Buscar

Paper - Família Acolhedora - Seminario Serviço Social - Raquel - ok

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

����
� PAGE \* MERGEFORMAT �5�
PROJETO “FAMÍLIA ACOLHEDORA”
TEMA: “NOSSO LAR”
Acadêmicos
Jessica Mayara Barbosa de Arruda
Raquel Brito de Alho Rodrigues
Jeone Carmo de Almeida
Luma da Silva Anjos
Tutor Externo: Marília Camargo de Souza Reis
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Serviço Social (SES1115) – Seminário da Prática do Módulo I - 03/12/2019
RESUMO
O Programa “Família Acolhedora”, serviço que organiza o acolhimento de crianças e adolescentes afastados da família por medida de proteção, em residências de famílias acolhedoras cadastradas. É previsto até que seja possível o retorno à família de origem ou, na sua impossibilidade, o encaminhamento para adoção. O serviço é o responsável por selecionar, capacitar, cadastrar e acompanhar famílias acolhedoras, bem como realizar o acompanhamento da criança e/ou adolescente acolhido e sua família de origem.
O serviço deverá ser organizado.
Palavras chave: Mobilização, Articulação e Participação.
1. INTRODUÇÃO
O Programa “Família Acolhedora”, consiste em cadastrar, orientar e capacitar famílias da comunidade para terem acesso aos benefícios ofertados pelo Poder Público, amparar e apoiar a possibilidade de uma convivência familiar e comunitária que possa melhorar a qualidade de vida de todos. A família bem assistida representa a possibilidade de continuidade da convivência familiar em ambiente sadio para a criança, adolescente, adulta e as pessoas da melhor idade. 
O primeiro passo será ir a campo para mapear e cadastrar famílias que apresentem sinais de vulnerabilidade para com os riscos sociais, sendo que tais observações deverão ser detectadas durante as entrevistas que servirão para anotar as necessidades de cada família.
Um dos nossos objetivos é que essas famílias tenham uma vida digna e que possam transformar suas vidas. Esse projeto é como algo extremamente rico, em que de fato a gente possa ver a mudança ao longo de sua execução. Quando cuidamos da família, mudamos a realidade de todos e essa é a grande magia, a grande transformação social que pretendemos proporcionar as famílias.
 	A família é uma das principais bases para que consigamos nos desenvolver como pessoas saudáveis (física e psiquicamente), criando laços de amor e de afeto e ainda, aprendendo valores importantes para nossas vidas.
Infelizmente, essa não é a realidade de inúmeras famílias em nosso Estado, onde crianças e jovens, que convivem em lares desestruturados e desestabilizados, às vezes favorecem, por exemplo, o uso de drogas, a participação em gangues e no narcotráfico, ao abandono escolar e muitos outros problemas sociais que afligem a nossa sociedade.
Nesse sentido, programas que visem à sustentabilidade da família e do lar, também o desenvolvimento de competências familiares é tão importante. Esses projetos, como os desenvolvidos por Institutos e Associações por todo o Brasil, buscam assegurar as famílias o acesso a meios de vida sustentáveis, garantindo condições dignas de sobrevivência e de desenvolvimento.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Os atendimentos deverão ser realizados em dupla psícossocial formada por um técnico do CREAS e um técnico do CRAM, para que haja um processo de transição continuo e gradativo das famílias. Os técnicos terão como espaço de atendimento no CREAS. Os atendimentos fundamentam-se no respeito à heterogeneidade, potencialidades, valores, crenças e identidades de família. O trabalho articula-se com as atividades e atenções prestadas as famílias nos demais serviços socioassistênciais, nas diversas políticas e com os demais órgãos do Sistema de Garantia de Direitos. As ações são orientadas e direcionadas para a promoção de direitos, a preservação e o fortalecimento da função protetiva das famílias diante do conjunto de condições que vulnerabílizam e/ou as submetem a situações de risco pessoal.
3. MATERIAIS E MÉTODOS
Sobre a instituição participante, a Casa de acolhimento do município assemelha-se em estrutura, sendo a parte interna constituída de diversas salas separadas, onde ficam divididos os grupos de acordo com sexo e faixa etária, além de um refeitório, uma sala múltipla e as salas dos profissionais (coordenadores, psicólogos e assistentes sociais). A Instituição esta apta a receber desde bebês até adolescentes, porém existe uma concentração bem maior de adolescentes e de crianças é bem menor, porem os atendimentos são voltados para os dois, tanto infantil quanto para Adolescentes. No momento da pesquisa estavam abrigados, entre 05 e 10 crianças e adolescentes. Cada grupo tem em torno de 03 integrantes, que ficam sob responsabilidade de um ou dois educadores sociais por turno.
Os instrumentos utilizados foram: entrevistas semiestruturadas e observações que duravam entre uma hora e uma hora e meia. Os instrumentos permitiram avaliar a forma como ocorriam à escuta das crianças e dos adolescentes, os tipos de vínculo que são construídos, o ingresso nas instituições, a percepção acerca dos cuidados em geral, a educação, a afetividade, as possibilidades de crescimento pessoal que são oferecidas, entre outros.
