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Prévia do material em texto

Autor: Prof. William Antonio Zacariotto
Colaboradores: Prof. Nonato de Assis Miranda
Profa. Silmara Maria Machado
Prof. Fábio Vieira do Amaral
Tecnologia da Informação e 
Comunicação em Educação
© Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou 
quaisquer meios (eletrônico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem 
permissão escrita da Universidade Paulista.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Z13t Zacariotto, William Antonio
Tecnologia da informação e comunicação em educação / Willian 
Antonio Zacariotto; Joaquim Ribeiro. – São Paulo, 2012.
176 p., il.
Nota: este volume está publicado nos Cadernos de Estudos e 
Pesquisas da UNIP, Série Didática, ano XVII, n. 2-047/12, ISSN 1517-9230.
1. Tecnologia da informação. 2. Comunicação em educação. 
3. Pedagogia I. Título
CDU 37:65.011.56
Professor conteudista: William Antonio Zacariotto
William Antonio Zacariotto é mestre em educação de nível superior (Puc-Campinas, 2004), especialista em análise de sistemas 
pela FECAP, em Matemática pela Faculdade Hermínio Ometto, em qualidade de educação básica e formação em tutoria virtual pela 
OEA – Organização dos Estados Americanos; graduado em administração de empresas pelas Faculdades Associadas de Educação 
(1991). Atualmente é coordenador e professor adjunto mestre do curso de Administração de Empresas do Instituto de Ensino 
Superior de Itapira. Tem experiência na área de administração desde 1983, e foi gerente de informática na Prefeitura Municipal de 
Mogi Guaçu, de 1991 a 2008. Criador do Projeto Amigos do Trânsito, Linuxday. Escritor do livro Internet: Meu primeiro emprego 
(2008), palestrante em educação, administração e tecnologias.
Prof. Dr. João Carlos Di Genio
Reitor
Prof. Fábio Romeu de Carvalho
Vice-Reitor de Planejamento, Administração e Finanças
Profa. Melânia Dalla Torre
Vice-Reitora de Unidades Universitárias
Prof. Dr. Yugo Okida
Vice-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa
Profa. Dra. Marília Ancona-Lopez
Vice-Reitora de Graduação
Unip Interativa – EaD
Profa. Elisabete Brihy 
Prof. Marcelo Souza
Prof. Dr. Luiz Felipe Scabar
Prof. Ivan Daliberto Frugoli
 Material Didático – EaD
 Comissão editorial: 
 Dra. Angélica L. Carlini (UNIP)
 Dra. Divane Alves da Silva (UNIP)
 Dr. Ivan Dias da Motta (CESUMAR)
 Dra. Kátia Mosorov Alonso (UFMT)
 Dra. Valéria de Carvalho (UNIP)
 Apoio:
 Profa. Cláudia Regina Baptista – EaD
 Profa. Betisa Malaman – Comissão de Qualificação e Avaliação de Cursos
 Projeto gráfico:
 Prof. Alexandre Ponzetto
 Revisão:
 Alessandro de Paula e Silva
 Amanda Casale
Sumário
Tecnologia da Informação e Comunicação 
em Educação
APRESENTAÇÃO ......................................................................................................................................................7
INTRODUÇÃO ...........................................................................................................................................................8
Unidade I
1 INTRODUÇÃO AO USO DA TECNOLOGIA NAS ESCOLAS ...................................................................11
1.1 A sociedade da tecnologia ................................................................................................................ 12
1.2 O que é tecnologia? ............................................................................................................................. 13
1.3 O profissional da educação e a tecnologia no Brasil ............................................................. 14
1.4 Os professores e a tecnologia .......................................................................................................... 15
1.5 Educação tradicional e educação com tecnologia ................................................................. 16
1.6 Um pouco da história da tecnologia brasileira ........................................................................ 19
2 OS PILARES NECESSÁRIOS PARA O USO DA TECNOLOGIA EDUCACIONAL ............................. 21
2.1 As mudanças necessárias para utilização da tecnologia no ensino ................................ 22
2.2 A estrutura física das escolas .......................................................................................................... 25
2.3 A participação da administração escolar no contexto tecnológico ................................ 27
2.4 A participação dos educadores ....................................................................................................... 28
3 METODOLOGIAS DE INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO .......................................................................... 30
3.1 As escolas e os recursos tecnológicos .......................................................................................... 32
3.2 A televisão e os vídeos ....................................................................................................................... 32
3.2.1 Os microcomputadores e os laboratórios de informática ...................................................... 36
4 COMO UTILIZAR A TECNOLOGIA NA SALA DE AULA ......................................................................... 37
4.1 Abordagens pedagógicas na tecnologia ..................................................................................... 37
4.2 Tipos de aprendizagem ...................................................................................................................... 40
4.2.1 Softwares ................................................................................................................................................... 43
4.2.2 Atividades utilizando o editor de texto simples ......................................................................... 44
4.2.3 Atividades com o editor de textos utilizando tabelas e desenhos ..................................... 45
4.2.4 Atividades com o editor de textos utilizando imagens e textos ......................................... 46
Unidade II
5 SISTEMA OPERACIONAL ............................................................................................................................... 66
5.1 Sistemas operacionais Microsoft ................................................................................................... 67
5.1.1 Windows 7 ................................................................................................................................................. 67
5.1.2 Windows 2008 ......................................................................................................................................... 69
5.2 Linux e suas versões ............................................................................................................................ 70
5.3 Mac OS da Apple ...................................................................................................................................71
6 O USO DA INTERNET NA EDUCAÇÃO ...................................................................................................... 72
6.1 Domínio na rede mundial de computadores ............................................................................ 74
6.2 Os navegadores da internet ............................................................................................................. 76
6.3 Como funciona cada navegador .................................................................................................... 77
6.3.1 Como baixar os navegadores ............................................................................................................. 77
6.3.2 Firefox .......................................................................................................................................................... 77
6.3.3 Internet Explorer..................................................................................................................................... 78
6.3.4 Opera ............................................................................................................................................................ 79
Unidade III
7 GOOGLE: UM MUNDO DE OPORTUNIDADES ....................................................................................... 83
7.1 O Google como ferramenta de apoio .......................................................................................... 83
7.1.1 Pesquisa de páginas ............................................................................................................................... 84
7.1.2 Pesquisa simples textual ...................................................................................................................... 84
7.1.3 Copiando o conteúdo do site ............................................................................................................ 88
7.1.4 Pesquisa de imagens .............................................................................................................................. 89
7.1.5 Como salvar imagens da internet .................................................................................................... 92
7.2 Wikipédia (Biblioteca virtual) .......................................................................................................... 93
7.3 Criando um e-mail para comunicação ........................................................................................ 95
7.3.1 Criando um e-mail no Gmail ............................................................................................................. 96
7.3.2 Enviando e-mails .................................................................................................................................... 98
7.3.3 Visualizando e-mails enviados .......................................................................................................... 99
7.3.4 Gerenciando contatos .........................................................................................................................100
7.4 Google Agenda ....................................................................................................................................101
7.4.1 Montando uma agenda pessoal .....................................................................................................103
7.4.2 Modificando as cores da agenda ....................................................................................................104
7.4.3 Inserindo eventos na agenda ...........................................................................................................104
7.4.4 Formas de visualizar a agenda ........................................................................................................106
7.4.5 Visualização por dia .............................................................................................................................107
7.4.6 Visualização por semana ...................................................................................................................107
7.4.7 Visualização por mês ...........................................................................................................................107
7.4.8 Visualização por 4 dias .......................................................................................................................108
7.4.9 Visualização por compromissos ......................................................................................................108
7.4.10 Pesquisando eventos .........................................................................................................................108
7.4.11 Imprimir a agenda ..............................................................................................................................109
8 O PACOTE MICROSOFT OFFICE .................................................................................................................109
8.1 O pacote Office 2007 ........................................................................................................................109
8.2 Microsoft Word 2007 – Básico...................................................................................................... 110
8.2.1 Iniciando o Microsoft Word 2007 ...................................................................................................111
8.3 Microsoft Excel 2007 – Básico ......................................................................................................127
8.3.1 Iniciando o Microsoft Excel 2007 .................................................................................................. 128
8.4 Microsoft PowerPoint 2007 – Básico .........................................................................................151
8.4.1 Iniciando o PowerPoint 2007 ...........................................................................................................151
7
APRESENTAÇÃO
Caro aluno
Tenho me dedicado à tecnologia há, aproximadamente, trinta anos e por meio de diversas pesquisas 
pude observar que ela é uma ferramenta poderosa de comunicação e construção de conhecimentos 
entre professores e alunos. Logo na primeira página da apostila, em minha apresentação, você saberá 
como me localizar, e deve perguntar: será que o professor é louco? Disponibilizar seus e-mails, MSN e 
outros? Estamos no mundo da tecnologia, não há mais do que se esconder, basta uma simples procura e 
certamente me achará, para que complicar? Espero ser seu parceiro neste novo caminho de colocar um 
pouco da tecnologia educacional nas escolas. Juntos podemos mobilizar diversas ações para melhoria 
do processo educacional.
Este material didático foi organizado em duas unidades: a primeira, inserindo o contexto da tecnologia 
no ambiente pedagógico; a segunda, mais técnica, com indicações de como utilizar a tecnologia como 
ferramenta de trabalho diário, comunicando-se, gerando novos materiais didáticos ou até mesmo 
analisando o perfil de uma escola.
Outro destaque a ser ressaltado é que muitas das citações indicadas neste material devem ser 
adequadas à faixa etária das crianças; portanto, é necessário avaliar o recurso que está trabalhando e a 
faixa etária adequada.
Cerca de 70 milhões de pessoas se dedicam ao ensino no mundo, e seis em cada 10 pessoas vivem 
em países em vias de desenvolvimento, segundo Marles (2004). A falta do desenvolvimento traz consigo 
a deterioração da qualidade do profissional e a perda de prestígio dos professores, embasados na 
falta de programas de qualificação e titulações adequadas. Paralelamente, frente à importância e à 
necessidade de incluir os avanços tecnológicos nos processos de formação, emergem do continente 
americano problemas críticos nas instituições de ensino, que são afetados pelas diferenças econômicas 
e sociais, diante da aquisição, compra, adequação, compreensão, transformação e uso pedagógico das 
tecnologias.
No Brasil, a prática pedagógica proposta para este novo século está incluindo os recursos tecnológicos e 
mobiliários para que atendam às exigências da modernidade. Um bom exemplo é o programa Banda Larga nas 
Escolas, do governo federal, que está fornecendo internet a 91,6% das escolas públicas urbanas do Brasil.
A modernidade é necessária, pois a tecnologia é parte integrante da vida das crianças que hoje 
estão na escola; elas nasceram em um mundo tecnológico, convivendo com cartões que substituem o 
dinheiro, TV com controle remoto, telefone celular com jogos, microcomputadores e a internet. Algumas 
delas sabem utilizar melhor o computador e o aparelho celular que seus próprios pais.
A facilidade com que os alunos interagem com a tecnologia tem incentivado os professores a utilizaro computador como ferramenta de apoio pedagógico. Nessa linha, a disciplina Tecnologia da Informação 
e Comunicação em Educação tem como objetivo alertar sobre a capacidade de articular o ensino e a 
pesquisa de conhecimento na pratica pedagógica.
8
Espero que possa, por meio dessas unidades, agregar conhecimento e facilitar o processo de inserção 
da tecnologia como ferramenta de apoio pedagógico ao professor e suas escolas.
A tecnologia pode ser uma ferramenta maravilhosa de incentivo aos alunos 
no ensino aprendizagem e na construção do aprendizado, permitindo uma 
maior interação entre professores, alunos e a comunidade escolar desde que 
usada corretamente (William Zacariotto).
O objetivo desta apostila é fornecer aos alunos o material de apoio para o acompanhamento da 
disciplina de Tecnologia da Informação e Comunicação em Educação.
Com este mundo globalizado e com a facilidade de acesso à informação, grande parcela dos 
municípios e estados que gerenciam a educação já contam com laboratórios de informática, salas de 
tecnologia e até mesmo distribuição de laptops aos alunos.
Deve-se ressaltar a necessidade do envolvimento tecnológico na vida dos alunos, que é ponto 
fundamental nos dias de hoje. O viver está baseado na tecnologia, seja na televisão, nos videogames, 
nos computadores, nos bancos e até mesmos nos meios de transporte.
A facilidade de acesso à tecnologia não pode ser considerada como ferramenta pronta ou 
uma solução final, como simplesmente passar na lousa a matéria, exibir um conjunto de slides, 
utilizar um livro didático, assistir a um filme, ler uma revista ou até mesmo um jogo. Ela tem 
como base ser o mecanismo de interação entre professor e aluno, facilitando a colaboração, a 
comunicação e a execução de inúmeras tarefas que possam atingir o objetivo desejado, que é 
ensinar e aprender.
Esta disciplina caracteriza-se por ser bastante prática e envolvente e tem como foco auxiliar o 
professor no processo de utilização da tecnologia como ferramenta pedagógica em sala de aula.
O uso do computador na educação tem como papel ultrapassar as 
fronteiras do educar convencional, dando oportunidade às escolas 
de renovar a forma de se trabalhar os conteúdos programáticos. A 
informática na educação possibilita ao educando a construção do 
seu conhecimento, transformando a sala de aula num espaço real de 
interação, de troca de resultados, e adaptando os dados à realidade do 
educando (VALENTE, 1993).
INTRODUÇÃO
A tecnologia está sendo utilizada para renovação do conhecimento, tanto para professores quanto 
para alunos. Os recursos tecnológicos são inúmeros, entre eles apresentamos a escola frente a esses 
recursos, a televisão, o vídeo, os microcomputadores e sua disposição na escola e nos laboratórios. Neste 
livro-texto, abordamos como a tecnologia pode ser usada para renovar o conhecimento, as escolas e os 
recursos tecnológicos (informática, televisão, vídeo e os laboratórios de informática).
9
Na unidade I, apresentaremos a você uma breve introdução sobre o uso das tecnologias nas escolas, 
as mudanças necessárias para o uso da tecnologia em sala de aula, as metodologias de informática na 
educação e como utilizar a tecnologia na sala de aula como ferramenta de apoio pedagógico.
Na unidade II, abordaremos conceitos um pouco mais técnicos, às vezes, de maior dificuldade de 
compreensão. Serão mostrados os recursos necessários para que um professor possa utilizar o computador 
como uma ferramenta de planejamento, de pesquisa e também de administração. Trabalharemos em 
um conceito misto de necessidades administrativas e ferramentas educacionais a fim de trazer para 
você uma realidade no seu convívio educacional. Serão trabalhados, ainda, os sistemas operacionais 
que permitem o funcionamento do computador, propostas para utilizar a internet na educação, as 
ferramentas do Google como apoio às escolas e aos professores, o aplicativo de editor de textos Word, 
a planilha eletrônica Excel e o software de apresentação PowerPoint.
Na unidade III, propomos utilizar o Google como ferramenta de pesquisa, fonte de imagens e busca 
de informações. Também trabalharemos com o Wikipédia, uma biblioteca virtual, e o Google Agenda, 
que pode ser muito útil para você se organizar ou para criar agendas de equipamentos para a escola. 
Para o bom funcionamento da agenda, implementamos o e-mail gratuito Gmail, da própria Google, que 
permite enviar e receber mensagens e ainda receber os avisos de sua própria agenda diariamente.
