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História da Arte_ Pré-História à Idade Média

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Prévia do material em texto

2017
História da arte: Pré-
História à idade Média
Prof.ª Clara Aniele Schley
Copyright © UNIASSELVI 2017
Elaboração:
Prof.ª Clara Aniele Schley
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri 
UNIASSELVI – Indaial.
930.13 
S322h Schley, Clara Aniele
 História da arte: pré-história a idade média / Clara 
Aniele Schley: UNIASSELVI, 2017.
 
 235 p. : il.
 
 ISBN 978-85-515-0076-7
 
 1.História da Idade Média.
 I. Centro Universitário Leonardo Da Vinci. 
Impresso por:
III
aPresentação
Em muitos livros, textos, artigos, encontramos a seguinte pergunta: O 
que é arte? E várias são as respostas. Talvez tenhamos que repensar o sentido 
do que seja a arte, reformulando a pergunta para: Onde a arte predomina no 
contexto da sociedade? Talvez essa pergunta sendo feita antes, possa auxiliar 
as pessoas a entenderem os caminhos percorridos por ela, e de fato entender 
qual é o sentido para a transformação humana, de forma mais sensível.
Mas por que essa troca de reflexão sobre a arte? Você já parou para 
pensar como as pessoas de modo geral a veem? Como ocorre a compreenção 
no âmbito escolar? A arte pode ser percebida como bonita ou feia? Ou mesmo 
quando saem dos espaços culturais e se instauram nas cidades, como são 
vistas aos olhos da sociedade? São apenas algumas perguntas para reflexão 
em âmbito acadêmico.
Se a arte assume diversos sentidos e funções na sociedade, trazendo 
do contexto político, histórico, religioso, econômico e raízes para a criação 
artística, ela está imersa em nosso cotidiano. Entretanto, percebemos a 
presença direta ou indireta, dependendo de todo conhecimento adquirido na 
bagagem da vida para então questionarmos, de fato o que ela seria.
O tempo/espaço é importante para o entendimento da arte na relação 
para consigo, para com o outro e o contexto onde se está inserido. Onde 
algumas pessoas são transeuntes e outras interpenetram nesse mundo para 
inspirar/expirar arte em uma caminhada sem fim, pois como em outros 
campos profissionais, ela também teve momentos cíclicos, momentos de 
descobertas; de mudanças; de inspiração; da não concordância entre a arte de 
um povo e outro, da evolução, primando boa parte da sua instauração pela 
autonomia do artista. 
Nesse leve contexto reflexivo escrito nos parágrafos acima, nos coloca 
diante do livro de estudos: História da Arte: Pré-História a Idade Média, 
onde o caminhar artístico teve diversas nuances no perpassar histórico, para 
o artista fazer sua arte, beber de fontes diversas, mas acima de tudo, construir 
uma identidade e ser valorizada por ela. 
Portanto, trazemos novamente a pergunta: Onde a arte predomina 
no contexto da sociedade? Neste livro, a trama entre as civilizações e os 
impérios instaurados mostra como a arte abriu caminhos para mostrar a sua 
importância sociocultural.
A caminhada inicia com a Unidade 1, onde é abordada a arte desde a 
Pré-História, quando o homem fez experimentos com elementos da natureza 
IV
e resultam em descobertas, como o fogo, instrumentos rudimentares que 
auxiliaram até na concretização de registros artísticos, como o osso virando 
pincel. Esse período teve como marca as pinturas nas paredes das cavernas. 
Parte dos registros apresenta-se preservados nos dias de hoje para estudos 
científicos, e quem sabe, novas descobertas. Caminhando para as civilizações 
que surgiram posteriormente, a arte feita em murais e vasos no Egito e na 
Grécia, eram as marcas dos feitos do dia a dia, enquanto a escultura começou 
rígida, esculpida em bloco puro pelos egípcios, começando a se desprender e 
ganhar leveza com os gregos. A arquitetura, teve sua solidez com os egípcios, 
com fins de moradia. Já na civilização Romana começaram a introduzir além 
da beleza, funcionalidade. Aos poucos, os povos começam a se aprimorar, e 
a arte toma rumos diferentes, sendo servil à igreja.
Ela toma, no entanto, caminhada dentro das igrejas, no período da 
Idade Média, que será estudado na Unidade 2. Na arte bizantina, o clero 
dava os encaminhamentos para os artistas que não eram conhecidos na época 
para realizarem as pinturas que nada mais eram, que as interpretações das 
passagens bíblicas. Enquanto a igreja se propunha a construir fortalezas para 
alimentar a fé do povo e nas pinturas então, decoravam as paredes, auxiliando 
os fiéis a entenderem por meio da linguagem visual a compreensão da fé. 
Nesse período foram introduzidos a rosácea e vitrais que eram construídos 
de forma artística. Mas foi no Renascimento, que o homem toma atitude, 
tomando a frente da igreja, assim, iniciando mudanças sociais, e na arte, 
começam a realizar pinturas com assinatura, estudando a arte da Idade 
Antiga, e se desafiando a criar a sua identidade, por meio da perspectiva, 
sfumato, claro/escuro, marcando o período e aparecendo nos períodos 
posteriores, como o barroco.
 
Já, na Unidade 3, a arte começa a se tornar cíclica, onde os [ismos] 
surgem, propondo retorno em alguns momentos, que seja da Antiguidade 
Clássica ou da Idade Média. No neoclassicismo, o retorno ocorreu na arte 
greco-romana. O romantismo, contra o pensamento dos neoclássicos, volta-
se para às fontes das culturas nacionais e a pureza original da Idade Média. 
Neste período inicia-se a Revolução Industrial, começando a surgir máquinas, 
auxiliando a produção do campo e a venda de produtos para outros países, e 
com isso, acarretou a divisão de classes. E na arte teve impacto? Sim! Começam 
aos poucos a surgir a seriação, onde artistas se mobilizam podendo ser visto 
na “Art Nouveau” com o retorno aos princípios manuais, do artesanato, onde 
a peça é única e com valor sentimental infindável, e logo a arte e o artesanato 
realizam exposições conjuntas, mostrando a sua unicidade.
No final do século XIX, a arte começa a borbulhar, ou seja, os artistas 
começam a olhar também para a natureza, e nela se inspirar, como ocorreu 
com os impressionistas. E dele, se ramificou o pontilhismo, posteriormente 
veio os pós-impressionistas que não aceitavam a arte dos impressionistas, 
buscando pesquisar culturas, lugares diversos para que a arte inovasse. 
Inovou, abrindo caminhos para outros campos profissionais, como a 
publicidade.
V
Portanto, a História da Arte deste livro se constitui até o final do século 
XIX, onde o artista sai do princípio de ordens e se posiciona em relação às 
temáticas, pesquisas nas cores e formas, criando uma identidade artística. Ela 
vai se ampliando no estudo do próximo livro, porém, sua tarefa agora, será 
de exclusiva dedicação à leitura deste livro de História da Arte e lembre-se, 
a arte está por toda parte.
Prof. Clara Aniele Schley
VI
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para 
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há novidades 
em nosso material.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é o 
material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um formato 
mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. 
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova diagramação 
no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também contribui para diminuir 
a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, 
apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilidade 
de estudá-lo com versatilidade nas telas docelular, tablet ou computador. 
 
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para 
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto 
em questão. 
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas 
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa 
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de 
Desempenho de Estudantes – ENADE. 
 
