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Projeto de TCC Alienação parental

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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
INSTITUTO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS - ICJ
ALIENAÇÃO PARENTAL
Pesquisa monográfica apresentada à Universidade Paulista, sob a orientação da Prof
Cecília Carolina de Barros Ferreira
RA: B925JD-1 
UNIP/SP
2019
SUMÁRIO
1	INTRODUÇÃO.............................................................................................03
PROBLEMA................................................................................................03
1.2 	OBJETIVO..................................................................................................04
1.3	METODOLOGIA..........................................................................................04
1.4	JUSTIFICATIVA..........................................................................................04
2	 CONCEITO..................................................................................................05
3	 SINTOMAS.................................................................................................05
4	FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA....................................................................07
4.1	CONTEXTO HISTÓRICO.............................................................................07
5	 OS MOVIMENTOS......................................................................................08
5.1	 PAIS POR JUSTIÇA......................................................................................08
5.2	 OBJETIVO...................................................................................................09
5.3	 ROTEIRO CONHECIDO................................................................................09
5.4 	 AVALIAÇÕES PSICOLÓGICAS.....................................................................10
6	 APASE.......................................................................................................11
6.1	 OBJETIVOS.................................................................................................11
6.2	 ÁREA DE ATUAÇÃO....................................................................................12
7	 PAI LEGAL...................................................................................................13
8	 SOS – PAPAI E MAMÃE...............................................................................14
9	 DEPOIMENTOS............................................................................................15
10 	SEQUELAS.....................................................................................................20
10.1	 EFEITOS COMUNS DA SEQÜELA..................................................................22
11 	JURISPRUDENCIA...........................................................................................23
12 	CONFLITOS.....................................................................................................28
13	LEI Nº 12.318, DE 26 DE AGOSTO DE 2010: ...................................................29
 DA ALIENAÇÃO PARENTAL
14	CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................33
15	REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................33
1	INTRODUÇÃO
Este estudo apresenta uma reflexão sobre Alienação Parental e Síndrome de Alienação Parental ou simplesmente SAP. Que é a desconstituição da figura parental de um dos genitores ante a criança. E uma campanha de desmoralização, de marginalização desse genitor.
PROBLEMA
Nosso objetivo é entender e caracterizar a Síndrome de alienação Parental. Onde seus genitores em suas ações deixam claro o interesse de afastar seus filhos da convivência do ex-cônjuge, aonde fazem uma lavagem cerebral na mente dos próprios filhos.
Fazendo com que os filhos tragam para a realidade fatos não ocorridos, tais como falsas acusações de abuso sexual, referindo se ao seu próprio genitor.
Alguns outros estudiosos, na área da psicologia e psiquiatria definem diferentes sintomas das crianças vitimadas além desses que já foram identificados. 
Na associação de pais e mães separados (APASE) contribuiu para o projeto e divulgação da Guarda Compartilhada. 
No texto obtido no site há o seguinte relato:
“Atualmente como foi a AIDS há 20 anos, Síndrome de Alienação Parental (PAS/SAP) é um mal não conhecido pela maioria daqueles que trabalham na área do âmbito judicial de nosso país, e sobre a qual não existe quase nenhuma informação disponível para os profissionais “para legais” como psicólogos, médicos e assistentes sociais que devem participar do trabalho envolvido. No entanto, este mal atinge milhares de crianças, todo ano, e é responsável por um número desconhecido de patologias entre essas crianças” ¹. 
____________________________________________________________________________________¹A síndrome da alienação parental. In: APASE- associação de Pais e Mães Separados (org.). Síndrome da alienação parental e a tirania do guardião: aspectos psicológicos, sociais e jurídicos. Porto Alegre. Equilíbrio, 2007
Nos Estados unidos e em outros Estados norte-americanos a Síndrome de Alienação Parental, passa a serem reconhecidos, nos tribunais, os danos causados psicologicamente aos filhos por meio da Síndrome. O possuidor da guarda se praticar com a intenção maliciosa de impedir o genitor de exercer o direito de visita há punição de prisão máxima de um ano e multa, além de penas alternativas (como suspensão ou supressão da carteira de motorista).
² No Brasil a Síndrome de Alienação Parental foi conhecida 2003 quando surgiram as primeiras decisões, essa percepção começou a tomar corpo pó conta da maior participação de equipes interdisciplinares nos processos famílias e por conta de pesquisas divulgadas por ONGs, demorou a que os resultados das pesquisas fossem difundido nos profissionais atuantes no Direito de Família e em ares interdisciplinares correlatas.
1.2 	OBJETIVO
	O presente trabalho visa compreender de forma mais aguçada dos casos de Alienação Parental e Síndrome de Alienação Parental.
1.3	METODOLOGIA
De maneira a atingir o objetivo proposto por desenvolver um estudo exploratório, que encontra nos preceito doutrinário, no entendimento dos tribunais, nos diplomas legais e na literatura de áreas afins que se debruçavam sobre o tema que motiva este estudo.
1.4	JUSTIFICATIVA
Ao analisarmos que não há qualquer definição do que seja Alienação Parental ou mesmo a Síndrome de Alienação Parental, para o direito houve resistência em reconhecer a gravidade do problema.
______________________________________________________________________ ²GOMES, P. L. Jocélio. Síndrome de alienação parental. 2013 
Pois não existe nenhuma forma com que faça diminuir ou até mesmo inibir a sua ocorrência.
Na lei seu objetivo é sancionar os casos de Alienação Parenta, para todos que possam estar alienando o menor incapaz, fazendo com que o mesmo prejudique o outrem. O alienador perde a guarda do menor, podendo ser multado ou advertido 
2	CONCEITO
O conceito da Síndrome de Alienação Parental encontra-se no disposto no art. 2º da Lei 12.318, de 2010 no qual é definido:
“Considera-se ato de Alienação Parental a interferência na formação psicológica da criança ou do adolescente promovida ou induzida por um dos genitores, pelos avos ou pelos que tenham a criança ou adolescente sob a sua autoridade, guarda ou vigilância para que repudie genitor ou que cause prejuízo ao estabelecimento ou à manutenção de vínculos com este”.
3	SINTOMAS
Alguns Sintomas exemplificados da Síndrome de Alienação Parental art. 2º § único no qual é definido:
“São formas exemplificativas de alienação parental, além dos atos assim declarados pelo juiz ou constatados por perícia, praticados diretamente ou com auxílio de terceiros: 
I - realizar
campanha de desqualificação da conduta do genitor no exercício da paternidade ou maternidade;
 II - dificultar o exercício da autoridade parental; 
III - dificultar contato de criança ou adolescente com genitor;
____________________________________________________________________________ Idem 2
 
IV - dificultar o exercício do direito regulamentado de convivência familiar; 
V - omitir deliberadamente a genitor informações pessoais relevantes sobre a criança ou adolescente, inclusive escolares, médicas e alterações de endereço;
 VI - apresentar falsa denúncia contra genitor, contra familiares deste ou contra avós, para obstar ou dificultar a convivência deles com a criança ou adolescente; 
VII - mudar o domicílio para local distante, sem justificativa, visando a dificultar a convivência da criança ou adolescente com o outro genitor, com familiares deste ou com avós. 
O alienador tem uma conduta que por vezes é intencional, mas também muitas vezes sequer ele percebe.
Segundo Andréia Calçada:
“O genitor alienador não é capaz de individualizar, de reconhecer em seus filhos seres humanos separados de si. Muitas vezes, é um sociopata, sem consciência moral. É incapaz de ver a situação de outro ângulo que não o seu, especialmente sob o ângulo dos filhos. Não distingue a diferença entre dizer a verdade e mentir”.
Assim como a bondade e criatividade, o alienador, não possui limites. 
