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O Aluno Virtual na Educação a Distância

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Prévia do material em texto

„ Entender o que é um aluno a distância e a maneira como ele 
aprende;
 „ Definir as estratégias de estudo mais apropriadas para você.
O aluno de educação a distância
INSTITUTO FEDERAL DE
EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
PARAÍBA
1 OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
FUNDAMENTOS DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA UNIDADE 01 AULA 02
2 COMEÇANDO A HISTÓRIA
Caro (a) aluno (a), você sabe o que diferencia um aluno a distância de um 
aluno no ensino presencial? Você imagina como deve se comportar ou sabe 
de algumas dicas importantes para aproveitar ao máximo as aulas no ensino a 
distância? Você teria ideia de como orientar ou lidar com seus alunos no dia-a-
dia do seu trabalho como professor? Afinal de contas, quem sabe, você pode vir 
a ser um professor na modalidade em EaD também, não é verdade? Ninguém 
adivinha o futuro.
Assim, tendo consciência de que você já se apropriou do conhecimento de 
“Educação a Distância” na aula anterior, vamos discutir agora comportamentos, 
práticas e modos de proceder no ensino a distância, especialmente do ponto 
de vista do aluno. Fique atento, pois qualquer orientação pode ter adequações 
dependendo do seu tipo de trabalho bem como da metodologia e da filosofia 
educacional que a sua instituição empregar. Porém, daremos aqui um pontapé 
inicial para que você descubra como desbravar seus próprios caminhos! Além 
disso, você deve estar atento para novas metodologias e tecnologias usadas 
na educação, que podem mudar muito rapidamente após e até durante as 
orientações que vamos discutir.
3 TECENDO CONHECIMENTO
3.1 O aluno virtual
Caro (a) aluno (a), você sabe o que é um aluno virtual? O que o termo virtual 
quer dizer para você? Muitos autores o associam com a ideia de não só estudar 
a distância, mas também através da Internet ou online. Pierre Lèvy, conhecido 
filósofo do mundo virtual diz que as “virtualizações” são muitas, mas que, 
por meio da Internet, potencializamos esta maneira de ser e interagir com os 
outros. Poderíamos, mesmo através da escrita de uma carta em papel, ter um 
certo grau de virtualização, ou seja, uma possibilidade de nos atualizarmos para 
interagir com o outro, com algum potencial. Virtualizar seria mais se atualizar 
e virtual não seria o contrário de real. Porém, a virtualização na Internet traz 
novas possibilidades, desde conferências a distância até a velha escrita em 
formato digital nos fóruns.
De modo mais específico, as autoras Palloff & Pratt (2004), tratam do virtual 
próprio que tem a ver com as atividades da educação do aluno a distância. Ou 
seja, das novas atualizações que temos no modo de interagir, especificamente 
2
FUNDAMENTOS DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA - O aluno de educação a distância
3
UNIDADE 01 AULA 02 
nesta modalidade. Pensava-se que o aluno virtual teria um perfil de uma pessoa 
com mais de 25 anos, formada ou com educação superior em andamento e 
empregado. Contudo, estudos mais recentes têm mostrado novos perfis para 
esses alunos, envolvendo várias faixas etárias e graus de curso que incluem até 
o ensino médio. 
Os modos de agir ou interagir na educação a distância, ou seja, os modos de 
ser virtual também têm ganhado uma variabilidade muito grande em função 
dos mais variados perfis existentes hoje em dia. É consenso que, para entender 
o aluno virtual dentro desta variabilidade, há necessidade de investigação cada 
vez mais aprofundada, por parte de professores, administradores e designers 
instrucionais sobre a psicologia social desses alunos, muito mais do que análises 
de perfis.
Como nossa preocupação aqui é entender esse aluno na relação com o 
professor e com a instituição, de modo que venha a obter sucesso na 
aprendizagem, vamos enfocar características ideais que deve ter o aluno virtual. 