Esperamos que este livro-texto ajude-o a perceber que é papel do professor decidir quando e como 
deverá utilizar a tecnologia como ferramenta de apoio pedagógico. Cabe a ele decidir se é ou não 
necessário o emprego do recurso, a escolha dos programas e potencializar quais são as dificuldades dos 
alunos. Vale lembrar que, para isso, é preciso estar capacitado para identificar esses fatores.
Bom estudo!
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1 INTRODUÇÃO AO USO DA TECNOLOGIA NAS ESCOLAS
Que fique claro que não quero dizer que o uso de tecnologias mais avançadas 
melhore o conteúdo de um texto.
 Carlos Drummond de Andrade
Neste capítulo, vamos tratar sobre a força que a tecnologia tem exercido em nossas vidas. 
Indiretamente, ela tem chegado e se integrado em nosso dia a dia, e nem percebemos que isso 
está acontecendo. Como na charge abaixo, nos tornamos tão dependentes dela que, às vezes, 
não conseguimos nem mesmo realizar tarefas rotineiras, como armazenar ou anotar um simples 
telefone em um papel.
Isso é automático, e já deve ter ocorrido com você, não é mesmo? Faça o teste: você sabe de cor 
todos os telefones que estão na sua agenda? Certamente não, um bom exemplo disso é que, quando 
preciso falar com minha sogra, que coisa, nunca me lembro do número do telefone dela; mas basta 
localizar o nome no celular e pronto, estarei falando com ela!
O mundo é da 
tecnologia... 
Celulares, e-mail, 
cartão eletrônico, 
carros... Tudo é 
tecnológico...
É verdade... 
então anota aí 
meu número e 
meu e-mail!
Xiii! 
Acabou a 
bateria!
Figura 1 – Tecnologia é do mundo
Na verdade, isso ocorre naturalmente com você, e também com os alunos, que tem mais facilidade 
no uso desses recursos. Assim, nasce naturalmente que a tecnologia já está presente na vida dos alunos, 
facilitando o ensino e o aprendizado com a utilização dos seus recursos.
Também estaremos apresentando um percurso histórico da tecnologia no Brasil, seu envolvimento 
com a educação e os principais marcos relatados ao longo do envolvimento.
O Dicionário Houaiss (2001) explica o que é a tecnologia:
Unidade I
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Tecnologia: teoria geral e/ou estudo sistemático sobre técnicas, processos, 
métodos, meios e instrumentos de um ou mais ofícios ou domínios da atividade 
humana. A origem da palavra tecnologia, na sua etimologia, está na palavra grega 
tekhnología, que significa: “tratado ou dissertação sobre uma arte, exposição das 
regras de uma arte”, pois é formada a partir do radical grego tekhno, que vem 
de tékhné, que significa: “arte, artesania, indústria, ciência”, e do radical grego 
– logía, que vem de logos, que significa: “linguagem, proposição”.
 Lembrete
A Tecnologia
O papel do professor diante da tecnologia é estar devidamente capacitado e 
promover o uso da ferramenta como apoio pedagógico; dessa forma, uma série 
de fatores pode contribuir para seu uso e a melhoria da educação no País.
1.1 A sociedade da tecnologia
A sociedade se inova a cada dia, desde as formas de organizar-se, de produzirbens, de comercializá-los, 
de se divertir, de ensinar e de aprender.
Desde a década de 1990, com a utilização em grande escala dos microcomputadores, passamos 
por uma verdadeira revolução tecnológica. Os desafios impostos pela rápida evolução dessas novas 
tecnologias e sua inserção em todos os ramos da atividade humana somam-se às contradições sociais.
Muitas escolas acreditam que modernização é simplesmente adotar equipamentos de informática, 
programas e professores para ministrar cursos de treinamento de uso de ferramentas aos seus alunos, 
esquecendo o lado pedagógico. É preciso entender que a nova prática pedagógica deve preparar as 
pessoas para aprender a usar a tecnologia como ferramenta de apoio pedagógico e não material final.
Você já deve ter escutado que a sociedade está se construindo através da tecnologia. Perguntamos: será?
Sabe-se que, historicamente, a tecnologia esteve presente na mídia em geral, passando por fotos, 
telégrafos, telegrafia sem fio, telefones, telecomunicações, gravação de sons, filmes, rádio, televisão, até 
os microcomputadores e softwares.
Não podemos nos esquecer também dos monitores de TV, das videoconferências, dos vídeos 
interativos, dos treinamentos por meio de softwares e da distância, que, com softwares específicos, 
tentava auxiliar e criar métodos de ensino via internet ou teleconferência.
Outra coisa interessante foram as unidades de armazenamento, antes os discos, CDs e DVDs, e hoje 
estão migrando para os pen drivers. A resposta é: realmente a tecnologia tem-nos influenciado.
E o que a tecnologia tem a ver com o conceito pedagógico? As formas de se comunicar 
estão mudando, e com elas as de ensinar, pois os recursos são melhores, assim o aspecto 
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tecnológico tem-nos auxiliado a adotar novas formas de ensinar mais práticas e mais próximas 
da sociedade.
Por isso, a grande maioria das ações dos governos é direcionada à utilização de tecnologias como 
fonte de apoio ao ensino-aprendizagem e como foco de inclusão digital, daí vem a necessidade de 
envolver-se neste mundo novo.
1.2 O que é tecnologia?
Como citamos anteriormente, a tecnologia está presente em nosso dia a dia, em tudo que fazemos, 
seja para se comunicar, alimentar, locomover, comprar e outras atividades rotineiras. Você consegue 
identificá-la com maior facilidade nos computadores, nos equipamentos eletrônicos e de comunicação, 
que têm invadido nossos lares e tomado parte de nossa vida.
O termo “tecnologia” refere-se a tudo que se inventou, tanto artefatos como métodos e técnicas, 
para estender a capacidade física, sensorial, motora ou mental do homem, facilitando e simplificando o 
seu trabalho, enriquecendo suas relações interpessoais, ou simplesmente lhe dando prazer.
Definindo tecnologia, sentimos a necessidade de entender o significado de “arte”: habilidade ou 
disposição dirigida para a execução de uma finalidade prática ou teórica, realizada de forma consciente, 
controlada e racional, ou definida como “conjunto de meios e procedimentos através dos quais é possível 
a obtenção de finalidades práticas ou a produção de objetos; técnica”.
As técnicas são formas, jeitos ou habilidades especiais em lidar com cada tipo de tecnologia, que 
encontramos ao executar nossas atividades cotidianas, lidando com vários equipamentos, produtos e 
serviços originados da tecnologia.
Algumas dessas técnicas são simples e de fácil aprendizado, transmitidas de geração para geração, e 
se incorporam aos costumes e hábitos sociais de um determinado grupo de pessoas.
Dessa linha, refletimos, a tecnologia está presente em nossas vidas, qual é o papel da mesma em 
nível educacional? O computador pode ser a ferramenta que substitua o professor? Veja a charge abaixo 
e reflita sobre a dificuldade do aluno.
Figura 2 – Tecnologia – lição de casa
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A tecnologia educacional é um pouco diferente da tecnologia, pois ela pode ou não ser utilizada, fica 
a cargo dos professores e da coordenação pedagógica essa decisão. Diferente da sociedade, que tem de 
se adequar às novas formas de viver, ela simplesmente colabora e permite novos caminhos e soluções 
para sanar as deficiências de ensino.
A tecnologia não irá, em nenhum momento, substituir a figura do professor, como na charge, o aluno 
pode ser o melhor em nível tecnológico, mas não condiz com seu português, seu inglês ou suas formas 
de calcular. Em nível educacional, a tecnologia são ferramentas, programas e técnicas que permitem que 
o aluno reflita e aprenda o que está sendo ensinado.
1.3 O profissional da educação e a tecnologia no Brasil
O governo federal instalou até 2010 cerca de 6,6 mil telecentros em 5,4 mil cidades brasileiras, 
atingindo 98% dos municípios brasileiros, e em 2011 estará capacitando todos os monitores e professores 
por meio de parceria entre o Ministério das Comunicações e da Educação. A previsão do governo federal 
é que, até 2014, seja implantada uma rede com 100 mil telecentros. Esses telecentros serão compostos 
por dez computadores, um servidor central, central de monitoramento com câmera de vídeo, impressora 
a laser, projetor multimídia e todo mobiliário (cadeiras e mesas).
Com a ampliação do volume de serviços, da velocidade e da necessidade de se chegar à frente, os 
recursos tecnológicos têm invadido nossas vidas em todos os ambientes. Governos e municípios estão 
dando os primeiros passos informatizando as escolas, promovendo a primeira necessidade básica para se 
trabalhar na educação, que são os conhecimentos mínimos necessários para a operação de micros.
Certamente a tecnologia invadirá todas as secretarias das escolas, tornando-se um pré-requisito 
para contratações de futuros profissionais para a área.
No contexto pedagógico, ela vem se fundamentando através da inserção dos laboratórios, os quais 
vêm sendo adquiridos em longa escala, inicialmente promovendo as preocupações das adequações 
necessárias para o seu uso. Primeiro, eles são adquiridos, instalados, inaugurados e depois se analisa 
como deverão ser utilizados, é o que vemos na grande maioria das escolas, que possuem laboratórios 
maravilhosos, com recursos de mídia infinitos. Mas, infelizmente, não são utilizados porque são proibidos, 
ou falta profissional capacitado para trabalhar.
Ao se pensar no laboratório, primeiro devemos levar em conta o professor, o profissional que deve 
estar capacitado para utilizá-lo como recurso de apoio pedagógico.
Não podemos esquecer dos Parâmetros Curriculares Nacionais – PCNs, que são as referências para a 
educação infantil, ensinos fundamental e médio do país. O objetivo é propiciar subsídios para elaboração 
do currículo, tendo em vista os projetos pedagógicos que tenham relação com os locais de convivência 
dos alunos e da escola.
Em 2008, cerca de 38,7% das crianças entre 4 e 6 anos que eram portadoras de deficiência não 
frequentavam a escola, aponta o IBGE. Nessa visão, o Ministério da Educação tem colocado ações 
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do Programa de Educação Inclusiva para estados e municípios brasileiros, incluindo essas crianças na 
escola.
As ações de tecnologia disponibilizam sistemas de ensino, equipamentos mobiliários e material 
pedagógico para implantação de sala de recursos para dar apoio à prática pedagógica. Em paralelo, 
trabalha-se a formação contínua de professores em deficiência mental, auditiva, visual, superdotação, 
altas habilidades e outras.1.4 Os professores e a tecnologia
Recentemente foi divulgado que cerca de 1,7 milhão de jovens brasileiros entre 15 e 17 anos está 
fora da sala de aula, devido à falta de estímulo para o estudo. A evasão está direcionada ainda à falta de 
estímulos na visão dos alunos, que consideram as aulas monótonas e cansativas.
A tecnologia pode servir de apoio ao professor com as mídias, som, imagem, filmes, pesquisas, 
promovendo a criatividade e o estímulo aos alunos.
Diante do avanço tecnológico, o professor não poderá ser apenas um técnico, mas um profissional 
que desenvolve, implementa inovações, participando ativamente e criticamente do processo, 
transformando-se em um agente dinâmico cultural, social e curricular que possa tomar decisões 
educativas e elaborar projetos com os colegas controlado pelo coletivo.
Fazer parte da “sociedade moderna” implica lançar-se à razão instrumental e tecnológica, que 
valoriza, antes de mais nada, apenas a razão como elemento explicador e transformador do mundo. 
Se escolhermos apenas a razão, podemos cometer um grave erro, pois na maioria das vezes pensamos 
em um único e exclusivo movimento de transmissão, que termina quando a coisa que se transmite é 
recebida. Ensinar vai além disso, é necessário um processo permanente de atualização e continuidade, 
o qual vai além do transmitir.
Ao ensinar, o professor proporciona aos alunos a mediação, o encontro com a realidade, e articula 
novos saberes, transmitindo e ensinando simultaneamente a cada nova aula.
A arte de ensinar é complexa, mas pode se transformar em oportunidade para ampliar o conhecimento 
de estudantes e educadores. Os alunos podem ser mais ou menos ativos durante o processo de 
aprendizagem; alguns se interessam mais, outros ficam quietos e não participam da proposta. Daí 
a necessidade de uma boa proposta construída pedagogicamente que desperte oportunidades e 
possibilidades de união de trabalho coletivo. Os dois devem desempenhar papéis de protagonistas dos 
próprios processos de aprendizagem.
Uma das formas de colaboração para ampliar o conhecimento poderia vir da realização de processos 
de aprendizagem com tecnologia, gerando uma melhoria nas condições de acesso à informação, 
minimizando as restrições de tempo e de espaço e permitindo agilizar a comunicação entre professores, 
alunos e instituições.
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A teoria e a prática de ensino apareceriam como elementos fundamentais para o trabalho do 
docente, devendo ser entendidas como prática de contribuição ao desenvolvimento do trabalho 
no ensino. Paralelamente, há muito se fala em desenvolver nos alunos a habilidade de “aprender a 
aprender”, e que não se trata de um novo meio de ensinar, mas de propor que alunos e professores 
passem a ter produção própria, desenvolvendo a criatividade e a inovação.
O “aprender a aprender” fundamenta-se na busca da autonomia de professores e alunos 
impulsionados pelo ato de refletir e criticar as suas próprias experiências e delas extrair 
conhecimentos. Nesse processo, o professor não existe para explicar a matéria, e sim para mostrar 
quais são os caminhos e como dominar os temas propostos; mas para que isso ocorra o aluno deve 
passar a ver o professor como um pesquisador, um motivador, o qual se tornaria um parceiro na 
construção dos conhecimentos, acabando com o ponto de terminalidade na escola.
Devido à velocidade de renovação do saber e do fazer, baseados em tecnologia, a maior parte dos 
conhecimentos adquiridos por uma pessoa no início de sua formação profissional será obsoleta ao 
iniciar a carreira. A nova sociedade baseada na informação insere na educação o desafio de formar 
continuamente indivíduos capazes de interagir com as tecnologias e apropriar-se delas.
Transformar a formação inicial em formação ao longo da vida seria o único caminho para alcançar 
ou manter-se em condições de competitividade em nível individual ou nacional, numa economia 
globalizada altamente tecnológica; assim, o ensino a distância é o parceiro ideal para desenvolver essa 
tarefa.
1.5 Educação tradicional e educação com tecnologia
A tecnologia poderia auxiliar na melhoria da transmissão de informações, permitindo ao aluno 
a interação, o desenvolvimento de atividades, a criação e o acompanhamento, diferente do ritmo 
monótono e repetitivo das salas de aulas dos professores tradicionalistas.
Ao definir tradicionalista, deve-se ater à situação de uma classe de professores que seguem os 
padrões em sala de aula que se identificam com ritmos monótonos e repetitivos, associados ao perfil 
dos alunos que permanecem apenas acompanhando, ouvindo, copiando e não interagindo com as 
solicitações do professor.
Um estudo desenvolvido em uma escola superior do estado de São Paulo analisou a diferença entre 
a sala de aula tradicional e aquela com tecnologia, em especial quanto ao uso da internet, visando 
descrever quais foram as mudanças que ocorreram nas formas de aulas, antes e após a utilização dos 
recursos tecnológicos aplicados na escola.
