Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
U N O PA R LA U D O TÉC N ICO D A S CO N D IÇÕ ES A M B IEN TA IS D O TRA B A LH O Laudo técnico das condições ambientais do trabalho Laudo técnico das condições ambientais do trabalho Laudo Tecnico.indb 1 1/10/14 6:50 AM Laudo Tecnico.indb 2 1/10/14 6:50 AM Laudo técnico das condições ambientais do trabalho Patrícia Caroline da Silva Laudo Tecnico.indb 3 1/10/14 6:50 AM Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Silva, Patrícia Caroline da S586l Laudo técnico das condições ambientais do trabalho / Patrícia Caroline da Silva – Londrina: UNOPAR, 2014. 176 p. ISBN 978-85-87686-52-7 1. Laudo. 2. Trabalho. I Título. CDD 331.25 © 2014 by Unopar Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de sistema de armazenamento e transmissão de informação, sem prévia autorização, por escrito, da Unopar. Diretor editorial e de conteúdo: Roger Trimer Gerente de produção editorial: Kelly Tavares Supervisora de produção editorial: Silvana Afonso Coordenador de produção editorial: Sérgio Nascimento Editor: Casa de Ideias Editor assistente: Marcos Guimarães Revisão: Oitava Rima Capa: Solange Rennó Diagramação: Casa de Ideias Laudo Tecnico.indb 4 1/10/14 6:50 AM Unidade 1 — Origem e fundamentos do LTCAT ............1 Seção 1 Origem e fundamentos .......................................................3 Seção 2 Insalubridade ......................................................................7 Seção 3 Periculosidade ...................................................................11 Seção 4 Matemática básica ............................................................14 Unidade 2 — Atividades e operações insalubres — parte 1 ...................................................23 Seção 1 Atividades e operações insalubres .....................................25 Seção 2 Níveis de ruído contínuo, intermitente ou de impacto superiores ao limite de tolerância .....................................27 Seção 3 Exposição ao calor com valores de IBUTG superiores ao limite de tolerância ...........................................................32 Seção 4 Níveis de radiações ionizantes com radioatividade superiores ao limite de tolerância .....................................39 Seção 5 Trabalho sob condições hiperbáricas .................................42 Seção 6 Radiações não ionizantes consideradas insalubres em decorrência de inspeção realizada no local de trabalho....49 Seção 7 Vibrações consideradas insalubres em decorrência de inspeção realizada no local de trabalho ............................51 Unidade 3 — Atividades e operações insalubres — parte 2 ...................................................57 Seção 1 Frio considerado insalubre em decorrência de inspeção realizada no local de trabalho ...........................................59 Seção 2 Umidade considerada insalubre em decorrência de inspeção realizada no local de trabalho ............................63 Sumário Laudo Tecnico.indb 5 1/10/14 6:50 AM vi L A U D O T É C N I C O D A S C O N D I Ç Õ E S A M B I E N T A I S D O T R A B A L H O Seção 3 Agentes químicos cujas concentrações sejam superiores aos limites de tolerância ....................................................64 Seção 4 Poeiras minerais cujas concentrações sejam superiores aos limites de tolerância ....................................................75 Seção 5 Atividades ou operações, envolvendo agentes químicos, consideradas insalubres em decorrência de inspeção realizada no local de trabalho ...........................................79 Seção 6 Agentes biológicos ............................................................83 Unidade 4 — Atividades e operações perigosas ...........87 Seção 1 Atividades e operações e perigosas ...................................89 Seção 2 Atividades e operações perigosas com explosivo ou energia elétrica .............................................93 Seção 3 Atividades e operações perigosas com inflamáveis ..........102 Seção 4 Atividades e operações perigosas com radiações ionizantes ou substâncias radioativas ..............110 Seção 5 Periculosidade para atividades de risco de violência .......114 Unidade 5 — Contato permanente, risco acentuado e aposentadoria especial......................121 Seção 1 Contato permanente .......................................................123 Seção 2 Risco acentuado ..............................................................124 Seção 3 Modelo de Laudo Técnico das Condições Ambientais de Trabalho (LTCAT) ......................................127 3.1 Agentes nocivos ..................................................................................129 3.2 Códigos GFIP ......................................................................................129 3.3 Metodologia .......................................................................................130 3.4 Aparelhos utilizados ...........................................................................132 3.5 Descrição da empresa.........................................................................132 3.6 Consideração final ..............................................................................134 Seção 4 Aposentadoria especial ...................................................135 Referências ........................................................................................... 157 Sugestões de leitura ........................................................................ 163 Laudo Tecnico.indb 6 1/10/14 6:50 AM O crescimento e a convergência do potencial das tecnologias da informação e da comunicação fazem com que a educação a distância, sem dúvida, contribua para a expansão do ensino superior no Brasil, além de favorecer a transformação dos métodos tradicionais de ensino em uma inovadora proposta pedagógica. Foram exatamente essas características que possibilitaram à Unopar ser o que é hoje: uma referência nacional em ensino superior. Além de oferecer cursos nas áreas de humanas, exatas e da saúde em três campi localizados no Paraná, é uma das maiores universidades de educação a distância do país, com mais de 450 polos e um sistema de ensino diferenciado que engloba aulas ao vivo via satélite, Internet, ambiente Web e, agora, livros‑texto como este. Elaborados com base na ideia de que os alunos precisam de instrumentos di‑ dáticos que os apoiem — embora a educação a distância tenha entre seus pilares o autodesenvolvimento —, os livros‑texto da Unopar têm como objetivo permitir que os estudantes ampliem seu conhecimento teórico, ao mesmo tempo em que aprendem a partir de suas experiências, desenvolvendo a capacidade de analisar o mundo a seu redor. Para tanto, além de possuírem um alto grau de dialogicidade — caracterizado por um texto claro e apoiado por elementos como “Saiba mais”, “Links” e “Para saber mais” —, esses livros contam com a seção “Aprofundando o conhecimento”, que proporciona acesso a materiais de jornais e revistas, artigos e textos de outros autores. E, como não deve haver limites para o aprendizado, os alunos que quiserem ampliar seus estudos poderão encontrar na íntegra, na Biblioteca Digital, acessando a Biblioteca Virtual Universitária disponibilizada pela instituição, a grande maioria dos livros indicada na seção “Aprofundando o conhecimento”. Essa biblioteca, que funciona 24 horas por dia durante os sete dias da semana, conta com mais de 2.500 títulos em português, das mais diversas áreas do conhe‑ cimento, e pode ser acessada de qualquer computador conectado à Internet. Carta ao aluno Laudo Tecnico.indb 7 1/10/14 6:50 AM viii L A U D O T É C N I C O D A S C O N D I Ç Õ E S A M B I E N T A I S D O T R A B A L H O Somados à experiência dos professores e coordenadores pedagógicos da Unopar, esses recursos são uma parte do esforço da instituição para realmente fazer diferença na vida e na carreira de seus estudantes e também — por que não? — para contribuir com o futuro de nosso país. Bom estudo! Pró‑reitoria Laudo Tecnico.indb 8 1/10/14 6:50 AM O Laudo Técnico de Condições Ambientais de Trabalho, chamado de LTCAT é muito importante para a empresa, pois é através dele que as empresas obtêm informações da condição de insalubres ou periculosas existente no ambiente de trabalho. A insalubridade é a condição de trabalho que pode trazer danos lentos à saúde do trabalhador, por isso que, para se caracterizar um setor insalubre, é necessário realizar uma inspeção e descobrir se nesta área há algum agente que esteja acima do limite permitido na Norma Regulamentadora nº 15, e o quanto isso poderá afetar o trabalhador. Por sua vez, a periculosidade é o dano causado à vida do trabalhador, sendo caracterizado como risco imediato. Em diversas vezes o trabalhador perde a vida por estar exposto a este agente, ou pode ficar com graves sequelas. Na Unidade 1, vamos abordar conceitos do LTCAT, quando surgiu e qual a Lei existente, obrigando as empresas a elaborarem este laudo. Traz também conceitos de insalubridade e periculosidade, demonstrando um breve resumo para em seguida abordar cada agente de forma detalhada. Na Unidade 2, iniciaremos o tema Insalubridade, sendo este assunto locali- zado na Norma Regulamentadora nº 15. Serão explicadas as atividades e opera- ções consideradas insalubre, como os ruídos, o calor, as