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19/09/2019 1 Professora: Dra. Cibele dos Santos Borges Cibele.borges@ufersa.edu.br Mossoró, 2019 1 MÉTODOS DE ESTUDO DE BIOLOGIA CELULAR Os microscópios são equipamentos que têm como objetivo produzir imagens aumentadas de objetos tão pequenos que são indistintos à vista desarmada, ou que, se vistos, não revelariam aspectos texturais mais detalhados. Formação da imagem: necessidade da interação da luz com o objeto gerando absorção ou refração. Componentes ópticos: MICROSCOPIA DE LUZ Fonte de luz -> lente condensadora -> lentes objetivas -> lente ocular 2 Aumento de 1.000x MICROSCOPIA DE LUZ 3 19/09/2019 2 Similar a um microscópio óptico comum, com a exceção de que a luz que ilumina é passada através de dois conjuntos de filtros. MICROSCOPIA DE FLUORESCÊNCIA 1- filtra a luz antes que ela alcance o espécime, passando apenas aqueles comprimentos de onda que excitam o agente fluorescente em particular. 2- repreende essa luz, e passam apenas aqueles comprimentos de onda emitidos quando o agente fluorescente emite fluorescência. 4 Um microscópio confocal é um tipo especializado de microscópio de fluorescência que monta uma imagem por meio da varredura do espécime com um feixe de laser. A varredura do feixe através do espécime gera uma imagem bem- definida do plano de foco – uma secção óptica. Uma série de secções ópticas a diferentes profundidades permite que uma imagem tridimensional seja construída. MICROSCOPIA CONFOCAL 5 Utiliza um feixe de elétrons, em vez de um feixe de luz, e bobinas magnéticas para focar o feixe, em vez das lentes de vidro. MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE TRANSMISSÃO 6 19/09/2019 3 No microscópio eletrônico de varredura o espécime, que foi coberto com um filme muito fino de um metal pesado, é varrido por um feixe de elétrons focalizados no espécime pelas bobinas eletromagnéticas que, nos microscópios eletrônicos, agem como lentes. MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA 7 Coleta do material biológico montagem total, esfregaço, espalhamento, esmagamento, decalque (carimbo), corte histológico. Fixação biológica PREPARAÇÕES CITOLÓGICAS 8 A citoquímica dedica-se aos estudos dos métodos de coloração dos tecidos e constituintes celulares ou subcelulares, preocupando-se não somente com os princípios químicos das reações de coloração, mas também com os procedimentos para obtenção de preparados a serem avaliados aos microscópios. CITOQUÍMICA Tricrômico de Masson Tricrômico de Gomori 9 19/09/2019 4 Reações citoquímicas mediadas por ligações eletrostáticas corantes aniônicos – sirius red, fast green e a eosina (acidofilia) corantes catiônicos – azul de toluidina, azul de metileno e hematoxilina (basofilia) Reações citoquímicas mediadas por ligações covalentes colorações seletivas para tecido conjuntivo – tricrômicas reação de Feulgen (DNA) e teste do ácido periódico-Schiff (PAS) - polissacarídeos CITOQUÍMICA Azul de toluidina 10 Reações citoquímicas mediadas por interações hidrofóbicas corantes hidrofóbicos – Sudan Black, Sudan III e azul de Nilo Citoquímica enzimática CITOQUÍMICA Ação da enzima fosfatase ácida (ação lisossomal) Ação da enzima fosfatase alcalina (ação membrana plasmática) 11 A imunocitoquímica utiliza a especificidade dos anticorpos na localização de moléculas ou de regiões de moléculas nas células ou tecidos. IMUNOCITOQUÍMICA Imunocitoquímica direta Imunocitoquímica indireta 12 19/09/2019 5 IMUNOCITOQUÍMICA Imunofluorescência Imunoperoxidase Identificação imunocitoquímica da proteína S100, presente nas células de Schwann (verde), e de macrófagos (vermelho). Identificação imunocitoquímica da proteína PCNA, presente nas espermatogônias. 