O estudo concluiu, em um quadro comparativo, a situação do ensino tradicional e com o uso das 
novas tecnologias:
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Quadro 1 – As mudanças da tecnologia na educação tradicional
Na educação tradicional Com a nova tecnologia
O professor Um especialista Um facilitador
O aluno Um receptor passivo Um colaborador ativo
A ênfase educacional Memorização de fatos Pensamento crítico
O método de ensino Repetição Interação
O acesso ao conhecimento Limitado ao conteúdo Sem limites
Fonte: o Autor.
O quadro demonstra as mudanças ocorridas quando deixamos de utilizar o ensino do modo tradicional 
e passamos ao ensino com tecnologia. Porém, deve-se levar em consideração que tais mudanças não 
ocorrem imediatamente, sendo necessários inúmeros fatores para utilizar corretamente a tecnologia 
como ferramenta de apoio pedagógico.
Para que ocorram essas mudanças, deveria ser levado em consideração o que realmente a escola 
pretende com a utilização desses recursos, definindo-se qual é o percurso didático a ser implementado 
e a metodologia a ser adotada.
Não há como falar de professores facilitadores quando os mesmos não detêm o domínio da 
ferramenta que irão aplicar aos seus alunos; para tanto, eles precisam estar devidamente capacitados e 
dotados de domínio sobre o recurso.
A essas mudanças adicionam-se outros elementos: o contexto da estrutura física, da facilitação e 
colaboração do acesso aos laboratórios pela direção e coordenação e de um projeto de utilização de 
informática coerente, que trataremos adiante.
Mesmo após essas mudanças, a possibilidade e a facilidade de estabelecer relações em questão 
de segundos por intermédio das redes eletrônicas gera riscos de massificação e de homogeneidade, 
abrigando “equívocos culturais”. Nesse sentido, cabe observar que algumas empresas de cunho tecnológico 
fornecem programas ditos de “formações virtuais” que, ao serem aplicados nos microcomputadores, 
sem qualquer acompanhamento pelos professores, visam à redução de custos, à certificação desleal e 
ao lucro, transmitindo unicamente as informações sem preocupação com o conhecimento.
Vale ressaltar que é necessário criar possibilidades para que o aluno encaminhe sua própria produção, 
construção e desenvolvimento. A esses atos, aplica-se constantemente a vivência das salas de aula, 
através do professor e do aluno, numa situação de abertura às curiosidades, às perguntas e às inibições, 
construindo o conhecimento.
Mas, para desenvolver a construção de conhecimentos, Moran (2000) adverte que precisamos nos 
envolver nos processosde aprendizagem, que podem estar em cada coisa que fazemos, cada pessoa, 
ou ideia que vemos, ouvimos, sentimos, tocamos, experimentamos, lemos, compartilhamos e sonhamos. 
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Para tanto, é necessário colaborar para que professores e alunos, nas escolas e organizações, transformem 
suas vidas em processos permanentes de aprendizagem.
Deve-se levar em conta que apenas deter a tecnologia não é suficiente para garantir a 
aquisição de conhecimentos. Não basta ter um laboratório de informática, datashow, softwares 
ou internet de alta velocidade, é necessário construir esse conhecimento. Essa construção 
necessita do envolvimento dos professores, que analisam como utilizar a tecnologia no projeto 
pedagógico, determinando quais serão as ferramentas e como utilizá-las em conjunto com seus 
alunos.
A construção de conhecimentos pode ser obtida por situações já vivenciadas, por diversas experiências, 
pela simples leitura, pela escrita, por pesquisas individuais ou coletivas, não importa; o importante é 
utilizar o recurso da melhor forma que facilite a comunicação entre professor e aluno na construção 
dos conhecimentos.
Os recursos tecnológicos constituem um meio importante para a obtenção de informações, sendo 
estas entendidas como matéria-prima para a elaboração do conhecimento.
Piaget já afirmava que todo conhecimento é uma construção, uma interação, que apresenta um 
aspecto de elaboração do novo. Não existe conhecimento resultante do simples registro de observações 
e informações, ou seja, não basta visualizar, é necessário construir, pensar e desenvolver conceitos 
permanentemente. O conhecimento procede de ações que se generalizam por aplicação a novos objetos, 
gerando um esquema, uma espécie de conceito prático.
Além disso, há uma percepção clara das diferenças e das especificidades dos saberes e das práticas; 
não no sentido de afastá-los uns dos outros ou de isolá-los, e sim de realizar um trabalho coletivo e 
interdisciplinar que vai além de juntar simplesmente as matérias. Falar em um corpo docente, como um 
coletivo organizado, atuante, buscando um ensino de boa qualidade, sinônimo de atuação competente 
dos docentes.
 Observação 
Principais mudanças no ensino com tecnologia
Utilizar a tecnologia na educação, unir professor e alunos, facilitando 
e colaborando na construção coletiva do pensamento crítico, interagindo 
sem limites e aprendendo coletivamente.
Há muito se fala das dificuldades socioeconômicas, conhecidas principalmente pela crise que 
abrange o mundo globalizado neste momento, que vão desde os significados da vida humana, das 
relações entre as pessoas, instituições, até as comunidades. Se efetivamente se vive e vivemos em uma 
crise, é necessário lembrar que devemos considerar que a ideia de crise aponta para duas perspectivas: 
a de perigo e a de oportunidade. Nesse sentido, não podemos esperar os acontecimentos para buscar o 
novo.
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As novas tecnologias podem enriquecer a mediação pedagógica e gerar oportunidades para a 
mudança do paradigma educacional relacionado à aprendizagem. Mas é preciso lembrar que somente 
informações acabam envelhecendo facilmente e que todo o conhecimento é provisório, pois, em se 
tratando de educação, nada é permanente ou totalmente acabado. Não há como ignorar a tecnologia, 
seu papel na sociedade ou o que se passa no mundo.
Descrição de tecnologia:
• As ferramentas e as máquinas que ajudam a resolver problemas;
• As técnicas, conhecimentos, métodos, materiais, ferramentas e processos 
usados para resolver problemas ou ao menos facilitar a solução dos 
mesmos;
• Um método ou processo de construção e trabalho (tal como a tecnologia 
de manufatura, a tecnologia de infraestrutura ou a tecnologia espacial);
• A aplicação de recursos para a resolução de problemas;
• O termo tecnologia também pode ser usado para descrever o nível de 
conhecimento científico, matemático e técnico de uma determinada 
cultura;
• Na economia, a tecnologia é o estado atual de nosso conhecimento 
de como combinar recursos para produzir produtos desejados (e nosso 
conhecimento do que pode ser produzido) (WIKIPÉDIA, 2011).
1.6 Um pouco da história da tecnologia brasileira
A entrada da informática na educação, no Brasil, está ligada diretamente ao ingresso dos 
microcomputadores, que ocorreu nos últimos trinta anos, principalmente no campo da microeletrônica, 
acarretando inúmeras transformações. Essas transformações ocorreram em vários setores econômicos, 
como indústrias, bancos e telecomunicações, que passaram a ter como base de seu desenvolvimento a 
informática.
Os avanços tecnológicos educacionais começaram na década de 1970, com a caracterização de 
dois pontos de vista: um restrito e outro amplo. O restrito estava limitado ao ensino dirigido apenas à 
utilização dos recursos dos microcomputadores no aspecto físico, ou seja, dominar os equipamentos; já 
o amplo se enquadrava em uma linha diferente, baseada no desenvolvimento e na administração dos 
elementos sistêmicos, ou seja, na educação concebida como o sistema ou a totalidade de subsistemas 
inter-relacionados, em que o papel da tecnologia é apenas colaborar, fornecendo ferramentas para o 
auxílio do desenvolvimento de atividades na educação.
A seguir, seguem os principais investimentos em educação com tecnologia no país:
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• 1981 – Política de Informática Educativa (PEI), do governo federal, das secretarias estaduais 
e municipais de educação e das universidades, a fim de inserir o computador no processo 
ensino-aprendizagem.
• 1982 – Centro de Informática Educativa do MEC – CENIFOR, subordinado à Fundação Centro 
Brasileiro de TV Educativa, seu papel era assegurar a pesquisa, o desenvolvimento, a aplicação e 
a generalização do uso da informática no processo de ensino-aprendizagem em todos os níveis e 
modalidades.
• 1983 – Comissão Especial de Informática na Educação (CE/IE), que elaborou e aprovou o projeto 
Educom – Educação com computadores, ficando a cargo da FUNTEVÊ, apoiado financeiramente 
pela Secretaria Especial de Informática (Seinf-MEC), pelo CNPq e pela Financiadora de Estudos e 
Projetos (Finep).
• 1985 – I Plano Setorial: Educação e Informática, prevendo ações nos segmentos de ensino e 
pesquisa relacionadas ao uso e aplicação da informática na educação.
• 1986 – Comitê Assessor de Informática na Educação de Primeiro e Segundo Graus – CAIE/SEPS, 
aprovou-se o programa de ação imediata em informática na educação.
• 1988 – Realizou-se o III Concurso Nacional de Software Educacional Brasileiro, e a Organização 
dos Estados Americanos (OEA) convidou o MEC-Brasil para avaliar o programa de informática 
aplicada à educação básica do México. O resultado foi um projeto multinacional de cooperação 
técnica e financeira integrado por sete países (Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, 
República Dominicana e Venezuela), com o objetivo de utilizar as redes telemáticas para a 
formação de professores, investigadores, administradores escolares e membros da comunidade, 
para auxiliar a implantação da informática na educação e a promoção de mudanças na escola 
pública.
• 1989 – Jornada de Trabalho Latino-Americano de Informática na Educação e Reunião 
Técnica de Coordenação de Projetos em Informática na Educação; a Unicamp avançou 
implantando o II Curso de Especialização em Informática na Educação – Projeto Formar 
II. Outro fator importante foi que o ConselhoNacional de Informática e Automação 
(CONIN) alterou a redação do II Plano Nacional de Informática e Automação, introduzindo 
ações de informática na educação, implantando núcleos de informática em educação nas 
instituições de ensino superior, secretarias de educação e escolas técnicas, no sentido 
de criar ambientes informatizados para atendimento à clientela de primeiro, segundo e 
terceiro graus, educação especial e ensino técnico, para o desenvolvimento de pesquisa e 
formação de recursos humanos; instituiu-se o Proninfe (Programa Nacional de Informática 
na Educação).
• 1991 – Aprovado o 1º Plano de Ação Integrada (Planinfe), para desenvolver nos anos de 1991 a 
1993 um plano de ação integrada com objetivos, metas e atividades para o setor da informática 
educativa; criou-se o Comitê Assessor de Informática Educativa.
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• 1996 – Foi criada a Secretaria de Educação a Distância – SEED, e também foi apresentado o 
documento básico “Programa Informática na Educação”, tendo como função básica promover o 
uso da informática como ferramenta de enriquecimento pedagógico no ensino público médio.
• 2000 – Projeto Rede Telemática para Formação de Educadores a Distância. O projeto formava 
professores, administradores, pesquisadores e membros das comunidades escolares em informática 
na educação, analisando, estudando e programando as mudanças pedagógicas e de gestão da escola, 
integrando a comunidade e a escola, envolvendo e formando continuamente os seus integrantes.
• 2010 – O governo federal instalou 6,6 mil telecentros em 5,4 mil cidades brasileiras. Os telecentros 
são dotados de dez computadores, servidor central, central de monitoramento, impressora, 
mobiliário e conexão internet. Parcialmente, o Estado de São Paulo promoveu a inclusão digital 
implementando 519 postos do Acessa São Paulo, atendendo a 464 municípios paulistas. Também 
foi criado o programa Acessa Escola em 3.752 escolas da rede pública estadual. Esse programa tem 
um diferencial ao utilizar estagiários, cerca de 13.086, que são os responsáveis pelo atendimento 
aos alunos nas salas de informática, que ficam abertas o dia todo.
Atualmente, o MEC tem procurado, através de seus projetos, fundamentar nas escolas 
um enorme potencial didático-pedagógico, ampliando oportunidades onde os recursos são 
escassos, familiarizando o cidadão com a tecnologia que está em seu cotidiano, dando respostas 
flexíveis e personalizadas para pessoas que exigem diversidade maior de tipos de educação 
(ZACARIOTTO, 2009).
Outro fator é a criação de espaços educacionais que promovam a formação e o conhecimento em 
informática educativa, motivando os profissionais e alunos para aprender continuamente, em qualquer 
estágio de suas vidas (MEC, 2004).
 Saiba mais
Dica de filme que pode propiciar uma inter-relação com os conteúdos 
da unidade:
TV Escola – a tecnologia a serviço da educação. Disponível em: <http://
penta3.ufrgs.br/PEAD/Semana14/videos/tecnologia/index2.html>.
2 OS PILARES NECESSÁRIOS PARA O USO DA TECNOLOGIA EDUCACIONAL
Fazer da escola não apenas o lugar da qualificação, do treinamento, mas 
o lugar da formação. Creio que isto significa fazer a escola retornar a seu 
futuro.
Neidson Rodrigues
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No capítulo anterior, abordamos o que é a tecnologia e como os professores estão sendo 
influenciados a utilizá-la na sala de aula. Agora, temos como objetivo identificar e potencializar quais 
são os pontos-chaves para o sucesso com o uso da tecnologia educacional.
Utilizar a tecnologia em sala de aula não é tão simples assim, temos uma série de fatores que acabam 
promovendo sucesso ou fracasso na utilização do recurso. Como já abordamos anteriormente, não basta 
colocar uma televisão, um vídeo ou um computador para que a tecnologia seja empregada, é necessária 
a participação de todos, desenvolvendo um projeto de apoio pedagógico que utilize os recursos como 
uma ferramenta de apoio, e não uma solução pronta.
2.1 As mudanças necessárias para utilização da tecnologia no ensino
A tecnologia educacional é apenas uma ferramenta, como caderno e lápis; 
se não houver um professor para ensinar a escrever, ninguém aprende e o 
caderno se perde no tempo (William Zacariotto).
A tecnologia sempre afetou o homem, desde as primeiras ferramentas, por vezes consideradas a 
extensão do corpo, passando pela máquina a vapor, que mudou hábitos e instituições, até chegar ao 
microcomputador, que trouxe novas e profundas mudanças sociais e culturais.
Diante desse fator, grande parcela da sociedade confunde a evolução social do homem com as 
tecnologias desenvolvidas e empregadas em cada época. Historicamente, passamos pelos avanços 
tecnológicos fundamentados na Idade da Pedra, do Ferro, do Ouro e do tratamento da informação, 
gerando avanços científicos e ampliando o conhecimento sobre esses recursos cada vez mais 
sofisticados. Paralelamente, ao assumir o uso de tecnologias nas escolas, precisamos requerer que estas 
estejam preparadas para realizar investimentos em equipamentos, qualificação pessoal e, sobretudo, na 
viabilização das condições de acesso e de uso dessas máquinas.
Não podemos afirmar que a revolução da informática se trata de uma novidade, aliás basta olhar 
para seus filhos ou para os alunos, para eles a tecnologia é natural. O que não podemos é ignorar sua 
existência.
A escola, face à revolução tecnológica, sofre as mesmas influências que qualquer outra organização, 
ou seja, não há como ignorar ou deixar de aproveitar os benefícios tecnológicos proporcionados. Mas 
é necessário tomar cuidado, pois a escola não deve agir como as empresas, que procuram sucesso em 
pequeno prazo. Com a tecnologia educacional, o sucesso pode vir de duas ou três intervenções realizadas 
com alunos. O foco é identificar a dificuldade de ensino e buscar formas de melhoria do aprendizado.