Maria Pisano Motta apresenta outros exemplos de Alienação Parental:
“É a recusa de passar as chamadas telefônicas; a passar a programação de atividade com o filho para que o outro genitor não exerça o seu direito de visita; apresentação de novo cônjuge ao filho como seu novo pai ou mãe; denegrir a imagem do outro genitor; não prestar informações ao outro genitor acerca do desenvolvimento social do filho; envolver pessoas próximas na lavagem cerebral dos filhos; tomar decisões importantes a respeito dos filhos sem consultar o outro genitor; sair de férias sem os filhos e deixá-los com outra pessoa que não o outro genitor, ainda que este esteja disponível e queira cuidar do filho; ameaçar o filho para que não se comunique com o outro genitor”.
______________________________________________________________________ CALÇADA, Andreia APASE - associação de Pais e Mães. Equilíbrio, 2008. O alienador perde a guarda do menor, podendo ser multado ou advertido.
BERENICE DIAS, Maria. Incesto e Alienação Parental 2 edição, IBDFAM, Editora Revista dos Tribunais 2010 apud J. Trindade. Manual de psicologia jurídica para operadores do direito.
4	FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
	Nesse capítulo busca-se melhor entendimento sobre o tema em literaturas afins, jurisprudência e doutrina. 
4.1	Contexto Histórico
O primeiro profissional a identificar a Síndrome de Alienação Parental, Foi o professor especialista do Departamento de Psiquiatria Infantil da Universidade de Columbia e perito judicial, chamado Richard Gardner em 1985, onde se interessou pelos comportamentos desenvolvidos das crianças logo após de um divórcio litigioso.
Fazendo com que os filhos tragam para a realidade fatos não ocorridos, tais como falsas acusações de abuso sexual, referindo se ao seu próprio genitor.
Alguns outros estudiosos, na área da psicologia e psiquiatria definem diferentes sintomas das crianças vitimadas além desses que já foram identificados.
Segundo o conceito de Gardner:
A Síndrome de Alienação Parental é um distúrbio da infância que aparece quase exclusivamente no contexto de disputas de custodia de crianças. Sua manifestação preliminar é a campanha denegritória contra um dos genitores, uma campanha feita pela própria criança e que não tenha nenhuma justificativa. Resulta da combinação das instruções de um genitor (o que faz a “lavagem cerebral, programação, doutrinação”) e contribuições da própria criança para caluniar o genitor-alvo. Quando o abuso e/ou a negligencia parentais verdadeiros estão presentes, a animosidade da criança pode ser justificada e assim a explicação da Síndrome de Alienação Parental para a hostilidade da criança não é aplicável. (Gardner, Richard. Tradução Rita Rafaeli).
______________________________________________________________________
Gardner, Richard. Tradução Rita Rafaeli.
Ao tratar da separação dos pais parecem tocante a estipulação da guarda dos filhos menores, tanto judiciários quantos os pais, ainda tem como referencia aquele modelo de família, no qual é obrigação do pai pagar a pensão alimentícia para o sustento dos filhos. 
Esse modelo de família pode trazer sérias conseqüências pelas famílias contemporâneas onde os pais e mães procuram obter a guarda compartilhada 
dos filhos, onde ambos contribuem financeiramente e efetivamente para o bem estar dos filhos.
Nas palavras de Evandro Luiz Silva:
Os arranjos familiares mudam no decorrer da historia e em cada cultura. Na sociedade ocidental, com a reconfiguração da posição social da mulher e das modificações ocorridas na tradicional divisão sexual do trabalho, emergiram novas repretações sociais da família. A distinção entre os papeis de pai e mãe trouxe-se menos clara na medida em que ambos contribuem para o sustento da familia e dividem os cuidados com os filhos
5	 OS MOVIMENTOS
Existem diversos movimentos que lutam pela aplicação eficaz dos direitos e garantias fundamentais das crianças, dentre eles destacam-se:
5.1 	 PAIS POR JUSTIÇA
“O movimento Pais Por Justiça28 foi criado em junho de 2007 por um grupo de pais, que por intervenção da mãe, não conseguem conviver com seus filhos, seja por desobediência de acordo judicial em conjunto com a manipulação psicológica (Síndrome de Alienação Parental), ou por cruéis artifícios judiciais, tais como as falsas denúncias de mal-tratos ou de abuso sexual.
5.2	 OBJETIVO
A justiça enquanto não romper este paradigma de que mãe é suprema e principal guardiã dos filhos de pais separados, dificilmente teremos algum avanço na tentativa de minimizar e coibir a SAP. É urgente a aprovação e aplicação da Guarda Compartilhada, pois, sem dúvida, este será um instrumento muito valioso para que o pai possa começar a privar do convívio com seu filho de maneira digna. 
A intenção é de mostrar à sociedade e à própria Justiça que num número cada vez maior esses filhos estão sendo mutilados psicologicamente e tornando-se órfãos de pais vivos por causa das atitudes desleais e insanas destas mães que se acham "donas" das crianças, criando n estas danos psicológicos muitas vezes irreversíveis.
Pretendemos abrir canais de diálogo onde a sociedade e operadores de direito busquem conjuntamente formas de frear esta brutalidade contra nossas crianças, pois estas triste realidade vem se tornando corriqueira nas varas de família, arruinando a infância e dilacerando vidas.
5.3	 ROTEIRO CONHECIDO
Convívio familiar conturbado, separação com ressentimentos, regulamentação de visitas litigiosa e restrita, impedimentos de visitação, manipulação psicológica (seguida, às vezes, de falsa acusação de maltrato ou abuso sexual) e... FIM DA PATERNIDADE! 
A certeza da IMPUNIDADE e a atuação pragmática da Justiça fazem da manipulação psicológica (SAP) aliada à FALSA DENÚNCIA DE ABUSO SEXUAL armas poderosas, que são fatais, pois, após a denúncia, mesmo que sem provas e em nome da "proteção incondicional da criança", o pai será afastado do convívio de seu filho até que comprove sua inocência. A lentidão do judiciário e as incansáveis avaliações psicológicas são fatores determinantes para que este afastamento perdure por anos.
5.4 	 AVALIAÇÕES PSICOLÓGICAS
Como se já não bastasse o afastamento imediato do pai pela justiça baseado APENAS nas declarações venais da mãe e das crianças (claramente manipuladas), estes pais têm seu direito de DEFESA CERCEADO quando freqüentemente psicólogos e assistentes sociais sejam de instituições credenciadas pela própria justiça ou do fórum competente, fornecem laudos parciais e/ou
conclusivos sem a oitiva do pai.
O despreparo técnico de Instituições e ONGS tidas como competentes para fazer avaliações psicológicas para detectar a SAP e estudos de revelação de abuso sexual é alarmante. Em muitos casos essas avaliações são tendenciosas, fora dos padrões regidos pelo Conselho Federal de Psicologia, chegando a distorcer as informações colidas nas entrevistas induzindo o MP e o Magistrado a decisões equivocadas.
5.5 	 SEGREDO DE JUSTIÇA
Os advogados patronos dessas ações quando observam que a justiça não acreditou nas informações de denúncia, se aproveitam do segredo de justiça para retardar cada vez mais o findo do processo.
Contrariamente ao que prega a justiça quanto ao “primeiro o bem estar da criança”, estes advogados não estão preocupados com este bem estar, pois tentam a todo custo massacrar a criança com tantas avaliações psicológica particular necessária a fim de encontrar algo que sustente a falsa denúncia.
Os advogados sabem que como o processo corre em segredo de justiça, jamais será exposto e divulgado as arbitrariedades cometidas contra as nossas crianças.
A JUSTIÇA TIRA, QUEM DEVOLVE?
Em nome do "melhor interesse da criança" a Justiça TIRA! Agora perguntamos QUEM DEVOLVE quando a denúncia não se comprova?
FALSA MEMÓRIA, quem vai resgatar a verdadeira? A JUSTIÇA?