Inicialmente, foi estabelecido contato com a direção das instituições Casa de acolhimento para averiguar a possibilidade de realização do trabalho. Após a concordância, o projeto foi sendo aprovado, a pesquisa seguiu todas diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos. Após a aprovação, foi combinado com a coordenação o início das observações. Devido às atividades e normas da Casa, o consentimento dos cuidadores que se encontravam no local, para que o acompanhamento pudesse ser feito, foi solicitado logo antes do início das observações que ocorreram durante alguns dias.
Os educadores sociais envolvidos nesse Programa, serão entrevistados conforme a disponibilidade de horários. Todos os participantes receberão e assinarão um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). As entrevistas serão gravadas e os resultados analisados através da análise de conteúdo, buscando integrar todos os dados de comunicação dispostos pelos entrevistados. Para análise dos resultados, serão utilizadas análises de conteúdo (Bardin, 1977) que é um conjunto de técnicas de análise das comunicações, usados quando se quer ir além dos significados, relacionando com as estruturas teóricas. Tudo o que é dito, visto ou escrito pode ser submetido à análise de conteúdo (Minayo, 2010). As categorias serão definidas tanto a priori quanto a posteriori.
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
A cobrança de formação específica para o trabalho é um processo recente, já que, anteriormente, a única condição imposta era de que os candidatos tivessem alguma experiência com crianças. De acordo com a descrição do cargo de Educador Social, localizada nos editais de Concursos, as vagas normalmente são destinadas para nível médio e a descrição analítica das funções previa: planejar e executar o programa pelo qual é responsável; dirigir e/ou auxiliar em todas as atividades que envolvam a criança e o adolescente durante o seu horário de trabalho; manter sigilo profissional; quando necessário auxiliar em outras atividades, tais como, troca de fraldas, banho, escovação, medicação e outros; apresentar-se e agir de forma tranquila ao desenvolver suas atribuições; estimular o desenvolvimento psicomotor, criatividade e iniciativa, bem como a aquisição de hábitos e atitudes saudáveis nos afazeres diários, com o público atendido; promover o desenvolvimento da área cognitiva, social e afetiva através de atividades recreativas, respeitando o limite de cada um; manter-se atualizado, participando de cursos para formação continuada e outros pertinentes a sua área de atuação.
O treinamento recebido para dar início à função será constituído de um período de quatro ou cinco dias, nos quais serão realizadas palestras a respeito das tarefas diárias, do cuidado alimentar e escolar e até formas de contenção, entre outros, além da possibilidade de ouvir os relatos
de experiências de alguns colaboradores das instituições de acolhimento. Podendo ocorrer que nenhum dos entrevistados possa citar que tenha participado de treinamentos. Ao ser questionado, pode acontecer de apenas uma pessoa lembrar que já discutiu os diferentes tipos de cuidados, porém, é muito importante participar de uma palestra sobre o cuidado alimentar. Após o treinamento, serão iniciadas as atividades, geralmente, sempre acompanhados por alguém mais experiente.
Apesar da cobrança inicial de que todos os envolvidos se mantivessem atualizados com as atividades a serem desenvolvidas durante o tempo em que viessem a trabalhar nas instituições de acolhimento, temos que admitir que são raríssimos os cursos, palestras ou momentos de reciclagem que são oferecidos e, quando são, geralmente partem de alguma iniciativa privada, as vezes do Poder Judiciário (Ministério Público), conforme referem, costumam receber poucos convites, porém não são obrigatórios e então a participação fica a mercê do próprio colaborador. 
Levando-se em consideração essas particularidades, para condução desse Programa, teremos que contar com Servidores Públicos, ocupantes das vagas advindas de concursos públicos, que ainda se mantêm trabalhando nas instituições, alguns atendentes de creches ou em instituições semelhantes, que passam algum tempo realizando esses serviços que contam como horas extras.
O desejo e os objetivos em relação ao trabalho que realizam.
A todos os pretensos colaboradores desse Programa, será perguntado sobre como surgiu o desejo em relação ao trabalho em instituições deste âmbito, onde todos terão de se manifestar a respeito, indicando qual o interesse e quando ele surgiu.
Temos plena certeza de que as primeiras impressões das pessoas envolvidas nesse processo que forem inseridas nos locais de trabalho serão variadas. Podendo haver um choque cultural, por tratar-se de uma realidade muito diferente da que estavam habituados, pois, poderiam lidar com ambientes de muita tristeza, abandono e regras muito rígidas. Também as dificuldades de dar início ao trabalho, devido à resistência – especialmente dos adolescentes – em formar vínculos sociais ou familiares. Logo o maior desafio será interagir e ter que ficar aguardando eles começarem a ter confiança.
