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TCC Serviço Social: ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL NO ENFRENTAMENTO A EVASÃO ESCOLAR NO BRASIL PDF

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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM SERVIÇO SOCIAL 
 
 MARIA EDINALVA LISBOA DE AVIZ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL NO ENFRENTAMENTO 
A EVASÃO ESCOLAR NO BRASIL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Paragominas 
2019 
 
 
 
 
 
 
MARIA EDINALVA LISBOA DE AVIZ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL NO ENFRENTAMENTO 
A EVASÃO ESCOLAR NO BRASIL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado à Universidade Norte do Paraná - 
UNOPAR, como requisito obrigatório para 
obtenção do título de Bacharel em Serviço Social. 
 
 
 
 
 
 
 
Orientador: Prof.ª Milene Alves Secon 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este trabalho primeiramente a Deus 
que me deu forças e sabedoria para vencer 
mais uma etapa de minha vida. Dedico ainda 
a todos que contribuíram para mais essa 
realização e, principalmente, aqueles que 
acreditaram numa educação de qualidade 
fundamentada no compromisso, na ética 
profissional e na dedicação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Após tantos obstáculos enfrentados ao longo desta caminhada, com 
força de vontade, perseverança e acima de tudo comprometimento finalmente 
consegui realizar este trabalho, no entanto nada teria conquistado se não fosse à 
presença daqueles que me ajudaram durante esta minha trajetória. Assim deixo meus 
agradecimentos: 
Primeiramente a Deus que me deu forças, clareza, nitidez para 
alcançar e ultrapassar a cada obstáculo me tornando mais fortes a cada um deles, pois 
sem Ele nada disso seria possível. 
A família e principalmente ao meu companheiro de vida Paulo Sérgio 
Miranda da Silva por sua paciência, compreensão e companheirismo em todos as 
vezes que teve que me trazer e me esperar até o termino das aulas e por trabalhar 
incansável para não deixar que faltasse o recurso para as mensalidades. 
A esta instituição, direção e administração que oportunizaram a janela 
que hoje vislumbro. 
Aos professores que fizeram parte de toda minha trajetória 
educacional, assim como suas respectivas instituições, por me proporcionar o 
conhecimento, não apenas racional, mas de crítica perante a sociedade e a 
manifestação do caráter e afetividade da educação no processo de formação 
profissional. 
As minhas Tutoras de sala Roseane e Poliara por ter feito parte da 
minha formação transmitindo seus conhecimentos com paciência e dedicação. 
A minha orientadora: Prof.ª Valquiria Dias Caprioli por sua amizade, 
dedicação, paciência, compreensão e acreditar em mim, na formação e 
desenvolvimento deste estudo. 
A todas as colegas de graduação que dividiram comigo o mesmo 
espaço, as mesmas dificuldades e principalmente ao meu grupo de Portfólio que 
muitas das vezes foi difícil compreende-las, mas que juntas encontramos forças para 
prosseguir na caminhada, isso porque tínhamos um foco que era chegar até aqui. 
 Meu muito obrigada! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“O papel do trabalhador social 
que optou pela mudança não pode ser outro senão 
o de atuar e refletir com os indivíduos com quem 
trabalha para conscientizar-se junto com eles, isto 
implica a necessidade constante do trabalhador 
social de ampliar cada vez mais seus 
conhecimentos, não só do ponto de vista de seus 
métodos e técnicas de ação, mas também dos 
limites objetivos com os quais se enfrenta no seu 
quefazer”. 
 
 
(Paulo Freire) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Maria Edinalva Lisboa de Aviz. ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL NO 
ENFRENTAMENTO A EVASÃO ESCOLAR NO BRASIL. Paragominas/PA 2019, 
título (Bacharel em Serviço Social), faculdade de Serviço Social - Universidade Norte 
do Paraná – UNOPAR, Polo de Paragominas/PA 2019. 
 
 
RESUMO 
 
Este Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) tem por objetivo, problematizar a partir 
das revisões de literaturas, A Atuação do Assistente Social no Enfrentamento a Evasão 
Escolar no Brasil. O tipo de pesquisa utilizada para o estudo foi à pesquisa bibliográfica, 
de abordagem qualitativa, com caráter descritivo. Tendo em vista os objetivos foi 
realizado o levantamento das fontes bibliográficas pertinentes ao tema que se 
constituiu de livros de leitura corrente, teses, dissertações, monografias, livros de 
referência e periódicos científicos. A coleta de dados foi realizada através da leitura 
sistematizada das obras selecionadas, que organizados e feito o registro dos dados 
coletados. Para análise dos resultados foi utilizado o método de análise de conteúdo, 
que foram divididos em categorias teóricas. Evidenciando as principais atribuições e 
competências que o (a) Assistente Social possui e contribuirão ao enfretamento das 
expressões da questão social, expressa por este campo de atuação. Contudo nota-se 
que a temática constitui um desafio para o Serviço Social, o que demanda discussão 
e produção teórica sobre o tema, com o objetivo de contribuir com novos projetos 
sociais na política de educação, por entender que o assistente social está na qualidade 
de mediador social no campo de atuação, na desenvoltura de ações estratégicas e 
preventivas, visando o bem-estar social, no acesso e conquista dos direitos 
constitucionais garantidos da permanência e da acolhida na referida política de 
educação dentro de seu código de ética, coerente com o projeto ético-político 
profissional, que, por sua vez reconhece as particularidades da atuação do/a 
Assistente Social no âmbito educacional. 
 
 
Palavras-Chave: Educação; Evasão Escolar; Assistente Social. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMARIO 
 
 
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 08 
CAPITULO I: A EDUCAÇÃO ESCOLAR NO BRASIL ANTES E PÓS CONSTITUIÇÃO 
FEDERAL DE 1988......................................................................................................11 
CAPITULO II: UMA ANALISE SOBRE A EVASÃO ESCOLA NO BRASIL..................16 
2.1 Fatores que impulsionam crianças e adolescentes a prática da evasão 
escolar ..................................................................................................................... 18 
2.1.2 O Trabalho..........................................................................................................19 
2.1.2 A Família.............................................................................................................20 
2.1.3 O Professor.........................................................................................................21 
2.1.4 A Escola…..........................................................................................................22 
2.1.5 A falta de Interesse..............................................................................................24 
2.1.6 O Bullyng............................................................................................................24 
2.1.7 Gravidez na adolescência...................................................................................25 
2.1.8 Atividades Ilegais................................................................................................25 
CAPITULO III: O (A) ASSISTENTE SOCIAL NO ENFRENTAMENTO A EVASÃO 
ESCOLAR...................................................................................................................28 
3.1 Articulação teoria e prática do (a) Assistente Social.........................................32 
3.2 A importância da formação continuada para o (a) Assistente Social..............34 
3.3 As Legislações e documentos que norteiam a Política de Educação..............36 
3.4 As Legislações que norteiam o trabalho do (a) Assistente Social na Política 
Nacional de Educação...............................................................................................37
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS.....................................................................................48 
4 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS........................................................................44 
 
 
 
 
8 
 
 
 
1 INTRODUÇAO 
 
O presente Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) tem como tema: 
Atuação do Assistente Social no Enfrentamento a Evasão Escolar no Brasil. 
A escolha desse tema tem o objetivo de conhecer o campo de atuação 
do profissional de serviço social, como este desenvolve suas instrumentalidades 
adquirida através do acumulo teórico obtido em sua formação acadêmica. Foram 
surgindo questionamentos sobre a eficácia da educação escolar no país, no sentido 
de garantias de direitos, diante das novas complexidades que este campo de atuação 
expressa e que de forma direta ou indiretamente interfere na vida dos sujeitos 
presentes neste campo. Sob este aspecto, surgiu o desafio de problematizar o porquê 
de uma parcela de crianças, adolescentes e jovens estão afastados dos âmbitos 
escolares e a cada dia apesar da educação escolar estar sempre se atualizando, a 
evasão é constante tanto na esfera privada quanto na pública. 
Dessa forma o mesmo contextualiza a educação no Brasil, fazendo um 
breve passeio na história da educação, trazendo referencial teóricos de autores que 
dão margens a uma educação de qualidade assim como também as legislações que 
fazem com que a educação como direito instituído através da Constituição Federal de 
1988, em determinados momentos de seu processo de desenvolvimento como Política 
Pública, seja executada com eficiência e toda eficácia com ensino de qualidade e 
gratuidade para seus usuários. 
Para isso, o (a) próprio Assistente Social, ciente de sua formação, deve 
perceber o espaço escolar, como um campo de intervenção para além da Política de 
Educação, um espaço amplo de dinâmica e complexidades da vida social, passível de 
articulação entre uma prática pedagógica e social, diante do contexto das diversidades 
que perpassam nesses âmbitos, que o presente trabalho tem como objetivo geral 
analisar a relação teoria e prática na atuação profissional, no enfrentamento as 
questões sociais no sentido de conhecer como se dá esse processo para que crianças 
ou adolescente não evadam e busquem firmar seus laços socioinstitucionais como 
direito ao acesso a política. 
Tendo por objetivos específicos discorrer no processo histórico da 
Política Nacional de Educação (PNE), antes e pós Constituição Federal (CF) de 1988; 
proporcionar uma visualização em diferentes contextos, seja ele histórico por fazer 
9 
 
