Buscar

LEGISLAÇÃO AMBIENTAL PARA O PRODUTOR RURAL

Prévia do material em texto

Dalyson Figueiredo S. Cunha
Instituto Estadual de Florestas
Centro de Estudos e Desenvolvimento Florestal
LEGISLAÇÃO AMBIENTAL 
PARA O PRODUTOR RURAL 
Leis
Decretos
Resoluções
Portarias
Deliberações
Instruções
Ordem de Serviço ...
• Lei Federal nº 11.428/2006 “Lei da Mata Atlântica”
Decreto Federal nº 6660/2008
 Resolução CONAMA nº 392/2007
Deliberação COPAM nº 73/2004
• Lei Federal 12.651/2012 “Novo Código Florestal”
• Lei Estadual 20.922/2013 “Código Florestal Mineiro”
Resolução SEMAD/IEF nº 1905/2013
Resolução SEMAD/IEF nº 1906/2013
• Deliberação COPAM 217/2017 
(Licenciamento Ambiental)
PRINCIPAIS LEGISLAÇÕES
• Obrigatória para todas as propriedades e posses rurais e tem
natureza declaratória e permanente;
• As informações são de responsabilidade do declarante, que
incorrerá em sanções penais e administrativas, sem prejuízo de
outras previstas na legislação, quando total ou parcialmente falsas,
enganosas ou omissas;
• PRAZO: Até de 31 de dezembro de 2018.
• Penalidades:
– Restrição do acesso ao crédito agrícola e programas de fomento;
– Regularização ambiental integrada em MG;
– Restrição para movimentações fundiárias nos Cartórios.
Lei Federal nº 12.651/2012, Decreto nº 7.830/2012 e Instrução Normativa do MMA nº 02/2014
CADASTRO AMBIENTAL RURAL - CAR
• O proprietário ou possuidor de imóvel rural
manterá, com cobertura de vegetação nativa,
no mínimo 20% (vinte por cento) da área total
do imóvel a título de Reserva Legal, sem
prejuízo da aplicação das normas sobre as
APPs.
Reserva 
Legal
 Durante o CAR proprietário sugere;
 Posteriormente órgão ambiental aprovada;
FLEXIBILIZAÇÕES DA NOVA LEGISLAÇÃO
• Propriedades acima de 4 módulos fiscais*:
20% da área da Propriedade
• Propriedade abaixo de 4** módulos ficais:
Área de vegetação nativa existente em 22 de Julho de 2008 até 20%.
* Viçosa 22,0 ha – Divinolândia de Minas 24,0 ha
* Em casos de desmembramento posterior a 22 de Julho de 2008, 
valem as regras para o tamanho da propriedade anterior ao 
desmembramento
Propriedade abaixo de 4 módulos fiscais sem qualquer fragmento de
vegetação nativa existente em 22 de julho de 2008, a reserva legal
será equivalente a 0.
Até 04 módulos: Vegetação inferior a 20% em 22 de julho de 2008, a
reserva legal será equivalente a vegetação nativa existente da
respectiva data.
Vegetação nativa existente em 22 de julho de 2008 superior
a 20%, a reserva legal será equivalente a 20% da área.
FLEXIBILIZAÇÕES DA NOVA LEGISLAÇÃO
Sobreposição da Reserva Legal com APP
Conforme a nova legislação, é possível sobrepor a Reserva
Legal à APP desde que:
A sobreposição 
não libere novas 
áreas para o uso 
alternativo do 
solo; 
A área de APP 
usada esteja 
conservada ou 
em recuperação;
O produtor 
tenha requerido 
inscrição do 
imóvel no CAR
Nesse caso, o proprietário/posseiro poderia se utilizar da vegetação
nativa presente na APP a fim de totalizar os 20% necessários.
Nesse caso, o proprietário/posseiro não poderia utilizar a APP como
reserva legal, pois este já possui vegetação nativa suficiente fora
desta.
DÉFICIT DE RESERVA LEGAL
O déficit de reserva legal independentemente da adesão ao PRA,
adotando as seguintes alternativas, isolada ou conjuntamente:
M
é
to
d
o
s
I - Regeneração Natural
II - Recompor
III - Compensar
RECOMPOSIÇÃO DE RESERVA LEGAL
A recomposição da reserva legal poderá ser realizada mediante o plantio
intercalado de espécies nativas com exóticas, madeireiras ou frutíferas, em
sistema agroflorestal, observados os seguintes parâmetros:
Uso espécies nativas de ocorrência regional; 
Exóticas não excederá 50% da área total a 
ser recuperada. 
vinte anos, no mínimo de 1/10 a cada 2 anos.
Prazo
ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE - APP
Créditos: Ian Quintão Rodrigues
• ÁREA RURAL CONSOLIDADA é a área de imóvel rural
com ocupação antrópica preexistente a 22 de julho de
2008, com edificações, benfeitorias ou atividades
agrossilvipastoris, admitida, neste último caso, a adoção
do regime de pousio;
• é autorizada, exclusivamente, a continuidade das
atividades agrossilvipastoris, de ecoturismo e de
turismo rural, sendo admitida, em área que não ofereça
risco à vida ou à integridade física das pessoas, a
manutenção de residências, de infraestrutura e do
acesso relativos a essas atividades.
Área Rural 
Consolidada
Porém é necessária a recomposição de parte da APP de acordo
com a quantidade de módulos fiscais da propriedade.
Adequação Ambiental - Corpos Hídricos
Créditos: Ian Quintão Rodrigues
MÉTODOS DE RECOMPOSIÇÃO DE APPS
To
d
as
 p
ro
p
ri
ed
ad
e I - regeneração natural;
II - plantio de espécies nativas;
III - plantio de espécies nativas + regeneração;
V - implantação de sistemas agroflorestais em até 50% da
área a ser recomposta (em regulamentação)
M
en
o
r 
q
u
e 
4
 