Tais características foram observadas de acordo com o que vários autores 
orientam, principalmente conforme o que diz Pratt (2004), mas também de 
acordo com nossas experiências e investigações da educação a distância no 
Brasil. Vejamos algumas delas:
1) O aluno virtual deve ter 
satisfação com seu curso e 
suas atividades acadêmicas 
– no início da educação a 
distância, um alto número de 
evasões foi identificado no 
Brasil e isso refletiu um certo 
grau de insatisfação. Novas tecnologias e metodologias foram adotadas, 
as evasões diminuíram, mas ainda há uma quantidade significativa 
de alunos que não terminam os cursos. Mais do que simplesmente 
empregar métodos e técnicas de ensino “revolucionários”, tem-se 
observado que entender o aluno e suas necessidades pode trazer 
um direcionamento melhor para as aulas. Os alunos também devem 
procurar identificar aquilo de que mais gostam e expressar suas 
vontades para que os educadores aprimorem o ensino. Portanto, não 
há uma fórmula mágica para trazer satisfação ao aluno, mas deve-
se procurar entendê-lo (que outras atividades faz, o conhecimento 
prévio que traz, as dificuldades específicas que encontra no ambiente 
– seja na compreensão do conteúdo ou na forma de administrar suas 
aulas – etc.). Deve haver um espaço no qual o aluno também exprima 
suas dificuldades específicas. Trazer satisfação se faz principalmente 
assim: entendendo as pessoas e melhorando cada curso conforme 
a necessidade de cada um, em sua região, de acordo com o seu 
conhecimento e até comportamento. Depois, pensa-se nas tecnologias 
e métodos, pois o mais importante ainda é observar as pessoas.
2) Ter acesso à tecnologia necessária ao curso – isso não quer dizer 
apenas ter um computador com processamento e memória adequados 
mais acesso à Internet. Temos observado que o aluno virtual precisa 
compreender de onde está fazendo acesso ao curso e se há algum 
comprometimento no local (conectividade com a Internet, restrições 
a sites, uso de firewall – programa de segurança da rede que pode 
impedir alguns acessos etc.). 
3) Ter uma mente aberta para compartilhar informações – um aluno 
virtual ideal precisa perder o receio de compartilhar o que aprende 
e mesmo suas dúvidas. Interagir com o grupo, professores e tutores 
faz com que o aluno aprenda com o outro e até tenha consciência 
de novas dúvidas que antes não tinha. Tal procedimento ajuda muito 
no progresso do aluno e suprime alguns momentos nos quais seria 
necessária uma presença física.
4) O aluno virtual precisa de automotivação e autodisciplina – ele 
precisa descobrir aquilo que pode ser mais adequado para suas 
atividades e que ele goste mais. Apenas ele pode fazer essa associação 
para encontrar sentido nos estudos. Além disso, a autodisciplina 
envolve estabelecimento de horários rigorosos, os quais ele possa 
cumprir para si mesmo, e alta dose de concentração em um ambiente 
adequado de estudo. Não é porque está a distância que o aluno não 
tem que cumprir suas atividades regularmente, mas isso dependerá 
de como ele encaixará essas atividades no seu cronograma próprio de 
trabalho, que pode ser diferente para cada um.
5) O aluno virtual deve ter a responsabilidade de comunicar problemas 
– em uma sala tradicional dentro de um espaço físico, pode ser que 
sejam identificados problemas na participação até com um olhar para 
o grupo. Porém, no ensino virtual o aluno precisa contribuir para que 
os problemas sejam percebidos, avisando o que está acontecendo 
desde o início. Por outro lado, professores também precisam ter a 
responsabilidade de observar: mudanças no nível de participação, 
dificuldades logo no início do curso (operacionais ou mesmo de 
4
FUNDAMENTOS DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA - O aluno de educação a distância
5
UNIDADE 01 AULA 02 
conhecimento básico requerido) e se os alunos estão se comunicando 
de forma adequada, sem agressões ou destempero emocional. Enfim, 
alunos e professores precisam assumir suas responsabilidades para 
que o aluno virtual atue em um ambiente agradável.