 
 
uma breve viagem na análise dos fatores inerentes entre escolas e o processo que 
leva criança, adolescentes e jovens a não permanência no ambiente escolar; 
identificar quais são as atribuições e competências do assistente social na educação 
escolar, na desenvoltura dos instrumentais da profissão. Bem como conhecer as 
demandas que este campo apresenta, que são passiveis de intervenção para este 
profissional e discorrer nas legislações e documentos que dão norte tanto para a 
Política Nacional de Educação como para o profissional de Serviço Social tramitar nos 
espaços institucionais. 
Nestes contextos da realidade de vulneráveis, a presença do 
Assistente Social na escola pode representar a existência de mais um profissional a 
contribuir na efetivação dos direitos de crianças e adolescentes. Fatos que este vai 
discorrer, começando pela gênese do intelecto humano, considerando como ponto 
que até não pode ser o mais importante para muitos especialistas do assunto, mais 
que sem este caminho não chegaremos aos objetivos que almejamos. 
Assim, a partir da revisão de literatura do tema, foi iniciado a busca em 
torno das categorias teóricas que perpassam toda a temática desta pesquisa, o que 
subsidiou a apreensão da análise dos resultados da pesquisa. Deste modo, o presente 
Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), no que diz respeito ao seu referencial teórico 
está dividido em três capítulos. 
O primeiro descoremos sobre a Política de Educação no Brasil antes 
e pós constituição federal de 1988, o segundo discorre sobre a Evasão Escolar, que 
traz um sub tópico; Fatores que impulsionam os alunos a Evasão Escolar, no mesmo 
vem acompanhado de oito fatores referentes a pratica da Evasão Escolar, que formam 
pequenos sub tópicos e o terceiro sinalizando as ações, atribuições e competências 
que o (a) Assistente Social desempenha na educação escolar e que contribuirá ao 
enfrentamento das expressões da questão social presentes neste contexto, dentro do 
assunto que estão separados em quatro sub tópico, vem discorrendo sobre as 
articulações teórica e pratica do profissional e a importância da formação continuada 
dos (a) mesmo, as legislações que norteiam tanto a Política de Educação quanto o 
profissional Assistente Social nesta política. 
Portanto, a relevância da pesquisa se destaca no trabalho do 
assistente social inserido na educação escolar, sinalizando as principais discussões 
10 
 
 
 
teóricas sobre o tema, além da sua relevância no processo de transformação da 
educação brasileira, no sentido do alcance de um ensino público de qualidade, 
democrático, laico e universalizado. Deixando claro que para isso, devem ser 
entendidos e superados desafios e contradições que perpassam este espaço. Assim 
como também na carência de elaborar estudos, através da pesquisa científica, que 
possibilite formas de enfretamento, respostas e argumentos, capazes de contribuir 
com as ações a serem executadas neste campo de atuação, no sentindo das garantias 
de direitos e de formação para cidadania. 
 Portanto na construção deste trabalho cientifico foram utilizados 
diversos autores conceituados como Carlos da Fonseca Brandão, Elaine Rossetti 
Behring, Ivanete Boschetti, Paulo Freire, Revista Almeida, Maria Piana, entre outros e 
como também as principais Leis e Documentos que norteiam tanto a referente política, 
quanto também os referenciais teóricos e metodológico do (a) profissional assistente 
social. 
 Diante de todo contexto da vida em sociedade, entendemos que o 
tema é muito pertinente se levarmos em consideração a educação não apenas como 
um processo de ensino e aprendizagem, mas sim como uma necessidade para 
qualquer ser humano, e mais do que tudo como um direito social e universal. É nessa 
concepção que adentramos neste assunto na busca por conhecimento dos princípios 
que norteiam a profissão do assistente social instituída no código de ética profissional 
como a defesa intransigente dos direitos humanos como este profissional articula não 
só na teoria mais na pratica do dia-a-dia das escolas de nosso País na conquista dos 
direitos cidadãos para o exercício da cidadania. Então discorreremos a seguir, que está 
leitura seja prazerosa e proveitosa, tanto para os profissionais quanto para estudantes 
e estagiários. 
 
 
 
 
 
 
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I CAPITULO: A EDUCAÇÃO ESCOLAR NO BRASIL ANTES E PÓS 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 
 
Neste capitulo I, destacaremos a educação formal na gênese de seu 
desenvolvimento em processo de construção como política em diversas fases da 
história do Brasil e como um direito social garantido a partir da Constituição Federal 
de 1988, sendo descrito em seu artigo 205 como um “direito de todos e dever do 
Estado e da família” (BRASIL, 2010, p. 136). 
Por todo o país, as escolas públicas vivem momentos de 
ressignificação de suas funções socioculturais, políticas e pedagógicas. É cada vez 
maior a responsabilidade das escolas públicas com a formação integral dos estudantes 
de todas as classes sociais, para que eles conheçam seus direitos e deveres e saibam 
participar com autonomia nas decisões da comunidade como cidadãos. 
Dessa forma, com o passar dos séculos, as escolas foram se 
modificando e se direcionando para outro modelo de educação. O cenário escolar,
com 
a estrutura que vemos atualmente (século XXI), veio surgir por influência da Europa 
que no século XII voltaram as instituições para os interesses intelectuais e estruturais 
da sociedade, além de continuar com um viés católico e filantrópico. 
No Brasil a educação foi implantada com a chegada dos portugueses, 
por volta de 1549 através dos padres jesuítas que acompanhavam a coroa portuguesa, 
como único ensino formal existente no Brasil, sobretudo no nível secundário e com o 
intuito de formação sacerdotal. O ensino da Campainha de Jesus perdurou por um 
período de 2010 anos, após esses longos anos os padres foram expulsos pelo 
Marques de Pombal, que já visionava um novo modelo pedagógico importado da 
Europa. O mesmo decreto que retirou os padres do território brasileiro, introduziu o 
ensino público como: a academia de militares, o curso superior de direito e medicina, 
biblioteca real e o jardim botânico. 
Apenas na Era Vargas (1930 e 1945), quando Getúlio Vargas assume 
o poder em um governo provisório, um período bastante conturbado por um momento 
de desenvolvimento industrial, dando um novo rumo para educação, na qual deixou de 
exercer o modelo clássico, no mesmo ano foi criado educação e saúde pública, com 
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apenas um ano de mandato cria um decreto sancionando o ensino público nas 
universidades brasileiras, após passar o governo provisório, Getúlio é eleito e 
promulga uma nova CF, que dá direito a educação a todos cidadãos. 
Porem em 1937, surge uma nova forma de governo o chamado Estado 
Novo que sanciona a lei retirando o direito a educação, nesse período nasce a UNE e 
novamente a educação sofre mudanças, mas não como deveria, só após 1945, com o 
retorno de Getúlio ao poder, uma nova lei entra em vigor a educação passa a ser 
redemocratizada, finaliza o Estado Novo. Foram muitas reformas ao longo desses 
períodos de governos, pois a cada mudança, uma nova Carta Magna era elaborada, 
um momento de muito avanço para educação, onde ela passa a ser considerada um 
direito de todos, com a nova LDB surgiu inúmeras discussões e movimentos sociais 
em torno da nova lei. Novamente Getúlio chega ao poder agora por votos populares, 
levanta uma nova temática pela mudança de educação, a chamada escola-classe e a 
escola-parque, assim em seu governo a educação passa a ser ministrada por um 
ministério próprio. 
Em 1956 após o suicídio de Getúlio o país passa a ser governado por 
JK, que priorizou a indústria, o desenvolvimento econômico, deixando de lado a 
educação, causando um grande descontentamento nos profissionais da educação, 
momento de grande tenção para a rede pública e privada do país, uma discussão que 
perdurou até a aprovação da nova lei 4.024-LDB em 1961, tendo em base condições 
não favoráveis, por dá suporte financeiros as escolas particulares e pouca atenção as 
públicas, levando os profissionais de Pernambuco, desenvolver uma nova forma de 
ensino para jovens e adultos, tendo como mentor dessa nova pedagogia Paulo Freire, 
repercutindo por tudo país e formando cidadãos de Brasil a fora. Um método de ensino 
que trouxe muito avanço para educação, foi baseado nesse método que foi elaborado 
o Plano Nacional de Educação (PNE) e o Programa Nacional de Alfabetização. Porém 
não se estabilizou, os opositores censuraram, onde questionavam o novo método 
pedagógico não ser compatível, com que eles acreditavam, apenas estratégias 
políticas porque a pedagogia de Paulo Freire, formava e fazia os cidadãos para 
sociedade. 
Chegando a Constituição de 1967 a educação passa a ser um direito 
universal, gratuita e compulsória dos sete aos quatorze anos para o ensino primário, 
13 
 
 
 
estendendo a gratuidade do ensino público secundário àqueles que demonstrassem 
insuficiência de recursos; para tanto, ampliou o percentual de impostos destinados ao 
financiamento e manutenção da educação (art. 176, § 4º), nesse momento a ensino 
passa a fazer parte de um sistema de financiamento, ofertado por empresas privadas 
aos filhos dos empregados que trabalhavam nas ditas empresas. 
No decorrer da história em pleno processo de desenvolvimento 
econômico, cultural e político a educação brasileira enfrentou grandes problemas em 
várias etapas de sua conquista, à cada fase uma nova emenda constitucional. Em 
1969, praticamente o modelo de ensino continua o mesmo com relação aos recursos 
e financiamento da educação, contendo várias restrições. Vejamos o Art. 7 da 
constituição de 1966 a seguir: 
7. “Art. 176. A educação, inspirada no princípio 
da unidade nacional e nos ideais de liberdade e 
solidariedade humana, é direito de todos e dever do 
Estado, e será dada no lar e na escola. § 1º O ensino 
será ministrado nos diferentes graus pelos Poderes 
Públicos. § 2º Respeitadas as disposições legais, o 
ensino é livre à iniciativa particular, a qual merecerá o 
amparo técnico e financeiro dos Poderes Públicos, 
inclusive mediante bolsas de estudos. § 3º A legislação 
do ensino adotará os seguintes princípios e normas: I - 
o ensino primário somente será ministrado na língua 
nacional; II - o ensino primário é obrigatório para todos, 
dos sete aos quatorze anos, e gratuito nos 
estabelecimentos oficiais; III - o ensino público será 
igualmente gratuito para quantos, no nível médio e no 
superior, demonstrarem efetivo aproveitamento e 
provarem falta ou insuficiência de recursos; IV - o Poder 
Público substituirá, gradativamente, o regime de 
gratuidade no ensino médio e no superior pelo sistema 
de concessão de bolsas de estudos, mediante 
restituição, que a lei regulará” . Disponível em: 
<<www.planalto.gov.br>>. Acesso em 27/08/2019. 
 