13 Fracionamento celular Cromatografia líquida e eletroforese Técnica de DNA recombinante Cultura celular OUTRAS TÉCNICAS 14 Professora: Dra. Cibele dos Santos Borges Cibele.borges@ufersa.edu.br Mossoró, 2019 BIOMEMBRANAS: ESTRUTURA E FUNÇÕES 15 19/09/2019 6 BIOMEMBRANAS 16 Sec XIX Kölliker – soluções iônicas: passagem de água, mas não de solutos pela célula Overton – transporte de membrana relacionado com solubilidade dos lipídios Barreira semipermeável? Composição? HISTÓRICO 17 Sec XX Gorter e Grendel (1925) “Bicamada lipídica” Danielli e Davson (1935) “Proteínas globulares na periferia das bicamadas” HISTÓRICO 18 19/09/2019 7 Sec XX Robertson (1961) “Unidade de membrana” Singer e Nicolson (1972) “Mosaico fluído” Região eletrolúcida x eletrodensa HISTÓRICO 19 MODELO MOLECULAR DAS MEMBRANAS 20 proteínas embebidas na bicamada lipídica mosaico proteínas e lipídeos apresentam movimentos nas membranas fluído bicamada lipídica; Singer e Nicolson (1972) Modelo do Mosaico Fluido Lipídios Proteínas MODELO MOLECULAR DAS MEMBRANAS 21 19/09/2019 8 Bicamada lipídica 6 a 10nm de espessura Composição: lipídios e proteínas, ambos ligados a carboidratos ESTRUTURA BÁSICA DAS BIOMEMBRANAS 22 Membrana Plasmática Retículo Endoplasmático, Complexo de Golgi, Lisossomo, Peroxissomo, Mitocôndria, Cloroplasto, Envoltório Nuclear, Vacúolos e Vesículas Funções Separar Integrar MEMBRANAS BIOLÓGICAS 23 Células X Meio Organelas X Citosol Célula X Meio Organelas X Citosol Manutenção equilíbrio iônico com o meio intracelular Reconhecimento celular e molecular Receptores Adesão: célulacélula e célulamatriz Comunicação celular Execução de funções especializadas eficiência Organização de sistemas enzimáticos Controle das atividades celulares Proteção da célula produtos potencialmente lesivos Separar Integrar MEMBRANAS BIOLÓGICAS 24 19/09/2019 9 COMPOSIÇÃO QUÍMICA Lipídios Proteínas Carboidratos MEMBRANAS BIOLÓGICAS 25 Lipídios (Fosfolipídios, esfingolipídios e colesterol) • Fosfolipídios -Moléculas anfifílicas - Principal tipo: Fosfoglicerídios 50% massa 26 • Fosfolipídios - Ácidos graxos saturados ou insaturados - Influência na fluidez - Influência na espessura da bicamada (Carvalho e Recco-Pimentel, 2013) Lipídios (Fosfolipídios, esfingolipídios e colesterol) 27 19/09/2019 10 + viscosa/- fluida Saturados Insaturados - viscosa/+ fluida Saturação Ácidos Graxos Fluidez das Membranas FOSFOLIPÍDEOS Lipídeo fundamental nas membranas biológicas Lipídios (Fosfolipídios, esfingolipídios e colesterol) 28 • Esfingolipídios Lipídios (Fosfolipídios, esfingolipídios e colesterol) 29 • Colesterol - Esteroide composto por quatro anéis fundidos derivado do ciclo pentanoperidrofenantreno Influência na fluidez / permeabilidade Lipídios (Fosfolipídios, esfingolipídios e colesterol) 30 19/09/2019 11 Lipídios (Fosfolipídios, esfingolipídios e colesterol) Colesterol Interação