6) O aluno virtual tem que acreditar na aprendizagema distância – 
não deve se sentir prejudicado pela ausência de sinais auditivos ou 
visuais no processo de comunicação como ocorre com a presença 
física. E o mais importante: acreditar que uma aprendizagem de boa 
qualidade pode acontecer em qualquer lugar e tempo e não apenas 
no espaço físico de uma sala de aula. Os bons alunos virtuais superam 
as descrenças que tinham sobre o ensino a distância e os que terminam 
seus cursos competem hoje de igual para igual com os que fizeram 
ensino presencial.
7) O aluno virtual precisa de uma boa 
estrutura para sua aprendizagem – não são 
apenas as dicas anteriores que facilitam a 
vida do aluno em um curso a distância, pois a 
instituição de ensino precisa prover um bom 
ambiente virtual e boas condições físicas de 
trabalho nos polos. A estrutura de trabalho em si para os professores 
também deve ser adequada e ele precisa de orientação para realizar 
algumas ações: 1) criar horários específicos para recebimento de 
mensagens e trabalhos além dos horários mais flexíveis; 2) ser claro 
com o aluno quanto às condições de resposta semanais que ele e o 
tutor poderão dar; 3) ser claro quanto à natureza das mensagens (os 
alunos não podem apenas “marcar presença” avisando que estão no 
ambiente, mas efetivamente devem responder ao que é pedido); 4) 
ser claro quanto às condições do curso (que vão de resultados das 
avaliações e o quanto será aproveitado na participação online); e 5) 
ficar atento à participação dos alunos, que inclui mudanças repentinas 
nos assuntos ou atrasos na entrega de trabalhos, para resolver os 
problemas o quanto antes.
EXERCITANDO
Para cada uma das características do aluno virtual, diga se você as tem, 
pretende adquirir ou tem muita dificuldade. Diga ainda o que poderia fazer 
para melhor tê-las ou desenvolvê-las.
1)
2)
3)
4)
5)
6)
7)
6
FUNDAMENTOS DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA - O aluno de educação a distância
7
UNIDADE 01 AULA 02 
3.2 Estilos de aprendizagem
Os mais diversos estilos ou maneiras de aprender são discutidos por vários 
autores e o assunto é muito polêmico. Não há uma concordância muito grande 
sobre o assunto. Contudo, um estudioso chamado Gardner trouxe à tona muito 
mais discussões com a sua teoria das inteligências múltiplas. Outros autores, 
seja para concordar ou discordar, partem muito do que ele definiu e ele próprio 
fez várias revisões de sua teoria. Vamos usar a tabelinha adiante, adaptada de 
Pratt (2004), que usa os conceitos básicos de Gardner agrupados em algumas 
das inteligências múltiplas. Você deve ler a tabela, identificando possíveis 
exemplos de seu dia-a-dia, para fazer adiante mais um exercício. Na primeira 
coluna estão os estilos possíveis de aprendizagem de um aluno e, na segunda 
coluna, as técnicas usadas por professores para aproveitar os estilos da melhor 
maneira possível.
ESTILOS DE APRENDIZAGEM TÉCNICAS INSTRUCIONAIS NO ENSINO VIRTUAL
 □ Visual-verbal: prefere ler a informação. □ Use apoio visual, tal como o PowerPoint ;
 □ Apresente, sob forma escrita, um sumário do 
material apresentado. 
 □ Use materiais escritos, como livros textos e 
recursos da Internet.
 □ Visual-não-verbal ou visual-espacial: prefere 
trabalhar com gráficos ou diagramas que 
representam a informação. 
 □ Use material visual, tal como PowerPoint, 
vídeo, mapas, diagramas e gráficos.
 □ Use os recursos da Internet, especialmente 
aqueles com gráficos. 
 □ Use a videoconferência. 
 □ Auditivo-verbal ou verbal-linguístico: prefere 
ouvir o material apresentado. 
 □ Incentive a participação em atividades colabo-
rativas e de grupo. 
 □ Use arquivos de áudio em streaming. 
 □ Use a audioconferência. 
 □ Tátil-cinestésico ou corporal-cinestésico: 
prefere atividades físicas práticas.
 □ Use simulações. 