Mesmo diante de diversas constituições, só a partir de 1985 a política 
educacional obteve melhorias por efetivadas lutas, com vista na conquista lenta e 
histórica construída por meio da luta de classes de trabalhadores e dos movimentos 
sociais refletindo sentimento e o desejo de vivenciar a cidadania. Dessa forma os 
movimentos populares conseguiram para nossa sociedade redigido e outorgado no 
Art. 1º da LDBE-Lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996 (CF), tendo como obrigação 
do Estado e da família manter as crianças na escola desde o maternal ao ensino 
médio, um ensino gratuito de qualidade. 
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A educação como direito de todos só veio assumir seu posicionamento 
de fato após a constituição Federal de 1988, a única lei até o momento que traz todo 
um aparato legal. A Constituição Federal de 1988 proclama que a educação pública 
brasileira tem como missão não só proporcionar ao educando seu pleno 
desenvolvimento, mas também a função social de formar cidadãos. Por conseguinte, 
seu Artigo 205° específica como dever da família, do Estado e da sociedade civil, 
garantir ao educando seu integral desenvolvimento bem como seu preparo para o 
exercício da cidadania (BRASIL, 2012). 
Segundo Almeida (2000), a Política de Educação no Brasil vem 
sofrendo mudanças significativas nos últimos anos. Atualmente, sua função 
estratégica, caracteriza-se pelo destaque na esfera econômica e cultural, em 
decorrência de alguns fatores como a política neoliberal, a incorporação da ciência 
como força produtiva e a crise de superacumulação, que, juntos, vêm acarretando 
profundas transformações nas relações de trabalho. 
Fazendo referencias as palavras de Almeida (2000), ao constatar as 
mudanças com relação a uma educação de qualidade de ensino em nosso país, 
quanto a sua universalização e promoção, recai sobre a sociedade o paradigma que 
acompanha todas as políticas sociais públicas na execução dos serviços à população 
a não abrangências das demandas, levando ao fracassão desses serviços. Pois a 
conjuntura que envolvem e contribuem para o crescimento e fortalecimento da política, 
principalmente a de educação que é a questão em foco aqui, ainda é bastante carente, 
longe da eficiência e eficácia. 
Portanto, segundo Brandão (2004), esse princípio
teria uma relevância 
maior se fosse especificada na Constituição claramente como competência de o 
Estado promover que crianças e adolescentes em idade escolar tenham acesso 
garantido a este direito, bem como sua permanência na escola. Sob a perspectiva de 
competência, todas as vezes que o Estado não oferecesse vagas a todos ou não 
conseguisse manter o educando na escola poderia ser responsabilizado. 
Porem ao constatar a veracidade da responsabilidade que a política 
educacional tem com os cidadãos e seus filhos em garantir sua plenitude, concretude, 
eficiência e eficácia, não depende só de a gestão escolar fazer com que dê certo, 
15 
 
 
 
sabemos que há uma má distribuição de renda, executar um serviço de qualidade 
depende de uma rede de apoio em torno dessa política, são inúmeras as barreiras que 
a gestão de escolas públicas precisa ultrapassar. Encontrar um culpado quando os 
serviços prestados não estão ofertados com exatidão não trará melhorias aos serviços 
na execução da política, pois o necessário é encontrar solução para resolução da 
problemática. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Assim diante de inúmeras questões em torno da Política Nacional de 
Educação (PNE) adentramos no II capítulo que discorre sobre uma realidade social 
historicamente difícil de ser entendida, porém um assunto bastante debatido no 
decorrer de várias décadas que é a evasão escolar e em contrapartida uma imensa 
complexidade que caminha na bagagem contribuindo para as desistências de alunos 
em suas fases de desenvolvimento como cidadãos e de seus intelectos. Vejamos a 
seguir. 
 
II CAPITULO: EVASÃO ESCOLA NO BRASIL 
A evasão escolar é algo notório nos cenários das escolas públicas, 
principalmente nas partes mais carentes da população, segundo estudos, essa pratica 
começa ainda no ensino fundamental e se intensifica no ensino médio levando uma 
grande parte da sociedade a não concluir seus estudos, trazendo grandes 
consequências e desajustes na sociedade. 
Segundo Fávero (2006) compreende como evasão escolar, o 
abandono do aluno em determinado curso, incluindo aqueles que se matriculam e não 
iniciam as aulas. Indo além, Machado (2009) evidencia que a temática evasão escolar 
é amplamente discutida, mas ainda persiste e está presente em todas as esferas da 
educação, mostrando-se um fenômeno de características genéricas e não pontuais. 
A educação em um modo geral é um grande desafio para nosso País, 
ao longo da história muitos problemas educacionais já foram superados, como por 
exemplo as ofertas de vagas que nas últimas décadas aumentaram, temos também os 
investimentos, que por mais que ainda não são os almejados já aumentaram bastante. 
Apesar da evolução da Educação, a Evasão Escolar é uma anomalia preocupante, 
tanto para a Gestão de escolas Pública como a da Privada. O fracasso escolar vem se 
tornando um quadro alarmante por estar evidenciando e acarretando muitos problemas 
sociais na sociedade. Infelizmente é uma preocupação com fundamentos históricos, 
pois uma criança/adolescente ou jovem deixar de frequentar a instituição de ensino é 
renunciar o direito ao acesso à educação, é uma decisão inconsequente que atrai 
graves consequências futuras como por exemplo, o número de analfabetismo 
17 
 
 
 
funcional, salários baixos ou até mesmo não ter um salário mínimo o que leva a maior 
dependência de programas oferecido pelo Governo Federal e mais, sofre frustação ao 
nível de desenvolvimento pessoal do indivíduo. 
A redução da evasão e da retenção escolar compõe o rol de objetivos 
do PNAES, juntamente com a democratização das condições de permanência dos 
estudantes, a minimização dos efeitos das desigualdades sociais na permanência dos 
jovens na Educação federal superior e a contribuição para a promoção da inclusão 
social pela Educação. Todos os objetivos estão conectados e têm valor grandioso no 
que se propõe e tem a Educação a sua via de realização. Porém, a não realização de 
um deles impede que todos os outros se realizem. 
A vinculação da contenção da evasão escolar aos objetivos do PNAES 
ressalta a finalidade do programa: a permanência dos estudantes nas instituições de 
ensino. Todos os objetivos do PNAES se entrelaçam na medida em que constroem 
possibilidades concretas de permanência e conclusão dos cursos pelos estudantes. A 
evasão escolar é o abandono seguido da não conclusão de um curso. Para Baggi e 
Lopes (2011), a evasão é compreendida como um fenômeno social complexo, definido 
como a interrupção no ciclo de estudos. Em pesquisa bibliográfica realizada pelas 
autoras: 
A evasão em sentido amplo é 
tratada pelos autores como a saída do aluno da 
instituição antes da conclusão do seu curso. As 
distinções entre os estudos de casos encontrados 
ocorrem em relação ao objeto de estudo, à teoria, ao 
método para identificação da evasão e aos resultados 
das pesquisas realizadas. (BAGGI: LOPES, 2011, 
p.370) 
O não frequentar a escola é uma questão social que englobam os 
cenários educacionais públicas e particulares em nosso País, referente as causas das 
desistências e evasão, são em uma diversidade e, porém, muito complexas. Assim ao 
questionar sua complexidade chegamos a alguns fatores que por sua vez nem sempre 
são determinantes para justificar as causas e consequências, apenas dão uma 
margem para que alunos na fase estudantil abandonem as cadeiras das instituições e 
cometam a evasão escolar. Descoremos nestes fatores a seguir. 
 