radiações ionizantes, as condições hiperbáricas, as radiações não ionizantes, as vibrações. Cada atividade será explicada detalhadamente, quanto ao grau de risco, o calculo, os aparelhos utilizados para colher os dados do setor. E as possibilidades de neutralizar o agente, até mesmo eliminar este risco. Na Unidade 3, daremos continuidade às atividades insalubres como o frio, a unidade, os agentes químicos, poeiras minerais e os agentes biológicos, sendo demonstrado o grau de risco de cada agente e em muitos casos as possíveis modi- ficações para neutralizar ou eliminar o risco no setor de trabalho. Na Unidade 4, vamos conceituar a periculosidade, o risco que ela traz ao tra- balhador, quais as atividades que colocam em risco a vida de uma pessoa, quais os direitos que a lei garante ao trabalhador exposto a este agente. As atividades são explosivos, energia elétrica, inflamáveis, radiações ionizantes ou substâncias Apresentação Laudo Tecnico.indb 9 1/10/14 6:50 AM x L A U D O T É C N I C O D A S C O N D I Ç Õ E S A M B I E N T A I S D O T R A B A L H O radioativas e as de risco de violência. Apresentando os possíveis sintomas de cada atividade e também informações sobre produtos utilizados, prevenções com intuito de garantir a segurança do trabalhador. Na Unidade 5, explicaremos o risco acentuado, o contato permanente e também a aposentadoria especial. Devido ao fato de não possuir um conceito concreto para o risco acentuado e contato permanente, vamos através de outros conceitos apresentar informações para que possamos entender esses termos, qual a sua real importância, e onde são aplicados. Continuando a unidade conheceremos um modelo de LTCAT, a forma de preenchimento e, para finalizar, vamos abordar conceitos de aposentadoria especial e de que forma o trabalhador pode requerer este benefício. Laudo Tecnico.indb 10 1/10/14 6:50 AM Origem e fundamentos do LTCAT Seção 1: Origem e fundamentos Nesta seção conheceremos o Laudo Técnico das Condições Ambientais de Trabalho, a partir de qual momento este laudo se tornou obrigatório nas em- presas, as leis utilizadas para a sua elaboração, as informações que devem conter no laudo e a sua periodicidade, e quem está autorizado por lei a ela- borar o laudo. Seção 2: Insalubridade Nesta seção abordaremos o conceito sobre a insa- lubridade, a lei do Ministério do Trabalho que diz quando o colaborador deverá ter o direito ao adi- cional de insalubridade, os riscos causados por esses agentes aos colaboradores expostos, fatores a serem seguidos para determinar o local de trabalho como insalubre e de que forma podem ser neutralizadas. Apresentar os agentes periciados, considerando se o local de trabalho é insalubre ou não. Unidade 1 Objetivos de aprendizagem: Nesta unidade você vai entender de que forma é utilizado o LTCAT, para qual finalidade o Laudo Técnico das Condições Ambientais de Trabalho é imposto, o significado dos termos insalubridade e periculosidade, quando e como podemos considerar o adicional para o trabalhador, e também conceitos de matemática básica que irão auxiliar no decorrer do estudo. Laudo Tecnico.indb 1 1/10/14 6:50 AM Seção 3: Periculosidade Nesta seção entenderemos a diferença entre insalu- bridade e periculosidade, o risco à saúde dos traba- lhadores expostos a um agente perigoso, os direitos dos trabalhadores de acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho. Conheceremos as atividades consideradas perigosas, sendo também através de perícia, determinando se o trabalhador terá o direito ao adicional de periculosidade. Seção 4: Matemática básica Nesta seção recordaremos alguns conceitos básicos da matemática, como fração, algarismo romano, equações de primeiro grau e a porcentagem, o mé- todo de cálculo para cada uma delas e exemplos para aperfeiçoar o conhecimento, sendo estes utilizados no decorrer do estudo. Laudo Tecnico.indb 2 1/10/14 6:50 AM O r i g e m e f u n d a m e n t o s d o LT C AT 3 Introdução Nesta unidade vamos conhecer o Laudo Técnico das Condições Ambientais de Trabalho, explicar onde o mesmo é aplicado, e de que forma deve ser elaborado. Falaremos também sobre insalubridade e periculosidade, os conceitos e as leis no qual devemos seguir, e também as atividades e os agentes que podem ocasionar risco à saúde do trabalhador. Encerrando a unidade iremos recordar alguns conceitos de matemática básica, como frações, porcentagem, equações, os números romanos, pois iremos utilizá-los no decorrer das unidades. Seção 1 Origem e fundamentos O Laudo Técnico de Condições Ambientais de Trabalho tem a finalidade de deta- lhar as condições do ambiente de trabalho, demonstrando todos os agentes químicos, físicos e biológicos existentes na empresa que causem prejuízo à saúde do trabalhador. Podemos dizer também que o Laudo Técnico de Condições Ambientais de Trabalho é um documento técnico, de caráter pericial, que registra as condições ambientais do trabalho, avalia os diversos cargos de trabalho, em uma empresa, quanto à exposição de agentes nocivos à saúde e à segurança do trabalhador (agentes físicos, químicos e biológicos — NR-15 e NR-16) e classifica as atividades com relação à salubridade, insalubridade, periculosidade e percentual de pagamento e enquadramento com relação à Aposentadoria Especial (INSS). O LTCAT surgiu na Lei 8213/91 (BRASIL, 1991) da Previdência Social, no primeiro parágrafo do artigo 58, ajudando assim o INSS estabelecer critérios de verificação das condições do ambiente de trabalho das empresas para fins da concessão de benefício da aposentadoria especial. Art. 58. A relação dos agentes nocivos químicos, físicos e biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade fí- sica considerados para fins de concessão da aposentadoria especial de que trata o artigo anterior será definida pelo Poder Executivo. (Redação dada pela Lei nº 9.528, de 10 de Dezembro de 1997). § 1º A comprovação da efetiva exposição do segurado aos agentes nocivos será feita mediante formulário, na forma estabelecida pelo Instituto Nacional do Seguro Social — INSS, emitido pela empresa ou seu preposto, com base em laudo técnico de condições ambientais do trabalho expedido por médico do trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho nos termos da legislação trabalhista (Redação dada pela Lei nº 9.732, de 11 de Dezembro de 1998). (BRASIL, 1991). Assim, os profissionais autorizados a elaborar o LTCAT são o Médico do Trabalho ou Engenheiro de Segurança do Trabalho, sendo que ambos devem estar registrados nos respectivos órgãos de registro da profissão (CRM e CREA). Laudo Tecnico.indb 3 1/10/14 6:50 AM 4 L A U D O T É C N I C O D A S C O N D I Ç Õ E S A M B I E N T A I S D O T R A B A L H O No dia 28 de abril de 1995 é assinada a Lei nº 9.032 (BRASIL, 1995), no qual determina as condições para que o segurado tenha o direito a esta aposentaria espe- cial, sendo obrigatório o segurado comprovar o tempo de contribuição no trabalho que possa prejudicar a saúde ou a integridade física. Art. 57.A aposentadoria especial será devida, uma vez cumprida a carência exigida nesta Lei, ao segurado que tiver trabalhado sujeito a condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física durante 15 (quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte e cinco) anos, conforme a lei. § 3º A concessão da aposentadoria especial dependerá de comprovação pelo segurado, perante o Instituto Nacional do Seguro Social — INSS, do tempo de trabalho permanente, não ocasional nem intermitente, em condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, durante o período mínimo fixado. § 4º O segurado deverá comprovar, além do tempo de trabalho, exposição aos agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou integridade física, pelo período exigido para a concessão do benefício (BRASIL, 1995). Se a empresa estiver sendo fiscalizada junto à previdência, deverá disponibilizar os LTCATs. Quando necessário deverá estar anexo os relatórios de dosimetria, laudos de laboratório (químico), ficha toxicológica dos produtos químicos, recibos de entrega de EPI para os funcionários. Quanto à periodicidade do LTCAT, de acordo com o artigo 254 — §3º, da Ins- trução Normativa nº 45, de 06 de agosto de 2010 (BRASIL, 2010), deverá ser refeito anualmente ou sempre que ocorrer alterações na empresa. Assim como o PPRA, o LTCAT deverá ser mantido por um período mínimo de 20 anos. Quanto aos casos em que os trabalhadores estão expostos a substâncias cancerígenas, o laudo deverá ser mantido por até 30 (trinta) anos. § 3º Os documentos referidos no § 1º deste artigo serão atualizados pelo menos uma vez ao ano, quando da avaliação global, ou sempre que ocorrer qualquer alteração no ambiente de trabalho ou em sua organização, por força dos itens 9.2.1.1 da NR-09, 18.3.1.1 da NR-18 e da alínea “g” do item 22.3.7.1 e do item 22.3.7.1.3, todas do MTE (BRASIL, 2003). O Laudo Técnico de Condições Ambientais de Trabalho tem como objetivo comprovar se o exercício do trabalho tem condições insalubres ou periculosas, bem como a adoção de medidas preventivas pelas empresas com intuito de eliminar e/ou neutralizar os agentes agressores que podem prejudicar o trabalhador. De acordo com o artigo 178 da Instrução Normativa nº 99, o LTCAT deve seguir os seguintes elementos: Art. 178. As empresas desobrigadas ao