Bons estudos!
UNI
Olá acadêmico! Para melhorar a qualidade dos 
materiais ofertados a você e dinamizar ainda mais 
os seus estudos, a Uniasselvi disponibiliza materiais 
que possuem o código QR Code, que é um código 
que permite que você acesse um conteúdo interativo 
relacionado ao tema que você está estudando. Para 
utilizar essa ferramenta, acesse as lojas de aplicativos 
e baixe um leitor de QR Code. Depois, é só aproveitar 
mais essa facilidade para aprimorar seus estudos!
UNI
VII
VIII
IX
UNIDADE 1 - A ARTE NA ANTIGUIDADE .................................................................................... 1
TÓPICO 1 - ORIGENS DAS MANIFESTAÇÕES ARTÍSTICAS: ARTE PRÉ-HISTÓRICA ... 3
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 3
2 A ARTE PALEOLÍTICA ...................................................................................................................... 3
3 A ARTE NEOLÍTICA .......................................................................................................................... 10
4 A ARTE PRIMITIVA ........................................................................................................................... 13
RESUMO DO TÓPICO 1 ....................................................................................................................... 16
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 17
TÓPICO 2 - ARTE NO EGITO ............................................................................................................. 19
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 19
2 ESTRUTURA DA ARTE EGÍPCIA ................................................................................................... 20
 2.1 MONARQUIA ANTIGA – DINASTIAS III A X (2778 – 2040 a.C.) ......................................... 20
 2.2 MONARQUIA MÉDIA – DINASTIAS XI A XVII (2040 – 1580) .............................................. 24
 2.3 MONARQUIA NOVA – DINASTIAS DE XVIII A XX (1580-1000) a.C. ................................. 26
RESUMO DO TÓPICO 2 ....................................................................................................................... 31
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 32
TÓPICO 3 - ARTE DO ORIENTE: SUMÉRIOS, ASSÍRIOS E PERSAS ...................................... 35
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 35
2 ARTE DOS SUMÉRIOS ..................................................................................................................... 35
3 ARTE ASSÍRIA ..................................................................................................................................... 38
4 ARTE PERSA ........................................................................................................................................ 40
RESUMO DO TÓPICO 3 ....................................................................................................................... 44
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 45
TÓPICO 4 - ARTE GREGA E ROMANA ........................................................................................... 47
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 47
2 PERÍODOS ARTÍSTICOS DA ARTE GREGA .............................................................................. 48
 2.1 PERÍODO ARCAICO ..................................................................................................................... 48
 2.2 PERÍODO CLÁSSICO .................................................................................................................... 52
 2.3 PERÍODO HELENÍSTICO ............................................................................................................. 57
3 ARTE ROMANA .................................................................................................................................. 59
4 MODA NA ARTE/ARTE NA MODA: ENTRE O POVO GREGO E ROMANO .................... 61
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................. 64
RESUMO DO TÓPICO 4 ....................................................................................................................... 69
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 70
UNIDADE 2 - NOVAS PERSPECTIVAS PARA A ARTE: UM CAMINHAR PELO 
 VÍNCULO RELIGIOSO .............................................................................................. 73
TÓPICO 1 - ARTE NA IDADE MÉDIA: A ARTE BIZANTINA E OS ESTILOS 
 ROMÂNICO E GÓTICO ................................................................................................ 75
suMário
X
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 75
2 ARTE BIZANTINA .............................................................................................................................. 75
3 ESTILO ROMÂNICO ......................................................................................................................... 82
4 ESTILO GÓTICO ................................................................................................................................. 88
RESUMO DO TÓPICO 1 ....................................................................................................................... 95
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 96
TÓPICO 2 - AS TRANSFORMAÇÕES DA IDADE MÉDIA: RENASCIMENTO 
 ATÉ O ROCOCÓ .............................................................................................................. 99
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 99
2 RENASCIMENTO, DO VERBO RENASCER – DO HOMEM, DA SOCIEDADE 
 E DA CULTURA ................................................................................................................................... 99
3 MANEIRISMO ..................................................................................................................................... 115
4 BARROCO ............................................................................................................................................. 117
5 ROCOCÓ ...............................................................................................................................................134
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................. 139
RESUMO DO TÓPICO 2 ....................................................................................................................... 142
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 143
UNIDADE 3 - CAMINHANDO PARA A ARTE MODERNA ....................................................... 147
TÓPICO 1 - A ARTE CAMINHA PARA A ERA DOS “ISMOS”: NEOCLASSICISMO .......... 149
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 149
2 NEOCLASSICISMO ........................................................................................................................... 150
RESUMO DO TÓPICO 1 ....................................................................................................................... 161
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 162
TÓPICO 2 - ROMANTISMO ............................................................................................................... 163
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 163
2 ROMANTISMO: UMA RECUSA AO NEOCLASSICISMO E UM RETORNO 
 ÀS FONTES DA IDADE MÉDIA ..................................................................................................... 163
RESUMO DO TÓPICO 2 ....................................................................................................................... 172
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 173
TÓPICO 3 - REALISMO ........................................................................................................................ 175
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 175
2 REGISTRO SOCIAL NAS TELAS ................................................................................................... 176
3 ART NOUVEAU – RIQUEZAS DA INDUSTRIALIZAÇÃO ...................................................... 182
RESUMO DO TÓPICO 3 ....................................................................................................................... 189
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 190
TÓPICO 4 - O MOVIMENTO IMPRESSIONISTA E A FOTOGRAFIA ..................................... 191
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 191
2 A ARTE IMPRESSIONISTA .............................................................................................................. 191
3 CARACTERÍSTICAS IMPRESSIONISTAS E SEUS ARTISTAS .............................................. 193
4 FOTOGRAFIA COMO INFLUÊNCIA ............................................................................................ 204
5 SEGUIDORES IMPRESSIONISTAS, OUTRO OLHAR .............................................................. 205
6 PONTILHISMO – EVOLUÇÃO DO IMPRESSIONISMO ......................................................... 208
RESUMO DO TÓPICO 4 ....................................................................................................................... 211
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 212
XI
TÓPICO 5 - PÓS-IMPRESSIONISMO: A PLURALIDADE TEMÁTICA QUE O “PÓS” 
PROPORCIONOU ........................................................................................................... 213
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 213
2 A ARTE DOS ARTISTAS PÓS-IMPRESSIONISTAS .................................................................. 213
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................. 227
RESUMO DO TÓPICO 5 ....................................................................................................................... 230
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 231
REFERÊNCIAS ........................................................................................................................................ 233
XII
1
UNIDADE 1
A ARTE NA ANTIGUIDADE
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
Ao final desta unidade você será capaz de:
• compreender que a História da Arte na Antiguidade, por meio de suas ex-
pressões artísticas, serviu de exemplo para outros povos na organização 
sociocultural.
 
• identificar as especificidades das artes de cada civilização, a começar pela 
produção artística das culturas antigas, partindo da Pré-História até a arte 
romana.
Esta unidade está dividida em quatro tópicos. Em cada um deles, você 
encontrará atividades que auxiliarão na compreensão dos conteúdos 
apresentados.
TÓPICO 1 – ORIGENS DAS MANIFESTAÇÕES ARTÍSTICAS: ARTE PRÉ- 
HISTÓRICA
TÓPICO 2 – ARTE NO EGITO
TÓPICO 3 – A ARTE DO ORIENTE: SUMÉRIOS, ASSÍRIOS E PERSAS
TÓPICO 4 – ARTE GREGA E ROMANA
Assista ao vídeo 
desta unidade.
2
3
TÓPICO 1
UNIDADE 1
ORIGENS DAS MANIFESTAÇÕES ARTÍSTICAS: 
ARTE PRÉ-HISTÓRICA
1 INTRODUÇÃO
Em que momento da história se pode compreender o início da arte? De 
onde vêm a vontade e a necessidade de criar e se manifestar artisticamente? Esses 
questionamentos permitem entender o contexto histórico artístico que tem início 
na Pré-História. Durante muito tempo, arqueólogos, historiadores e pesquisadores 
fizeram pesquisas aprofundadas sobre este período de grandes indagações.
Se analisarmos o que hoje torna nossa vida mais fácil, poderíamos citar 
uma diversidade de criações e as tecnológicas seriam as mais citadas. Mas você 
já parou para pensar sobre a importância das ferramentas que nos ajudam a 
superar as limitações físicas? Estamos cercados de objetos que foram criados na 
Pré-História e aprimorados com outros povos, por exemplo, as machadinhas e 
martelos desenvolvidos com materiais que provinham da natureza, e hoje são 
industrializados.
 
Destacamos também que na Pré-História tivemos os primeiros registros 
pictóricos, que trazem elementos figurativos de animais e o estereótipo de figura 
humana, além de esculturas, com destaque para o feminino. Mas para que possamos 
entender a evolução nessa era, vamos estudá-la nas suas divisões em períodos: 
Paleolítico ou Idade da Pedra Lascada; Neolítico ou Idade da Pedra Polida, e Arte 
Primitiva.
2 A ARTE PALEOLÍTICA
A Era Glacial durou dezenas de milênios e corresponde a um período de 
tempo em que boa parte do planeta estava coberta de gelo, logo, os homens não 
existiam. Com as eras glaciais vieram várias mudanças naturais, surgindo assim 
o primeiro período, denominado de Paleolítico. Foi neste período que começou a 
história humana e da arte. Nesse sentido, podemos dividir o Paleolítico em três 
períodos, denominados de: Paleolítico Inferior, Paleolítico Médio e Paleolítico 
Superior.
O primeiro período refere-se ao Paleolítico Inferior, conhecido também 
como Idade da Pedra Lascada, que corresponde a 200.000 anos a.C. Mas por 
que estenome? Devido à criação de instrumentos e armas que foram feitos de 
pedra, mas que tiveram as pontas lascadas e bordas cortantes que auxiliavam nas 
UNIDADE 1 | A ARTE NA ANTIGUIDADE
4
caçadas e na luta pela sobrevivência, sendo, assim, caracterizados como caçadores 
e coletores, além de se protegerem dos nômades com estas armas confeccionadas 
por eles.
Estes objetos foram encontrados na África, confeccionados pelo Homo 
habilis, que utilizou ferramentas rudimentares por aproximadamente um milhão e 
meio de anos. Depois deste período surgiu o Homo erectus, outra evolução humana, 
quando o homem se pôs a andar de forma ereta, permitindo tomar espaço do Homo 
habilis e, assim, ocupando outras regiões da Ásia e da Europa.
O segundo período é o Paleolítico Médio, que compreende entre 200.000 
a 35.000 a.C., no qual surgiu o Homo neanderthalensis, o Homem de Neandertal. 
Sua existência está ligada ao homem moderno. Essa espécie se adaptou ao 
período frio da Europa, mais precisamente no Vale de Neander, na Alemanha, 
onde os primeiros ossos desses homens foram encontrados. Possuíam ferramentas 
como machadinhas, facas e lanças para uso alimentício, e como defesa contra 
outros grupos usavam o corpo para as lutas. Desse período datam as primeiras 
sepulturas, e isso aconteceu porque o homem, ao perceber que não veria mais 
seu companheiro, cavou uma fossa onde o sepultou, colocando junto a seu corpo 
nacos de carne, a fim de que ele pudesse se alimentar em algum momento da sua 
viagem. Com o passar do tempo, o Homem de Neandertal desapareceu, e surgiu 
outro tipo humano, semelhante ao homem moderno, e junto a ele vieram novas 
condições ambientais, onde o homem pôde aproveitar melhor os lugares para sua 
sobrevivência.
O terceiro período cabe ao Paleolítico Superior, que compreende de 35.000 
a 8.000 a.C. Este período caracteriza-se pela fabricação de ferramentas rudimentares 
e outros objetos, além de surgirem as primeiras organizações sociais, onde o grupo 
se baseava na caça, na pesca e na coleta de folhas e frutos. Enquanto que na arte, 
os Homo sapiens realizaram as primeiras manifestações artísticas nas paredes de 
cavernas, como em Altamira (na Espanha). Além da Espanha, foram descobertas 
ainda pinturas em Lascaux e Chauvet, na França.
Essas pinturas que foram encontradas consistiam em traços nas paredes 
das cavernas. Esses traços foram chamados de rupestres, do latim rupes, que quer 
dizer “rocha”. Para Proença (2011, p. 10), “[...] as primeiras expressões da arte eram 
muito simples. Consistiam em traços feitos nas paredes das cavernas ou nas mãos 
em negativo”, como mostra a imagem a seguir:
TÓPICO 1 | ORIGENS DAS MANIFESTAÇÕES ARTÍSTICAS: ARTE PRÉ- HISTÓRICA
5
FIGURA 1 - MÃOS EM NEGATIVO, FEITAS HÁ 13 MIL E 9.500 ANOS, NA COVA DAS 
MÃOS, NA PATAGÔNIA, ARGENTINA 
FONTE: Disponível em: <http://lounge.obviousmag.org/psicologia_na_
contemporaneidade/2014/11/as-artes-e-a-evolucao-da-especie-humana.
html>. Acesso em: 3 jan. 2017.
De acordo com Proença (2011), as mãos impressas nas paredes das cavernas 
foram produzidas com um pó colorido, por meio de trituração de rochas. Depois, 
com um osso, como se fosse um canudo, o pó foi soprado sobre a mão encostada 
na parede. Toda a área em volta da mão ficava colorida, assim foi criada uma 
silhueta da mão como negativo de uma fotografia.
 