18 
 
 
 
2.1 Fatores que impulsionam crianças e adolescentes a prática da evasão 
escolar 
Para o Ministério da Educação aponta como principais causas da 
evasão escolar o desinteresse da família, a falta de incentivos, a necessidade de 
trabalhar juntamente com a oferta de trabalho, a dificuldade de absorção do conteúdo 
passado em sala de aula, conflitos com colegas e desentendimento com professores, 
além da reprovação. 
Para que fique bem claro vale ressaltar que a evasão escolar não é 
um caso restrito brasileiro e nem uma questão nova, apenas ainda não foram 
desenvolvidas medidas estratégicas que de fato venha contribuir, para que o problema 
venha ser estagnado e assim com intrepidez, desenvolver projetos sociais que dão 
apoio, só então será seguro apontar políticas públicas para diminuir a evasão e o 
abandono de jovens nas escolas. 
Não existe de fato uma relação exata para a motivação de crianças ou 
adolescente por considerar que o aluno invasor pode ser reflexo de uma complexidade 
de fatores que ocasionam as condições para não permanência nas instituições, são 
questões que ultrapassam os seus âmbitos, por estar interligada diretamente ao 
contexto social, cultural, econômico e político deste educando. 
Portanto, para entender, a evasão escolar, são necessários 
discernimento pois estamos diante de diversas e múltiplas as situações e obstáculos 
que envolve a questão social. Podemos destacar alguns motivos que vareiam de 
acordo com as fases escolares que a crianças ou adolescente se encontra, como por 
exemplo: 
No Fundamental I que vai do 1º ao 5º ano, os motivos muitas das vezes 
estão relacionados a questão do transporte, de como esse aluno vai fazer o trajeto de 
sua residência até a escola. Para que fique bem claro, vale ressaltar que, estamos 
falando de alunos que variam de seis (6) anos a dez (10), são alunos que dependem 
da compreensão dos pais, por ser crianças totalmente dependentes e vulneráveis. 
Além disso esse motivo é um dos que estão relacionados mais nas áreas rurais, pôr 
as escolas estarem situadas muito longe das residências. 
19 
 
 
 
Já no ensino fundamental II do 6º ao 9º ano e no médio, os fatores são 
completamente diferentes, vejamos os mais comuns nos dias atuais. 
 
2.1.1 O trabalho 
Segundo estudos, o trabalho está em primeiro lugar nos gráficos do 
IBGE como causador de evasão escolar, isso porque há
uma imensurável dificuldade 
de o jovem conciliar os estudos com o emprego. A precária situação sócia- econômica 
de muitas famílias conduzem muitos dos jovens a procurar um emprego, existe mesmo 
que velada, uma pressão familiar diante das dificuldades financeiras e de uma 
sociedade consumista, o que impulsiona muitos jovens a se lançarem no mercado de 
trabalho por se sentirem compelidos a ajudar financeiramente a contribuir nas 
despesas domesticas. 
 
Segundo (PIANA; CANÔAS, 2007, p. 215): 
[...] Muitas vezes por terem que trabalhar 
para ajudar no orçamento do lar, a incompatibilidade no horário 
para o estudo, o desgaste prematuro no trabalho, não sobrando 
tempo e ânimo para estudar, a distância da escola de suas 
casas, ou mesmo a falta de moradia fixa, com constantes 
mudanças de endereços, uma escola não atrativa, autoritária, 
professores despreparados, ausência de motivação, sem 
propostas pedagógicas, aluno indisciplinado, com problema de 
saúde, gravidez precoce, uso de violência doméstica, 
negligência dos pais ou responsáveis, uso indevido de drogas, 
desestrutura familiar, baixo poder aquisitivo para aquisição de 
materiais escolares, exigidos pelas escolas, violência e outras 
causas oriundas do sistema capitalista e educacional do país 
(PIANA; CANÔAS, 2007, p. 215). 
O aluno precisa ajudar em casa, tanto com apoio familiar quanto com 
o apoio financeiro, neste momento o aluno (a) precisa escolher entre o apoio familiar, 
financeiro ou optar pelos estudos, o que acaba por escolher dar suporte financeiro a 
família, contribuindo com a renda familiar. É muito importante que a sociedade entenda 
quais são as realidades dessas crianças ou adolescentes que evadem as escolas. 
20 
 
 
 
Temos também a questão de o aluno cometer a evasão e por 
detrimento de estar ocioso, entrar no mundo do trabalho para ocupar seu tempo, porém 
sendo assim neste caso o aluno está trabalhando porque saiu do ambiente escolar, 
são casos que não definimos como problema a renda como contribuição para evasão 
e sim um meio de justificativa para a causa. 
Segundo estudiosos a questão de a evasão escolar estar interligada a 
questão de diversos ângulo, como por exemplo o consumismo, pode ser que apenas 
uma pequena parcela dos estudantes deixem de estudar por não acompanha o ritmo, 
a forma com que este tece suas teias e faz com que as maiorias fiquem frustrados, 
levando a pratica da anomalia que em vez de solucionar o problema leva a quadros 
bem piores para o educando como também para a sociedade como um todo. 
 
2.1.2 Família 
Segundo CARVALHO (2006), a família não é o único canal pelo qual 
se pode tratar a questão da socialização, mas é, sem dúvida, um âmbito privilegiado, 
uma vez que este tende a ser o primeiro grupo responsável pela tarefa socializadora. 
A família constitui uma das mediações entre o homem e a sociedade. Sob este prisma, 
a família não só interioriza aspectos ideológicos dominantes na sociedade, como 
projeta, ainda, em outros grupos os modelos de relação criados e recriados dentro do 
próprio grupo. (CARVALHO, 2006). 
Fazendo referência as palavras do autor, a família é a primeira 
instituição formadora de caráter, é o porto seguro da criança, adolescente e jovem, se 
a família é bem estruturada, logo reflete na vida do aluno. Assim a família é o ponto de 
partida para a permanência ou não dessa criança ou adolescente nos âmbitos 
escolares. 
De um modo em geral vivemos eu mundo capitalista, onde a busca 
incessante por bens materiais faz com que a maioria das famílias deixem de fazer o 
seu papel de educar, passando valores, disciplinando, dando amor e principalmente 
participando da vida escolar do menor, essas atitudes atrai, acarreta muitos problemas. 
21 
 
 
 
Por essa razão que a família como primeira instituição estabelece o papel principal 
responsável pelo desenvolvimento saldável dos filhos constitucionalmente amparados, 
embora hoje não seja priorizado como deveria, não quer dizer que a lei não tenha essa 
preocupação. Vejamos o que fala a Lei nº 9.394 da LDB, (Lei de Diretrizes e Bases da 
Educação Nacional), de 20 de dezembro de 1996, determina que a educação escolar 
deve ser oferecida, predominantemente, por meio do ensino em instituições próprias. 
O art. 2º da mencionada Lei dispõe o seguinte: 
 A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos 
princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por 
finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o 
exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. (CF/88). 
Logo entendemos que a família é a primeira instituição responsável 
pela formação e zeladora do bem-estar dos seus vulneráveis, sua atribuição está 
acima de todos as outras formas de construções do cidadão, por estar vinte horas a 
mais com a criança ou adolescente em seu seio familiar. Não vamos considerar 
universal a falta de compromisso dos pais com seus filhos, mas dão uma grande 
contribuição para evasão escolar na sociedade contemporânea, mesmo diante de 
meios mais acessível a política ainda há quem desconhece as formas de acesso aos 
direitos. 
Segundo ABDALLA (2004), em contrapartida existe uma satisfação 
muito grande de muitos pais de família quando os filhos frequentam a escola. Isso leva-
nos a pensar que (...) embora as famílias de nossos alunos sejam formadas por pais 
trabalhadores, pobres e pouco escolarizados, a frequência de seus filhos à escola 
parece fazer parte do projeto familiar de todos aqueles que sonham para seus filhos 
um futuro melhor do que eles próprios tiveram. Esforçam-se para que seus filhos 
permaneçam na escola o maior tempo possível, inclusive fazendo em casa um trabalho 
de cobrança sobre o desempenho e os resultados obtidos (ABDALLA, 2004 p.35). 
 
2.1.3 O Professor 
Diante dessa realidade, está sendo exigido dos professores mais 
qualificações, mas não somente técnicas específicas da área de atuação, mas 
22 
 
 
 
preparados para as novas relações pedagógicas, as relações humanas no processo 
de ensino e aprendizagem. 
Na primeira metade do século XX, alguns estudos revelam, (FURLANI, 
1995; ESTEVE, 1999), que a relação entre professor e aluno era baseada na hierarquia 
social, na disciplina, na obediência, no respeito, na importância que a sociedade dava 
aos conteúdos ministrados pela escola e a atividade docente, pois a família e escola 
desempenhavam papéis bem definidos. A família se ocupava com os ensinamentos e 
a educação primária com vistas à transmissão de valores. A escola, por sua vez, era 
responsável pelos estudos secundários, caracterizada pela formalidade e 
racionalidade. 
Nas décadas posteriores, segundo, Tedesco (2002, p.38), produziu-se 
uns processos de desaparecimento das distinções entre professor e aluno. Desse 
ponto de vista, a massificação da escola foi acompanhada por um processo de perda 
de significação social das experiências de aprendizagem que nela se realizam. 
Quando fazemos um retrocesso no mundo da pedagogia, da forma 
como ela era repassada pelos profissionais da educação, um passado não muito 
distante e no que vemos hoje, podemos sentir o impacto, principalmente quando a 
questão é a disciplina em sala, a forma de como as coisas são conduzidas entre as 
duas partes, alunos e professor, no qual o professor por ser o condutor dentro de sala 
não tem autonomia. Assim com escola não recebem apoio dos responsáveis, em 
muitos casos são obrigados a trabalhar sobre pressão em salas superlotadas sem 
instrutoras, sem ventiladores, sem materiais pedagógicos o suficiente dependendo do 
Estado ou Munícipio, são um amontoado de coisas que querendo ou não traz 
desanimo na vida escolar dos educandos. 
 