Esta não tem instrumentos que faça uma criança que está a 5, 6, 7 anos ou mais afastada do convívio com seu pai obrigá-la a conviver com ele.
Então, quem vai zelar pelo "melhor interesse da criança?"
6	 APASE
“Em março de 1997 foi constituída a Apase Florianópolis, sociedade civil sem fins lucrativos e pioneira no Brasil.
O fundador com sua ativa atuação, vinculada ao site da APASE29, conseguiu chamar a atenção da mídia, dos operadores do direito e da sociedade brasileira para a problemática dos filhos de casais separados. O levantamento e discussão do problema trouxe como uma das primeiras conquistas a percepção pela ala mais bem informada e mais preparada do judiciário brasileiro e dos Operadores do Direito o interesse pelo assunto, que os levaram a estudar melhor o problema e a tomar atitudes e decisões mais de acordo com a nossa legislação já existente, que de certa forma era ignorada.
6.1	 OBJETIVOS
As Apases brasileiras desenvolvem atividades relacionadas à igualdade de direitos entre homens e mulheres nas relações filiais após o divórcio, difundem a idéia de que filhos de pais separados têm direito de serem criados por qualquer um de seus genitores sem discriminação de sexo, e promovem a participação efetiva de ambos genitores no desenvolvimento dos filhos.
6.2	 ÁREA DE ATUAÇÃO
01) Defender os direitos de igualdade filial entre pais e mães estabelecido na Constituição da República Federativa do Brasil e em outros dispositivos legais, quando houver preconceito ou discriminação praticados por pessoas ou Instituições, cujas conseqüências representem qualquer tipo de prejuízo às crianças, filhos de pais separados;
02) Divulgação de estudos, trabalhos, teses e semelhantes, de matériasque tratem sobre a guarda de filhos;
03) Compilação de jurisprudência sobre guarda de filhos;
04) Elaboração de sugestões para Projetos de Lei que aperfeiçoem a legislação sobre a guarda de filhos;
05) Compilação de bibliografia;
06) Debates sobre temas ligados a guarda de filhos;
07) Acompanhamento e avaliação dos trabalhos das autoridades e Instituições que se envolvem em conflitos de pais separados cuja causa sejam os filhos, dos (as) associados (as) da Apase;
08) Orientação sobre procedimentos para o pleno exercício de cidadania de genitores separados em conflitos cuja causa sejam os filhos, junto a Instituições ou Representações de Classes Profissionais que tenham.
 
09) Formação de grupos de auto-ajuda para pessoas que estejam envolvidas em demandas judiciais, ou em conflitos decorrentes da guarda de filhos;
10) Qualquer outra atividade que vise o benefício de filhos de pais separados em quaisquer circunstâncias.”
7	 PAI LEGAL
Somos 30 pais que resolveram arregaçar as mangas e construir um site para atender as nossas necessidades de pai na criação de nossos filhos, seja lutando pelo nosso direito à convivência com eles após a separação do casal como também pela qualidade de nossa paternidade.
O público-alvo do Pai Legal é o pai, em quem temos concentrado as nossas atenções. Mães e filhos têm também colaborado para alcançarmos o nosso objetivo – de sermos e ajudarmos outros homens a serem pais plenos.
A visão do Pai Legal é a renovação do papel do pai, reabilitando e incentivando os homens a fazerem de suas crianças indivíduos honestos, seguros, justos, empreendedores e felizes, e conseqüentemente construindo uma nação forte e próspera.
A missão do PaiLegal é tornar-se o melhor site para se encontrar informação sobre o pai e a paternidade de excelência, de forma clara, inovadora, assertiva, justa e honesta.
1. O Pai Legal almeja instituir o direito do pai de conviver com o seu filho ou filha após o casamento (separação ou divórcio) enquanto promove a paternidade com qualidade. Tratamos de assuntos como guarda dos filhos compartilhada versus alternada, ajudando o pai e seu advogado no entendimento de assuntos como pensão para os filhos e convivência com as crianças, os seus direitos ou deveres, de acordo com o que a justiça determina, por lei ou jurisprudência, no código civil.
2. O Pai Legal valoriza e representa o novo homem, aquele que vê na convivência com seus filhos a oportunidade de procriar-se por completo, biologicamente e pessoalmente.
Também discutimos a psicologia, mediação, paternidade, maternidade, madrasta, famílias, masturbação, educação, seja para o público em geral como também para estudantes, professores, advogados, psicólogos oferecendo dissertações e jurisprudências. O sexo do nosso público é tanto o homem como a mulher, seja qual for a opção sexual: sexualidade homossexual (gay) ou heterossexual (straight).”
8	 SOS – PAPAI E MAMÃE
“Associação de Defesa e Estudo dos Direitos de Paternidade, Maternidade e Filiação Igualitários SOS Papai e Mamãe!31 - União Nacional.
Organização Não Governamental - CNPJ 07.316.703/0001-72 -
São Paulo - Brasil, qualificada como Organização da Sociedade Civil de
Interesse Público (OSCIP) no termos da Lei n° 9.790 de 23 de março de
1999. Processo MJ n° 08071.002081/2005-73, publicado no DOU em 25
de novembro de 2005.
Nossa Identidade Visual:
Duas importantes situações são a essência de nossa instituição e são representadas em nossa identidade visual.
A primeira é o afastamento de um dos dois pais de uma criança por motivos diversos, independente de quem ou o que seja responsável por isto. Quem perde mais com isso é sempre a criança!
A segunda, representada por uma diferenciação na escrita dos nomes "Papai" e "Mamãe", é o desequilíbrio entre ambos na convivência com os filhos. Segundo estatísticas do IBGE de 2001, em mais de 80% dos casos de separação, a guarda dos filhos menores de 18 anos fica com a mãe. Com isso, o pai na maioria dos casos é quem sofre privações ou constrangimentos na relação com suas crianças. Mas, ainda que a realidade demonstre esta diferença, a criança não sente desta forma e, por isso, tem direito a ambos os pais sempre presentes, conscientes e participantes de sua vida.
SOS-Papai e Mamãe!”
9	 DEPOIMENTOS
“Estamos em Setembro de 2008. Estão completados 2 anos sem ver e sem conviver com meu filho. Ele segue com transtorno de conduta, desempenho ruim no colégio, a guardiã simplesmente diz que o problema é entre eu e ele! Até a fiscalização sobre ele é difícil, pois os profissionais envolvidos se recusam a falar comigo! Umas atitudes infantis de uns adultos, acobertados pelo sistema, que jogam meu filho num processo que não sei onde vai terminar!
Nunca conversei com ele sobre a separação! Aliás, a guardiã resolveu se
separar e nem conversar comigo o fez. Ele só sabe um lado da história. Onde há paternidade? Onde há justiça? Um acordo de visitação rasgado na prática e a Justiça, desrespeitada, aviltada, demonstra-se incapaz de agir de forma contundente.
Amo muito meu filho e não consigo expor meu amor a ele. A dor que ele sente, sufocada por uma guardiã incapaz de reconhecer o mal que faz sobre o meu filho e sobre ela mesma, como refletirá na personalidade dele? Visita? Convivência? Isso não existe! Paternidade não existe!
Sou pai sim! Não abro mão desta posição, deste título! Lutarei até o fim para resgatar minha convivência com meu filho! Lutarei para resgatar a saúde mental do meu filho! Por enquanto, ser pai é apenas sofrimento e mais nada!”
Alexandre, 46 anos, Gerente de Projetos.
Rio de Janeiro – RJ.
Pai de Ottavio, 13 anos.