 □ Use laboratórios virtuais. 
 □ Exija pesquisa de campo. 
 □ Exija a apresentação e a discussão de projetos. 
 □ Lógico-matemático: prefere a razão, a lógica. □ Use estudos de caso. 
 □ Use a aprendizagem baseada em problemas. 
EXERCITANDO
Marque os quadrinhos na tabela acima ao lado dos estilos de aprendizagem 
e das técnicas instrucionais com as quais você mais se identifica. Em seguida, 
escreva abaixo sobre se você como professor utilizaria as técnicas adequadas 
para os seus próprios estilos. Acrescente técnicas que não estejam na tabela 
que o ajudariam como professor e aluno.
Como já falamos, os estilos são motivo de muita discussão. Além disso, com 
novas tecnologias surgindo a cada momento, você pode identificar outras 
técnicas instrucionais que vão além das que são usadas em cursos a distância. 
Você já parou para pensar como poderiam ser usadas as redes sociais no ensino 
ou mesmo dispositivos móveis como celulares e tablets? Será que esses usos 
iriam ajudar na educação a distância e na adequação com novos estilos de 
aprendizagem que surgem nas novas gerações? Quais seriam seus limites e 
possibilidades adicionais?
Não concordamos totalmente com a teoria das inteligências múltiplas, mas 
não por não acharmos que existem categorias da inteligência. Na verdade, 
podemos entender também que há tantas “inteligências” que poderiam ser até 
mais múltiplas do que as básicas definidas por Gardner. Como muitos autores 
classificam e recategorizam a todo tempo essas inteligências, vemos que você 
pode explorá-las além do que está aqui, interagindo e descobrindo novos 
estilos com seus colegas, professores, dentro e fora da Internet e também com 
novos usos da tecnologia.
3.3 Orientações do aluno de EaD 
Há muitas orientações para os alunos de EaD que podem existir no formato 
de dicas, regras essenciais, guias e mandamentos. O formato de mandamentos 
é um dos mais utilizados e envolve ordens às quais os alunos devem obedecer 
8
FUNDAMENTOS DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA - O aluno de educação a distância
9
UNIDADE 01 AULA 02 
se desejarem ser bons alunos. Como há muitas formas de orientar e o 
nosso mundo exige adaptações conforme o tipo de interação e os recursos 
tecnológicos, vamos resumir aqui algumas orientações gerais que serviram e 
ainda servirão por muito tempo para quem estiver aprendendo a distância. 
Utilizaremos orientações de Pratt (2004), mas também acrescentaremos 
algumas dicas que parecem ser úteis na realização das atividades acadêmicas, 
relacionadas a problemas que vemos ocorrer com muita frequência e que 
podem aumentar devido a uma não presença imediata de professor e tutores. 
São essas as orientações:
1) O aluno deve ter conhecimento básico de Internet – o conhecimento 
que o aluno tem sobre jogos online ou uso de chats e redes sociais 
pode não ser diretamente aplicado ao ambiente virtual de ensino. 
Além disso, não se pode supor que todos tenham as habilidades 
necessárias ou saberão transpor seu conhecimento para a EaD. O aluno 
deve verificar exatamente como é usado o ambiente e ficar atento 
com suas propriedades, que podem ser diferentes das existentes em 
outros ambientes que usou.
2) O aluno deve ter conhecimento básico de informática – espera-se 
que ao menos o uso de editores de texto e a operacionalização de 
programas de e-mail façam parte da vida do aluno. Ele deve procurar 
imediatamente esses conhecimentos (se não os tiver) e realizar práticas 
no dia-a-dia que não necessariamente envolvam seu curso para uma 
familiarização mais ampla com a tecnologia. Este conhecimento, mais 
cedo ou mais tarde será necessário, e é cada vez menos explorado em 
cursos regulares.