2.1.4 A Escola 
A obrigação da escola é garantir a aprendizagem de conhecimentos, 
habilidades, conteúdos culturais, da leitura e da escrita, das ciências, da matemática, 
23 
 
 
 
etc. preparando
o aluno para a inserção no mundo do trabalho, são propostas 
pedagógicas que estão no Projeto Político Pedagógico (PPP). 
Neste caso da escola, temos as questões da qualidade de ensino, os 
serviços ofertados pela instituição não despertam o interesse, do aluno, outra é a 
defasagem, questão que muitas das vezes o educando não consegue acompanhar os 
métodos de ensino da escola que acaba por cometer o afastamento, temos também a 
forma de comportamento do aluno na instituição que foge do pragmatismo que a 
sociedade está acostumada, são questões relacionadas a forma de comportamento 
do educando que faz com que muitas escolas perca o foco, acabando por não optar 
pela permanência do aluno naquele ambiente de ensino, por entender que se trata de 
um caso sem solução, a convivência fica impossível, e o aluno passa a aparecer 
menos no âmbito escolar, com inúmeras faltas acaba cometendo a evasão. 
De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB9394/96) 
e Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) um número expressivo de faltas sem 
justificativa ou mesmo a evasão escolar trazem prejuízos aos adolescentes e crianças. 
Por este motivo a direção da escola e o poder público devem se valer de todas as 
ações e recursos afim de garantir que a criança permaneça frequentando a escola. O 
mesmo ECA determina que a escola faça uma queixa ao Conselho Tutelar dos 
Municípios a respeito das faltas em excesso e casos de evasão conhecidos, afim de 
que o mesmo tome as ações previstas cabíveis para minimizar ou mesmo sanar o 
problema. 
Segundo Althusser, por vários motivos. Primeiro porque os indivíduos 
passam boa parte de suas vidas na escola. Depois, porque é a escola que especializa 
as pessoas e as diferencia para as futuras atribuições no processo de produção, 
designando-as tanto para os papéis de exploradas como para os de agentes da 
exploração e profissionais da ideologia. 
Sendo ideologia ou não, a obrigação da escola é garantir que o 
indivíduo através de conhecimento adquiridos no ambiente institucional, esteja 
preparado para a inserção no mundo do trabalho, como único papel da escola, porem 
em muitos casos isso não é possível e a permanência fica restritamente afetada. 
24 
 
 
 
Nesse caso a escola precisa trabalhar com estimulo, com estratégias 
que venha desencadear o interesse da criança e ou adolescentes, sendo mais precisa 
do que qualquer outro meio que a sociedade esteja oferecendo nesse momento, algo 
que esteja voltado a permanência do aluno naquele ambiente, desconstruindo toda 
forma de pensamento que está envolvendo-o para estagnar a vida escolar desse 
indivíduo. 
 
2.1.5 Falta de interesse 
A falta de interesse é dos principais motivos, “uma pesquisa de 2009 
da Fundação Getúlio Vargas mostrou, com base nos dados da PNAD de 2006, que 
40,3% dos jovens de 15 a 17 anos tinham abandonado os estudos por falta de 
interesse (Geekie, 23/04/2015). 
Isso acontece porque nem sempre o aluno esta ao nível das aulas, 
muitas das vezes ele pode estar abaixo em outros casos pode estar acima do nível de 
ensino. Nesse caso a escola não supre as necessidades do aluno fornecendo 
materiais para que eles possam aprender, assim se sentem menos inteligentes ou ela 
dá muitos materiais difíceis desse aluno acompanhar a rotina pedagógica da instituição 
que passa a ser um problema. 
 
2.1.6 Bullying 
Uma forma de violência psicológica que acontecer em vários dos 
círculos sociais dos jovens que geralmente são desajustados, em casa pelos próprios 
familiares, na rua, no parque e finalmente na escola, nesse momento a criança ou 
adolescente não recebe apoio da escola, porém não consegue conviver com a 
situação, acaba por se afastar dos estudos. Entendendo que a direção, o professor e 
os demais funcionário não ofereceram o apoio necessário que esse aluno (a), então 
não conseguiu participar das aulas, muito menos dividir o mesmo espaço com os 
demais alunos, o que leva a um afastamento definitivo do ambiente escolar o bullying 
25 
 
 
 
acarreta muito problema graves, podendo causar vários traumas psicológicos trazendo 
consequências bem maior do que a evasão escolar na vida da criança ou adolescente. 
A violência psicológica também designada como tortura 
psicológica ocorre quando um adulto constantemente deprecia 
a criança, bloqueia seus esforços de auto aceitação, causando-
lhe grande sofrimento mental. Ameaças de abandono também 
podem tornar uma criança medrosa e ansiosa, representando 
formas de sofrimento psicológico. A negligência representa uma 
omissão em termos de prover as necessidades físicas e 
emocionais de uma criança ou adolescente. Configura-se 
quando os pais (ou responsáveis) falham em termos de 
alimentar, vestir adequadamente seus filhos, e quando tal falha 
não é resultado das condições de vida além do seu controle. 
(GUERRA, 2001, p. 33). 
A violência, querendo ou não é um grande fator prejudicial nas fases 
estudantis pois os reflexos evidenciam nos poucos momentos que este educando 
passa na instituição, não estamos isentos, no entanto são atitudes que necessitam 
serem reavaliados, por não haver outra maneira deste aluno expressar seus anseios. 
 
2.1.7 Gravidez e Maternidade 
 
Nestes casos, são dois fatores gravíssimos com relação a evasão 
escolar, porque a maternidade precoce faz com que a mãe adolescente pare de 
estudar para amamentar e não retoma mais aos estudos no ano seguinte, aumentando 
o índice de pessoas fora do ambiente institucional. 
Segundo uma pesquisa de 2016 feita pelo MEC, OEI e Flacso revelou 
que 18% das meninas que pararam de estudar teve a gravidez como principal motivo. 
Uma questão muito alarmante, porque são adolescentes tanto a 
menina que passa de estudante para mãe, como o garoto que se torna pai cedo, 
certamente quando acontece esse caso a evasão parte dos dois lados, tomando uma 
proporção bem mais agravante. 
 
2.1.8 Atividades Ilegais 
26 
 
 
 
O uso de drogas e atividades ilegais, no caso dos meninos são práticas 
que afetam diretamente as atividades escolares, retirando dos âmbitos institucionais 
causando um abismo de malefícios imensuráveis para a vida dos alunos que entram 
para esse mundo, em fim transitando por outro caminho causando evasão escolar. 
Segundo SCHARGEL e SMINK (2002), suas raízes são de ordem 
histórico-social e sendo assim, é fundamental, para seu combate, a definição e 
conhecimento do problema, o que envolve traçar um perfil e conhecer os fatores 
relacionados ao abandono da escola. Um processo que, mesmo complexo, é prioritário 
para a minimização do fenômeno (SCHARGEL e SMINK, 2002). 
Esta causa é tão importante quanto os cuidados com relação a 
proteção que temos quando nasce um filho, esse caminho é um caminho sem volta, 
mesmo considerada pelo autor enraizada não podemos pensar que estamos vencidos, 
temos que como sociedade buscar oferecer meios que façam com quer criança, 
adolescente e jovens não pendam para esse lado ou então vamos ter que conviver 
com o medo, subsultados dentro de uma bolha. 
Buscando associar a questão das drogas e a evasão, es o papel 
central da escola como formadora de indivíduos, fazendo minhas as palavras de 
Althusser, quando ele se refere a escola; não podemos naturalizar simplesmente a 
questão da violência e das drogas, pois como instituição que prepara o ser humano 
para a vida produtiva em sociedade, sua contribuição precisa alcançar a ideologia que 
ela prega, independentemente da situação. 
Assim diante deste contexto, temos as políticas de acolhimento as 
crianças e o adolescentes o Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA Lei Federal 
nº. 8069 de 13 de julho de 1990 que dispõe sobre a proteção integral à criança e ao 
adolescente (BRASIL, 1999). Reconhece a cidadania das crianças e adolescentes e 
define competências do poder público, da família e da comunidade na garantia dos 
direitos sociais deste público.
Como podemos perceber não existe um motivo principal, há uma 
diversidade de situações bastante complexas que as escolas não conseguem conter, 
as gestões escolares não estão preparadas nem tão pouco os professores. São 
27 
 
 
 
problemas sociais que as instituições precisam estar em parcerias com outros órgãos 
de apoio à criança e ao adolescente na busca por fortalecimento dos lações 
socioinstitucionais. Dessa forma discorremos a seguir no capitulo III que será o último 
e principal desta pesquisa, por estar focalizando a respeito do trabalho do (a) 
Assistente Social diante da causa da evasão escolar, na busca por estabilidade nos 
âmbitos das instituições de ensino tanto na publica como na privada, como este 
executa sua instrumentalidade técnico/operativa no enfrentamento das causas que 
levam crianças ou adolescentes a não usufruir de seus direitos sociais como cidadãos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
 