“Deite a outro com amor e fui na maternidade seu genitor, na vida sou seu progenitor, não sou divino, mas pela graça fostes concebido, por isto sou seu criador e fundador, sou o benfeitor das fraldas e das madrugadas com mamadeiras, sou a causa de sua existência saudável, sou também sua origem, não sou a primeira pessoa nesta humana trindade, mas sou tão importante como todas as outras, sou o pai de família que lhe dá amor, o pai espiritual que lhe dá a fé, o pai nobre que no abraço lhe mostra a importância do respeito, sou pai da criança, da eterna criança que sempre terás para mim, não sou santo, mas santifiquei-me como pai, sou o pai alcaide, vivo e bulindo que lhe protegerá e amarás eternamente. E com os olhos marejados e o peito apertado, grito a todos que insistem em não me ouvir, não sou vento passageiro, não sou viajante errante, não sou parente distante, não sou um mero conhecido, sou teu Pai meu filho, não sou visita.”
Edson, Analista de Sistemas.
Sobradinho – DF.
Pai de Gabriel e Lucas.
“Vai doer e vai me amortecer escrever o que esta me acontecendo há 4 anos. Um casamento e uma planejada e linda filha da qual troquei (por que quis) 1080 fraudas, que foi e é o maior amor da minha vida. Nasceu de parto normal as 15:15 da sexta feira do dia 00/00/0000, apos 9 meses tranqüilos, apaixonados e bem vividos. O parto foi normal, porém dia 07/06 tive uma grave hemorragia após parto que por pouco não me levou a morte. Minha filha mamou ate as 9 meses e depois, como enfermeira, congelei ainda algumas unidades de mamadeiras de leite materno. Carolina nunca teve nada, somente dor de ouvido pelo contato com água eteve uma aranha, que ela cutucou... Éramos uma família normal e como toda boa mãe acompanhei minha excelente aluna e filha durante 11 anos. Ela era minha companheira, entre teatros, cursos de pintura, aulas de circo, ‘ballet’, natação, ginástica olímpica, tudo que era saudável, lúdico e bonito. Minha filha foi acompanhada por ambos os pais.
Até que veio a separação.
Nas primeira duas semanas comigo, indo à bancos e vendo que nossa conta estava raspada. Indo a padarias para comprar pão com mortadela, pra gente fazer ‘picnic’, e saber que estava cortado nosso crédito, farmácias e sabendo assim que, minha empregada doméstica se encarregava de comunicar ao comércio que eu, esposa e dona por contrato social da Minha Pousada, não tinha mais crédito e a empregada agora morava na minha casa. Como eloqüente advogado, na primeira vez que a menina foi visitá-lo, nunca mais voltou. Simplesmente sumiu pra a casa sua irmã (por parte de pai) bem mais velha, onde existem portões e seguranças que me impediam a entrada e depois umas estranhas férias em um ‘resort’ com uma mulher que se diz ‘psicóloga’ foi o bastante.
Aquela criança de apenas 11 anos, falando palavrões e palavras de ódio com aquela que até dias antes era a sua maior companheira. Soube que ela havia se mudado de cidade pela escola. Desmaiei. São 4 anos e a SAP já se instalou. Até trocar o nome da menina eles tentaram. Minha filha vive em uma mansão de frente para o mar, com o genitor, que até acredito amá-la, mas também ele foi Alienado pelo pai aos 13 anos, estranho né? Repetindo os fatos, claramente ele usa minha filha para me torturar. Como entre outras coisas, promovendo a festa de 15 anos dela sem a minha presença e de ninguém da minha família convidado.
Sinto que estou perdendo um tempo "imperdível" na nossa relação e ela já não é tão boa aluna assim. Conseqüências da doença já esta em setembro e esse ano ainda não a vi.
Dei a guarda provisória sob os conselhos de um corrupto e que, nenhum advogado possa repetir esta maldade. 
Fiz de tudo juridicamente, mas parei em uma busca e apreensão muito traumática.
Também não tive bons conselhos de advogados, isso atrasou muito minha vida. Sei que quando o tempo passará e ela trará conseqüências dessa maldade, mas eu não a quero pra mim, mas a quero também. 
Sou Mãe, não sou visita!
NA PAZ que um dia alcançarei.”
Deborah, 46 anos, Enfermeira.
Teresopolis – RJ.
Mae de Carolina.
 “Separei em xxxx de 0000. A mãe da minha filha saiu de casa e se ‘refugiou’ numa cidade do interior do Rio a 100 quilômetros de distância, que a sua mãe utiliza como lugar de veraneio (farra). O intuito foi sempre limitar o contato com a minha filha, sobretudo aos dias de semana. Ela sabia sobre minha simpatia pela Guarda Compartilhada, e sabe ainda hoje que o melhor que pode fazer para limitar o convívio é criar distância para que não possa passar um ou dois dias da semana com a minha filha. A cidade onde se encontra é uma cidade de praia. A Sra. não faz nada da vida, não trabalha, e a sua mãe mora aqui no Rio, no mesmo apartamento onde morava quando a conheci.
Sempre quis fazer acordo com ela, mas vi que não era a sua intenção.
Sabendo que a minha filhinha é o mais importante para mim, a mãe percebeu que tinha uma poderosa arma em suas mãos para me atingir.
Entrei rapidamente com uma ação de oferecimento de alimentos e com um pedido de Guarda Compartilhada (a lei ainda não tinha sido aprovada, mas esta prestes a ser). Tive que entrar com as ações nesse fórum do interior.
No inicio a mãe deixava ficar eu pernoitar com a menina, mas logo que percebeu que não era brincadeira começou a restringir as visitas. Primeiro estabeleceu arbitrariamente um regime de um final de semana cada 15 dias. Depois disse que não poderia mais pernoitar e que só poderia vê-la aos sábados. Quando eu tentava ver a criança mais tempo, ameaçava com não me deixar vê-la até o juiz decidir.
Fiz duas tentativas de acordo, onde, na primeira ela foi com o seu advogado até o escritório do meu advogado, e não quis aceitar. Ofereci mais do que ela mesmo esperava em termos de dinheiro e pedi uma semana de convívio com cada progenitor. Não aceitou, mas ofereceu, através de escrito que consta nos autos, 4 dias de convívio cada 15 dias.
Apesar de ter oferecido isso, nunca deixou ficar a partir desse momento, mais de um final de semana cada 15 dias. 
Na segunda tentativa de acordo, me pediu para redigir um modelo.
Fizemos o modelo de acordo com o meu advogado, mas antes de assinar ela me pediu que pagasse uma cirurgia. Me enrolou, não assinou e começou a me ameaçar com morar em outro estado e até fora do Brasil.
A partir desse momento, e a fim de evitar qualquer problema maior, comecei a ver a minha filhinha um final de semana cada 15 dias na expectativa da audiência ser marcada logo, depois dos laudos das assistentes sociais serem terminados.
A mãe da minha filha tem um filho de outro casamento, hoje com 5 anos, que também levou morar com ela naquela cidade do interior. Como o menino não queria morar mais nesse lugar, em vez dela voltar para o Rio, deixou o menino morando com a mãe dela e ficou morando sozinha com a minha filha naquele lugar. O menino chama o pai pelo nome. A última vez que o vi me disse que a mãe estava procurando um ‘novo pai para ele e a sua irmã’ (minha filha), pois eu já não era mais o pai deles.
Em 00 de xxxxx de 0000 enviei um telegrama para tentar pegar a minha filha numa sexta feira, em vez de sábado de manhã.
Fiz os 100 km, e quando cheguei à casa dela não tinha ninguém. Dei uma volta pela praia e a encontrei num bar, 16 horas da tarde, com um grupo de amigos e amigas tomando cerveja. Quando pedi para eu levar a menina, falou que só no outro dia, que sentia muito, mas tinha que voltar e disse que estava atrapalhando seu lazer. Fui até o carro pegar minha câmera e tirei umas fotos. Foi aí que ela partiu pra cima de mim e começou a me bater. Fui embora para a delegacia fazer a ocorrência, pois eu só estava tentando preservar o bem estar da minha filha, que tem um ano de idade. Acredito que uma bebê de um ano de idade não deve passar as tardes num bar da praia.