De acordo com estudiosos, referente à arte da pré-história, as impressões 
em negativo realizadas nas paredes, no solo ou em placas de barro, bem como 
pinturas de animais, surgiram como possíveis formas de comunicação. 
Para a realização de tal feito, que vamos chamar de artístico, Proença (2011, 
p. 10) contribui dizendo que nas pinturas encontradas nas paredes das cavernas 
eram utilizados “[...] óxidos minerais, ossos carbonizados, carvão, vegetais, suco de 
ervas e sangue de animais. Os elementos sólidos eram esmagados e dissolvidos na 
gordura dos animais caçados”. Como pincéis, usavam os dedos ou instrumentos 
feitos de penas e pelos. Depois de terem os materiais necessários, faziam as 
representações figurativas das espécies de animais desenhados, como: “os cavalos 
que são os mais numerosos, seguidos pelo bisão, pelo boi, pelo mamute, pelo 
cervo, pela camurça, pelas figuras antropomórficas e pelos carnívoros; os peixes 
são raros e as aves quase desconhecidas” (ZARATE, BRAGA, 2008, p. 12). 
No entanto, as pinturas deste período podem ser compreendidas por 
aspectos de naturalismo: o artista do Paleolítico representava seres do modo como 
os via em uma determinada perspectiva, isto é, reproduzia a natureza tal qual sua 
visão captava, como podemos visualizar na figura a seguir:
UNIDADE 1 | A ARTE NA ANTIGUIDADE
6
FIGURA 2 - PINTURA RUPESTRE DE BISÃO, CAVERNA DE ALTAMIRA – ESPANHA
FONTE: Museu arqueológico, Barcelona. Disponível em: <http://oglobo.globo.com/
sociedade/historia/abertura-da-caverna-de-altamira-gera-discussao-sobre-
acesso-do-publico-monumentos-15778878>. Acesso em: 3 jan. 2017.
 Muitas vezes pensamos: como o homem pôde realizar pinturas rupestres 
em locais de difícil acesso? Uma das possíveis explicações seria a de que o homem, 
que era caçador, realizava pinturas como ritual de magia.
A esta magia coube a hipótese de que eles realizavam pinturas de animais 
transpassados por flechas e lanças como modo de aprisioná-los na imagem, e isto 
resultaria em maior poder do homem sobre a caça que seria realizada. Janson 
(2001, p. 41) nos explica que:
[...] ao matar o animal na imagem, o homem não conseguirá 
estabelecer uma distinção nítida entre as imagens e a realidade. 
Por isso, as imagens mortas perdiam o seu poder uma vez 
efetuado o rito da matança, e deixavam de servir para uma nova 
feitiçaria.
TÓPICO 1 | ORIGENS DAS MANIFESTAÇÕES ARTÍSTICAS: ARTE PRÉ- HISTÓRICA
7
FIGURA 3 - ARTE DO HOMEM DAS CAVERNAS: BISÃO FERIDO POR FLECHAS 
(NIAUX, SUL DA FRANÇA)
FONTE: Disponível em: <http://www.coladaweb.com/historia/periodo-
paleolitico-ou-idade-da-pedra-lascada>. Acesso em: 3 jan. 2017.
Os homens pré-históricos, ao realizarem as pinturas de animais, 
proporcionavam uma determinada força como caçadores e, claro, adquirindo 
confiança para realizar a caça e matar os animais com as armas primitivas 
desenvolvidas por eles. No entanto, bisões, aparentemente veados e cavalos foram 
pintados em forma de movimento. Neste caso coube possivelmente a possibilidade 
de se usar traços fortes que expressavam a ideia de vitalidade. Como mostra a 
figura acima, entender esta ação neste período histórico exige muita pesquisa 
científica para desvelar as pinturas que chegaram até nós nos dias de hoje.
Nesse período ainda, esculpir e talhar eram atividades cotidianas do Homo 
sapiens. A partir da estabilidade de moradia, o homem se apropriou de outros 
materiais, como a pedra e o marfim, e realizou pequenas esculturas. Conforme 
Proença (2011, p. 11), “nota-se o predomínio das figuras femininas e a ausência 
de figuras masculinas”, como uma série de Vênus que se destacam. São figuras 
femininas nuas, tendo algumas características mais exageradas que outras, como 
os seios, as nádegas e o estômago, que costumam ser volumosos, enquanto os 
pés, as mãos e características faciais são omitidos. A Vênus de Willendorf, vista na 
imagem a seguir, é um exemplo. 
UNIDADE 1 | A ARTE NA ANTIGUIDADE
8
FIGURA 4 - VÊNUS DE WILLENDORF, ESTATUETA DE 11 CM 
ENCONTRADA NA ÁUSTRIA EM 1908. MUSEU DE 
HISTÓRIA NATURAL, VIENA
FONTE: Proença (2011, p. 11)
Denota-se então que a escultura “Vênus de Willendorf” apresenta 
desproporção e a falta de partes do corpo humano. No entanto, vale destacar que 
o material-base da escultura é pedra, que já apresentava volume, e que lembra 
partes da figura humana. Para Proença (2010, p. 9), a Vênus tem 
[...] a cabeça como prolongamento do pescoço, a ausência de detalhes 
do rosto, os seios volumosos,o ventre saltado e as grandes nádegas. Na 
antiguidade, Vênus para os romanos – ou Afrodite para os gregos – era 
uma bela deusa que despertava amor nos deuses e nos seres humanos 
[...]. No século XIX, em escavações na França, foram descobertas 
esculturas de figuras femininas pré-históricas. Os arqueólogos 
chamaram de Vênus também a figura de Willendorf.
Nesse sentido (JANSON, 2001, p. 45), destaca que a Vênus de Willendorf 
apresenta “[...] o umbigo, que marca o centro do desenho, é uma cavidade natural 
da pedra [...] como as pinturas efetuadas nas paredes das cavernas, algumas foram 
contornadas, pois as rochas proporcionavam o desenho natural e a imagem então 
foi concebida”. Compreendemos então que essas esculturas de pedra, na sua 
maioria, foram moldadas pelo próprio meio natural.
TÓPICO 1 | ORIGENS DAS MANIFESTAÇÕES ARTÍSTICAS: ARTE PRÉ- HISTÓRICA
9
UNI
Uma mãe de 25 mil anos
A cabeça dela era indefinível, uma bola escamada, sem 
narinas, sem olhos, boca ou orelhas, mas os seus seios 
e o seu abdômen eram imensos, inflados, colossais. 
Tratava-se de uma pequena estátua (11.1 cm de altura) 
encontrada nas proximidades de Willendorf, na Áustria, 
em 1908. Visivelmente era de uma mulher prestes a dar 
à luz, uma estatueta de uma futura mãe. Chamaram-na 
ironicamente de Vênus de Willendorf. Posteriormente, o 
pequeno objeto, submetido às perícias do carbono 14, 
um quase exato método científico que apura a idade 
dos achados, revelou que aquela senhora esculpida com 
as primitivas ferramentas do Paleolítico Superior datava 
de 24 ou 25.000 anos atrás! Não havia nela nem um só 
traço de beleza. Nenhuma exaltação à feminilidade ou à 
graça da mulher. Aquele que a modelou, talvez um xamã, 
um sacerdote-artista, viu-a apenas na sua função mais 
natural, a mais primitiva da mulher: gerar filhos. Terem-
na cinzelado naquele estado pré-natal, sem nenhuma 
preocupação estética, segundo os antropólogos, revelava 
que a exclusiva preocupação daquela remotíssima 
sociedade era com a reprodução da espécie. A estátua 
era um pleito às forças mágicas ou divinas. Desenharam-
na redonda, em formas abundantes, porque esperavam 
que as mulheres dessem filhos e mais filhos à tribo. A 