 
III CAPITULO: O ASSISTENTE SOCIAL NO ENFRENTAMENTO A EVASÃO 
ESCOLAR 
 
Durante longos anos no Brasil, a assistência ao mais pobres não foi 
merecedora de atenção pelo poder público, o estado era um mero distribuidor de 
inserções clientelista a grupos privados e religiosos e estes concentravam no 
atendimento à população vulnerável, a pobreza era tida como uma fatalidade e a 
assistência deixada a iniciativa da igreja e dos chamados “homens bons”, era a 
assistência esmolada, um conceito que se estendeu até meado do século XVIII, aos 
pouco foram substituídos pelo que alguns especialistas batizaram de assistência 
disciplinada, as ações continuaram filantrópicas e a cargos de particulares e religiosos 
e em instituições como hospitais e asilos. 
Segundo Almeida: 
As políticas públicas a partir das últimas duas 
décadas ganharam novos contornos em função da descentralização de 
suas ações, das novas feições da relação entre o Estado e a Sociedade 
Civil e, por conseguinte, da constituição de novas instâncias de controle 
social. O percurso dessa construção democrática esteve longe de ser 
linear e foi marcado por experiências políticas que imprimiram ao 
período uma dinâmica contraditória e bastante diversificada. A questão 
local passa a ter um significado político e teórico para se pensar a 
constituição dos novos enfrentamentos e arranjos entre as diferentes 
políticas públicas e ações no âmbito das esferas pública e privada nos 
diferentes territórios da cidade. A cidade passa a ter cada vez mais 
importância como palco privilegiado da materialização desta tendência 
seja em função dos processos de descentralização das políticas 
públicas, seja em razão da necessidade de se organizar estratégias que 
garantissem de fato a articulação de suas ações. (Almeida,2012, p.73.) 
A atuação dos assistentes sociais na educação, teve início de acordo 
com a gênese da profissão ainda no século XIX, aqui no Brasil, temos o primeiro 
documento, em 1946 – Pernambuco. Assim a inserção dos assistentes sociais na área 
de educação não se constitui em um fenômeno recente, sua origem remota aos anos 
iniciais da profissão em sua atuação marcadamente voltada para o exercício de um 
controle social sobre a família proletária e em relação aos processos de socialização 
e educação na classe trabalhadora durante o ciclo de expansão capitalista 
experimentado no período varguista (ALMEIDA, 2007, p. 18). 
Em diferentes contextos histórico, no crescimento político, econômico 
e cultural, a população principalmente as mais vulneráveis, vivenciou muitos 
29 
 
 
 
momentos de desajuste na sociedade e uma das maiores foi em volta da educação de 
nosso país, aqui entendemos que a educação escolar é um dos instrumentos, 
principais transformador do ser humano podendo mudar o rumo de um pais, fazendo 
com que a sociedade cresça economicamente e intelectualmente, aquele que opta por 
aprofunda-se nesse caminho, com certeza conseguirá obter espirito crítico e adquire 
autonomia para sua vida como cidadão. 
 Portanto, diante desse contexto de uma vida plena de saberes que 
mesmo das diversidades e complexidades que há a necessidade de inserção e 
atuação de novos profissionais especializados em diferentes saberes na Política de 
Educação. Dentre estes o assistente social, que através de sua formação diferenciada, 
embasada nos múltiplos saberes, poderá de forma efetiva contribuir com outros 
profissionais da área de educação pública e privada, ao enfretamento das múltiplas 
expressões da questão social presentes nestes âmbitos. 
Segundo a contribuição de Piana (2009), afirma que o trabalho do 
Serviço Social no campo da educação ainda é pouco reconhecido pelos profissionais 
que atuam em unidades de ensino. Afinal, usualmente há a percepção de que a escola 
é o espaço ocupado por profissionais diretamente envolvidos com o processo ensino-
aprendizagem. Portanto, de onde vem a demanda para ter um profissional da área do 
Serviço Social em unidades escolares? 
Mesmo que, diante de pouco reconhecimento por parte dos 
profissionais das escolas, o (a) Assistente Social atua com uma instrumentalidade 
mediante seu aprendizado e envolvimento com a vida social, por ser um mediador 
entre as mais diferenciadas expressões das questões sociais, fazendo com que alunos, 
professores, pais e comunidade consigam estabelecer e fortalecer vínculos entre as 
três instituições. Sua contribuição é de suma importância, por ser um profissional que 
tem um olhar diferenciado, com amplitude dos demais dentro do ambiente com relação 
ao aluno, e por ter esta visão, que este profissional consegue buscar alternativas para 
o enfrentamento das questões vivenciadas tanto dentro como fora dos âmbitos 
escolares. 
Assim Amaro (1997), traz uma reflexão o fazer profissional, tanto do 
Assistente Social como dos Educadores. 
30 
 
 
 
Ela reflete que Educadores e Assistentes Sociais compartilham 
desafios semelhantes, e tem na escola como ponto de encontro para enfrentá-los. 
Tem-se a necessidade de fazer algo em torno dos problemas sociais que repercutem 
e implicam de forma negativa no desempenho do aluno e leva o educador pedagógico 
a recorrer ao trabalhador do Serviço Social. Amaro (1997). 
De fato, fazendo minhas as palavras do autor; tanto Educadores 
quanto Assistentes Sociais, precisam ter a convicção, que quanto mais cedo 
descobrirem que a união dos profissionais traz bons resultados para que as metas 
anuais das escolas sejam alcançadas será melhor, visando o fortalecimento e o acesso 
da permanência, devem focar em garantir o melhor para a criança ou ao adolesceste, 
dentro das singularidades e especificidades, no exercício da cidadania, como 
prioridade em consonância com o Código de Ética da profissão e a lei que a 
regulamenta, na área da educação. Um dos desafios do profissional é atribuir 
visibilidade e transparência a esses sujeitos de direitos. 
É importante ressaltar que o profissional de Serviço Social, inserido na 
escola, não desenvolve ações que substituem aquelas desempenhadas por 
profissionais tradicionais da área da Educação, sua contribuição se concretiza no 
sentido de subsidiar, auxiliar a escola, e seus demais profissionais, no enfrentamento 
de questões que integram a pauta da formação e do fazer profissional do (a) Assistente 
Social, sobre as quais, muitas vezes a escola não sabe como intervir. 
Por tanto, o campo educacional torna-se para o assistente social hoje 
não apenas um futuro campo de trabalho, mas sim um componente concreto do seu 
trabalho em diferentes áreas de atuação que precisa ser desvelado, visto que encerra 
a possibilidade de uma ampliação teórica, política, instrumental da sua própria atuação 
profissional e de sua vinculação às lutas sociais que expressam na esfera da cultura e 
do trabalho, centrais nesta passagem de milênio (ALMEIDA, 2000, p.74). 
Nesse sentido, a contribuição que o Assistente Social tem a oferecer, 
dá-se também na atuação em equipes
interdisciplinares, no âmbito das quais, os 
distintos saberes, vinculados às distintas formações profissionais, possibilitam uma 
visão mais ampliada, e compreensões mais consistentes em torno dos mesmos 
processos sociais. Assim, o próprio Assistente Social pode articular propostas de 
31 
 
 
 
ações efetivas, a partir do resgate da visão de integralidade humana e do real 
significado histórico-social do conhecimento que lhe é atribuído, por sua 
instrumentalidade técnica operativa e investigativa de suas práxis, na Política de 
Educação. No qual está amparado pelo Código de Ética: CFESS, 2013. 
Sabemos que, é no interior da escola, no cotidiano dos alunos e de 
suas famílias, que se configuram as diferentes expressões da questão social, como 
desemprego, subemprego, trabalho infanto-juvenil, baixa renda, fome, desnutrição, 
problemas de saúde, habitações inadequadas, drogas, pais negligentes, famílias 
multiproblemáticas, violência doméstica, pobreza, desigualdade social, exclusão 
social, etc. 
Dessa forma a escola acaba materializando essas expressões da 
questões sociais como um todo, não é apenas a manifestação da precariedade da 
questão educacional que poderia ser manifestado no ambiente escolar, por ser um 
lugar de ensino e aprendizagem, mas sim todas as barbárie das relações social, estão 
manifestadas naquele ambiente, não tem como não ser expressado, seja na sala de 
aula, no pátio em meio ao intervalo, como também fora do âmbito escolar, de certa 
forma vai ser apresentada, ninguém fica imune aos acontecimentos. Essas 
manifestações críticas que dá ao Assistente Social a condição de ter competência de 
atuar, com estratégias de lidar, através de realizações de trabalhos em grupos, 
trazendo a realidade a esses fatores, para que assim faça-se uma análise de como 
lidada com as diversas expressões manifestas no dia a dia das escolas. 
 Temos uma grande diversidade de questões relacionadas aos alunos 
que a escola, enquanto equipamento social, precisa estar atenta para as mais 
diferentes formas de manifestação. E, é nesse contexto, que se apresenta o fracasso 
escolar, pois mais do que nunca a escola atual tem o dever de estar em alerta à 
realidade social do aluno. 
 
É neste sinal de aleta que se tem, necessidade do trabalho com 
crianças e adolescentes, através de projetos como o Apoio Socioeducativo em Meio 
Aberto (ASEMA), como prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA, 1990). 
32 
 
 
 
Inclui-se, também neste contexto a importância na participação das famílias, por meio 
do desenvolvimento de ações, como trabalho de grupo e, muitas vezes, com os 
próprios professores da Unidade de Ensino, podendo ainda promover reuniões 
interdisciplinares para decisões e conhecimento a respeito de determinadas 
problemáticas enfrentadas pela comunidade escolar. Isso tudo, sem deixar de lado a 
ação junto ao campo educacional, mediada pelos programas e ações assistenciais que 
tem marcado o trabalho dos profissionais do Serviço Social. 
São tantas as expressões das questões sociais que, conforme o 
CFESS (2001), os problemas sociais a serem combatidos pelo assistente social na 
área da educação são: 
 Baixo rendimento escolar; 
 Evasão escolar; 
 Desinteresse pelo aprendizado; 
 Problemas com disciplina; 
 Insubordinação a qualquer limite ou regra escolar; 
 Vulnerabilidade às drogas; 
 Atitudes e comportamentos agressivos e violentos (CFESS, 2001, p.23). 
A função do Assistente Social, é indiscutivelmente educativa-
organizativas sobre as classes trabalhadoras. E, na escola, seu papel não poderia ser 
diferente, pois seu trabalho incide sobre o modo de viver e de pensar da comunidade 
escolar, a partir das situações vivenciadas em seu cotidiano, justamente por seu 
caráter político-educativo, trabalhando diretamente com ideologia, e dialogando com a 
consciência dos seus usuários, nuca jamais ocupando o lugar do professor, pelo 
contrário sua participação está na qualidade de trazer a realidade dos educando para 
que juntos consigam alcançar o único objetivos, que é desenvolver intelectualmente 
este usuário para o exercício da cidadania, buscando não só inserir o usuário a política 
mais desenvolvendo projetos interventivos, com estratégias para a permanência da 
criança ou adolescente a esta política de direito. 
 
