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Trabalho de neuroanatomia

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS - UFMG
INSTITUTO DE CIÊNCIAS DE BIÓLOGICAS - ICB 
Allana Paula Souza do Carmo 
Brenda de Oliveira Nobrega
Letícia Rodrigues Moreira
Filmes e as doenças relacionadas à Neuroanatomia
Relação entre o filme “A teoria de tudo” e a esclerose lateral amiotrófica
Belo Horizonte
2019
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS - UFMG
INSTITUTO DE CIÊNCIAS DE BIÓLOGICAS - ICB 
Allana Paula Souza do Carmo
Brenda de Oliveira Nobrega
Letícia Rodrigues Moreira
Filmes e as doenças relacionadas à Neuroanatomia
Relação entre o filme “A teoria de tudo” e a esclerose lateral amiotrófica 
Trabalho apresentado à disciplina de Neuroanatomia do curso de Enfermagem, da Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG.
Sob orientação da professora Aline Silva de Miranda do Departamento de Morfologia. 
Belo Horizonte
2019
Introdução 
  Neste trabalho falaremos sobre a doença neurológica Esclerose lateral amiotrófica, também conhecida como ELA, uma doença de paralisia muscular, também conhecida como doença do neurônio motor.
   O objetivo deste trabalho é relacionarmos a ELA com o filme “A teoria de tudo”, sendo o mesmo uma biografia do físico Stephen Hawking, o mais conhecido por portar esta doença, diagnosticado aos 21 anos de idade.
  Abordaremos as alterações morfológicas de ELA, onde ocorre  uma degeneração dos neurônios motores periféricos do Tronco encefálico, Medula espinhal, Córtex motor e tratos Corticoespinhais gerando atrofia das fibras musculares.
 Colocaremos também o papel da Enfermagem na assistência ao paciente com ELA, onde o enfermeiro deverá planejar ações para assistência, contribuindo para a promoção, prevenção, recuperação e reabilitação da saúde do paciente.
Desenvolvimento:
Sinopse 
       Baseado na biografia do Stephen Hawking, o filme mostra como o astrofísico (interpretado por Eddie Redmayne) fez descobertas importantes sobre o tempo, retratando também o seu romance com a aluna de mesma universidade Jane Wide (interpretada por Felicity Jones) e a descoberta de uma doença motora degenerativa quando tinha apenas 21 anos.
      O filme retrata a doença como “doença do neurônio motor”, mostrando-se uma doença neurológica que traz a perda da motricidade dos músculos, deixando evidente que não afetaria além disso, sendo assim, ele continuaria até mesmo com sua capacidade de pensar, só não teria movimento dos músculos da face para falar. O médico deu a Stephen apenas dois anos de vida, já que a paralisia iria afetar também os músculos da respiração.
Stephen Hawking foi um físico teórico e cosmólogo britânico reconhecido internacionalmente pela sua contribuição com a ciência, sendo um dos mais renomados cientistas do século. Teve duas cônjuges, Jane Hawking (de 1965 a 1995) e Elaine Mason (de 1995 a 2006). Ganhou diversos prêmios como a medalha Copley e a medalha Presidencial da Liberdade.  
ELA
A Esclerose lateral amiotrófica (ou ELA) é uma doença degenerativa e progressiva que afeta o Sistema Nervoso e causa paralisia motora irreversível e limitante, dessa forma, o paciente começa a perder a capacidade de se movimentar, falar, engolir, respirar e outras funções ligadas à motricidade. 
É na atualidade uma das principais doenças neurodegenerativas, ao lado do Parkinson e Alzheimer, e acomete principalmente pacientes de 55 à 75 anos.  No geral, há uma ligeira preponderância do sexo masculino (razão entre homens e mulheres de cerca de 1,5:1).
A ELA  envolve a degeneração do sistema motor em vários níveis: bulbar, cervical, torácico, e lombar.
Causas:
As causas da doença não são amplamente conhecidas, entanto sabe-se que em cerca de 10% dos casos ela é causada por um defeito genético. É caracterizada pela degeneração dos neurônios motores do córtex cerebral, tronco encefálico e medula espinhal, levando à fraqueza muscular global. Os neurônios motores são responsáveis por transmitir impulsos do Sistema Nervoso Central aos músculos voluntários e esqueléticos. Com esse quadro, ocorre o enfraquecimento dos músculos, contrações involuntárias e incapacidade de movimentação. Algumas causas que podem estar conectadas ao surgimento da doença são:
Mutação genética;
Desequilíbrios químicos no cérebro (níveis de glutamato elevados);
Doenças autoimunes;
Mau uso de proteínas.
Não existem fatores de risco ou comportamentais que influem no surgimento da doença, porém em caso de parentesco com pessoas que desenvolveram a doença, é recomendável acompanhamento médico.