mulher era a usina da vida, de cujo ventre saltavam os 
guerreiros e os caçadores do clã. 
FONTE: Disponível em: <http://educaterra.terra.com.br/
voltaire/artigos/matriarcado.htm>. Acesso em: 3 jan. 2017.
A "Vênus" do Paleolítico, um ícone 
da maternidade
Você sabia que existiram outras vênus além da Willendorf? A maior 
parte delas é naturalista, ou seja, o meio natural moldou – apresentando formas 
exageradas, que fazem parte dos pedaços naturais das pedras. Mas existiram 
esculturas que foram desenvolvidas de forma simplificada, tendo então ação 
humana. Acredita-se que muitas delas foram desenvolvidas para garantir 
abundância de alguma forma, em vez de serem símbolos eróticos, pois, no contexto 
onde foram encontradas, denotam uma importância doméstica, do cuidado, da 
atenção para com o lugar e o outro.
Vejamos algumas das vênus que foram encontradas pelo mundo e, claro, 
onde algumas apresentam um refinamento realizado pela ação do homem, que 
varia de acordo com o país.
UNIDADE 1 | A ARTE NA ANTIGUIDADE
10
FIGURA 5 - VÊNUS NO PALEOLÍTICO SUPERIOR
Vênus de Lespugne 
(França),
Museu de Paris.
Vênus de Laussel (França), 
segurando um chifre de 
bisão.
Vênus de Vestonice 
(República Tcheca).
Foi desenvolvida de 
forma naturalista, como 
a de Willendorf, tendo 
partes mais exageradas 
do que outras.
Foi esculpida em baixo 
relevo, apresenta traços 
desalinhados.
Foi desenvolvida de 
forma naturalista. 
Apresentando um corpo 
mais equilibrado do que 
a Vênus de Lespugne.
FONTE: Adaptado de Gowing (2008)
No período paleolítico superior, podemos observar que se anunciava uma 
vida em grupos, onde de certa forma caminhavam para divisões de tarefas. Desse 
modo, entende-se que os povos começaram a se fixar em determinado lugar e a 
tirar seu sustento do meio ambiente, além de levar a sua arte, fazendo surgir, assim, 
um novo homem e uma nova vida cultural, pertencente ao período Neolítico.
3 A ARTE NEOLÍTICA
O período Neolítico ou Idade da Pedra Polida compreende entre 6.000 até 
4.000 a.C, onde o homem passou a construir as primeiras moradias, domesticar 
os animais e realizar o plantio. Essas ações ocasionaram aumento da população, 
surgindo as primeiras famílias, bem como a divisão de atividades, por exemplo, 
o homem voltado à responsabilidade da caça e a mulher ocupada com o plantio. 
Nesse período descobriu-se como produzir o fogo através do atrito das 
pedras, permitindo ao homem trabalhar com metais. Também se descobriu que 
o calor do fogo endurecia o barro, o que possibilitou o surgimento da cerâmica, e 
por meio dela, o homem passou a fazer potes onde armazenava água e alimentos. 
TÓPICO 1 | ORIGENS DAS MANIFESTAÇÕES ARTÍSTICAS: ARTE PRÉ- HISTÓRICA
11
Foram criados ainda, novos valores culturais relacionados às suas crenças, pois o 
homem começou a enterrar os mortos. 
Nesse período, deixou-se para trás o estilo naturalista do Paleolítico, 
surgindo o estilo geometrizante. 
As pinturas das cerâmicas foram realizadas com o uso de linhas múltiplas 
e estreitas. Com o tempo, as linhas deram lugar às pinturas em grandes áreas dos 
blocos, com linhas curvas orgânicas e equilibradas. Posteriormente apareceram 
círculos, quadrados e formas espirais, distribuídos de forma proporcional nos 
vasilhames, muitas vezes formando rostos.
UNI
Pertencentes às linguagens visuais, as linhas curvas orgânicas eram realizadas de 
forma livre, fluida, que não permitiram em nenhum momento que se convertessem em linhas 
retas.
Vejamos, a seguir, vasos que tiveram a arte da geometrização como marco 
artístico.
FIGURA 6 - JARRO ANTROPOMÓRFICO 
ENCONTRADO NO NORTE DA 
BULGÁRIA – 6.000 a.C
FIGURA 7 - VASOS BICÔNICOS DO 
GRUPO DE TRÍLOPE, ENCONTRADOS 
NA UCRÂNIA
FONTE: Zarate; Braga (2008, p. 24) FONTE: Zarate; Braga (2008, p. 23
UNIDADE 1 | A ARTE NA ANTIGUIDADE
12
As pinturas apresentaram mudanças temáticas nas cavernas, onde 
começaram a aparecer pinturas com temas de vida coletiva, por exemplo, a dança, 
mostrando movimento nos braços e nas pernas das figuras humanas estereotipadas. 
Segundo Proença (2011, p. 13), “[...] a preocupação com o movimento levou à 
criação de figuras cada vez mais leves, ágeis, pequenas, com poucas cores. Com o 
tempo, tais figuras reduziram-se a traços e linhas muito simples, mas capazes de 
transmitir sentido a quem as via”.
FIGURA 8 - PINTURA RUPESTRE NAS CAVERNAS DE TASSILI N’AJJER, NA ARGÉLIA 
FONTE: Proença (2011, p. 12) 
Ainda conforme Proença (2011), pinturas com cenas de dança em grupo 
possivelmente estavam ligadas ao trabalho de plantação e colheita. 
Foi um período de mudanças em relação à moradia. Começaram a sair 
de suas cavernas para fazer as primeiras esculturas monumentais. Surgiu uma 
colossal arquitetura de pedras erguidas em duas formas básicas: o dólmen e o 
cromeleque. 
O dólmen que consiste em enormes pedras verticais cobertas por uma 
laje, parecendo uma mesa gigante. Alguns destes dolmens eram túmulos ou casas 
de mortos e cromeleques (monumento pré-histórico, composto de menires que 
formam um ou vários círculos ou elipses), quando são várias pedras dispostas em 
círculos.
O cromeleque, como mostra a figura a seguir, é o “Stonehenge”, que está 
localizado na Inglaterra, com pedras medindo até quatro metros e pesando até 
50 toneladas. Alguns estudiosos acreditam que essas construções estão ligadas ao 
culto ao Sol.
TÓPICO 1 | ORIGENS DAS MANIFESTAÇÕES ARTÍSTICAS: ARTE PRÉ- HISTÓRICA
13
FIGURA 9 – STONEHENGE, INGLATERRA
FONTE: Disponível em: <http://brasil.visitbritainblog.com/2015/09/alem-de-stonehenge/>. 
Acessoem: 3 jan. 2017. 
DICAS
Filme para complementação de estudos acadêmicos: A GUERRA DO FOGO 
aborda o momento em que o homem descobre o fogo, e toda mudança suscetível após. Este 
filme vem como forma de complementar seus estudos com uma fundamentação histórica.
 Já OS CROODS traz de forma leve a vivência de um grupo familiar que desbrava o habitat 
natural, onde descobriram formas de se relacionar, fazer arte e se adaptar a cada momento 
vivido.
Podemos compreender que para haver os períodos da pré-história, o homem 
precisou ser nômade, desbravando lugares e, aos poucos, centralizando-se em 
um só, onde se firmou para cultivar, caçar e viver em grupos familiares. Nesses 
períodos fez várias descobertas, seja de utensílios, ferramentas, que auxiliaram na 
realização artística. Mas há outro povo que procurou viver mais isolado, descobrindo 
e aprendendo entre eles, chamado de povo primitivo, que viveu na África.
4 A ARTE PRIMITIVA
Após o período paleolítico, surge outro modo de vida, que é a Arte Primitiva, 
onde os homens viviam na África e não tinham a intenção de se expandirem 
territorialmente. Com isso, os saberes artísticos e culturais provêm dos seus costumes 
diários. 
 
