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Avaliação de consistência de proposta de critério para valoração monetária de danos causados por derrames de petróleo ou de seus derivados no ambiente marinho, através de análise de sensibilidade. Sumário 1. INTRODUÇÃO 1 2. OBJETIVO 4 3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 4 3.1 Histórico de acidentes no Brasil e estatísticas mundiais 4 3.2 Efeitos do petróleo e seus derivados no meio afetado 10 3.3 Principais comportamentos observados nos derrames de petróleo e derivados no mar 12 3.3.1 Expansão ou espalhamento 12 3.3.2 Evaporação 13 3.3.3 Dissolução 13 3.3.4 Dispersão 13 3.3.5 Emulsificação 13 3.3.6 Sedimentação 13 3.3.7 Foto-Oxidação 14 3.3.8 Biodegradação. 14 3.4 Efeitos à Biota 14 3.5 Economia ecológica 17 3.6 Metodologias de valoração ambiental 19 3.6.1 Métodos Indiretos 19 3.6.2 Métodos Diretos 20 3.7 Proposta de Marcelino et al (1992) de Valoração de Danos Ambientais 20 3.8 Usos da proposta de Marcelino et al (1992) para casos de derrames de petróleo na Sabesp 24 4. MATERIAIS E MÉTODOS 26 4.1 Processamento de valores para análise 27 5. RESULTADOS 27 5.1 Volume derramado 27 5.2 Vulnerabilidade do meio atingido 28 5.3 Toxidade 30 5.4 Efeito deletério, Mortalidade e Persistência. 31 5.5 Reincidência 32 6. DISCUSSÕES 33 7. CONCLUSÕES 34 7.1 Aplicabilidade da proposta definida por Marcelino et al (1992) através de fundamentação legal 36 8. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 38 Anexo A 42 Anexo B 43 Anexo C 46 Lista de tabelas Tabela 1 - Ocorrências envolvendo petróleo e derivados no Brasil (1960-2012). Fonte: CETESB (2012)........................................................................................5 Tabela 2 - Principais organismos afetados pelo derramamento de petróleo e derivados. Fonte: Marcelino et al (1992) e CETESB (2009) adaptado..............15 Tabela 3 - Respostas gerais dos manguezais aos derramamentos de óleo. Fonte: Garcia & La Rovere apud NOAA (2011).................................................16 Tabela 4 - Critérios e respectivos pesos para os parâmetros da proposta. Fonte: Marcelino et al(1992). Adaptado.............................................................23 Tabela 5 - Classificação dos tipos de costa em ordem crescente de vulnerabilidade a danos causados por derrames de óleo no mar Gundlach & Hayes apud Nogueira (2003).............................................................................42 Tabela 6 – Extrato da planilha elaborada através da proposta de Marcelino et al (1992) para valoração econômica de dano ambiental. Fonte: Autor (2013)......44 Tabela 7 - Extrato da planilha elaborada através da proposta de Marcelino et al (1992) para valoração econômica de dano ambiental. Fonte: Autor (2013)......45 Tabela 8 - Legislação Nacional de responsabilidades e penalidades para infratores. Fonte: Bezerra (2012) adaptado.......................................................46 Tabela 9 - Legislação nacional de cunho preventivo, corretivo e de responsabilidades. Fonte: Bezerra (2012) adaptado.........................................47 Tabela 10 - Legislação internacional do qual o Brasil é signatário. Fonte: Garcia (2007) adaptado..................................................................................................................47 Lista de quadro Quadro 1 - Valoração de dano para a variação dos critérios de persistência – S5, efeito deletério - S4 e mortalidade de organismos – S6. 32 Lista de figuras Figura 1 - Petróleo e derivados. Fonte: Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (2014). 1 Figura 2 – Alterações na biodiversidade causadas por um dado poluente no meio aquático. Fonte: Garcia & La Rovere apud Gomes et al (2011) 11 Figura 3 - Mecanismos de esgotamento de óleo no mar. Fonte: CETESB (2007) 12 Figura 4 - Caranguejo recoberto com óleo. Fonte: CETESB (2007) 15 Figura 5 – Marisma contaminado por óleo. Fonte: CETESB (2007) 16 Figura 6 – Vazamento de óleo atingindo regiões praianas. Fonte: CETESB (2007) 17 Figura 7 – Técnica de remediação aplicada em lagoas costeiras. Fonte: CETESB (2007) 17 Figura 8 – Remediação de Costão Rochoso. Fonte: CETESB (2007) 17 Figura 9 – Extrato da planilha elaborada através da proposta de Marcelino et al (1992) para valoração econômica de dano ambiental. Fonte: Autor (2013) 43 Lista de gráficos Gráfico 1 – Incidentes envolvendo operações. Volume de 7 a 700 toneladas. Fonte: ITOPF (2013) adaptado. 8 Gráfico 2 – Incidentes envolvendo operações. Volumes maiores que 700 toneladas. Fonte: ITOPF (2013) adaptado. 8 Gráfico 3 – Incidentes envolvendo as causas derramamento de petróleo. Volume de 7 a 700 toneladas. Fonte: ITOPF (2013) adaptado. 9 Gráfico 4 – Incidentes envolvendo as causas derramamento de petróleo. Volumes maiores que 700 toneladas. Fonte: ITOPF (2013) adaptado. 9 Gráfico 5 – Números de acidentes de petróleo de acordo com o volume derramado. ITOPF (2013) adaptado. 10 Gráfico 6 - Número de ocorrência de acidentes por tipo de produto, dados de 2008. Fonte: Melo (2009). 24 Gráfico 7 - Número de ocorrência de acidentes por meio afetado, dados de 2008. Fonte: Melo (2009). 24 Gráfico 8 – Comportamento da função de Valoração de dano ambiental, variando parâmetro S1 - Volume derramado. Fonte: Autor (2013). 28 Gráfico 9 – Comportamento da função de Valoração de dano ambiental, variando parâmetro S2 - Vulnerabilidade do Ambiente atingido. Fonte: Autor (2013) 30 Gráfico 10 – Comportamento da função de Valoração de dano ambiental, variando parâmetro S3 - Toxidade Aguda. Fonte: Autor (2013) 31 Gráfico 11 – Comportamento da função de Valoração de dano ambiental, variando parâmetros persistência – S5, efeito deletério - S4 e mortalidade de organismos – S6.. Fonte: Autor (2013) 32 Gráfico 12 – Comportamento da função de Valoração de dano ambiental, variando parâmetro K - Reincidência. Fonte: Autor (2013) 33 Dedicatória e agradecimentos Dedico este trabalho a todas as pessoas que me ajudaram a desenvolvê-lo, seja direta ou indiretamente. Meus sinceros agradecimentos aos professores do Curso de MBA de Gestão e Tecnologias Ambientais do Programa de Educação Continuada da Escola Politécnica da USP - PECE/POLI: Wolney Castilho Alves, Lineu Belico dos Reis, Murilo Damato, Ivanildo Hespanhol, Maurício Gabriel, Luana de Beo Rodriguez, Eduardo Lucas Subtil, Yara Maria Gomide Gouvêa, Roque Passos Pivele, Luiz Eduardo Sanchez, Alexandre Toshiro Igari, Alfredo Carlos Cardoso Rocca, Pedro Penteado de Castro Neto, Léa Vargas F. S. Mayor, Evandro Noro Fernandes, Gil Anderi da Silva, Guglielmo Taralli e Flávio Miranda Ribeiro, que me deram subsídios para o delineamento desta monografia e me ajudaram a traçar um rumo. Pelo apoio e incentivo, sou muito grato a minha mãe Taeco Yogi e minha namorada Deise Aiko Araki. Lista de Abreviaturas e Siglas ANP Agência Nacional do Petróleo CETESB Companhia Ambiental do Estado de São Paulo CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente DAA Disposição a Aceitar DAR Disposição a Receber FPSO Navio Plataforma Dynamic Producer ITOPF The International Tanker Owners Pollution Federation Limited MARPOL Convenção Internacional para Prevenção da poluição causada por navios MF Óleo Combustível Marítimo MPF Ministério Público Federal NOAA National Oceanic and Atmospheric Administration NORSUL Companhia de Navegação OPCR Convenção Internacional Sobre Reparo, Resposta e Cooperação em Caso de Poluição de Óleo P6, P7 e P36 Plataformas 6, 7 e 36 PEI Plano de Emergência Individual PG Progressão Geométrica PNMA Política Nacional do Meio Ambiente PXA1 Plataforma 1 Xareú REDUC Refinaria do Rio de Janeiro REMAN Refinaria de Manaus SGA Sistemas de Gestão Ambiental SOLAS Convenção Internacional para Salvaguarda da Vida Humana no Mar UNCLOS Convenção das Nações Unidas Sobre os Direitos do Mar VE Valor de Existência VERA Valor Econômico de Recurso Ambiental VNU Valor de Não Uso VO Valor de Opção VU Valor de Uso VUD Valor de Uso Direto VUI Valor de Uso Indireto Lista de Símbolos %FAS Fração Hidrossolúvel Є Pertence ∞ Infinito CL50 Concentração Letal (50% da população) S1 Critério de Volume de Óleo Derramado S2 Critério de Vulnerabilidade do Ambiente Atingido S3 Critério de Toxidade S4 Critério de Mortalidade de Organismos S5 Critério de Persistência S6 Critério de Efeito Deletério X Soma dos Critérios S1, S2, S3, S4, S5 e S6. Resumo O presente trabalho visa realizar a avaliação de consistência da proposta exibida pela CETESB e elaborada por Marcelino et al (1992) para Valoração do dano para vazamentos de petróleo e seus derivados em ambientes marinhos, através de análise de sensibilidade, baseando-se em uma avaliação apurada de parâmetros com atribuições aos: (i) efeitos causados sobre o meio; (ii) em função da sensibilidade do ambiente; (iii) proporções do incidente; e (iv) características do poluente. A avaliação se dá pelo estudo do comportamento monetário, apresentado pela mudança de parâmetros em intervalos quantitativos e variáveis qualitativas, em fórmula, submetida pelo autor para o cálculo de pecúnia. Demonstra-se assim, ênfase nas principais proposições que de fato levaram ao abandono de técnica para valoração de dano ambiental e possíveis aspectos que poderiam ser melhorados para aplicações em outros cenários de desastres envolvendo derramamentos. Abstract The present work aims at evaluating