3) O aluno deve ter tempo de gerenciar suas atividades – em qualquer 
tipo de aprendizagem a forma de lidar com o tempo para realizar as 
atividades de um curso é crucial. Contudo, na educação a distância há 
algumas peculiaridades. No ensino presencial, os alunos organizam 
seu tempo de acordo com o horário das aulas e programam suas 
tarefas conforme o queé requerido nas disciplinas para responderem 
em uma próxima aula. No ensino a distância não há um calendário 
exato de cada aula e as tarefas devem ser feitas de forma regular e 
com controle. Os alunos devem ser estimulados sempre a manter as 
leituras em dia, enviar mensagens ao professor e ao tutor, discutir com 
os colegas no espaço virtual apropriado e definirem quando finalizarão 
seus trabalhos a cada tarefa requerida. Alguns alunos podem se sentir 
melhor organizando primeiro a leitura do que está no ambiente para 
fazerem as tarefas pedidas, mas sempre definindo um tempo que 
possa ser gerenciado, até para diminuir a ansiedade.
4) O aluno deve estar atento para as diferenças entre cursos 
presenciais e online – em aulas virtuais o aluno não entra em um 
espaço físico e segue o que é orientado pelo professor. O aluno virtual 
precisa ver o professor como um guia que o ajudará em uma jornada, 
a qual o aluno prosseguirá para atingir seus objetivos no curso, em 
espaços e tempos que podem ser diferenciados.
5) O aluno deve entender como é sua interação com os professores e 
demais colegas – ele não deve apenas ler o que está no ambiente. Ele 
precisa construir alguma reflexão e registrar o que foi feito. É isso o que 
vai mostrar como ele frequenta o curso para o professor. Além disso, 
podem ser feitas consultas aos colegas para realizar um trabalho, mas 
nunca simplesmente aproveitar o que um colega produziu e registrar 
de forma idêntica.
6) O aluno deve entender a maneira como dará feedback – não pode 
haver apenas a entrada em um ambiente para dizer “concordo”, 
“discordo”, “sim” ou “não”. É preciso que as mensagens sejam 
substanciais, preparadas, por exemplo, para desenvolver um debate. O 
professor deve alertar o aluno sobre isso e dar dicas de como proceder 
nas suas reflexões e argumentações.
7) O aluno deve ter comunicação adequada ao ambiente – nesse 
caso, incluem-se desde obedecer as regras da netiqueta (como o uso 
de abreviaturas específicas e evitar letras em maiúsculas) até o não 
incitamento a ataques pessoais ou inflamações em assuntos que não 
dizem respeito ao conteúdo. O professor deve alertar sobre isso no 
início do curso.
8) O aluno deve ser informado adequadamente como obter ajuda – 
isso envolve indicar os professores e tutores certos, mostrar os horários 
apropriados de atendimento individual e orientar sobre o tipo de 
dúvida que pode ser enviada e para o local correto. Deve haver uma 
observação constante sobre o que os alunos precisam de modo a se 
atualizar os tipos de ajuda.
10
FUNDAMENTOS DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA - O aluno de educação a distância
11
UNIDADE 01 AULA 02 
3.4 Organizando o estudo
Vamos compor aqui algumas dicas diretas sobre como você, na qualidade 
de aluno, deve organizar sua vida para o estudo virtual ser bem sucedido:
1) No mínimo, use o ambiente virtual duas vezes por semana. No primeiro 
contato, leia o que outros alunos já estão comentando. Pode ser que 
as repostas já ajudem você. Depois, procure tirar dúvidas e, se possível, 
ajude outros alunos, o que criará um bom ambiente cooperativo de 
aprendizagem.
2) Certifique-se todos os dias se está em dia com as mensagens.
3) Procure independência na sua aprendizagem e vá além do que o 
professor apresenta. 
4) Leia bastante, analise bastante e pesquise bastante, o que só será 
positivo para seu desempenho e para o retorno que dará ao professor 
e colegas.
5) Confie em seus colegas e produza críticas construtivas.
6) Se sentir perdido, não deixe nunca de perguntar a professores, tutores 
ou colegas.
7) Se ficar angustiado, triste ou irritado com alguma mensagem, não 
responda imediatamente. Pense um pouco e responda no outro dia, 
que a sua resposta sempre será mais apropriada.