O mecanismo fisiopatológico consiste num conjunto de alterações celulares e bioquímicas que desencadeiam a degeneração dos neurônios motores (stress oxidativo, excitotoxicidade por glutamato, disfunção mitocondrial, disfunção axonal, agregação proteica, alteração da função dos astrócitos, alterações neurovasculares e processos inflamatórios).
Sintomas:
perda gradual de força e coordenação muscular;
incapacidade de locomoção plena;
dificuldades para respirar e engolir;
engasgar com facilidade, babar, gaguejar;
cãibras musculares;
contrações musculares involuntárias;
problemas de dicção, como um padrão de fala lento ou anormal, e rouquidão; 
perda de peso.
Em geral os sintomas começam a partir dos 50 anos, porém raramente, podem surgir em pessoas mais jovens. A ELA não afeta os sentidos, sistema nervoso entérico ou cognição do paciente.
Diagnóstico
O diagnóstico é feito por meio de análises clínicas e exames físicos, que demonstram deficiências físicas, tremores, espasmos, atrofia muscular, andar rígido e desajeitado, reflexos anormais e perda do reflexo faríngeo.
Tratamento
O principal recurso medicamentoso é o Riluzol, que diminuí a velocidade de progressão da doença e prolonga a vida do paciente. Fisioterapia, reabilitação, uso de órteses, de uma cadeira de rodas ou outras medidas ortopédicas podem ser necessárias para maximizar a função muscular e o estado de saúde geral, conforme cada caso e de acordo com a evolução da doença. São realizadas com os pacientes, em geral, sessões de fisioterapia (motora e respiratória), tratamento com fonoaudiólogo, acompanhamento com nutricionista pela possível perda de peso e acompanhamento psicológico.
A ELA e o SUS
Desde 2009, o Ministério da Saúde, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), oferece assistência e medicamentos gratuitos, de forma integral, aos pacientes com essa doença, com base no que está cientificamente comprovado. Além disso oferece serviços ligados a reabilitação, e hospitalização caso ocorram agravos relacionados.
Em 2014, o Ministério da Saúde ampliou o cuidado a pessoas com doenças raras, instituindo a Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras, incluindo a Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA). O Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas dessa doença foi atualizado em novembro de 2015.
Alterações morfológicas 
       A Esclerose Lateral Amiotrófica ( ELA ) é uma doença do neurônio motor fatal e progressiva, que tem uma patogenia ainda desconhecida. O processo patológico decorre de uma degeneração dos neurônios motores periféricos do Tronco Encefálico, Medula Espinhal, Córtex Motor e Tratos Corticoespinhais, gerando desnervação e atrofia das fibras musculares correspondentes. No início do processo patológico, alguns grupos musculares vão sendo afetados, levando à fraqueza muscular assimétrica pouco específica. Com o avançar da doença, vai sendo maior o número de músculos envolvidos, comprometendo a musculatura respiratória e causando a morte. 
         Ainda não foi esclarecido o fenômeno que leva a destruição neuronal, sendo assim, um grande problema na neuróglia. Os mecanismos que levaram a destruição são diversos, como por exemplo o stress oxidativo, excitotoxicidade por glutamato, agregação protéica, alteração da função dos astrócitos e disfunção dos medicamentos
e microtúbulos. Nenhum destes processos ocorre de forma isolada, todos contribuem em constante interação para a morte neuronal.
          A perda de células atinge as células piramidais do córtex motor do giro pré-frontal, assim como das fibras mielinizadas espessas das colunas anterior e lateral da medula espinhal, tronco encefálico e cerebelo. O núcleo hipoglosso é severamente atingido, enquanto certas estruturas como os núcleos de Onuf, os nervos oculomotor e troclear são geralmente poupados na maioria dos casos, embora acabem por ser atingidos no estágio pré-terminal da doença. 
           A astroglia proliferada e a ativação da microglia não foram os únicos processos observados nos locais de destruição neuronal. Com o auxílio da microscopia ótica e eletrônica foram encontradas diversas estruturas: Lipofuscina, pigmentos lipídicos; esferóides, que consistem numa acumulação de neurofilamentos, proteínas e outras estruturas citoplasmáticas; corpúsculos de Bunina, pequenas estruturas eosinofílicas redondas. No decorrer da destruição neuronal, as fibras musculares inervadas por estes vão sendo cada vez mais afetadas, levando a um aumento gradual de fraqueza muscular de um modo assimétrico, ao aparecimento de fasciculações que progride para uma ausência total de atividade muscular, o que leva à atrofia de diversos grupos musculares.