cumprimento das NR do MTE, nos termos do item 1.1 da NR-01 do MTE, que não fizerem a opção pelo disposto no parágrafo 1º do artigo anterior, deverão elaborar LTCAT, respeitada a seguinte estrutura: I reconhecimento dos fatores de riscos ambientais; II estabelecimento de prioridades e metas de avaliação e controle; Laudo Tecnico.indb 4 1/10/14 6:50 AM O r i g e m e f u n d a m e n t o s d o LT C AT 5 III avaliação dos riscos e da exposição dos trabalhadores; especi- ficação e implantação de medidas de controle e avaliação de sua eficácia; V monitoramento da exposição aos riscos; VI registro e divulgação dos dados; VII avaliação global do seu desenvolvimento, pelo menos uma vez ao ano ou sempre que ocorrer qualquer alteração no ambiente de trabalho ou em sua organização, contemplando a realização dos ajustes necessários e estabelecimento de novas metas e prioridades. § 1º Para o cumprimento do inciso I, deve-se contemplar: a) a identificação do fator de risco; b) a determinação e localização das possíveis fontes geradoras; c) a identificação das possíveis trajetórias e dos meios de propa- gação dos agentes no ambiente de trabalho; d) a identificação das funções e determinação do número de tra- balhadores expostos; e) a caracterização das atividades e do tipo da exposição; f) a obtenção de dados existentes na empresa, indicativos de possível comprometimento da saúde decorrente do trabalho; g) os possíveis danos à saúde, relacionados aos riscos identifica- dos, disponíveis na literatura técnica; h) a descrição das medidas de controle já existentes. § 2º Quando não forem identificados fatores de riscos do inciso I, o LTCAT poderá resumir-se aos incisos I, VI e VII, declarando a ausência desses. § 3º O LTCAT deverá ser assinado por engenheiro de segurança do trabalho, com o respectivo número da Anotação de Responsa- bilidade Técnica (ART) junto ao Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA) ou por médico do trabalho, indicando os registros profissionais para ambos (BRASIL, 2003). O laudo deverá conter os seguintes requisitos: local de exercício do trabalho, tipo de trabalho realizado, tipo de risco, agente nocivo à saúde, tolerância conhecida, medição efetuada, grau de risco, adicional a ser concedido, medidas corretivas. Assim que implantado na empresa o PPP e o LTCAT deverá ser realizada uma análise, de cada segurado, quanto à exposição ao agente nocivo, para conceder-lhes o direito à aposentadoria especial e, assim, alterar os códigos de enquadramento. As empresas podem ser multadas caso não possuam o LTCAT? Questões para reflexão O parágrafo 3º do art. 58 da Lei no 8.213/91, com o texto dado pela Lei no 9.528/97 diz que: A empresa que não mantiver laudo técnico atualizado com refe- rência aos agentes nocivos existentes no ambiente de trabalho de Laudo Tecnico.indb 5 1/10/14 6:50 AM 6 L A U D O T É C N I C O D A S C O N D I Ç Õ E S A M B I E N T A I S D O T R A B A L H O seus trabalhadores ou que emitir documento de comprovação de efetiva exposição em desacordo com o respectivo laudo, estará sujeito à penalidade prevista no Art. 133 desta Lei. Essa lei foi republicada na MP 1596-14, de 10.11.97, e convertida na Lei no 9.528, de 10.12.97. Qual a disponibilidade do Laudo Técnico das Condições Ambientais de Trabalho? Este documento deve estar disponível na empresa para análise dos Auditores Fiscais da Previdência Social, Médicos e Peritos do INSS, devendo ser realizadas as alterações necessárias no mesmo, sempre que as condições de nocividade se alterarem, guardando-se as descrições anteriormente existentes no referido Laudo, juntamente com as novas alterações introduzidas, datando-se adequadamente os documentos, quando tais modificações ocorrerem. Laudo Tecnico.indb 6 1/10/14 6:50 AM O r i g e m e f u n d a m e n t o s d o LT C AT 7 Seção 2 Insalubridade Insalubridade pode ser identificada como o ambiente de trabalho hostil à saúde, onde se encontram agentes agressivos ao organismo do trabalhador acima dos limites de tolerância permitidos. Podemos também dizer que a insalubridade são condições de trabalho que pre- judicam a saúde do trabalhador, podendo causar doenças. A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), no art. 189, diz: Art. 189. Serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos (BRASIL, 1943). Sendo assim podemos dizer que a insalubridade é reconhecida pela doença, em que o efeito é lento, paulatino e irreversível. Sendo assim, para caracterizar o direito ao adicional de insalubridade, é preciso realizar a inspeção no local de trabalho. Não podemos considerar o direito a um trabalhador que, por exemplo, apresente uma perda auditiva somente por portar um laudo médico. Nesse caso, deve-se verificar se o local onde ele trabalha realmente possui um nível de pressão sonora acima do limite de tolerância. Entende-se por limite de tolerância a concentração ou intensidade máxima ou mínima, relacionada com a natureza e o tempo de exposição ao agente, que não causará dano à saúde do trabalhador durante sua vida laboral. O Brasil é um dos poucos países que ainda utiliza a insalubridade como um adi- cional, remunerado sobre o valor do salário mínimo local, podendo chegar ao máximo de 40%. A legislação internacional de certa forma obriga as empresas a extinguir os riscos, protegendo os trabalhadores dentro do ambiente de trabalho. A Norma Regulamentadora nº 15, da Portaria nº 3.214/78 do Ministério do Tra- balho e Emprego, possui 14 anexos, cada um específico para um agente, seguindo duas tipologias de avaliações: avaliação quantitativa e avaliação qualitativa. Quanto à avaliação quantitativa, a legislação prevê que os limites de tolerância ultrapassados caracterizam insalubridade, sendo aplicados aos seguintes anexos: Anexo nº 1 — ruído contínuo ou intermitente; Anexo nº 2 — ruído de impacto; Anexo nº 3 — calor; Anexo nº 5 — radiações ionizantes; Anexo nº 8 — vibrações; Anexo nº 11 — agentes químicos; Anexo nº 12 — poeiras minerais. Laudo Tecnico.indb 7 1/10/14 6:50 AM 8 L A U D O T É C N I C O D A S C O N D I Ç Õ E S A M B I E N T A I S D O T R A B A L H O Já nas avaliações qualitativas caracteriza a insalubridade após a verificação do tempo em que o trabalhador fica exposto ao agente, sendo comprovado na inspeção no local de trabalho, essa avaliação é aplicada aos seguintes anexos: Anexo nº 6 — ar comprimido; Anexo nº 7 — radiações não ionizantes; Anexo nº 9 — frio; Anexo nº 10 — umidade; Anexo nº 13 — agentes químicos; Anexo nº 14 — agentes biológicos. De acordo com a NR 15 (BRASIL, 2013b), item 15.2, a insalubridade é dividida em 3 graus, sendo eles: Grau máximo: 40% Grau médio: 20% Grau mínimo: 10% Segue o link para aprimorar o adicional de insalubridade e quem tem direito a este benefício: <http://g1.globo.com/Noticias/Concursos_Empregos/0,,MUL1222811-9654,00-ENTENDA+O+ QUE+E+ADICIONAL+DE+INSALUBRIDADE+E+QUEM+TEM+DIREITO.html>. Links São considerados grau máximo os agentes de radiações ionizantes, ar compri- mido, poeiras minerais; os de grau médio são os agentes de ruído, calor, radiações não ionizantes, vibrações, umidade; os agentes químicos poderão se enquadrar nos graus mínimo, médio e máximo dependendo do caso; já os agentes biológicos iram se enquadrar como médio ou máximo. Se caso o trabalhador estiver exposto a dois agentes, prevalece o de maior grau. Conforme o artigo 190 da CLT, para comprovar o trabalho como insalubre é ne- cessário que comprove três fatores, sendo eles: 1º A natureza do agente — qual tipo de agente, exemplo: calor, ruído, poeira; 2º Intensidade do agente — todo agente tem um limite máximo permitido; 3º Tempo de exposição ao agente — o período em que o trabalhador fica exposto ao agente. Art. 190 — O Ministério do Trabalho aprovará o quadro das ativi- dades e operações insalubres e adotará normas sobre os critérios de caracterização da insalubridade, os limites de tolerância aos agentes agressivos, meios de proteção e o tempo máximo de ex- posição do empregado a esses agentes (BRASIL, 1943). Laudo Tecnico.indb 8 1/10/14 6:50 AM O r i g e m e f u n d a m e n t o s d o LT C AT 9 Ainda na CLT, no art. 191, existe a possibilidade de eliminação ou a neutraliza- ção da insalubridade, podendo ser utilizados equipamentos coletivos, exemplo: um exaustor para eliminar a poeira, e também EPI — Equipamentos de Proteção Indivi- dual, como máscaras, protetor auricular. Art. 191 — A eliminação ou a neutralização da insalubridade ocorrerá: (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977). I com a adoção de medidas que conservem o ambiente de tra- balho dentro dos limites de tolerância; (Incluído pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977). II com a utilização de equipamentos de proteção individual ao trabalhador, que diminuam a intensidade do agente agres- sivo a limites de tolerância. (Incluído pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977). Parágrafo único — Caberá às Delegacias Regionais do Trabalho, comprovada a insalubridade, notificar as empresas, estipulando prazos para sua eliminação ou neutralização, na forma deste ar- tigo. (Incluído pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977) (BRASIL, 1943). Devido a várias obrigações para a concessão do adicional e insalubridade, cabe à empresa elaborar o LTCAT de acordo com a norma regulamentadora nº 15, previstas na Portaria do Ministério do Trabalho e Emprego nº 3.214, de 08 de junho de 1978 (BRASIL, 1978). O Quadro 1.1 indica os graus de insalubridade para cada agente que expõem os trabalhadores ao risco. Quadro 1.1 Graus de insalubridade Anexo Atividade ou operações que exponham o trabalhador a Percentual 1 Níveis de ruído contínuo ou intermitente superiores aos limites de tolerância fixados no Quadro constante no anexo nº 1 e no item 6 do mesmo anexo. 