O próximo movimento da mãe foi encontrar uma maneira de me manter afastado. Foi à delegacia e pediu uma ordem de afastamento. Quando tentei pegar a minha filha em 00 de xxxxxxx, me disse que não a daria e que eu não podia chegar perto, que agora só veria a minha filha depois da decisão do juiz. Fui à delegacia para saber de que se tratava, pois eu até hoje não fui informado de nenhuma ordem de afastamento, e me confirmaram que ela tinha entrado com um recurso de proteção à mulher, sem me dar maior detalhe. A atendente da delegacia percebeu que se tratava de uma artimanha da mãe, e logo contatou a Conselheira do Conselho Tutelar. Estou aguardando o relatório dela. Quando separou do pai do menino, a mãe da minha filha foi rapidamente na DEAM e falou que estava recebendo ameaças do ex-marido, conseguindo dessa maneira afastar o pai do filho. Hoje utiliza a mesma estratégia comigo, se faz de vitima ameaçada, e utiliza os recursos de proteção à mulher para me afastar da minha filha.
A audiência foi marcada para 00/00/0000 (um ano depois de eu ter entrado
com a ação). Como não pretendo ficar tanto tempo sem saber nada da
minha filha, semana que vem entrarei com um pedido de Tutela Antecipada. A assistente social que a visitou foi completamente subjetiva e tentou beneficiar à mãe no seu relatório. Chegou até me acusar de alienação parental!! Como eu, que só podia ver a minha filha 4 dias por mês posso fazer alienação parental com uma menina de 1 ano que não fala? Antes de me proibir ver a menina, a mãe pediu para eu ir à Policia Federal para fazer o passaporte da minha filha, pois diz que vai levá-la a Disney (como disse anteriormente, não trabalha e não vem de família de dinheiro). Sei que arrumou um namorado português e que está tentando ir embora do país com a menina. “Logicamente não assinarei nada.”
Daniel, Gerente de Financiamentos Estruturados.
Rio de Janeiro – RJ.
Pai de Luana.
5 	DEFINIÇÃO
A Síndrome de Alienação Parental é um transtorno psicológico que se caracteriza por um conjunto de sintomas pelos quais um genitor, denominado cônjuge alienador, transforma a consciência de seus filhos, mediante diferentes formas e estratégias de atuação, com o objetivo de impedir, obstaculizar ou destruir seus vínculos com o outro genitor, denominado cônjuge alienado, sem que existam motivos reais que justifiquem essa condição. Em outras palavras, consiste num processo de programar uma criança para que odeie um de seus genitores sem justificativas, de modo que a própria criança ingressa na trajetória de desmoralização desse mesmo genitor.
Desta forma podemos dizer que o alienador “educa” os filhos no ódio contra o outro genitor, seu pai ou sua mãe, até conseguir que eles, de modo próprio, levem a cabo esse rechaço.
As estratégias de alienação parental são múltiplas e tão variadas quanto à mente humana pode conceber, mas a síndrome possui um denominador comum que se organiza em torno de avaliações prejudiciais, negativas, desqualificadoras e injuriosas em relação ao outro genitor, interferências na relação com os filhos e, notadamente, obstaculizarão do direito de visitas do alienado.
____________________________________________________________________________
 http://www.paisporjustica.com
http://www.apase.org.br/ 
http://www.pailegal.com.br/
http://www.sos-papai.org/br_index.html
Este amplo quadro de desconstrução da imagem do outro pode incluir, por exemplo, falsas denúncias de abuso sexual ou de maus tratos, invocados para impedir o contato dos filhos com o genitor odiado, programando o filho de forma contundente até que ele mesmo passe a acreditar que o fato narrado realmente aconteceu.
Este tema começa a despertar a atenção, pois é prática que vem sendo denunciada de forma recorrente. Sua origem está ligada á intensificação das estruturas de convivência familiar, o que fez surgir em conseqüência, maior aproximação dos pais com os filhos. Assim quando a separação dos genitores passou a haver entre eles uma disputa pela guarda dos filhos, algo impensável até algum tempo atrás. Antes, a naturalização da função materna levava que os filhos ficassem sob a guarda da mãe. Ao pai restava somente o direito de visitas em dia predeterminado, normalmente em fins de semana alternados.
Como encontros impostos de modo tarifado não alimentam o estreitamento dos vínculos afetivos, a tendência é o arrefecimento da cumplicidade que só a convivência traz. Afrouxando-se os elos de afetividade, ocorre o distanciamento, tornando as visitas rarefeitas. Com isso, os encontros, acabam protocolares: uma obrigação para o pai e muitas vezes, um suplício para os filhos.
Agora, porém, se esta vivendo outra era. Mudou o conceito de família. 
O primado da afetividade na identificação das estruturas familiares levou a valoração do que se chama filiação afetiva. Graças ao tratamento interdisciplinar que vem recebendo o Direito de Família, passou-se a emprestar maior atenção às questões de ordem psíquica, permitindo o reconhecimento da presença de dano afetivo pela ausência de convívio paterno-filial. 
A evolução dos costumes, que levou a mulher para fora do lar, convocou o homem a participar das tarefas domésticas e a assumir o cuidado com a prole. 
Assim, quando da separação, o pai passou a reivindicar a guarda da prole, o estabelecimento da guarda conjunta, a flexibilização de horários e a intensificação das visitas.
No entanto, muitas vezes a ruptura da vida conjugal gera no outro sentimento de abandono, de rejeição, de traição, surgindo uma tendência vingativa muito grande. Quando não consegue elaborar adequadamente o luto da separação, desencadeia um processo de destruição, de desmoralização, de descrédito do ex-cônjuge.
 Ao ver o interesse do pai/mãe em preservar a convivência com o filho, quer vingar-se, afastando este do genitor. 
A criança, que ama o seu genitor, é levada a afastar-se dele, que também a ama. Isso gera contradição de sentimentos e destruição do vinculo entre ambos.
Restando órfão do genitor alienado, acaba identificando-se com o genitor patológico, passando a aceitar como verdadeiro tudo que lhe é informado.
O detentor da guarda, ao destruir a relação do filho com o outro, assume o controle total. Tornando-se unos, inseparáveis. O pai passa a ser considerado um invasor, um intruso a ser afastado a qualquer preço. Este conjunto de manobras confere prazer ao alienador em sua trajetória de promover a destruição do antigo parceiro.
Neste jogo de manipulações, todas as armas são utilizadas, inclusive a assertiva de ter sido o filho vítima de abuso sexual como já dito anteriormente. O filho é convencido da existência de um fato e levado a repetir o que lhe é informado como tendo realmente acontecido. Nem sempre a criança consegue discernir que está sendo manipulada e acaba acreditando naquilo que lhes foi dito de forma insistente e repetida.
10 	SEQUELAS
A Síndrome de Alienação Parental é uma condição capaz de produzir diversas conseqüências nefastas, tanto em relação ao cônjuge alienado como para o próprio alienador, mas seus efeitos mais dramáticos recaem sobre os filhos. 
Sem tratamento adequado, ela pode produzir seqüelas que são capazes de perdurar para o resto da vida, pois implica comportamentos abusivos contra a criança, instaura vínculos patológicos, promove
vivências contraditórias da relação entre pai e mãe e cria imagens distorcidas das figuras paternas e maternas, gerando um olhar destruidor e maligno sobre as relações amorosas em geral.
6.1	 EFEITOS COMUNS DA SEQÜELA.
	
Os efeitos prejudiciais que a Síndrome de Alienação Parental pode provocar nos filhos variam de acordo com a idade da criança, com as características de sua personalidade, com o tipo de vínculo anteriormente estabelecido, e com sua capacidade de resiliência (da criança e do cônjuge alienado), além de inúmeros outros fatores, alguns mais explícitos, outros mais recônditos. 