colesterol + fosfolipídeos Torna a membrana mais rígida 31 (Alberts et al., 2015) Lipídeos distribuídos assimetricamente nas monocamadas da membrana! Composição lipídica de diferentes biomembranas 32 • Faces das membranas biológicas são diferenciadas • Assimetria importante na conversão de sinais (Carvalho e Recco-Pimentel, 2013) Distribuição assimétrica dos lipídios 3319/09/2019 12 Flip Flop Rotação Difusão Lateral depende da temperatura Movimentação dos lipídeos 34 35 Movimentação dos lipídeos Scramblase – RER – assimetria desordenada Flipase – complexo de golgi- assimetria ordenada FLIP-FLOP Permeabilidade da Bicamada Lipídica Barreira hidrofóbica impermeável tamanho da molécula; solubilidade da molécula (em óleo) 36 19/09/2019 13 • Relacionadas com a maioria das funções da membrana Transporte de moléculas, interação com hormônios, transdução de sinais, estabilização estrutural PROTEÍNAS 37 38 FUNÇÕES PROTEÍNAS ESTRUTURAL RECONHECIMIENTO RECEPTOR TRANSPORTE ENZIMÁTICA COMUNICAÇÃO FUNÇÕES PROTEÍNAS 39 19/09/2019 14 Diferentes formas de associação INTEGRAIS Transmembrana PERIFÉRICAS Semi-inseridas Ancoradas a GPI Ancoradas a lipídio de membrana PROTEÍNAS 40 • Integrais – transmembrana • Anfifílicas: interação com lipídios Passagem única Múltipla passagem Múltipla passagem Barril β Pontes de hidrogênio na cadeia principal - maximizadas pela conformação α hélice – cadeia lateral faz interação com lipídeos (apolar) e parte polar voltada para o centro – cadeia principal rolled-up β sheet PROTEÍNAS 41 • Periféricas Hélice α anfifílica Ligações covalentes à cadeia lipídicas Ligação covalente à oligossacarídeo (GPI) Ancoradas Semi-inseridas PROTEÍNAS 42 19/09/2019 15 • Periféricas • Face citosólica ou externa Interações não- covalentes com outras proteínas de membrana PROTEÍNAS 43 Flip Flop Limitado Rotação Difusão Lateral Difusão Vertical MOVIMENTAÇÃO DAS PROTEÍNAS 44 • Cadeias de oligossacarídeos associados: glicoproteínas e/ou glicolipídios • Face não citoplasmática da bicamada Glicose Galactose Manose Fucose N-acetilgalactosamina Acido siálico Todo glicolipídio é um esfingolipídio! CARBOIDRATOS 45 19/09/2019 16 • Reconhecimento molecular • Identificação e interação de diferentes tipos celulares • Adesão celular • Proteção Proteoglicano (Longas cadeias polissacarídicas ligadas covalentemente ao centro da proteína) CARBOIDRATOS 46 Funções do Glicocálice Tipo de carboidratos da membrana Proteção da superfície celular Reconhecimento e adesão celular CARBOIDRATOS - GLICOCÁLICE 47 Ex. especificidade do sistema sanguíneo ABO; determinação antigênica Impressão digital da célula CARBOIDRATOS - GLICOCÁLICE 48 19/09/2019 17 microvilosidades glicocálice propriedades enzimáticas (peptidase/glicosidase) CARBOIDRATOS - GLICOCÁLICE 49 receptor de macromoléculas (hormônios, neurotransmissores, toxinas, etc) Porção Receptora Porção Efetora CARBOIDRATOS - GLICOCÁLICE 50 ligação de toxinas, vírus e bactérias Reconhecimento molecular CARBOIDRATOS - GLICOCÁLICE 51 19/09/2019 18 • Lectinas – cadeias de açucares ligadas que participam de diferentes processos fisiológicos. • Selectinas – reconhecem as lectinas ↑ variabilidade • Sistema ABO Aglutininas N acetil galactosamina Galactose CARBOIDRATOS 52 OBRIGADA! 53
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