5. CONCLUSÃO
O Município cresceu de forma muito rápida e desordenada, principalmente nas regiões periféricas e a Política de Habitação à época não acompanhou este crescimento. Neste desordenamento, foram instituídos no município 03 loteamentos irregulares e 01 Assentamento, que se estabeleceu à margem da zona urbana, uns com proximidade, porém a maioria muito distante de toda a rede pública de saúde, assistência social e educação, sem nenhuma rede socioassistencial de apoio, alguns com nenhuma estrutura de comércio e sem rede de saneamento básico como água, luz, esgoto, asfalto. Muitos Setores pela dificuldade no acesso às políticas públicas foram se caracterizando como meras associações de amparo a moradores em situação de pobreza multidimensional, com alto índice de vulnerabilidade e risco social.
O fenômeno da violência afeta todas as camadas sociais, porém de acordo com o levantamento da territorialidade através das Estatísticas extraídas das Entidades ligadas a Segurança Pública, Assistência Social, Atendimento médico hospitalar, Conselho Tutelar e outras afins, constataram que a grande maioria é pertencente a famílias em situações de vulnerabilidade social, o que demanda várias outras intervenções e cuidados frente às famílias atendidas.
REFERÊNCIAS
Botelho, A. P., Moraes, M. C. M. B., & Leite, L. C. (2015). Violências e riscos psicossociais: narrativas de adolescentes abrigados em Unidades de Acolhimento do Rio de Janeiro, Brasil. Revista Ciência & Saúde Coletiva, 20(1), 07-16.         [ Links ]
Brasil (2008). Orientações técnicas para os serviços de acolhimento para crianças e adolescentes. Brasília, DF: CONANDA/CNAS.         [ Links ]
Brito, C. O. D., Rosa, E. M., & Trindade, Z. A. (2014). O processo de reinserção familiar sob a ótica das equipes técnicas das instituições de acolhimento. Temas em Psicologia, 22(2), 401-413.         [ Links ]
Carvalho, A. (2002). Crianças institucionalizadas e desenvolvimento: possibilidades e desafios. In: Lordelo, E., Carvalho, A. & Koller, S.H. (Eds.), Infância brasileira e contextos de desenvolvimento, vol. I, pp.19-44. São Paulo: Casa do psicólogo.         [ Links ]
Cavalcante, L. I. C., Magalhães, C. M. C., & Pontes, F. A. R. (2007). Abrigo para crianças de 0 a 6 anos: um olhar sobre as diferentes concepções e suas interfaces. Revista Mal Estar e Subjetividade, 7(2), 329-352.         [ Links ]
Estatuto da Criança e do Adolescente (1990). Diário Oficial da União. Lei nº 8069, de 13 de julho de 1990. Brasília, DF: Palácio do Planalto. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8069.htm.         [ Links ]
Hahn, K., & Carlotto, M. S. (2008). The Burnout Syndrome in monitors that act in a foundation of special protection. Diversitas, 4(1), 53-62.         [ Links ]
Maia, A. C., & Barreto, M. (2012). Violência contra crianças e adolescentes no Amazonas: análise dos registros. Psicologia em estudo, 17(2), 195-204.         [ Links ]
Marques, C. de C., & Czermak, R. (2008). O olhar da Psicologia no abrigo: uma cartografia. Psicologia & Sociedade, 20(3), 360-366.         [ Links ]
Martins, R. F. D. B. (2013). Avaliação da prevalência da implementação do sistema HACCP e dos seus efeitos nos indicadores de segurança alimentar, em instituições de acolhimento a crianças e idosos, na região do Porto. Tese de Doutorado, Universidade de Santiago de Compostela.         [ Links ]
“Por melhor que seja a instituição de acolhimento, questões institucionais prejudicam. Os bebês se apegam à voz, ao jeito de conversar, e a partir dessa referência se sentem seguros para o desenvolvimento”.
Psicóloga Tatiana 
“O amor familiar é o que nos constitui, aprendemos na família a amar o nosso semelhante. Não é o tipo de família que é importante, mas as relações que se desenvolvem nela”.
Lídia, autora do livro “Pais e filhos por adoção no Brasil: características, expectativas e sentimentos”.
Apesar de achar que nada é mais difícil do que o desamparo de uma criança, Lídia afirmou, durante o workshop, que mesmo passando por uma situação de acolhimento o cérebro pode se recuperar caso essas crianças contem depois com um cuidador que promova carinho e segurança. Para Lídia, é preciso combater as causas do abandono, como a pobreza, o despreparo dos pais e a ausência de apoio familiar. “Pobreza não é motivo de se fazer uma destituição familiar. Mas quem são as crianças que estão em abrigos? São os pobres, infelizmente são duas coisas que se acumulam”, diz. Fonte: Luiza Fariello - Agência CNJ de Notícias
Toda a Bibliografia e conteúdo foram extraídos da internet, porém foram feitas modificações e adaptações para chegarmos a nossa atual realidade.
����

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando