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Processo civil IV CADERNO

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Processo civil IV CADERNO
AULA 1- 
Execução CONCEITO- é a prática de atos executivos voltados para a satisfação de uma obrigação fixada em um título executivo. 
Título executivo- é um documento que contém uma obrigação CERTA, LÍQUIDA e EXIGÍVEL
Título executivo JUDICIAL- título elaborado pode poder judiciário ou órgão equiparado. EX SENTENÇA, ACÓRDÃO 
Título executivo EXTRAJUDICIAL- é um documento bilateral elaborado pelas partes fora do processo. EX CHEQUE, DUPLICATA, ETC..
Obrigações afixadas nos títulos executivos podem ser:
1- obrigação de fazer
2-obrigação de pagar
3- obrigação de entrega de coisa 
Princípios informativos da EXECUÇÃO:
1) Princípio da TIPICIDADE: Segundo este princípio todo procedimento executivo e seus respectivos atos devem estar previamente definido em lei. A finalidade maior é evitar surpresas por parte do devedor quanto aos atos executivos ou arbitrariedades do juiz na definição dos atos processuais a serem realizados.
2) Princípio da ATIPICIDADE: Em contra ponto a TIPICIDADE, trás a ideia de que o juiz tem liberdade para realizar medidas indutivas e coercitivas para a satisfação da execução. O juiz poderá determinar medidas atípicas, com o objetivo de alcançar o adimplemento da obrigação, tais como retenção de passaporte ou mesmo apreensão da CNH nas execuções de obrigação de pagar. Para ao aplicar o princípio da atipicidade o juiz deverá: 1) esgotar os meios executivos típicos; 2) realizar ponderação sobre a proporcionalidade, adequação e necessidade da medida e 3) observar o contraditório pleno. 
Observados os parâmetros acima o juiz poderá deferir, com fundamento no art. 139, IV, do CPC, qualquer medida executiva atípica necessária para a integral satisfação da obrigação
3)Princípio da nullaexecutiosine título (é nula a execução sem o título) :A existência de um título executivo é condição de procedibilidade para o pleno exercício tutela executiva. Assim, execução sem título ou com título defeituoso acarretará a extinção da execução sem resolução do mérito, ou seja, sem o cumprimento efetivo da obrigação.
4) O princípio da menor onerosidade possível:A finalida é alcançar a proporcionalidade entre a efetividade da jurisdição, em favor do exequente, e a garantia de realização do modo menos gravoso para o devedor, em homenagem mesmo ao princípio da dignidade da pessoa humana, nos casos de pessoa física, ou até mesmo da estabilidade econômica, nos casos de pessoas jurídicas de direito privado. De acordo com este princípio os atos executivos devem ser praticados de forma a causar menor prejuízo ao devedor.
Nos casos de alegação do princípio da menor onerosidade, o juiz somente determinará a substituição quando o devedor apresentar outro bem compatível com a execução 
5) Oprincípio da patrimonialidade: se extrai o entendimento de que todos os bens, presentes e futuros, respondem pela dívida do devedor. A tutela executiva tem como escopo a satisfação de um determinado crédito fixado num título executivo. Nos casos em que a execução tenha como objeto a obrigação de pagar não adimplida, o Estado promoverá a expropriação dos bens do devedor com a finalidade de se obter o valor correspondente para integralização da dívida. Nos casos em que a execução tenha como objeto uma obrigação de fazer ou não fazer, não há que se falar, num primeiro momento, em expropriação e sim sub-rogação através de medidas coercitivas. 
Deve ser respeitada a dignidade da pessoa humana. O devedor deve pagar aquilo que deve mas nunca co sua dignidade. O STJ decidiu recentemente que pode ser realizada penhora de conta salário etc, na medida que se assegure a dignidade da pessoa humana.
6) Princípio da boa-fé: quando o principio da boa-fé é violado o juiz poderá estabelecer multa. Significa dizer que tanto devedor quanto credor irão realizar os atos da execução com base na boa-fé processual.
Procedimentos EXECUTIVOS ou TUTELA SATISFATIVA: 
A execução não acontece quando ocorre o ADIMPLEMENTO voluntário, pois assim ocorre a extinção da obrigação pelo seu cumprimento, em contraponto, temos o INADIMPLEMENTO da obrigação que leva a uma EXECUÇÃO FORÇADA que pode ser realizada através de procedimentos executivos.