Há pouca informação da sua arte, mas muitas tribos desenvolveram uma 
arte voltada à cestaria, talhas ou mesmo ao trabalho com metais, que de certa forma 
serviam para protegê-los. Para Gombrich (1999, p. 44), “os artistas tribais podem 
produzir obras tão corretas na representação e interpretação da natureza quanto o 
mais hábil trabalho de um mestre ocidental”.
 
UNIDADE 1 | A ARTE NA ANTIGUIDADE
14
Um dos trabalhos artísticos realizados por este povo se refere à criação 
de máscaras, que auxiliavam nos rituais de dança, para atrair os espíritos. Essas 
máscaras eram produzidas em diversos modelos, como animais, humanos e figuras 
híbridas, tornando-as muitas vezes assustadoras, com o propósito de assustar e 
afastar o inimigo. Nesse sentido, cada máscara apresentava uma peculiaridade para 
a função que iria exercer.
FIGURA 10 - MÁSCARA EGBO EKOI – NIGÉRIA
FONTE: Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/
File:M%C3%A1scara_Egbo_Ekoi_-_Nig%C3%A9rie-
Camar%C3%B5es.jpg>. Acesso em: 3 jan. 2017. 
Outro ponto a destacar se refere à construção. Os povos primitivos 
expandiram suas casas, que eram de madeira, pois gostavam de representar cenas 
lendárias. Eles também cultuavam os antepassados. Na Ilha de Páscoa encontram-
se alinhadas figuras gigantes talhadas em rocha vulcânica. De acordo com Janson 
(2001, p. 58), “havia o costume de acumular as caveiras dos antepassados em 
grandes depósitos, como cemitérios de espíritos [...]”. 
TÓPICO 1 | ORIGENS DAS MANIFESTAÇÕES ARTÍSTICAS: ARTE PRÉ- HISTÓRICA
15
FIGURA 11 - GUARDIÕES NA ILHA DE PÁSCOA (RAPA NUI). FEITOS DE PEDRA. 
MEDEM ENTRE 6 A 10 METROS DE ALTURA
FONTE: Disponível em: <http://cazamitos.com/wp-content/uploads/2011/06/Los-
7-Moais-de-la-Isla-de-Pascua..jpg>. Acesso em: 3 jan. 2017.
No campo da expressão da arte, algumas tribos desenvolveram a técnica da 
pintura em areia. Segundo Janson (2001, p. 70), “a técnica, que exige considerável 
perícia, consiste em lançar pó de pedra ou de terra de várias cores sobre um 
leito plano de areia”. Essa pintura em areia era um ritual de grande intensidade 
emocional, tanto para o médico como para o paciente, que estava adoecido. 
Portanto, os povos primitivos viviam isolados e a troca de saberes e fazeres estava 
em torno da cultura deles. Restaram poucos registros documentados sobre eles.
16
• A Pré-História divide-se em três períodos: Paleolítico ou Idade da Pedra Lascada, 
Neolítico ou Idade da Pedra Polida e Arte Primitiva.
• A Arte Paleolítica divide-se em três linhas: Período Inferior, quando os homens 
eram caçadores e coletores. No Paleolítico Médio começaram a construir seus 
instrumentos para caça e também lutavam utilizando seu próprio corpo. Já no 
Paleolítico Superior os homens começaram a fazer as primeiras impressões 
nas paredes das cavernas, como também pequenas esculturas com formas 
desproporcionais.
• Na Arte Neolítica, o homem começou a fazer potes de cerâmica, que serviam 
para armazenar água e alimentos. Também fizeram pinturas com temáticas 
grupais nas paredes e construções grandes que serviam como proteção.
• Na Arte Primitiva, o povo produzia a cestaria e máscaras. As máscaras tinham 
intencionalidade de afastar seus inimigos, como também usavam para os 
momentos de danças e espanto de espíritos. Cultuavam esculturas que foram 
talhadas em rochas vulcânicas.
RESUMO DO TÓPICO 1
17
1 Várias Vênus foram criadas ao longo da história da arte. Vejamos algumas:
AUTOATIVIDADE
F I G U R A 1 - Vê n u s d e 
Willendorf. Altura: 11 cm. 
Museu de História Natural, 
Viena.
FIGURA 2 - Vênus 
de Milo (séc. II a.C). 
Altura: 2,02m. Museu 
do Louvre, Paris.
Sabemos que essas versões foram feitas em momentos diferentes, 
compreendendo o momento histórico e os preceitos estéticos que também se 
diferenciam no contexto artístico. Desta forma, analise as seguintes sentenças:
I- A Vênus de Willendorf é uma pequena escultura pré-histórica. O seu corpo 
apresenta características femininas.
II- A Vênus de Milo é uma estátua da Grécia Antiga pertencente ao acervo 
do Museu do Louvre, situado em Paris, França. Segundo a história, esta 
escultura foi descoberta no ano 2000 na ilha de Milo.
III- A Vênus de Willendorf pertence ao período Neolítico, quando o homem não 
era mais nômade, firmando-se em algum lugar onde, na troca de aprenderes 
entre os homens, pôde aprender técnicas para esculpir.
IV- A Vênus de Milo apresenta-se como uma escultura mais real que a Vênus 
pré-histórica, pois foi realizada na Grécia séculos mais tarde, quando o 
homem apresentava domínio sobre técnicas e materiais.
De acordo com as sentenças, assinale a alternativa correta:
( ) As alternativas I e IV estão corretas.
( ) As alternativas I, II e IV estão corretas.
( ) Apenas a alternativa II está correta.
( ) As alternativas I, II e III estão corretas.
18
2 A arte pré-histórica surge a partir da necessidade do ser humano de se 
comunicar. Neste sentido, ela é manifestada por meio do desenho, da 
gravura, da escultura e da pintura. Com relação à pintura da arte paleolítica 
é CORRETO afirmar que:
( ) A pintura busca as formas reais da natureza.
( ) A pintura busca as perfeições em formas geométricas.
( ) A pintura busca retratar homens, animais e aves de forma estilizada.
( ) A pintura busca a idealização das formas humanas.
Assista ao vídeo de
resolução da questão 2
19
TÓPICO 2
ARTE NO EGITO
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
Este tópico tem como propósito compreender a arte no Egito, considerando 
aspectos artísticos que revelam a cultura desse povo. A essência cultural fica em 
torno da arquitetura e seus mistérios internos; esculturas rígidas, pinturas murais 
chapadas e que contam a realidade diária do povo. 
Iniciamos a arte egípcia com as construções, onde os templos eram 
preparados para receber o rei (intitulado como faraó) e seus respectivos acessórios, 
pois acreditavam em uma vida após a morte.
A preservação da aparência do rei constituiria uma garantia a mais 
da continuidade de sua existência por toda eternidade. "Assim, 
mandavam talhar a cabeça do monarca em granito, duro e imperecível, 
e a depositavam na tumba, longe dos olhares de todos, para lá operar 
sua magia e assim ajudar sua alma a manter-se viva na imagem e por 
intermédio dela" (GOMBRICH, 2013, p. 50).
Para realizar tal feito, havia a crença de manter vivo aquele que foi uma 
pessoa importante para o povo egípcio. Aos poucos, pessoas nobres também 
requisitaram túmulos para abrigar seus pertences junto ao corpo. 
Você, acadêmico, conhece na cultura de algum povo esse ritual, ou mesmo 
a ideia de eternizarjunto ao corpo um objeto que esteve presente com a pessoa 
durante a vida toda, e que levará junto a si para a eternidade? Reflita!
Para os egípcios, a expressão da pintura estava presente nas paredes dos 
túmulos e as miniaturas de esculturas iam junto com o morto. Antes das miniaturas 
serem enterradas junto com o corpo, havia o costume de enterrar os servos e 
escravos, sacrificados para acompanhar o rei ao outro mundo. Mas essa barbárie 
foi extinta, vindo a serem introduzidas as esculturas em miniatura, “[...] com a 
ideia de fornecer à alma ajudantes para a outra vida – uma crença muito comum a 
diversas culturas antigas” (GOMBRICH, 2013, p. 51).
Podemos compreender, então, que a pintura e a escultura não estavam 
ligadas à beleza, mas sim à obrigação de preservar tudo por meio do registro da 
arte. Desenhavam o que fosse significativo e que aparecesse de forma clara, sem 
seguir regras, por isso você verá, mais adiante, a forma de representação do corpo, 
os elementos que faziam parte, sendo simplificados com a intenção de contar por 
meio da arte o cotidiano de um homem ou mesmo a história de um povo.
UNIDADE 1 | A ARTE NA ANTIGUIDADE
20
Portanto, as expressões artísticas, sejam elas pintura, escultura ou 
arquitetura, apresentavam leis rígidas. As pinturas dos homens tinham o tom 
de pele mais escuro que o das mulheres; as esculturas, muitas delas, eram 