20% 2 Níveis de ruído de impacto superiores aos limites de tolerância fixa- dos nos itens 2 e 3 do anexo nº 2. 20% 3 Exposição ao calor com valores de IBUTG superiores aos limites de tolerância nos Quadros nº 1 e 2. 20% 4 REVOGADO PELA PORTARIA Nº 3.751, DE 23-11-1990. DOU 26- 11-1990. 5 Níveis de radiações ionizantes com radioatividade superior aos limites de tolerância fixados neste Anexo. 40% 6 Trabalhos sob condições hiperbáricas. 40% 7 Radiações não ionizantes consideradas insalubres em decorrência de inspeção realizada no local de trabalho. 20% 8 Vibrações consideradas insalubres em decorrência de inspeção. 20% 9 Frio considerado insalubre em decorrência de inspeção realizada no local de trabalho. 20% continua Laudo Tecnico.indb 9 1/10/14 6:50 AM 1 0 L A U D O T É C N I C O D A S C O N D I Ç Õ E S A M B I E N T A I S D O T R A B A L H O 10 Umidade considerada insalubre em decorrência de inspeção reali- zada no local de trabalho. 20% 11 Agentes químicos cujas concentrações sejam superiores aos limites de tolerância fixados no Quadro 1. 10% 20% e 40% 12 Poeiras minerais cujas concentrações sejam superiores aos limites de tolerância fixados neste Anexo. 40% 13 Atividades ou operações, envolvendo agentes químicos, conside- radas insalubres em decorrência de inspeção realizada no local de trabalho. 10% 20% e 40% 14 Agentes biológicos. 20% e 40% Fonte: BRASIL (2013b). continuação Laudo Tecnico.indb 10 1/10/14 6:50 AM O r i g e m e f u n d a m e n t o s d o LT C AT 11 Seção 3 Periculosidade Diferente da insalubridade, em que a exposição do trabalhador pode prejudicar a sua saúde, a periculosidade, quando em excesso, pode causar danos à sua vida do colaborador, que sofre a consequência quase que imediata ao seu contato com o agente. O art. 193 da CLT define periculosidade da seguinte forma: Art. 193. São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado em virtude de exposição permanente do trabalhador a: (Redação dada pela Lei nº 12.740, de 2012). I inflamáveis explosivos ou energia elétrica; (Incluído pela Lei nº 12.740, de 2012). II roubos ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais de segurança pessoal ou patrimonial. (Incluído pela Lei nº 12.740, de 2012) (BRASIL, 1943). Quanto ao inciso II, a intenção do legislador foi fazer o adicional de periculosidade alcançar vigilantes e seguranças privados. Sua redação, porém, indica: atividades profissionais de segurança pes- soal ou patrimonial. Segurança pessoal pode ser o guarda-costas e segurança patrimonial pode ser entendido como o guarda de transporte de valores. Nenhum dos dois é vigilante. Vigia é o trabalhador que exerce atividades de observação e fiscalização de um determinado local, sem utilização de arma de qualquer natureza. Não existe regulamentação legal dessa profissão. Existia dispositivo da CLT que dele tratava (art. 62, b), excluindo da jornada normal de 8 horas/dia, mas foi suprimido pela Lei nº 7.313/85, com o que passou a ser assemelhado ao trabalhador comum. O vigilante é objeto de lei específica, a Lei nº 7.102/83, que cuida da segurança para estabelecimentos financeiros, estabelece normas para constituição e funcionamento das empresas particulares que exploram serviços de vigilância e de transporte de valores, dentre outros aspectos (FRANCO FILHO, 2013). Veja a Lei nº 7.102, de 20 de junho de 1983, no link abaixo: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l7102.htm>. Links Laudo Tecnico.indb 11 1/10/14 6:50 AM 1 2 L A U D O T É C N I C O D A S C O N D I Ç Õ E S A M B I E N T A I S D O T R A B A L H O A Portaria MTE nº 3.393, de 17.12.1987 considera que qualquer exposição do trabalhador às radiações ionizantes ou substâncias radioativas é potencialmente prejudicial à sua saúde: Art. 1º — Adotar como atividades de risco em potencial concernentes a radiações ionizantes ou substâncias radioativas, o “Quadro de Ati- vidades e Operações Perigosas”, aprovado pela Comissão Nacional de Energia Nuclear, a que se refere o ANEXO, da presente Portaria. Art. 2º — O trabalho nas condições enunciadas no quadro a que se refere o artigo 1º, assegura ao empregado o adicional de periculo- sidade de que trata o parágrafo 1º do artigo 193, da Consolidação das Leis do Trabalho. Art. 3º — A Secretaria de Segurança e Medicina do Trabalho, no prazo de 60 (sessenta) dias, fará revisão das Normas Regulamen- tadoras pertinentes, em especial da NR 16 — “ATIVIDADES DE OPERAÇÕES PERIGOSAS”, aprovada pela Portaria MTb 3.214, de 08-06-78, com as alterações que couber, e baixará, na forma de artigo 8º, do Decreto nº 85.565, de 18 de dezembro de 1980 e parágrafo único do artigo 200 da Consolidação das Leis do Traba- lho, normas específicas de segurança às atividades ora adotadas (BRASIL, 1987, grifo do autor). Assim sendo podemos incluir os trabalhadores expostos à radioatividade como atividade periculosa. Podemos definir periculosidade como atividade que de certa forma coloca em risco a vida do trabalhador. Como um exemplo podemos citar a função de eletricista, mesmo utilizando o EPI, a descarga elétrica pode causar danos irreversíveis à saúde do trabalhador. Veja o Decreto no 93.412, de 14 de outubro de 1986, no link abaixo: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/antigos/d93412.htm>. Links A Súmula nº 364 do Tribunal Superior do Trabalho diz que o direito à periculo- sidade se dá quando: Súmula nº 364 — TST — Res. 129/2005 — DJ 20, 22 e 25.04.2005 — Conversão das Orientações Jurisprudenciais nºs 5, 258 e 280 da SDI-1 Adicional de Periculosidade — Exposição Eventual, Permanente e Intermitente I Faz jus ao adicional de periculosidade o empregado exposto permanentemente ou que, de forma intermitente, sujeita-se a condições de risco. Indevido, apenas, quando o contato dá-se de forma eventual, assim considerado o fortuito, ou o que, sendo habitual, dá-se por tempo extremamente reduzido (ex-OJs nº 05 - Inserida em 14.03.1994 e nº 280 - DJ 11.08.2003). Laudo Tecnico.indb 12 1/10/14 6:50 AM O r i g e m e f u n d a m e n t o s d o LT C AT 1 3 II A fixação do adicional de periculosidade, em percentual inferior ao legal e proporcional ao tempo de exposição ao risco, deve ser respeitada, desde que pactuada em acordos ou convenções coletivos (ex-OJ nº 258 - Inserida em 27.09.2002) (BRASIL, 1994). A insalubridade, como já visto, causa danos à saúde do trabalhador, devido à exposição ao agente que, mesmo sendo lenta e irreversível, produz doença ocupa- cional. A periculosidade, ao contrário, é o agente que em pouco tempo pode causar várias sequelas e até mesmo a morte, podendo o colaborador ser incapacitado de forma permanente das atividades da função. Quanto ao valor a ser pago pelo adicional de periculosidade, o art. 193, § 1º da CLT, diz que: § 1º — O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa. (Incluído pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977) (BRASIL, 1943). O § 2º da CLT diz que o empregado poderá escolher qual adicional, desde que seja devido à sua função: “§ 2º — O empregado poderá optar pelo adicional de insa- lubridade que porventura lhe seja devido. (Incluído pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)” (BRASIL, 1943). Resta, ainda, da modificação introduzida agora o § 3º também da CLT, que está assim redigido: ”§ 3º — Serão descontados ou compensados do adicional outros da mesma natureza eventualmente já concedidos ao vigilante por meio de acordo coletivo” (BRASIL, 1943). Aparentemente, o dispositivo tem validez temporal limitada, como se fosse uma norma de transição, porque, a partir de agora, não deverão surgir acordos ou con- venções coletivas de trabalho contemplando adicional similar. Note-se, porém, que, mesmo referindo-se apenas a acordo coletivo, a jurisprudência deverá interpretar como sendo também convenção coletiva de trabalho. A seguir as atividades consideradas no grau de periculosidade: Atividades com Explosivos ou Energia Elétrica; Atividades com Inflamáveis; Atividades com radiações Ionizantes; Atividades de Risco de Violência. Agora que conhecemos os riscos da periculosidade, será que realmente devemos cobrar o uso de EPI? Questões para reflexão Laudo Tecnico.indb 13 1/10/14 6:50 AM 1 4 L A U D O T É C N I C O D A S C O N D I Ç Õ E S A M B I E N T A I S D O T R A B A L H O Seção 4 Matemática básica 4.1 Algarismo romano Como o próprio nome já diz esse algarismo foi desenvolvido em Roma, cidade habitada, em sua maioria, por uma população que vivia na miséria, embora também houvesse muito luxo e muita riqueza, [...] usufruídas por uma minoria rica e poderosa. Roupas luxuosas, comidas finas e festas grandiosas faziam parte do dia a dia da elite romana. E foi nesta Roma de miséria e luxo que se desenvolveu e aperfeiçoou o número concreto, que vinha sendo usado desde a época das cavernas. (REZENDEBEZERRA, 2007). Assim, para que não fosse um sistema muito complicado, resolveram utilizar letras que pertenciam ao alfabeto. Sendo utilizados os seguintes símbolos: I igual a 1 unidade; V igual a 5 unidades; X igual a 10 unidades; L igual a 50 unidades; C igual a 100 unidades; D igual a 500 unidades; M igual a 1000 unidades. O método de cálculo era realizado da seguinte forma: Quando os números eram iguais, somavam-se os números (ex: II — 1 +1 = 2); Quando números eram diferentes, e o menor estava antes, subtraiam-se os valores (ex: IX — 1 - 10 = 9); Quando números eram diferentes, e o maior estava na frente, somava-se os valores (ex: XV — 10 + 5 = 15); Mas como faremos para chegar ao número 5000? Os romanos não se esqueceram desse possível cálculo e desenvolveram o seguinte método: Para escrever [5].000 ou números maiores que ele, os romanos usavam um traço horizontal sobre as letras que representavam esses números. Um traço multiplicava o número representado abaixo dele por 1.000. Por exemplo, dois traços sobre o M davam-lhe o valor de 1 milhão (ALGARISMOS..., 2013). Assim: V 5.000 IX 9.000 X 10.000 = = = Os algarismos romanos são letras utilizadas na forma maiúscula, às quais são atribuídos valores, e é a forma de numeração mais utilizada em leis, normativas e decretos, para melhor identificação. Laudo Tecnico.indb 14 1/10/14 6:50 AM O r i g e m e f u n d a m e n t o s d o LT C AT 1 5 Também podemos encontrar os números romanos em nomes de reis e papas, são utilizados para representar capítulos de livros, datas de acontecimentos históricos, séculos e alguns relógios utilizam os números romanos na representação das horas. Conheça a tabela com mais números romanos para aprimorar seu conhecimento, disponível em: <http://numeracaoromana.babuo.com/numeros-romanos-de-1-a-5000>. Links 4.2 Fração Fração é a representação da parte de um todo podendo ser conside- rada uma representação de quantidade, ou seja, uma representação numérica. Com ela podemos efetuar todas as operações como: adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação, radiciação (LUIZ, 2013). O símbolo a b significa “a” divido por “b”, sendo que os números a e b são números naturais, diferentes de zero. Chamamos o a de numerador e o b de denominador. Vejamos um exemplo de como resolver uma fração: 12 6 2= 4.3 Fração equivalente Ocorre quando existem duas frações em que o numerador e o denominador podem ser multiplicados ou divididos pelo mesmo número (valor este diferente de zero), chegando a uma fração comum. Podemos dividir o inteiro em diversas partes, as quais representa- rão quantidades diferentes e outras que representarão uma mesma quantidade. No caso de frações diferentes que representam a mesma quantidade, damos o nome de frações equivalentes. A única condição para que existam frações equivalentes é que elas pertençam ao mesmo inteiro (LUIZ, 2013). Veja o exemplo abaixo: 2 5 — se multiplicar por 3, dá-se o resultado de 6 15 6 15 — se dividirmos por 3, dá-se o resultado de 2 5 Vejamos através de figuras como podemos representar uma fração equivalente: 1 2 Laudo Tecnico.indb 15 1/10/14 6:50 AM 1 6 L A U D O T É C N I C O D A S C O N D I Ç Õ E S A M B I E N T A I S D O T R A B A L H O 2 4 1 2 4.4 Simplificação de fração Mais conhecida como fração equivalente, uma simplificação de fração se dá quando os dois termos, a e b, são divisíveis pelo mesmo número, este divisor é cha- mado de fator comum. Exemplo de simplificação: 12 20 — ambos os números podem ser divididos pelo mesmo fator comum, igual a 4; Resolvendo: 12 20 3 5 = Um motivo para fazermos a simplificação de frações é a possibilidade de tra- balharmos com números menores ao realizarmos operações de multiplicação com frações. Trabalhando com frações irredutíveis, certamente realizaremos multiplicações menos trabalhosas. 4.5 Adição e subtração de fração As operações de adição e subtração com fração dependem uni- camente do denominador, ou seja, dependem da quantidade de partes que um inteiro foi dividido. Podendo ser iguais ou diferentes, assim diferenciando a resolução. (MIRANDA, 2013). Quando temos a soma ou subtração de frações com o mesmo denominador, repete-se o denominador e soma-se ou subtrai-se o numerador, veja o exemplo: 6 7 4 7 2 7 3 7 2 7 3 5 − = + = Quando temos a soma ou subtração de frações com o denominador diferente, torna-se necessário descobrir o denominador equivalente dos denominadores dife- rentes chamado de MMC — mínimo múltiplo comum. Veja o exemplo: 2 4 5 6 6 10 12 16 12 4 3 + = + = = O MMC é calculado da seguinte forma: Os denominadores são divididos por números primos em ordem crescente até que o resultado de cada número seja 1. Conforme o exemplo a seguir: Laudo Tecnico.indb 16 1/10/14 6:50 AM 1 6 L A U D O T É C N I C O D A S C O N D I Ç Õ E S A M B I E N T A I S D O T R A B A L H O 2 4 1 2 4.4 Simplificação de fração Mais conhecida como fração equivalente, uma simplificação de fração se dá quando os dois termos, a e b, são divisíveis pelo mesmo número, este divisor é cha- mado de fator comum. Exemplo de simplificação: 12 20 — ambos os números podem ser divididos pelo mesmo fator comum, igual a 4; Resolvendo: 12 20 3 5 = Um motivo para fazermos a simplificação de frações é a possibilidade de tra- balharmos com números menores ao realizarmos operações de multiplicação com frações. Trabalhando com frações irredutíveis, certamente realizaremos multiplicações menos trabalhosas. 4.5 Adição e subtração de fração As operações de adição e subtração com fração dependem uni- camente do denominador, ou seja, dependem da quantidade de partes que um inteiro foi dividido. Podendo ser iguais ou diferentes, assim diferenciando a resolução. (MIRANDA, 2013). Quando temos a soma ou subtração de frações com o mesmo denominador, repete-se o denominador e soma-se ou subtrai-se o numerador, veja o exemplo: 6 7 4 7 2 7 3 7 2 7 3 5 − = + = Quando temos a soma ou subtração de frações com o denominador diferente, torna-se necessário descobrir o denominador equivalente dos denominadores dife- rentes chamado de MMC — mínimo múltiplo comum. Veja o exemplo: 2 4 5 6 6 10 12 16 12 4 3 + = + = = O MMC é calculado da seguinte forma: Os denominadores são divididos por números primos em ordem crescente até que o resultado de cada número seja 1. Conforme o exemplo a seguir: Laudo Tecnico.indb 16 1/10/14 6:50 AM 1 6 L A U D O T É C N I C O D A S C O N D I Ç Õ E S A M B I E N T A I S D O T R A B A L H O 2 4 1 2 4.4 Simplificação de fração Mais conhecida como fração equivalente, uma simplificação de fração se dá quando os dois termos, a e b, são divisíveis pelo mesmo número, este divisor é cha- mado de fator comum. Exemplo de simplificação: 12 20 — ambos os números podem ser divididos pelo mesmo fator comum, igual a 4; Resolvendo: 12 20 3 5 = Um motivo para fazermos a simplificação de frações é a possibilidade de tra- balharmos com números menores ao realizarmos operações de multiplicação com frações. Trabalhando com frações irredutíveis, certamente realizaremos multiplicações menos trabalhosas. 4.5 Adição e subtração de fração As operações de adição e subtração com fração dependem uni- camente do denominador, ou seja, dependem da quantidade de partes que um inteiro foi dividido. Podendo ser iguais ou diferentes, assim diferenciando a resolução. (MIRANDA, 2013). Quando temos a soma ou subtração de frações com o mesmo denominador, repete-se o denominador e soma-se ou subtrai-se o numerador, veja o exemplo: 6 7 4 7 2 7 3 7 2 7 3 5 − = + = Quando temos a soma ou subtração de frações com o denominador diferente, torna-se necessário descobrir o denominador equivalente dos denominadores dife- rentes chamado de MMC — mínimo múltiplo comum. Veja o exemplo: 2 4 5 6 6 10 12 16 12 4 3 + = + = = O MMC é calculado da seguinte forma: Os denominadores são divididos por números primos em ordem crescente até que o resultado de cada número seja 1. Conforme o exemplo a seguir: Laudo Tecnico.indb 16 1/10/14 6:50 AM O r i g e m e f u n d a m e n t o s d o LT C AT 1 7 4 6 2 X2 3 2 1 3 3 1 12 Ao descobrirem-se os números primos obtidos na divisão, multiplicam-se os elementos chegando a um divisor equivalente, neste caso o divisor é o número 12. 16 12 O resultado encontrado é uma fração equivalente, dividindo ambos por 4, che- garemos ao resultado de 4/3 (quatro terços). 