Porém, numa sociedade que aceita as patologias do corpo, mas não os
problemas da existência, á única via possível de expressar os conflitos emocionais se dá em termos de enfermidade somática e comportamental. Esses conflitos podem aparecer na criança sob forma de ansiedade, medo e insegurança, isolamento, tristeza e depressão, comportamento hostil, falta de organização, dificuldades escolares, baixa tolerância á frustração, irritabilidade, enurese, transtorno de identidade ou de imagem, sentimento de desespero, culpa, dupla personalidade, inclinação ao álcool e as drogas, e, em casos mais extremos, idéias ou comportamentos suicidas.
Muitos filhos ao perceberem que tudo o que vivenciaram foi por interesse do alienador, podem manifestar, até mesmo judicialmente, declarando que querem ir morar com o pai/mãe (alienado excluído), para tentar retomar o vínculo que havia sido destruído. Ocorre que pode ser tarde demais e ambos são prejudicados, pois perderem o elo de afetividade, ao não tão fácil de ser recuperado.
11 	JURISPRUDENCIA
Tratar-se de um tema atual, um assunto em estudo que ainda enfrenta muitas dificuldades para ser reconhecido no processo. As jurisprudências a seguir encontradas em nosso Tribunal de Justiça.
1º caso a ser descrito aqui envolve a Síndrome de Alienação Parental em um caso de falsa denúncia de abuso sexual, em que foi solicitado um agravo de instrumento número 70015224140, que se encontra em anexo, na qual foi negado seu provimento na comarca de Porto Alegre:
DESTITUIÇÃO DO PODER FAMILIAR. ABUSO SEXUAL. SÍNDROME DA ALIENAÇÃO PARENTAL.
Estando as visitas do genitor à filha sendo realizadas junto a serviço especializado, não há justificativa para que se proceda a destituição do poder familiar. A denúncia de abuso sexual levada a efeito pela genitora, não está evidenciada, havendo a possibilidade de se estar frente à hipótese da chamada síndrome da alienação parental. Negado provimento. 
Relatório, se nota que houve dificuldades em provar mesmo com exames efetuados o abuso frente a menor;
Trata-se de agravo de instrumento interposto por Miriam S.S., em face da decisão da fl. 48, que, nos autos da ação de destituição de poder familiar que move em face de Sidnei D.A., tornou sem efeito a decisão da fl. 41, que, na apreciação do pedido liminar, suspendeu o poder familiar do agravado. 
Alega que a destituição do poder familiar havia sido determinada em razão da forte suspeita de abuso sexual do agravado com a filha do casal. Afirma que não concorda com a manifestação do magistrado que tornou sem efeitos a decisão proferida anteriormente, visto que não utilizou nenhum expediente destinado a induzir a erro a magistrada prolatora do primeiro despacho. 
Ademais, ressalta que juntou aos autos documentos de avaliação da criança e do grupo familiar. Requer seja provido o presente recurso e reformada a decisão impugnada, com a consequente suspensão do poder familiar (fls. 2- 7). O Desembargador-Plantonista recebeu o recurso no efeito meramente devolutivo (fl. 49).
​​​​​​____________________________________________________________________________ Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, Sétima Câmara Cível, Comarca de Porto Alegre Agravo de Instrumento Número 70015224140.
O agravado, em contra-razões, alega que a agravante não trouxe aos autos o laudo psicológico das partes, o qual é essencial para o entendimento do caso. Afirma que o laudo pericial produzido em juízo reconheceu a impossibilidade de diagnosticar a ocorrência do suposto abuso sexual de que é acusado. 
Salienta que tal ação está sendo utilizada pela agravante como represália pelo fato de o agravante já ter provado na ação de regulamentação de visitas à inexistência de tal atrocidade, bem como, ter obtido o direito de rever sua filha. Requer o desprovimento do agravo (fls. 58-64).
A Procuradora de Justiça opinou pelo conhecimento e parcial provimento, para que seja suspenso, liminarmente, o poder familiar do agravado por seis meses, determinando-se, de imediato, o seu encaminhamento à tratamento psiquiátrico, nos termos do art. 129, incisos III, do ECA, para futura reapreciação da medida proposta, restabelecendo as visitas, caso assim se mostre recomendável, mediante parecer médico-psiquiátrico, a ser fornecido pelos profissionais responsáveis pelo tratamento do agravado e da infante, no prazo acima mencionado, a fim de permitir ao Juízo o exame da matéria (fls. 119-127).
Requerido o adiamento do julgamento do recurso, em face da audiência. Nesta, deliberada a continuação das visitas junto ao NAF, requereu a agravante o desacolhi mento do recurso (fls. 130-142). É o relatório.
2º caso, ambos os pais se acusam de espancamento, atribui-se ao pai Síndrome de Alienação Parental e há a suspeita de abuso sexual perante o companheiro da mãe, foi interposto agravo, porém o mesmo foi desprovido, pois não houve prova do abuso.
Regulamentação de visita acusações recíprocas de violência –suspeita de abuso sexual pelo companheiro da genitora – medida que
pode ser revista a qualquer tempo – visita materna assistida – agravo
desprovido 
“Insurge-se a agravante atribuindo ao genitor “Síndrome de Alienação Parental” através da qual as crianças seriam influenciadas ao desafeto em relação à mãe. Recurso processado sem suspensividade e contraminutado. O Ministério Público opinou pelo desprovimento do agravo. 
É o relatório. Há suspeita de violência e abuso sexual (v. fls. 34/35) e o interesse dos menores prevalece sobre o dos genitores, máxime diante da possibilidade de grave perigo. Infelizmente, os genitores trocam acusações de "espancamento" ao menor Luan, circunstância que deverá ser minuciosamente verificada através de estudo psicossocial de vez que a imputação é recíproca e grave. Verifica-se do relato da agravante que apesar do genitor ter se apresentado agressivo, sua esposa, Valeska teria intercedido para proteger Luan (v. fls. 61/62). Por outro lado, ao companheiro da agravante é imputado abuso sexual (v. fls. 34/35)(...) A qualquer tempo a medida poderá ser revista para melhor atender o bem estar do menor, mas, por ora, a decisão agravada deve ser mantida. Diante do exposto, voto pelo desprovimento do agravo”.
Relatório do revisor Caetano Lagrasta;
“Trata-se de ação de separação judicial litigiosa movida por S.M.R. em face de I.M.R. A r. sentença de fls. 49/51, cujo relatório se adota, julgou procedente o pedido para decretar a separação do casal, atribuir a guarda da filha menor F. ao genitor e das outras menores E. e P. à genitora, para quem o réu deverá pagar pensão alimentícia no importe de meio salário mínimo e partilhar os bens em 50% para cada parte. Irresignada, apela a autora, pela majoração da verba alimentar para o equivalente a 1 salário mínimo. Recurso tempestivo, isento de preparo e não respondido. Manifestação da d. Procuradoria Geral de Justiça (fls. 68/70), pelo provimento. É o relatório.