the consistency of the proposal appears CETESB and elaborated by Marcelino et al (1992) for Valuation of damage to oil spills and their derivatives in marine environments, through sensitivity analysis, based on a review calculated parameters with the assignments: (i) caused effects on the environment; (ii) the sensitivity of the environment; (iii) proportion of the incident; and (iv) characteristics of the pollutant. The evaluation is made by the study of monetary behavior, presented by changing parameters in intervals quantitative and qualitative variables in the formula, submitted by the author to calculate damage. This demonstrates, focusing on core propositions that actually led to the abandonment of technique for valuing environmental damage and possible aspects that could be improved for applications in other disaster scenarios involving spills. INTRODUÇÃO O petróleo é um recurso natural e finito, fonte de energia e base para fabricação de uma gama muito grande de produtos, desde a gasolina para abastecimento de veículos automotores, polímeros plásticos e até medicamentos. O petróleo desde a revolução industrial tornou-se um insumo importante para a progressão e facilidades da vida atual. A figura 01 demonstra esquematicamente a diversidade de produtos fabricados a partir do petróleo. Todavia, as atividades relacionadas à combustão de seus derivados, transporte e exploração em ambientes marinhos, são fontes de preocupação, devido à dificuldade de sua remoção nos acidentes ambientais, e impactos de grande magnitude. Frente a estas e outras atividades potencialmente poluidoras da qualidade do ar, da água e do solo a agência ambiental denominada Centro Tecnológico do Estado de São Paulo – CETESB foi criada em 24 de julho de 1968 através do Decreto nº 50.079, previstos na lei 10.107, para monitorar, fiscalizar, licenciar poluidores, potencialmente e possivelmente poluidoras, além de recuperar a qualidade do ar, água e solo dentro de seus parâmetros normativos (São Paulo, 1968). Sancionada em 8 de maio de 2009 lei 13.542, entra em vigor com novas atribuições para agência e novo nome para a CETESB – Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (São Paulo, 2009). Figura 1 - Petróleo e derivados. Fonte: Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (2014). A CETESB vem desenvolvendo uma série de ações e programas visando à prevenção da ocorrência de derramamentos marítimos, com o uso de medidas cujo principal objetivo é o aperfeiçoamento dos aspectos de segurança nas operações e instalações litorâneas, a fonte de principal atenção são os navios cargueiros que transportam hidrocarbonetos (Marcelino et al, 1992) De acordo com a página 01 de Marcelino et al (1992), argumenta-se que devido a falta de abrangência, monitoramento e incidência de leis mais brandas, os acidentes estão mais propícios a acontecer, logo: é urgente a necessidade de desencadeamento de ações que permitam o avanço tanto da área científica a respeito dos estudos de impactos ambientais, como no campo legal, de maneira que os valores pecuniários impostos aos infratores sejam mais realistas que os atuais Segundo página 12 de Pacheco (2007), o Brasil possui uma faixa litorânea de milhares de quilômetros, beneficiando diversos estados com diferentes habitats marinhos, autor destaca neste contexto, inúmeros: estuários e lagoas costeiras, praias lodosas, sistemas lagunares margeados por manguezais e marismas, costões e fundos rochosos, recifes de coral, bancos de algas calcárias, plataformas arenosas, arrecifes de arenito paralelos à linha de praias e falésias, dunas e cordões arenosos, restingas, ilhas costeiras e ilhas oceânicas. Embasando-se por argumentos de Marcelino et al (1992) e Pacheco (2007), define-se que o Brasil é contemplado por grande riqueza marinha e de vital importância para exploração consumista, turística, minerária e energética. Assim, os ambientes susceptíveis a acidentes ambientais devem ser protegidos de forma intensificada. A Valoração Econômica Ambiental nas últimas décadas torna-se uma ferramenta importante para a proteção de recursos naturais e funções ecossistêmicas, dando a percepção de valor ao patrimônio ambiental. Ações humanas de ímpeto desenvolmentista, ocorrem na tendência da maximização tecnológica (Andrade, 2013). Assim, citam-se como exemplos da ação antrópica: o desmatamento de florestas, represamento de rios, exploração da biodiversidade, erosão, falta de manutenção da cadeia genética de espécies para fins medicinais, agropecuária extensiva e introdução de cultivos exóticos (May, 2000). Valoração Econômica Ambiental é definida como determinante do valor econômico de recurso ambiental, internalizando custos de externalidades, desta forma, evita-se que os usuários de patrimônio ambiental deixem de arcar com as suas despesas (Motta, 1997). A aplicabilidade da valoração consente a ganhos atribuídos à manutenção dos ecossistemas em busca de estados semelhantes às condições inicias, ou seja, concepções dadas pela similaridade aos ambientes com baixas taxas de exploração e extração, tal benefício, contempla usuários locais e de dimensões globais (May, 2000). A necessidade de estimar monetariamente o valor de dano ambiental vem em obrigatoriedade de o poluidor arcar com suas obliterações, em face da apropriação correta dos recursos naturais, fundamentando-se por estas, nos princípios legais e de responsabilidade do poluidor-pagador. Os principais danos causados são: (i) alteração nas funções ecossistêmicas (ii) danos a saúde humana; (iii) interferências que prejudiquem desfavoravelmente a biota; (iv) danos à condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente e; (v) lançamento de rejeitos ou energia em desacordo com os padrões legais. Vem à tona nas últimas décadas, a conscientização da disponibilidade natural de recursos. Embora haja livre acesso do usuário aos serviços ecossistêmicos, os danos causados sobre estes são fortemente passíveis de multa, concebe-se assim a necessidade de valores ambientais, devido a constante e aparente pragmática de desastres envolvendo derrames de hidrocarbonetos. A CETESB como órgão responsável pelo o controle da poluição por derrames de hidrocarbonetos no estado de São Paulo vem desenvolvendo ações de cunho preventivo, neste âmbito, para atendimento a proposições do Ministério Público Federal, através de Marcelino et al (1992) desenvolve uma técnica de valoração monetária para danos causados ao meio ambiente por derrames (Marcelino et al, 1992). É de incumbência do Ministério Público Federal, defender os princípios básicos da legalidade dos cidadãos perante os tribunais Federais e de Justiça, destarte, cabe à parte, atribuições inerentes a defesa do meio ambiente, que são de interesse comum para nossa sociedade. OBJETIVO O presente trabalho tem por objetivo realizar avaliação de consistência de proposta idealizada por Marcelino et al (1992), para valoração de dano ambiental de derramamento de petróleo e seus derivados no ambiente marinho, através de efeitos sofridos por variações de parâmetros relativos ao acidente, no cálculo do valor total de pecúnia. Identificam-se as possíveis melhorias percebidas na avaliação do estudo para: (a) aplicações práticas pertencentes a Sabesp; (b) inconsistências que justifiquem a não continuidade da técnica. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Histórico de acidentes no Brasil e estatísticas mundiais Acidentes com petróleo vêm ocorrendo no Brasil em navios petroleiros, plataformas marítimas de extração de petróleo, oleodutos de distribuição, falhas de equipamentos, presença de fissuras em perfurações, colisões de petroleiros com bancos de areia. Impactos de grande significância são gerados diretamente sobre organismos vivos, conforme explicação do subitem 3.4 Efeitos a Biota que vem a ser explicados nos próximos capítulos, e indiretamente sobre a população que usufrui de produtos oriundos do ambiente marinho. Segundo CETESB (2012), os acidentes estão registrados desde 1960, as principais ocorrências são demonstradas pela tabela 1. Tabela 1 - Ocorrências envolvendo petróleo e derivados no Brasil (1960-2012). Fonte: CETESB (2012). Continua. Fonte/Causa Data Local/áreas atingidas Vol. Vazado estimado Transporte marítimo Explosão do navio Sinclair P. dez/1960 Costa do Espírito Santo próximo da Ilha de Trindade 66.530 m³ de petróleo Transporte marítimo colisão do navio Takimyia Maru com rocha ago/1974 Canal de São Sebastião (SP) praias e costões/ Ubatuba 6.000 m³ de petróleo Transporte marítimo colisão do navio TarikIBN Zyiad2 com rocha mar/1975 Baía de Guanabara (RJ) praias e costões, 6.000 m³ de petróleo Transporte marítimo colisão do navio Brazilian Marina c/ rocha submersa jan/1978 Canal de S.Sebastião (SP) praias e costões 6.000 m³ de petróleo Rompimento de oleoduto Bertioga Linha S. Sebastião-Cubatão out/1983 Canal de Bertioga (SP) mangue, praias e costões 2.500 m³ de petróleo Rompimento de oleoduto - Vila Socó Linha Cubatão/Santos fev/1984 Cubatão (SP) mangue/mortos e feridos Não estimado de gasolina Terminal de Armazenamento Incêndio no Córrego do Outeiro jun/1984 Centro urbano de S. Sebastião um óbito, pânico, praias. Não estimado Transporte marítimo colisão do navio Marina com píer do terminal mar/1985 S. Sebastião (SP) praias e costões litorais norte 2.500 m³ de petróleo Refinaria de Cubatão Explosão em tanque de armazenamento jul/1985 Cubatão (SP) Rio Cubatão 500 m³ de óleo combustível Transporte marítimo Vazamento de embarcação perto da REDUC jan/1987 Baia da Guanabara (RJ) 12 m³ de óleo lubrificante Transporte marítimo - Petroleiro Theomana não apurada set/1991 Bacia de Campos (RJ) alto mar 2.150 m³ de petróleo Rompimento de oleoduto – Costão do Navio linha São Sebastião/Cubatão mai/1994 São Sebastião (SP) Vegetação, praias e costões. 