4.6 Multiplicação e divisão de fração Na multiplicação de fração multiplica-se o numerador da primeira fração pelo numerador da segunda fração e seguir o cálculo fazendo do mesmo modo multipli- cando os denominadores. Veja o exemplo a seguir: 2 4 5 6 10 24 5 12 . = = Na multiplicação de números fracionários, é valido o jogo de sinal entre os fatores. Observe abaixo o jogo de sinais: (+) * (+) = (+) (+) * (–) = (–) (–) * (+) = (–) (–) * (–) = (+) Na divisão de fração copia-se a primeira fração igual e a segunda invertida, em seguida deve-se fazer a multiplicação das mesmas. Veja o exemplo a seguir: ÷ = = = = 2 4 5 6 2 4 6 5 12 20 3 5 4.7 Potenciação e radiciação de fração É importante saber adicionar, subtrair, multiplicar e dividir os números que são tão comuns em nosso cotidiano. A potenciação e a radiciação de frações são outras duas operações importantes envolvendo os números racionais (frações), mas que ainda provocam várias dúvidas em muitos estudantes (REGIONATTO, 2013). Na potenciação todos os elementos da fração serão elevados ao expoente, con- forme o exemplo: 2 3 2 3 8 27 3 3 3 = = Laudo Tecnico.indb 17 1/10/14 6:50 AM 1 8 L A U D O T É C N I C O D A S C O N D I Ç Õ E S A M B I E N T A I S D O T R A B A L H O Na radiciação aplicamos a raiz quadrada no numerador e no denominador, veja no exemplo a seguir: 25 64 25 64 5 8 = = 4.8 Equação de primeiro grau com uma variável A equação do primeiro grau é composta por um termo desconhecido, no qual é representado por uma letra, as mais utilizadas são, X, Y e Z. As equações possuem sinais operatórios como, adição, subtração, multiplicação, divisão, radiciação e igualdade. O sinal de igualdade divide a equação em dois membros, os quais são compostos de elementos constituídos por dois tipos: Elemento de valor constante: representado por valores numéricos. Elemento de valor variável: representado pela união de números e letras. (NOÉ, 2013). Segue abaixo a equação geral: ax+b = 0 No qual a letra a deve ser um número diferente de zero, e o b um número qualquer. Observe os exemplos de equações com uma variável: X + 5 = 9 2X + 6 = 12 X - 4 = 2x + 8 Resolução das equações: A) X + 5 = 9 X = 9 - 5 X = 4 B) 2X + 6 = 12 2X = 12 - 6 2X = 6 X = 6/2 X = 3 C) X - 4 = 2X + 8 X - 2x = 8 + 4 -X = 12 (-1) X = -12 Laudo Tecnico.indb 18 1/10/14 6:50 AM O r i g e m e f u n d a m e n t o s d o LT C AT 1 9 4.9 Equação de primeiro grau com uma variável — Fração A resolução de uma equação com fração segue os mesmos princípios da fração, no entanto, tem um diferencial após a descoberta do MMC. Veja o exemplo a seguir: 2x 4 5 6 12x 24 20 24 12x 20 x 20 12 x 5 3 = = = = = Utiliza-se o MMC para descobrir os números equivalentes; posteriormente des- carta-se os denominadores (MMC), ficando apenas com os numeradores da equação, para chegar ao valor da variável “X”. 4.10 Porcentagem Porcentagem é um tipo de cálculo para descobrir quanto vale determinada pro- porção de um valor. Para descobrir a proporção utiliza-se uma fração em que o de- nominador sempre será o número 100, que representa o valor inteiro. É representada pelo símbolo “%”. Esta expressão é muito utilizada quando queremos calcular o valor de um acrés- cimo ou de uma redução; existem diversas maneiras para calcular a porcentagem; utilizaremos aqui o método de regra de três simples. Para que possamos entender melhor, vejamos alguns exemplos: 1. Aumento do tomate em 20% — custo inicial R$ 2,00 2 100% x 20% 100x 40 x 40 100 x 0,25 = = = R: O custo do tomate terá um acréscimo de R$ 0,25 centavos, chegando ao preço total de R$ 2,25. Laudo Tecnico.indb 19 1/10/14 6:50 AM O r i g e m e f u n d a m e n t o s d o LT C AT 1 9 4.9 Equação de primeiro grau com uma variável — Fração A resolução de uma equação com fração segue os mesmos princípios da fração, no entanto, tem um diferencial após a descoberta do MMC. Veja o exemplo a seguir: 2x 4 5 6 12x 24 20 24 12x 20 x 20 12 x 5 3 = = = = = Utiliza-se o MMC para descobrir os números equivalentes; posteriormente des- carta-se os denominadores (MMC), ficando apenas com os numeradores da equação, para chegar ao valor da variável “X”. 4.10 Porcentagem Porcentagem é um tipo de cálculo para descobrir quanto vale determinada pro- porção de um valor. Para descobrir a proporção utiliza-se uma fração em que o de- nominador sempre será o número 100, que representa o valor inteiro. É representada pelo símbolo “%”. Esta expressão é muito utilizada quando queremos calcular o valor de um acrés- cimo ou de uma redução; existem diversas maneiras para calcular a porcentagem; utilizaremos aqui o método de regra de três simples. Para que possamos entender melhor, vejamos alguns exemplos: 1. Aumento do tomate em 20% — custo inicial R$ 2,00 2 100% x 20% 100x 40 x 40 100 x 0,25 = = = R: O custo do tomate terá um acréscimo de R$ 0,25 centavos, chegando ao preço total de R$ 2,25. Laudo Tecnico.indb 19 1/10/14 6:50 AM O r i g e m e f u n d a m e n t o s d o LT C AT 1 9 4.9 Equação de primeiro grau com uma variável — Fração A resolução de uma equação com fração segue os mesmos princípios da fração, no entanto, tem um diferencial após a descoberta do MMC. Veja o exemplo a seguir: 2x 4 5 6 12x 24 20 24 12x 20 x 20 12 x 5 3 = = = = = Utiliza-se o MMC para descobrir os números equivalentes; posteriormente des- carta-se os denominadores (MMC), ficando apenas com os numeradores da equação, para chegar ao valor da variável “X”. 4.10 Porcentagem Porcentagem é um tipo de cálculo para descobrir quanto vale determinada pro- porção de um valor. Para descobrir a proporção utiliza-se uma fração em que o de- nominador sempre será o número 100, que representa o valor inteiro. É representada pelo símbolo “%”. Esta expressão é muito utilizada quando queremos calcular o valor de um acrés- cimo ou de uma redução; existem diversas maneiras para calcular a porcentagem; utilizaremos aqui o método de regra de três simples. Para que possamos entender melhor, vejamos alguns exemplos: 1. Aumento do tomate em 20% — custo inicial R$ 2,00 2 100% x 20% 100x 40 x 40 100 x 0,25 = = = R: O custo do tomate terá um acréscimo de R$ 0,25 centavos, chegando ao preço total de R$ 2,25. Laudo Tecnico.indb 19 1/10/14 6:50 AM O r i g e m e f u n d a m e n t o s d o LT C AT 1 9 4.9 Equação de primeiro grau com uma variável — Fração A resolução de uma equação com fração segue os mesmos princípios da fração, no entanto, tem um diferencial após a descoberta do MMC. Veja o exemplo a seguir: 2x 4 5 6 12x 24 20 24 12x 20 x 20 12 x 5 3 = = = = = Utiliza-se o MMC para descobrir os números equivalentes; posteriormente des- carta-se os denominadores (MMC), ficando apenas com os numeradores da equação, para chegar ao valor da variável “X”. 4.10 Porcentagem Porcentagem é um tipo de cálculo para descobrir quanto vale determinada pro- porção de um valor. Para descobrir a proporção utiliza-se uma fração em que o de- nominador sempre será o número 100, que representa o valor inteiro. É representada pelo símbolo “%”. Esta expressão é muito utilizada quando queremos calcular o valor de um acrés- cimo ou de uma redução; existem diversas maneiras para calcular a porcentagem; utilizaremos aqui o método de regra de três simples. Para que possamos entender melhor, vejamos alguns exemplos: 1. Aumento do tomate em 20% — custo inicial R$ 2,00 2 100% x 20% 100x 40 x 40 100 x 0,25 = = = R: O custo do tomate terá um acréscimo de R$ 0,25 centavos, chegando ao preço total de R$ 2,25. Laudo Tecnico.indb 19 1/10/14 6:50 AM O r i g e m e f u n d a m e n t o s d o LT C AT 1 9 4.9 Equação de primeiro grau com uma variável — Fração A resolução de uma equação com fração segue os mesmos princípios da fração, no entanto, tem um diferencial após a descoberta do MMC. Veja o exemplo a seguir: 2x 4 5 6 12x 24 20 24 12x 20 x 20 12 x 5 3 = = = = = Utiliza-se o MMC para descobrir os números equivalentes; posteriormente des- carta-se os denominadores (MMC), ficando apenas com os numeradores da equação, para chegar ao valor da variável “X”. 4.10 Porcentagem Porcentagem é um tipo de cálculo para descobrir quanto vale determinada pro- porção de um valor. Para descobrir a proporção utiliza-se uma fração em que o de- nominador sempre será o número 100, que representa o valor inteiro. É representada pelo símbolo “%”. Esta expressão é muito utilizada quando queremos calcular o valor de um acrés- cimo ou de uma redução; existem diversas maneiras para calcular a porcentagem; utilizaremos aqui o método de regra de três simples. Para que possamos entender melhor, vejamos alguns exemplos: 1. Aumento do tomate em 20% — custo inicial R$ 2,00 2 100% x 20% 100x 40 x 40 100 x 0,25 = = = R: O custo do tomate terá um acréscimo de R$ 0,25 centavos, chegando ao preço total de R$ 2,25. Laudo Tecnico.indb 19 1/10/14 6:50 AM O r i g e m e f u n d a m e n t o s d o LT C AT 1 9 4.9 Equação de primeiro grau com uma variável — Fração A resolução de uma equação com fração segue os mesmos princípios da fração, no entanto, tem um diferencial após a descoberta do MMC. Veja o exemplo a seguir: 2x 4 5 6 12x 24 20 24 12x 20 x 20 12 x 5 3 = = = = = Utiliza-se o MMC para descobrir os números equivalentes; posteriormente des- carta-se os denominadores (MMC), ficando apenas com os numeradores da equação, para chegar ao valor da variável “X”. 4.10 Porcentagem Porcentagem é um tipo de cálculo para descobrir quanto vale determinada pro- porção de um valor. Para descobrir a proporção utiliza-se uma fração em que o de- nominador sempre será o número 100, que representa o valor inteiro. É representada pelo símbolo “%”. Esta expressão é muito utilizada quando queremos calcular o valor de um acrés- cimo ou de uma redução; existem diversas maneiras para calcular a porcentagem; utilizaremos aqui o método de regra de três simples. Para que possamos entender melhor, vejamos alguns exemplos: 1. Aumento do tomate em 20% — custo inicial R$ 2,00 2 100% x 20% 100x 40 x 40 100 x 0,25 = = = R: O custo do tomate terá um acréscimo de R$ 0,25 centavos, chegando ao preço total de R$ 2,25. Laudo Tecnico.indb 19 1/10/14 6:50 AM 2 0 L A U D O T É C N I C O D A S C O N D I Ç Õ E S A M B I E N T A I S D O T R A B A L H O 2. Em um time de futebol de 22 jogadores, entre titulares e reservas, apenas 8 jogadores são canhotos. Segue demonstração de cálculo para descobrir a porcentagem de canhotos no time. 22 100% x 20% 22x 800 x 800 22 x 36,37 = = = R: A porcentagem de canhotos no time de futebol é de 36,37%. Caro aluno, chegamos ao fim da primeira unidade. Conhecemos um pouco mais sobre o LTCAT e suas obrigações, vimos também os conceitos de insalu- bridade e periculosidade e uma rápida recordação de conceitos de matemática básica. Bom estudo, até a próxima unidade. Para concluir o estudo da unidade Através de conceitos verificamos o significado do LTCAT, onde devemos usar e quem pode elaborar este laudo, aprofundamos nossos conhecimentos sobre insalubridade e periculosidade, ambos os assuntos irão retornar nas próximas unidades e estudamos algumas matérias dentro da matemática, que iremos utilizar no decorrer das unidades. Resumo 1. Considere as proposições: I O LTCAT deverá ser refeito anualmente ou sempre que ocorrer alterações na empresa. II 1º – O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário, com os acrés- Atividades de aprendizagem Laudo Tecnico.indb 20 1/10/14 6:50 AM 2 0 L A U D O T É C N I C O D A S C O N D I Ç Õ E S A M B I E N T A I S D O T R A B A L H O 2. Em um time de futebol de 22 jogadores, entre titulares e reservas, apenas 8 jogadores são canhotos. Segue demonstração de cálculo para descobrir a porcentagem de canhotos no time. 22 100% x 20% 22x 800 x 800 22 x 36,37 = = = R: A porcentagem de canhotos no time de futebol é de 36,37%. Caro aluno, chegamos ao fim da primeira unidade. Conhecemos um pouco mais sobre o LTCAT e suas obrigações, vimos também os conceitos de insalu- bridade e periculosidade e uma rápida recordação de conceitos de matemática básica. Bom estudo, até a próxima unidade. Para concluir o estudo da unidade Através de conceitos verificamos o significado do LTCAT, onde devemos usar e quem pode elaborar este laudo, aprofundamos nossos conhecimentos sobre insalubridade e periculosidade, ambos os assuntos irão retornar nas próximas unidades e estudamos algumas matérias dentro da matemática, que iremos utilizar no decorrer das unidades. Resumo 1. Considere as proposições: I O LTCAT deverá ser refeito anualmente ou sempre que ocorrer alterações na empresa. II 1º – O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário, com os acrés- Atividades de aprendizagem Laudo Tecnico.indb 20 1/10/14 6:50 AM 2 0 L A U D O T É C N I C O D A S C O N D I Ç Õ E S A M B I E N T A I S D O T R A B A L H O 2. Em um time de futebol de 22 jogadores, entre titulares e reservas, apenas 8 jogadores são canhotos. Segue demonstração de cálculo para descobrir a porcentagem de canhotos no time. 22 100% x 20% 22x 800 x 800 22 x 36,37 = = = R: A porcentagem de canhotos no time de futebol é de 36,37%. Caro aluno, chegamos ao fim da primeira unidade. Conhecemos um pouco mais sobre o LTCAT e suas obrigações, vimos também os conceitos de insalu- bridade e periculosidade e uma rápida recordação de conceitos de matemática básica. Bom estudo, até a próxima unidade. Para concluir o estudo da unidade Através de conceitos verificamos o significado do LTCAT, onde devemos usar e quem pode elaborar este laudo, aprofundamos nossos conhecimentos sobre insalubridade e periculosidade, ambos os assuntos irão retornar nas próximas unidades e estudamos algumas matérias dentro da matemática, que iremos utilizar no decorrer das unidades. Resumo 1. Considere as proposições: I O LTCAT deverá ser refeito anualmente ou sempre que ocorrer alterações na empresa. II 1º – O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário, com os acrés- Atividades de aprendizagem Laudo Tecnico.indb 20 1/10/14 6:50 AM O r i g e m e f u n d a m e n t o s d o LT C AT 2 1 cimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa. (BRASIL, 1977). III O adicional de insalubridade e o adicional de periculosidade uma vez ad- quirida deverá fazer parte do salário do empregado, mesmo quando tenha havido a cessação do risco à saúde ou a integridade física do trabalhador. (MAPADAPROVA, 2013). IV Nas atividades insalubres são considerados os de grau máximo os agentes de radiações ionizantes, ar comprimido, poeiras minerais; os de grau médio são os agentes de ruído, calor, radiações não ionizantes, vibrações, umidade; os agentes químicos poderão se enquadrar nos graus mínimo, médio e máximo dependendo do caso; já os agentes biológicos iram se enquadrar como médio ou máximo. Se caso o trabalhador estiver exposto a dois agentes prevalece o de maior grau. V O laudo deverá conter os seguintes requisitos: local de exercício do trabalho, tipo de trabalho realizado, tipo de risco, agente nocivo à saúde, tolerância conhecida, medição efetuada, grau de risco, adicional a ser concedido, medidas corretivas. Está correto apenas o que se afirma em: a) I, II, IV b) I, III c) III, IV, V d) I, IV, V e) II, III, 2. Para comprovar o trabalho como insalubre é necessário que comprove três fatores sendo eles: a) Natureza, Tempo de Descanso e Local b) Tempo de Exposição, Intensidade e Descanso c) Natureza, Intensidade e Tempo de Exposição d) Natureza, Carga Horária e Intensidade e) Carga Horária, Tempo de Descanso, Natureza 3. Quais são as atividades consideradas como perigosas, quando comprovada a exposição permanente do trabalhador? 4. Encontre o resultado dos cálculos abaixo: a) 7 5 3 5 − = b) 3 4 5 12 + = Laudo Tecnico.indb 21 1/10/14 6:50 AM 2 2 L A U D O T É C N I C O D A S C O N D I Ç Õ E S A M B I E N T A I S D O T R A B A L H O c) 4 8 2 8 + = d) × = 2 3 3 2 e) ÷ = 3 4 1 4 5. Calcule as porcentagens correspondentes: a) 30% de 700 laranjas b) 50% de 90 m c) 75% de 250 kg d) 2% de 30 telhas e) 43% de 50 Laudo Tecnico.indb 22 1/10/14 6:50 AM Atividades e operações insalubres — parte 1 Seção 1: Atividades e operações insalubres Nesta seção você aprenderá a identificar as ativida- des consideradas insalubres, dependendo do nível de exposição dos trabalhadores, e apontar maneiras de eliminar ou neutralizar a insalubridade. Seção 2: Níveis de ruído contínuo, intermitente ou de impacto superiores ao limite de tolerância Nesta seção você conhecerá a diferença entre ruído contínuo e ruído intermitente, os níveis tolerantes de ruído e exposição no local de trabalho e os efeitos causados por essa exposição, além de aprender a calcular o agente através de fórmula. Você conhecerá também os tipos de ruídos de im- pacto mais praticados diariamente. Trata-se daquele barulho cujo prejuízo à saúde, muitas vezes, o traba- lhador não percebe. Unidade 2 Objetivos de aprendizagem: Nesta unidade você conhecerá algumas atividades consideradas insalubres e o risco que cada uma delas traz à saúde do trabalhador, além de descobrir se a atividade em determinado local está acima do permitido, de acordo com a Nr 15, e maneiras de neutralizar ou evitar essa exposição ao agente de risco. Laudo Tecnico.indb 23 1/10/14 6:50 AM Seção 3: Exposição ao calor com valores de IBUTG superiores ao limite de tolerância Nesta seção você aprenderá, através de cálculos, a descobrir e analisar se o nível de exposição ao calor é superior ao limite tolerável. Também conhecerá os aparelhos utilizados para descobrir o nível de calor no ambiente. Seção 4: Níveis de radiações ionizantes com radioatividade superiores ao limite de tolerância Nesta seção você poderá analisar o quanto a radioa- tividade pode prejudicar a saúde do trabalhador, de maneiras diferente, pois cada agente radioativo age de formas diferentes no organismo humano. Seção 5: Trabalho sob condições hiperbáricas Nesta seção você conhecerá as condições hiperbáricas em ar comprimido e trabalho submerso e os riscos que cada uma traz para a saúde dos funcionários, podendo chegar à morte quando não cumpridas algumas normas. Seção 6: Radiações não ionizantes consideradas insalubres em decorrência de inspeção realizada no local de trabalho Nesta seção você aprenderá que essas não são tão maléficas à saúde do trabalhador, porém se tornam quando o colaborador fica exposto em excesso. Seção 7: Vibrações consideradas insalubres em decorrência de inspeção realizada no local de trabalho Nesta seção você descobrirá o quanto este agente pode prejudicar a saúde, qual aparelho deve-se utili- zar e os sintomas que o trabalhador pode apresentar quando exposto em excesso. Laudo Tecnico.indb 24 1/10/14 6:50 AM A t i v i d a d e s e o p e r a ç õ e s i n s a l u b r e s — p a r t e 1 2 5 Introdução Nesta unidade abordaremos a Norma Regulamentadora nº 15 (BRASIL, 2013b), com o intuito de conhecer os agentes considerados insalubres, qual o tempo mínimo ou máximo em que o trabalhador pode ficar exposto ao agente, até mesmo quanto à natureza do local, para que não tenha sua saúde prejudicada. Seção 1 Atividades e operações insalubres Como já dito na primeira unidade, a insalubridade é a exposição acima do limite permitido no trabalho que prejudica a saúde do trabalhador, podendo causar doenças. Como dito na CLT — Consolidação das Leis do Trabalho, no artigo 189, diz: Art. 189. Serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos (BRASIL, 1943). A seguir veja as atividades que devem ser consideradas insalubres quando exposto o trabalhador fora do limite permitido: a) Níveis de ruído contínuo ou intermitente superiores ao limite de tolerância; b) Níveis de ruído de impacto superiores ao limite de tolerância; c) Exposição ao calor com valores de IBUTG superiores ao limite de tolerância; d) Níveis de radiações ionizantes com radioatividade