3.1 Articulação teoria e prática do (a) Assistente Social 
33 
 
 
 
No começo a pratica profissional era voltada para o assistencialismo, 
para a caridade aos necessitados, boa parte da história da construção da profissão 
podemos perceber que não foi fácil chegar a ser reconhecida, teve um longo caminho, 
até a década de 30 no Brasil não tinha reconhecimento, seus serviços eram em favor 
do homem carente, e seus objetivos estavam mais direcionados para o atendimento 
da pobreza, através da assistência, prestação de serviços e orientação individual, 
sendo seus conhecimentos baseados no neotomismo, expressos pelo ensino das 
encíclicas e pela moral, pela filosofia e pela religião. Sendo sua prática operada 
basicamente pelas técnicas da entrevista e da visita domiciliar, mais apresentava 
doutrina ao conservadorismo da ordem e da promoção da harmonia, da aceitação a 
toda forma de poder e de injustiça. 
A década de 1980 foi de extrema relevância para o serviço social, pois, foi 
nessa época que a profissão caminhou para uma tentativa de ruptura com seu 
conservadorismo, através do movimento de reconceituação, ganhando um enfoque 
mais crítico, baseado numa linha marxista, a qual é responsável pela contribuição 
decisiva no processo de ruptura teórica e prática tradicional. 
Hoje a pratica profissional não trabalha mais com a assistência aos pobres 
nem tão pouco com a culpabilidade de vulneráveis, sua prática está voltada para a 
abordagem da acolhida, do apoio e da inserção aos programas socioassistenciais das 
políticas de direito, na desconstrução do que antes era visto como “caso de polícia”, 
hoje caso de política de caráter atributivo, na elaboração, avaliação, coordenação e 
execução das políticas sociais, um viés científico das práxis da profissão, dentro do 
seu Projeto Ético Político da profissão que foi construído mediante lutas da categoria 
que visava defender uma prática profissional comprometida com as lutas das classes 
dominadas, bem como na luta pelo reconhecimento da cientificidade. Uma conquista 
categórica que tanto o Código de Ética Profissional e a Lei de Regulamentação da 
Profissão, foram conquistados no ano de 1993 
De acordo com o CFESS: 
Com o desenvolver do Projeto, a profissão ficou em 
evidência, pois se tornaram conhecidos seus objetivos e 
propósitos; sua prática estruturada num Projeto de Profissão, 
pois o Projeto ético-político da profissão, construído nos últimos 
anos, pauta-se na perspectiva da totalidade social e tem na 
34 
 
 
 
questão social a base de sua fundamentação. (CFESS/CRESS, 
2009, p. 22) 
 
Assim como CFESS e a Lei que regulamentam a profissão, temos 
também como base teórica e filosófica os pensamentos de Marx e Engels (1984), o 
trabalho é a atividade que diferencia o homem dos animais, é através do trabalho que 
o homem transforma a natureza e transforma a si mesmo: 
“Podemos distinguir os homens dos animais pela 
consciência, pela religião, por tudo o que quiser. Mas eles 
começam a distinguir-se dos animais assim que começam a 
produzir os seus meios de vida, passo este que é condicionado 
pela sua organização física. Ao produzirem os seus meios de 
vida, os homens produzem indiretamente a sua própria vida 
material. ” (MARX e ENGELS, 1984, p.15). 
 
 Entendemos que o profissional assistente social, vem da força que 
move a sociedade capitalista, o que reflete em sua proficionalidade, das condições 
que este trabalho se apresentam, seja pela transformação no mundo, seja pelas 
políticas em suas desenvolturas na sociedade, enfim, por um amontoado de condições 
que envolvem
a vida em sociedade. 
Vejamos logo mais qual a importância da formação continuada para o 
(a) Assistente Social, na manutenção de saberes e na permanência de sua 
credibilidade profissional. 
 
 
3.2 A importância da formação continuada para o (a) Assistente Social 
 
Quando nos deparamos com o mercado de trabalho nas últimas 
décadas, com o crescimento tecnológicos desacerbado, com o surgimento de 
inúmeras frentes de trabalhos, um mercado que exige de seus colaboradores mais 
qualificações, traz uma imensa satisfação por buscar conhecimento na área de 
atuação, para que não seja colocado de lado tudo que conquistamos ao longo dessas 
décadas, principalmente na área do Serviço Social. 
Dessa forma vejamos o que SOUSA (2008), fala sobre a questão da 
formação continuada: 
35 
 
 
 
 
Assim, o processo de qualificação continuada é 
fundamental para a sobrevivência no mercado de trabalho. 
Estudar, pesquisar, debater temas, reler livros e textos não 
podem ser atividades desenvolvidas apenas no período da 
graduação ou nos “muros” da universidade e suas salas de 
aula. Se no cotidiano da prática profissional o Assistente Social 
não se atualiza, não questiona as demandas institucionais, não 
acompanha o movimento e as mudanças da realidade social, 
estará certamente fadado ao fracasso e a uma reprodução 
mecânica de atividades, tornando-se um burocrata, e, sem 
dúvidas, não promovendo mudanças significativas seja no 
cotidiano da população usuária ou na própria inserção do 
Serviço Social no mercado de trabalho. (SOUSA, 2008, p. 122). 
 
Diante do exposto compreendemos que a produção contínua do 
conhecimento é a fase principal para uma intervenção de qualidade e para uma visão 
crítica da realidade, necessita de buscar por atualizações de acordo com as estações 
históricas, por se tratar de vidas, de construção em sociedade e por estar em constante 
transformações. 
Segundo Suguihiro, (2009) entre os (as) Assistentes Sociais é 
frequente o discurso da dicotomia entre a teoria e prática, o que revela resquícios de 
uma fragilidade de fundamentação teórico-metodológica para uma atuação 
competente. Os limites se desvelam pela falta de clareza dos fundamentos que 
orientam a prática profissional, prevalecendo posturas conservadoras, autoritárias, 
discriminatórias, tecnocratas e clientelistas, enfraquecendo o projeto ético-político cuja 
defesa de liberdade e da emancipação dos sujeitos sociais se fazem presentes. 
(Suguihiro, 2009) 
Deste modo, compete aos profissionais uma constante e permanente 
formação técnica capaz de garantir o aprimoramento de competência técnico-operativo 
e intelectual, consolidando o compromisso político com a classe trabalhadora, 
independentemente da política que este articula na prestação dos seus serviços. 
Dessa forma, este profissional inserido no mercado de trabalho deve 
ser constante e preciso, de acordo como as mudanças que ocorre na sociedade, mais 
precisamente referente as leis que norteiam as políticas públicas e privadas que dão 
seguimento a estas políticas. O que veremos a seguir. 
36 
 
 
 
3.1 As principais legislações afetas às políticas educacionais, bem como o Plano 
Nacional de Educação 
 
Neste momento adentramos nos marcos legais que afeta a Política 
Nacional de Educação (PNA), para isso fazermos ume breve viagem na linha do tempo 
da política. Assim vejamos os mais interessantes como: 
 LDB (1996); 
 CONSTITUIÇÃO FEDERAL (1988); 
 ECA (1990); 
 PNE I (2001); 
 FUNDEB (2007); 
 PDE (2007); 
 PME (2010); 
 PNE II (2014). 
A Constituição Federal de 1988 atacou, sobretudo, os problemas 
históricos da educação nacional resultantes da omissão da elite dirigente: 
universalizou a educação básica, obrigatória e gratuita, inicialmente dos 7 aos 17 anos 
e, após a Emenda Constitucional (EC) nº 59/2009, dos 4 aos 17 anos de idade. Com 
isso, ampliou a duração da escolaridade obrigatória, além de determinar prioridade ao 
atendimento das necessidades do ensino obrigatório, no que se refere a 
universalização, garantia de padrão de qualidade e equidade. Outro passo importante 
foi a redefinição das formas de colaboração entre os três entes: União, Estados, Distrito 
Federal e Municípios, na organização dos sistemas de ensino, para assegurar a 
universalização da obrigatoriedade, assim como a elaboração do plano nacional de 
educação, com duração decenal, como instrumento de articulação do sistema nacional 
de educação em regime de colaboração. 
Sendo a Constituição Federal e 1988, temos o ECA/1990 que 
preconiza a criança e ao adolescente em seu capítulo IV - Art. 53: A criança e ao 
adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, 
preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, assegurando-se 
lhes: 
I igualdade de condições para o acesso e 
permanência na escola; II direito de ser respeitado por 
37 
 
 
 
seus educadores; III direito de contestar critério os 
avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares 
superiores; IV direito de organização e participação em 
entidades estudantis; V acesso à escola pública e 
gratuita próxima de sua residência. Parágrafo único. É 
direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo 
pedagógico, bem como participar da definição das 
propostas educacionais. 
Assim com a preconização da constituição Federal de 1988, troce a 
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), que designa os 14 anos de 
educação compulsória e gratuita, dos 4 aos 17 anos, estabelecidos pelo artigo 208, I, 
da Constituição Federal, com a redação da Emenda Constitucional nº 59/09, 
assegurada sua oferta gratuita inclusive àqueles que não tiveram acesso na idade 
própria, a primeira LDB foi criada em1961, a segunda em 1971 e a terceira, ainda 
vigente no Brasil, foi sancionada em 1996, esta é a lei Orgânica Geral da população 
brasileira a Lei 9394/96 - LDB, até o momento está responsável por ditar as diretrizes 
e bases da educação em nosso país. Em seu Art.19, as instituições de ensino dos 
diferentes níveis classificam-se nas seguintes categorias administrativas: 
I - Públicas, assim entendidas as criadas ou 
incorporadas, mantidas e administradas pelo Poder Público; II -
Privadas, assim entendidas as mantidas e administradas por 
pessoas físicas ou jurídicas de direito privado. 
 