São vastos os recursos tecnológicos oferecidos no mercado atualmente, desde equipamentos 
audiovisuais, microcomputadores, programas de computador, lousas eletrônicas, até equipamentos de 
robótica e outros simuladores.
Em uma de minhas pesquisas, contatei escolas ditas totalmente informatizadas, em que os alunos 
enviavam semanalmente aos professores os exercícios extraclasse via e-mail. Numa dessas ações, 
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o computador da escola foi contaminado com um vírus, e todos os trabalhos perdidos, criando um 
problema maior ainda. Cobrou o aluno ou não?
Figura 3 – Vírus de computador
A charge acima ilustra bem o caso citado, diante da tecnologia podem surgir imprevistos, por isso é 
necessário estar organizado e planejado.
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Caminhando pela rua, recebi um panfleto que continha a propaganda de uma escola particular. 
Observei que havia um destaque central, no qual estava escrito “Escola totalmente informatizada”. 
Pergunto a você, o que é uma escola totalmente informatizada? Há diversas formas de analisar se uma 
escola é ou não informatizada.
Uma escola que possui um controle de notas e pagamentos informatizado, biblioteca toda catalogada 
em um micro, site disponibilizando notas dos alunos etc. é informatizada. Portanto, uma escola 
informatizada nem sempre utiliza os recursos tecnológicos como ferramenta de apoio pedagógico, o 
conceito administrativo não pode ser levado em conta.
No anseio de destacar-se das demais, algumas escolas acabam adquirindo esses equipamentos para 
seus laboratórios de informática sem mesmoverificar se há profissionais capacitados para operá-los, 
meios de mantê-los, ou se atendem ao planejamento escolar. Em alguns casos, escolas investem nos 
recursos e os deixam guardados por medo de danificá-los.
Também há escolas que adquirem os equipamentos e somente os professores da área de tecnologia 
podem utilizá-los. Alguns diretores costumam trancar esses laboratórios, e os equipamentos acabam se 
tornando obsoletos, pois a evolução é rápida.
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Uma escola não pode ser chamada de informatizada pelo simples conteúdo dos equipamentos, 
pelo boletim eletrônico, ou por dispor de laboratórios maravilhosos, deve-se levar em conta como está 
planejada sua utilização.
É preciso enfatizar que o essencial não é a tecnologia, mas pode-se contar com um novo estilo de 
suporte, que auxilie ambas as partes (aluno e Professor).
A construção coletiva dos conhecimentos não é uma tarefa fácil, principalmente no que diz 
respeito ao confronto das expectativas dos sujeitos envolvidos. Trata-se de dificuldades que precisam 
de condições especiais para serem superadas. O exercício de confrontar as expectativas de cada um dos 
organizadores do projeto coletivo da escola implica tornar público o desejo de um princípio, de uma 
convicção, exigindo um desprendimento com relação ao próprio desejo, desenvolvendo a ideia de que 
algo que era de uma pessoa agora é também de muitos e poderá ser transformado.
A internet, por exemplo, pode ser uma ferramenta de integração para a multidisciplinaridade, pois permite 
compartilhar projetos de diversas matérias. As pesquisas podem ser múltiplas e ainda servir como facilitadoras 
no ato de compartilhar conhecimentos produzidos pela própria escola, disponibilizando os trabalhos dos alunos 
em blogs, sites e ferramentas de redes sociais. Também é uma ferramenta importante para agendamento e 
gerenciamento da comunicação entre direção, coordenação pedagógica e professores.
Ao disponibilizar os trabalhos escolares, projetos e ações da escola na internet, ela abre as portas à 
comunidade, demonstrando o quanto são criativos os projetos, permitindo que toda a sociedade passe a 
conhecer os trabalhos desenvolvidos pelos alunos e professores. Nessa construção, pode-se gerar novos 
parceiros que venham da comunidade privada ou de órgãos governamentais.
Não estamos falando em dispor fotos de alunos, nem rede social de cada um, mas dos seus trabalhos 
e atividades por eles criados.
A articulação entre as escolas e outras instituições (como bibliotecas, museus, arquivos etc.) poderia 
ser realizada através do uso das telecomunicações e da informática, proporcionando contatos entre 
pessoas, grupos e associações regionais, por serem espaços de intervenção, realização de atividades 
integradas e coletivas.
Não há como deixar de lado o uso da tecnologia, ela nos envolve e sempre se adaptará para atender 
às nossas necessidades. O importante, ao utilizá-la, é saber que se trata de um instrumento de apoio 
pedagógico, tal como um livro ou um jogo. Apenas um instrumento a ser desenvolvido, inacabado, 
pronto para ser integrado, o qual proporcione frutos para ambos os lados.
Em 2009, foi realizado um estudo com escolas do interior paulista dotadas de laboratórios de 
informática; nele os professores responderam aos questionários sobre como eram utilizados os 
laboratórios e quais eram os seus objetivos.
No estudo em questão, pôde-se observar que os professores tinham uma apostila chamada Tecnologia, 
monitor nos laboratórios e que sempre, quando chegavam, os laboratórios já estavam prontos para uso.
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A grande maioria dos professores respondeu que os alunos eram levados aos laboratórios para seguir o material 
da apostila, onde eram executados os jogos dispostos nos micros e que estes eram repetitivos e monótonos.
Pôde-se perceber, pelas respostas dos professores, a grande insatisfação quanto à forma de trabalho, 
principalmente que as apostilas não abordavam o que era trabalhado em sala de aula. É importante que 
o trabalho desenvolvido com o recurso tecnológico seja o mesmo que se trabalha em sala de aula, tenha 
a construção e permita a interação do mundo real com o da informática.
Ao procurar identificar as necessidades para a utilização da tecnologia como ferramenta pedagógica nas 
escolas, criamos quatro pilares que são primordiais para o uso da tecnologia na escola. São eles: a estrutura 
física, a participação da administração escolar, a participação dos professores e o contexto pedagógico.
Educação com tecnologia
Contexto 
pedagógico
ProfessorEstrutura física Administração e 
coordenação
Figura 4 – Os pilares da tecnologia educacional
Os pilares da tecnologia não são leis, não são obrigatórios, e sim pontos importantes, norteadores 
para uma boa aplicação da ferramenta como apoio pedagógico.
Também se sabe que grande parcela são resultados pessoais, de um diretor, de um colaborador, de um 
coordenador pedagógico ou de um professor, que se aventura a utilizá-lo e percebe que a ferramenta 
pode auxiliá-lo na elaboração de uma boa aula.
 Lembrete
Os pilares são fundamentais
Os quatro pilares da tecnologia são Estrutura física, Participação 
da administração e Coordenação pedagógica, o Professor e o 
Contexto pedagógico. O funcionamento coletivo deles pode melhorar 
significativamente o uso da tecnologia nas escolas.
2.2 A estrutura física das escolas
O primeiro ponto a ser levantado é: será que as escolas estão preparadas fisicamente para receber a 
tecnologia? Diante de um mercado complicado e de inúmeras ocorrências de furto e roubo, as escolas 
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têm se fechado, e o acesso aos laboratórios acaba sendo dificultado. Em um dos meus estudos, pude 
constatar essa dificuldade, eram 20 minutos para abrir a sala e ligar os computadores. Grande parte da 
aula era perdida, alguns alunos até brincavam: “Professor, estamos fazendo um curso intensivo de abrir 
e fechar laboratórios”.
A reorganização física dos prédios das escolas deveria ser tratada como ponto importante para que 
se inicie o envolvimento tecnológico, pois sem a infraestrutura física aparentemente encontraríamos 
dificuldade no acesso a esses recursos. Na maioria dos projetos de implementação da tecnologia, são 
criados laboratórios de informática, rede de acesso aos dados e acesso à rede de pesquisas (internet).
É necessária atenção quanto às estruturas físicas das escolas, à facilidade de acesso aos laboratórios, 
a torná-los mais acessíveis e organizados, à criação de salas de aula mais funcionais, e até mesmo à 
disponibilização de conexões a redes locais em cada sala, ou em diversos pontos da escola, permitindo 
assim que professores e alunos desenvolvam pesquisas em diversos pontos da escola, utilizando os 
micros disponíveis ou seus próprios notebooks.
Paralelamente, caminhamos para formas de gestão menos centralizadas, mais flexíveis e integradas; 
para isso, seria necessário ter estruturas mais enxutas, trabalhando mais sinergicamente, concentrando 
maior participação dos professores, alunos, pais e comunidades, gerenciando atividades e proporcionando 
os rumos de cada instituição escolar, com a finalidade de obter uma maior integração, um acesso 
facilitado e garantia da qualidade da educação.
A melhoria do espaço físico das escolas poderia ser facilitada se fossem bem planejadas. Escolas 
eficazes não são necessariamente grandes, mas sim aquelas que utilizam de forma criativa seu espaço,transformando-o em um ambiente especial para a leitura, para as representações, ou até mesmo para o 
convívio da comunidade.
Grande parte dessas melhorias do espaço físico já ocorreu em escolas onde houve a participação 
da comunidade. Mas não basta às escolas simplesmente ter microcomputadores e programas para uso 
em atividades de ensino, é preciso também que esses microcomputadores estejam interligados e em 
condições de acessar a internet e todos os demais sistemas e serviços disponíveis nas redes, multiplicando 
assim as possibilidades educativas. É necessário adequar a tecnologia ao alcance das expectativas de seu 
uso: telecomunicações, por exemplo, facilitam a coleta de dados e o acesso às informações da escola; o 
audiovisual favorece a apresentação explicativa e ilustrativa do real; e a informática pode colaborar para 
classificação, seleção e simulação de situações.
Ao adequar o uso das tecnologias, segue uma sugestão iniciando um trabalho coletivo: alunos, 
professores, especialistas, diretores e comunidades de pais, juntos, em um processo de construção, criem 
uma equipe própria na escola, a qual, ao analisar a base tecnológica disponível (equipamentos e mídias), 
tome as decisões quanto à escolha de ser ou não conveniente o uso de informática aplicada à educação, 
e ainda sugira possíveis adequações no projeto pedagógico, contando com o apoio de universidades 
ou de especialistas externos para assessoramento e suporte técnico voltado à tecnologia. Em conjunto, 
poderiam também analisar os problemas relativos às cargas horárias, hoje constituídas de “aulas” de 50 
ou 100 minutos, e aqueles ocasionados por turmas grandes de alunos. Notadamente nessas condições, o 
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uso do microcomputador e da internet no curto tempo da “aula” e para um número excessivo de alunos 
é totalmente inviável.
Cada instituição de ensino deveria orientar, no seu próprio projeto pedagógico, a relevância a 
ser dada quanto ao uso da tecnologia aplicada na educação, envolvendo professores, coordenadores 
pedagógicos e diretores, os quais, através de reuniões permanentes, provocassem atualizações nesses 
projetos, buscando acompanhar e melhorar todas as dificuldades encontradas no processo.
O projeto pedagógico aparentemente é o modo de ser e de fazer da escola. O clima escolar positivo 
na escola como um todo envolveria alunos, professores, direção e equipe técnico-pedagógica, e estes, 
orientados para a superação dos desafios, certamente desenvolveriam comportamentos importantíssimos 
aos alunos.
A existência ou não de locais de concentração e de circulação de alunos e professores, as cores das 
paredes, a distribuição dos ambientes dentro do espaço escolar projetam-se diretamente na produção 
e no estímulo dos que ali convivem. Esses fatores refletem-se na disposição para trabalhar e estudar e 
na própria qualidade do ensino e podem vir a definir a ação pedagógica. O ambiente pode influenciar 
no processo de aprendizagem do aluno, e as instalações condicionariam a integração da comunidade 
acadêmica com sua produção e pesquisa. O conjunto escola, alunos e comunidade é a aura da escola.
Uma das soluções viáveis é a utilização de monitores, contratados, terceirizados, colaboradores que 
venham de projetos sociais ou até mesmo os próprios alunos. Estes terão a função de abrir e fechar 
as salas, ligar e desligar os equipamentos, checar os defeitos e comunicar a necessidade de reparos à 
administração. Assim, o professor não perderá tempo com ações rotineiras e diárias.
2.3 A participação da administração escolar no contexto tecnológico
Os principais problemas encontrados nas escolas quanto à utilização das tecnologias são falta de 
acesso, apoio técnico inadequado, tempo insuficiente para aprendizagem e planejamento. O envolvimento 
da direção e da coordenação nos cursos de capacitação auxiliam na disseminação da ideia de utilização 
da tecnologia como ferramenta de apoio no ensino-aprendizagem. Além de frequentarem os cursos de 
capacitação em informática na educação, é de vital importância que os professores estejam dispostos 
a colaborar nos aspectos de diminuição dos problemas de acesso à tecnologia, providenciando apoio 
técnico necessário, mostrando interesse pelo assunto e pelos projetos que venham a surgir com o uso 
da informática, e finalmente proporcionando tempo de aprendizagem aos professores.
As mudanças na educação dependem também de termos administrativos, esperando que os dirigentes 
da instituição entendam todas as dimensões que estão envolvidas no processo educacional, dando 
apoio aos professores, equilibrando o gerenciamento empresarial, tecnológico e humano, e finalmente 
contribuindo para que haja um ambiente de maior inovação, intercâmbio e comunicação na escola.
Possivelmente com essas mudanças, diretores e coordenadores passariam a procurar formas de 
tornar viável o acesso frequente e personalizado de professores e alunos às novas tecnologias, sendo 
imprescindível que haja laboratórios bem equipados; salas conectadas à internet e adequadas para 
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pesquisa; que seja facilitado a aquisição de microcomputadores por meio de financiamentos públicos, 
privados, com juros baixos e com o apoio de organizações não governamentais.
 Observação 
Papel do diretor
É papel do diretor auxiliar no ingresso da tecnologia tanto na parte 
administrativa como na inserção pedagógica. Com seu apoio, as coisas se 
tornam mais fáceis. 
2.4 A participação dos educadores
O novo educador é um profissional em constante mudança, passando a ser o intermediário entre o 
conhecimento acumulado, o interesse e a necessidade do aluno. Nessa perspectiva, Phillipe Perrenoud, 
sociólogo suíço e referência essencial aos educadores, devido às ideias pioneiras sobre a profissionalização 
de professores, acredita ser necessário que o uso da tecnologia seja uma competência do professor, 
de modo que ele atinja uma atitude desafiadora e assuma uma postura de aprendiz ativo, crítico e 
criativo.
A escola não pode ignorar as novas tecnologias de informação e da comunicação que afetam o 
mundo, pois estas transformam as maneiras de comunicar, de trabalhar, de decidir e de pensar. Para 
ele, o professor necessita utilizar os aplicativos para explorar todas as potencialidades didáticas dos 
programas de computador em relação aos objetivos do ensino, adicionando-se as formas de comunicação 
a distância por meio da telemática e as ferramentas multimídia no ensino.
Os avanços das ciências e das tecnologias fazem com que a educação assuma um caráter de recomeço 
da renovação sempre, pois possui papel de transformar criticamente a realidade por meio da construção 
e disseminação do conhecimento. A colocação do microcomputador na sala de aula não garante um 
ensino inovador crítico e transformador: a sociedade do conhecimento exige dos professores e dos 
alunos autonomia e produção própria, baseada na modernidade, analisando a proposição metodológica 
do “aprender a ensinar”.