representações de pessoas sentadas e com as mãos sobre os joelhos e a arquitetura 
apresenta mistérios que até hoje muitos procuram desvendar. Para conhecer um 
pouco mais sobre o legado artístico desse povo, convidamos você a desfrutar o 
texto a seguir. 
2 ESTRUTURA DA ARTE EGÍPCIA
A organização social do Egito parecia militar, centrada na riqueza que era 
produzida por várias mãos, principalmente de escravos. Uma das riquezas coube 
ao desenvolvimento da escrita, ao destaque na matemática, ciência e medicina. Este 
povo que teve determinados destaques se desenvolveu nas margens do Rio Nilo, 
com as primeiras civilizações divididas em dinastias. A primeira foi a Monarquia 
Antiga, que teve como destaque a pintura, a escultura e a arquitetura.
2.1 MONARQUIA ANTIGA – DINASTIAS III A X (2778 – 2040 
a.C.)
Esta monarquia evidencia a representação pictórica, onde a clareza da 
pintura estava em torno da lei da frontalidade, um marco da pintura durante 2.500 
anos.
Arquitetura
Um dos maiores destaques arquitetônicos coube às pirâmides, ainda um 
mistério para os engenheiros, devido à sua técnica de construção. 
As de maior relevância são as três pirâmides de Gizé: Quéops, Quéfren e 
Miquerinos. Para Seidel e Schulz (2006), a Queóps, que é a maior de todas, tem 
146,5 m de altura e 230m de lado, e seu maior destaque é a forma de construção, 
que se resume a uma parede de blocos, sem nenhum material entre elas para firmar 
melhor.
Já a pirâmide de Quéfren, construída décadas mais tarde, tem 143,5m de 
altura e é a segunda maior pirâmide do Egito. Apresenta revestimento original de 
calcário fino e polido, completando o conjunto das pirâmides com a de Miquerinos. 
Esse conjunto de pirâmides servia, provavelmente, para abrigar os restos mortais 
dos faraós.
TÓPICO 2 | ARTE NO EGITO
21
FIGURA 12 - PIRÂMIDES DE MIQUERINOS, QUÉFREN E QUÉOPS, EM GIZÉ
FONTE: Disponível em: <https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/d/d7/
Pir%C3%A2mides_Qu%C3%A9ops%2C_Qu%C3%A9fren_e_Miquerinos.jpg?uselang=pt-
br>. Acesso em: 3 jan. 2017.
UNI
Como foram construídas as pirâmides?
Para erguer uma delas, era necessário o trabalho de milhares de homens ao longo de mais ou 
menos 25 anos. As estimativas variam, mas as pesquisas mais recentes falam de 10 mil a 40 mil 
trabalhadores (bem menos que as mais antigas, que mencionavam até 100 mil). Ao construí-
las, era necessário investir praticamente todos os recursos do Estado. Blocos de calcário eram 
extraídos com martelos e outras ferramentas e transportados de barco pelo rio Nilo. Depois, 
eram arrastados até uma rampa em torno da primeira camada de pedras da pirâmide. Para isso, 
usavam-se trenós e rolos feitos de troncos.
Hoje, investir em obras que tivessem comparativamente a mesma magnitude levaria qualquer 
país à falência. A expressão "obras faraônicas" é utilizada para indicar coisas construídas com 
dinheiro público por políticos, que gostam de se promover gastando muito mais do que podem.
FONTE: <http://educacao.uol.com.br/historia/egito-antigo-verdades-e-mentiras-sobre-a-
civilizacao-multimilenar.jhtm>. Acesso em: 3 jan. 2017.
Junto a estas pirâmides se encontra a Esfinge, considerada a maior escultura 
do antigo Egito. Esta obra foi esculpida a partir de uma rocha e apresenta feições 
miscigenadas. Contudo, para Seidel e Schulz (2006), a cabeça da escultura provém 
de uma unificação entre parte humana e parte animal, sendo o corpo de um leão e 
a cabeça de um faraó, como podemos ver na imagem a seguir:
UNIDADE 1 | A ARTE NA ANTIGUIDADE
22
FIGURA 13 - ESFINGE – IV DINASTIA, C. 2530 a.C.
FONTE: Disponível em: <http://upload.wikimedia.org/wikipedia/
commons/9/93/Monumento_Esfinge.JPG?uselang=pt-br>. Acesso 
em: 3 jan. 2017.
Escultura
Além da riqueza arquitetônica, houve outras expressões artísticas que se 
destacaram, como estátuas-retratos provenientes de sepulcros e templos funerários. 
A posição que era acoplada à escultura do Faraó, a arquitetura, como no caso, no 
templo, enfatizava a relação e a sua importância que tinha com aquele lugar. Para 
assim ter relações com o mundo, mesmo se o túmulo viesse a ser violado. Na 
figura a seguir podemos observar esculturas no templo funerário.
FIGURA 14 - MIQUERINOS – MENKAURÉ E KHAMERERNEBTI II
FONTE: Disponível em: <http://upload.wikimedia.org/wikipedia/
commons/9/98/Menkaure_and_Chamerernebti_
II.jpg?uselang=pt-br>. Acesso em: 3 jan. 2017.
TÓPICO 2 | ARTE NO EGITO
23
A figura acima demonstra o poder que uma escultura em pé ou sentada 
pode exercer, através da rigidez e da simetria.
Para Janson (2001), as estatuárias deste período, mesmo por serem um 
enigma, eram desenhadas sobre três faces (aspectos frontais e laterais) e esculpidas 
por todos os lados do bloco de pedra. O resultado consistia em uma escultura 
sólida e rígida.
Além das esculturas, produziram vasos de várias formas, dimensões e 
materiais, como o alabastro, que é uma pedra branca parecida com o mármore.
Pintura
No que concerne à pintura, Seidel e Schulz (2006) destacam que o corpo 
feminino era representado de amarelo claro ou rosa, enquanto o masculino era 
coberto por branco para o fundo e depois colorido por castanho avermelhado. Mas, 
antes da pintura, primeiramente eram traçadas com todo cuidado as inscrições 
(desenhos) nas paredes, para em seguida selecionar as cores e fazer a pintura, 
conforme podemos ver a seguir:
FIGURA 15 - CULTIVO DE TRIGO
FONTE: Disponível em: <http://reino-de-clio.blogspot.com.br/2015/04/egito-
economia.html>. Acesso em: 3 jan. 2017.
Os saberes artísticos e culturais desta monarquia foram preservados, 
mas aos poucos começou a haver alternâncias, pois tiveram início as lutas civis, 
gerando o enfraquecimento do poder do faraó e resultando na abertura de outra 
monarquia. Esses saberes tomaram novas formas, que veremos a seguir.
UNIDADE 1 | A ARTE NA ANTIGUIDADE
24
2.2 MONARQUIA MÉDIA – DINASTIAS XI A XVII (2040 – 1580)
O Egito passou por conturbadas questões políticas durante 700 anos, 
quando várias foram as dinastias que surgiram, mas com curta duração. Nesse 
sentido, envolveram aspectos sociais, religiosos e políticos, e na arte também 
houve reflexos. O reflexo foi em não seguir regras com base em um realismo físico, 
mas dar ênfase à cor, vivacidade e expressões mais melancólicas. Enquanto as 
construções arquitetônicas voltaram-se aos templos em honra aos deuses, como 
forma de reflexo das alterações religiosas e da situação políticano momento.
 Nesse período ocorreu o desenvolvimento dos teares e da cerâmica, bem 
como novos instrumentos e estilos de música. Dentre as diversas linguagens 
artísticas, a escultura teve maior destaque, como podemos ver na imagem a seguir, 
representada pela escultura acoplada na arquitetura. Na figura a seguir denota-se 
que as esculturas dos faraós que estavam na porta de entrada do templo, além de 
serem enormes, tinham a intenção de mostrar o poder deles.
FIGURA 16 - O TEMPLO DE ABU-SIMBELL NA BAIXA NÚBIA - SÉCULO XII a.C.
FONTE: Disponível em: <http://www.infoescola.com/wp-content/
uploads/2010/03/templo-abu-simbel.jpg>. Acesso em: 3 jan. 2017.
Escultura
A escultura desta monarquia, ao contrário da Monarquia Antiga, que 
marcou o período com esculturas grandes à frente dos templos, ou menores que 
estavam nos templos funerários, trouxeram como características, a definição 
corporal, pois elas são:
TÓPICO 2 | ARTE NO EGITO
25
[...] menores, em madeira pintada (figuras de animais e humanos), 
que apresentavam cenas do cotidiano (barcos de pescadores, artesãos, 
tecelões e até pelotões de escravos). Algumas esculturas eram colocadas 
próximas ao túmulo e serviam para acompanhar o faraó na vida após 
a morte. Como foram feitas em madeira, poucas restaram (LISE, 1992, 
p. 154).
FIGURA 17 - SOLDADOS EM MARCHA PARA A GUERRA. MUSEU 
EGÍPCIO, CAIRO
FONTE: Zarate; Braga (2008, p. 105)
Essas peças, como mostra a figura acima, foram produzidas como acessórios 
funerários, para beneficiar os reis – os objetos eram colocados junto ao túmulo, 
como forma de mostrar o que em vida eles dominavam.
 