2.700 m³ de petróleo Rompimento de oleoduto Linha REDUC/Ilha d’Água mar/1997 Baía da Guanabara (RJ) manguezal 2.700/2.800 m³ de bunker MF 180 Transporte marítimo colisão entre navios Smyrni e Elizabeth Rickmers jul/1998 Porto de Santos 40 m³ de bunker MF 180 Rompimento de oleoduto Refinaria de Manaus - REMAN ago/1999 Manaus (AM) Igarapés e Rio Negro 3 e 1 m³ de óleo combustível Exploração e Produção de Petróleo Sonda em campo terrestre nov/1999 Carmópolis (SE) Rio Iriri/pesca Não estimado de petróleo Rompimento de oleoduto Refinaria Duque de Caxias - Ilha d’Água jan/2000 Baía da Guanabara (RJ) Praia/costão/mangue/pesca 1.300 m³ de Óleo MF 180 Transporte marítimo/monobóia Falha transferência de petroleiro para terminal mar/2000 Tramandaí (RS) mar/praia/pesca 18 m³ de petróleo Refinaria do Paraná Falha interna jul/2000 Paraná Rios Barigui e Iguaçu 4.000 m³ De óleo Rompimento de oleoduto fev/2001 Mato Grosso Córrego Caninana 4 .000 m³ de óleo diesel Exploração e Produção de Petróleo Plataforma P36 mar/2001 Bacia de Campos (RJ) alto mar 1.200 m³ diesel e 350 m³ petróleo Exploração e Produção de Petróleo Plataforma P7 abr/2001 Bacia de Campos (RJ) alto mar 124.000 m³ de petróleo Transporte marítimo encalhe do navio Norma em banco de areia out/2001 Baía de Paranaguá (PR) um óbito/fauna 5.000 m³ de nafta Aparecimento de manchas de petróleo tipo árabe, origem não identificada, na Bahia. ago/2001 Litoral norte da Bahia 30 km de praias Não estimado Transporte marítimo Explosão do navio Alina P, estava fundeado. dez/2001 Canal de S. Sebastião Um óbito Não estimado (pequena quantia) Transporte marítimo Falha transferência do navio NorticMarita para terminal Canal de S. Sebastião (SP) jun/2003 Praias, costões, mangue. e lagoa costeira de S. Sebastião a Ubatuba 25 m³ de petróleo Rompimento de oleoduto Linha S. Sebastião-Cubatão fev/2004 Guaecá – S. Sebastião (SP) Vegetação, rio, praia. 300 m³ d petróleo Tabela 1- Ocorrências envolvendo petróleo e derivados no Brasil (1960-2012). Fonte: CETESB (2012) Continuação. Fonte/Causa Data Local/áreas atingidas Vol. Vazado estimado Transporte marítimo Explosão do navio Vicuña no píer do terminal nov/2004 Porto Paranaguá (PR) praias, costões, mangue, fauna. 4079,23 ton. metanol 285 ton. bunker Transporte marítimo Naufrágio de barcaça próximo de Manaus nov/2005 Rio Negro (AM) Não estimado Óleo combustível Transporte marítimo Embarcação empurradora NORSUL jan/2008 Baía de S. Francisco (SC) Praias e costões 116.000 L de diesel/lubrificante Transporte marítimo Colisão navio Chembulk Shangai com rebocador mar/2008 Porto de Mucuripe (CE) Praia de Icaraí 3 toneladas de óleo combustível Refinaria Vazamento interior da refinaria/Bahia abr/2009 Baía de Todos os Santos Rio, mar e praias. Não estimado Mistura oleosa Transporte Aquaviário Naufrágio de embarcação jun/2009 Rio Negro (AM) 5.000 L de óleo diesel Plataforma Xareú (PXA 1) Falha no mangote de conexão jan/2010 Litoral do Ceará - 42 km de Paracuru e 85 km de Fortaleza 141 L de petróleo Explosão da embarcação Praia do Sancho durante serviço de reparo ago/2010 Porto de Recife (PE) 2 óbitos, 2 feridos Não estimado de gasolina Exploração e Produção de Petróleo - Plataforma de Mexilhão - Falha na movimentação interna de diesel ago/2010 Bacia de Santos Poluição em alto mar aproximadamente 50 L Óleo diesel Refinaria Extravasamento de tanque de resíduo oleoso jan/2011 Cubatão (SP) Contaminação do Rio Cubatão Não estimado Exploração e Produção de Petróleo Plataforma da Chevron dez/2011 Bacia de Campos – RJ Campo de Frade 365.000 L de petróleo (ANP) Transporte Aquaviário Naufrágio de embarcação jun/2009 Rio Negro (AM) 5.000 L de óleo diesel Plataforma Xareú (PXA 1) Falha no mangote de conexão jan/2010 Litoral do Ceará - 42 km de Paracuru e 85 km de Fortaleza 141 L de petróleo Explosão da embarcação Praia do Sancho durante serviço de reparo ago/2010 Porto de Recife (PE) 2 óbitos, 2 feridos. Não estimado de gasolina Exploração e Produção de Petróleo - Plataforma de Mexilhão - Falha na movimentação interna de diesel ago/2010 Bacia de Santos Poluição em alto mar aproximadamente 50 L Óleo diesel Refinaria Extravasamento de tanque de resíduo oleoso jan/2011 Cubatão (SP) Contaminação do Rio Cubatão Não estimado Exploração e Produção de Petróleo Plataforma da Chevron dez/2011 Bacia de Campos – RJ Campo de Frade 365.000 L de petróleo (ANP) Transporte marítimo Falha na operação da monobóia (6 km da costa) jan/2012 Tramandaí (RS) aproximadamente1,2 m³ (Petrobras) Exploração e Produção de Petróleo Navio Plataforma Dynamic Producer (FPSO) Campo Carioca Nordeste jan/2012 Bacia de Santos Teste longa duração Pré-sal 253 km do litoral norte de S.Paulo 26 m³ de petróleo Explosão da embarcação Praia do Sancho durante serviço de reparo ago/2010 Porto de Recife (PE) 2 óbitos, 2 feridos. Não estimado de gasolina Segundo Garcia (2007), o Brasil não apresenta banco de dados consistente que contemple as principais formas de incidentes com hidrocarbonetos em ambiente marinho. De forma mais abrangente, analisando o cenário mundial constata-se que as liberações acidentais ocorrem através de erupções ou instalações de poços (perfurações) ou por derramamentos. A primeira menos constante possui maiores consequências ao meio ambiente, riscos aos trabalhadores e instalações, apresentando em pontos de surgência de gás e condições de ignescência de proporções catastróficas. O segundo caso é muito mais comum, seus volumes são aparentemente menores, ocorrem por vazamentos provenientes das instalações, tanques, tubulações e cargas de transferência. De acordo com autora, as principais causas de acidentes nas instalações de petróleo são: Falha de ancoragem Blowout (erupção de poços) Emborcamento Colisão externa Colisão com unidade envolvida na atividade Acidente com guindaste Explosão Queda de carga Incêndio Afundamento Encalhamento Acidente com helicóptero Inundação Inclinação descontrolada Falha de máquinas Deslocamento acidental Liberação acidental de fluidos Dano estrutural Acidente durante reboque Problemas com o poço As principais causas de incidentes ambientais por operação são apresentadas nos gráficos 1 e 2 de volumes variando de 7 a 700 toneladas e maiores que 700 toneladas respectivamente, já os gráficos 3 e 4 representam os dados pela causa de derramamento, tais estatísticas baseiam-se na coleta de dados realizadas de 1970 a 2013 (ITOPF, 2013). Gráfico 1 – Incidentes envolvendo operações. Volume de 7 a 700 toneladas. Fonte: ITOPF (2013) adaptado. Gráfico 2 – Incidentes envolvendo operações. Volumes maiores que 700 toneladas. Fonte: ITOPF (2013) adaptado. Gráfico 3 – Incidentes envolvendo as causas derramamento de petróleo. Volume de 7 a 700 toneladas. Fonte: ITOPF (2013) adaptado. Gráfico 4 – Incidentes envolvendo as causas derramamento de petróleo. Volumes maiores que 700 toneladas. Fonte: ITOPF (2013) adaptado. Segundo Garcia (2007), com a adoção de medidas mais seguras nos Sistemas de Gestão Ambiental - SGA no planejamento, adesão a novas tecnologias, ações estratégicas de proteção à biodiversidade, segmento às condições normativas e aos tratados internacionais, vem beneficiando a expectativa de cenários sustentáveis e mais receptivos a operações com petróleo. Tais elementos, posicionados sob o resguardo de métodos de desígnio pecuniário, vem com o passar dos anos apresentando estatísticas mais favoráveis, a amostragem histórica mundial, que é apresentada pelo gráfico 05 (ITOPF, 2013). Gráfico 5 – Números de acidentes de petróleo de acordo com o volume derramado. ITOPF (2013) adaptado. O gráfico acima mostra declínio dos acidentes em âmbito geral. Contanto, as medidas de controle são fundamentais para proteção das comunidades de animais e habitats costeiros do Brasil. Elementos que propiciam aspectos de fragilidade, como os manguezais, marismas e recifes de corais; são altamente vulneráveis a obliterações, portanto as medidas de controle ambiental não podem deixar de ser enfatizadas (Garcia, 2007). Efeitos do petróleo e seus derivados no meio afetado A avaliação de dano causado sobre a biota pelo petróleo deve ser continuamente estudada, devido as suas características recalcitrantes. O tempo de resposta dos seres afetados varia do momento do acidente até décadas, a figura 2 exemplifica os efeitos desencadeados sobre organismos marinhos em temporalidades. Entrada do Poluente Mudança na Qualidade da água IMEDIATO Mudanças Comportamentais Efeitos no Sistema Neuroendócrino Efeitos nas Membranas Epiteliais MINUTOS A DIAS Respostas Bioquímicas Alterações no Metabolismo Fluidos Corpóreos e Enzimas HORAS A SEMANAS Respostas Fisiológicas Consumo de Oxigênio Balanço Osmótico Alimentação e Digestão Alteração no Desempenho Fisiológico Crescimento Reprodução DIAS A MESES MESES A ANOS Impactos nas Populações Estrutura e Dinâmica das Comunidades ANOS A DÉCADAS Função e Estrutura dos Ecossistemas Figura 2 – Alterações