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Relatorio - ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO DE ITABIRITO (2)

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Universidade Federal de Ouro Preto
Curso de Arquitetura e Urbanismo
 Disciplina: CIV 640- Saneamento Urbano 
ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO DE ITABIRITO
PROFESSORA: ANA LETICIA PILZ DE CASTRO
ANA FLÁVIA MORAIS
ANA LUIZA DUARTE 
ISABELA BARBOSA 
ISABELLA ORTOLANI
JULIANA GUIMARÃES
LUIZA CARDOSO 
OURO PRETO
NOVEMBRO 2018
SANEAMENTO URBANO
Trabalho apresentado à Disciplina de Saneamento Urbano do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Ouro Preto para fins de pontuação com 
professora Ana Leticia orientando.
Introdução
	Grande parte do esgoto Brasileiro não é tratado, um dado preocupante visto que o tratamento do esgoto doméstico é muito importante para a preservação do meio ambiente. Quando seu destino não é as estações de tratamento, são depositados em rios, lagos, represas e mares, contaminando-os e causando a morte de seres vivos e a transmissão de doenças por eles. Além disso, o mau cheiro que gera uma cadeia de malefícios para a cidade.
	A estação de tratamento de esgoto de Itabirito é uma unidade operacional de remoção de cargas poluentes do esgoto da cidade que tem como objetivo tratar por meio de processos físicos, químicos ou biológicos o esgotamento sanitário para devolver ao meio ambiente o efluente nos paramentos da legislação vigente. 
Uma bióloga da Universidade Federal de Ouro Preto, Heloísa Cavallieri produziu um estudo sobre o tratamento de esgoto e o estudo de caso de Itabirito. No escopo das atribuições da ETE está a coleta, tratamento e a destinação final adequada de esgotos domésticos. Ela atende a Sede Urbana, mais 06 comunidades rurais do Município de itabirito. 
A ETE está situada em local afastado do maior adensamento populacional da Sede Urbana. No entanto, o sistema de tratamento preliminar, assim como as quatro estações elevatórias de esgoto bruto, encontra-se em local próximo à comunidade, com escola e estabelecimentos comerciais.
Vista aérea da ETE de Itabirito. Imagem disponível em: <http://www.tucafilmes.com.br/portfolio/extras/177885-video-institucional-drone-tuca-filmes-ete-estacao-tratamento-esgoto-saae-itabirito-ouro-preto-mariana> 
Dados
	A Estação de Tratamento de Esgoto de Itabirito, a qual funciona há 6 anos, realiza um tratamento anaeróbico de Classe II, que classifica o tratamento de resíduos inertes e não inertes. Possui uma eficiência anual de 86% de esgoto tratado da cidade, com 70% de remoção de resíduos do esgoto tratado com vazão de 100 litros/segundo. É constituída de 9 estações elevatórias, cada uma com 2 cestos de recalque, sendo um sistema de tratamento monitorado por 24h.
Processos 
 - O tratamento de esgoto na SAAE – Itabirito possui 3 níveis, sendo eles: preliminar, primário e secundário.
Tratamento Preliminar: 
O tratamento preliminar tem como objetivo principal a remoção de sólidos grosseiros pelo gradeamento e de areia pela desarenação. 
O Gradeamento que faz a remoção materiais sólidos grosseiros que são retidos por grades grossas de 5,0 a 10,0 cm, grades médias de 2,0 a 4,0 cm e grades finas de 1,0 a 2,0cm. Esse sistema tem como finalidade proteger as unidades posteriores de tratamento dos sólidos. A limpeza da grade deve ser feita a cada hora ou mecanizada
A Desarenação faz a remoção de areia por sedimentação, ocasionada pela gravidade em que os grãos vão para o fundo e são arrastados, por raspadores mecanizados, até as zonas periféricas do tanque. A caixa de areia deve ser limpa a cada 15 dias, ou sempre que necessário. 
Após passar pelo desarenador, o esgoto segue para o canal que o encaminhará à calha Parshall. Esta tem a finalidade de medir a vazão de esgoto afluente ao sistema. 
Tratamento Primário
Finalizado o tratamento preliminar de remoção de sólidos grosseiros, da sedimentação areia e da homogeneização destes efluentes, damos continuidade ao tratamento biológico que acontece nos Reatores Anaeróbicos de fluxo ascendente e manta de lodo.
O tratamento primário é destinado à remoção de sólidos flutuantes como graxas e óleos, sólidos em suspensão sedimentáveis e parte da matéria orgânica do esgoto. 
Tratamento Secundário
No tratamento secundário predomina a remoção da matéria orgânica presente, nutrientes como nitrogênio e fósforo por meio de mecanismos biológicos aeróbicos percoladores e decantadores, com detenção hidráulica de 7 horas, e eficiência de 60 a 65% dos reatores. 
Além disso, existem leitos de secagem de lodo biológico, sistema de recirculação de efluente tratado e de lodo biológico. A estação possui também um sistema de queima de gases. 
Após essa fase, o efluente tratado é lançado no rio Itabirito, e os resíduos sólidos são destinados ao aterro sanitário. 
Vale ressaltar que em outras estações de tratamento, existe ainda o tratamento terciário, uma etapa a qual a ETE de Itabirito visa realizar futuramente, que tem como objetivo a remoção de poluentes específicos como nutrientes, organismos patogênicos, compostos não biodegradáveis, metais pesados, sólidos inorgânicos dissolvidos e sólidos em suspensão remanescentes. 
 
Problemas Identificados
O sistema de tratamento preliminar e as quatro estações elevatórias de esgoto bruto estão em uma localização desfavorável à saúde dos residentes do entorno, por sua grande proximidade. Faz-se necessário que mantenha o afastamento mínimo necessário e que evite mais ocupações desta área.
Em sistemas de tratamento de esgotos há geração de gases devido ao metabolismo microbiano de degradação de compostos químicos. É importante que se faça a troca regular das borrachas de vedação das tampas dos reatores.
Para visitas, o ambiente tem de demandas melhores indicações de locais e equipamentos, guarda-corpos em alguns trechos e acessibilidade para quem possui mobilidade reduzida.
Referências
1. Importância do tratamento de esgoto. Disponível em: <http://www.sanesul.ms.gov.br/importancia-do-tratamento-de-esgoto> Acessado em 11/11/2018
2.	Funcionamento da estação de tratamento de esgoto. Disponível em: <http://www.sanesalto.com.br/servicos/tratamento-de-esgoto> Acessado em 11/11/2018
3. Tratamento De Esgotos, Ainda Um Desafio: O Caso De Itabirito-MG. Disponivel em: <http://www.trabalhosassemae.com.br/sistema/repositorio/2015/1/trabalhos/272/377/t377t2e1a2015.pdf> Acessado em 11/11/2018
4. Artigo do SAAE sobre “Tratamentos de esgoto: ainda um desafio: o caso de Itabirito - MG”. Disponível em: <http://www.trabalhosassemae.com.br/sistema/repositorio/2015/1/trabalhos/272/377/t377t2e1a2015.pdf>

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