m
ó
d
u
lo
s
IV - plantio de espécies lenhosas, perenes ou de ciclo
longo, utilizando nativas e exóticas (até 50% da área).
Créditos: Sebastião Bering – IEF Piranga
2011
2016 2017
2015
O PROGRAMA DE REGULARIZAÇÃO AMBIENTAL
EM DESENVOLVIMENTO
Os proprietários ou os possuidores de imóveis rurais com passivo ambiental
relativo às APP, RL e de uso restrito poderão proceder à regularização ambiental
mediante adesão aos PRA dos Estados e do Distrito Federal.
Ao aderir e cumprir os termos do PRA as infrações cometidas antes de 22/07/2008,
relativas à supressão irregular de vegetação em APP, RL e de uso restrito, serão
convertidas em serviços de preservação, melhoria e recuperação da qualidade do
meio ambiente, regularizando o uso de áreas rurais consolidadas.
Dispensa de Autorização 
Resolução conjunta SEMAD/IEF nº 1905, de 12 de agosto de 2013
I - Os aceiros para prevenção de incêndios florestais, quando não existir 
potencial comercial de produção volumétrica de material lenhoso.
Exclusivamente à prevenção de incêndios florestais;
Faixa livre de vegetação; 
6m, no máximo, faixa de servidão das linhas de transmissão e das rodovias 
federais e estaduais; 
10m, no máximo, ao redor das Unidades de Conservação; 
3m, no máximo, nos demais casos, considerando as condições de 
topografia e o material combustível. 
Potencial comercial de produção volumétrica de material lenhoso: 
Produção volumétrica de material lenhoso aquela superior a 8 st/ha/ano de incidência 
de Mata Atlântica e 18 st/ha/ano para os demais biomas. 
Dispensa de Autorização 
Resolução conjunta SEMAD/IEF nº 1905, de 12 de agosto de 2013
II - A extração de lenha em regime individual ou familiar para o consumo
doméstico.
Atividade de catação de material lenhoso até o limite de 33 st/ano,
por família, destinada à subsistência familiar, exclusivamente para uso na
propriedade.
III - A construção de barragens de retenção de águas pluviais para controle
da erosão, melhoria da infiltração das águas no solo, abastecimento
humano e dessedentação de animais em áreas de pastagem, desde que não
esteja situada em área especialmente protegida e nem impliquem em
supressão de vegetação nativa.
Dispensa de Autorização 
Resolução conjunta SEMAD/IEF nº 1905, de 12 de agosto de 2013
IV - A limpeza de área ou roçada. 
Limpeza da área ou roçada: prática da qual são retiradas espécies de
vegetação arbustiva e herbácea, predominantemente invasoras, com
rendimento lenhoso até o limite de 8 st/ha/ano em áreas de incidência de
Mata Atlântica e 18 st/ha/ano para os demais biomas, e que não implique na
alteração do uso do solo.
Arbusto Herbáceo
V - A realização de podas, que não acarretem a morte do indivíduo, bem
como a realização de picadas, destinadas à manutenção de estradase à
realização de levantamentos científicos e topográficos.
Picada: abertura de 02m de largura, que se realiza por meio do corte
e/ou supressão de cipós, plantas herbáceas e/ou de indivíduos arbóreos de
menor diâmetro, que não tenham potencial comercial de produção
volumétrica de material lenhoso. Esta prática será utilizada somente como
método de acesso que permita caminhar ou adentrar em local onde a
vegetação impeça a livre circulação de pessoas portando pequenos
equipamentos.
Poda: método de interferência na forma e crescimento de uma
árvore, por meio de corte eventual de galhos desde que não implique na
morte do indivíduo arbóreo, efetuada dentro das especificações técnicas
consagradas.
Dispensa de Autorização 
Resolução conjunta SEMAD/IEF nº 1905, de 12 de agosto de 2013
VI - O aproveitamento de árvores mortas, decorrentes de processos