na biodiversidade causadas por um dado poluente no meio aquático. Fonte: Garcia & La Rovere apud Gomes et al (2011) Principais comportamentos observados nos derrames de petróleo e derivados no mar Segundo Marcelino et al (1992), Pacheco (2007) e Garcia (2007),o petróleo e seus derivados quando presentes em ambientes marinhos possuem comportamento complexo, de difícil estimativa de movimentação nos processos desencadeados no meio aquático. Os itens a seguir, explanam o comportamento desenvolvido pelos mesmos. A figura 3 apresenta os principais mecanismos de esgotamento de óleo no mar. Foto- Figura 3 - Mecanismos de esgotamento de óleo no mar. Fonte: CETESB (2007) Expansão ou espalhamento Expansão ou espalhamento é o fenômeno observado nos primeiros instantes do vazamento, logo após o contato do poluente com o mar. É de praxe a movimentação não uniforme dos hidrocarbonetos. Fatores ambientais e climáticos, de difícil previsão, influenciam no espalhamento da mancha, além dos efeitos provocados pelas propriedades intrínsecas do material. A velocidade de expansão depende da viscosidade do poluente, quanto maior a viscosidade, maior é a área de superfície marinha abrangida pelo poluente. Óleos com viscosidade baixa, de locomoção paulatina, se propagam menos e são melhores contidos por técnicas de remediação. Evaporação Assim como a expansão, comportamento sofre influência dos fatores climáticos e ambientais, propriedade é atribuída à proporção prescrita pela presença de compostos voláteis e leves. Materiais que se espalham mais estão mais sujeitas a evaporação. Compostos aromáticos de baixos pontos de ebulição estão relacionados diretamente com os seus graus de toxidade, os pesados afetam organismos do meio, muito mais pela sua característica física, desencadeando sufocamento, do que os seus níveis de toxidade. Dissolução Dissolução é a propriedade que depende das propriedades do material derramado, da temperatura e velocidade de espalhamento. O material que se dissolve facilmente em meio marítimo possui com muita frequência alto poder de volatilização, sendo em decorrência fator de moderada relevância para remoção do composto. Dispersão A turbulência ocasionada por ondas e marés é fator preponderante para aceleração da dispersão. Em correntes marítimas agitadas, formam-se gotículas que dependendo do tamanho podem ficar suspensas ou coalescentes a outras gotículas, formando uma fina camada superficial. A parcela suspensa fica mais exposta à degradação natural e a sedimentação. Emulsificação Emulsificação é a propriedade de mistura água/óleo, onde ocorre a suspensão de gotículas de água salgada, decorrentes da turbulência da água. O composto formado apesar de diminuir a velocidade de dissipação do óleo, torna o óleo mais persistente e de três a quatro vezes mais volumosas. Sedimentação A água do mar possui a densidade muito próxima ao da água doce e raramente ocorrem derramamentos com óleos mais densos que a água, a tendência à sedimentação ocorre normalmente por gravidade, pela aglutinação de partículas orgânicas e inorgânicas aos hidrocarbonetos. A Sedimentação em locais rasos é mais perceptível pela maior incidência de sólidos em suspensão. Os sedimentos consolidados no fundo do corpo hídrico com película aderida às partículas inorgânicas não degradadas podem submergir futuramente causando novos impactos. Foto-Oxidação A Foto-oxidação é reação química que ocorre na presença de raios UV, transformando as moléculas do óleo em moléculas mais suscetíveis a solubilização, o inverso pode ocorrer, com a formação de compostos mais persistentes. Biodegradação. Microrganismos do plâncton e zooplâncton utilizam o petróleo e seus derivados como fonte de energia e carbono. Os fatores que influenciam na taxa de biodegradação, são os elementos e propriedades padrões para decomposição de matéria orgânica; (a) Temperatura; (b) Oxigênio; (c) Nitrogênio e Fósforo. Não obstante, verifica-se que a degradação ocorre por tipologia de bactéria presente no ambiente, para grupos específicos de hidrocarbonetos, sendo que muitos são resistentes aos ataques destes organismos. Efeitos à Biota Segundo Marcelino et al (1992), o óleo através de suas características físicas e químicas traz periculosidade para os organismos marinhos, a classificação causada sobre os seres aquáticos denominam-se: Efeitos Letais: Morte causada pela toxidade, ou efeitos físicos do produto. Subletais: Efeitos crônicos que afetam o desenvolvimento normal do organismo e reprodução de sua espécie. A tabela 2 apresenta os principais organismos afetados pelo derramamento de petróleo e seus derivados (Marcelino et al, 1992). Tabela 2 - Principais organismos afetados pelo derramamento de petróleo e derivados. Fonte: Marcelino et al (1992) e CETESB (2009) adaptado. Comunidade Espécies mais afetadas Efeitos Bentônica Moluscos Recobrimento, causando sufocamento; Crustáceos Equinodermos Poliquetos Aglutinação, afetando a sua mobilidade; Cnidários Camarões Lagostas Intoxicação, resultando em mortandade ou efeitos subletais. Ostras Mariscos Zooplanctônica Protozoários Alteração da intensidade de luz para o fitoplâncton realizar fotossíntese causam efeitos indiretos na nutrição e mobilidade do zooplâncton Rotíferos Cladoceros Copépodes Fitoplanctônica Clorofíceas Causa retardamento da divisão celular, depende do poluente e das condições ambientais e climáticas do local do derramamento. Diatomáceas Euglenofíceas Crisofíceas Peixes Diversos Efeitos letais na respiração e ingestão de substâncias tóxicas. Efeitos subletais mais evidentes, causam alteração na alimentação, migração, crescimento e reprodução. Aves Diversas Plumagem perde propriedades calorífugas, hidrófugas e há intoxicação por ingestão de substâncias tóxicas. Vegetais superiores Manguezais Alta vulnerabilidade devido à persistência do petróleo no ambiente e longa recuperação. Os efeitos são decorrentes da liberação de substâncias tóxicas para o ambiente e recobrimento dos órgãos responsáveis pela respiração. A figura 4 apresenta crustáceo afetado por derramamento. Figura 4 - Caranguejo recoberto com óleo. Fonte: CETESB (2007) Para os manguezais, que são altamente sensíveis e sofrem tanto por toxidade do poluente quanto pelas características físicas do poluente, a tabela 03 demonstra os principais estágios e alterações observadas no meio. Tabela 3 - Respostas gerais dos manguezais aos derramamentos de óleo. Fonte: Garcia & La Rovere apud NOAA (2011). Estágio Alteração observada Agudo 0 – 15 dias Morte de pássaros, peixes e invertebrados. 15 - 30 dias Perda de folhas e morte de pequenos manguezais (<1 m). Perda de comunidades nas raízes aéreas Crônico 30 dias - 1 ano Perda de folhas e morte manguezais médios (<3 m). Perda de tecidos das raízes aéreas 1 ano - 5 anos Perda de folhas e morte manguezais maiores (>3 m). Perda das raízes aéreas. Novo crescimento das raízes (às vezes deformado). Recolonização com novas sementes nas áreas atingidas pelo óleo. 1 ano – 10 anos Redução da reprodução. Redução das sementes sobreviventes. Morte ou crescimento reduzido das árvores recolonizadas (incerteza). Aumento dos danos aos insetos (incerteza). 10 anos - 50 anos Recuperação completa. As figuras 5, 6, 7 e 8 mostram respectivamente: marismas, praias, lagoas costeiras e costões rochosos afetados por derramamentos de hidrocarbonetos. Os ambientes citados são facilmente encontrados na vasta quilometragem costeira do Brasil. Figura 5 – Marisma contaminado por óleo. Fonte: CETESB (2007) Figura 6 – Vazamento de óleo atingindo regiões praianas. Fonte: CETESB (2007) Figura 7 – Técnica de remediação aplicada em lagoas costeiras. Fonte: CETESB (2007) Figura 8 – Remediação de Costão Rochoso. Fonte: CETESB (2007) Economia ecológica Segundo Whately e Hercowitz (2008), a teoria de Economia Ecológica possui elementos comuns com a Economia Tradicional, contanto, diferencia-se da tal por adotarem limites decorrentes de ações ambientais na interação entre: (i) extração do bem natural; (ii) produção; e (iii) consumo. Seja pelo desmatamento insustentável de patrimônio natural ou pela capacidade de receber resíduos provenientes da cadeia produtiva. Como não é possível usufruir de todos os valores do mercado de patrimônio ambiental, também pelo fato de muitas composições não abrangerem: (i) os reais custos de oportunidade e; (ii) atribuições aos serviços ecossistêmicos ou valores de existência, a modelagem de Valor Econômico de Recurso Ambiental – VERA, vem a somar, apresentado por Motta (1997), com valores de uso (VU) e não uso (VNU), que por sua vez decorrem de: Valor de Uso Direto (VUD): bens e serviços ambientais com exploração do recurso e consumo de imediato; Valor de Uso Indireto (VUI): bens e serviços ambientais provenientes de funções ecossistêmicas e consumidas de imediato; Valor de Opção (VO): bens e serviços de usos diretos e indiretos, utilizados para o futuro; Valor de Existência (VE): valor associado a questões humanas, de caráter moral, cultural e etc. Exprime-se VERA como: VERA = VU + VNU → VERA = VUD + VUI + VO+ VE Atribuição é feita ao VERA por recomendação enfática de execução da valoração de recursos naturais da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, por publicação da norma de Avaliação de bens, para Recursos Ambientais.