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04/12/2019 1 ESCLEROSE MULTIPLA O que é Esclerose Múltipla A Esclerose Múltipla é uma doença multifatorial complexa, desmielinizante, auto-imune, que afeta o sistema nervoso central (SNC), e atinge de forma crônica principalmente adultos jovens. 1 2 04/12/2019 2 Mecanismo imunológico Causas As causas exatas da esclerose múltipla não são conhecidas, mas há dados que sugerem que a genética, o ambiente em que a pessoa vive e alguns vírus podem desempenhar um papel no desenvolvimento da doença. 3 4 04/12/2019 3 Causas Genética e Ambiente Hereditariedade Exposição ao sol Vírus Epistein- barr Varicela-coster + aquelas presentes na vacina contra varíola Epidemiologia Diagnosticada entre 20 e 50 anos. Mais comum em mulheres (taxa de 2:1) Predominância maior em brancos ancestrais da Europa. No Brasil, cerca de 5 doentes a cada 100.000 habitantes. No mundo a estimativa é de 2,5 milhões de casos. 5 6 04/12/2019 4 Sintomas Fadiga (fraqueza ou cansaço); Sensitivas: parestesias (dormências ou formigamentos); nevralgia do trigêmeo (dor ou queimação na face). Visuais: neurite óptica (visão borrada, mancha escura no centro da visão de um olho – escotoma – embaçamento ou perda visual), diplopia (visão dupla); Motoras: perda da força muscular, dificuldade para andar, espasmos e rigidez muscular (espasticidade); Sintomas Ataxia: falta de coordenação dos movimentos ou para andar, tonturas e desequilíbrios; Esfincterianas: dificuldade de controle da bexiga (retenção ou perda de urina) ou intestino; Cognitivas: problemas de memória, de atenção, do processamento de informações (lentificação); Mentais: alterações de humor, depressão e ansiedade. 7 8 04/12/2019 5 Diagnóstico O diagnóstico da esclerose múltipla é clínico e baseia-se em dados de história e exame físico. Exames Exames laboratoriais de sangue e urina; Punção lombar para análise do líquido cefalorraquidiano; Ressonância magnética (RM) do crânio (e da medula espinhal se julgado necessário); Exame neurológico completo. Tratamento Medicamentos Quimioterapia Anti-inflamatório Imunossupressor Corticoide Grupo de apoio Fisioterapia Exercícios físicos Transplante de células-tronco 9 10 04/12/2019 6 Entrevista UMN, 25 anos. Quais os primeiros sintomas que notou? “O primeiro sintoma foi visão dupla, por conta da primeira lesão que tive no nervo ótico. Até hoje as vezes fico vendo dobrado, mas na maioria parte do tempo enxergo normalmente.” Como chegou ao diagnóstico? “Depois de aproximadamente 7 anos do primeiro surto resolvi procurar um neurologista, fui em um que não me ajudou em nada e tinha desistido desse médico. Um dia tive a orientação do clínico do ambulatório aqui da Barra, em procurar novamente neuro, mas agora troquei de médico e esse segundo já desde a primeira consulta já desconfiava da EM” Entrevista Como é o seu cotidiano depois que descobriu ter esclerose múltipla? Após o diagnóstico, além de consultas trimestrais com o neuro, tenho ou já tive acompanhamento com psicólogo, com nutricionista, com fisioterapeuta. Ainda da resposta anterior, troquei a fisioterapia por treino funcional 3x por semana. A minha alimentação também tive que mudar, consumo menos açúcar, óleo de soja, sal, produtos industrializados. E já como muito mais frutas, verduras. Bebo mais água, pelo menos 1,5 litros por dia.” Quais os tratamentos você utiliza para se sentir melhor? “Faço uso de um medicamento imunomodulador: Acetato de Glatirâmer, comercialmente chamado COPAXONE. Recebo o medicamento pelo sus, 30 doses por mês, com revisões trimestrais.” 11 12 04/12/2019 7 Entrevista Algo extra sobre essa fase da sua vida? “A EM é uma patologia de difícil diagnóstico por ter sintomas que a confunde com outras doenças. Demorei 7 anos desde o primeiro surto até o diagnóstico ano passado. Nesse tempo a cada novo surto aparecia um sintoma e apesar de eu sempre procurar um especialista que achava apropriado, nenhum soube dizer o que era. Psicologicamente, fiquei muitas vezes abalado por não ter uma resposta, nesse ponto estar próximo de pessoas que amo foi fundamental.” 13