naturais, para utilização no próprio imóvel.
Dispensa de Autorização 
Resolução conjunta SEMAD/IEF nº 1905, de 12 de agosto de 2013
VII - A instalação e manutenção de acessos em APP para captação de água e
lançamento de efluentes tratados que não impliquem na supressão de
vegetação nativa, desde que a utilização dos recursos hídricos esteja
devidamente regularizada.
XI - A recuperação de áreas degradadas e o plantio de espécies nativas com
a finalidade de promover a recuperação de APP, respeitadas as obrigações
anteriormente acordadas, se existentes, e as normas e requisitos técnicos
aplicáveis.
DAIA
Documento Autorizativo para Intervenção Ambiental
Resolução Conjunta SEMAD/IEF nº 1905, Lei Federal nº 11.428/2006, Lei Estadual nº 20.922/2013, Resolução CONAMA 392/2007 ...
Supressão/destoca de vegetação nativa (desmatamento);
Estágio Inicial DAP até 10 cm, dossel 5 m
Estágio Médio (Utilidade Pública ou Interesse Social) DAP 10 a 20 cm, dossel 5 – 12m
Estágio Avançado (Utilidade Pública ) DAP 18 cm, dossel 12m
Intervenção em APP;
Baixo Impacto (Ex.: a abertura de pequenas vias de acesso de pessoas e animais, suas pontes e pontilhões)
Utilidade Pública (Ex.: as obras de infraestrutura destinadas às concessões e aos serviços públicos de transporte, 
sistema viário, saneamento, gestão de resíduos, energia, telecomunicações, radiodifusão, as instalações necessárias à realização
de competições esportivas estaduais, nacionais ou internacionais, bem como mineração, exceto...)
Interesse Social (Ex.: as atividades de pesquisa e extração de areia, argila, saibro e cascalho ...)
Inexistir Alternativa Técnica Locacional
DAIA
Documento Autorizativo para Intervenção Ambiental
Resolução conjunta SEMAD/IEF nº 1905, de 12 de agosto de 2013
Colheita de floresta plantada em APP ou RL;
Colheita de floresta plantada com sub-bosque (com 
rendimento lenhoso);
Corte/aproveitamento de árvores isoladas nativas vivas;
Aproveitamento de material lenhoso.
DCC
DECLARAÇÃO DE COLHEITA E COMERCIALIZAÇÃO DE FLORESTAS PLANTADAS
RESOLUÇÃO CONJUNTA SEMAD/IEF Nº 1906, DE 14 DE AGOSTO DE 2013
Colheita e comercialização de produtos e subprodutos originados de
florestas plantadas com espécies exóticas;
“É livre a extração de lenha e demais produtos de florestas 
plantadas nas áreas não consideradas APPs e de Reserva Legal”
Lei Estadual 20.922, de 16 de outubro de 2013
É necessário a comunicação 
QUEIMA CONTROLADA
AUTORIZAÇÃO PARA QUEIMA CONTROLADA
Resolução Conjunta SEMAD/IEF nº 2075 de 23 de maio de 2014
Admite-se o uso do fogo, mediante autorização 
REGISTRO DE CATEGORIA - REC
Resolução Conjunta SEMAD/IEF nº 1661 de 27 de julho de 2012
O REC é o módulo que permite o registro de pessoas físicas e jurídicas que
explorem, produzam, utilizem, consumam, transformem, industrializem,
comercializem, beneficiem ou armazenem, no Estado de Minas Gerais, sob
qualquer forma, produtos e subprodutos da flora nativa e plantada, bem
como os prestadores de serviço que envolvam o uso de tratores de esteira e
similares, e os que utilizem, comercializem, transportem motosserras,
motopodas e similares.
“Isenção: pessoas físicas - extração dos produtos da flora até 
200 m³/ano nativas e até 300 m³/ano de exóticas”
Sistema Nacional de Controle da Origem dos 
Produtos Florestais (Sinaflor)
REGULARIZAÇÃO DO USO DA ÁGUA 
 OUTORGA
 CADASTRO DE USO 
INSIGNIFICANTE
USO INSIGNIFICANTE
SISEMAnet
LICENCIAMENTO AMBIENTAL
licenciamento.meioambiente.mg.gov.br
MAIS INFORMAÇÕES
www.meioambiente.mg.gov.br
OBRIGADO!
cedef@meioambiente.mg.gov.br
cedef.ief@gmail.com
facebook.com/Cedefief
(31) 3885 1656

Continue navegando