Sendo que com relação a este artigo temos também o artigo 20 que 
fazem referências a forma da distribuição do ensino particular como forma da Lei, 
assim vejamos como estão distribuídos: 
I - Particulares em sentido estrito (…); II - Comunitárias, 
(…) são instituídas por grupos e pessoas (…); que incluam na 
sua entidade mantenedora representantes da comunidade; III - 
confessionais, (…) são instituídas por grupos de pessoas (…) 
que atendem a orientação confessional e ideologia específicas 
e ao disposto no inciso anterior; IV - Filantrópicas, na forma da 
lei. 
Portanto a Lei e Diretrizes e Base da Educação, além de trazer esses 
suportes legais para a educação básica, tanto pública como particular, ela também 
atribui informações acerca dos níveis e formalidades de ensino da educação infantil ao 
nível superior, preconizando a educação como base de sustento profissional do 
38 
 
 
 
cidadão na desenvoltura de seus bens e serviços como cidadão no exercício da 
cidadania. 
Entre tanto ainda em destaque a política de educação, não poderemos 
deixar de citar o Plano Nacional de Educação (PNE), que em seu plano para o futuro 
da educação básica brasileira, determina diretrizes, metas e estratégias para a política 
educacional dos próximos dez anos (2014 –2024), dessa forma temos um plano de 
educação vigente, que possui vinte metas na primeira esta dessa forma: 
Meta 1: universalizar, até 2016, a educação infantil na 
pré-escola para as crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos de 
idade e ampliar a oferta de educação infantil em creches,
de 
forma a atender, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) das 
crianças de até 3 (três) anos até o final da vigência deste PNE. 
 O PNE foi elaborado com esses compromissos, largamente debatidos 
e apontados como estratégicos pela sociedade na CONAE 2010, os quais foram 
aprimorados na interação com o Congresso Nacional. 
Em sua instrutora há metas para a garantia do direito à educação 
básica com qualidade, que dizem respeito ao acesso, à universalização da 
alfabetização e à ampliação da escolaridade e das oportunidades educacionais. São 
benefícios populacionais que estão distribuídos nesse plano, que por muito anos foram 
discutido e que consequentemente os desenhos traçados dão concretude para que a 
política educacional seja ofertada dentro do estabelecido plano e metas, conforme o 
previsto. 
 
3.2 Legislações que norteiam o trabalho do assistente social na Política de 
Educação, bem como documento que amparam o profissional para a atuar na 
sociedade 
 A nível federal, temos o Projeto de Lei 3688/2000, que trata da 
inserção de assistentes sociais e psicólogos nas escolas públicas de educação básica, 
que foi aprovado por unanimidade na Comissão de Seguridade Social e Família da 
Câmara (CSSF) no dia 20/04/2012. Agora o Projeto de Lei (PL) segue para Comissão 
39 
 
 
 
de Educação e Cultura (CEC) e, se aprovado, passará para a Comissão de 
Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC) onde irá a plenário para votação. 
Em 2005: instituição de uma comissão de trabalho formada por 
representantes dos CRESS de cada região do país e de representantes do CFESS, 
apresentada durante o 34º Encontro Nacional CFESS-CRESS. 
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) aprovado em 1990, o 
qual dispõe sobre a “proteção integral” à criança e ao adolescente (artigo 1), com se
us direitos fundamentais, “prevenções gerais e especiais” (artigos 70 a 85) e “medida
s de proteção” (artigos 98 a 102), estabelecendo uma política específica de atendime
nto dos direitos da criança e do adolescente a qual movimenta um conjunto arti
culado de ações governamentais envolvendo Judiciário, Ministério Público, Defenso
ria, Segurança Pública, assistência social, educação entre outros mecanismos (BRA
SIL, 1990). 
Em 2008/2009: O Grupo de Trabalho Serviço Social na Educação3 
realizou a sistematização de leis e projetos de lei acerca do Serviço Social na 
Educação no âmbito municipal, estadual e nacional; incidiu para a ocorrência de 
adequação das legislações que apresentavam incorreções, tais como a identificação 
do serviço social com a política de assistência social, bem como a necessidade da 
ampliação da concepção de “Serviço Social Escolar” para “Serviço Social na 
Educação”; gestão e acompanhamento frente aos projetos de lei e de emenda 
constitucional em trâmite no Congresso Nacional. 
Para que esse benefício seja distribuída de forma correta ao cidadão, 
o assistente social inserido no âmbito da Educação Escolar deverá adotar “a natureza 
política de sua prática” (FREIRE apud SOUZA, 2008, p. 33), o que compreende 
assumir seu perfil social e educativo, na direção de uma atuação aliada a outras forças 
profissionais existentes neste âmbito, buscando harmonizar as relações e ao mesmo 
tempo desenvolvendo seus instrumentais teórico de profissional da área social na 
pratica das políticas, nesse caso, a Política de Educação. 
Buscando estabelecer uma ligação de harmonia entre as profissões 
na instituição, a Constituição Federal de 1988, serviço social e educação estão sob o 
40 
 
 
 
mesmo título “Da ordem social”. Esta, em seu artigo 205 afirma que “A educação, 
direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a 
colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo 
para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho” (BRASIL, 1988). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
41 
 
 
 
3 CONCLUSÃO 
 
Como vimos a educação escolar de nosso país sofreu diversas 
transformações, o Brasil fez diversos esforço para universalizar a Política de Educação 
nas referentes leis, que disponibilizam o ensino do maternal até a fases adulta, sem 
restrições a quem dela precisar independentemente de cor, raça, credo e classe 
econômica, mesmo que diante de diversos questionamentos as formas como está 
sendo conduzida em nosso país. 
O Brasil atingiu em 2011 o menor nível de desigualdade da década de 
60 quando começaram a ser organizados e registrados os dados sobre o tema no país, 
especificamente nos últimos dez anos a renda dos brasileiros aumentou mais do que 
as dos mais ricos sobre tudo por parte dos salários que as famílias recebem no final 
do mês, frutos de empregos com carteira assinadas. Mais segundo dados do IBGE de 
2012 apesar desse crescimento a grau de escolaridades dos brasileiros ainda é 
preocupante, pois há menos jovens entre 15 e 17 anos frequentando as escolas e 
mesmo com a taxa de analfabetismo em queda a educação em nosso país ainda está 
longe de ser considerada boa por existir quase treze milhões de analfabeto que não 
sabe ler e nem escrever. 
Dessa forma diante desses avanços, com relação as décadas 
passadas não muito distante, são referências que estão pautadas na busca por 
estudos, por formação, por entender que o grau de escolaridade é muito importante 
para erradicar a pobreza da população mais carente, mesmo os dados mostrando que 
o Brasil tem uma taxa de educação menor do que gostaríamos de ter para acompanhar 
a renda do país, mais segundo esses estudos, o progresso foi notório, tanto em nível 
de crescimento econômico quanto a nível de desigualdade social. Esse manifesto se 
propaga graças a busca por formação dos cidadãos que veem na política educacional 
o melhor caminho a ser percorrido para consequentemente adquirir melhorias, dessa 
forma saindo da linha da pobreza que acompanha a história dos cidadãos brasileiros. 
Entendemos que as questões que envolve a educação estão longe de 
acabar, porque ainda temos muitas faltas de estruturas, qualidades que envolve o 
ensino aqui no caso o ensino público, por acesso, por evasão escolar ou seja inúmeras 
questões que se formos analisar não param em poucas linhas, por ser a educação o 
42 
 
 
 
indicador estratégico, poderia ser mais estruturada, porém ainda não alcançou o 
desejado. 
Assim diante de grandes desajustes da política educacional e com 
inúmeras lutas de classes de trabalhadores em torno das políticas sociais em busca 
de garantia de direitos chega-se a nova Constituição Federal de 1988, com o objetivo 
de assegurar o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores 
supremos de uma sociedade, inclui como elementos fundamentais os direitos sociais, 
dentre os quais destaca o direito à educação. O novo ordenamento constitucional e 
legal da educação no Brasil, inaugurado com a promulgação da Constituição Federal 
de 1988, abre espaço para um conjunto de outros dispositivos legais e várias medidas 
de planejamento da educação, dando origem a uma verdadeira reforma educacional. 
Conhecida como “Constituição Cidadã”, busca aglutinar diversos setores da 
sociedade. 
Dessa maneira o (a) Assistente Social atua como parceiro no campo 
educacional, auxiliando os demais profissionais a sanar possíveis problemas com os 
quais a escola de maneira isolada não é capaz de solucionar. O assistente social não 
atua isoladamente no cenário escolar, assim como nas demais políticas este se utiliza 
de uma rede de serviços e programas que consubstanciam sua atuação profissional. 
Órgãos como o Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) e o Centro de 
Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), cuja política destina-se a 
esfera da assistência, assim como a política da saúde, são essenciais para que o 
trabalho desenvolvido pelo assistente social dentro da escola ultrapasse os muros

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