O desafio de “aprender a ensinar” é acoplado à habilidade ou ao atributo indispensável ao professor 
que, aqui, muito mais do que um portador de conhecimento, deverá ter um papel de gerenciador da 
circulação e da construção desse conhecimento, assim como o de um orientador da aprendizagem.
Para um professor não é possível separar as dimensões pessoais e profissionais; e essas dimensões são 
a forma pela qual cada um vive a profissão de professor, tão ou mais importante do que as técnicas que 
aplicam ou os conhecimentos que transmitem; os professores constroem sua identidade por referência 
aos saberes (práticose teóricos), mas também por um conjunto de valores.
A tecnologia pode auxiliar, mas para que seu uso seja efetivo é necessário que os professores estejam 
preparados ou capacitados. Atualmente o educador cria, organiza e promove o ambiente tecnológico 
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através de atividades que facilitam o processo de ensino-aprendizagem, fornecendo recursos para que o 
aluno desenvolva ao máximo o processo de aprender. Há professores que resistem ao trabalho realizado 
no laboratório de informática, não querem se envolver, e, mesmo quando aceitam o trabalho, acreditam 
que este é independente das atividades curriculares, delimitam o uso como reforço, enquanto outros 
procuram os laboratórios para realizar um trabalho integrado, inserindo-se em projetos, de modo que a 
sua função passa de apenas “lecionar a incentivar os demais professores”.
Outro ponto a ser incluído nesta reflexão diz respeito à formação do professor. Simplesmente ter 
um curso superior na área de educação e participar das matérias de informática na faculdade, quando 
estas existem no currículo, não garante em nenhum momento que esses professores estão prontos para 
realizar as tarefas de ensino de informática na educação. Daí a necessidade de um processo permanente 
de capacitação, monitoramento e estruturas de apoio docente, em que possam ser desenvolvidas as 
dimensões técnico-didáticas (campo científico específico), pedagógicas (campo das teorias e práticas 
educacionais) e tecnológicas (campo das novas tecnologias).
Ao professor cabe o papel de facilitar, supervisionar, ser consultor do aluno no processo de 
resolver o seu problema, e não somente transmitir informação ao aluno; o professor deverá se 
concentrar em propiciar ao aluno a chance de construir o próprio conhecimento, convertendo a 
enorme quantidade de informação adquirida em conhecimento aplicável na resolução de problemas 
de seu interesse. Ao trabalhar nessa construção de conhecimentos, é necessário conhecer o aluno, 
incentivando a reflexão e a crítica e permitindo que ele passe a identificar os próprios problemas 
em sua formação.
A questão da qualificação e da carreira docente sempre precisou ser repensada e tratada com base 
em uma perspectiva mais aberta, flexível. São necessários docentes qualificados, recursos tecnológicos, 
clima intelectual sério e responsável, caracterizando o cotidiano do trabalho acadêmico. É fundamental 
a valorização da atuação desse professor, ou seja, é preciso que os governos e os sistemas de ensino 
invistam tanto na sua formação continuada (incluindo a sua capacitação) quanto na promoção de 
condições adequadas de trabalho. José Manuel Moran, um dos maiores especialistas no uso da internet 
em sala de aula, discorre em seus livros que esse investimento transforma o professor no gerenciador 
do processo de aprendizagem, coordenando todo o andamento no ritmo adequado, sendo o gestor das 
diferenças e das convergências do contexto de sua prática.
O professor precisa ter consciência de que sua ação profissional competente não será substituída 
pelas máquinas, mas ampliada no seu campo de atuação para além da sala de aula. Nessa perspectiva, ele 
passa a ser um incansável pesquisador, um profissional que se constrói a cada dia, que aceita os desafios 
e a imprevisibilidade da época para se aprimorar cada vez mais, gerando melhorias de desempenho 
tanto para si próprio quanto para os alunos.
Ao buscar a ampliação nos campos de atuação, as tecnologias apontam para a busca do trabalho 
coletivo, passando da sala de aula e caminhando para a escola como um todo, tomando cuidado de 
desenvolver atividades que estejam definidas no projeto pedagógico, evitando fugir do estudo proposto 
em questão. Se olharmos para o ambiente da internet, poderíamos perder facilmente o contato com o 
objetivo do estudo, devido à grande diversidade proposta.
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Ao professor cabe assumir o papel de mediador e promotor desse novo processo de aprendizagem, 
procurando criar ambientes interdisciplinares, propondo desafios e explorações que possam conduzir a 
descobertas, utilizando dessa forma os recursos do microcomputador no sentido de articular informações 
com conhecimentos adquiridos para a construção de novos conhecimentos, ou seja, professores e alunos 
tornam-se aprendizes e mestres de sua própria educação, participantes de um processo que envolve os 
aspectos social, afetivo e cognitivo.
Além disso, não é possível pensar na prática docente sem pensar na pessoa do professor e em sua 
formação, que não se dá apenas durante os cursos de formação, mas em todo o caminho profissional, 
dentro e fora da sala de aula. A diferença didática não está no uso ou não uso das novas tecnologias, 
mas na compreensão das suas possibilidades, sabendo efetuar escolhas conscientes sobre as formas 
mais adequadas ao ensino, optando ou não pelo uso da tecnologia.
 Observação 
Capacitação dos professores
O professor do futuro deve estar preparado para o uso das tecnologias 
em sala de aula como ferramenta de apoio pedagógico e, para isso, deve 
estar devidamente capacitado. O Governo Federal, Estados e Municípios 
têm criado programas para capacitação, aproveite essa oportunidade. 
3 METODOLOGIAS DE INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO
Tão importante quanto o que se ensina e se aprende é como se ensina e 
como se aprende (César Coll).
Neste capítulo, temos como objetivo identificar e potencializar quais são os pontos-chaves para se 
ter sucesso com o uso da tecnologia educacional.
Estudamos, no capítulo anterior, as necessidades para o uso da tecnologia nas escolas, percebemos 
que sua inserção não é tão fácil quanto parece e precisa do envolvimento e da participação de todos. 
Nesse caminho, buscamos mostrar como podemos utilizar os recursos na escola. Iniciando com a televisão 
e os vídeos, os laboratórios de informática e até mesmo os locais de convivência da escola. Algumas 
de minhas sugestões nem sempre são bem-vistas pelas direções, pois mesmo com o barateamento da 
tecnologia necessitam de investimento.
Daí, perguntamos, mas e esse investimento, de onde virá? Para ser sincero, não sei, mas uma boa 
sugestão seria aproveitar micros antigos, buscar parceiros, doações de pessoas físicas ou empresas, ou 
até mesmo fazer rifas, o que importa é a ação, que certamente parceiros virão.
A charge abaixo demonstra a realidade de uma pesquisa em diversas classes. Os recursos tecnológicos 
estão presentes no cotidiano das pessoas e podem ser ferramentas brilhantes de apoio pedagógico, 
incentivando a participação dos alunos.
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Figura 5 – Como manter a atenção na sala de aula
Devido à velocidade de renovação do saber e do fazer, baseados em tecnologia, a maior 
parte dos conhecimentos adquiridos por uma pessoa no início de sua formação profissional será 
obsoleta ao iniciar a carreira. A nova sociedade, baseada na informação, insere na educação 
o desafio de formar continuamente indivíduos capazes de interagir com as tecnologias e de 
apropriar-se delas.
Nessa linha, a tecnologia pode promover a formação contínua dos professores, é um dever 
da sociedade e do Estado, tanto para atender às necessidades do sistema econômico quanto 
para oferecer ao indivíduo oportunidades de desenvolver suas competências como trabalhador 
e cidadão, capaz de viver na sociedade. Sendo assim, transformar a formação inicial em 
formação ao longo da vida seria o único caminho paraalcançar ou manter-se em condições 
de competitividade, em nível individual ou nacional, numa economia globalizada altamente 
tecnológica.
A tecnologia, atualmente, é vital para a atualização, seja através de sites de pesquisa, de videotecas, 
museus e até mesmo universidades virtuais e cursos a distância. Em vídeo ou computador ligado à 
internet, pode propiciar ao professor mecanismos para que possa, ao longo dos anos, colher novas 
propostas, técnicas e soluções para projetos.
 Saiba mais
No artigo “Um guia sobre o uso da tecnologia em sala de aula”, 
publicado pela Revista Nova Escola de junho de 2009, foram descritas as 
novas ferramentas necessárias e imprescindíveis para o avanço dos alunos 
no uso da tecnologia. Acesse:
< http://revistaescola.abril.com.br/avulsas/223_materiacapa_abre.shtml>.
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3.1 As escolas e os recursos tecnológicos
A estrutura física da escola, abordada anteriormente, como um dos pilares necessários para o 
trabalho com a tecnologia foi analisada em uma pesquisa de mestrado realizada no interior paulista, 
em que se pôde perceber que há nas escolas grande diversidade de recursos tecnológicos; mas para 
funcionamento dos mesmos é necessária a participação dos diretores, coordenadores e professores na 
inserção pedagógica.
Um dos pontos levantados no estudo foi que muitas das escolas escondiam dos professores os 
equipamentos de projeção com medo de que eles os danificassem. Os laboratórios eram trancados com 
grades e cadeados, e a chave ficava com a direção; assim, se houvesse algum problema no laboratório, 
o professor era o responsável.
Inicialmente, sugerimos que a escola faça um levantamento de todos os recursos tecnológicos de 
que dispõe. A lista deve ser disponibilizada nas reuniões pedagógicas para que todos os professores 
possam saber como utilizá-los em aulas e adequá-los ao planejamento pedagógico.
Nessas reuniões, a direção e a coordenação devem pesquisar quais as dificuldades dos professores 
quanto à utilização do recurso e procurar saná-las.
Outro ponto importante é criar agendas cujo objetivo seja delimitar quem estará usando o recurso 
tecnológico, evitando conflitos e problemas de uso coletivo. A Google fornece uma agenda informatizada 
gratuita que pode ser distribuída a todos os professores, ou seja, ele pode, de sua casa, visualizar quando 
e qual recurso estará sendo utilizado por ele nas aulas.
3.2 A televisão e os vídeos
Levando em conta os recursos tecnológicos que grande parte das escolas dispõe, não se pode deixar 
de lado a televisão e o vídeo, que também são recursos tecnológicos de apoio às aulas. Se a escola 
possuir câmeras digitais, será possível trabalhar minivídeos de explicação das matérias e criar uma 
videoteca no local. O papel da escola é observar esses meios de comunicação, interagir e colocar novos 
caminhos para visão de professor e aluno para o avanço tecnológico.
A utilização de programas de vídeo como instrumento didático depende de uma seleção e avaliação 
prévia do material disponível. Sejam filmes ou conteúdos pré-desenvolvidos, basta uma seleção por parte 
dos professores ou da equipe pedagógica do que pode ser utilizado como material de apoio pedagógico.
José Manuel Moran descreve em seu artigo, O vídeo na sala de aula, que o professor deve documentar 
o que é mais importante em seu trabalho:
... ter o seu próprio material de vídeo assim como tem os seus livros e apostilas 
para preparar suas aulas. O professor estará atento para gravar o material 
audiovisual mais utilizado, para não depender sempre do empréstimo ou 
aluguel dos mesmos programas.
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 Segundo Mandarino (2002), os vídeos devem ser usados apenas quando adequados ao conteúdo 
e que possam contribuir significativamente para o desenvolvimento do trabalho como ferramenta de 
apoio. A autora ressalta que nem todos os temas e conteúdos escolares podem e devem ser explorados a 
partir da linguagem audiovisual ou pelos vídeos. Ao verificar as potencialidades do vídeo no processo de 
ensino aprendizagem, é necessário inicialmente construirmos os planos de aula. A seguir, são apresentados, 
segundo a autora, os pontos a serem considerados no planejamento de uma aula com vídeo:
• Ao explorar um vídeo, devem-se fazer analogias com outras concepções, métodos, 
técnicas e resultados que já foram ou podem ser explorados em sala de aula;
• O vídeo pode ter a função de apresentar conceitos novos ou já estudados 
no sentido de motivar o aluno, despertar a curiosidade e interesse, além de 
transmitir as ideias básicas relacionadas com o conteúdo da aula;
• O vídeo deve ser complementado pela apresentação dos conceitos/
conteúdos na forma textual. O texto pode ser mais linear, detalhado e 
acrescido de exercícios de fixação e aplicação. Vídeos e textos devem se 
complementar mutuamente;
• O vídeo tem a capacidade de aproximar o conhecimento científico do 
cotidiano, fazendo com que algumas concepções do senso comum passem 
a se fundamentar nas ciências;
• A dinâmica e o tempo de aula devem ser bem planejados, pois o uso do 
vídeo pressupõe sempre a atuação do professor;
• O vídeo pode ser usado como instrumento de leitura crítica do mundo, 
do conhecimento popular, do conhecimento científico e da própria mídia 
(MANDARINO, 2002).
Com o advento da internet, hoje, há grande diversidade de sites que disponibilizam conteúdo através 
de videotecas, as quais podem ser acessadas das bibliotecas escolares, ou mostrados em sala de aula.
Um bom exemplo é o site da TV Escola, que possui atualmente uma videoteca com mais de 600 
títulos de diversos temas que podem ser utilizados em sala de aula. Pelo link <http://tvescola.mec.gov.
br>, é possível assistir aos vídeos.
Para baixá-los em um computador ou em uma rede, a fim de utilizá-los posteriormente, siga estes 
passos:
• Acesse o link de pesquisas disponíveis no domínio público, um site do governo cujo objetivo 
é distribuir gratuitamente vídeos que poderão ser utilizados para educação no Brasil: 
<http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/PesquisaObraForm.do>
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Figura 6 – Tela do Portal Domínio Público
Para baixar os vídeos ou mídias disponíveis:
1) Tipo de mídia: selecione qual tipo de mídia deverá ser localizado (imagem, som, texto e vídeo).
2) Categoria: indique a categoria da mídia desejada, você pode localizar TV Escola, vídeos de 
educação ambiental, conferência da FUNAG, programa de formação dos professores, passeios 
virtuais, religião e diversas categorias de vídeos da TV Escola.
3) Clique sobre o botão pesquisar, automaticamente abrirá uma nova tela com todos os vídeos 
disponíveis:
Figura 7 – Vídeos e mídias do Portal Domínio Público
4) Selecione o vídeo desejado clicando sobre ele, será mostrada a tela para baixá-lo:
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Figura 8 – Selecionando o vídeo escolhido
5) Basta clicar sobre o botão baixar e selecionar o local a ser baixado o vídeo em seu computador. O 
vídeo está pronto para ser usado.
6) Não se esqueça de antes fazer o planejamento e o teste.
Os vídeos do site Domínio Público foram criados pela TV Escola e pelo Ministério da Educação, 
são destinados a professores, educadores e alunos. E podem ser utilizados facilmente em sala de 
aula.
A TV Escola não é um canal de divulgaçãode políticas públicas da educação. É uma política pública 
em si, com o objetivo de subsidiar a escola e não substituí-la. Em hipótese alguma, substitui também 
o professor. A TV Escola não vai “dar aula”, ela é uma ferramenta pedagógica disponível ao professor: 
seja para complementar sua própria formação, seja para ser utilizada em suas práticas de ensino. Para 
todos que não são professores, a TV Escola é um canal para quem se interessa e se preocupa com 
a educação ou simplesmente quer aprender.