superiores ao limite de tolerância; e) Trabalho sob condições hiperbáricas; f) Radiações não ionizantes consideradas insalubres em decorrência de inspeção realizada no local de trabalho; g) Vibrações consideradas insalubres em decorrência de inspeção realizada no local de trabalho; h) Frio considerado insalubre em decorrência de inspeção realizada no local de trabalho; i) Umidade considerada insalubre em decorrência de inspeção realizada no local de trabalho; j) Agentes químicos cujas concentrações sejam superiores aos limites de tolerância; k) Poeiras minerais cujas concentrações sejam superiores aos limites de tolerância; l) Atividades ou operações, envolvendo agentes químicos, consideradas insalu- bridades em decorrência de inspeção realizada no local de trabalho; m) Agentes biológicos. Laudo Tecnico.indb 25 1/10/14 6:50 AM 2 6 L A U D O T É C N I C O D A S C O N D I Ç Õ E S A M B I E N T A I S D O T R A B A L H O Como já vimos na unidade anterior, se comprovado o direito do trabalhador ao adicional de insalubridade, o mesmo poderá ter o benefício de 40%, 20% ou 10%, dependendo de sua exposição ao agente, sendo que se o mesmo estiver exposto a mais de um agente o que prevalece é o valor de maior risco, no caso não acumula o adicional. Quanto à neutralização ou à eliminação do pagamento do adicional de insalu- bridade, esta ocorrerá quando for adotada uma medida de organização dos setores no ambiente de trabalho, reduzindo os níveis permitidos para cada agente e também utilizando de maneira correta os IPI’s que é de dever da empresa disponibilizá-los para uso contínuo dos trabalhadores. Lembre-se de que a neutralização ou eliminação só ocorrerrá quando a empresa passar por avaliações dos órgãos competentes comprovando a inexistência de risco à saúde do trabalhador. Laudo Tecnico.indb 26 1/10/14 6:50 AM A t i v i d a d e s e o p e r a ç õ e s i n s a l u b r e s — p a r t e 1 2 7 Seção 2 Níveis de ruído contínuo, intermitente ou de impacto superiores ao limite de tolerância Ruído contínuo é o som em que o NPS varia 3 dB durante um longo período de observação, sendo acima de 15 minutos. O ruído intermitente é o som cujo NPS pode chegar até 3 dB em curtos períodos de observação, estando o tempo entre 0,2 segundo e 15 minutos. Assim, podemos dizer que são todos os sons que não sejam considerados ruído de impacto. Sendo medido em decibéis (dB), utiliza-se de equipamentos para calcu- lar o nível de ruído existente em determinado local. Seguem alguns equipamentos utilizados para calcular os níveis de ruído em um ambiente. a) Medidores de nível de pressão sonora: Utiliza-se a sigla NPS, também chamados de sonômetros, mais conheci- dos como decibelímetros. Podemos encontrar os NPS dos tipos 1, 2 e 3, os quais, dependendo de sua precisão, possuem circuitos “A, B, C e D” ou “A e C” ou “A”. Figura 2.1 Decibelímetro Fonte: Do autor (2013). b) Audiodosímetro: Muito utilizado por causa da sua precisão em identificar a exposição ocupacional ao ruído. Com ele conseguimos descobrir a dose de ruído e o nível equivalente de ruído, conhecidos como LEQ. Podemos encontrar audio- dosímetros que também são decibelímetros, ou seja, calcula-se tanto o LEQ como NPS. Outra característica deste aparelho é que podem ser impressas com histogramas as variações dos níveis de ruídos em determinado intervalo de tempo durante a jornada de trabalho. Laudo Tecnico.indb 27 1/10/14 6:50 AM 2 8 L A U D O T É C N I C O D A S C O N D I Ç Õ E S A M B I E N T A I S D O T R A B A L H O Figura 2.2 Audiodosímetro Fonte: Do autor (2013). c) Analisadores de frequência: Os mais utilizados são os de banda de oitava e terça de oitava. Podem ser utilizados acoplados ao decibelímetros, para que possa obter o espectro sonoro do local, ou seja, NPS x frequência. Com sua utilização podemos identificar quais os materiais isolantes e que absorvem o som, verificar a atuação dos protetores auriculares. d) Calibrador acústico: Utilizado para aferir os medidores, garantindo as medições realizadas nos locais, emite um som puro na frequência de 1.000 Hz; quando utilizado para aferir o audiodosímetro, emite um som constante de 114,0 Hz. Análises das frequências: a) Bandas de oitava — a mais utilizada, a faixa utilizada é dividida em uma largura igual a uma oitava com razão de frequência igual a 2, exemplo: 16 Hz, 32 Hz, ..... 2000 Hz; b) Terça de oitava ou meia oitava — na meia oitava as frequências são separadas por uma faixa igual à da meia oitava, a terça oitava é separada por um terço oitavo; c) Faixa de percentagem — a largura das faixas é igual à percentagem sobre o valor em Hz, exemplo: uma faixa de 5% indica que, sobre uma frequência 100 Hz, a faixa central é igual a 5 Hz; d) Faixa de largura constante — a faixa auditiva é dividida por faixas constantes, exemplo: 5 em 5 Hz. De acordo com a Portaria nº 3214/78 do Ministério do Trabalho, em sua NR 15, anexo nº 1, item 2: Laudo Tecnico.indb 28 1/10/14 6:50 AM A t i v i d a d e s e o p e r a ç õ e s i n s a l u b r e s — p a r t e 1 2 9 Os níveis de ruído contínuo ou intermitente devem ser medidos em decibéis (dB) com instrumento de nível de pressão sonora operando no circuito de compensação “A” e circuito de resposta lenta (SLOW). As leituras devem ser feitas próximas ao ouvido do trabalhador (BRASIL, 1978, grifo do autor). Veja no Quadro 2.1 o limite de tolerância do agente ruído e o tempo máximo diário em que o trabalhador pode ficar exposto: Quadro 2.1 Limite de exposição — ruído Nível de ruído db (a) Máxima exposição diária permissível 85 8 horas 86 7 horas 87 6 horas 88 5 horas 89 4 horas e 30 minutos 90 4 horas 91 3 horas e 30 minutos 92 3 horas 93 2 horas e 40 minutos 94 2 horas e 15 minutos 95 2 horas 96 1 hora e 45 minutos 98 1 hora e 15 minutos 100 1 hora 102 45 minutos 104 35 minutos 105 30 minutos 106 25 minutos 108 20 minutos 110 15 minutos 112 10 minutos 114 8 minutos 115 7 minutos Fonte: Brasil (2013). Assim, não será permitida a exposição ao ruído quando sua frequência for su- perior a 115 dB, a não ser quando o trabalhador estiver utilizando os equipamentos de proteção. Laudo Tecnico.indb 29 1/10/14 6:50 AM 3 0 L A U D O T É C N I C O D A S C O N D I Ç Õ E S A M B I E N T A I S D O T R A B A L H O Se o trabalhador, durante sua jornada de trabalho, estiver exposto mais de duas vezes ao agente e sendo estes de níveis diferentes, devemos considerar os efeitos combinados, uma vez que a soma desses períodos não deve ser maior que 1, caso contrário a exposição estará superior ao limite tolerante. C T C T C T 11 1 2 2 3 3 + + = ≤ C T n n → Tempo exposto ao nível; → Tempo máximo permitido para exposição ao agente; Este resultado pode ser obtido com maior precisão utilizando o equipamento audiodosímetro, sendo calculado em percentual. Neste caso o valor não pode ser superior a 100%. Podemos dividir os efeitos causados ao organismo pelo agente ruído, quando o trabalhador se expõe de maneira incorreta, em efeito auditivo e efeitos extra-auditivo. Dentro dos efeitos auditivos temos o trauma acústico, perda auditiva temporária e perda auditiva permanente. a) Trauma acústico — considerados os sons de curta duração e de alta intensi- dade, podem provocar a perda imediata, severa e permanente da audição. b) Perda auditiva temporária — se dá quando ocorre a exposição moderada ao ruído, podendo o trabalhador ter uma perda temporária, porém a audição retorna à normalidade após um período de silêncio. c) Perda auditiva permanente — identificada através do exame de audiometria, a perda evolui com mais rapidez nos primeiros anos de exposição; os sintomas mais comum são alto tom de voz, dificuldade na escuta, aumento no som de equipa- mentos e a queixa mais frequente é o zumbido, geralmente ocorre durante a noite. Quanto aos efeitos extra-auditivos, as queixas mais comuns são a queda no rendimento dentro do trabalho, maior índice de absenteísmo, aumento no número de acidentes de trabalho, em consequência desses efeitos aumenta a quantidade de erros durante a jornada de trabalho. 2.1 Níveis de ruído de impacto superiores ao limite de tolerância Conforme a Portaria nº 3214/78 do Ministério do Trabalho, em sua NR 15, anexo nº 2, item 1º: “1. Entende-se por ruído de impacto aquele que apresenta picos de energia acústica de duração inferior a 1 (um) segundo, a intervalos superiores a 1 (um) segundo” (BRASIL, 1978). Laudo Tecnico.indb 30 1/10/14 6:50 AM A t i v i d a d e s e o p e r a ç õ e s i n s a l u b r e s — p a r t e 1 3 1 Mas para que possamos entender melhor o que é ruído de impacto, vamos dar alguns exemplos. Um exemplo clássico é o salto das mulheres, principalmente quando se mora em apartamento; o ruído que o salto faz ao caminhar é o que chamamos de ruído de impacto, incomodando o vizinho de baixo. Outros exemplos são pregar um prego na parede, que se faz em pequenos intervalos de marteladas, ou quando arrastamos móveis. Todos esses barulhos são prejudiciais à audição, e os principais efeitos desse ruído são: sono, estresse e falta de atenção. O medidor a ser utilizado é o de nível de pressão sonoro, sendo o ruído avaliado em decibéis (dB), também realizando a leitura próximo ao ouvido do trabalhador. O máximo da frequência permitido no ruído de impacto é 140 dB. Você já pensou em como o barulho pode ser prejudicial à saúde e quanto
Compartilhar