(NBR 14653-6, 2008). Os Pagamentos de Serviços Ambientais tem por opção, o uso de um mecanismo de negociação denominada “coaseana” que estreitam as relações sobre os atores envolvidos, por um lado, agentes responsáveis pelo dano ou uso do benefício ecossistêmico, do outro aquele que responde pelo bem estar usufruído do serviço ecossistêmico. Qualquer tipo de característica com relacionamentos de ordem pública são eliminadas, corroborando aspectos sobre o controle de recursos e ativos daquilo que são detentores (May, 2010). Quando há intervenção do estado na criação de taxas institucionais para o pagamento destes serviços ambientais nomeia-se taxação como “pigouviana”, em homenagem ao seu criador. Tais proposições possuem instrumentos capazes de transformar os serviços em fontes transacionais no mercado comum. Estes commodities são classificados como elementos de: crédito, arrendamento, contratos, direitos e etc. Destarte, seja por qualquer um dos atores, tais colocações não são excludentes, ou seja, o usufruto de um benefício ou pagamento de despesa não exclui outra (Whately&Hercowitz, 2008). Metodologias de valoração ambiental Agindo sobre os princípios de poluidor-pagador, por abordagem da disciplina de Economia Ambiental, um conjunto de técnicas de valoração de dano vem sendo desenvolvidas. De acordo com Noro (2014), estas técnicas classificam-se em: (a) Indiretas – classificação atua no âmbito de tendências observadas nos beneficiários dos ativos ambientais pertinentes aos Valores de Uso – VU, que denomina-se, bem complementar, consumível ou substituto; (b) Diretas – método parte de temática desenvolvida para as preferências do consumidor em relação ao recurso. De acordo com Motta (1997), Campos Júnior (2003) e Costa (2012), para alicerce e sustentação de metodologia de trabalho, são explanados resumidamente os principais métodos de valoração. Métodos Indiretos Método da Produtividade Marginal: método imputa-se a análises qualitativas e quantitativas de recursos ambientais relacionando o nível de provisão com o nível de produção do produto no mercado, permeando a interface de níveis está a função dose-resposta, isto é, grandezas relacionadas ao dano físico por um lado e as variações de qualidade de um serviço ambiental de outro. Método de Custo de Doença: método utilizado para avaliar efeitos da poluição na capacidade de trabalho, calculado a partir de valor que um indivíduo normal deixaria de produzir por ação de agente poluidor, contando com os rendimentos que esta pessoa deixou de ganhar no período em que está inapta a atividade, abrangendo custos até mesmo em caso de morte. Método de Custo de Reposição: método baseia-se na função de produção e mercados substitutos, na ausência de preços de mercado para reposição de serviços ambientais através da estimativa mais prática, muitas vezes a mais cara. Método de Custo de viagem: método utiliza-se da estimativa de preço de um ativo ambiental através dos gastos atribuídos ao turismo, deslocamento e gastos envolvidos durante a visita ao bem natural. Método de Preços Hedônicos: método fundamenta-se na identificação de preços ambientais implícitos, através do preço de bens e serviços, ou seja, estipulam valor de determinado bem do mercado de imóveis como produto de diversos fatores. Método de Transferência de Benefícios: não é considerada como técnica de valoração propriamente dita. Visa a transferência de dados pré-existentes de valoração para estudos incipientes tendendo a prosperidade de custo e eficiência. Métodos Diretos Método de Valoração de Contingente: método utiliza-se de utilização de panoramas e mercados hipotéticos para serviços e bens ambientais, arguidas de Disposições a Pagar – DAP e Disposições a Aceitar - DAA para perda ou bem-estar de beneficiários pelo uso-fruto dos seus recursos. É de praxe, a pesquisa da DAP in loco, com questionamentos abertos aos usuários, como em surveys (entrevistas) cuja questão chave é o valor a ser despedido para o mantimento do bem. Métodos de preferência declarada: método utiliza-se de elementos para classificar em ranking as preferências citadas pelos afetados de acordo com as suas disponibilidades. Proposta de Marcelino et al (1992) de Valoração de Danos Ambientais A proposta de Valoração de Dano Ambiental analisada neste trabalho foi objeto de estudo de Marcelino et al (1992), de incumbência da CETESB no intuito de contribuir com as respostas sobre os casos de derramamento, no final da década de 90 e início deste milênio, condicionava-se a solicitações do Ministério Público Federal – MPF. A proposta de Marcelino et al (1992), conforme tipologia das técnicas de Valoração apresentada na Economia Ambiental tange aspectos contemplados pelos Valores de Uso – VU, valores de passivo não aderem à modelagem proposta, isto é, valores culturais, históricos, religiosos e altruísticos não são incluídos. Entretanto, proposta difere-se de técnicas padrões de Valoração Econômica Ambiental. Concebe-se que técnica, objetiva recuperação ambiental do local afetado pelo derrame, decorre somente da obtenção de valores pecuniários e não há concepção inerente a melhorias do bem-estar humano (Costa, 2012). Segundo Marcelino et al (1992) a equação exponencial utilizada para calcular danos ambientais por derramamento de petróleo possui a seguinte forma: (1)Valor do Dano (US$) = K*10(4,5 + X) Onde X = (S1 + S2 + S3 + S4 + S5 + S6) (2) Os critérios S1, S2, S3, S4, S5 e S6 e os seus respectivos pesos atribuídos pela proposta são apresentados na tabela 04. Estes aspectos e seus respectivos graus de importância estão relacionadas a: (i) S1 - volume de óleo derramado; (ii) S2 - grau de vulnerabilidade da área atingida; (iii) S3 - toxidade do composto; (iv) S4– efeitos deletérios; (v) S5– persistência no meio e; (vi) S6– Mortalidade dos organismos, já o fator K é uma constante, que progride de acordo com a reincidência do dano por mesmo agente transgressor. Segundo argumentos de Marcelino et al (1992) explanam-se a seguir as principais atribuições para os pesos dos S’s. S1 – Volume derramado: parâmetro relaciona-se a quantidade de petróleo e seus derivados, na capacidade de concepção e produção de características de ordem física para autodepuração e mecanismos de esgotamento do poluente. Elemento varia conforme o tipo de óleo derramado e da hidrodinâmica provocada pelas ondas e marés; S2 – Grau de Vulnerabilidade da área atingida: variável atribuída ao grau de vulnerabilidade de um ambiente e os seus aspectos físico-químicos correlatos ao tipo de poluente derramado; S3 – Toxidade do Composto: parte abrange os comportamentos subletais sobre a biota marinha, seja este influente ao desenvolvimento, crescimento e reprodução de organismos marinhos; S4 – Efeitos Deletérios: porção indica a inadequação do corpo hídrico para a manutenção da vida aquática; S5 – Persistência no meio: índice dado pela permanência e continuidade do volume derramado no ambiente, interferentes na fotossíntese, respiração e ciclagem de minerais; S6 – Mortalidade dos organismos: critério considera a mortandade de peixes, aves e mamíferos. Investigando as fontes poluidoras e constatada a reincidência, a formulação para valoração, integrará um fator multiplicativo K que aumentará em progressão geométrica de razão 2, toda vez que o transgressor incidir com nova contaminação. O método destaca-se entre as outras técnicas estudadas, no tocante dado pela facilidade de obtenção de dados, com respostas rápidas a solicitações do Ministério Público Federal. Entretanto, o referenciado não aborda aspectos que requeiram estudos mais aprofundados, dando margem para as para os itens de maior notoriedade nos acidentes. Neste trabalho, enfoque especial é dado para o comportamento da função exponencial (1) e sua proposta de multa, mediante mudança de parâmetros nos intervalos na tabela 04. O peso destes critérios variam de 0 a 0,5 de três formas: (i) a cada décimo, conforme são demonstrados os casos de S1 – Volume Derramado e S3 – Toxidade do Produto; (ii) a cada cinco centésimos, como apresentado em S2 – Grau de Vulnerabilidade da área; (iii) por dicotomia, em apreciação a afirmações ou negações em S5 – Persistência, S4 – Efeitos deletérios e S6 – Mortalidade de Organismos. Tabela 4 - Critérios e respectivos pesos para os parâmetros da proposta. Fonte: Marcelino et al(1992). Adaptado. Critério Amplitude ou tipologia de critério Fator de Ponderação Volume Derramado (S1) A capacidade de assimilação varia de acordo com o local do derrame, estações do ano e com as condições meteorológicas. Os pesos atribuídos para este item estão baseados no volume ou quantidade de produto derramada no corpo receptor. V (m3) ou M (t) S1≤1,0 0,1 1,0<S1≤10 0,2 10<S1≤50 0,3 50<S1≤150 0,4 S1>150 0,5 Atingida (S2)Grau de Vulnerabilidade da Área O grau de vulnerabilidade baseia-se na interação da costa terrestre com os processos físicos que controlam a deposição e a persistência do óleo. Os pesos deste item estão em função do tipo de ambiente costeiro ser mais ou menos vulnerável. Vulnerabilidade do Ambiente Atingido1 Costão rochoso 0,05 Terraço de abrasão 0,10 Praia arenosa de granulometria fina 0,15 Praia arenosa de granulometria grossa 0,20 Baixios compactos expostos pela maré 0,25 Praias mistas de areia e cascalho 0,30 Praia de cascalho 0,35 Costas rochosas abrigadas 0,40 Regiões entre marés 0,45 Marismas e manguezais 0,50 Toxicidade do Produto (S3) A atribuição dos