 Saiba mais
A seguir, dicas de sites com vídeos de domínio público que podem ser 
utilizados gratuitamente:
<http://www.youtube.com/?gl=BR&hl=pt>
<http://video.google.com.br/?hl=pt-br&tab=wv>
<http://br.video.search.yahoo.com/video>
Outra fonte importante de uso do vídeo em sala de aula é o livro Como 
usar a televisão na sala de aula, de Marcos Napolitano, Editora Contexto.
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3.2.1 Os microcomputadores e os laboratórios de informática
Sabemos que a realidade educacional brasileira é complexa. Há escolas públicas onde nem mesmo 
existem carteiras, e também escolas com laboratórios completos, às vezes abandonados. Se sua escola 
possui um laboratório abandonado, proponha à direção mudanças.
Lembre-se: o professor é ponto-chave para mudanças na escola, não deve esperar que elas venham 
somente da administração, e sim promover ações que possam trazer melhorias para todos.
Outro ponto importante é que às vezes tentamos, mas a direção não aceita as opiniões. É complicado, 
mas você deve insistir, como diz o ditado: Água mole em pedra dura tanto bate até que fura. Conto com 
vocês para que, juntos, possamos implementar a tecnologia nas escolas. Se precisar de apoio, não hesite 
em me procurar, lembre-se: logo na primeira página desta apostila, você encontra meus contatos.
Levando em conta que grande parcela das escolas já conta com laboratórios de informática, sugerimos 
implementar algumas mudanças que podem melhorar a forma de acessibilidade à tecnologia de sua 
escola. Entre elas, destacamos os seguintes pontos:
1) Laboratório de Informática
– Crie uma agenda para seu laboratório de informática, a fim de que os professores possam realizar as 
tarefas na escola ou em suas próprias casas. A sugestão é que no agendamento sejam informados 
a data, o horário e quais serão os softwares necessários para utilização em laboratório.
– Se possível, os laboratórios devem contar com um profissional especializado para acompanhar, 
orientar e supervisionar as atividades (um monitor). Outro ponto importante é que esse monitor 
faça um check list dos equipamentos diariamente, verificando se todos os programas solicitados 
pelos professores no cronograma de atividades estarão aptos a serem utilizados.
2) Sala dos professores
Se possível, coloque um computador com acesso à internet, recursos audiovisuais e de impressão na 
sala dos professores, para que os mesmos pesquisem e preparem as aulas.
3) Bibliotecas
Verifique a possibilidade de disponibilizar micros nas bibliotecas, com atalhos diretos para museus, 
bibliotecas mundiais, digitais, câmeras em locais turísticos, históricos e culturais.
A biblioteca pode servir de fator para gerar a articulação entre as escolas e outras instituições 
(como pesquisas de bibliotecas, museus, arquivos e outros). Mas, para isso, é necessária a existência 
de micros conectados à internet. Na biblioteca convencional, os livros podem ser lidos e examinados. 
Nesse caso, usa-se a mente humana para localizar e comparar conteúdos nos livros, constituindo uma 
tarefa que pode ser demorada. Por outro lado, a tecnologia pode armazenar todos os livros de uma 
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biblioteca e usá-los em um programa de busca que aponte relações entre os conceitos descritos nos 
livros. Além de armazenar, podem ser criadas formas de acesso através de mídias ou de páginas da 
internet, multiplicando e propiciando um maior acesso a essa base de informação. Isso sugere que, 
além do micro na biblioteca, os programas de acesso à informação devem ser interessantes e facilitar 
as buscas.
As bibliotecas não se tornam virtuais nem digitais apenas por contar com um microcomputador 
com alguns recursos à sua disposição; outros fatores são necessários para que essa transformação 
ocorra, a biblioteca informatizada tem o objetivo de acrescentar outras opções de acesso às 
informações registradas. A transformação dos livros impressos em eletrônicos é algo esperado, 
da mesma forma que as bibliotecas tradicionais devem passar a ser digitais, virtuais e eletrônicas, 
gradativamente.
Outro ponto importante diz respeito à possibilidade de os micros das bibliotecas serem disponibilizados 
também aos professores para o desenvolvimento das matérias, criando-se mais um local de facilitação 
do acesso à tecnologia.
4 COMO UTILIZAR A TECNOLOGIA NA SALA DE AULA
Ao trabalhar com tecnologia é necessário definir os percursos pedagógicos a serem seguidos. Neste 
capítulo, serão mostradas duas abordagens pedagógicas, meios de aprendizagem e alguns programas 
aplicativos.
Um estudo recente feito pela Digital Diaries Series com 2.200 mães com filhos na faixa etária 
entre 2 e 5 anos de dez países (Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, França, Alemanha, Itália, 
Espanha, Japão, Austrália e Nova Zelândia) apontou que 58% das crianças sabem como jogar 
no computador, enquanto 20% nadam e 25% sabem como andar de bicicleta. Outra conclusão 
é que 69% delas sabem como usar o mouse; porém, apenas 11% amarram o cadarço do tênis. 
A tecnologia já é parte da vida, daí a necessidade de integrá-la no contexto educacional como 
ferramenta de apoio.
4.1 Abordagens pedagógicas na tecnologia
A escolha de uma metodologia pedagógica pode ser ponto-chave para o trabalho com a tecnologia 
nas escolas. Inicialmente, deve-se levar em conta que o professor tem que estar preparado para 
usar a informática com os alunos, observando suas dificuldades frente à máquina e aos recursos 
pedagógicos, intervindo e auxiliando-o nas dificuldades, diagnosticando as potências e os problemas, 
a fim de utilizar essa ferramenta ao máximo para suprir ou auxiliar nas dificuldades de ensino com o 
aluno.
É importante ter em mente qual será o método adotado e a forma de utilização da tecnologia. 
A escolha deve ocorrer naturalmente, dependendo da necessidade da escola. Ao longo de pesquisas 
identifiquei alguns problemas relacionados ao uso do laboratório com os alunos. A charge a seguir 
mostra o que tem ocorrido em inúmeros laboratórios brasileiros:
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Agora não posso, 
tô vendo meu e-mail!
Professor, o que eu faço aqui?
Figura 9 – Na sala de aula
A grande maioria dos profissionais, que não estavam capacitados para utilizar a tecnologia, levava os 
alunos ao laboratório e se “esqueciam” deles. Como os próprios alunos, alguns acessavam seus e-mails, 
sites e até mesmo jogos. Outros abandonavam a sala e ficavam batendo papo com outros professores. 
Portanto, a necessidade de saber o que, como e de que forma deve ser construído o uso da tecnologia.
Os trabalhos com tecnologia podem ser desenvolvidos de duas formas: a primeira, em que o 
microcomputador e o software assumem o papel de ensinar o aluno, baseados em jogos ou instruções 
sequenciadas, trabalhado e passando por fases e avaliações sem a presença do professor ou monitor; nesse 
caso, o tutor é equipamento e em exercício e prática, jogos e simulações, busca passar o conhecimento 
proposto ao aluno;a segunda, em que o microcomputador é utilizado como ferramenta de construção, 
com a qual o aluno desenvolve algo, cria, pesquisa, participa e constrói o conhecimento.
As aplicações pedagógicas de utilização de microcomputadores se realizam sob abordagens que se 
situam entre dois grandes polos: Instrucionista e Construcionista, descritos nas figuras a seguir.
avaliação
aluno
Estuda
Conteúdo
Módulo 1
Resposta
errada
Resposta
correta
Próximo
módulo
Conteúdo
Professor
Almeida (2000)
Instrucionismo
Utiliza o computador para desenvolver a 
instrução programada
Figura 10 – O Instrucionismo
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O Instrucionismo utiliza o microcomputador para desenvolver a instrução programada; o conteúdo 
ensinado é subdividido em módulos, estruturados de forma lógica, de acordo com a perspectiva 
pedagógica de quem planejou a elaboração do material instrucional. No final de cada módulo, o aluno 
deve efetuar uma pergunta ou uma avaliação, que o leva ao módulo seguinte caso as respostas estejam 
corretas; caso contrário, ele retornará ao mesmo módulo até que obtenha sucesso (ALMEIDA, 2000).
A atuação do professor no ensino instrucionista não exige muito preparo, pois ele tem apenas de 
selecionar o software de acordo com o conteúdo previsto, propondo as atividades para os alunos e 
acompanhando-os durante a exploração do mesmo. O microcomputador funciona como uma máquina 
de ensinar otimizada, e o software como um produto acabado, ensinado conforme a estrutura do 
pensamento de quem o elaborou.
Professor
aluno
Conteúdo
Desenvolve
Propicia ao aluno a construção de 
conhecimentos a partir de suas próprias 
ações (físicas e mentais):
Almeida (2000)
Internet
Construcionismo
seria desenvolver, construir, aplicar, refletir e depurar o conhecimento utilizando o 
microcomputador na escola
Rocha (2002)
Figura 11 – O Construcionismo
Outra aplicação pedagógica é o Construcionismo, o qual, segundo Gómez (2004), diz que o papel 
do educador se representa em função da necessidade de estimular processos cognitivos dos estudantes, 
os quais, por sua vez, assumem o papel ativo em virtude desse desenvolvimento. Cabe aos educadores 
experimentar novas formas conscientes e reflexionistas sobre as diversas formas de aprender de seus 
alunos, muito particularmente dos mecanismos.
Uma das formas de os professores utilizarem o ambiente construcionista seria desenvolver, construir, 
aplicar, refletir e depurar o conhecimento usando o microcomputador na escola.
As formas de emprego do microcomputador como ferramenta educacional propiciam ao aluno a 
construção de conhecimentos a partir de suas próprias ações (físicas e mentais); isso pode ocorrer 
através do uso de aplicativos como o processador de texto, a planilha eletrônica, o gerenciador de banco 
de dados, ou mesmo através de uma linguagem de programação que favoreça a aprendizagem ativa, ou 
quando o aluno interage com o microcomputador desenvolvendo atividades de pesquisa.
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No Construcionismo, o professor é um facilitador, com o objetivo de enriquecer o ambiente, provocando 
situações para que o aprendiz possa se desenvolver de forma ativa, realizando também suas próprias 
descobertas, ao invés de somente assimilar conhecimentos prontos, baseados na memorização.
Paralelamente, há uma confusão na forma de aplicar os métodos construcionistas. Em muitos casos, 
os professores utilizam os métodos tradicionais, trabalhando com o microcomputador com softwares 
organizados para seguir de acordo com a capacidade do aluno. Esses programas, do modo sequenciado 
de perguntas e respostas, que avançam em níveis e retornam quando há erro, não podem ser tratados 
como construcionistas, pois somente ocorre a interação com o aluno, sem instigá-lo a refletir e a 
desenvolver o seu processo mental (VALENTE, 1993).
Um modelo ideal de capacitação a ser seguido consiste naquele que, promovendo as atitudes de 
desmistificação do uso do microcomputador, diminui a resistência à informática e quebra o ceticismo em 
relação às contribuições do microcomputador na educação, o que pode ser conseguido através de debates 
e seminários. Também é recomendável que cada país, a exemplo do Brasil, pesquise formas próprias de 
formação dos professores, ao invés de simplesmente importar soluções encontradas em outras culturas.
Os cursos de formação e capacitação docentes podem levar a mudanças substanciais no meio 
educacional, desde que desenvolvidos em conjunto com a prática pedagógica realizada na escola. 
Adicionam-se a essas mudanças o desenvolvimento de trabalhos coletivos a fim de contribuir para a 
profissionalização dos professores.
 Lembrete
Instrucionismo – o computador é a única ferramenta, cuja função é 
desenvolver a instrução programada em fases.
Construcionismo – propicia ao aluno e ao professor a construção dos 
conhecimentos a partir de suas ações no computador. 
4.2 Tipos de aprendizagem
Uma vez definidos os métodos, vamos buscar quais são as formas possíveis de aprendizagem com 
os recursos tecnológicos.
Jonassen (1996) descreve que seria necessário separar os tipos de aprendizagem relacionados ao uso 
da tecnologia em quatro classes:
1. Aprender a partir da tecnologia (learning from), em que a tecnologia apresenta o conhecimento e o 
papel do aluno é receber esse conhecimento, como se ele fosse apresentado pelo próprio professor;
2. Aprender acerca da tecnologia (learning about), em que a própria tecnologia é objeto de 
aprendizagem;
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3. Aprender através da tecnologia (learning by), em que o aluno aprende ensinando o microcomputador 
(programando o microcomputador através de linguagens como Basic ou o Logo);
4. Aprender com a tecnologia (learning with), em que o aluno aprende usando as tecnologias 
como ferramentas que o apoiam no processo de reflexão e de construção do conhecimento 
(ferramentas cognitivas). Nesse caso, a questão determinante não é a tecnologia em si mesma, 
mas a forma de encarar essa mesma tecnologia, usando-a, sobretudo, como estratégia cognitiva 
de aprendizagem.
Todas as formas de interação proporcionadas pelos microcomputadores, principalmente os ligados à 
internet, geram transformações explícitas no comportamento dos seus usuários:
As mídias, como tecnologias de comunicação e de informação, invadem 
o cotidiano das pessoas e passam a fazer parte dele. Para seus frequentes 
usuários, não são mais vistas como tecnologias, mas como complementos, como 
companhias, como continuação de espaço de vida (KENSKI, 2003, p. 25).
Pelo que é transmitido pela televisão ou acessado pelo microcomputador, as pessoas se comunicam, 
adquirem informações e transformam comportamentos, tornando-se “teledependentes” ou 
“webdependentes”, consumidoras ativas, permanentes e sem críticas ao universo da mídia. O grande 
desafio para a escola é viabilizar um espaço crítico em relação ao uso e à apropriação dessas tecnologias 
de comunicação e informação, reconhecendo sua importância e interferência no modo de agir e ser das 
pessoas e na própria maneira de se comportarem diante do grupo social.
Os alunos somente devem acessar a internet se dispuserem de um projeto pedagógico, com o 
acompanhamento do professor e orientados sobre a maneira correta de utilizar a informação. Essas 
preocupações somam-se ao fato de os alunos acessarem as informações sobre algo que o professor 
solicitoue simplesmente imprimirem, sem critério ou seleção, deixando para ler mais tarde aquilo que 
foi impresso/obtido, até mesmo após a devolução do professor.
Os materiais escritos têm um papel fundamental, seja através das clássicas propostas dos impressos 
(papéis) ou das produções mais sofisticadas, que permitem integração em programas, e professores 
e alunos não podem se apoiar exclusivamente apenas no virtual. Uma pesquisa de um trabalho não 
deve se ater somente ao conteúdo proposto na disciplina e, para que essas informações possam ser 
compreendidas e explicadas, devem identificar a construção de conhecimentos, desenvolvendo atividades 
e projetos sob a orientação dos professores.
Outro ponto importante é realizar uma correta seleção de bibliografias e dos conteúdos, cujo objetivo 
é assegurar que os materiais de leitura selecionados para o conteúdo trabalhado respeitem os critérios 
básicos de compreensão dos alunos.