Pintura
A pintura apresenta temas como os afazeres do cotidiano dos egípcios, 
além de figuras com posições e alturas diferentes, realizadas em pedra, onde 
faziam sulcos contornando a imagem, e quanto mais profundos eram feitos esses 
sulcos, mais a imagem se destacava. Podemos observar na figura a seguir, em uma 
arte realizada em pedra.
UNIDADE 1 | A ARTE NA ANTIGUIDADE
26
FIGURA 18 - ACKENATON, NEFERTITE E SEUS FILHOS
FONTE: Disponível em: <http://amantesdehistoriadaarte.blogspot.com.
br/2011_06_01_archive.html>. Acesso em: 3 jan. 2017.
Devido a muitos conflitos políticos e sociais, este período entrou em 
declínio, abrindo espaço para uma nova monarquia, como veremos a seguir.
2.3 MONARQUIA NOVA – DINASTIAS DE XVIII A XX (1580-
1000) a.C.
Durante essa monarquia, reis poderosos comandaram o Estado e 
construíram grandes projetos arquitetônicos, a arte teve maior qualidade e era 
muito rica em detalhes.
Arquitetura
Foram construídos vários templos, mas na atualidade um dos poucos 
templos funerários intactos é o da rainha Hatshepsut. Para se construir estes 
templos na Monarquia foram empregados adobes cozidos ao sol, material que 
seria mais econômico, além de algumas construções terem desenhos em que a 
burguesia ornamentava as paredes feitas de blocos, como no templo de Luxor, 
conforme mostra a figura a seguir.
TÓPICO 2 | ARTE NO EGITO
27
FIGURA 19 - TEMPLO DE LUXOR – TEBAS
FONTE: Disponível em: <https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/b/b0/
Entrada_al_templo-luxor-2007.JPG?uselang=pt-br>. Acesso em: 4. Jan. 2017.
Escultura
Período onde a escultura começou a apresentar rigidez e revelar informações 
sociais, étnicas e profissionais. Sendo um dos maiores túmulos o de Tutancâmon, 
onde se encontram vasos, trono, carruagens e várias peças escultóricas. Dentre as 
peças escultóricas encontram-se duas que representam o faraó em ouro, além da 
máscara sobre seu rosto. Segundo Proença (2011, p. 23):
A múmia imperial estava protegida por três sarcófagos, um dentro do 
outro: um de madeira dourada, outro também de madeira, mas com 
incrustações preciosas e, finalmente, o terceiro, em ouro maciço com 
aplicações de lápis-lazúli, coralinas e turquesas e que guardava o corpo 
do faraó.
UNIDADE 1 | A ARTE NA ANTIGUIDADE
28
FIGURA 20 - SARCÓFAGO DE OURO DE TUTANCÂMON
FONTE: Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Tutankhamon_
sarcofago.tif?uselang=pt-br>. Acesso em: 4 jan. 2017.
Os sarcófagos apresentavam detalhes que exaltavam o poder do faraó, 
como entalhes e pinturas. Além do faraó, a escultura da rainha Nefertite foi feita 
em pedra, e devido ao material usado, proporciona maior rigidez à estrutura. Já na 
pintura e nos traços, quebra o vigor rígido, dando mais suavidade e feminilidade 
à escultura, como se pode ver na figura a seguir.
FIGURA 21 - ESCULTURA DA RAINHA NEFERTITI
FONTE: Disponível em: <https://upload.wikimedia.org/wikipedia/
commons/9/94/Nefertiti_altes_Museum2.jpg?uselang=pt-br>. 
Acesso em: 4 jan. 2017.
TÓPICO 2 | ARTE NO EGITO
29
Para Janson (2001), neste período, a beleza esculpida mostra que houve 
alternâncias sociais, políticas e religiosas, e a liberdade artística pôde ser refletida 
na beleza com que eram realizadas as esculturas.
Pintura
A escultura foi marcada pela elegância e leveza, enquanto a pintura, 
pela “lei da frontalidade”, na figura humana. Assim, o tronco era representado 
sempre de frente, enquanto a cabeça, pernas e pés eram retratados de perfil, e 
pintados dessa forma em seus afazeres diários, em obras que decoravam murais 
ou túmulos. Ao ver uma figura representada dessa forma, Proença (2010) ressalta 
que o espectador pode associá-la a uma pintura egípcia. 
Além da pintura, os egípcios começaram a empregar vasos, objetos 
e hieróglifos como elementos estéticos. Muitos papiros com hieróglifos eram 
colocados junto ao morto para confortá-lo em sua passagem, como podemos ver 
na figura a seguir.
FIGURA 22 - UM PAPIRO MOSTRANDO O "DIA SEGUINTE APÓS A MORTE", DE ACORDO 
COM CRENÇAS RELIGIOSAS EGÍPCIAS
FONTE: Disponível em: <https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/f/f5/
Egyptbookdead3.jpg?uselang=pt-br>. Acesso em: 4 jan. 2017.
UNIDADE 1 | A ARTE NA ANTIGUIDADE
30
UNI
O papiro (papel fino, feito de uma planta da família das ciperáceas cujo nome 
científico é Cyperuspapyrus) foi instituído em rolo. Era ilustrado com cenas muito vivas, que 
eram acompanhadas de textos. Podemos destacar o Livro dos mortos, que era posto no 
sarcófago com os cadáveres, e que podia ajudar na sua viagem eterna.
Ainda hoje existem muitos mistérios que rondam a história do Egito, 
principalmente com relação à organização e à estrutura empregadas na construção 
de pirâmides e seus labirintos. Graças a pesquisas semióticas sobre as pinturas 
e objetos encontrados, por meio da utilização de instrumentos tecnológicos foi 
possível aprofundar os estudos, contribuindo com um maior conhecimento sobre 
esta civilização.
31
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico você viu que:
• O Egito dividiu-se em monarquias: Antiga, Média e Nova.
• Na Monarquia Antiga destacam-se as pirâmides do Egito. As esculturas eram 
acopladas principalmente nas portas dos templos e apresentavam uma pintura 
com cenas do seu cotidiano.
• Na Monarquia Média, diferentemente da Monarquia Antiga, as esculturas 
tiveram maior destaque, pois acompanhavam o faraó após sua morte. Neste 
período surgiu a pintura sobre o sarcófago.
• Na Monarquia Nova, os sarcófagos eram esculturas, que apresentavam uma 
verdadeira obra de arte, pois era usado ouro para mostrar o poder que o faraó 
exercia sobre seu povo. As pinturas ficaram mais ricas, sendo usados em outros 
elementos como vasos, objetos e também com hieróglifos.
32
1 Complete as lacunas do texto a seguir que descreve a arte egípcia:
No Egito antigo, a arte era representada por meio da ____________________, da 
escultura e da arquitetura, ligadas à temática ___________________________.
Assinale a sequência que corresponde ao texto acima:
( ) pintura; religiosa.
( ) decoração; política.
( ) decoração; social.
( ) pintura; tecnológica.
2 A pirâmide no Egito precisava ser grandiosa,pois quanto maior ela era, maior 
seu poder e glória. Por este motivo, os faraós se preocupavam com a grandeza destas 
construções. De acordo com as construções de pirâmides no Egito, assinale V para 
verdadeiro e F para falso:
( ) A pirâmide tinha a função de abrigar e proteger a múmia do faraó e toda 
a sua fortuna e pertences em joias, objetos pessoais e materiais, da ação dos 
saqueadores de túmulos.
( ) As pirâmides eram construídas rapidamente, sem muito planejamento, em 
lugares de fácil acesso.
( ) As pirâmides foram construídas de acordo com fórmulas que eram fruto 
de longos estudos e pesquisas de diferentes áreas do conhecimento, como: 
matemática, geometria e demais técnicas ainda desconhecidas. 
( ) As pirâmides eram construções que exerciam uma função de proteção e de 
realizações de momentos festivos do povo egípcio. 
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:
a) ( ) V – F – V – F.
b) ( ) F – V – F – V.
c) ( ) V – F – F – V.
d) ( ) F – V – V – F.
3 As pirâmides são monumentos arquitetônicos conhecidos mundialmente por 
sua beleza e grandiosidade. No entanto, a sua construção teve um significado 
aos egípcios, pois tinham a função de: 
( ) Enterrar peças sagradas junto ao corpo, seja do escravo ou do faraó, pois em 
se tratando de cultura do povo egípcio, cabe a todas as classes sociais.
( ) Abrigar e proteger o corpo do faraó mumificado e seus pertences dos 
saqueadores de túmulos.
AUTOATIVIDADE
33
( ) Ser centros de referência onde aconteciam os rituais de mumificação para 
elevar o espírito do corpo.
( ) Proteger e conservar o corpo mumificado, principalmente do faraó, para 
que fique intacto para toda a eternidade.
Assista ao vídeo de
resolução da questão 3
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35
TÓPICO 3
ARTE DO ORIENTE: SUMÉRIOS, ASSÍRIOS E 
PERSAS
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
Nesse tópico será analisada a arte no Oriente, observando as especificidades 
artísticas criadas pelos povos sumérios, assírios e pelos persas. Abordaremos o 
contexto artístico desenvolvido na região da Mesopotâmia, que está rodeada pelos 
rios Tigre e Eufrates e povoada por diferentes povos. Nessa geografia vamos olhar 
o legado da arte dos sumérios, assírios e persas. Segundo Baumgart (1999), em 
meio a esta diversidade, as formas artísticas conservam certa hegemonia devido à 
herança dos sumérios, que foram os primeiros a habitar a região e que, através de 
suas descobertas, deixaram um legado aos que vieram depois. 
2 ARTE DOS SUMÉRIOS
O povo sumério se desenvolveu ao sul da Mesopotâmia, no atual Iraque. 
Seu registro está centrado nas construções arquitetônicas, sendo que as imagens 
concretizadas em estátuas presentes nas edificações atuavam de forma significativa 
na produção artística desse povo. Representavam seus deuses e, às vezes, faziam 
uma fusão com figuras de animais, destacando os olhos.
Um dos grandes legados dos sumérios foi a escrita cuneiforme, representada 
com símbolos específicos. Conseguiam transmitir suas ideias e representavam 
objetos variados, sempre ligados aos fenômenos de seu cotidiano, contemplando 
assuntos administrativos, políticos e econômicos. Foi por meio dos registros 
realizados em placas de argila que foi possível conhecer um pouco da vida dos 
sumérios. Janson (2001, p. 103) esclarece que “o que sabemos dessa civilização 
provém, na maior parte, de restos trazidos à luz por acaso das escavações, incluindo 
inúmeros textos gravados em placas de argila”. 
UNI
A escrita cuneiforme é um sistema que provavelmente teve origem na Suméria. 
Consta de 600 caracteres, cada um dos quais representa palavras ou sílabas escritas em tábuas 
de argila ou de pedra.
36
UNIDADE 1 | A ARTE NA ANTIGUIDADE
Espalhados em cidades-estados, a arquitetura suméria foi desenvolvida 
em prol da religião, realizando a construção de grandes templos dedicados a seus 
deuses e, também como espaço de armazenamento dos grãos necessários à sua 
alimentação. Nestas construções destacam-se os zigurates, que são torres em degraus 
que completavam as construções gigantescas, assemelhando-se à construção das 
pirâmides egípcias. Pode-se afirmar que a arte dos sumérios era fundamentada em 
suas crenças religiosas, por isso foram construídos grandes templos destinados ao 
louvor de seus deuses. 
UNI
Zigurates eram grandes escadarias que completavam as construções em formato 
de pirâmides e serviam como locais de armazenagem de produtos agrícolas e também como 
templos religiosos. Um famoso zigurate é a Torre de Babel, referenciada na Bíblia Sagrada.
FIGURA 23 - ZIGURATE
FONTE: Disponível em: <https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/9/99/Choqa_
Zanbil_4.jpg?uselang=pt-br>. Acesso em: 4 jan. 2017.