Os procedimentos executivos podem ser divididos em:
1- ESPECIAS: 1- execução fiscal (credor é o estado), 2- execução de alimentos (. A própria natureza alimentar do débito não admite delongas processuais, característica do procedimento comum, o que autoriza a até mesmo a prisão do devedor)e obrigação de pagar contra a Fazenda Pública. Não há como se penhorar bens públicos, logo o procedimento comum, que tem a penhora como principal ato de expropriação, não se aplica.
2- Procedimentos comuns: 2.1 – Cumprimento de sentença( EXECUÇÃO DE TÍTULOS JUDICIAIS)- TAMBÉM CHAMADO de processo sincrético para título executivos judiciais 
2.2- Processo autônomo de execução (EXECUÇÃO DE TÍTULOS EXTRAJUDICIAIS)- Dará inicio com uma petição instruída com o título extrajudicial comprovando o INADIMPLEMENTO, junto com a planilha de débito. O juiz ira receber essa petição e irá determinar a citação do devedor em 3 dias sob pena de PENHORA.
Os procedimentos executivos são estabelecidos de acordo com a natureza do titulo executivo, assim sendo, os títulos judiciais serão executados por meio de procedimento comum (CUMPRIMENTO DE SENTENÇA) e os títulos extrajudiciais serão executados por meio de processo autônomo de execução .
Os títulos executivos judiciais formados por um juízo e executados por outro (sentença penal condenatória, sentença arbitral e sentença estrangeira) serão executadas por meio de PROCEDIMENTO AUTÔNOMO DE EXECUÇÃO.
AULA 2- LEGITIMIDADE NA EXECUÇÃO 
1.1- LEGITIMIDADE ATIVA- é atribuída ao CREDOR/ EXEQUENTE 
1.2. LEGITIMIDADE ATIVA ORIGINÁRIA -é atribuída ao credor a quem a lei confere título executivo
1.3 LEGITIMAÇÃO SUPERVENIENTE- quer dizer podem suceder o credor originário o Ministério Público, o espólio, os herdeiros ou sucessores do credor; o cessionário e o sub-rogado.
- Ministério Público- Se faz importante observar que a legitimidade do Ministério Público na esfera cível estará sempre definida em lei, o Ministério Público tem legitimidade para promover a execução coletiva de sentenças genéricas proferidas em ação coletiva, também legitimado para promoção da execução de sentença que condena o réu a pagar alimentos, o Ministério Público também será legitimado para promover a execução de sentença condenatória por reparação de danos, quando o exequente for pobre, conforme precedente judicial. 
- Espólio, os herdeiros ou sucessores do credor-O espólio, os herdeiros ou sucessores do credor falecido podem prosseguir com a execução desde que o direito ao crédito seja transmissível. Ocorrendo a morte do credor originário a execução será promovida pelo espólio do falecido, caso haja inventário em curso, ou por seus herdeiros e sucessores, nos casos em que o exequente falecido não deixar bens. 
- Cessão-A execução poderá ser promovida pelo cessionário, nas hipóteses em que o crédito resultante do título executivo resultar de atos entre vivos. Essa hipótese de legitimação derivada pode ser exemplificada nos casos em que os bancos transmitem para empresas de cobranças seus respectivos créditos. 
- Sub-rogação- ) permite ao credor sub-rogado prosseguir na execução. A sub-rogação é instituto do direito civil, com reflexos na execução civil, e se caracteriza pela substituição do sujeito de uma determinada obrigação
2.1. LEGITIMIDADE PASSIVA ORIGINÁRIA- podem figurar no polo passivo originário de uma execução o devedor reconhecido no título executivo. Assim, o réu, condenado em ação indenizatória, vai figurar como devedor em futura execução de título judicial. . Da mesma forma, o contratado que não cumpre o pactuado será incluído no pólo passivo de eventual execução de título extrajudicial. Na legitimação passiva originária haverá sempre coincidência entre a pessoa que figura no título executivo como devedora e o pólo passivo da execução deflagrada. 