pesos para este item segue dois critérios. O primeiro é baseado na toxicidade aguda da fração hidrossolúvel do petróleo derramado. O segundo critério está na detecção de toxicidade em organismos teste. Toxicidade aguda (% FAS) S3 ≤ 1,0 0,50 1,0 < S3 ≤ 10 0,40 10 < S3 ≤ 20 0,30 20 < S3 ≤ 50 0,20 50 < S3 ≤ 100 0,10 Persistência do Produto no Meio Ambiente (S5) Neste item, os produtos derramados são classificados de acordo com as suas propriedades físicas. Na ausência dessas informações, todos os tipos de petróleo e seus derivados escuros são considerados persistentes e todos os derivados claros, como não persistentes. Persistência do produto no ambiente Sim 0,50 Não 0,00 Efeito Deletério (S4) e Mortalidade de organismos (S6) Para este critério são avaliados os efeitos sobre a mortalidade de peixes, aves e mamíferos, de fácil observação e para efeitos deletérios. Efeito Deletério e Mortalidade de organismos Sim 0,50 Não 0,00 Anexo A Usos da proposta de Marcelino et al (1992) para casos de derrames de petróleo na Sabesp Segundo estudo feito por Melo (2009) em 2008, acidentes ambientais decorrentes de vazamentos de hidrocarbonetos foram as principais ocorrências causadoras de dano, o gráfico 06 representa esta estatística conforme o produto poluidor. Os principais meios atingidos são os corpos hídricos, o gráfico 07 demonstra o número de acidentes provocados nestes ecossistemas. Gráfico 6- Número de ocorrência de acidentes por tipo de produto, dados de 2008. Fonte: Melo (2009). Gráfico 7- Número de ocorrência de acidentes por meio afetado, dados de 2008. Fonte: Melo (2009). Através de exposição feita pela autora, conota-se que os dois mais importantes reservatórios de água da Região Metropolitana de São Paulo, Represas Billings e Guarapiranga, estão sob eminente risco de contaminação pelo derrame de combustíveis e derivados de petróleo. Contanto, mecanismos de quantificação de dano dada por Marcelino et al (1992) devem ser propostos às condicionantes destes ambientes. Alternativa cabe à correlação de parâmetros da proposta do autor, envolvendo elementos influentes no grau de impacto em ecossistemas marinhos, de notória diferença na parametrização de valores para os ambientes pertencentes ao reservatório Billings e Guarapiranga. Segundo o exibido por Martins (2008) e CETESB (2014), argumenta-se que relação está intrinsecamente atribuída a: Hidrodinâmica: amplitudes de marés como elemento de limpeza natural e dispersões dos poluentes através da força e intensidade das ondas para os ambientes praianos. Para os reservatórios é comum, nos países de clima tropical a estratificação e a desestratificação diária, ocasionada por mudanças de temperatura e ação de ventos. Épocas do ano: correlação é atribuída para os maiores períodos de cheia e variações de maré e também para a sazonalidade de imigrações e migrações de espécies e épocas de reprodução das comunidades biológicas. Tipos de comunidade: Os ambientes possuem espécies diferentes, o ecossistema marinho abriga algumas espécies animais com resistência maior, por exemplo, os mexilhões e ostras, possuem uma camada superficial protetora, que evita o primeiro contato do organismo com o poluente. Tempo de residência: parte dos fenômenos exibidos no item 3.3 Principais comportamentos observados nos derrames de petróleo e derivados no mar, não pertence às condições de corpos hídricos previamente estagnados. Sendo assim, os reservatórios estão muito mais propícios a ínterins mais amplos, por consequente estratificação térmica e maiores tempos de retenção do poluente. Conforme relatório técnico da CETESB (1996) para avaliação do potencial de recuperação do complexo Billings, cujo intuito era fornecer elementos para as tomadas de decisão quanto a destinação de suas águas, considerando-se os usos múltiplos, alerta-se que a degradação do corpo hídrico se dá pela contribuição de esgoto doméstico proveniente da ocupação desordenada nos arredores do reservatório. Quanto a presença de óleos e graxas, pontos de amostragem da represa demonstraram taxas de 5,1 e 8,6 mg/L, todavia, legislação vigente declarava “virtualmente ausentes” para a presença destes compostos em rios de classe 2 (Lampareli, 1996).Intitula-se para época que ordenamentos seguiam a Resolução CONAMA 20, de 18 de junho de 1986. Para a Resolução que a revoga, CONAMA 357, de 18 de março de 2005, não assevera os teores de óleos e graxas lançadas no corpo hídrico. (Brasil, 2005). Através do argumento da autora e da fundamentação legal abordada, destaca-se que a presença de derivados do petróleo, decorrentes de acidentes ambientais não são tolerados em rios de classe 2. MATERIAIS E MÉTODOS A proposta de Marcelino et al (1992),utiliza-se de fórmula exponencial (1) para cálculo de Valores de Dano. Fundamentando-se na disciplina de matemática elementar e Equações Diferenciais, nota-se que função exponencial é muito apreciada nas estimativas de previsão de população, datação radio-carbônica, decaimento radioativo e é bastante representativa em matemática financeira. Utilizou-se o Microsoft Excel como ferramenta de apoio, devido à abrangência de recursos obtidos para cálculos matemáticos, maior produtividade para executar mudanças de plano, sustentações das variáveis de formulação exponencial (1) e por apresentarem boa representação gráfica. Condicionando-se expressões de lógica, referência e texto no Microsoft Excel, constata-se que a avaliação de proposta, neste estudo, não serve apenas para provimento da trajetória das funções, igualmente tornam-se aptos a resolverem problemas práticos de valoração de derramamento de petróleo. A análise da sensibilidade demonstra como cada peso atribuído as variáveis da tabela 3, refletem para a valoração de dano na proposta de Marcelino et al (1992),desta forma, a escolha dos valores abrangem os intervalos definidos pelo seu estudo, ponderando-se os:(i) volumes; (ii) níveis de toxidade; (iii) vulnerabilidade do meio, eleitas pelos cenários de sensibilidade existentes; (iv) persistência; (v) efeitos deletérios; e (vi) mortandade de espécies marinhas, os dois últimos atuam na repartição de dois pesos oferecidos pela técnica, ou seja, nomeação torna-se inerente a divisão da “resposta ao efeito” em dois ramos, “sim” ou “não”. A exemplo esclarece-se que o anexo B, na sua figura 09 e tabelas 06 e 07 demonstram resoluções de problemáticas envolvendo derramamento de petróleo. Valores obtidos se dão pelos dados de entrada S’s e K. Processamento de valores para análise A análise de sensibilidade monetária de dano causado por derramamento provém da variação de um único parâmetro, sustentando as demais em valores fixos mínimos, ação minimizadora parte do fundamento dado pelo princípio da coibição da negligência dos potenciais agentes poluidores. O cerne deste trabalho propõe em primeira instância a alternância de S1 – Volume derramado na equação (2), mantendo-se S2 – Grau de Vulnerabilidade, S3 – Toxidade do produto, S4 – Efeitos deletérios, S5 – Persistência do produto no meio ambiente e S6 – Mortalidade de organismos nos fatores de ponderação mínimos, apontadas na tabela 04. A metodologia segue mudando-se a variável para S2, estabelecendo-se S1, S3, S4, S5 e S6 constantes, tal procedimento é levado adiante até a variação deS6, finaliza-se analise pelo comportamento da cifra em função da modificação da variável K de reincidência da equação (1) através de Progressão Geométrica - PG. RESULTADOS Volume derramado Neste intervalo realça-se que os fatores S’s, variam conforme a quantia de petróleo derramado no corpo receptor, medindo assim volumes de 0 a maiores que 150 m3. Na prática percebe-se que critério varia de acordo com a capacidade de assimilação do local, conforme seu clima, condições oceanográficas e processos de intemperização dos produtos derramados. Em meio a exames mais detalhados a inconstância do Volume derramado -S1em [0, 150] com S2 + S3 +S4+S5+S6=0,15 constata-se que: S1Є Valor (US$) =56.234,13 S1Є Valor (US$) =70.794,58 S1Є Valor (US$) =89.125,09 S1Є Valor (US$) =112.201,85 S1Є Valor (US$) =141.253,75 A série é representada pelo gráfico 08. Volume derramado (m3) Gráfico 8 – Comportamento da função de Valoração de dano ambiental, variando parâmetro S1- Volume derramado. Fonte: Autor (2013). Vulnerabilidade do meio atingido Para Vulnerabilidade do Ambiente Atingido - S2, declarado como parâmetro descritivo, elenca-se para este: “Costão rochoso”, “Terraço de abrasão”, “Praia arenosa de granulometria fina”, “Praia arenosa de granulometria grossa”, “Baixios compactos expostos pela maré”, “Praias mistas de areia e cascalho”, “Praia de cascalho”, “Costas rochosas abrigadas”, “Regiões entre marés” e “Marismas e manguezais” como ambientes propícios a serem contaminados nos derrames de petróleo. Enfatizando argumento de Marcelino et al (1992), apresentam-se dados para os ambientes mais receptivos para os mais frágeis à interação com os processos físicos e comportamentais do produto poluidor, cita-se como exemplo dos fatores influentes a sensibilidade, o tempo de retenção, deposição do poluente e persistência. Com S1+S3+S4+S5+S6 =0,20 tem-se: Para Costão Rochoso tem-seS2=0,05→ Valor (US$) =56.234,13 Para Terraço de Abrasão tem-seS2=0,10→ Valor (US$) =63.095,73 Para Praia arenosa de gr. f. tem-seS2=0,15→ Valor (US$) =70.794,58 Para Praia arenosa de gr. g. tem-seS2=0,20→ Valor (US$) =79.432,82 Para B. comp. expostos p. maré tem-seS2=0,25→ Valor (US$) =89.125,09 Para P. de areia e cascalhotem-seS2=0,30→ Valor (US$) =100.000,00 Para P. de cascalho tem-seS2=0,35→ Valor (US$) =112.201,85 Para Costas rochosas abrigadas tem-seS2=0,40→ Valor (US$) =125.892,54 Para Regiões entre marés tem-seS2=0,45→ Valor (US$) =141.253,75 Para Marismas e manguezais tem-seS2=0,50→ Valor (US$) =158.489,32 A série é representada pelo gráfico 09. Vulnerabilidade de Meio Atingido Gráfico 9 – Comportamento da função de Valoração de dano ambiental, variando parâmetro S2- Vulnerabilidade do Ambiente atingido. Fonte: Autor (2013) Toxidade Condecora-se a toxidade aguda (% FAS) como critério pertinente a fração solúvel em água e a sua determinação de toxidade no ensaio de organismos testes. Tão logo, imputa-se que quão menor a concentração (de 0 a 100%), consideradas altamente tóxicas pela exposição de dose única ou múltiplos contatos no período de 24 horas, julga-a perniciosa e decrescente à medida que se aumentam as suas soluções. Para o processamento de Toxidade Aguda (%FAS)– S3 em [0, 100] % com S1+S2+S4+S5+S6=0,15, tem-se: S3Є Valor (US$) =141.253,75 S3Є Valor (US$) =112.201,85 S3Є Valor (US$) =89.125,09 S3Є Valor (US$) =70.794,58 S3Є Valor (US$) =56.234,13 A série é representada pelo gráfico 10. Toxidade Aguda (%FAS) Gráfico 10 – Comportamento da função de Valoração de dano ambiental, variando parâmetro S3- Toxidade Aguda. Fonte: Autor (2013) Efeito deletério, Mortalidade e Persistência. Nesta etapa, concatenam-se os resultados devido a invariância da soma dos parâmetros de persistência – S5, efeito deletério - S4 e mortalidade de organismos – S6, estes elementos estão sujeitos a resposta a dicotômica de afirmação “sim” e outro de negação “não”, conforme exibição da tabela 04, os pesos atribuídos a estas respostas são 0,5 e 0 respectivamente. Contando que S1+S2+S3+S5+S6, S1+S2+S3+S4+S6 e S1+S2+S3+S4+S5 resultam em 0,25, para S1+ S2 +S3 fixos, o valor do dano será o mesmo se a análise de S4, S5 e S6 refletirem o desígnio de 0,5 ou 0. O quadro 01 apresenta as possibilidades de estudo. Nos casos práticos, a resposta do efeito deletério se dá pela inadequação do meio aquático para abrigar espécies marinhas. Para persistência, produtos com o Grau API > 35 serão considerados não persistentes e API ≤ 35 persistentes, o Grau API mede em escala arbitrária a densidade dos hidrocarbonetos em relação à densidade da água pura. A mortandade é caracterizada pela presença de organismos sem vida, principalmente nos levantamentos faunísticos, que demonstrem morticínio de peixes, aves e mamíferos (Marcelino et al 1992). Quadro 1 - Valoração de dano para a variação dos critérios de persistência – S5, efeito deletério - S4 e mortalidade de organismos – S6. Deletério –S4 Persistente – S5 Mortalidade – S6 Sim Valor (US$) =177.827,94 Não Valor (US$) =56.234,13 As três séries são representadas pelo gráfico 11. Gráfico 11 – Comportamento da função de Valoração de dano ambiental, variando parâmetros persistência – S5, efeito deletério - S4 e mortalidade de organismos – S6..Fonte: Autor (2013) Reincidência Por fim, tem-se a avaliação da reincidência de casos de derramamento, que incidem em progressão geométrica de razão 2, multiplicador cresce nesta razão, quantas vezes forem necessárias para o transgressor que causar um novo acidente. Para K = [1, 2, 4, 8, 16, 32], manifesta-se respectivamente, as ocorrências como: “Sem reincidência”, “Primeira ocorrência”, “Segunda ocorrência”, “Terceira Ocorrência”, “Quarta Ocorrência” e “Quinta Ocorrência”, com S1+S2+S3+S4+S5+S6=0,25 procede-se: Para não ocorrência de reincidência K=1,00→ Valor (US$) =56.234,13 Para a 1ª reincidência K=2,00→ Valor (US$) =112.468,27 Para a 2ª reincidência K=4,00→ Valor (US$) =224.936,53 Para a 3ª reincidência K=8,00→ Valor (US$) =449.873,06 Para a 4ª reincidência K=16,00→ Valor (US$) =899.746,12 Para a 5ª reincidência K=32,00→ Valor (US$) =1.799.492,24 A série é representada pelo gráfico 12. Reincidência Gráfico 12 – Comportamento da função de Valoração de dano ambiental, variando parâmetro K - Reincidência. Fonte: Autor (2013) DISCUSSÕES As séries apresentam as taxas de crescimento muito semelhantes, com exceção da análise de reincidência, o expoente (4,5 + X), leva a equação (1) a pontos comuns com a atribuição de valores mínimos para X na equação (2), seja alternância dada por S1, S2, S3, S4, S5 ou S6. A análise deixa clara a percepção isolada dos parâmetros, atingem médias de R$160.000,00, para os valores de partida. Fica evidente que a soma X é 0,25, chegando a valoração de R$56.234,13. Como intervalos atribuem pesos iguais de 0 a 0,5, verificou-se que comumente as cifras incidem em um mesmo ponto. A avaliação da proposta de Marcelino et al (1992), através da análise de sensibilidade, demonstra à que cifras pecuniárias são atingidas pela parametrização de variáveis vistas isoladamente. Seja assim, aumento atribuído a: (i) quantia de despejo do poluente no meio aquático; (ii) a mudanças hipotéticas de cenários mais sensíveis; (iii) níveis de toxidade aguda e (iv) enquadramento afirmativo “sim”, de dicotomia estabelecida para efeitos deletérios, persistência e morticínio de organismos. Custos indiretos com materiais, pesca, turismo, medidas de remediação, parâmetros de controle e embarcações não são aderidas ao valor final. A técnica de Valoração é responsável pela obtenção da pecúnia paga pelo poluidor, não há contabilidade do dano causado sobre o patrimônio ambiental. Percebe-se que a adoção de parâmetros S e a análise de sensibilidade, abrangem intervalos abertos e fechados, demonstrando a configuração de “degrau” ou “escada”. Isto é, qualquer valor no intervalo, seja entre o limite inferior e superior, atribui um único valor de resposta. Nota-se que este contexto está consolidado na análise dada pelo volume derramado e aos níveis de toxidade. O uso da proposta de Marcelino et al (1992), deu-se pela anuência do Ministério Público como instrumento de valoração de dano no final da década de noventa e início do século 2000; cuja eficácia de cálculo, poderia ser garantida através da constante aplicação nas Ações Civis Públicas para as demandas de interesse coletivo e individuais homogêneas, fatos ocorreram pela escassez de propostas que valorassem o dano. Contanto, em revisão bibliográfica não foi possível constatar quantos processos de origem indenizatória e reparatória, utilizaram-se da proposta, levantando dúvidas quanto aa suas chances de acertos. CONCLUSÕES Através desta pesquisa, conclui-se que os pesos das características mais importantes em desastres envolvendo derramamento de petróleo possuem uma ordem de grandeza bem distribuída. Com o consentimento de aplicação de padrões mínimos fixos, torna-se visual a disposição das principais partes e principalmente a sua tendência. Todavia, tal parametrização não é decorrente de situações reais, em que a soma de mais de dois ou mais parâmetros nas suas maiores grandezas, podem gerar cifras superiores do que os resultados expostos. De modo geral a formulação é representativa, não possui alta complexidade tanto que objeto deste trabalho pode ser muito bem detalhado em planilhas do Microsoft Excel. Os fatores que compõem a formulação enfocam aspectos visíveis, passíveis de danos e facilmente identificados e obtidos. Os estudos de formulação não explanam em nenhum momento que base foi adotada para a sua proposição, trazendo desta forma a perspectiva de aceitabilidade da técnica apenas com o uso frequente e adequação a grande diversidade a que se submetem os casos reais de derrame. A fórmula (1) demonstra ter caráter empírico, com caráter efetivo, comprovada por maiores incidências em casos de derramamentos de petróleo e derivados. Contanto, após levantamento bibliográfico, observou-se uma quantia de processos que levantam dúvidas quanto à eficiência da técnica de valoração de dano. A utilização da fórmula possui objeções, a valoração de dano não aumenta para Volumes maiores que 150 m3. Julga-se necessário adotar maiores contribuições aos limites superiores dos parâmetros S’s, o maior peso de S1 é 0,5 para volumes de derramamento superiores a 150 m3. Incidentes de proporções maiores do que a referida, continuarão somando 0,5 no expoente X. Semelhanças podem ser observadas para as zonas de transição entre água do mar e água doce, no que se desenvolve a estagnação e a grandes tempos de retenção pertencentes aos dois ambientes. Adaptações para fora dos cenários litorâneos e marinhos devem incorporar a parametrização S, pesos que se adequem a esta realidade, seja como exibido em revisão bibliográfica, as mais importantes represas de abastecimento da Região Metropolitana de São Paulo. Aplicabilidade da proposta definida por Marcelino et al (1992) através de fundamentação legal A essência da fundamentação legal para justapor o estudo de Marcelino et al (1992), concerne ao inciso VII do artigo 4º lei 6.938, de 31 de agosto de 1981, quanto a exigências a obliterações sobre o agente poluidor, obrigando-o a arcar com o dano, seja por recuperação ou indenização. O Fator de reincidência – K é um parâmetro de veemente influência, a sua aplicação tenta impedir ingerências de poluentes que exprimem possibilidades de repetir dano ambiental causado por derramamentos. Tal fator é respaldado em base legal declarada no