8) Faça uma agenda do estudo do seu curso dentro da sua agenda mais 
geral de todas as atividades da vida.
9) Esclareça familiares e amigos sobre sua necessidade de tempo 
de estudo. Não é porque o curso é a distância que você terá mais 
disposição para os outros.
10) Tenha flexibilidade e paciência não só com o conteúdo do curso, mas 
com eventuais problemas técnicos encontrados.
11) Prepare-se para aprender O NOVO! Não apenas do conteúdo do curso, 
mas sobre novas tecnologias, novas metodologias de trabalhos e 
novos estilos de amigos e colegas.
12) Além da agenda, use algum artefato para administrar melhor o tempo 
e rastrear melhor as atividades, seus sucessos e fracassos. Por exemplo, 
você pode ir preenchendo uma tabelinha semanal como essa:
OBJETIVOS DA SEMANA
Objetivo Atividade a 
realizar
Tempo dedi-
cado
Atividade 
finalizada? 
(sim/não/
parcialmente)
Justificativa 
da não finali-
zação
O que é ne-
cessário para 
finalizar
3.5 Trabalho em grupo
Trabalhar em grupo é importante para qualquer nível ou natureza de 
aprendizado. É verdade que alguns alunos, por conta do seu estilo de 
aprendizagem, preferem trabalhar de maneira isolada e até podem ter um 
melhor rendimento deste modo. Contudo, em algum momento da vida 
precisaremos compartilhar algumas tarefas e este momento tem que ser 
aproveitado da melhor maneira possível. No ensino a distância isso não é 
diferente, mas muitas dúvidas surgem sobre como administrar os trabalhos em 
grupo, visto que isso será feito por meio de novas e diferentes ferramentas ou 
até mesmo estratégias.
As estratégias poderão, inclusive, depender do tipo de ferramenta, mas 
também de questões de custo e de como o curso é administrado. Portanto, é 
provável que não exista uma forma ideal através da qual todos efetivamente 
trabalhem em grupo, mas podemos fazer as adequações possíveis. Vejamos 
algumas delas. A comunidade como o todo de um curso poderia ter um 
número ideal de 20 a 25 alunos, professores deveriam administrar idealmente 
até em torno de 15 alunos e em uma sala de bate-papo, para ter um bom 
aproveitamento, não deveria haver mais de 10 pessoas. As administrações das 
instituições de ensino requerem cada vez mais alunos e há necessidade de fazer 
um investimento amplo para atender o maior número possível de pessoas não 
capacitadas.
O dilema em questão reflete as preocupações sobre a grande quantidade 
de pessoas prejudicarem ou não no atendimento ao aluno, torná-lo isolado e 
sem um atendimento adequado. Há ainda preocupações sobre o uso de grupos 
muito pequenos, já que poderiam não ser muito ativos e com pouca reflexão. 
A experiência mostra que menos de 5 pessoas em um grupo também pode 
trazer problemas para o professor manter uma participação ativa. Essa situação, 
12
FUNDAMENTOS DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA - O aluno de educação a distância
13
UNIDADE 01 AULA 02 
porém, tem algumas possíveis soluções ou formas de minimizar consequências 
negativas: 1) os grupos devem ser divididos de acordo com as necessidades de 
cada disciplina; 2) a participação ativa de tutores na coordenação de grupos é 
fundamental; 3) se for usada alguma ferramenta virtual, deve ser devidamente 
esclarecido o seu uso com os participantes; 4) os grupos devem ser formados 
conforme interesses comuns e 5) os alunos devem ser continuamente 
questionados sobre como está sendo efetuada sua participação para melhor 
orientação ou remanejamento.
4 APROFUNDANDO SEU CONHECIMENTO
Um pouco mais sobre as relações do aluno e professor com as tecnologias de ensino 
podem ser encontradas em:
SANTOS, EDMÉA e ALVES, LYNN. Práticas pedagógicas e tecnologias digitais. Rio 
de Janeiro: E-papers, 2006. Disponível em http://books.google.com.br/books?id=K
P3Nr4o3w6kC&lpg=PP1&dq=pr%C3%A1ticas%20pedag%C3%B3gicas%20e%20
tecnologias%20digitais&pg=PP1#v=onepage&q&f=false. Último acesso em 20 de 
jun.de 2012.