- DEVEDOR- aquele que figura no titulo executivo(originário) 
2.2-.LEGITIMAÇÃO PASSIVA SUPERVINIENTE - superveniente ocorre quando o devedor originário não mais integra o pólo passivo da execução. Assim, são considerados legitimados supervenientes o espólio ou herdeiros do devedor,o novo devedor que assumiu a dívida (com consentimento do CREDOR), o fiador do débito constante no título extrajudicial (só poderá redirecionai o polo passivo para o fiador), o responsável titular de bem vinculado por garantia real ao pagamento do débitoe o responsável tributário, definido na legislação própria. 
- A legitimação superveniente do fiador poderá ocorrer de duas formas na execução da tutela jurisdicional: 1- a legitimação do fiador atribuída pelo art 779, IV CPC( o fiador do débito constante em título extrajudicial). Já na execução de título JUDICIAL a legitimação do fiador somente ocorrerá nos casos em que ele foi inserido no polo passivo na fase de conhecimento, SÚMULA 268 STJ. 
3.0. INTERVENÇÃO DE TERCEIROS- A regra geral é de que NÃO É CABÍVEL A INTERVENÇÃO EM SEDE DE EXECUÇÃO, contudo, sempre que este seja afetado, diretamente, por eventual decisão judicial de mérito proferida em processo que não é parte, admite-se a intervenção de terceiros.
-Exceção- 1- ASSISTÊNCIA EX. BANCO E O CONDOMÍNIO 
- Exceção 2- DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA EX O SÓCIO NA QUALIDADE DE TERCEIRO 
CUMULAÇÃO DE EXECUÇÕES - Art. 780. O exequente pode cumular várias execuções, ainda que fundadas em títulos diferentes, quando o executado for o mesmo e desde que para todas elas seja competente o mesmo juízo e idêntico o procedimento.
- Requisitos – 1-MESMAS PARTES 2- O MESMO JUÍZO 3-MESMO PROCEDIMENTO.
RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL- o estudo da responsabilidade patrimonial tem como escopo compreender quais os bens do devedor, ou de terceiros, estão sujeitos à constrição, pois será a através da expropriação dos bens do devedor que se obterá a efetividade da execução das obrigações de pagar. 
-PRESSUPOSTOS-
1- Objetivos- Insolvência- alienação gratuita/ onerosa
2- Subjetivos- Má fé do adquirente ( súmula 375 STJ -O reconhecimento da fraude à execução depende do registro da penhora do bem alienado ou da prova de má-fé do terceiro adquirente) (ART 792 § 2º No caso de aquisição de bem não sujeito a registro, o terceiro adquirente tem o ônus de provar que adotou as cautelas necessárias para a aquisição, mediante a exibição das certidões pertinentes, obtidas no domicílio do vendedor e no local onde se encontra o bem.)
A ALIENAÇÃO ANTES DA INSTAURAÇÃO DO PROCESSO DE EXECUÇÃO CONFIGURA FRAUDE CONTRA CREDORES- Caso de cabimento de AÇÃO PAULINA onde a sentença torna a alienação ineficaz para a futura penhora do bem.
AULA 3- ALIENAÇÃO FRAUDULENTA 
Alienação fraudulenta- É a venda de um bem quando o devedor encontra-sena condição de devedor a fim de frustrar o pagamento do débito. A alienação fraudulenta é constituída quando o devedor já está na condição de DEVEDOR. 
OBS- Na execução em face de EMPRESA, só sera considerada alienação fraudulenta quando um sócio realizar a ALIENAÇÃO após a DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA
 Modalidades: A- Fraude contra credores B- Fraude á execução
A) Fraude contra credores modalidade de alienação fraudulenta- A entra com processo contra B e B ainda não foi citado. Se B vender o bem antes de ser citado há fraude contra credores .É uma alienação que afeta o interesse do credor, instituto do direito civil ( obrigacional)
Momento em que ocorre a alienação fraudulenta: antes da citação VÁLIDA antes do processo de execução (título executivo judicial) ou na fase de execução ( título executivo extrajudicial) 
B) Fraude à execução- Afeta a jurisdição e é um instituto do direito empresarial. A entra com ação contra a EMPRESA X, antes da desconsideração da personalidade jurídica não há fraude à execução porque ainda não houve a desconsideração da personalidade jurídica.