Infelizmente, o tempo não poupou as construções dos sumérios. 
Construídas com tijolos, foram destruídas, e o que restou foram ruínas ou parte 
das construções. Na organização de suas cidades, a força da religião é representada 
pela organização de suas construções, de modo que as casas eram construídas 
ao redor dos templos gigantescos. Para Janson (2001, p. 103), o povo sumério 
apresenta uma explicação para as construções, baseada em uma crença na qual 
TÓPICO 3 | A ARTE DO ORIENTE: SUMÉRIOS, ASSÍRIOS E PERSAS
37
“nas planícies da Suméria, o homem sentiu que só estes montes erguidos por suas 
mãos eram residência própria para as divindades”.
Na escultura dos sumérios, os materiais utilizados eram a pedra e a madeira, 
associando alguns elementos essenciais coloridos, conferindo um resultado 
surpreendente. Além disso, agregavam materiais como o ouro, o cobre e a prata. 
Segundo Janson (2001, p. 104), “os olhos e as sobrancelhas eram inicialmente 
de materiais coloridos incrustados, e a cabeça coberta por uma cabeleira de ouro e 
cobre. O resto da figura, que devia ter quase o tamanho natural, era, provavelmente, 
de madeira”. 
Os olhos eram considerados a parte mais importante da representação 
escultórica, chamados de “janelas da alma”. O restante da escultura, inclusive os 
traços do rosto, não tinha grande semelhança, apenas representação sucinta, onde 
formas geométricas foram utilizadas, como cone e cilindro na representação do 
corpo, como podemos ver na figura a seguir.
FIGURA 24 - CABEÇA FEMININA, URUK. MÁRMORE, ALT. 0,20M. 
3500-3000 A.C. MUSEU DO IRAQUE, BAGDÁ
FONTE: Disponível em: <https://upload.wikimedia.org/
wikipedia/commons/6/6e/UrukHead.jpg?uselang=pt-
br>. Acesso em: 4 jan. 2017.
Em resumo, as esculturas dos sumérios eram rígidas, como se estivessem 
em pose de oração e pouco realistas. Além da sua marca, que são os olhos, havia 
diferença nos trajes. As figuras masculinas vestiam saias com franjas, enquanto 
as mulheres tinham vestimenta ao longo de todo o corpo, como mostra a figura a 
seguir:
38
UNIDADE 1 | A ARTE NA ANTIGUIDADE
FIGURA 25 - FIGURAS MASCULINA E FEMININA DO TEMPLO DE ABU
FONTE: Disponível em: <https://piramidal.net/category/
tecnologia-antiga/page/2/>. Acesso em: 4 jan. 2017.
O legado dos sumérios revelou ainda descobertas arqueológicas das placas 
de argila gravadas por meio da escrita cuneiforme, onde seu cotidiano, suas crenças 
e realizações foram registrados. 
 A arquitetura grandiosa era destinada aos deuses e as esculturas os 
representavam. Essas manifestações artísticas influenciaram também os demais 
povos, que reconheceram na arte suméria importante fonte de inspiração, como 
foi o caso dos povos assírios. 
3 ARTE ASSÍRIA
Em comum com os sumérios, o povo assírio também tinha como pano de 
fundo de sua sobrevivência, e de sua arte, a região geográfica da Mesopotâmia, 
bem como os rios Tigre e Eufrates. No entanto, os assírios são conhecidos pela sua 
ativa participação em guerras, voltados à conquista de territórios de outros povos. 
Os deuses eram fonte de inspiração da arte assíria, com a inovaçãode 
esculpir em pequenos suportes, resultando em miniaturas. A representação de 
animais é bastante significativa, e o marfim foi um elemento bastante utilizado. 
Deuses e animais foram os temas esculpidos por esse povo da guerra, configurando 
assim a representação de temas religiosos de forma severa compartilhando a 
representação realista.
Para Janson (2001, p. 114), na arquitetura:
TÓPICO 3 | A ARTE DO ORIENTE: SUMÉRIOS, ASSÍRIOS E PERSAS
39
Os assírios apresentaram clara influência dos sumérios. Diz-se que os 
assírios foram em relação aos sumérios o mesmo que os romanos em 
relação aos gregos. A civilização assíria inspirou-se nas realizações 
do sul, mas reinterpretando-as e dando-lhes caráter próprio. Assim, 
construíram templos e zigurates inspirados em modelos sumerianos e 
os palácios atingiram dimensões e magnificência sem precedentes.
Essas construções em reverência aos seus reis e suas batalhas estão 
exemplificadas em gigantescos painéis que, em baixo relevo, representavam cenas 
de caça e cenas militares. 
UNI
Você sabe o que significa baixo e alto relevo? No alto relevo as figuras sobressaem 
sobre o plano de fundo, e são nítidas aos nossos olhos, pois o volume é significativo e faz com 
que a figura se destaque em relação à base. Já no baixo relevo, as figuras se sobressaem muito 
pouco sobre sua base, pois o pouco volume se torna quase imperceptível aos olhos, causando 
a impressão de um desenho, apenas.
Esses painéis assumiram a função de narração das atividades desenvolvidas 
pelos assírios, atuando também de forma didática, como podemos ver a seguir:
FIGURAS 26 - ARTE GUERREIRA DOS ASSÍRIOS FIGURA 27 - ARTE GUERREIRA DOS ASSÍRIOS
FONTE: Disponível em: <http://historiadomundo.uol.com.br/assiria/origens-assirios.htm>. Acesso 
em: 4 jan. 2017.
Os animais mitológicos e as aventuras da caça eram temas eleitos nos baixos 
relevos do povo assírio. Janson (2001, p. 116) descreve que [...] “de magnífica força 
e coragem, o animal ferido parece encarnar toda a emoção dramática que falta às 
descrições picturais da guerra”. Podemos observar uma figura de baixo relevo, a 
seguir:
40
UNIDADE 1 | A ARTE NA ANTIGUIDADE
FIGURA 28 - RELEVO DE UM LEÃO SENDO FERIDO
FONTE: Disponível em: <https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/3/32/
Assyrian_royal_lion_hunt.jpg?uselang=pt-br>. Acesso em: 4 jan. 2017.
O legado dos assírios, através de sua arte, confere importante registro de 
um povo que teve a sobrevivência e a conquista de territórios como fonte principal 
de sua atuação. A influência da arte suméria é visível, no entanto, os assírios 
conferem sua identidade na apropriação das formas de representação artística 
como a escultura, e principalmente a arquitetura. Sua herança foi assumida pelo 
Império dos Persas.
4 ARTE PERSA
A arte persa foi percebida na pintura e na escultura, mas foi na arquitetura 
que teve maior destaque, com obras mais significativas. 
Na escultura, a representação de animais e homens em seres mitológicos, 
ordenava a crença em sua força guerreira de conquistar territórios. Utilizavam 
argila e mármore para esculpir suas figuras.
TÓPICO 3 | A ARTE DO ORIENTE: SUMÉRIOS, ASSÍRIOS E PERSAS
41
FIGURA 29 - ARTE PERSA
FONTE: Disponível em: <http://www.revistazunai.com/traducoes/
poesia_persa_introducao.htm>. Acesso em: 4 jan. 2017.
Foi na civilização persa que surgiram as famosas tapeçarias, que cobriram 
as paredes dos palácios, tendo como tema animais, vegetais e cenas de caça. Foi 
neste momento que também surgiu o uso da seda. Atualmente, a tapeçaria é 
valorizada como representativa da arte persa. 
Os tapetes persas eram fabricados com lã de carneiro, cabras e camelos, que 
eram os animais que faziam parte da vida deles. Eles são um legado importante, 
além de decorarem paredes em ocasiões especiais. Vejamos um tapete persa, na 
figura a seguir:
42
UNIDADE 1 | A ARTE NA ANTIGUIDADE
FIGURA 30 - TAPETES QUE MOSTRAM A REPRODUÇÃO DE FIGURAS HUMANAS. 
LEGADO DA ARTE PERSA
FONTE: Disponível em: <http://www.lusotufo.pt/index.php?id=64>. Acesso em: 
4 jan. 2017.
Na tentativa de conhecer as particularidades da arte persa, podemos citar 
as características peculiares que são valorizadas até os dias atuais. Para Janson 
(2001):
• A figura humana vai ser representada de forma significativa na tapeçaria e na 
pintura.
• Abundância na pintura de afrescos e uso dos manuscritos com miniatura.
• O retrato será importante forma de representação da figura humana.
• A arte têxtil tem importância até hoje.
• O metal é um elemento importante nas artes decorativas.
Como já foi dito anteriormente, de todas as manifestações artísticas do povo 
persa, a arquitetura foi a de maior representatividade, pois sofreu modificações 
representadas em pequenas construções de tijolos e argamassa, enquanto os 
palácios vão conservar a grandiosidade da estrutura monumental, que foi uma 
criação dos reis para mostrar o seu poder de forma material.
A escultura e a pintura complementam a arquitetura persa, como podemos 
observar na escultura em baixo relevo na figura a seguir:
TÓPICO 3 | A ARTE DO ORIENTE: SUMÉRIOS, ASSÍRIOS E PERSAS
43
FIGURA 31 - CIDADE DE PERSÉPOLIS
FONTE: Disponível em: <https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/c/ce/
Persepolis_24.11.2009_11-45-28.jpg?Uselang=pt-br>. Acesso em: 4 jan. 
2017.
A civilização da Mesopotâmia tem a arquitetura como legado maior deste 
povo. Apesar da ação do tempo sobre suas construções, ainda assim os registros 
revelam parte da sua produção artística, uma arte simbólica de registros de crenças 
e valores, demonstrando a grandeza desta civilização.
44
RESUMO DO TÓPICO 3
• A arte do Oriente foi representada pelos sumérios, assírios e persas. Em suas 
particularidades, cada civilização nos deixou sua marca por meio da sua arte.
• Os sumérios se destacaram na arquitetura e as esculturas eram inspiradas em 
seus deuses. Outro legado importante dos sumérios foi a escrita cuneiforme.
• Os assírios eram uma civilização guerreira, conquistando vasto território. Suas 
esculturas eram em miniaturas representando seus deuses, utilizando também 
esculturas em baixo relevo. Na arquitetura dos assírios houve a presença dos 
zigurates.
• A civilização persa foi marcada também pelas requintadas tapeçarias. Na 
arquitetura e na escultura ocorreu o uso de argila e mármore, sendo a arquitetura 
a manifestação de maior representação para este povo.
45
1 A Arte do Oriente, por meio dos povos sumérios, assírios e persas, 
representou conhecimento para as civilizações atuais. Suas manifestações 
artísticas foram consagradas na pintura, na escultura e na arquitetura, e por 
meio da arte e de seus registros é possível perceber como estes povos viviam. 
Neste sentido, leia as afirmativas a seguir:
I – Na arte suméria o aspecto dominante da arquitetura das grandes cidades 
era o templo-torre, identificado como zigurate. 
II – Na arte persa, as sedas e tapeçarias foram idealizadas como cultura popular.
III – Os assírios foram um povo guerreiro e na arte se dedicaram a glorificar 
seus reis e exércitos.
IV – O povo sumério criou a escrita mais primitiva da humanidade, conhecida 
como cuneiforme.
De acordo com as alternativas, é CORRETO afirmar que:
( ) Apenas a alternativa I está correta.
( ) As alternativas I, III e IV estão corretas.
( ) As alternativas II e III estão corretas.
( ) Apenas a alternativa II está correta.
2 Na história da arte persa, as manifestações artísticas de maior 
representatividade se deram por meio da:
( ) Pintura.
( ) Escultura.
( ) Arquitetura.
( ) Gravura.
AUTOATIVIDADE
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47
TÓPICO 4
ARTE GREGA E ROMANA
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico será estudado a arte grega, que teve um delineamento para a 
escultura esbelta e a arquitetura com

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