artigo 14 da 6.938, de 31 de agosto de 1981 em agrave causado por reincidência de dano. O poder de regular e condecorar a legitimação de responsabilidades segundo o parágrafo 1ºdo artigo 14 lei 6.9831, de 31 de agosto de 1981, intitula para aquele que causar danos ao meio ambiente ou a terceiros, independente de sua parcela de culpa, a obrigatoriedade de assumir os danos. Cabe ao MPF a imposição de Ação Civil Pública como instrumento de litígio. Conforme lei 7.347, de 24 de julho de 1985, entende-se que a Ação Civil Pública age como instrumento para defesa de interesses coletivos e individuais homogêneos sobre danos ao patrimônio ambiental. Corroborando a aplicação de estudo, nota-se que a pesquisa do histórico de derramamentos traz ementas de Ações Ambientais para condenação de responsáveis por derramamento de petróleo e seus derivados com a aplicação do critério proposto por Marcelino et al (1992) para valoração monetária aos danos causados pelos vazamentos. Para disposição de infrações e sanções administrativas ao meio ambiente tem-se o artigo 61 do Decreto 6.514, de 22 de julho de 2008, estabelece-se multa de cifras que variam de cinco mil reais até cinquenta milhões de reais para o transgressor que provocar deteriorações similares à justificativa impostas a sanções apresentadas na Política Nacional do Meio Ambiente, citada nos parágrafos anteriores, destarte, nota-se que valores possuem intervalo demasiadamente amplo. Definição de pecúnia fica a cargo de órgão ambiental competente, conforme a gradação de impacto. Destaca-se assim, a importância da escolha de um método, que traga cifras mais precisas. Lopes (2014), do Setor de Atendimento de Emergências da CETESB – CEEQ afirma que proposta de valoração de dano foi abandonada por corpo pericial e assistência técnica que acercam os casos de derramamento de petróleo, por apresentarem inconsistências. Aspectos da falta de solidez estão aqui citadas. Assim, não há continuidade para os usos para o Ministério Público Federal – MPF. Decerto, confirma-se que mecanismos de imposição de infrações administrativas, sancionam intervalos de multa muito amplos. Responsabilidade inerente à escolha de técnica, que traga valores mais adequados, incumbe-se a órgão ambiental competente. Contanto, verifica-se a carência de propostas disponíveis, que contemplem a facilidade de se trabalhar com variáveis obtidas pela simples observação do acidente e das características do poluente, que o estudo de Marcelino et al (1992) dispõem, e ter boa representatividade monetária. Leis com atributos associados a acidentes ambientais são demonstradas pelo Anexo C. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT. NBR 14653-6 Avaliação de Bens. Parte 6. Recursos Naturais e Ambientais. (2008) Andrade, D. C. Valoração Econômico Ecológica. Bases Conceituais Metodológicas (2013). Editora Annablume. Bezerra, B. L. B. Avaliação da Resolução CONAMA 398/08 quanto ao dimensionamento da estrutura de combate a derramamentos de petróleo e derivados (2012). Espírito Santo. Vitória. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Departamento de Engenharia Ambiental da Universidade Federal do Espírito Santocomo requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Engenharia Ambiental. Brasil. Decreto 6.514 de 22 de julho de 2008. Dispõe sobre as infrações e sanções administrativas ao meio ambiente, estabelece o processo administrativo federal para apuração destas infrações, e dá outras providências. (2008). Brasil. Lei 6.938 de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências. (1981). Brasil. Lei 7.347 de 24 de julho de 1985. 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Disponível em: http://www.cetesb.sp.gov.br/userfiles/file/agua/aguas-superficiais/variaveis.pdf. Acesso em 30de Janeiro de 2014. Costa, D. M. B A valoração econômica como ferramenta para compensação de derramamentos de petróleo. (2012). Rio de Janeiro, RJ. Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-graduação em Planejamento Energético, COPPE, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Mestre em Planejamento Energético. Garcia, K. C; La Rovere, E. L. Petróleo. Acidentes Ambientais e riscos à Biodiversidade. (2011). Editora Interciência. Rio de Janeiro – RJ. Garcia, K. C; La Rovere, E. L. Avaliação estratégica do risco à biodiversidade (AERB) nos planos e programas da E&Poffshore de petróleo e gás natural no Brasil. Tese submetida ao corpo docente da coordenação dos programas de pós-graduação de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro como parte dos requisitos necessários para a obtenção do grau de doutor em ciências em planejamento energético. (2007). Rio de Janeiro – RJ. The International Tanker Owners Pollution Federation Limited - ITOPF. Oil Tanker Spill Statistics 2013. Disponível em: http://www.itopf.com/information-services/data-and-statistics/statistics/documents/OilSpillstats_2013.pdf.Acesso em 06 de Fevereiro de 2014. Lampareli, M. C. et al. Avaliação do Complexo Billings: comunidades aquáticas, água e sedimento (Out/92 a Out Out/93). Relatório Técnico da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental – CETESB. (1996) Lopes, C. F. Re: MAB001 [mensagem pessoal]. Mensagem recebida por cflopes@sp.gov.br em 13 de maio de 2014. Marcelino, A.; Haddad, E.;Aventurato, H.; Campos, M. V.; Serpa, R. 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Publicação conjunta da Coordenação de Estudos do Meio Ambiente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (CEMA/IPEA) e da Coordenação Geral de Diversidade Biológica do Ministério do Meio Ambiente, dos Recursos Hídricos e da Amazônia Legal (COBIO/MMA) com co-financiamento dos projetos. NOAA, 2002a.Oil spills in mangroves: planning & response considerations. National Oceanic and Atmospheric Administration, NOAA Ocean Service, Office of Response and Restoration. Seattle, Washington. Noro, E. F. Notas de Aula da Disciplina de Valoração Econômica Ambiental. (2014). Curso de MBA de Gestão e Tecnologias Ambientais do Programa de Educação Continuada da Escola Politécnica da USP – PECE/POLI. Pacheco C. O. Critério de Analise de consequências de derramamento do óleo para análise de riscos em atividades marítimas. (2007) Salvador. Bahia. Trabalho de conclusão de curso submetido ao corpo docente do CEEST/UFBA como parte dos requisitos necessários para a obtenção do diploma de Engenharia de Segurança do Trabalho. São Paulo. Decreto nº 13.542, de 08 de maio de 2009. Altera a denominação da CETESB – Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental e dá novas providências. (2009) São Paulo. Decreto nº 50.079, de 24 de julho de 1968. Dispõe sobre a constituição do Centro Tecnológico de Saneamento Básico, prevista na Lei estadual n. 10.107, de 8 de maio de 1968, e da outras providências. (1968) Souza Nogueira, R. X. SIGMAR: Aplicação e análise da vulnerabilidade das marismas da Lagoa dos Patos a derrames de óleo. (2003). Trabalho de graduação apresentado como parte dos requisitos para a conclusão do curso de Oceanografia da Universidade do Rio Grande. Rio Grande do Sul. Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro – UNF. Derivados do petróleo. (2014) Disponível em: <http://www.uenf.br/uenf/centros/cct/qambiental/pe_derivados.html> Acesso em 15 de junho de 2014. Whately, M; Hercowitz, M. Serviços Ambientais: conhecer, valorizar e cuidar: subsídios para proteção de mananciais de São Paulo. (2008). Instituto Sócio Ambiental. São Paulo, SP. Anexo A Tabela 5 - Classificação dos tipos de costa em ordem crescente de vulnerabilidade a danos causados por derrames de óleo no mar Gundlach & Hayesapud Nogueira (2003) Índice de sensibilidade Tipos de costa Comentários 1 Costão rochoso exposto A reflexão das ondas mantém a maior parte do óleo afastada. Não é necessário limpar 2 Plataformas erodidas pelas ondas As ondas lavam. A maior parte do óleo é removida por processos naturais em semanas 3 Praia de areia fina O óleo não penetra no sedimento, facilitando a remoção mecânica, se necessário. No entanto, o óleo pode persistir por vários meses. 4 Praia de areia grossa O óleo pode penetrar e/ou se enterrar rapidamente, dificultando a limpeza. Sob condições de ondas moderadas a fortes, o óleo pode ser removido naturalmente, dentro de meses. 5 Planície de maré exposta Em terrenos compactados como estes, a maior parte do óleo não vai aderir ou penetrar. 6 Praia de cascalho e areia grossa O óleo pode penetrar e se enterrar rapidamente. Sob condições de moderada a baixa energia o óleo pode persistir por anos 7 Praia de cascalho Idem anterior. A limpeza deve-se concentrar ao nível da maré alta. Um pavimento sólido asfáltico pode se formar em áreas com grandes concentrações de óleo 8 Costão rochoso abrigado Áreas de reduzida ação de ondas. O óleo pode persistir por muitos anos. A limpeza não é recomendada a menos que o acúmulo de óleo seja muito grande 9 Planície de maré abrigada Área de grande atividade biológica e baixa energia de ondas. O óleo pode persistir pôr anos. A limpeza não é recomendada, a menos que o acúmulo de óleo seja muito grande. Devem receber prioridade de proteção através de barreiras de contenção ou material absorvente 10 Manguezal e marisma São os ecossistemas marinhos mais produtivos. O óleo pode persistir por anos. Limpeza de marismas
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