As relações do professor, aluno, ensino, escrita e leitura no mundo virtual, sob a 
perspectiva de da Linguística podem ser vistos em:
ARAÚJO, Júlio César (org).Internet e Ensino, novos gêneros, outros desafios. Rio 
de Janeiro: Lucerna, 2007.
ARAÚJO, JÚLIO CÉSAR E DIEB, MESSIAS. Letramentos na Web: Gêneros, Interação e 
Ensino. Fortaleza: UFC, 2009.
BEZERRA, BENEDITO GOMES. Leitura e escrita na Interação Virtual. Recife: EDUPE, 
2011.
COSCARELLI, CARLA VIANNA E RIBEIRO, ANA ELISA. Letramento digital - Aspectos 
sociais e possibilidades pedagógicas. Belo Horizonte: Autêntica, 2005.
MARCUSCHI, L. A; XAVIER, A. C. (orgs). Hipertexto e gêneros digitais: novas formas 
de construção de sentido. 3ª ed. São Paulo: Cortez, 2010.
RIBEIRO, ANA ELISA. Navegar lendo, ler navegando. Belo Horizonte: Interditado, 
2009. Disponível em http://www.ufpe.br/nehte/artigos/Hipertexto-ana-elisa-
ribeiro.pdf. Último acesso em 20 de jun.de 2012.
5 TROCANDO EM MIÚDOS
Nesta parte do curso, vimos o que é o aluno virtual, seu comportamento, 
características e orientações gerais de estudo. Além disso, tratamos de alguns 
dos estilos de aprendizagem que podem ser adotados no ensino a distância 
bem como da forma como o estudo pode ser organizado e de como deve ser 
desenvolvido o trabalho em grupo. As questões aqui tratadas não se encerram 
nas dicas, na experiência que desenvolvemos nem na bibliografia adotada. 
Espera-se que você, aluno, prossiga nos seus estudos virtuais e, quem sabe, 
torne-se professor neste mundo, que, como vimos, não é uma diferença total 
do cotidiano, mas uma extensão concreta e real das nossas vidas quando 
começamos a interagir uns com os outros.
6 AUTOAVALIANDO
1) A partir das orientações do aluno de EaD, das orientações de como 
organizar o estudo e do que foi discutido sobre trabalho em grupo, 
faça um cronograma mensal e outro semanal de estudo.
2) Diga quais são as orientações do aluno de EaD que você mais precisa, 
as que menos precisa e as razões.
3) Diga qual é a importância do trabalho em grupo para você e quais 
seriam as principais diferenças em relação aos trabalhos em grupo 
presenciais.
14
FUNDAMENTOS DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA - O aluno de educação a distância
15
UNIDADE 01 AULA 02 
REFERÊNCIAS
CARVALHO, FÁBIO CÂMARA ARAÚJO DE e IVANOFF, GREGÓRIO BITTAR. 
Tecnologias que educam – ensinar e aprender com as tecnologias de 
informação e comunicação. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010.
FILATRO, ANDREA. Design instrucional na prática. São Paulo: Pearson Prentice 
Hall, 2008.
MAIA, CARMEM e MATTAR, JOÃO. ABC da EaD – a educação a distância hoje. 
São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.
 PALLOF, RENA M. e PRATT, KEITH. O aluno virtual – um guia para trabalhar com 
estudantes on-line. Porto Alegre: Artmed, 2004.
	O aluno de educação a distância
	1  OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
	2  COMEÇANDO A HISTÓRIA
	3  TECENDO CONHECIMENTO
	3.1  O aluno virtual
	3.2  Estilos de aprendizagem
	3.3  Orientações do aluno de EaD 
	3.4  Organizando o estudo
	3.5  Trabalho em grupo
	4  APROFUNDANDO SEU CONHECIMENTO
	5  TROCANDO EM MIÚDOS
	6  AUTOAVALIANDO
	REFERÊNCIAS

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