Momento em que ocorre a fraude á execução :Ocorre após a citação válida que serve para demonstrar a publicidade da execução para que ela seja reconhecida 
 Formas de impugnação da alienação fraudulenta 
- Na fraude contra credores: através de Ação Pauliana para torna o negocio jurídico ineficaz. NA FRAUDE contra credores o credor terá arguir a fraude dentro do mesmo processo atreves de uma simples peticao. Configura quando há publicidade ( depende do registro de penhora do bem alienado ou a averbação da execução) súmula 375 STJ C/c art 792, p 2
OBS. Se atentar para o momento em que ocorre a alienação fraudulenta 
OBS. A venda feita  na fase de conhecimento antes da citação válida configura a fraude contra credores só terá efeito após o trânsito em julgado 
FRAUDE CONTRA CREDORES:a fraude com nutra credores enquanto instituto do direito civil o correrá sempre que o devedor vender o bem antes da citação válida ( fase de conhecimento, fase executiva ou processo de execução). Ocorrida a fraudecabera ao credor promover ação PAULIANA com o objetivo de tornar a Alienação ineficaz 
FRAUDE Á EXECUÇÃO:Fraude à execução por ser atentando contra a jurisdição será reconhecida mediante comprovação da alienação após a citação válida. Caberá ao credor neste caso, arguir que a alienação ocorreu APÓS O REGISTRO DO ÓRGÃO PÚBLICOS da respectivas execução
AULA 4- COMPETÊNCIA NA EXECUÇÃO 
Competência na execução -Na execução existem critérios específicos de competência. Na execução temos COMPETÊNCIA FUNCIONAL. Toda vez que o advogado for promover execução tem que se atentar ao juízo competente 
A) Título judicial art 516- Decisão elaboradapelo poder judiciário ou órgão equiparado. Tem 3 critérios:
1-Na execução de título judicial a competência será sempre do órgão que originou o título. Competência originária do tribunal. Ex Ação rescisória/ Mandado de segurança. É uma competência mais restrita aos casos originados no tribunal.Tem que analisar se chegou através da competência originária ou pela via recusal, se for pela via recursal a competência será sempre do primeiro grau 
2- Juiz que decidiu a causa em 1 grau- COMPETÊNCIA FUNCIONAL ABSOLUTA. Competência funcional não se modifica é absoluta. Independe de onde a ação tenha chegado pela via recursal.
3- O juízo civil quando se tratar de sentença penal condenatória, sentença arbitral e sentença estrangeira, neste casos há uma cisão na competência onde a fase de conhecimento em um órgão e a fase executiva em outro órgão.
-No caso sentença penal condenatória a execução é de competência concorrente, competência de foro podendo escolher entre domicilio do autor, local do ilícito ou domicílio do acusado.
-No caso de sentença arbitral, para promover a execução terá que verificar o que está estabelecido na convenção de arbitragem que poderá ser por foro de eleição ou local da obrigação satisfeita. Se houver foro de eleição está irá prevalecer se não será o local onde a obrigação será satisfeita. 
-No caso de sentença estrangeira a competência para promover a execução será na justiça federal observando o critério de domicílio do credor independente da matéria. 
EXCEÇÃO- modificação de competência art 516p U- Modificação de competência em dois aspectos. Se contrapõe à norma geral. 1) Na hipótese de mudança de endereço do réu haverá modificação de competência. Quantas vezes o processo pode ficar itinerante? O CPC autoriza quantas por quantas vezes o endereço for alterado.
2) A segunda possibilidade de mudança é em razão do local onde se encontram o bem do devedor, nestes casos a execução pode mudar. Facilita a pratica de atos do credor. Não há limite, pode ser requerida quantas vezes for necessário até a satisfação da execução. SÓ PODE SER PROMOVIDO EM TERRITÓRIO NACIONAL 
NOTA: A competência para execução de título judicial é FUNCIONAL ABSOLUTA, ou seja, o juiz que decidiu deverá promover a execução. o CPC admite duas possibilidadesde exceção a regra: a primeira é a modificar da competência em razão da mudança de endereço do devedor e a segunda em razão do local onde se encontrem bem do devedor. 
B) Título extrajudicial art 781- O primeiro critério a ser utilizado será o FORO de eleição que prevalece SEMPRE (SALVO SE A CLÁUSULA FOR ABSUSIVA) e não havendo foro de eleição temos as possibilidades de competência concorrente que são:
 2- Domicílio do devedor 
3- Local onde a obrigação deva ser satisfeita
4- Local dos bens
- Título executivo- É uma condição de procedibilidade da execução. A natureza jurídica é: O título executivo é um documento que retrata uma obrigação certa, líquida é exigível
Espécies 
1- Título executivo judicial art 515- É aquele que origina de uma decisão judicial. Ele provem do estado.
I-Decisões interlocutoras/ sentenças/ acórdãos
II- Decisão homologatoria de autocomposição art 334
III- Decisão homologatoria autocomposição extrajudicial 
IV- Formal de partilha 
V- Auxiliar de justiça ( contador, perito) 
VI/ VII/ VIII- Sentença condenatória, sentença arbitral, sentença estrangeira 
IX- Decisão interlocutoria estrangeira 
NOTA: Acordos que envolvem terceiros que não estão na causa art 515 p 2.
2- título executivo extrajudicial art 784- Ele tem origem do interesse das pessoas e é bilateral. 
I- letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e o cheque;
II- Escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor (Divórcio extrajudicial e inventário extrajudicial)
III- Documento particular assinado pelo devedor e por duas testemunhas 
IV- Instrumento de transação referendado pelo MP, DEFENSORIA, Mediadores, procuradores e advogados 
V- Contratos (direitos reais)
VI- Contrato de seguro de vida em caso de morte
VII- Crédito decorrente de laudêmio
VIII- Crédito de aluguel 
IX- CERTIDÃO DE DÍVIDA ATIVA
X- Cotas condominiais cada uma delas constitui um título executivo extrajudicial( inclusão da parcelas vincendas segundo o princípio da efetividade) 
NOTA: Único título que é unilateral é a CDA- certidão de dívida ativa 
Só pode ser definido como título aquilo que é definido em lei segundo o princípio da TIPICIDADE 
O contrato eletrônico foi considerado título extrajudicial pelo STJ em decisão recente 
3- Liquidação de sentença art 509- O Título executivo deve ser certo, líquido( QUANTUM DEBEATUR- valor devido) e exigível. 
O valor devido já deve constar no título.
No caso em que o juiz proferir sentença certa e exigível mas sem liquidez, esta sentença é considerada AM DEBEATOR,que gera o dever de indenizar. O valor será apurado em um procedimento de liquidação. 
A liquidação é um procedimento que tem como objetivo apurar o valor devido 
NOTA: Nos casos em que a sentença for ilíquida caberá procedimento de liquidação, cujo objetivo é obter o QUANTUM DEBEATUR.
HIPÓTESE EM QUE NÃO HAVERÁ LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA:
A) Execução de títulos extrajudiciais 
B) Quando para se apurar o valor necessitar de simples cálculo aritmético 
AULA 5- LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA
Conceito: fase ou etapa do cumprimento de sentença, na qual se realiza a procedimentos para determinar a liquidez da sentença.
Hipóteses em que não haverá liquidação de sentença: 
1)TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL -obrigatoriedade na liquidez do título
2)) Quando para se apurar o valor necessitar de simples cálculo aritmético 
LIQUIDAÇÃO E COISA JULGADA: Quando for feita a liquidação da sentença não poderá haver modificação ou alteração da COISA JULGADA. A liquidação da sentença limita-se a apurar o valor do capítulo ilíquido da sentença, não podendo modificar ou alterar o que foi decidido, sob pena de violar a COISA JULGADA.
ESPÉCIES DE LIQUIDAÇÃO: 
1-POR ARBITRAMENTO- Toda vez em que for necessário para se alcançar um valor necessitar de um PERITO/ EXPERT (conhecimento técnico). T	em lugar quando para se alcançar o quantum debeatur houver necessidade de conhecimento técnico ou quando for determinado na sentença ou for convencionado pelas partes
PROCEDIMENTO- A fase de liquidação inicia-se com o requerimento do credor através de petição. O devedor será intimado na pessoa de seu advogado para maior celeridade ao procedimento executivo dispensando a citação pessoal do devedor.O juiz, nesse ato, franqueará às partes a oportunidade de apresentação de pareceres ou documentos elucidativos, no prazo que fixar, para viabilizar, de plano, a apuração do valor devido. ). Na impossibilidade de se decidir de plano, com base nos documentos apresentados pelas partes, o juiz determinará a nomeação do perito sendo facultada às partes a nomeação de assistentes técnicos. Após a apresentação do respectivo laudo, as partes podem se manifestar, impugnando ou não o laudo, podendo, inclusive serem prestados esclarecimentos, ou até mesmo a determinação de realização de outro laudo pericial. Concluído os trabalhos do perito, o juiz decidirá a liquidação de sentença fixando o valor do crédito a ser executado, cabendo contra essa decisão recurso de agravo de instrumento
2- POR PROCEDIMENTO COMUM- será realizada nos casos em que para determinar o valor haja necessidade de provar a existência de fatos novos.
PROCEDIMENTO- será observado o procedimento comum para apreciação da existência do fato novo. O CPC regulamentou mais adequadamente, determinando a intimação do executado para apresentar sua contestação no prazo de 15 dias. Interessante observar que na liquidação pelo procedimento comum será possível, inclusive, a nomeação de perito para se apurar a extensão do fato novo e o correspondente quantum debeatur. Após a contestação, a liquidação pelo procedimento comum seguirá os atos processuais observando as regras e princípios do processo de conhecimento. 
O credor pode promover a liquidação de sentença de forma diversa da fixada na sentença? No que tange à possibilidade de se realizar a liquidação de forma diversa da fixada O STJ na Súmula 344, dispõe que a liquidação por forma diversa da fixada na sentença não ofende a coisa julgada
3- LIQUIDAÇÃO PROVISÓRIA- Ainda que haja interposição de recurso devedor, poderá o credor em autos apartados, antecipar a liquidez de forma provisória 
4- LIQUIDAÇÃO ZERO- Excepcionalmente, a liquidação de sentença pode identificar que o credor embora tenha o direito a indenização, na fase de execução não foi apurado qualquer dano exequível. Neste caso o juiz extinguirá a execução por DANO ZERO 
5- Recurso cabível contra decisão que julga a liquidação- Conforme art. 1.015, § único do CPC, a decisão que julga a liquidação de sentença poderá ser impugnada mediante recurso de agravo de instrumento. Nas hipóteses em que o valor apurado na liquidação for igual a zero, conforme mencionado acima, o recurso cabível será apelação, pois a relação processual executiva será extinta. 
 AULA 6- Cumprimento de sentençae processo autônomo de execução 
Procedimentos executivos comuns: 1. Títulos executivos judiciais- cumprimento de sentença de obrigação de pagar. 2. Títulos executivos extrajudiciais- processo autônomo de execução.
Título executivo judicial - Tem a instauração do cumprimento de sentença para o devedor apresentar a planilha de débito atualizada e depois vai ter a intimação do credor. O credor vai apresentar uma petição de instauração da execução podendo apresentar as seguintes medidas: planilha de débito atualizada, protesto da sentença ,  negativar nome do devedor e indicar os bens do devedor. Depois vai haver a intimação do devedor via DO e assim forma de intimação do devedor.
Com a intimação do devedor abre o prazo para pagamento são 15 dias úteis. E aí se abrem as possíveis atitudes do devedor que pode ser:
 1- pagamento integral- exclui a multa de 10% e os honorários do advogado de 10%
2- Pagamento parcial - a multa e os honorários incendem sobre o saldo que restou 
3- Parcelamento: pode parcelar o débito exceto com parcelamento do art 916 CPC, trata do parcelamento do título EXTRAJUDICIAL. O devedor pode requerer o parcelamento em até 6X depositando 30% da dívida ( Moratória legal) 
4- O devedor ficando inerte -opróximo passo é a penhora de bens 
5- Apresentar impugnação- tem natureza de incidente processual, ou seja é apresentada dentro do processo. O prazo para impugnar é de 15 dias e só começa a contar a partir do fim dos 15 dias de pagamento. Se a impugnação acontecer antes do final dos 15 dias para pagamento não há problema nenhum. Na pratica o devedor tem 30 dias para impugnar. O prazo de 15 dias para impugnação independe de intimação, basta a intimação do primeiro prazo. A impugnação  (art 525p 6)em  regra geral não tem efeito suspensivo e sendo assim continua a pratica de atos executivos.
