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Caso Concreto 5 - Economia Política

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Governo prevê gasto maior do que receita em 2016 e propõe mínimo de R$ 865,50 
(IMPERFEIÇÃO DE MERCADO) 
Os ministros do Planejamento, Nelson Barbosa, e da Fazenda, Joaquim Levy, entregaram nesta 
segunda-feira (31) ao presidente do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), 
o projeto do Orçamento de 2016. De acordo com Barbosa, a proposta foi entregue com 
previsão de déficit (gastos maiores que as receitas) de R$ 30,5 bilhões, que representa 0,5% do 
Produto Interno Bruto (PIB). [...] 
Esta é a primeira vez na história, segundo o ministério, que o projeto do Orçamento para o 
próximo ano tem previsão de déficit. Com ele, o governo admite formalmente que a meta 
fiscal, de 0,7% do PIB fixadas em julho deste ano, não será atingida. Essa meta já era inferior ao 
objetivo inicial do governo, anunciado em novembro do ano passado, de que o setor público 
registraria um superávit primário (receitas maiores que os gastos, sem contar os juros) de ao 
menos 2% do PIB em 2016 (que correspondia a R$ 126,7 bilhões). Esse valor foi confirmado em 
abril. 
O governo optou por admitir que as contas públicas terão, no ano que vem, déficit fiscal 
inédito após ver naufragar sua ideia de retomar a cobrança da Contribuição Provisória sobre 
Movimentação Financeira (CPMF). O tributo arrecadaria cerca de R$ 80 bilhões em 2016, 
grande parte destinada aos cofres do governo, e aumentaria a previsão de receitas para o 
próximo ano cobrindo também o rombo orçamentário. A proposta, porém, contou com forte 
rejeição da sociedade e do empresariado e foi abandonada, pois teria de passar pelo crivo do 
Congresso Nacional. [...] De acordo com a Constituição, o Orçamento deve ser aprovado pelo 
Congresso até dezembro de cada ano. Quando isso não acontece, o governo só pode gastar no 
ano seguinte o correspondente a 1/12 do orçamento do ano anterior, até que o novo 
orçamento seja aprovado. O orçamento deste ano só foi aprovado pelo Congresso em março, 
depois de a votação ser adiada algumas vezes. Com a demora em sua aprovação, alguns 
ministérios tiveram que interromper projetos ou retardar verbas previstas para alguns 
programas. (Correio do Estado - Mato Grosso do Sul, 31/08/2015) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PERGUNTA: 
- A partir do texto, mostre a situação do orçamento para o ano de 2016. Fundamente a 
resposta. 
- Como o governo poderia evitar a situação de déficit que se apresenta para o ano de 2016? 
Fundamente a resposta. 
- Comente sobre os riscos para a economia da existência de déficits reiterados no 
orçamento. 
Pontos a serem abordados: 
- O aluno deverá comentar a partir do texto sobre a importância de se manter o equilíbrio 
entre as receitas e despesas constantes no orçamento. Em caso de desajuste medidas duras 
deverão ser tomadas para evitar os impactos inevitáveis na ordem econômica. 
- Comentar também sobre os riscos para a economia se os déficits se tornarem persistentes 
afetando as variáveis macroeconômicas. A população mais pobre seria fatalmente a mais 
prejudicada com esse estado de coisas. 
 
RESPOSTA: 
 
O que é o Déficit? 
O Déficit primário ocorre justamente quando a arrecadação de tributos é menor que os gastos 
do governo, gerando eventualmente uma Dívida Pública Interna para financiar estes gastos. 
Como evitar o Déficit Primário? 
1. Positivamente, diminuir os gastos do governo: por exemplo, fazer o governo retardar 
verbas previstas para determinados programas/serviços. 
2. Negativamente, elevar a carga tributária: assim seria possível cobrir os gastos do 
governo com a arrecadação de tributos, porém poderia ocasionar um Déficit Público 
(quando um país tem mais despesas do que receitas) 
 
Entrar em déficit público representa a falta de responsabilidade financeira do governo e a 
contração de mais dívidas para cobrir o déficit! 
 
QUESTÕES PARA A AULA 
1) São considerados princípios orçamentários previstos na Constituição Federal brasileira 
com EXCEÇÃO da: 
a) Legalidade. 
b) Exclusividade. 
c) Anualidade. 
d) Retroatividade. 
e) Universalidade. 
2) Na atividade financeira do Estado, na Função Alocativa o governo: 
a) fornece bens e serviços públicos que não são oferecidos pelo setor privado ou são 
oferecidos em quantidade insuficiente. 
b) interfere na economia procurando alcançar um elevado nível de emprego. (Função 
Estabilizadora) 
c) afeta a distribuição de renda através do sistema tributário ou através de programas 
governamentais. (Função Distributiva) 
d) interfere na economia procurando alcançar a estabilidade de preços. (Função 
Estabilizadora) 
e) interfere na economia procurando alcançar um alto nível de crescimento econômico. 
(Função Estabilizadora)

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