(...)seu julgamento imediato resulta do caráter preferencial, ante a natureza da ação. A questão dirigida à separação judicial, envolvendo além dos ex-cônjuges o futuro de três crianças, que acabaram por separadas e privadas da convivência, mereceria, por parte do pai, a atenção de contestar, representando o seu silêncio a confissão do pedido, ainda que mitigado em razão de se tratar de questão de
Família. (...) quando demonstrada a conduta nada exemplar do varão, intolerante com o novo relacionamento da mulher. Da prova produzida nos autos é possível se extrair a progressiva instalação do comportamento alienador da chamada SAP (Síndrome da Alienação Parental), que tem raízes nos sentimentos de orgulho ferido, desejo de vingança, além do sentimento de onipotência do alienador. Sobre o tema, confira-se: a Síndrome de Alienação Parental ê o conjunto de sintomas diagnosticados, e que pode ser estendido a qualquer pessoa alienada ao convívio da criança ou do adolescente. Estes também submetidos à tortura, mental ou física, que os impeçam de amar ou mesmo de demonstrar esse sentimento, portanto, ao cabo, estruturando a síndrome, como aliados do alienador contra o alienado.Assim, a sintomatologia que se admite ao diagnóstico da síndrome pode se referir à criança, ao adolescente ou a qualquer dos outros protagonistas, parentes ou não - genitor, avós, guardadores, tutores, todos igualmente alienados pela conduta do alienador. Não se crê possa surgir quando aplicado o sistema da guarda compartilhada, salvo se produto de atitude falsa ou desequilibrada do genitor ou responsável pela guarda no decorrer de sua aplicação, uma vez que compartilhar não quer dizer apenas dividir direitos e deveres, mas, conscientemente, participar da vida da criança. 
____________________________________________________________________________ Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, 7ª Câmara de Direito Privado, Agravo de Instrumento número 994092784942.
Inexistindo consenso entre os genitores, é possível implantar-se o sistema por determinação da autoridade judicial; em qualquer caso, a interferência do magistrado deverá impedir a instalação ou o agravamento de uma alienação parental ou da respectiva síndrome. 
Esse afastamento, nos estágios médio ou grave, acaba por praticamente obrigar a criança a participar da patologia do alienador, convencida da maldade ou da incapacidade do alienado, acabando impedida de expressar quaisquer sentimentos, pois, caso o faça, poderá descontentar o alienador, tornando-se vítima de total abandono, por este e por todos os responsáveis ou parentes alienados. Por outro lado, há que se cogitar de moléstia mental ou comportamental do alienador, quando busca exercer controle absoluto sobre a vida e desenvolvimento da criança e do adolescente, com interferência no equilíbrio emocional de todos os envolvidos, desestruturando o núcleo familiar, com inúmeros reflexos de ordem espiritual e material. A doença do agente alienador volta-se contra qualquer das pessoas que possam contestar sua "autoridade", mantendo os num estado de horror e submissão, por meio de crescente animosidade. 
Essa desestruturação transforma-se em ingrediente da batalha judiciária, que poderá perdurar por anos, até que qualquer dos seres alienados prescinda de uma decisão judicial, seja por ter atingido a idade madura, seja ante o estágio crônico da doença. De qualquer modo, o alienador acaba por criar um ou mais correspondentes alienados (genitor e progenitor podem se ver alienados ao estabelecer novo relacionamento, com a rejeição inicial ao companheiro), impondo lhes deformação permanente de conduta psíquica, igualmente próxima à doença mental. GARDNER (...) afirmação de elementos de diagnóstico, que entendam como síndrome a alienação parental, para que seja esta incluída no manual DMS, buscando melhorar o atendimento estatal ou dos planos de saúde, bem como formas de tratamento e internação. (...). PODEVYN, por sua vez, define alienação de forma objetiva: programar uma criança para que odeie um de seus genitores, enfatizando que, depois de instalada, poderá contar com a colaboração desta na desmoralização do genitor (ou de qualquer outro parente ou interessado em seu desenvolvimento) alienado. ("Alienação parental e Reflexos na Guarda Compartilhada", palestra proferida pelo Relator em 16/06/09 na Escola Superior de Advocacia da Ordem dos Advogados do Brasil - São Paulo). Ante o exposto, DA-SE PROVIMENTO ao recurso, nos termos ora alvitrados\ Caetano Lagrasta”
____________________________________________________________________________​​​​​​​​​​
Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, 7ª Câmara de Direito Privado, Agravo de Instrumento n 994.09.278494-2
12 	CONFLITOS
A questão da guarda dos filhos surge com o novo código e as separações judiciais cada vez mais comuns. A psicologia jurídica e o Poder Judiciário passam a atuar juntos para a solução de questões. Nas varas de família e sucessões, casos envolvendo separações, com ou sem disputa de guarda, divórcio, regulamentação de visitas, modificação de guarda, pensão alimentícia, entre outros, acabam se restringindo ao laudo.
O Judiciário acaba recebendo muitos casos, passando por crises pessoais e interpessoais, sobrecarregando as varas de família e da infância e da juventude, com problemas a serem resolvidos em longo prazo. Em muitos casos de separação e divórcio, e por conseqüência, as disputas de guarda estão diante de situações que envolvam violência, abusos, alienações que envolvam crianças e adolescentes.
O conflito envolvendo a mudança de guarda, ou seja, com crianças e
adolescentes, é o que mais requer atenção do Judiciário, pois precisa de muitos cuidados e uma decisão errada por causar grandes transtornos, justamente pela idade dos envolvidos e os procedimentos que ocorrem. Denise Maria Peressini explica bem essa questão da psicologia jurídica na aérea do processo judicial brasileiro:
Nas Varas de Família e das Sucessões dos Foros Regionais e dos Tribunais
de Justiça estaduais, priorizam-se casos em que há filhos envolvidos (direta
ou indiretamente) nas relações processuais. Isso porque, como membro da
família afetivamente mais sensível, a criança percebe mais facilmente os
efeitos nocivos de uma desestruturação familiar, e por esse motivo sofre os
maiores prejuízos emocionais e comportamentais.
Casais que chegam aos litígios da Vara de Família e Sucessões, não tentam resolver seus conflitos da melhor maneira possível sem prejudicar a criança. Isso é muito difícil justamente por que estão sobre forte pressão emocional, e também ficam em segundo plano enquanto casal, justamente pois essas varas não foram criadas para esse fim.
Denise Maria Peressini diz que a busca para soluções dos conflitos trazidos ao Judiciário irá ampliar o trabalho do psicólogo judiciário, para verificar fatos e ajudar a resolver os problemas com o seu laudo, tratando a família como sistema, verificando a maneira de sua estruturação e como os seus membros se relacionam,“a família é vista como um grupo de pessoas ligadas entre si por parentesco, afeto, solidariedade, necessidade de reprodução, como forma de garantir sua identidade social.”
Alguns conflitos existentes e importantes nas questões de separações judiciais ocorrem nos recursos. Como se sabe, as varas de família e sucessões são consideradas primeira instância e os processos são julgados por um juiz ordinário, então qualquer das partes que se sentir insatisfeita com a sentença proferida pelo juiz poderá recorrer da mesma, e esse processo será encaminhado para o Tribunal de Justiça do Estado (considerado segunda instância), sendo sua análise feita por desembargadores. Esse recurso tem por objetivo em reformar a sentença do juiz de primeira instância, e uma das opções para a parte usar é juntar o laudo pericial e fazer referências a ele, só que isso não impede que seja requisitada nova avaliação dessa família. 
E é então que aparece o problema no caso de separação e disputa da guarda das crianças. Poderão surgir novas provas ao convocar novamente os familiares para entrevistas e novas avaliações, desrespeitando assim os princípios processuais, tornando assim numa situação mais conflituosa para todos.
13	LEI Nº 12.318, DE 26 DE AGOSTO DE 2010: DA ALIENAÇÃO PARENTAL
A redação da lei é composta de nove artigos e define a alienação
parental. 
Segue texto da Lei da Alienção Parental
O PRESIDENTE DA REPUBLICA Faço saber que o congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1o  Esta Lei dispõe sobre a alienação parental. 
Art. 2o  Considera-se ato de alienação parental a interferência na formação psicológica da criança ou do adolescente promovida ou induzida por um dos genitores, pelos avós ou pelos que tenham a criança ou adolescente sob a sua autoridade, guarda ou vigilância para que repudie genitor ou que cause prejuízo ao estabelecimento ou à manutenção de vínculos com este. 