Há uma exceção onde há hipóteses em que a impugnação será recebida com efeito SUSPENSIVO. Para que se requeira o efeito suspensivo se faz necessária a presença de 3 requisitos cumulativos: 
1- Garantia do juízo( um bem a penhora, depositando uma quantia em juízo, valor caucionado)
2- Fundamentos relevantes 
3- Dano de difícil reparação 
NOTA. Se requerer o parcelamento no prazo de 15 dias não incorrem as multas. 
NOTA- A impugnação é forma de defesa do devedor no cumprimento de sentença é o rol do conteúdo da impugnação art 525p1 é taxativo não se admitindo a impugnação que versar sobre matéria distinta do referido rol 
Nota. Apresentada a impugnação em regra não tem efeito suspensivo e terá efeitoefeito suspensivo em casos excepcionais 
Recurso contra decisão que julga a impugnação- se a impugnação tratar de uma matéria que promover a extinção da execução o recurso cabível é a APELAÇÃO, mas se a matéria alegada acarretar tão somente o retardamento da execução o recurso cabível será o AGRAVO DE INSTRUMENTO 
Nota- Toda vez que o devedor alegar excesso de execução, deverá apresentar a planilha com o valor que entende correto sob pena de rejeição imediata da impugnação art 525p4 
PROCESSO AUTÔNOMO DE EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL - Começa com uma petição inicial art 798 para pedir a averbação em registro público art 799, X, CPC. Logo em seguida a citação art 829 e o arresto 
Requisitos para a petição inicial de execução: 
1- Ter um título executivo extrajudicial 
2-Ter havido o inadimplemento
3- Planilha atualizada do débito 
Aspectos facultativos da petição:
 *Pode ser requerido que se averbe na execução o registro da execução nos órgãos de registro de bens art799,X, CPC 
*Pode ser requerida a certidão da distribuição da execução no prazo de 10 dias art 828 CPC
*Pode ser requerida a penhora de bens 
Se a petição não estiver adequada o juiz irá despachar pedindo para que se emende a inicial no prazo de 15 dias e no caso de aptidão ele irá proferir um despacho positivo fixando os honorários ADVOCATÍCIOS em 10% e determinar a citação do devedor.
Quando o devedor é citado ele terá 3 dias para o pagamento. 
Se for frustrada a CITAÇÃO o juiz irá autorizar o ARRESTO art 830 CPC, que quer dizer que: é uma autorização que o juiz dá para que se entre porta á dentro e pegue quantos bens estiver ali disponíveis para, o oficial de justiça realiza essa pré penhora dos bens do devedor para garantir o pagamento do futuro débito. Feito o arresto se faz necessário que se promova a citação de que o arresto foi realizado no prazo de 10 dias através de CITAÇÃO POR HORA CERTA. Feita a citação por hora certa o ARRESTO se transforma em EXECUÇÃO.
Não sendo uma citação válida o arresto não se transforma em penhora.
Nota- Quando o credor distribui a petição inicial interrompe o prazo prescricional do título 
NOTA -Arresto é um ato que tem como finalidade listar bens do devedor que serão utilizados para satisfação do crédito. Possui natureza de PRÉ PENHORA, somente se convertendo em Penhora após a efetiva citação do devedor .
Ocorrendo a citação válida o devedor poderá pagar no prazo de 3 dias e ocorre a redução dos honorários de 10 para 5% e se devedor não tem como pagar poderá requerer o parcelamento. Esse parcelamento é chamado de moratória legal art 916 CPC, com 30% de entrada e o parcelamento em até 6X, se for oferecida uma proposta nestes termos independe de anuência da parte credora. Se for apresentada posposta em outros termos depende da concordância do CREDOR. 
PROVA - 
Princípios da semana 1 atipicidade, menor onerosidade 
Distinção entre procedimentos executivos quando será cumprimento de sentença e quando será execução 
Legitimidade na execução quem pode ser credor ou não 
Competência, principais momentos da competência art 516 pU, modificações da competência 
Responsabilidade patrimonial quais ou bens que podem ser penhorados e de quem 
Alienação fraudulenta. Fraude à execução e fraude contra credores 
Título executivo 
Liquidação de sentença é dinâmica das modalidade 
Liquidação pelo procedimento comum e por arbitramento

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