filmes e artigos), o preconceito foi perceptível, tanto dos profissionais, quanto da sociedade, já que a Homossexualidade era vista como uma doença, onde no filme “Orações para Bobby”, notamos que a mãe dele queria de todas as formas “cura-lo”. 
REFERÊNCIAS
CECCARELLI, P. A invenção da homossexualidade.Minas Gerais: Universidade Católica de Minas Gerais,2008.
VIEIRA, L. As múltiplas faces da homossexualidade na obra freudiana. Fortaleza: Universidade de Fortaleza, 2014.
MULCAHY, R. Orações para Bobby. Direção de Russell Mulcahy. EUA, 2009.
Vídeo disponível em:https://www.youtube.com/watch?v=qprpqnqVVuY , acessado em 14/05/2015. 1h31min35seg. Imagem a cores; Áudio: Português.
RIBEIRO, D. Hoje eu quero voltar sozinho.Direção de Daniel Ribeiro. BRASIL,2013. Vídeo disponível em: http://megafilmeshd.net/hoje-eu-quero-voltar-sozinho/ , acessado em 14/05/2015. 96min. Imagem a cores; Áudio: Português.

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