Seria interessante que no planejamento fossem inseridas, inicialmente aos alunos, as formas 
de utilização dos recursos de informática dotados na escola, explicar conceitos básicos de sistemas 
operacionais, usar os aplicativos de editor de textos e cálculos e pesquisar de forma mais rápida os 
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conteúdos na internet, se estes estiverem disponíveis. Após confiar na tecnologia, o ambiente se torna 
mais facilitado e o aprendizado flui normalmente.
Ao utilizar os recursos de informática, devem ser pré-planejados os conteúdos e escolhidos quais 
serão os programas de computador adequados para o desenvolvimento pedagógico. Assim, a tecnologia 
desempenha apenas o papel auxiliar de ensinar, de trabalhar e de ensinar e aprender.
Para não correr riscos, Valente (2003) descreve que o uso da tecnologia deveria seguir os seguintes 
pontos fundamentais:
• Propiciar condições para entender o microcomputador como uma nova 
maneira de representar o conhecimento, provocando um redimensionamento 
dos conceitos já conhecidos e possibilitando a busca e compreensão de 
novas ideias e valores;
• Propiciar a vivência de uma experiência que contextualiza o conhecimento 
que ele constrói;
• Prover condições para a construção de conhecimentos sobre as técnicas 
computacionais, entender por que e como integrar o microcomputador 
em sua prática pedagógica e ser capaz de superar as barreiras de ordem 
administrativas e pedagógicas;
• Criar condições para que o professor saiba recontextualizar o que foi 
aprendido e a experiência vivida durante a formação para a sua realidade de 
sala de aula, compatibilizando o que se dispõe a atingir.
O uso da tecnologia deve construir o conhecimento sobre técnicas computacionais e entender por 
que e como integrar o microcomputador em sua prática pedagógica no contexto de trabalho dos alunos. 
Essa atividade requer o acompanhamento e o assessoramento inicial do professor por um especialista 
presencial ou a distância, alguém que já tenha vivenciado essas atividades de uso da informática na 
educação e possa auxiliar o professor com suas atividades diárias, entendendo o que ele faz e propondo 
novos desafios, até que o mesmo esteja apto para seguir sozinho.
As mudanças podem ser propostas e devem contemplar ações simultâneas: a primeira, em 
que o professor aprenda a desenvolver uma tarefa usando o microcomputador, podendo, nessa 
fase, refletir sobre o próprio processo de aprendizagem, ler e discutir textos relativos à base 
psicopedagógica da metodologia construcionista; a segunda, no uso de microcomputadores com os 
alunos, propiciando aos professores a experiência de como usar o microcomputador com os alunos, 
tornando-o facilitador do processo e o aluno um usuário, podendo ser trabalhada a observação da 
forma de aprendizagem dos alunos; e a terceira, elaborando um projeto pedagógico em que cada 
professor monte um projeto de trabalho descrevendo como pretende utilizar o microcomputador 
na sua respectiva disciplina, podendo isso ser discutido no curso e aplicado posteriormente em 
uma escola.
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Portanto, não basta treinar, é necessário acompanhar propondo novos desafios na atribuição 
de significados para aquilo que está realizando, principalmente na construção de novos 
conhecimentos.
O domínio do uso do microcomputador não ocorre imediatamente, requer tempo e diferentes formas 
de assimilação das técnicas pelo profissional, que podem transformar a informática em uma verdadeira 
ferramenta educacional. Ele deve se sentir confortável e não ameaçado pela tecnologia.
4.2.1 Softwares
O software (programa de computador) é composto por uma sequência de instruções, que é 
interpretada e executada pelo computador. Em um programa correto e funcional, essa sequência segue 
padrões específicos que resultam em um comportamento desejado.
Um programa pode ser executado por qualquer dispositivo capaz de interpretar e executar as 
instruções de que é formado, podendo ser um microcomputador, um notebook, um tablet, um palmtop 
e até mesmo um celular. Os softwares podem ser adquiridos de duas formas: paga e livre.
O software pago, também conhecido como proprietário, é aquele que tem um dono, ou seja, 
para utilizá-lo é necessário comprar a licença do produto para uso. É importante destacar que cada 
microcomputador deve ter uma licença, não basta apenas ter um único programa. Se você tem 10 
micros, é necessário adquirir dez licenças. Lembrando que a aquisição do produto deve estar identificada 
na nota fiscal, pois há um grande número de pessoas que comercializam CDs com os programas, mas 
não detêm direitos sobre eles.
A outra forma são os softwares livres, ou não proprietários, programas que estão sob licença livre, e 
seu uso, modificação e distribuição é permitido a todos.
Nos microcomputadores, existem dois tipos principais de software: os sistemas operacionais 
(softwares básicos que controlam o funcionamento do microcomputador), sem eles seria impossível 
utilizar os computadores, pois desempenham a interação homem x máquina; e os softwares 
aplicativos, executados nos sistemas operacionais, que têm por objetivo desempenhar tarefas, como 
rotinas administrativas, cálculos, apresentações, vídeos, imagens, ações educacionais, lúdicas, jogos, 
vacinas etc.
Os principais sistemas operacionais pagos são comercializados pela Microsoft (Windows XP, Vista 
e Seven) e pela Apple (Mac-OS). Na linha dos sistemas operacionais gratuitos, conhecidos por Linux, 
encontramos o Debian, o Kurumin e o Ubuntu).
Os principais softwares aplicativos utilizados comercialmente são:
• Programas de editoração de texto (Word): ao utilizar os programas de editoração de texto 
(Word) com os alunos, desenvolvemos habilidades linguísticas e também atividades de criação de 
relatórios, palavras cruzadas, cartões, livros e jornais.
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• Programas de planilhas eletrônicas (Excel): além de realizar cálculos de forma rápida a partir 
de dados informados, podem ser trabalhados conceitos de organização de dados, classificação e 
filtragem de informações, checagem de valores de cálculos matemáticos.
• Programa de apresentação (PowerPoint): é destinado a elaborar apresentações de palestras 
e aulas, costuma ser bem aceito pelos alunos, pois permite mostrar os trabalhos no próprio 
computador sem a necessidade de entregá-los impressos.
Como se trata de software administrativo, grande parcela das escolas e professores deixa de lado 
esse tipo de programa aplicativo; na realidade, são grandesferramentas que podem ser utilizadas como 
apoio pedagógico, e não devem ser descartadas.
A seguir, apresentamos exemplos desenvolvidos por professores, em um curso de capacitação para 
utilização desses recursos em sala de aula, que podem ser utilizados por você.
As atividades foram desenvolvidas apenas com o aplicativo de editor de textos. São simples e podem 
ser trabalhadas como exemplo em um laboratório de informática, um recurso disponível em todas as 
escolas e que pode ser adquirido gratuitamente pela internet como software livre.
 Observação 
Programas Aplicativos
Há uma série de programas aplicativos gratuitos que têm em grande 
parte as funções do Excel, do PowerPoint e do Word. Eles podem ser 
encontrados na internet e são de domínio público.
 Lembrete 
Google Docs
O Google Docs é computação em nuvem, isto é, os programas de aplicação 
e seus documentos ficam na internet (por isso são chamados de nuvem). 
Assim, a cada acesso ao documento é necessário estar conectado à internet. 
4.2.2 Atividades utilizando o editor de texto simples
O aplicativo de editor de textos pode auxiliar os professores e permitir que sejam criadas inúmeras 
atividades com os alunos. Essas atividades podem ser impressas ou até mesmo usadas no laboratório 
com a própria ferramenta. A seguir, alguns exemplos de propostas:
1) O professor pode abrir um texto e, no início, colocar uma frase inicial de uma história e solicitar 
aos alunos que desenvolvam toda a história. Essas histórias serão lidas e corrigidas uma a uma na 
sala. Exemplo: “Ontem à noite estava em minha casa, na cozinha, com meus dois irmãos...”.
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2) Outra forma é inserir um texto no editor com diversos erros de grafia. Os alunos terão de apontar 
os erros, e o professor deverá corrigi-los em voz alta e indicar quais são os erros. Pode-se, no final, 
ainda passar o corretor ortográfico para ver se não há mais erros;
3) Também é possível trabalhar com diário ou até mesmo com diário reflexivo; o professor solicita 
aos alunos que abram o editor e indiquem um dia da semana, ou as minhas férias e outros. Pede 
que os alunos leiam e, ao fim, deverá realizar as correções ortográficas explicando quais foram os 
principais erros; se for diário reflexivo, a sugestão é que a cada aula em laboratório o aluno anote 
quais são suas dificuldades;
4) Outra solução seria colocar um texto e, ao final, solicitar que o aluno responda às alternativas 
corretas ou preencha as frases sobre o texto Exemplo: O cravo ________ com a rosa;
5) Trabalhar com Negrito e Itálico é outro recurso que pode ser utilizado; o professor disponibiliza 
um texto para os alunos e pede que marquem em negrito as palavras que desconhecem e em 
itálico as palavras que não são nacionais. Depois, pede que os alunos leiam em voz alta quais 
foram as anotações, explicando uma a uma.
4.2.3 Atividades com o editor de textos utilizando tabelas e desenhos
Com o recurso tabelas, é possível montar um caça-palavras, que pode ser impresso ou mesmo 
utilizado no próprio editor de textos. Se utilizado no editor de textos, o professor deve passar o texto 
para cada aluno. Na versão digital, basta solicitar que os alunos utilizem o recurso de colorir a fonte 
marcando os itens selecionados.
Exemplo: Localize a seguir as seguintes palavras:
BOLA – CASA – VACA – BOI – MÃE
W I E E R T Y U I O P A
S C S D F C V A A U L A
M A C F D I B S T Y U P
U S O G S O N D A L A S
I A L H A B M A E Q W E
O A A J J X O T Y U I O
B O L A N Z Q R M A E A
Pode-se ainda desenvolver cruzadinhas simples com o editor de textos. O professor insere uma 
imagem simples para que as crianças preencham os dados informados.
Outro exemplo é de apenas completar frases utilizando as mesmas tabelas:
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Pode-se inserir textos e criar um caça-palavras:
MÚSICA O PATO
LÁ VEM O _ _ _ _
_ _ _ _ AQUI PATA ACOLÁ
LÁ VEM O PATO
PARA VER O QUE É QUE HÁ.
4 LETRAS 
PATO 
FALO 
PATA 
PAPO 
BALA 
6 LETRAS
PATETA
COMIDA
CAVALO
PANELA
PETECA
8 LETRAS
JENIPAPO
MELANCIA
JOANINHA
JURUBEBA
Pode-se trabalhar o conteúdo de montar letras:
CA BA RA RI OR TU PAL
MAS MEL SA PO CO TIA UM
LHER LA BIO BO CA PA CA
TO
Também se pode desenvolver a quantidade de letras, sílabas e outros.
Quantas letras tem:
Pato - Hotel - Brasil - 
É possível ainda trabalhar a música. Os alunos recebem em um texto impresso uma música ou 
parlenda de seu conhecimento. São divididos em duplas, um deverá ditar e o outro copiar, e vice-versa. 
Os alunos terão de anotar quais são as dificuldades e pedir ajuda ao professor.
4.2.4 Atividades com o editor de textos utilizando imagens e textos
1) Com as imagens, podem-se utilizar os diversos recursos do editor ou até mesmo de sites que 
desenvolvam atividades e historinhas na internet. Exemplo:
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Dada a tirinha abaixo, escreva uma historinha:
Figura 12 – Exemplo de tira de educação de trânsito
Na internet, é possível desenvolver inúmeras histórias em quadrinhos ou charges. Essas 
histórias unem a literatura e as artes plásticas e podem ser desenvolvidas de acordo com o 
plano pedagógico ou até mesmo com a dificuldade encontrada no momento. A escola deve 
adequar quais serão os objetivos do trabalho, e até mesmo qual é o ritmo necessário para seu 
uso.
O Ministério da Cultura recomendou a utilização de histórias em quadrinhos na escola, no PCN 
da Língua Portuguesa, para os conteúdos disciplinares da 1ª. à 4ª. série. Essas histórias podem criar a 
realidade local e ainda permitir que as crianças deduzam seu significado, dando aos alunos a sensação 
de serem leitores. Mesmo sem contato com a leitura, o professor pode, antes de tudo, ensiná-los como 
se lê da esquerda para a direita e de cima para baixo.
Segue a lista dos sites que permitem o desenvolvimento de histórias em quadrinhos. Eles podem ser 
disponibilizados via e-mail ou na internet:
• Strip Generator: <http://stripgenerator.com>
Figura 13
Usabilidade: permite criar histórias, implementar personagens, objetos, fazer charges e disponibilizar 
o conteúdo para os alunos até mesmo via internet.
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Tela do sistema
Figura 14
Para utilização do site, é necessário criar um login de acesso e uma senha, que se encontra na parte 
superior direita do site; a partir daí, é possível desenvolver as histórias.
Para criar a charge, basta optar por “Criar uma nova história” (Create a new strip). Inicialmente, você 
terá os seguintes menus:
– Frames (responsável pela quantidade de tiras a serem usadas e formatos)
– Characters (personagens/people; animais/beings; e my characters (personagens criados por você)
– Itens (objetos/objects e figuras/shapes)
– Text (speech/balões, thought/balões de pensamento)
– Titles (Títulos)
– Library (elementos pessoais/my elements e elementos de amigos/friend’s elements)
Ao final, basta inserir o título e seus formatos. Pronto, a história está criada!
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Exemplo:
Figura 15
• Strip Creator: <http://www.stripcreator.com>
Figura 16Usabilidade: permite criar histórias com fundos diferentes e diálogos de um ou dois personagens.
Tela do sistema
Figura 17
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Para utilização do site, é necessário criar um login de acesso e uma senha, que se encontra na parte 
superior direita do site, na cor azul; a partir daí, é possível desenvolver as histórias.
Após estar conectado com login e senha, basta digitar Make a comic para criar a sua história. Ela 
pode ter de uma a três divisões, e o interessante é que todos os dados já são mostrados na tela; daí, 
basta acertar o que escrever na história.
Para acompanhar e criar, basta seguir estes passos:
• Switch: 123 panels (selecionar o número de tiras)
• Random comic layout: a cada click, são indicados novos personagens e fundos das tiras
• Para cada quadrinho, são mostradas as seguintes caixas de seleção:
– Left e Right Character: personagem da esquerda e da direita
– Category: escolha do objeto do personagem
– Character: escola do personagem
– Dialog: texto do diálogo
– Type-dialog: balão falando e Thought: balão pensando
• Background
– Category: categoria do desenho de fundo
– Background: cor do desenho de fundo
– Narrarion: título de cada quadro
– Close panel: fechar a história
– Título: título da história
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Exemplo:
Figura 18
• Makebeliescomix.com: <http://www.makebeliefscomix.com/Comix>
Figura 19
Usabilidade: permite criar histórias com fundos diferentes e diálogos de um ou dois personagens; 
não é necessário se registrar e pode ser enviado via e-mail.
Tela do sistema
Figura 20
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Para criar as histórias, basta seguir estes passos:
• Name your comix – nome da história
• Author´s name – nome dos autores
• Print e-mail – permite imprimir ou enviar por e-mail a história pronta
• Move – movimentação dos personagens e objetos inseridos na história
• Scale – permite ampliar ou reduzir o item selecionado
• Flip – permite trocar de lado o objeto da direita para a esquerda
• Delete – deleta o objeto
Ao centro, estão todos os personagens mostrados.