Parágrafo único.  São formas exemplificativas de alienação parental, além dos atos assim declarados pelo juiz ou constatados por perícia, praticados diretamente ou com auxílio de terceiros:  
I - realizar campanha de desqualificação da conduta do genitor no exercício da paternidade ou maternidade; 
II - dificultar o exercício da autoridade parental; 
III - dificultar contato de criança ou adolescente com genitor; 
IV - dificultar o exercício do direito regulamentado de convivência familiar; 
V - omitir deliberadamente a genitor informações pessoais relevantes sobre a criança ou adolescente, inclusive escolares, médicas e alterações de endereço; 
VI - apresentar falsa denúncia contra genitor, contra familiares deste ou contra avós, para obstar ou dificultar a convivência deles com a criança ou adolescente; 
VII - mudar o domicílio para local distante, sem justificativa, visando a dificultar a convivência da criança ou adolescente com o outro genitor, com familiares deste ou com avós. 
Art. 3o  A prática de ato de alienação parental fere direito fundamental da criança ou do adolescente de convivência familiar saudável, prejudica a realização de afeto nas relações com genitor e com o grupo familiar, constitui abuso moral contra a criança ou o adolescente e descumprimento dos deveres inerentes à autoridade parental ou decorrentes de tutela ou guarda. 
Art. 4o  Declarado indício de ato de alienação parental, a requerimento ou de ofício, em qualquer momento processual, em ação autônoma ou incidentalmente, o processo terá tramitação prioritária, e o juiz determinará, com urgência, ouvido o Ministério Público, as medidas provisórias necessárias para preservação da integridade psicológica da criança ou do adolescente, inclusive para assegurar sua convivência com genitor ou viabilizar a efetiva reaproximação entre ambos, se for o caso. 
Parágrafo único.  Assegurar-se-á à criança ou adolescente e ao genitor garantia mínima de visitação assistida, ressalvados os casos em que há iminente risco de prejuízo à integridade física ou psicológica da criança ou do adolescente, atestado por profissional eventualmente designado pelo juiz para acompanhamento das visitas. 
Art. 5o  Havendo indício da prática de ato de alienação parental, em ação autônoma ou incidental, o juiz, se necessário, determinará perícia psicológica ou biopsicossocial. 
§ 1o  O laudo pericial terá base em ampla avaliação psicológica ou biopsicossocial, conforme o caso, compreendendo, inclusive, entrevista pessoal com as partes, exame de documentos dos autos, histórico do relacionamento do casal e da separação, cronologia de incidentes, avaliação da personalidade dos envolvidos e exame da forma como a criança ou adolescente se manifesta acerca de eventual acusação contra genitor. 
§ 2o  A perícia será realizada por profissional ou equipe multidisciplinar habilitados, exigido, em qualquer caso, aptidão comprovada por histórico profissional ou acadêmico para diagnosticar atos de alienação parental.  
§ 3o  O perito ou equipe multidisciplinar designada para verificar a ocorrência de alienação parental terá prazo de 90 (noventa) dias para apresentação do laudo, prorrogável exclusivamente por autorização judicial baseada em justificativa circunstanciada. 
Art. 6o  Caracterizados atos típicos de alienação parental ou qualquer conduta que dificulte a convivência de criança ou adolescente com genitor, em ação autônoma ou incidental, o juiz poderá, cumulativamente ou não, sem prejuízo da decorrente responsabilidade civil ou criminal e da ampla utilização de instrumentos processuais aptos a inibir ou atenuar seus efeitos, segundo a gravidade do caso: 
I - declarar a ocorrência de alienação parental e advertir o alienador; 
II - ampliar o regime de convivência familiar em favor do genitor alienado; 
III - estipular multa ao alienador; 
IV - determinar acompanhamento psicológico e/ou biopsicossocial; 
V - determinar a alteração da guarda para guarda compartilhada ou sua inversão; 
VI - determinar a fixação cautelar do domicílio da criança ou adolescente; 
VII - declarar a suspensão da autoridade parental. 
Parágrafo único.  Caracterizado mudança abusiva de endereço, inviabilização ou obstrução à convivência familiar, o juiz também poderá inverter a obrigação de levar para ou retirar a criança ou adolescente da residência do genitor, por ocasião das alternâncias dos períodos de convivência familiar. 
Art. 7o  A atribuição ou alteração da guarda dar-se-á por preferência ao genitor que viabiliza a efetiva convivência da criança ou adolescente com o outro genitor nas hipóteses em que seja inviável a guarda compartilhada. 
Art. 8o  A alteração de domicílio da criança ou adolescente é irrelevante para a determinação da competência relacionada às ações fundadas em direito de convivência familiar, salvo se decorrente de consenso entre os genitores ou de decisão judicial. 
	 Art. 9o  (VETADO) 
Art. 10.  (VETADO) 
Art. 11.  Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. 
Brasília,  26  de  agosto  de 2010; 189o da Independência e 122o da República. 
LUIZ INÁCIO LULA DASILVA
Luiz Paulo Teles Ferreira Barreto
Paulo de Tarso Vannuchi
Diario Oficial de 27.08.2010
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007010/2010/Lei/L12318.htm
 14	CONSIDERAÇÕES FINAIS
Procuramos explicar a origem de tudo, pois antes que ocorra a Síndrome de Alienação Parental, acontece à separação judicial e a disputa de guarda entre os genitores. Nessas disputas é que os pais utilizam certos artifícios para conseguir o seu objetivo, que é prejudicar o outro genitor e obter a guarda do filho totalmente para si. 
Foram abordados conceitos e conflitos, bem como o interesse que o menor tem e deve ser considerado nas disputas.
Identificamos que a síndrome nos casos tem com relação às falsas denúncias de abuso sexual, pois são os mais comuns acontecidos hoje nas situações de disputa de guarda.
Situamos o assunto da Síndrome de Alienação Parental no ambiente do Poder Judiciário, com relatos de casos, jurisprudências, e também os profissionais envolvidos em todos os procedimentos.
O presente trabalho buscou mostrar um grande problema que aos poucos está conseguindo ser notado e estudado com maior frequência, mas mesmo assim ainda são poucas as jurisprudências encontradas. Portanto deve-se pensar e refletir nas graves questões envolvendo a síndrome nas disputas de guarda, e procurar proteger o menor.
15	REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BERENICE DIAS, Maria. Incesto e Alienação Parental 2 edição, IBDFAM, Editora Revista dos Tribunais 2010 apud J. Trindade. Manual de psicologia jurídica para operadores do direito.
CUENCA,Jose Manuel Aguilar. Síndrome de alienação parental: o uso das crianças no processo de separação. Lex Nova, 2005. Disponível em: <HTTP:/ WWW.apase.org.br/94012-josemanuel.htm>
CALÇADA, Andreia APASE - associação de Pais e Mães. Equilíbrio, 2008.
A síndrome da alienação parental. In: APASE- associação de Pais e Mães Separados (org.). Síndrome da alienação parental e a tirania do guardião: aspectos psicológicos, sociais e jurídicos. Porto Alegre. Equilíbrio, 2007.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007010/2010/Lei/L12318.htm
Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, Sétima Câmara Cível, Comarca
de Porto Alegre Agravo de Instrumento Número 70015224140.
Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, 7ª Câmara de Direito Privado, Agravo de Instrumento número 994092784942.
Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, 7ª Câmara de Direito Privado, Agravo de Instrumento n 994.09.278494-2
ULLMANN, Alexandra. É psicóloga 
GOMES, P. L. Jocélia. Síndrome de alienação parental. 2013 
BRASIL, Novo Código Civil, lei 10.406/2002, Brasília, DF, Senado Federal, 2002.
SILVA, Denise Maria Peressini da. Psicologia jurídica no processo civil brasileiro: a interface da
psicologia com direitos nas questões de família e infância, São Paulo: Casa do Psicólogo, 2003, p.112
http://www.paisporjustica.com
http://www.apase.org.br/

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