Enfermagem e assistência ao paciente com ELA
Doenças neurológicas que causam dano ao sistema nervoso, como a Esclerose Lateral Amiotrófica, causam grande impacto para o paciente e o contexto social (principalmente familiar) em que está inserido. Por se tratar de uma doença degenerativa e progressiva, o paciente vai perdendo sua capacidade de mobilidade e outras funções corporais, chegando em um ponto em que precisa de assistência constante ou periódica de profissionais de saúde, incluindo o enfermeiro.
Ao cuidar de adultos com doenças como a ELA, o enfermeiro precisa cada vez mais lidar com processos de enfermagem mais complexos e tecnológicos. O adulto portador da doença se torna dependente de uma moderna tecnologia de suporte à vida, como ventiladores mecânicos, monitores cardíacos, cateteres, colares de órtese cervical e outros. Além disso o paciente também depende da assistência e do cuidado vindo do profissional enfermeiro, que auxilia o paciente a ter ações que foram prejudicadas pela função motora (por exemplo a locomoção) e evita o surgimento de agravos no enfermo.
O enfermeiro deve através do Processo de Enfermagem, que é um trabalho científico,identificar situações de saúde/doença e planejar ações para assistência que contribuam com a promoção, prevenção, recuperação e reabilitação da saúde do paciente.
 Deve-se seguir as etapas de:
Investigação;
Diagnóstico de enfermagem;
Planejamento;
Implementação;
Avaliação;
Seguindo essas etapas, garante-se o caráter científico e profissional do cuidar e da assistência.
É preciso considerar as subjetividades de cada paciente, para que o profissional de enfermagem o auxilie de acordo com suas necessidades, já que a ELA interfere na locomoção, fala, sensibilidade e até mesmo ações vitais para a manutenção da homeostase como a respiração. Por se tratar de uma doença progressiva, pacientes com a enfermidade mais evoluída vão precisar de mais assistência do que aqueles que receberam o diagnóstico recentemente.
Sendo a enfermagem uma profissão comprometida com a saúde e qualidade de vida da pessoa, família e da coletividade, atuando com autonomia e em consonância com princípios éticos e legais, o trabalho da equipe de enfermagem é extremamente importante dentro do serviço de saúde na atenção do paciente com esclerose lateral amiotrófica, e cabe aos profissionais da área saberem lidar com as tecnologias utilizadas na assistência e lidar com individualidade o paciente enfermo, cuidando do mesmo, de acordo com as demandas observadas pelo profissional enfermeiro.
Conclusão 
Referências 
ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA (ELA). Ministério da Saúde. Disponível em: <http://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/ela-esclerose-lateral-amiotrofica>. Acesso em: 06 out. 2019.
ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA (ELA). Associação brasileira de Esclerose lateral amiotrófica. Disponível em: <https://www.abrela.org.br/>.
Acesso em: 06 out. 2019.
ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA:FISIOPATOLOGIA E NOVAS ABORDAGENS FARMACOLÓGICAS. Sapientia, Universidade do Algarve. Disponível em: <https://sapientia.ualg.pt/handle/10400.1/9933>. Acesso em: 07 out. 2019
CUIDARTE ENFERMAGEM. Faculdades Integradas Padre Albino. Disponível em: <http://fundacaopadrealbino.org.br/facfipa/ner/pdf/Revista%20CuidArt%20-%20Jul%20-Dez%202015.pdf>. Acesso em: 07 out. 2019
CUIDADOS DE ENFERMAGEM À PESSOA COM DOENÇA NEUROLÓGICA DEGENERATIVA. Atlântica Repositório Científico. Disponível em: <http://hdl.handle.net/10884/1077>. Acesso em: 07 out. 2019
A TEORIA DE TUDO. Adoro Cinema. Disponível em: <http://www.adorocinema.com/filmes/filme-222221>. Acesso em: 08 out.2019
STEPHEN HAWKING. Wikipédia. Disponível em: <https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Stephen_Hawking>. Acesso em: 09 out. 2019 
GODINHO, Vanda Cristina. Esclerose lateral amiotrófica: Revisão bibliográfica da patofisiologia. Orientador: Prof. Doutor Francisco Alvarez. 2013. Tese (Mestre em Medicina) - Universidade da Beira Interior, [S. l.], 2013. Disponível em: <http://www.fcsaude.ubi.pt/thesis2/list.php?curso=M&e=2>. Acesso: 11 out. 2019
Anexos 
Stephen Hawking
Disponível em: <https://falandoemliteratura.com/2017/05/20/resenha-a-teoria-de-tudo-de-stephen-w-hawking/> .
 
Disponível em: <https://falandoemliteratura.com/2017/05/20/resenha-a-teoria-de-tudo-de-stephen-w-hawking/>.
 
Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Stephen_Hawking>.
 
Disponível em: <https://tek.sapo.pt/extras/site-do-dia/artigos/ja-pode-consultar-o-ultimo-trabalho-cientifico-de-stephen-hawking>.
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