• Menu Window – permite modificar a personalidade do personagem clicando na seta
• Balões de texto em 8 formatos diferentes
• Balões de pensamento em 8 formatos diferentes
• Panel – número de quadrinhos a serem trabalhados na história: 2, 3 ou 4
• Background colors – cores de fundo dos quadros
• Painel propts – título interno de cada quadrinho
Lembrando: Para finalizar, basta digitar “Print”, o primeiro item superior do lado esquerdo.
Exemplo:
Figura 21
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• Toonlet: <http://toonlet.com>
Figura 22
Usabilidade: criar histórias com personagens individualizados, não há plano de fundo, somente os 
personagens falando quadrinho a quadrinho. Cada quadro aceita apenas um personagem, que descreve 
a cena relatando a fala do personagem. A principal vantagem é a possibilidade de criar inúmeros 
personagens no momento da seleção.
Tela do sistema
Figura 23
Para criar as histórias, basta selecionar Make a comic. É possível desenvolver histórias sem registrar; 
mas, registrando, você pode armazená-las no site.
– Title (título da história em quadrinhos)
– Link (link disponível para a história)
Figura 24
Nesse local, são inseridos os textos do quadrinho.
A caixa de seleção, a seguir, permite colocar a cor de fundo do quadrinho:
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Figura 25
E também criar ou selecionar o personagem com os objetos que podem ser adicionados e suas 
reações.
– Make a comic (permite finalizar e mostrar a história)
– Add panels (é possível ir adicionando quadrinhos à história)
Ao finalizar, basta selecionar o Make a comic.
Exemplo:
Bom dia, crianças!
Figura 26
• Pikistrips: <http://www.pikistrips.com>
Figura 27
Usabilidade: criar histórias com personagens individualizados; não há plano de fundo, somente os 
personagens falando quadrinho a quadrinho.
Vantagens: viabilidade dos formatos dos quadrinhos, inúmeros tipos e tamanhos.
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Tela do sistema
Figura 28
Para criar as histórias, basta se cadastrar com um login e uma senha. O início da história é dado 
quando selecionado o item: Create your comic now.
A sequência de criação é dividida em três partes:
– Step 1: Layout (onde você escolhe os formatos das tiras e a quantidade)
– Step 2: Os formatos das tiras, desde as bordas, tamanho das bordas, cores, cores de fundo e outros 
itens, como:
Border width (tamanho da borda)
Border color (cor da borda)
Cell spaccing (espaço entre os quadrinhos)
Background color (cor de fundo da história, não do quadrinho)
Cell brackground color (cor de fundo do quadrinho da história)
Comic size (tamanho do quadrinho)
– Step 3 – Objetos a serem inseridos:
Select panel to edit – qual será o quadrinho de edição
Select foto for the panel – selecione foto para usar na história
Upload – pode permitir a inserção de imagens para serem inseridas no quadrinho
Search – pesquisar imagens
Gallery – galeria de imagens disponíveis
Drop and drag speech bubbles – permite inserir os balões e histórias
Add some fun stuff – permite inserir figuras no quadrinho
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Para criar, você pode usar o preview para visualizar como ficou e o save para finalizar. Exemplo:
Por que será que 
o povo quer me 
eliminar?
Figura 29
• Quadritiras: <http://www.quadritiras.com.br>
Figura 30
Usabilidade: crias histórias em quadrinhos, importar histórias para o site.
Vantagens: totalmente em português, mas o desenho é com o mouse, o que torna complicado 
desenvolver os quadros; não há como inserir personagens, inviabilizando a produção.
Tela do sistema
Para criar as histórias, basta se cadastrar com uma nova conta informando:
Figura 31
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Após criada a conta, basta logar e desenvolver as histórias ou importá-las para o site. Elas podem 
ser criadas em 3 ou 4 quadrinhos. Há um sistema de proteção por letras para que os dados não sejam 
inseridos de forma errada.
Tela de utilização
Figura 32
Para desenhar, escrever ou criar as histórias, basta utilizar o mouse.
Após a criação, é só digitar save.
• Create your comicqs
<http://superherosquad.marvel.com/create_your_own_comic>
Figura 33
Usabilidade: criar histórias em quadrinhos com super-heróis da Marvel.
Vantagens: tem uma série de personagens e imagens de fundo que auxiliam o processo e interagem 
com as crianças com maior facilidade. A qualidade dos desenhos também é muito boa.
Para iniciar, basta selecionar Create new comic.
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Duas possibilidades de criação:
– Comic strip: histórias pequenas
– Create a comic book: histórias com 1 a 22 páginas
A seleção de quadrinhos é vasta e com apenas um clique do mouse podem ser utilizadas.
Tela do sistema
Figura 34
Basta selecionar as tiras e inserir os objetos:
– Backgrounds: uma série de fundos de tela
– Characters: personagens
– Objects: objetos de inserção
– Dialogue: balões de diálogo
– Sound effects: desenho de sons
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Exemplo:
Figura 35
• Toondoo: <http://www.toondoo.com/createToon.jsp>
Figura 36
Usabilidade: criar histórias em quadrinhos com uma série de personagens e objetos.
Vantagens: facilidade de uso, vasta série de modelos diferentes dos quadrinhos.
Para iniciar, você tem que realizar um registro; após, basta se logar que o sistema já começa a 
desenvolver a história.
A seguir, a tela do sistema, que é bem prática e simples para uso; basta selecionar o item no menu 
e arrastá-lo para a historinha.
Figura 37
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No menu inferior, você pode modificar o estado dos personagens, adicionar, duplicar e copiar.
Figura 38
Exemplo:
Figura 39
Com as imagens, pode-se trabalhar atividades diversas de comparação, de escrita, de leitura e 
composição. Ex.: desenvolvimento de atividades para detectar o realismo nominal, comparando imagens 
e letras.
Das imagens apresentadas a seguir, qual tem a maior palavra?
Figura 40
Também é possível criar enigmas e solicitar que os alunos escrevam sobre eles. Ex.: o professor coloca 
no editor de textos alguns enigmas e as crianças devem decifrá-los; assim que terminar, o aluno chama 
o professor para verificar. Ao final da aula, é interessante que o professor decifre todos os enigmas.
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Qual é o enigma abaixo?
Figura 41
Além do editor de textos, temos inúmeros outros recursos. A pesquisa de conteúdo na internet também 
é um recurso pedagógico fascinante, pois permite o intercâmbio de informações nas mais diversas áreas, 
desenvolvendo no aluno a oportunidade de comunicar-se com muitos receptores, trocar informações, 
desenvolver o senso crítico e contribuir para aprimorar e facilitar o trabalho de interpretação e estudo 
dinâmico de outras línguas.
Alguns sites direcionados podem auxiliar no ensino-aprendizagem e melhorar diariamente o contato 
com os alunos, como os indicados a seguir:
• Amigos do trânsito – O site Amigos do Trânsito foi desenvolvido por educadores da Secretaria 
de Obras e Viação da Prefeitura Municipal de Mogi Guaçu com apoio de alunos da Universidade 
Paulista de Limeira, é totalmente gratuito, não necessitando nem mesmo efetuar cadastro para 
utilizar seus recursos. Nesse site, você encontra trabalhos desenvolvidos por alunos da Universidade 
Paulista que podem ser impressos ou utilizados no próprio site, abordando ações educacionais 
em prol do trânsito, desde a pré-escola até a 4ª série. Também há um minicurso de educação de 
trânsito, com impressão de carteira mirim de habilitação, games para download, para execução 
local, ligar pontos e colorir. O endereço do site é:
<http://www.amigosdotransito.com.br>
• Edumusical – Esse portal foi desenvolvido por cerca de 15 pessoas, entre profissionais e estagiários 
da área de engenharia, computação, arquitetura, jornalismo, cinema e música, no Laboratório de 
Sistemas Integráveis (LSI) da Escola Politécnica da USP. O laboratório produziu programas em 
site e em CD, sempre buscando um formato lúdico, com brincadeiras e gráficos, desenvolvendo 
desde cedo o potencial artístico das crianças, alvo principal do projeto. No site, o aluno pode 
compor utilizando escalas das notas na vertical e de tempo na horizontal, “pintando” quadrinhos 
da tabela. As principais inovações no programa são que os alunos podem realizar composição 
individual, composição colaborativa, desafio individual e desafio colaborativo. O projeto conta 
ainda com módulos colaborativos, o aluno pode trocar ideias e compor uma música em parceria 
com seus colegas em rede, cada um compondo para um instrumento, por exemplo. É possível até 
usar recursos de bate-papo. O endereço do site é:
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<http://www.edumusical.org.br>
• Portal do Professor – Esse portal foi desenvolvido pelo MEC – Ministério da Educação e Cultura, 
é totalmente gratuito e conta com diversos recursos para auxílio no trabalho de educação e 
tecnologia. Nele, é possível inserir e pesquisar diversas aulas já desenvolvidas pelos professores do 
país, tudo de domínio público. O endereço do site é:
<http://portaldoprofessor.mec.gov.br>
Finalmente, os programas de aplicação ou softwares educacionais são programas específicos desenvolvidos 
para cada necessidade. São criados e desenvolvidos para auxiliar no processo de ensino com jogos, interações 
e ações, os quais permitem que o aluno construa seu percurso e vá aprendendo com seu apoio.
Existem diversos programas educacionais, alguns tratam individualmente os problemas, sejam 
eles de português, matemática, ciências, geografia, história, línguas; outros são jogos que permitem a 
interatividade e a interdisciplinaridade trabalhada em um único contexto.
A escolha do programa depende de dois pontos: primeiro, de um teste inicial pelo professor 
para averiguar se está no contexto pedagógico; segundo, da avaliação, se está bem elaborado e 
economicamente viável a proposta escolar.
 Saiba mais
Segue uma lista de sites para baixar os pacotes aplicativos gratuitos:
Broffice–http://www.broffice.org/
Openoffice–http://br-pt.openoffice.org/
GoogleDocs–http://www.google.com/google-d-s/hpp/hpp_pt-PT_
pt.html
 Resumo
A tecnologia está sendo utilizada para renovação do conhecimento, 
tanto para professores quanto alunos. Os recursos tecnológicos são 
inúmeros, entre eles apresentamos a escola frente a esses recursos, a 
televisão, o vídeo, os microcomputadores e sua disposição na escola e nos 
laboratórios. Nesta unidade, abordamos a tecnologia usada para renovar o 
conhecimento, as escolas e os recursos tecnológicos (informática, televisão, 
vídeo e os laboratórios de informática).
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Os pilares necessários para o uso da tecnologia é um estudo que descreve 
quais são os meios e os recursos necessários para implementar a tecnologia em 
sala de aula. Não basta colocar uma televisão, um vídeo ou um computador 
para que a tecnologia seja empregada, é necessária a participação de todos, 
desenvolvendo um projeto de apoio pedagógico que utilize os recursos como 
uma ferramenta de apoio, e não uma solução pronta.
A tecnologia tem mudado nossas vidas a cada dia, desde os primórdios 
o homem utilizou-se de recursos tecnológicos para sobreviver; atualmente 
é necessário ter noções básicas para poder comprar, locomover-se e até 
mesmo para comer.
Diante dessa evolução, o papel do professor é decidir quando e como 
deverá utilizar a tecnologia como ferramenta de apoio pedagógico. Cabe 
a ele decidir se é ou não necessário o emprego do recurso, a escolha dos 
programas e potencializar quais são as dificuldades dos alunos. Vale lembrar 
que, paraisso, ele deve estar capacitado para identificar esses fatores.
 Saiba mais
O site abaixo ensina como criar uma história em quadrinhos em sala de 
aula, vale a pena conferir:
<http://www.divertudo.com.br/quadrinhos/quadrinhos-txt.html>
Outra boa dica são os livros:
Como usar as histórias em quadrinhos na sala de aula, de Ângela Rama 
(Org.), Editora Contexto.
Quadrinhos na educação, da rejeição à prática, de Waldomiro Vergueiro 
(Org.), Editora Contexto.
 Exercícios
Questão 1. (ENADE 2005 – curso Pedagogia)
Na aula de Biologia, em uma escola de Ensino Médio, ao trabalhar um determinado assunto a partir 
do livro didático adotado, o professor é interpelado por um aluno sobre a atualidade daquela matéria. 
O aluno explicou que, tendo acessado o site de uma universidade pela Internet, leu que havia novos 
conhecimentos sobre o conteúdo em pauta, os quais contrariavam o que estava no livro.
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Diante da situação, o professor, que sempre tivera posturas que valorizam a produção de conhecimentos 
pelos alunos, deve:
A) desqualificar a Internet como meio de transmissão do conhecimento, informando sobre a 
existência de muitos sites não confiáveis.
B) acatar a informação do aluno como verdadeira, indicando à turma que esse conhecimento será 
objeto de avaliação.
C) recomendar à turma que estude pelo livro didático adotado, explicando que a prova terá o livro 
como base.
D) incentivar a turma a pesquisar sobre o assunto para avaliar as novas informações trazidas pelo 
aluno, deslocando a discussão para uma próxima aula.
E) impor-se ao aluno, confirmando que o livro adotado é atual e suas informações estão 
corretas.
Resposta correta: alternativa D.
Análise das alternativas
A) Afirmativa incorreta.
Justificativa: o professor pode formular a hipótese da possibilidade de incorreção da informação, 
mas deve incentivar o aluno a desenvolver uma pesquisa mais aprofundada a fim de chegar a uma 
conclusão sobre o assunto.
B) Afirmativa incorreta.
Justificativa: a afirmação do aluno deve ser analisada de forma coerente, buscando a veracidade ou a 
falsidade da informação, e esse processo deverá envolver trabalho conjunto entre professores e alunos.
C) Afirmativa incorreta.
Justificativa: os alunos permaneceram com uma dúvida registrada, que deve ser sanada de forma 
convincente.
D) Afirmativa correta.
Justificativa: evidenciar a dúvida é a medida mais adequada. Resolver o problema com a ajuda do 
grupo é ainda melhor, pois a relação entre professor e alunos poderá ser fortalecida.
E) Afirmativa incorreta.
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Justificativa: a atitude autoritária e arbitrária do professor poderá gerar resistência e desconfiança a 
qualquer informação transmitida por ele.
Questão 2. (Adaptado de: ENADE 2005 – curso Pedagogia)
Analise as imagens e as afirmações a seguir, considerando que são de autores e épocas diferentes.
Roberto Doisneau Ilustração de Mariana Massarani, in 
Ruth Rocha, Nicolau tinha uma ideia.
Fonte: Revista Época, edição 461. Lousa 
eletrônica: Colégio Dante Alighieri.
I. A atualização é necessária, pois a tecnologia é parte integrante da vida das crianças em fase escolar; 
como consequência, o conhecimento do professor pode ser substituído pelo emprego da tecnologia.
II. As crianças representadas na imagem da esquerda e na imagem central receberam uma educação 
tradicional, em que o professor é o detentor do conhecimento.
III. A facilidade de acesso à tecnologia não pode ser considerada como ferramenta pronta ou uma 
solução final, mas sim como um meio para desenvolver as potencialidades do aluno, facilitando 
a colaboração, a comunicação e a execução de inúmeras tarefas que possam atingir o objetivo 
desejado, que é ensinar e aprender.
Está correto o que se afirma apenas em
a) I.
b) II.
c) III.
d) I e II
e) II e III
Resolução desta questão na Plataforma.

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