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Aula 08 - Josiane Minardi

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CONTRIBUIÇÕES 
 
 Contribuições Sociais Gerais 
 
Dentre os objetivos sociais que admitem a instituição de Contribuições Sociais Gerais estão a promoção da edu-
cação, da cultura, do desporto, da ciência, da família e dos índios, conforme preconizam os artigos da Constitui-
ção Federal, abaixo transcritos: 
 
Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colabo-
ração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e 
sua qualificação para o trabalho. 
(…) 
 
Art. 215. O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional, 
e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais. 
 
Art. 217. É dever do Estado fomentar práticas desportivas formais e não formais, como direito de cada um, obser-
vados: (…) 
 
Art. 218.O Estado promoverá e incentivará o desenvolvimento científico, a pesquisa, a capacitação científica e 
tecnológica e a inovação. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015)(…) 
 
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial 
à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para 
as presentes e futuras gerações. (…) 
 
Art. 231. São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direi-
tos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer 
respeitar todos os seus bens. 
 
Há três Contribuições Sociais Gerais instituídas pela União, quais sejam: 
i) a Contribuição “Salário-Educação”, 
ii) a Contribuição do FGTS regulamentada pela LC n. 110/2001 e 
iii) Contribuições dos Serviços Sociais Autônomos. 
 
A Contribuição “Salário-Educação”, prevista no artigo 212, § 5º, da CF, será exigida das empresas para ser apli-
cada diretamente no ensino fundamental de seus empregados e dependentes, in verbis: (...) “§ 5º A educação 
básica pública terá como fonte adicional de financiamento a contribuição social do salário-educação, recolhida 
pelas empresas na forma da lei”. 
 
Essa contribuição está regulamentada, ainda, nas Leis Federais n. 9.424/96 e 9.766/98. O STF, ao julgar a ADC 
n. 3, entendeu constitucional a instituição da contribuição pela Lei n. 9.424/96, sem necessidade de Lei Comple-
mentar, por existir expressa previsão na Constituição Federal sobre essa espécie tributária sem essa exigência: 
A matéria encontra-se inclusive sumulada no STF: “Súmula n. 732. É constitucional a cobrança da contribuição do 
salário-educação, seja sob a Carta de 1969, seja sob a Constituição Federal de 1988, e no regime da Lei n. 
9.424/96”. 
 
A Contribuição “Salário-Educação” apresenta como Sujeito Passivo a empresa que, segundo o artigo 15, I, da Lei 
n. 8.212/91, está compreendida no conceito de qualquer firma individual ou sociedade que assume o risco de ati-
vidade econômica, urbana ou rural, com fins lucrativos ou não, bem como empresas e demais entidades públicas 
ou privadas, vinculadas à seguridade social. 
 
FGTS - A LC n. 110/2001, por sua vez, criou uma nova Contribuição devida pelos empregadores em caso de des-
pedida de empregado sem justa causa (a título de multa), com alíquota de 10% sobre o montante de todos os 
depósitos devidos referentes ao Fundo, durante a vigência do contrato de trabalho, acrescido das remunerações 
aplicáveis às contas vinculadas, a partir de 29 de setembro de 2001. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Também foi criada contribuição à alíquota de 0,5% sobre a remuneração devida, passando de 8% para 8,5% pelo 
prazo de 60 meses, até novembro de 2006. 
 
 As Contribuições de Serviços Sociais Autônomos, conhecidas também como Contribuições do Sistema “S”, 
isso porque a maioria dos serviços sociais autônomos iniciavam com a letra “s”, tais como: 
 SESI 
Serviço Social da Indústria; 
 
 SENAI 
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial; 
 
 SESC 
Serviço Social do Comércio; 
 
 SENAC 
Serviço Nacional de Aprendizagem do Comércio; 
 
 SEST 
Serviço Social de Transporte; 
 
 SENAT 
Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte; 
 
 SENAR 
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural; 
 
As Contribuições de Serviços Sociais Autônomos estão fundamentadas no artigo 240 da CF, como se pode ob-
servar: “Ficam ressalvadas do disposto no art. 195 as atuais contribuições compulsórias dos empregadores sobre 
a folha de salários, destinadas às entidades privadas de serviço social e de formação profissional vinculadas ao 
sistema sindical”. 
 
Em regra, as Contribuições ao Sistema “S” são devidas pelas empresas e incidem sobre as remunerações pagas 
a seus empregados (folha de salário). 
 
Súmula n. 499. As empresas prestadoras de serviços estão sujeitas às contribuições ao SESC e Senac, salvo se 
integradas noutro serviço social”. 
 
 CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS ESPECIAIS 
As Contribuições Sociais previstas no artigo 195 da CF têm como finalidade precípua custear a seguridade social 
e apresentam como característica marcante a solidariedade, uma vez que será exigida não de determinado grupo 
de pessoas, mas de toda a sociedade. 
 
CIDE 
As contribuições interventivas são instrumentos destinados a propiciar ou facilitar a intervenção, por parte da Uni-
ão, no domínio econômico. Como as demais contribuições especiais, são tributos teleológicos, vocacionados à 
promoção de fins determinados. 
 
Requisitos Fundamentais à Instituição das CIDES 
 
Observância das limitações constitucionais gerais ao poder de tributar 
 
 Existência de competência impositiva; 
 Busca da finalidade especificada pela norma atributiva de competência; 
 Necessidade; 
 Referibilidade é o liame entre a finalidade a ser realizada com a contribuição e as atividades e interesses de 
certo grupo, é requisito de validade de todas as contribuições especiais e, por consequência, das contribuições de 
intervenção no domínio econômico. 
 
 
 
 
 
 
 
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OBS: A doutrina majoritária entende que os sujeitos passivos têm de ser escolhidos dentre os agentes que atuam 
no segmento econômico objeto de intervenção. Porém, o STF ao julgar o RE nº 401.823 entendeu que as CIDES 
são constitucionalmente destinadas a finalidades não diretamente referidas ao sujeito passivo, o qual não neces-
sariamente é beneficiado com a atuação estatal e nem a ela dá causa. 
 
Ressalta-se que a partir da reforma trabalhista, a contribuição sindical tornou-se facultativa, nos termos do art. 579 
da CLT, sendo descontada dos funcionários mediante autorização prévia e por escrito dos mesmos.

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